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Fichamento filme socrates

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Faculdade de Anicuns 
Curso de Direito 
Jhenyffer Araujo Peixoto 
FICHAMENTO 
FILME “SÓCRATES”
Roberto Rossellini
Anicuns-GO 
2023
Fichamento
Filme “Sócrates” 
Jhenyffer Araujo Peixoto
Resumo
O Filme conta a história da vida e morte de Sócrates que foi um Filósofo, que com
seu método particular em busca da razão através do questionamento das ideias através
do dialogo, mas jamais atribuía a si a autoridade do saber, como demonstra em alguns de
seus diálogos, tais como, “Só sei que nada sei” e “Conhece-te a ti mesmo” criando assim
um ponto de partida para as suas concepções acerca da retidão humana e da moral.
Palavras-chave: História, Filósofo, Razão, Diálogos. 
Introdução 
Sócrates é uma coprodução italiana, francesa e espanhola lançada em 1971. O
filme foi dirigido pelo consagrado cineasta Roberto Rossellini, um dos maiores nomes do
neorrealismo italiano. A esta altura de sua vida, o diretor, então com 64 anos, dedicava-se,
sobretudo a produzir filmes de viés educativo para a televisão. Sócrates, portanto,
encaixa-se perfeitamente na categoria já que aborda um pouco da trajetória de Sócrates
(470 – 333 a.C.), um dos maiores pensadores da Grécia Antiga. Por isso, a obra
cinematográfica é um excelente objeto para o estudo dirigido relativo à reflexão filosófica
bem como sobre o período clássico.
O enredo do filme Sócrates e as principais ideias do filósofo
O foco da narrativa é principalmente no final da vida do grande filósofo ateniense,
passando por seu julgamento e morte. Na trama, Roberto Rossellini e Marcello Mariani
baseiam-se em essência nos Diálogos com Platão para escrever seu roteiro. Entre os
textos utilizados na adaptação é possível citar Efronte, Hípias, Apoligia, Fédon e Críton,
assim como uma breve encenação da comédia chamada As Nuvens, de Aristófanes, cujo
enredo satirizava Sócrates. Cabe sempre lembrar que Sócrates não deixou nenhum
registro por escrito, pois defendia que a filosofia deveria ser praticada pela oralidade, ou
seja, somente por meio de discurso. 
Dessa forma, biógrafos recorrem aos textos de Platão, pupilo mais conhecido e
prolífico de Sócrates, para abordar as ideias do pensador. O filme emprega poucos
recursos de cinema, já que visa dar destaque aos diálogos do filósofo com seus alunos,
por exemplo, mas também às referências ao pensamento vigente da época retratada. O
protagonista é reverenciado em sua contribuição em diversas áreas e a atuação de Jean
Sylvère confere complexidade a essa figura histórica tão importante. Em mérito conjunto
de roteiro e direção, Sócrates é representado com um homem comum e multifacetado.
O espectador tem a oportunidade de ver o filósofo junto de seus discípulos, entre
eles, o já citado Platão. Sócrates aparece ainda caminhando pela cidade Atenas enquanto
aplica a maiêutica, método de debate criado por ele. O objetivo da técnica era induzir os
interlocutores a caírem em uma argumentação contraditória. Dessa forma, apresentam-se
ferramentas para uma melhor compreensão da dinâmica que incentiva a ampla
especulação filosófica e que persiste até hoje. Consegue-se também conhecer, em maior
profundidade, outras figuras relevantes na Grécia daquele tempo. Portanto, reforça a
importância do filme como tópico de análise para quem tem interesse em filosofia e
história.
Os acusadores 
Por causa de suas ideias questionadoras e eventualmente subversivas, o pensador
acaba condenado por corromper a juventude. Seus acusadores foram:
 • Meleto, que era um poeta trágico. Novo e sem maior destaque, foi ele quem
assinou os termos da imputação. Ele representava as críticas oriundas dos poetas;
 • Lícone, figura de pouca relevância e autoridade, também depõe contra Sócrates
no julgamento. Sabe-se pouco sobre ele ou suas motivações para acusar o pensador.
Porém, reconhece-se sua identificação com os professores de retórica.
 • Ânito foi um orador e político de ampla influência. Em razão disso, era o acusador 
mais temível. Seu filho era um dos seguidores de Sócrates, que se rebelou contra os 
preceitos religiosos defendidos pelo pai. A visão de Ânito sobre o filósofo estava alinhada 
com a de muitos comerciantes poderosos.
Segundo eles, Sócrates não reconhecia as divindades do Estado e tentava 
propagar deuses novos para seus alunos e ouvintes. Mesmo que Meleto não soubesse 
exatamente definir o que seria uma influência negativa ou positiva para os jovens, o 
filósofo foi considerado culpado dos crimes que o levaram ao tribunal, composto por 501 
cidadãos.
Foi dado a Sócrates o direito de defesa, no qual ele fez uso de toda sua
capacidade persuasão. Segundo as anotações de Platão, o mestre teria evidenciado as
incoerências das acusações apresentadas. Ainda assim, o resultado foi mesmo. Para
evitar a revolta de milhares de jovens, o júri não impõe inicialmente a pena de morte. Sua
sentença era o exílio vitalício e a alternativa oferecida era ter a língua cortada para que
Sócrates ficasse impossibilitado para sempre de ensinar. Como o filósofo se recusou a
aceitar as punições apresentadas, acabou sendo aplicada a pena capital. Alguns de seus
alunos tentaram convencê-lo a fugir, porém o pensador negou-se a escapar. Por fim,
Sócrates despede-se da família e toma a cicuta (Conium maculatum), que o leva à morte
por envenenamento.
Conceitos 
No entanto, o legado dessa figura histórica fundamental permanece, como se
percebe a partir de um exame atento ao filme de Rossellini. Pode-se dividir as ideias de
Sócrates em três conceitos amplos. 
• A crítica aos sofistas 
• A arte de perguntar 
• A consciência do homem 
Referências 
Atores: Jean Sylvère (Sócrates), Beppe Mannaiuolo, Anne Caprile (Xantipe),
Antônio Medina, Ricardo Palácios, Júlio Morales, Emílio Hernandes Blanco e Emílio
Miguel Hernandes.
Roteiro: Roberto Rossellini e Marcello Mariani
Ano de produção: 1971
Trilha Sonora: Mario Nascimbene
País de produção: Espanha
Idioma: Italiano
Duração: 120 min.

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