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Amazonia Sustentavel Final

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Plano de Desenvolvimento Sustentável
Amazônia
Aquicultura
E Pesca
Ministério da Pesca e Aquicultura
Esplanada dos Ministérios - Bloco D 
CEP 70.043-9000, Brasília-DF
Telefones: (61) 3218-3867 - Fax: (61) 3224-9998
comunicacao@mpa.gov.br
 www.mpa.gov.br
Plano de Desenvolvimento Sustentável
Amazônia
Aquicultura
E Pesca
A riqueza da biodiversidade nas águas da Amazônia
 7 milhões
1/5
6 mil
2,5 mil
30% 
75%
Consumo mundial
? Mais de de quilômetros 
quadrados de bacia hidrográfica
? de toda a água doce existente no 
planeta
? espécies de peixes de água 
doce, sendo já catalogadas, 
representando dos peixes dessa 
natureza existentes em todo mundo
? O equivalente a dos peixes do 
Brasil
? inúmeros rios, lagos, paranás e 
igarapés
É nesse ambiente rico e biodiverso da Amazônia Legal que a pesca 
comercial atingiu uma produção de mais de 325 mil toneladas, só em 2007, 
número que representa mais de 30% da produtividade nacional, hoje 
calculada em mais de 1 milhão de toneladas. Mais da metade deste 
montante é fruto da pesca artesanal, responsável por mais de 40% de toda a 
produção pesqueira de água doce no Brasil (entre 1997 e 2007). São cerca 
de 920 mil trabalhadores em plena atividade em toda a Amazônia, gerando, 
na região, um PIB Pesqueiro de R$ 1,5 bilhões.
A FAO projeta um aumento do consumo mundial de pescado para 
2030 dos atuais 16kg para 22,5kg por habitante ao ano. Um incremento no 
consumo atual de mais de 100 milhões de toneladas/ano.
Além disso, o Brasil tem um grande potencial de mercado. São 190 milhões 
de brasileiros que cada um, hoje, consome 7kg por ano.
Potencial produtivo da Amazônia
Ambiente favorável
A Amazônia possui condições extremamente favoráveis para o 
incremento da produção pesqueira. São 30 milhões de hectares de lâmina 
d'água nas várzeas, 960 hectares de lâmina d'água nos reservatórios de 
usinas hidrelétricas e 130 milhões de hectares de estabelecimentos rurais e 
mais 1.600 km de costa marítima. Utilizando apenas 1% da área disponível 
na região é possível produzir, sobretudo pela aquicultura, cerca de 6,6 
milhões de toneladas de pescados ao ano.
 Uma série de fatores favorecem a produção de peixes na Amazônia:
? clima favorável
? recursos hídricos
? ocorrência de vales interiores
? espécies nobres com excelente desempenho quando cultivadas
? atividade sustentável que preserva as florestas
? a marca AMAZÔNIA, que agrega valor simbólico ao produto regional para 
 comercialização, tanto no mercado interno quanto no externo.
3 4
Apesar da grandeza dos números, este setor ainda enfrenta baixa 
escolaridade, condições precárias de trabalho e pouca infraestrutura para o 
beneficiamento e venda do pescado.
Adotando protocolos de boas práticas sociais, ambientais e econômicas, a 
produção pesqueira e aquícola amazônica, de forte potencialidade na 
produção familiar, tem tudo para deter certificado de origem e 
processamento sustentável, agregando ainda o diferencial da marca 
AMAZÔNIA.
Enfim, a produção de pescado é uma grande oportunidade para a 
Amazônia produzir uma proteína nobre e gerar milhões de postos de 
trabalho, emprego e renda, de forma sustentável, aproveitando o vasto 
território de águas da região e assim tornar-se uma das maiores regiões 
produtoras de pescado cultivado no mundo.
 Pescadores produzindo em tanques redes em lagos naturais
Figura 1 – Cruzamento de territorialidades na área de atuação do Plano Amazônia
Sustentável de Aquicultura e Pesca do Ministério da Pesca e da Aquicultura: Territórios de
Aquicultura e Pesca; Unidades de Conservação Federais e Estaduais e Terras Indígenas.
Fontes. MPA, MMA e FUNAI/MJ.
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Desafios
Gestão
Sustentável
Produção
Agregação
de Valor
Mercado
Infraestrutura e Fomento
Redução do
Desperdício
Estruturação da Cadeia Produtiva
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 Amazônia Aquicultura e Pesca – Plano de Desenvolvimento Sustentável (2009-2015)
Diretrizes
- Promover o desenvolvimento com sustentabilidade e inclusão social
A Amazônia pode ser referência mundial no desenvolvimento 
sustentável,econômico, social e ambiental. O contínuo aprimoramento 
cientifico e tecnológico e a garantia de recuperação dos estoques 
pesqueiros, além do investimento na aquicultura familiar são alguns dos 
pilares dessa nova referência junto aos pescadores, comunidades 
tradicionais e aos pequenos e médios aquicultores.
A melhoria da renda e da qualidade de vida dessas populações é o foco 
desta política. A elevação da escolaridade, a capacitação e qualificação do 
pescador e a valorização de sua diversidade cultural são ações capazes de 
promover a inclusão social de cerca de 360 mil famílias que sobrevivem da 
pesca artesanal na região.
- Promover a integração das políticas públicas entre os diferentes níveis de 
governo
Integrar os três níveis de governo e a sociedade civil organizada, priorizando 
e consolidando uma agenda conjunta com objetivos, metas, ações e 
programas concretos.
- Estruturação da cadeia produtiva
A articulação de todas as etapas da cadeia produtiva (produção, 
transformação e comercialização) requer um forte envolvimento do setor 
no processo de produção, a implantação de políticas de fomento e de 
desenvolvimento da atividade, além do acesso à pesquisa e ao crédito, a 
participação no ordenamento e na fiscalização.
A busca da qualidade do pescado e de um preço acessível ao consumidor 
demanda a implantação de programas estruturantes, que possibilitem o 
incremento contínuo da oferta de produtos pesqueiros e a regularização da 
oferta em períodos de entressafra.
Nesse cenário altamente favorável, de rica biodiversidade e alto 
potencial produtivo, o Governo Federal, por meio do Ministério da Pesca e 
Aquicultura (MPA), com a participação do setor produtivo e a sociedade civil 
organizada, elaborou, para as populações que vivem na região, o Amazônia 
Aquicultura e Pesca – Plano de Desenvolvimento Sustentável.
Para isso, o governo prevê investimentos importantes, focados na 
superação dos desafios para o desenvolvimento sustentável do setor 
aquícola e pesqueiro na região.
Apoiar o crescimento sustentável e a redução das desigualdades 
sociais, econômicas e territoriais de maneira alternativa às matrizes 
produtivas vigentes, tanto de produção de proteína animal como em contra 
posição ao desmatamento das áreas na Amazônia Legal.
Objetivos
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Gestão pesqueira e aquícola compartilhada e integrada ao 
desenvolvimento territorial
É preciso levar em conta sua diversidade ambiental, econômica, social, 
cultural e política, sobretudo das unidades territoriais. Na prática, isso 
significa promover o planejamento e a organização de forma participativa, 
fortalecendo as organizações sociais do setor, a gestão participativa dos 
recursos pesqueiros e dos empreendimentos.
- Apoio à organização do setor
Para organizar a cadeia produtiva é preciso que o pescador e o aquicultor 
estejam organizados. A produção em pequena escala hoje já é responsável 
pela maior parcela da produção de pescado no Brasil. Assim, o 
associativismo e o cooperativismo são importantes instrumentos para 
organização do setor pesqueiro, dado o dinamismo e as mudanças 
contínuas que sofrem as cadeias produtivas, especialmente nos aspectos de 
crédito, assistência técnica, produção, beneficiamento e comercialização.
? Ordenamento e fiscalização da produção
? Apoio à infraestrutura e logística, assistência técnica e extensão 
 pesqueira e aquícola, ciência e tecnologia
? Ordenamento e gestão sustentável dos recursos pesqueiros
? Fortalecimento do associativismo e do cooperativismo
? Estatística pesqueira e aquícola
? Política de acesso ao crédito
? Serviços de acesso à cidadania
? Alfabetização com qualificação e formação continuada entre as 
 comunidades
? Promoção da saúde, saneamento e acesso a políticas de habitação
? Enfoque nos planos de manejo de pesca em reservas extrativistas
? Incentivo à pesca em áreas manejadas
? Fomento de acordos de pesca
?Desenvolvimentodo potencial da aquicultura em lagos naturais, 
 reservatórios de hidrelétricas, maricultura e em estabelecimentos 
 rurais.
Ações
Metas
- Infraestrutura e logística
Recuperação, ampliação e manutenção das unidades integrantes da cadeia 
produtiva, como os Terminais Pesqueiros Públicos, Centros Integrados da 
Pesca Artesanal e da Aquicultura, trapiches, entrepostos e fábricas de gelo, 
unidades de beneficiamento, caminhões frigoríficos, barcos de transporte, 
feiras e mercados e estações de piscicultura.
Metas até 2015: 09 terminais pesqueiros, 02 armazéns frigoríficos, 45 
Centros Integrados da Pesca Artesanal (CIPARS) instalados; 20 entrepostos, 
75 mercadores e feiras, 90 fábricas de gelo; 140 caminhões, 120 barcos de 
transporte de pescado, 15 estações de piscicultura.
- Linhas de crédito
Articular e potencializar as linhas de crédito disponíveis ao setor. Para isso 
estão previstas amplas e democráticas ações de crédito para o 
desenvolvimento da atividade aquícola e pesqueira envolvendo as diversas 
organizações de poderes locais, regionais e estaduais e instituições de 
crédito.
Principais linhas de crédito: 
? Crédito Pronaf
? Pronaf Mais Alimentos
? Fundo Constitucional de Financiamento do Norte – FNO (exclusivo para 
 a Região Norte)
? Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste – FCO (Mato 
 Grosso)
? Fundo de Desenvolvimento da Amazônia – FDA
? FINAME Especial
? MODERAGRO II (Aquicultura)
? PRODECOOP
? Programa de Geração de Emprego e Renda Rural – PROGER Rural 
? Custeio Pecuário Tradicional
Meta até 2015: Aumento em até 50% de contratos de crédito.
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- Programa de Revitalização da Frota Artesanal 
Apoiar a aquisição, construção e modernização da frota pesqueira 
artesanal, dando condições para diminuir o desperdício e aumentar a 
qualidade do pescado, adotando tecnologias apropriadas para 
acondicionamento e transporte do produto. 
Meta até 2015: 20% da frota revitalizada – 800 embarcações atendidas.
- Subvenção ao óleo diesel marítimo
Equalização dos custos para equiparar o preço do combustível ao preço 
internacional. Os estados isentam o ICMS e o Governo Federal subvenciona 
o óleo em até 25%.
Meta até 2015: 100% de adesão dos Estados da Amazônia Legal com 
isenção do ICMS.
- Assistência técnica e extensão pesqueira e aquícola
A apropriação participativa de experiências e a sistematização e difusão de 
tecnologias eficientes e sustentáveis e de metodologias baseadas em 
protocolos de boas práticas de manejo e manuseio são iniciativas que 
otimizam e fortalecem as cadeias produtivas da aquicultura e da pesca. Para 
isso será executada uma ação voltada para a rede regional integrada de 
Assistência Técnica e Extensão Aquícola e Pesqueira (Atepa), com foco na 
capacitação e na integração de técnicos, agentes multiplicadores e 
conselhos regionalizados.
Meta até 2015: 200 mil pescadores e aquicultores atendidos.
- Incentivo ao associativismo e ao cooperativismo
A organização social tem a condição de estruturar a cadeia produtiva, 
reduzir os custos da produção, aumentar a qualidade do pescado, agregar 
valor e melhorar a renda de quem produz, fortalecendo a economia familiar 
e melhorando ao acesso às políticas públicas disponíveis. 
Meta até 2015: 100 organizações apoiadas.
- Formação profissional
A educação básica é requisito mínimo e direito de todos os trabalhadores. 
Porém, a dificuldade de acesso à alfabetização e à qualificação profissional 
de nível médio são algumas das demandas urgentes para o 
desenvolvimento das atividades da pesca e aquicultura. Nesta perspectiva 
terá incentivo uma série de iniciativas voltadas à alfabetização de 
pescadores, como Projeto Pescando Letras, do MPA, e a ampliação dos 
cursos de aquicultura e pesca nas escolas técnicas, entre outras.
Metas até 2015:
? 65 mil pescadores alfabetizados pelo Projeto Pescando Letras;
? 45 mil matrículas no Proeja Pesca;
? 2 mil matrículas em cursos técnicos;
? Consolidação de 09 Núcleos Tecnológicos de Pesca e Aquicultura;
? 03 Escolas de Pesca reestruturadas;
? 06 novas Escolas de Pesca instaladas e funcionando.
- Pesquisa e Novas Tecnologias 
Desenvolvimento de novas tecnologias adequadas a cada atividade, tanto 
de produção como de captura e beneficiamento, por meio das instituições 
de pesquisa e a construção de um programa regional para o 
desenvolvimento responsável da aquicultura e pesca.
Para tanto, estão previstos a estruturação da Embrapa Aquicultura e Pesca e 
o fortalecimento das Unidades Regionais existentes, a elaboração de editais 
em parcerias com o Ministério da Ciência e tecnologia (MCT), a 
Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), o Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundações Estaduais de 
Apoio à Pesquisa, a consolidação da Rede de Pesquisa - Pesca e Aquicultura 
da Amazônia e o desenvolvimento de pesquisas com foco nas seguintes 
temáticas: espécies comerciais e ornamentais, alimentação (ração), 
melhoramento genético, reprodução, manejo, sanidade, beneficiamento e 
conflitos sociais.
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- Promoção Comercial e Mercado Institucional
O pescado produzido na região tem uma vantagem comparativa em relação 
a outros produtos que é a marca AMAZÔNIA. O potencial de expansão no 
mercado interno e externo com a certificação do produto é grande. Isso dá 
maior segurança ao consumidor. Para estimular o aumento, a qualificação e 
a diversificação do consumo no mercado interno é preciso uma ação 
educativa de divulgação de suas qualidades. Para isso, serão prioritárias 
políticas que promovam a oferta direta de pescados por aquicultores e 
pescadores aos consumidores finais, facilitando a comercialização e 
melhorando a renda.
Metas até 2015: 
? Criação da Marca AMAZÔNIA; 
? Realização de três estudos de mercado nacional (Brasília, Rio de Janeiro 
 e São Paulo);
? Realização de três estudos de mercado internacional (EUA, Europa e 
 Ásia); 
? Introdução do pescado na alimentação escolar: implantação do 
 programa em todos os estados, em parceria com os governos estaduais 
 e municipais (30% Escolas Públicas Estaduais e Municipais)
? Aquisição de 9 mil toneladas de pescado por meio do Programa de 
 Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal; 
? Inclusão de espécies de peixes no Programa de Garantia do Preço 
 Mínimo (PGPM) e no Plano Nacional de Promoção das Cadeias de 
 Produtos da Sociobiodiversidade (PNPPS);
? Aquisição de 900 módulos da Feira do Peixe.
- Fortalecimento da participação brasileira na Política Internacional de 
Aquicultura e Pesca
Metas até 2015: 
?Participar dos fóruns específicos de aquicultura e pesca em parceria com os 
países amazônicos;
? Acordo de Cooperação com a Organização de Tratado de Cooperação 
Amazônica (OTCA) que congrega todos os países para elaborar um 
programa de integração regional e desenvolvimento da pesca e aquicultura 
dos países amazônicos.
a. Estatística Pesqueira e Aquícola: O Sistema Nacional de Informações da 
Pesca e Aquicultura (SINPESQ), elaborado para todo o território nacional, 
contempla as perspectivas das águas continentais, costeiras e marinhas. O 
SINPESQ, que deve ser alimentado com dados socioambientais, 
educacionais e culturais das comunidades envolvidas nas atividades de 
pesca e aquicultura, integra bancos de dados de diversas instituições 
governamentais das esferas federal, estaduais e municipais que têm 
interface com a pesca e aquicultura. Além disso, conta com a cooperação de 
instituições de pesquisa para análise dos aspectos pertinentes aos 
pescadores e à cadeia produtiva.
Meta até 2015: Sistema de estatística e coleta de dados instalados em todos 
os estados (150 municípios com controle de desembarque).
b. Registro Geral da Pesca (RGP): Instrumento que permite às pessoas 
físicas e jurídicas o exercício das atividades relacionadas à pesca e 
aquicultura. Inclui-se aí o registro e o permissionamento de embarcações 
pesqueiras, pescadores profissionais, pescadores amadores/esportivos, 
aquicultores, aprendizes de pesca, armadoresde pesca, indústrias 
aquícolas e pesqueiras e empresas de comércio de animais aquáticos vivos.
Metas até 2015:
?Atualização e modernização do RGP;
? 100% dos aquicultores registrados;
? 50% das embarcações acima de 12 toneladas registradas.
c. Programa de Rastreamento das Embarcações por Satélite (PREPS): 
Permite o acompanhamento das pescarias realizadas na Zona Econômica 
Exclusiva brasileira, contribuindo para a exploração sustentável dos 
recursos pesqueiros. Tem por finalidade o monitoramento, a gestão 
pesqueira e o controle das operações da frota pesqueira permissionada 
pelo MPA, além de auxiliar na segurança dos pescadores embarcados.
Metas até 2015: adesão de barcos iguais ou maiores de 12 metros de 
comprimento; 700 embarcações monitoradas.
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- Ordenamento, monitoramento e controle da atividade
No que se refere ao ordenamento, monitoramento e controle da atividade, 
é necessário avançar na criação de políticas de desenvolvimento 
sustentável, assim como na implementação e manutenção de mecanismos 
de avaliação e controle social das ações governamentais. Isso é possível a 
partir da promoção de atividades produtivas que garantam a 
sustentabilidade socioeconômica e ambiental e o acompanhamento e 
fortalecimento das cadeias produtivas da aquicultura e da pesca, 
assegurando, simultaneamente, a conservação dos recursos naturais e a 
resolução de conflitos.
Metas até 2015:
? Ordenamento da atividade pesqueira de forma participativa e com 
 critérios assegurados pelos conhecimentos científicos;
? Universalização do acesso ao Seguro Defeso aos pescadores que 
 capturam espécies controladas;
? Elaboração de 36 Planos de Manejo de Pesca nas Reservas Extrativistas 
 Federais;
? Realização de 125 Acordos de Pesca.
- Gestão estratégica da informação aquícola e pesqueira
Para que as decisões sejam tomadas de forma efetiva e eficiente, resultando 
numa política pública mais adequada às necessidades da sociedade, é 
fundamental a qualidade e a consistência da informação, assim como sua 
sistematização e difusão. Para tanto, é necessário implementar ações de 
gestão da informação. Serão feitos o recadastramento da frota pesqueira 
regional, o Registro Geral da Aquicultura e Pesca, o monitoramento da 
atividade, o censo aquícola e pesqueiro, o rastreamento das embarcações 
pesqueiras e a consolidação da estatística pesqueira nacional, com foco 
regional, assim como o desenvolvimento de pesquisas estratégicas.
- Desenvolvimento sustentável da aquicultura 
Promover o fortalecimento da cadeia produtiva aquícola, considerando sua 
diversidade, que gera aumento da produção, proporciona inclusão social, 
contribuindo, assim para o incremento da renda e da oferta de emprego.
a. Aquicultura em águas da União: A regulamentação do uso dessas águas 
para criação de peixes e outros organismos aquáticos é um instrumento de 
inclusão social e possibilita que milhares de moradores de comunidades 
tradicionais (ribeirinhos, pescadores artesanais, assentados e agricultores 
familiares) tenham acesso, de forma gratuita, a um “lote” de água para 
produção por um período de até 20 anos. No caso de projetos de maior 
porte, as áreas são concedidas por meio de cessão onerosa.
Metas até 2015: 07 reservatórios demarcados e títulos de cessão 
entregues; 21 lagos naturais estudados e demarcados; 03 estados com os 
Planos Locais de Desenvolvimento da Maricultura (PLDMs) definidos.
b. Aquicultura em estabelecimentos rurais: Promoção de fomento à 
aquicultura e transferência de tecnologias de cultivo adequadas para 
produção de peixes, quelônios, jacarés, ostras entre outros. Apoiado na 
Assistência Técnica e Extensão Pesqueira e Aquícola e no acesso ao crédito 
proporciona condições para a implantação de infraestruturas de produção e 
agregação de valor e estabelece mecanismos de continuidade na atividade 
produtiva.
Metas até 2015: 10 mil famílias atendidas; 20 mil hectares de viveiros 
implantados; 43 Planos de Desenvolvimento da Aquicultura Familiar nos 
municípios da Operação Arco Verde, do Governo Federal.
c. Aquicultura em comunidades indígenas: Com objetivo de conciliar a 
preservação da floresta e dos recursos pesqueiros, será incentivada a 
criação de peixes nas comunidades indígenas com qualificação de agentes 
de desenvolvimento, com objetivo de comercializar o excedente, gerando 
renda e segurança alimentar nas comunidades indígenas.
Meta até 2015: 250 comunidades atendidas.
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d. Consolidação da Política Territorial: A partir da tomada de decisões de 
forma participativa, de monitoramento e de orientações gerais para o setor, 
é possível planejar, dinamizar e implementar mecanismos de fomento e 
desenvolvimento de regiões potenciais para a inclusão das atividades da 
pesca e da aquicultura. Na organização territorial são levadas em conta as 
potencialidades, vocações e características socioculturais de cada 
região/território.
Metas até 2015:
• Implantação de 47 territórios e elaboração de planos de 
 desenvolvimento;
• Participação em todas as áreas que compõem o Programa Territórios 
 da Cidadania;
• Fortalecimento de ações nos municípios da Operação Arco Verde, do 
 Governo Federal.
e. Pesca Ornamental: Voltada principalmente para captura de pequenos 
peixes usados em aquariofilia. Na Amazônia são cerca de 800 espécies de 
peixes registradas, mas apenas 60 exploradas para fim ornamental. Esse 
mercado movimentou na economia do país, em 2008, cerca de R$ 12 
milhões, com a exportação de mais de 26.5 milhões de peixes ornamentais.
Metas até 2015: 
• Prospecção de novas espécies e mercados; 
• Estruturação da cadeia produtiva; 
• Manejo e ordenamento;
• Aquicultura de espécies nativas.
f. Pesca Amadora: Geralmente praticada por turistas que provêm dos 
centros urbanos de fora da região e de outros países, a pesca amadora é 
atualmente uma das maiores indústrias turísticas nos estados da Amazônia.
Metas até 2015: 
• Zoneamento e ordenamento; 
• Promoção da atividade; 
• Internalização de investimentos para o desenvolvimento local.
19
Gestão do Amazônia Aquicultura e Pesca 
 Plano de Desenvolvimento Sustentável
O Amazônia Aquicultura e Pesca – Plano de Desenvolvimento 
Sustentável é um plano setorial que segue as diretrizes do Plano Amazônia 
Sustentável (PAS) e sua gestão será no âmbito da Comissão Gestora do PAS, 
por meio do comitê gestor, isso demonstra o alinhamento da estratégia 
harmônica do governo federal para o desenvolvimento sustentável da 
Amazônia Legal.
O Comitê Gestor acompanhará a criação, organização e 
funcionamento dos conselhos ou colegiados em âmbito estadual e 
territoriais. Esses terão função, composição e duração definidos no ato de 
criação, com a finalidade de promover a incorporação dos objetivos, 
diretrizes e estratégias do Plano na elaboração e implementação das 
políticas públicas dos três níveis de governo, além de viabilizar, acompanhar 
e monitorar sua execução nas diferentes escalas de atuação.
Metas Gerais
Recursos Orçamentários
21 22
INVESTIMENTOS (R$)
Programa de Desenvolvimento Sustentável da Pesca 235.200.000,00
Programa de Desenvolvimento Sustentável da 
Aquicultura
245.300.000,00
Programa de Políticas de Apoio à Aquicultura 
e Pesca
601.250.000,00
Programa de Infraestrutura Aquícola e Pesqueira 241.600.000,00
Programa de Gestão Estratégica de Informação 
Aquícola e Pesqueira
56.500.000,00
Programa de Administração e Gestão do Plano 8.650.000,00
Subprograma de Desenvolvimento da Cadeia 
Produtiva dos Peixes Ornamentais
52.000.000,00
Total 1.418.500.000,00
Crédito: recursos disponibilizados 1.500.000.000,00
Total geral 2.918.500.000,00
Os governos estaduais poderão se responsabilizar pela criação e 
organização dos colegiados em âmbito estadual, definindo função, 
composição, funcionamento, acompanhamento e monitoramento do 
Plano em escala estadual. A mesma responsabilidade poderá caber aos 
Municípios, porém em escala municipal.
O objetivo é formular uma agenda conjunta contendo programas e ações 
pactuadosentre os entes federativos.
Ações a serem pactuadas 
? Apoiar a elaboração de planejamentos regionais, estaduais e municipal 
 para desenvolver a pesca e a aquicultura;
? Criar e/ou fortalecer Secretarias Estaduais/Municipais de Aquicultura e 
 Pesca;
? Criar e/ou fortalecer órgãos colegiados estaduais/municipais;
? Participar do Comitê Gestor Regional do Programa Amazônia 
 Sustentável de Aquicultura e Pesca, que será o espaço de 
 acompanhamento e monitoramento da execução do Plano;
? Realizar investimentos prioritários dos Estados/Municípios em 
 conjunto com a União no desenvolvimento do setor.
Para a execução do Amazônia Aquicultura e Pesca – Plano de 
Desenvolvimento Sustentável o Governo Federal irá investir recursos 
próprios, consignados anualmente no Orçamento de forma planejada, 
juntamente com os governos estaduais e municipais. 
O Plano servirá como diretriz para acesso a recursos disponibilizados 
no crédito, Fundo de Desenvolvimento da Amazônia, Fundo Amazônia e de 
recursos oriundos de doações nacionais e internacionais voltados para o 
setor. 
Pacto Federativo
23
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
 SPU – Secretaria do Patrimônio da União
 IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Ministério das Comunicações
Ministério da Ciência e Tecnologia
 FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos
 CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Ministério do Meio Ambiente
 IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis
 ANA – Agência Nacional das Águas
 ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
Ministério do Turismo
Ministério da Integração Nacional
 SUDAM Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia
Ministério do Desenvolvimento Agrário
 INCRA -Instituto Nacional de Reforma Agrária
Ministério das Cidades
Secretaria Geral da Presidência da República
Secretaria Especial de Portos
Secretaria de Assuntos Estratégicos
 IPEA- Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada 
Banco do Brasil
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES
Caixa Econômica Federal
Banco da Amazônia
Banco do Nordeste
Órgãos Parceiros
Ministério da Defesa
 Programa Calha Norte
 Marinha do Brasil
Casa Civil da Presidência da República
 SIPAM - Sistema de Proteção da Amazônia
Ministério da Justiça
 Fundação Nacional do Indio
Ministério das Relações Exteriores
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
 CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento
 Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Ministério da Educação
 FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
Ministério do Trabalho e Emprego
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Ministério da Saúde
 Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
 SUFRAMA – Superintendência da Zona Franca de Manaus
Ministério de Minas e Energia
 Petrobras – Petróleo Brasileiro S.A.
 Eletrobrás – Centrais Elétricas Brasileiras S.A.
 Eletronorte – Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A.
Saiba mais sobre o Amazônia Aquicultura e Pesca – Plano de 
Desenvolvimento Sustentável
Procure a Superintendência do MPA nos estados da Amazônia Legal
ACRE (68) 3212-1307/ 1325 Rodovia AC-40, Nº 793 - Segundo Distrito - 
Rio Branco/AC - CEP: 69901-365
AMAZONAS (92) 4009- 3842 / 3826 3827 Rua Maceió, 460 – Adrianópolis 
Manaus/AM CEP: 69057-010
AMAPÁ (96) 3222-3574 Avenida Ernestino Borges nº 209 – Centro Macapá- 
AP - CEP: 68908-010
MARANHÃO (98) 2106-1950 / 1984 Praça da República, 147, Bairro 
Diamante - São Luis / MA - CEP: 65020-500
MATO GROSSO (65) 3685-8080/ 6595 Alameda Dr. Annibal Molina, S/N - 
Ponte Nova - Várzea Grande / MT - CEP: 78115-901
RONDÔNIA (69) 3901-5615 / 5616 Br 364 km 5,5 - Sentido Cuiabá Porto 
Velho/ RO 78.900-970
RORAIMA (95) 3224-8332 Av. Major Willians nº 913, Bairro São Francisco – 
Boa Vista / RR - CEP: 69301-110
PARÁ (91) 3243-4360 Av. Almirante Barroso, 5.384 Bairro de Souza – Belém 
/ PA - CEP: 66030-000
TOCANTINS (63) 3213-2641 Av. NS1 , 201 SUL , Conj. 02, Lote 05 - Centro - 
Palmas/TO - CEP: 77.015-202
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