Buscar

ATIVIDADE DE CRIMINOLOGIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

INTERMEDIÁRIA DE CRIMINOLOGIA 
Aluna: Mayza Galvão Santos Disciplina: Criminologia 
Prof.ª: Sharon Thayany Curso: Direito 
Turma: 1 C 
 
1. O QUE FOI A ESCOLA DE CHICAGO? 
A Revolução Industrial proporcionou uma forte expansão do mercado 
americano, com a consolidação da burguesia comercial. Provocando o crescimento 
desordenado da cidade de Chicago, que se expandiu do centro para a periferia, gerando 
inúmeros e graves problemas sociais, econômicos, culturais etc. tornando um ambiente 
favorável à instalação da criminalidade, devido à ausência de mecanismos de controle 
social. 
A Escola de Chicago, atenta aos fenômenos criminais observáveis, passou a 
usar os inquéritos sociais na investigação daqueles. Através de realização de 
interrogatórios diretos, feitos por uma equipe especial junto a dado número de pessoas, 
utilizaram-se também de análises biográficas de individual cases, o que permitiam a 
verificação de um perfil de carreira delitiva. 
Com o crescimento das cidades começa a surgir uma relação de aproximação 
entre as pessoas, com a vizinhança se conhecendo. Passa a existir, por conseguinte, 
uma verdadeira identidade dos quarteirões. Esse mecanismo solidário de mútuas 
relações proporciona uma espécie de controle informal (polícia natural), na medida em 
que uns tomam conta dos outros. 
Os avanços do progresso cultural aceleram a mobilidade social, fazendo 
aumentar a alteração, incorrendo em ascensão ou queda social. A mobilidade difere da 
fluidez, que é o movimento sem mudança da postura ecológica, proporcionado pelo 
avanço da tecnologia dos transportes. Portanto, a mobilização e a fluidez impedem o 
efetivo controle social informal nas maiores cidades. 
Registra-se que a principal contribuição da Escola de Chicago deu-se no campo 
da metodologia (estudos empíricos) e da política criminal, lembrando que a 
consequência direta foi o destaque à prevenção, reduzindo a repressão. Cabe ressaltar 
que não há prevenção criminal ou repressão que resolvam a questão criminal se não 
existirem ações afirmativas que incluam o indivíduo na sociedade. 
 
 
2. O QUE FOI A POLÍTICA CRIMINAL DA “OPERAÇÃO TOLERÂNCIA 
ZERO”? 
A ´´ Operação Tolerância Zero surgiu nos Estados Unidos, decorrente da teoria 
das “janelas quebradas”, inspirada pela escola de Chicago. Parte da premissa de que 
os pequenos delitos devem ser rechaçados, o que inibiria os mais graves (fulminar o 
mal em seu nascedouro), atuando como prevenção geral; os espaços públicos e 
privados devem ser tutelados e preservados. 
Foi alvo de críticas por doutrinadores que discordam dessa teoria, uma vez que 
produziu um elevado número de encarceramentos, em 2008 nos EUA havia 2.319.258 
encarcerados e aproximadamente 5.000.000 pessoas beneficiadas com algum tipo de 
instituto processual, como sursis, liberdade condicional etc. Os críticos sustentam que 
tal política criminalista oprime os pobres, os necessitados e as minorias; trata-se de um 
evidente equívoco. Uma vez que o problema não é a condição das pessoas, mas seu 
comportamento. O que se busca coibir é o comportamento que causa desordem, que 
prepara o terreno para a ascensão da criminalidade. Não importa, portanto, a condição 
das pessoas, mas sim sua conduta (RUBIN, 2003). 
As características principais do movimento Lei e Ordem são: 
a) a pena criminal é justificada como castigo e retribuição, mas não no sentido 
de retribuição jurídica, e sim no sentido clássico do tema, punição porque errou; 
b) os delitos hediondos e que ferem os principais bens jurídicos devem ser 
punidos com o máximo rigor, com penas de morte e de longo encarceramento; 
c) as penas aplicadas em decorrência de crimes violentos devem ser cumpridas 
em estabelecimentos prisionais de segurança máxima, com um regime de 
cumprimento de pena severo por parte do condenado, separando-o do convívio com 
os demais apenados; 
d) a ampliação da prisão provisória para garantir imediatidade de resposta ao 
crime; 
e) diminuição dos poderes e controle da execução penal judicial e aumento dos 
poderes das autoridades penitenciárias. 
 
3. O QUE FOI A TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS? 
A Teoria das Janelas Quebradas foi elaborada por dois criminólogos 
americanos, James Wilson e George Kelling. Ela parte da premissa de que existe uma 
relação de causalidade entre a desordem e a criminalidade. Baseando-se num 
 
experimento realizado por psicólogo Philip Zimbardo, com um automóvel deixado em 
um bairro de classe alta de Palo Alto (Califórnia) e outro deixado no Bronx (Nova 
York). No Bronx o veículo foi depenado em 30 minutos; em Palo Alto, o carro 
permaneceu intacto por uma semana. Porém, após o pesquisador quebrar uma das 
janelas, o carro foi completamente destroçado e saqueado por grupos de vândalos em 
poucas horas. 
 O ambiente de desleixo e abandono, por falta de coesão social, dando a 
sensação de que as pessoas ‘não estão nem aí’, constitui claro indício do afrouxamento 
do controle social, que não deixará de fomentar desordens, pequenas infrações, 
arruaças e bebedeiras, em detrimento da qualidade de vida. Não tarda mudarem-se dali 
as pessoas ordeiras, mais apegadas ao bairro, sendo substituídas por moradores mais 
instáveis, que passam a habitá-lo em caráter provisório. O caminho fica aberto para o 
tráfico de entorpecentes e o crime violento, pragas de nossa época. (João Milanez da 
Cunha Lima e Luís Fernando da Cunha Lima 2009). 
A teoria das janelas quebradas foi desenvolvida nos EUA e aplicada em Nova 
York, quando Rudolph Giuliani era prefeito, por meio da Operação Tolerância Zero, 
reduziu consideravelmente os índices de criminalidade naquela cidade. O resultado da 
aplicação da foi a redução satisfatória da criminalidade em Nova York, que 
antigamente era conhecida como a capital do crime. Em 2016 foi considerada a cidade 
mais segura dos Estados Unidos. Os índices de criminalidade caíram 57% em geral e 
os casos de homicídio caíram 65%. 
Destarte, a teoria das janelas quebradas é um modelo de política de segurança 
pública e combate à criminalidade, segundo ela ambiente de desordem pode ser o 
maior responsável pelo aumento dos índices de criminalidade do lugar. E que um 
comportamento criminoso pode estar diretamente ligado ao ambiente em que os fatos 
acontecem, atos de pequena desordem podem levar a uma desordem maior. Já a 
desordem maior pode aumentar os índices de criminalidade de um lugar. Se não são 
tomadas providências para controlá-los ou reprimi-los as consequências podem ser o 
crescimento da criminalidade e a diminuição da qualidade de vida da população. Outra 
consequência possível é que os moradores abandonem o local que se tornou violento. 
A teoria é considerada importante pois trouxe um novo pensamento para a 
criminologia. O estudo demonstrou, ao contrário do que se pensava, que a 
criminalidade pode ser mais influenciada pelo ambiente de desordem do que por outros 
fatores (como pobreza, pouco estudo ou segregação racial). 
 
REFERENCIAS 
 
A Proposta Neoliberal no Combate à Criminalidade: O Programa Estadunidense 
Tolerância Zero | Revista de Estudos Sociais. Disponível em: 
https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/res/article/view/223. Acesso em 19 
de março de 2023. 
 
Gimenes, Eron, V. e Nestor Sampaio Penteado Filho. Manual esquemático de 
criminologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (12th edição). Editora Saraiva, 2022. 
Acesso em: 19 de março de 2023. 
 
Penteado Filho, Nestor Sampaio. Manual esquemático de criminologia. Nestor 
Sampaio Penteado Filho. – 9.ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2019. 
 
 
https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/res/article/view/223
https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/res/article/view/223
https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/res/article/view/223