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Redação Concusos-2

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
ÍNDICE 
Partes de uma Dissertação ............................................................................................................................ 2 
Desenvolvimento ........................................................................................................................................................ 2 
Proposta de Redação........................................................................................................................................... 3 
 
 
Desenvolvimento 
Partes de uma Dissertação 
O desenvolvimento é o conteúdo mais importante da dissertação, nele será preciso defender a 
tese e apresentar argumentos condizentes com a proposta. É justamente nesse espaço que a banca 
deve ser convencida de que o posicionamento do autor é válido e de que as ideias apresentadas são 
dignas de boa pontuação. 
Por ser o trecho mais longo, pode ser dividido em alguns parágrafos; é sempre bom destacar que 
a dissertação para concursos não pode apresentar um único parágrafo de desenvolvimento, é preciso 
ter, no mínimo, dois. 
Para o desenvolvimento a quantidade de linhas pode ser maior, pois é nesse trecho que a pontua- 
ção, geralmente, é mais considerada. Desse modo, pode-se fazer uso de parágrafos com 6, 7 ou até 8 
linhas, dependerá da quantidade de parágrafos. 
-7 Vejamos como pode ser um desenvolvimento: 
[introdução] 
O racismo se constitui como uma prática social proveniente da ignorância e do desrespeito para com 
aqueles que não correspondem ao estereótipo vinculado socialmente. Assim, percebe-se que a mídia e 
outros veículos de comunicação são osprincipais propagadores dopreconceito racial. 
[desenvolvimento] 
Nesse sentido, nota-se que, ao serem vinculadas imagens de pessoas brancas associadas a marcas, 
produtos ou até mesmo a protagonistas em novelas, cria-se uma hegemonia ligada à tonalidade da pele. 
Desse modo, o negro se torna uma minoria na mídia, o que gera segregação racial em um meio de comu- 
nicação que deveria ser democrático. Exemplos nãofaltam de empregadas domésticas negras em novelas, 
papéis secundários emfilmes - quando não aparecem como bandidos - e tantas outras representações que 
denigrem e enfraquecem a imagem positiva do negro. 
Seguindo nessa mesma perspectiva, somam-se outros veículos de comunicação, como as páginas de rela- 
cionamento que acabam por propagar o preconceito na ilusão do anonimato. Pode-se mencionar como 
exemplo o caso da atriz brasileira Thaís Araújo, que foi vítima de comentários racistas em sua página 
social, mas que, com a ajuda da polícia, conseguiu identificar alguns dos agressores. Esses responderão 
perante ajustiça pelo ocorrido. 
-7 Vejamos outro desenvolvimento: 
[introdução] 
Desde 1888, quando a chamada Lei Áurea foi assinada pela princesa Isabel, acreditou-se que aquele seria 
ofim do preconceito racial no Brasil. No entanto, isso não ocorreu,fato revelador de que o racismo é uma 
prática cultural ensinada e que não se dissipa no cumprimento de leis. 
[desenvolvimento] 
Sendo assim, é comum observar na própria história nacional ações que acabaram por fortalecer o pre- 
conceito racial, como as situações as quais os negros eram submetidos, por exemplo. Assim, era vista com 
naturalidade a construção de senzalas, como também os castigos com açoites ou a depreciação de suas 
práticas religiosas. Nesse sentido, historicamente, a sociedade brasileira segregou o negro e o colocou em 
condição de inferioridade diante do branco. 
Não muito diferente de hoje, essa prática cultural do racismo permanece. Ainda que a escravidão tenha 
acabado, o preconceito se perpetua em ações diárias ou na ausência dessas, pois, apesar da criação de leis 
contra opreconceito racial, essas são pouco aplicadas, o que reforça a discriminação na modernidade . 
Pode-se, ainda, destacar que somente há pouco tempo o negro passou a ocupar posições de destaque na 
sociedade, pois como prática velada, o racismo incutido nos homens dificultava o acesso a altas esferas do 
poder daqueles considerados historicamente como inferiores; barreira vencida, por exemplo, por Barak 
Obama,presidente dos Estados Unidos. 
 
 
 
 
-7 Outro exemplo: 
[introdução] 
Falar sobre a morte semprefoi um tabu nas sociedades . Seja qualfor o motivo, a maioria daspessoas prefere não 
debater esse assunto em casa, entrefamiliares ou até mesmo entre colegas de trabalho. No entanto, existem si- 
tuações queprecisam serpensadas nesse sentido, principalmente para que o medo ao se tratar desse assunto seja 
dissipado. Assim, refletir sobre a eutanásia é uma necessidade na sociedade contemporânea. 
[desenvolvimento] 
Inicialmente, é preciso destacar que a ciência moderna evoluiu muito nos últimos anos. Entretanto, isso 
ainda não foi o suficiente para demarcar umfim para o sofrimento decorrente de algumas doenças. Por 
mais que a medicina evolua, a morte é fator presente no contexto humano, e para esse fim a medicina 
também deve evoluir. Por essa razão, em alguns países, existe a possibilidade de o paciente decidir sobre 
sua própria situação clínica, quando diagnosticado emfase de doença terminal ou diante de processo im- 
possível de reversão do quadro clínico. 
Nesse sentido, uma decisão como essa deve estar permanentemente vinculada ao círculo médico como 
uma possibilidade para ospacientes. Longe de se pensar em questões religiosas ou dogmáticas, a eutanásia 
é uma espécie de "cura"para situações consideradas muito dolorosas. A exemplo pode-se mencionar o caso 
de Terri Sciavo na Flórida ; ela viveu 15 anos em uma cama em estado vegetativo considerado irreversível, 
a decisão de sua eutanásia levou oito anospara ser aceita pela justiça. Dessa forma, nota-se que a escolha 
pela vida deve passar pelo julgamento de dignidade do próprio paciente, pois ninguém além dele estará 
sentindo e vivendo em condições que podem serjulgadas, por ele, como pouco dignas. 
 
Proposta de Redação 
-7 CESPE - 2015 - TRE-RS - Analista Judiciário 
Considerando que o contexto que envolve o mundo contemporâneo, redija um texto dissertativo 
que atenda, necessariamente, ao que se pede a seguir: 
A mobilidade humana na modernidade 
> Fatores que levam milhares de pessoas a enfrentar a perigosa travessia do Mediterrâneo [6,00 
pontos] 
> O dilema moral vivido pela Europa entre receber ou rejeitar os imigrantes. [6,00 pontos] 
> O papel da opinião pública internacional na sociedade contemporânea. [6,00 pontos] 
-7 Padrão de resposta 
Espera-se que, ao abordar o primeiro item proposto (fatores que levam milhares de pessoas a en- 
frentar a perigosa travessia do Mediterrâneo), o candidato enfatize, no mínimo, dois aspectos determi- 
nantes para as atuais levas de milhares e imigrantes que buscam, na Europa, as condições elementares de 
uma vida razoavelmente digna que não mais encontram em seus países de origem. De um lado, a fome 
e a miséria, quadro que tão bem representa a situação vivida, em larga medida, por habitantes da África 
subsaariana. De outro, a ação truculenta de governos despóticos e corruptos, além da multiplicação de 
guerras civis, às vezes, ensejando autênticos genocídios. Especificamente em relação ao Oriente Médio, 
destaca-se a caótica realidade experimentada pela Síria, na qual se associam um governo ditatorial, rivali- 
dades religiosas levadas ao extremo e a ação implacável do terrorismo. 
Em relação ao segundo tópico (o dilema moral vivido pela Europa entre receber ou rejeitar os imi- 
grantes), espera-se que o candidato se reporte ao intenso debate travado no âmbito da União Europeia, 
quando alguns membros compreenderam a imperiosa necessidade de se encontrarem meios para a 
recepção de certo número de imigrantes, como é o caso, por exemplo, da Alemanha, enquanto outros, 
particularmente na Europa do Leste, ofereciam resistência explícita ao acolhimento desses imigrantes. 
Por fim, quanto ao terceiro ponto (o papel da opinião pública internacionalna sociedade con- 
temporânea), espera-se que o candidato lembre ser este um elemento definidor da contemporaneida- 
de: milhares de pessoas saem às ruas e se manifestam, por todos os meios, em face de determinados 
acontecimentos, como atos terroristas e o desespero dessesmilhares de imigrantes. Esse fenômeno 
de participação cidadã tem forçado os governos a tomarem certas atitudes que, muitas vezes, não se 
situavam em seu campo de alternativas. 
 
 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
ÍNDICE 
Partes de uma Dissertação ............................................................................................................................ 2 
Conclusão ................................................................................................................................................................... 2 
Tipos de Fechamento ..................................................................................................................................... 2 
Proposta de Redação .......................................................................................................................................... 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
Partes de uma Dissertação 
 
Essa parte do texto é apenas um desfecho, uma espécie de retomada. Não se acrescenta mais 
nada nesse ponto da dissertação. É comum que uma frase de efeito ou de reflexão esteja presente na 
construção da conclusão. Dependendo do tema e da banca, a conclusão pode ser um parágrafo com 
conteúdo, mas isso para um estudo de caso, por exemplo. 
Alguns outros tipos de dissertação podem solicitar algum tipo de intervenção, mas só o comando 
da questão pode deixar isso claro. Existem propostas para as quais não existe intervenção. De modo 
genérico, pode-se dizer que essa parte da dissertação pode ter em média de 4 até 5 linhas, pois é 
momento de terminar o texto. 
Tipos de Fechamento 
> Fechamento com confirmação: esta é a forma mais simples. É apresentada uma síntese do que 
foi escrito na redação ou uma confirmação (reforço) daquilo que orientou o texto (ideias e fun- 
damentos) e foi afirmado na introdução. 
> Fechamento com solução: este tipo é muito usado em pareceres e relatórios, pois há apresenta- 
ção de solução ou soluções para o caso tratado na questão. 
> Fechamento com Expansão: neste tipo de fechamento, usa-se o melhor argumento ou a melhor 
ideia exposta (já colocados no desenvolvimento) e é feita uma conexão com o desenvolvimento, 
de forma a esgotar a discussão ou o assunto. 
> Fechamento com Finalização do Desenvolvimento: quando não se consegue escrever, no 
de- senvolvimento, sobre todo o conteúdo da proposta, o parágrafo de fechamento também 
pode trazer algum aspecto relevante sobre o tema. 
-7 Vejamos um modelo de conclusão: 
[introdução] 
O racismo se constitui como uma prática social proveniente da ignorância e do desrespeito para com 
aqueles que não correspondem ao estereótipo vinculado socialmente. Assim, percebe -se que a mídia e 
outros veículos de comunicação são osprincipais propagadores dopreconceito racial. 
[desenvolvimento] 
Nesse sentido, nota-se que, ao serem vinculadas imagens de pessoas brancas associadas a marcas, 
produtos ou até mesmo a protagonistas em novelas, cria-se uma hegemonia ligada à tonalidade da pele. 
Desse modo, o negro se torna uma minoria na mídia, o que gera segregação racial em um meio de comu- 
nicação que deveria ser democrático. Exemplos nãofaltam de empregadas domésticas negras em novelas, 
papéis secundários emfilmes - quando não aparecem como bandidos - e tantas outras representações que 
denigrem e enfraquecem a imagem positiva do negro. 
Seguindo nessa mesma perspectiva, somam-se outros veículos de comunicação, como as páginas de rela- 
cionamento que acabam por propagar o preconceito na ilusão do anonimato. Pode-se mencionar como 
exemplo o caso da atriz brasileira Thaís Araújo, que foi vítima de comentários racistas em sua página 
social, mas que, com a ajuda da polícia, conseguiu identificar alguns dos agressores. Esses responderão 
perante ajustiça pelo ocorrido. 
[conclusão] 
Logo, é evidente a influência dos recursos midiáticos e redes sociais, por exemplo, no fortalecimento da 
prática de racismo. Assim, é necessário o envolvimento do governo na criação de medidas punitivas 
eficazes, para que as leis já existentes se façam valer. Afinal, um país que busca o desenvolvimento deve 
defender a igualdade. 
 
 
 
 
 
-7 Vejamos outro exemplo de conclusão: 
[introdução] 
Desde 1888, quando a chamada Lei Áurea foi assinada pela princesa Isabel, acreditou-se que aquele seria 
ofim do preconceito racial no Brasil. No entanto, isso não ocorreu,fato revelador de que o racismo é uma 
prática cultural ensinada e que não se dissipa no cumprimento de leis. 
[desenvolvimento] 
Sendo assim, é comum observar na própria história nacional ações que acabaram por fortalecer o pre- 
conceito racial, como as situações as quais os negros eram submetidos, por exemplo. Assim, era vista com 
naturalidade a construção de senzalas, como também os castigos com açoites ou a depreciação de suas 
práticas religiosas. Nesse sentido, historicamente, a sociedade brasileira segregou o negro e o colocou em 
condição de inferioridade diante do branco. 
Não muito diferente de hoje, essa prática cultural do racismo permanece. Ainda que a escravidão tenha 
acabado, o preconceito se perpetua em ações diárias ou na ausência dessas, pois, apesar da criação de leis 
contra opreconceito racial, essas são pouco aplicadas, o que reforça a discriminação na modernidade. 
Pode-se, ainda, destacar que somente há pouco tempo o negro passou a ocupar posições de destaque na 
sociedade, pois como prática velada, o racismo incutido nos homens dificultava o acesso a altas esferas do 
poder daqueles considerados historicamente como inferiores; barreira vencida, por exemplo, por Barak 
Obama,presidente dos Estados Unidos. 
[conclusão] 
Portanto, fica claro que o preconceito racial perd ura no modo como as pessoas são ed ucadas sem que a 
legislação consiga, efetivamente, anulá-lo. Dessa forma, caberá ao governo oportunizar a quebra desse 
paradigma por meio de ações práticas que estejam no currículo escolar desde os anos iniciais, educando as 
crianças para que não seja necessário puni-los quando adultos. 
-7 Outro exemplo: 
[introdução] 
Falar sobre a morte sempre foi um tabu nas sociedades. Seja qual for o motivo, a maioria das pessoas 
prefere não debater esse assunto em casa, entre familiares ou até mesmo entre colegas de trabalho. No 
entanto, existem situações que precisam ser pensadas nesse sentido, principalmente para que o medo ao 
se tratar desse assunto seja dissipado. Assim, refletir sobre a eutanásia é uma necessidade na sociedade 
contemporânea. 
[desenvolvimento] 
Inicialmente, é preciso destacar que a ciência moderna evoluiu muito nos últimos anos. Entretanto, isso 
ainda não foi o suficiente para demarcar umfim para o sofrimento decorrente de algumas doenças. Por 
mais que a medicina evolua, a morte é fator presente no contexto humano, e para esse fim a medicina 
também deve evoluir. Por essa razão, em alguns países, existe a possibilidade de o paciente decidir sobre 
sua própria situação clínica, quando diagnosticado emfase de doença terminal ou diante de processo im- 
possível de reversão do quadro clínico. 
Nesse sentido, uma decisão como essa deve estar permanentemente vinculada ao círculo médico como 
uma possibilidade para ospacientes. Longe de se pensar em questões religiosas ou dogmáticas, a eutanásia 
é uma espécie de "cura"para situações consideradas muito dolorosas. A exemplo pode-se mencionar o caso 
de Terri Sciavo na Flórida; ela viveu 15 anos em uma cama em estado vegetativo considerado irreversível, 
a decisãode sua eutanásia levou oito anospara ser aceita pela justiça. Dessa forma, nota-se que a escolha 
pela vida deve passar pelo julgamento de dignidade do próprio paciente, pois ninguém além dele estará 
sentindo e vivendo em condições que podem serjulgadas, por ele, como pouco dignas. 
[conclusão] 
Portanto, diante de decisão tão relevante para a sociedade, é preciso refletir sobre as condições de a euta- 
násia se configurar como uma possibilidade no universo médico, uma vez que oponto central deverá ser o 
bem-estar do paciente. Logo, a escolha entre uma vida limitada ou empleno sofrimento deve ser avaliada 
doponto de vista daquele que sofre e não daquele que o vê sofrer. 
 
 
 
 
Proposta de Redação 
A desestruturação do sistema prisional traz à baila o descrédito da prevenção e da reabilitação do 
condenado. Nesse sentido, a sociedade brasileira encontra-se em momento de extrema perplexidade 
emface do paradoxo que é o atual sistema carcerário brasileiro, pois de um lado temos o acentuado 
avanço da violência, o clamor pelo recrudescimento de 
pena e, do outro lado, a superpopulação prisional e as nefastas mazelas carcerárias. A prisão que 
outrora surgiu como um instrumento substitutivo da pena de morte, das torturas públicas e cruéis, 
atualmente não consegue efetivar ofim correcional da pena. Entretanto, leis existem, épreciso fazê-las 
cumprir amparando a Justiça no que lhefor necessário. 
http://revistavisaojuridica.uol.com .br/advogados-leis-jurisprudenci a/59/artigo2l3019-1 .asp 
Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo 
sobre: 
As condições dos reclusos brasileiros 
O texto deve contemplar os seguintes aspectos: 
> A superpopulação carcerária . [4,00 pontos] 
> A ociosidade do recluso. [4,00 pontos] 
> As organizações criminosas. [4,00 pontos] 
[Sugestão de Conclusão] 
Considerando o que foi apresentado, entende-se, portanto, que ainda há muito o que ser dis- 
cutido sobre as condições dos reclusos brasileiros. E essa situação é agravada por causa da super- 
população carcerária e pela presença das organizações criminosas nos presídios. 
-7 Padrão de resposta 
Para o primeiro aspecto (a superpopulação carcerária), espera-se que o candidato discorra sobre 
as condições atuais dos presídios brasileiros . Sabe-se que o Brasil possui hoje a quarta maior popu- 
lação encarcerada no planeta, ficando atrás de Rússia, China e Estados Unidos. No entanto, além da 
quantidade alarmante de detentos, o candidato deve destacar as condições em que se encontram os 
reclusos. A Lei de Execuções Penais prevê que os detentos sejam mantidos em celas com pelo menos 
seis metros quadrados para cada preso, mas a superlotação superou os planos originais, para os quais 
os presídios foram projetados; assim, é comum, infelizmente, celas prisionais comportarem mais de 
20 ou 30 pessoas. 
No que se refere ao segundo aspecto (a ociosidade do recluso), o candidato deve abordar questões 
que problematizem quanto ao tempo de reclusão do detento e de que forma esse é utilizado nos presí- 
dios. Sabe-se que a reabilitação dos apenados é uma medida prevista na lei, no entanto, as condições 
depreciativas das penitenciárias dificultam essa ação. São poucos os presídios que podem oferecer 
trabalho ou estudo aos detentos enquanto esses se encontram privados da liberdade. Vale destacar 
que a ociosidade não trabalha a favor da ressocialização do apenado, pelo contrário, pois as condi- 
ções precárias das penitenciárias promovem rebeliões e diversos outros conflitos. 
Por fim, no terceiro aspecto (as organizações criminosas), espera-se que o candidato relacione 
esse tópico com o elemento anteriormente citado, pois a ociosidade permite que organizações crimi- 
nosas estejam também nos presídios, pois os detentos acabam participando da chamada "escola do 
crime" uma vez que a reabilitação e a ressocialização não funcionam. Desse modo, o crime organiza- 
do torna-se uma realidade não só fora do sistema prisional, mas também nos ambientes de reclusão. 
 
 
 
 
http://revistavisaojuridica.uol.com/
 
 
 
 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
ÍNDICE 
Questão Teórica ............................................................................................................................................ 2 
Estrutur a da Questão Teórica ............................................................................................................................................. 2 
Entendendo uma Proposta de Redação ..............................................................................................................2 
Elaborando uma Proposta de Redação ............................................................................................................... 3 
Sugestão de Versão final. ..................................................................................................................................... 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão Teórica 
A dissertação com base em uma teoria é um tipo de dissertação técnica que tem caráter exposi- 
tivo. Esse tipo de redação segue a mesma perspectiva que a de um estudo de caso. A diferença é que, 
na questão teórica, não há uma situação hipotética. 
Vale destacar que, quando a banca coloca, no enunciado da questão, a palavra "necessariamen- 
te", o ideal é que se siga a ordem dada aos tópicos no momento de produção do texto. 
Quando há essa estrutura de tópicos, o examinador quer que se faça um parágrafo para o que é 
pedido no primeiro tópico, um parágrafo para o que é pedido no segundo tópico e um parágrafo para 
o que é pedido no terceiro tópico, mantendo uma unidade entre os parágrafos (elementos coesivos). 
Vejamos como deve ser a estrutura textual dessa dissertação. 
> Introdução: pode-se colocar uma apresentação sucinta sobre o assunto norteia as questões. 
Pode-se, também, iniciar o texto já respondendo ao primeiro tópico. 
> Desenvolvimento: deve-se explorar com consistência todos os tópicos apresentados no 
comando, de acordo com os questionamentos formulados pela banca. É importante ficar atento 
à fundamentação legal do seu texto. 
> Conclusão: pode-se fechar o texto com o último tópico ou fazer uma síntese. 
 
Estrutura da Questão Teórica 
O candidato pode fazer uma breve apresentação do assunto. Pode-se fazer a aplicação de alguma 
lei, regra, norma, conhecimento que couber para a análise. 
É o momento de desenvolver o texto, por meio da aplicação de conhecimentos específicos do 
candidato. O alvo aqui é evidenciar ao examinador que conhecemos a lei, norma, teoria. 
Entendendo uma Proposta de Redação 
Nas regiões brasileiras de fronteira, o crime de contrabando, tipificado no art. 334 do Código 
Penal, no capítulo referente aos crimes praticados por particular contra a administração geral, ao 
lado do tráfico de entorpecentes e drogas afins, é o que mais importuna a atividade dos poderes 
públicos, tanto de prevenção e fiscalização quanto de repressão ou apuração das responsabilidades 
penais. O Brasil tem uma peculiaridade em relação a esse crime, devido ao fato de possuir milhares 
de quilômetros de fronteira seca, muito difíceis de fiscalizar. 
Enivaldo Pinto Pólvora . Internet : (com adaptações). 
 
Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um 
texto dissertativo que atenda, necessariamente, ao que se pede a seguir: 
> defina o crime de contrabando e indique, em linhas gerais, as circunstâncias que integram esse 
tipo penal; [valor: 4,00 pontos] 
> comente acerca das principais mercadorias e cargas contrabandeadas no território brasileiro; 
[valor: 3,00 pontos] 
> explane a respeito dos problemas decorrentes do contrabando de mercadorias e cargas para a 
economia nacional e para a saúde pública; [valor:6,00 pontos] 
> sugira medidas e ações efetivas das forças públicas para o combate ao contrabando de mercado- 
rias e cargas no país. [valor: 6,00 pontos] 
 
 
 
 
Elaborando uma Proposta de Redação 
A lei não é capaz de traçar a rigidamente todas as condutas de um agente administrativo. Ainda 
que procure definir alguns elementos que possam restringir a atuação dos agentes, o certo é que, em 
várias situações, a própria lei oferece a eles a possibilidade de valoração da conduta. Nesses casos, o 
agente pode avaliar a conveniência e a oportunidade dos atos que vai praticar, na qualidade de admi- 
nistrador dos interesses coletivos. 
José dos Santos Carvalho Filho. Manual de Direito Administrativo 24ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011 (com adaptações) 
 
Considerando o que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um 
texto dissertativo a respeito de ato administrativo. Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente os 
seguintes aspectos: 
> requisitos do ato administrativo; [valor: 23,00 pontos] 
 
> atributos do ato administrativo. [valor: 15,00 pontos] 
 
Sugestão de Versão final 
 
Um dos desafios do serviço público é entender a realidade complexa que envolve um ato admi- 
nistrativo, visto que, como um dos meios de manifestação do Estado aos particulares, nem sempre 
sua prática está de acordo com os preceitos legais, pois há desvios de caráter legal. Para tanto, faz-se 
necessário discutir e conhecer os requisitos e os atributos desse ato para que sua produção seja 
sempre válida. 
Em relação aos requisitos desse ato, deve-se entender quais são eles: a competência, que está 
ligada à finalidade; a forma, a qual limita a atividade estatal, e o Estado pode, por exemplo, punir o 
servidor público, desde que obedeça ao processo administrativo; o objeto ou conteúdo do ato, que é 
o próprio ato efetivado na vida real, como, na portaria de demissão, o objeto é a própria demissão; e 
o motivo, o qual é a causa legal do objeto, como demitir um servidor por ele ter cometido infração. 
Sobre os atributos do ato administrativo, é essencial saber que eles também se dividem: presun- 
ção de legalidade, a qual consiste na presunção de que o agente público é competente para realizar 
o ato administrativo até prova em contrário; imperatividade, a qual significa que o Estado pode 
constituir qualquer cidadão em uma obrigação, sendo irrelevante a vontade pessoal, como exemplo, 
a multa de trânsito; autoexecutoriedade, que significa a prerrogativa a qual o Estado possui para 
executar seus atos sem que precise recorrer ao Poder Judiciário; a tipicidade, que está ligada à legali- 
dade do ato, ou seja, seria a prática do ato em conformidade com a lei. 
A validade de um ato administrativo, portanto, depende dos requisitos e dos atributos que o 
caracterizam . Além disso, vale ressaltar que as relações entre o Estado e os particulares devem ser 
pautadas pela inarredável observância dos preceitos legais. Desse modo, a Administração Pública só 
pode fazer aquilo que a lei determina, isto é, não pode atuar contra a lei. 
 
 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
ÍNDICE 
Estudo de Caso .............................................................................................................................................. 2 
Elaboração do Estudo de Caso ............................................................................................................................2 
Estrutura de um Estudo de Caso .........................................................................................................................2 
Proposta 1 ...................................................................................................................................................... 3 
Padrão de Resposta ......................................................................................................................................... 3 
Proposta 2............................................................................................................................................................... 4 
Padrão de Resposta .........................................................................................................................................4 
Sugestão de Versão Final 1 ......................................................................................................................................... 5 
Sugestão de Versão Final 2 ......................................................................................................................................... 6 
Sugestão de Versão Final 3 ................................................................................................................................. 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo de Caso 
A dissertação que tem como base uma situação hipotética mistura conceitos da dissertação ar- 
gumentativa e da expositiva. Nesse tipo de redação, apresenta-se um caso hipotético no enunciado 
e solicita-se ao candidato que ele redija um texto com base nela. Assim, para não fugir ao tema, 
é preciso responder, de maneira fundamentada, aos questionamentos feitos. O interessante é que, 
nesse tipo de produção, são aplicados conhecimentos a casos concretos (reais ou fictícios). 
Como gênero textual, o estudo de caso agrega elementos narrativos e descritivos para estabelecer os 
dados antes de proceder à análise. Quando esta última tem início, o estudo de caso apresenta elementos de 
dissertação argumentativa, no que diz respeito a interpretar os dados e aplicar a eles algum conhecimento 
teórico mais amplo. De modo geral, trata-se de uma dissertação expositivo-argumentativa. 
A estrutura dessa forma de dissertação segue a linha da estrutura dissertativa: 
> Introdução: pode-se colocar uma sucinta descrição da situação hipotética e uma análise inicial 
ou posicionamento (caso seja solicitado). 
> Desenvolvimento: deve-se explorar com consistência todos os tópicos apresentados no 
comando da proposta e fazer conexões com a situação hipotética, de acordo com os questio- 
namentos formulados pela banca. É necessário ficar atento à fundamentação do texto, porque 
muitas vezes as respostas precisam ser fundamentadas com base em determinados documentos 
legais, como a Constituição Federal ou legislações específicas. 
> Conclusão: a depender do roteiro apresentado pela banca no enunciado, pode-se fazer o tipo de 
fechamento com solução. Assim, são relatadas propostas, sugestões e(ou) soluções para o caso. 
Elaboração do Estudo de Caso 
O estudo de caso é uma espécie do gênero dissertação e consiste em metodologia de pesquisa 
dirigida a um evento ao qual se pode aplicar teoria e conceitos gerais. Trata-se de forma de descrever 
um caso e aplicar a ele esta ou aquela técnica, esta ou aquela norma. Estudos de casos podem ser clas- 
sificados de várias maneiras: explicativos, cognitivos, expositivos. 
Em provas de concurso, predomina o explicativo. No estudo de caso, podemos adotar uma das 
duas seguintes perspectivas: 
> apenas descrever os dados que caracterizam os fatos envolvidos no caso em estudo; e/ou des- 
crever e também analisar para extrair conclusões quanto ao aspecto prático de como lidar com 
aquela situação em particular. 
Estrutura de um Estudo de Caso 
Na prova discursiva, o candidato deve aplicar ao estudo de caso as qualidades que também é 
preciso observar em uma boa dissertação. A diferença é a estrutura. Vejamos: 
I) O estudo de caso começa, na prova discursiva de concurso, com o estabelecimento dosfatos. Aqui o 
candidato deve fazer um breve resumo dos fatos a serem descritos e analisados. Basta um parágrafo 
que sintetize ofato. O temafornecido pela banca geralmente já fornece uma narração dosfatos. 
II) Estabelecido o resumo dos fatos, agora é o momento de descrevermais detalhadamente os acon- 
tecimentos que serão analisados. Nessa hora, pode-se fazer a aplicação de alguma lei, regra, norma, 
conhecimento que couber para analisar o caso. 
III) É o momento de desenvolver o estudo, por meio da aplicação de conhecimentos específicos do candidato. 
O alvo aqui é evidenciar ao examinador que conhecemos a lei, norma, teoria que cabe aplicar naquele caso. 
IV) Quando nos deparamos com algum problema, então é o momento de apontar soluções, sempre 
com base em lei, norma, teoria, ou seja, com base em conhecimentos cujo domínio o candidato deve 
mostrar ao examinador. 
V) Quando não se trata deproblema, então a conclusãofixará como evidente a adequação entre o caso 
estudado e a lei, norma, teoria. 
 
 
 
 
 
Proposta 1 
No curso de uma investigação policial, atendendo a representação da autoridade policial, foi 
autorizada judicialmente medida de busca e apreensão de bens e documentos, a ser realizada em 
endereço determinado, conforme descrito no competente mandado. De posse do mandado, os 
agentes de polícia, acompanhados da autoridade policial, chegaram ao sobredito imóvel somente no 
período noturno, devido a vários contratempos havidos no decorrer das diligências. Confirmado o 
endereço, constatou-se a presença de várias pessoas no interior do imóvel, entre elas, o proprietário 
da casa, indiciado no inquérito policial que originou o mandado de busca e apreensão. Adicional- 
mente, constatou-se a existência de três veículos na garagem do imóvel. 
Considerando a situação hipotética acima apresentada, redija um texto dissertativo acerca do 
instituto da busca e apreensão no processo penal. Ao elaborar seu texto, aborde, fundamentadamen- 
te, os seguintes tópicos. 
1) Natureza jurídica da busca e apreensão, seus objetivos e suas características e normas gerais. 
[valor: 7,00 pontos] 
2) Requisitos para o cumprimento da busca e apreensão em suas modalidades domiciliar e pessoal. 
[valor: 6,00 pontos] 
3) Relativamente à situação hipotética apresentada: possibilidade jurídica de realização da diligên- 
cia no horário noturno. [valor: 3,00 pontos] 
4) Relativamente à situação hipotética apresentada: possibilidade jurídica de realização de busca 
pessoal nas pessoas encontradas no interior do imóvel, bem como no interior dos veículos esta- 
cionados na garagem. [valor: 3,00 pontos] 
Padrão de Resposta 
1) O instituto da busca e apreensão no processo penal é procedimento de natureza eminentemente 
cautelar, com previsão na Constituição Federal e no Código de Processo Penal, sendo medida 
restritiva de direitos individuais com o objetivo de acautelamento: i) de material probatório ne- 
cessário à prova da infração ou à defesa do réu; ii) de coisa, de animais e até de pessoas que não 
estejam ao alcance espontâneo da justiça. A doutrina ainda considera a natureza jurídica da busca 
e apreensão como meio de prova, por constar no Título VII, Capítulo XI, do CPP, motivo pelo 
qual alguns também a consideram o instituto de natureza jurídica mista. É medida excepcional 
por implicar tanto a quebra da inviolabilidade do domicílio, quanto a inviolabilidade pessoal, em 
face das garantias constitucionais previstas no art. 5.0, incisos e X e XI, da Constituição Federal. 
(Art. 5.0, X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegu- 
rado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XI - a casa 
é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, 
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por de- 
terminação judicial). Tal característica, ou seja, a excepcionalidade, em face das garantias cons- 
titucionais em comento, traz em consequência a jurisdicionalidade, que impõe seja a medida 
analisada previamente pelo Poder Judiciário, podendo ser realizada em fase inquisitorial, antes 
ou durante o inquérito e em fase processual, ou seja, durante a instrução do processo. Nos termos 
do art. 240 e seguintes do Código de Processo Penal, a busca poderá ser domiciliar ou pessoal, 
entendendo-se a primeira como aquela realizada em residência, bem como em qualquer compar- 
timento habitado, ou aposento ocupado de habitação coletiva ou em compartimento não aberto 
ao público, no qual alguém exerça profissão ou atividade. A busca pessoal é aquela realizada na 
própria pessoa, em contato direto com o corpo humano ou pertences íntimos ou exclusivos do 
indivíduo, como bolsas, malas e veículos. 
 
 
 
 
2) Os requisitos indispensáveis para a execução da busca domiciliar são: a) Ordem judicial escrita e 
fundamentada; b) Indicação precisa do local, dos motivos e da finalidade da diligência; c) Cum- 
primento da diligência durante o dia, salvo se o morador consentir que seja realizada à noite; 
d) A qualquer hora do dia ou da noite, independentemente de mandado judicial ou consenti- 
mento do morador, por ocasião de flagrante delito. Já a busca pessoal não depende de autoriza- 
ção judicial para o seu cumprimento, mas apresenta como requisito essencial e indispensável a 
fundada suspeita de que o indivíduo porte consigo ou em seus pertences armas, instrumentos do 
crime, objetos necessários à prova do fato delituoso, entre outros. É também legalmente autoriza- 
da quando determinada no curso da busca domiciliar (art. 244 do CPP). 
3) Em se tratando de busca pessoal e havendo fundadas razões para a execução da diligência, esta 
poderá ser realizada a qualquer hora do dia ou da noite, porquanto independe de autorização 
judicial nesse sentido; todavia, tratando-se de busca domiciliar, esta somente se dará no horário 
noturno se for consentida pelo morador. Não havendo consentimento deste, a diligência somente 
poderá ser executada durante o dia. 
4) Conforme dito alhures, no decorrer da busca e apreensão domiciliar, a legislação processual penal 
autoriza a busca pessoal, independentemente de ordem judicial, o que se estende aos objetos perten- 
centes à pessoa, a exemplo de bolsas e veículos (automóvel, bicicleta, motocicleta etc.). Se a medida 
mais gravosa, que é a violação do domicílio, conta com a ordem judicial, seria de todo improcedente 
que o exequente da ordem não pudesse revistar as pessoas e os seus pertences encontrados no local. 
-7 Obs.: Artigos de lei ou do CPP não citados neste padrão de resposta poderão ser considerados para fins 
argumentativos da questão, desde que não contrariem o quanto exigido pela Banca Examinadora. 
Proposta 2 
João foi indiciado em inquérito policial (IP), e, no curso deste, o juiz competente, de ofício, 
decretou a prisão temporária do dito indiciado. Para defender seus interesses, João constituiu um 
advogado que, na primeira oportunidade, requereu ao delegado de polícia responsável acesso a todos 
os elementos de prova no curso do IP, para permitir a ampla defesa de seu cliente, de modo a se 
garantir, assim, o devido processo legal. 
Acerca da situação hipotética acima apresentada e do IP, redija um texto dissertativo que atenda, 
de modo fundamentado, às determinações e aos questionamentos seguintes. 
1) Apresente o conceito e a finalidade do IP. [valor: 2,00 pontos] 
2) Descreva as características do IP. [valor: 4,00 pontos] 
3) Comente sobre o valor probatório do IP. [valor: 2,00 pontos] 
4) A instauração de IP é indispensável? [valor: 2,00 pontos] 
5) Na situação considerada, a prisão temporária de João, nos moldes em que foi decretada - de 
ofício -foi legal? [valor: 4,00 pontos] 
6) Na situação considerada, há fundamento legal para o direito de acesso do defensor de João aos 
elementos de prova no curso do IP? Em sua resposta, destaque o entendimento do Supremo 
Tribunal Federal a respeito. [valor: 5,00 pontos] 
Padrão de Resposta 
1) Conceito e finalidade do inquérito policial (IP): é o conjunto de diligências realizadas pela polícia 
judiciária para a apuração de uma infração penale de sua autoria, a fim de que o titular da ação 
penal possa ingressar em juízo. (art. 4.0 do CPP: "A polícia judiciária será exercida pelas auto- 
ridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das 
infrações penais e da sua autoria"). O IP é, portanto, procedimento administrativo inquisitório 
e preparatório que consiste no referido conjunto de diligências. A finalidade do IP é a apuração 
de fato que configure infração penal e a respectiva autoria para servir de base à ação penal ou às 
providências cautelares, ou seja, possibilitar que o titular da ação penal possa ingressar em juízo. 
 
 
 
 
 
2) Características do IP: o IP é procedimento escrito, sigiloso e inquisitivo, marcado pela oficia- 
lidade, oficiosidade, autoritariedade e indisponibilidade. Outras características que podem ser 
apontadas são sua discricionariedade e temporariedade. 
3) Valor probatório do IP: o IP tem conteúdo informativo e valor probatório relativo, haja vista que os 
elementos de informação não são colhidos sob a égide do contraditório e da ampla defesa. (artigo 155 
do CPP: "O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório 
judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos 
na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas"). 
4) Indispensabilidade do IP: o IP não é uma fase obrigatória da persecução penal, podendo ser dis- 
pensado sejá houver informações sobre o fato e a autoria, indicando o tempo, o lugar e os elemen- 
tos de convicção (artigo 12 do CPP: "O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, 
sempre que servir de base a uma ou outra; Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar 
a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por 
escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de con- 
vicção; artigo 46, § 1º, do CPP, "Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o 
prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de 
informações ou a representação") . 
5) Possibilidade de o juiz decretar de ofício a prisão temporária do indiciado: o juiz não pode 
decretar de ofício a prisão temporária de indiciado, a qual dependerá de representação da auto- 
ridade policial ou de requerimento do Ministério Público, conforme dispõe o art. 2.0 da Lei n.º 
7.960/1989: "A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autorida- 
de policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável 
por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade." 
6) Se o defensor tem direito de acesso a todos os procedimentos e elementos de prova do inquérito, 
destacando o entendimento do Supremo Tribunal Federal a respeito: o defensor tem direito de 
acesso aos elementos de prova já documentados e que digam respeito ao exercício do direito de 
defesa, conforme o próprio entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal. Súmula Vin- 
culante 14 do STF: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos ele- 
mentos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com 
competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa, conforme 
interpretação do art. 5°, inciso LV, da CF. 
-7 Obs. 1: No item 2, a Banca Examinadora poderá aceitar outras características do IP não descri- 
tas no padrão de resposta, desde que a característica indicada pelo candidato tenha aceitação na 
doutrina majoritária ou seja reconhecida pelos Tribunais Superiores. 
-7 Obs. 2: No item 6, as disposições do art. 7º do Estatuto da OAB valerão como argumentação do 
item, não sendo apenado o candidato que deixá-las de indicar. 
Sugestão de Versão Final 1 
O Inquérito Policial, conforme art. 4.0 do CPP, é oconjunto de diligências realizadas pela polícia 
judiciária para a apuração de uma infração penal e de sua autoria, a fim de que o titular da ação penal 
possa ingressar em juízo. Sua finalidade é a apurar um fato que configure infração penal e indicar a 
respectiva autoria. Além disso, tem como características ser escrito, sigiloso e inquisitivo, marcado 
pela oficialidade, oficiosidade, autoritariedade e indisponibilidade. 
Esse procedimento tem conteúdo informativo e valor probatório relativo, visto que os elementos de 
informação não são colhidos sob a égide do contraditório e da ampla defesa, segundo artigo 155 do CPP. 
Ademais, o IP não é uma fase obrigatória da persecução penal, por isso pode ser dispensado se já houver 
informações sobre o fato e a autoria, indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção. 
 
 
 
 
 
Em relação à situação hipotética considerada, o juiz não pode decretar de ofício a prisão tem- 
porária de indiciado (no caso, de João), a qual dependerá de representação da autoridade policial ou 
de requerimento do Ministério Público, conforme dispõe o art. 2.0 da Lei n.º 7.960/1989. Cumpre 
destacar, também, que o defensor tem direito de acesso aos elementos de prova já documentados e 
que digam respeito ao exercício do direito de defesa, conforme Súmula Vinculante 14 do STF. 
Sugestão de Versão Final 2 
O Inquérito Policial, conforme art. 4.0 do CPP, é oconjunto de diligências realizadas pela polícia 
judiciária para a apuração de uma infração penal e de sua autoria, a fim de que o titular da ação penal 
possa ingressar em juízo. Além disso, sua finalidade é a apurar um fato que configure infração 
penal e indicar a respectiva autoria. 
Em primeiro lugar, o IP tem como características ser escrito, sigiloso e inquisitivo, marcado 
pela oficialidade, oficiosidade, autoritariedade e indisponibilidade. Ademais, esse procedimento 
tem conteúdo informativo e valor probatório relativo, visto que os elementos de informação não são 
colhidos sob a égide do contraditório e da ampla defesa, segundo artigo 155 do CPP. 
Em segundo lugar, o Inquérito Policial não é uma fase obrigatória da persecução penal, por isso 
pode ser dispensado se já houver informações sobre o fato e a autoria, indicando o tempo, o lugar e 
os elementos de convicção. 
Por fim, em relação à situação hipotética considerada, o juiz não pode decretar de ofício a 
prisão temporária de indiciado (no caso, de João), a qual dependerá de representação da autoridade 
policial ou de requerimento do Ministério Público, conforme dispõe o art. 2.0 da Lei n.º 7.960/1989. 
Cumpre destacar, também, que o defensor tem direito de acesso aos elementos de prova já docu- 
mentados e que digam respeito ao exercício do direito de defesa, conforme Súmula Vinculante 14 
do STF. 
Sugestão de Versão Final 3 
O Inquérito Policial, conforme art. 4.0 do CPP, é oconjunto de diligências realizadas pela polícia 
judiciária para a apuração de uma infração penal e de sua autoria, a fim de que o titular da ação penal 
possa ingressar em juízo. Portanto, é um procedimento administrativo inquisitório e preparatório. 
O primeiro fator a ser mencionado é a sua finalidade, que consiste em apurar um fato que configure 
infração penal e indicar a respectiva autoria. Nesse sentido, o IP tem como características ser escrito, 
sigiloso e inquisitivo, marcado pela oficialidade, oficiosidade, autoritariedade e indisponibilidade. 
O segundo aspecto a ser tratado é que esse procedimento tem conteúdo informativo e valor 
probatório relativo, visto que os elementos de informação não são colhidos sob a égide do contradi- 
tório e da ampla defesa, segundo artigo 155 do CPP. 
Outro ponto importante é que o Inquérito Policial não é uma fase obrigatória da persecução 
penal, por isso pode ser dispensado se já houver informações sobre o fato e a autoria, indicando o 
tempo, o lugar e os elementos de convicção. 
Em relação à situação hipotética considerada, o juiz não podedecretar de ofício a prisão tem- 
porária de indiciado (no caso, de João), a qual dependerá de representação da autoridade policial ou 
de requerimento do Ministério Público, conforme dispõe o art. 2.0 da Lei n.º 7.960/1989. 
Cumpre destacar, também, que o defensor tem direito de acesso aos elementos de prova já do- 
cumentados e que digam respeito ao exercício do direito de defesa, conforme Súmula Vinculante 14 
do STF.

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