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AULA_04_ESTRUTURAS_DE_CONCRETO_ARMADO_I

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20/05/2019
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
CAMPUS DE ALEGRETE
Estruturas de 
Concreto Armado I
Curso: Engenharia Civil
Professor: Telmo E. C. Deifeld
Aula 04
QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 2
As estruturas de concreto, delineadas pelo projeto estrutural, devem
obrigatoriamente apresentar qualidade no que se refere aos três
quesitos seguintes:
a) Capacidade Resistente: significa que a estrutura deve ter a
capacidade de suportar as ações previstas de ocorrerem na
construção, com conveniente margem de segurança contra a ruína
ou a ruptura;
b) Desempenho em Serviço: consiste na capacidade da estrutura
manter-se em condições plenas de utilização durante toda a sua vida
útil, não devendo apresentar danos que comprometam em parte ou
totalmente o uso para o qual foi projetada;
c) Durabilidade: consiste na capacidade da estrutura resistir às
influências ambientais previstas e definidas entre o engenheiro
estrutural e o contratante.
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QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 3
Vida útil de projeto → o período de tempo durante o qual se
mantêm as características das estruturas de concreto, desde que
atendidos os requisitos de uso e manutenção prescritos pelo
projetista e pelo construtor.
Determinadas partes das estruturas podem possuir vida 
útil diferente do conjunto.
vida 
útil
condições ambientais previstas no projeto
segurança
estabilidade
aptidão em serviço
QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 4
Curso de concreto armado / José Milton de Araújo. - Rio Grande: Dunas, 2014. v.1, 4.ed. Pg.60
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QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 5
Durabilidade
✓ mecanismos de envelhecimento 
✓ deterioração dos materiais que 
constituem a estrutura 
✓ deterioração da própria estrutura
QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 6
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO DO CONCRETO
a) lixiviação: por ação de águas puras, carbônicas agressivas ou
ácidas que dissolvem e carreiam os compostos hidratados da
pasta de cimento;
b) expansão por ação de águas e solos que contenham ou
estejam contaminados com sulfatos, dando origem a
reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento
hidratado;
c) expansão por ação das reações entre os álcalis do
cimento e certos agregados reativos;
d) reações deletérias superficiais de certos agregados
decorrentes de transformações de produtos ferruginosos
presentes na sua constituição mineralógica.
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QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 7
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO DA ARMADURA
a) despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás 
carbônico da atmosfera;
b) despassivação por elevado teor de íon cloro (cloreto).
A carbonatação é um fenômeno que ocorre devido as reações
químicas entre o gás carbônico presente na atmosfera, que
penetra nos poros do concreto, e o hidróxido de cálcio e outros
constituintes provenientes da hidratação do cimento
(CUNHA e HELENE, 2001).
QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 8
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO DA ARMADURA
A carbonatação inicia-se na superfície da peça e avança
progressivamente para o interior do concreto, ocasionando a
diminuição da alta alcalinidade do concreto, de pH próximo a 13,
para valores próximos a 8.
A alta alcalinidade do concreto origina a formação de um filme
passivante de óxidos, resistente e aderente à superfície das barras
de armadura existentes no interior das peças de concreto armado,
que protege a armadura contra a corrosão.
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QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 9
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO DA ESTRUTURA
✓ ações mecânicas 
✓ movimentações de origem térmica
✓ Impactos
✓ ações cíclicas
✓ Retração
✓ Fluência
✓ Relaxação (para o concreto protendido)
QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 10
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO DA ESTRUTURA
As movimentações de origem térmica são provocadas pelas
variações naturais nas temperaturas ambientes, que causam a
variação de volume das estruturas e fazem surgir
consequentemente esforços adicionais nas estruturas.
As variações de temperatura podem ser também de origem não
natural, como aquelas que ocorrem em construções para
frigoríficos, siderúrgicas, metalúrgicas, etc., como fornos e
chaminés.
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QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 11
AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE
A agressividade do meio ambiente está relacionada às ações
físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto,
independentemente das ações mecânicas, das variações
volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e outras
previstas no dimensionamento das estruturas de concreto.
Nos projetos das estruturas correntes, a agressividade
ambiental deve ser classificada de acordo com o apresentado
na tabela a seguir e pode ser avaliada, simplificadamente,
segundo as condições de exposição da estrutura ou de suas
partes..
QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 12
AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE
Tabela 6.1 – Classes de agressividade ambiental (CAA) – NBR 6118:2014)
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QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 13
CUIDADOS NA DRENAGEM VISANDO A DURABILIDADE
a) presença ou acúmulo de água proveniente de chuva ou
decorrente de água de limpeza e lavagem, sobre as superfícies
das estruturas de concreto;
b) superfícies expostas que necessitem ser horizontais, tais como
coberturas, pátios, garagens, estacionamentos e outras,
devem ser convenientemente drenadas, com disposição de
ralos e condutores;
c) todas as juntas de movimento ou de dilatação, em superfícies
sujeitas à ação de água, devem ser convenientemente seladas,
de forma a torná-las estanques à passagem (percolação) de
água;
QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 14
CUIDADOS NA DRENAGEM VISANDO A DURABILIDADE
d) todos os topos de platibandas e paredes devem ser protegidos
por chapins. Todos os beirais devem ter pingadeiras e os
encontros a diferentes níveis devem ser protegidos por rufos.
http://negociol.com/p20273-chapim-100-015.html
http://www.engenhariacivil.com/dicionario/rufo
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QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 15
CUIDADOS NA DRENAGEM VISANDO A DURABILIDADE
A norma ainda preconiza que:
1. disposições arquitetônicas ou construtivas que possam reduzir
a durabilidade da estrutura devem ser evitadas;
2. deve ser previsto em projeto o acesso para inspeção e
manutenção de partes da estrutura com vida útil inferior ao
todo, tais como aparelhos de apoio, caixões, insertos,
impermeabilizações e outros.
QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 16
QUALIDADE DO CONCRETO DE COBRIMENTO
Segundo a NBR 6118:2014, a “durabilidade das estruturas é
altamente dependente das características do concreto e
da espessura e qualidade do concreto do cobrimento da
armadura.”
Na falta de ensaios comprobatórios de desempenho da
durabilidade da estrutura frente ao tipo e nível de agressividade
previsto em projeto, e devido à existência de uma forte
correspondência entre a relação água/cimento, a resistência à
compressão do concreto e sua durabilidade, permite-se adotar
os requisitos mínimosexpressos na tabela a seguir:
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QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 17
QUALIDADE DO CONCRETO DE COBRIMENTO
Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto armado 
– NBR 6118:2014
QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 18
ESPESSURA DO COBRIMENTO DA ARMADURA
Define-se como cobrimento de armadura a espessura da
camada de concreto responsável pela proteção da armadura ao
longo da estrutura.
Essa camada inicia-se a partir da face externa das barras da
armadura transversal (estribos) ou da armadura mais externa e se
estende até a face externa da estrutura em contato com o meio
ambiente.
Para garantir o cobrimento mínimo (cmín) o projeto e a execução
devem considerar o cobrimento nominal (cnom), que é o
cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução (Δc).
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QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 19
ESPESSURA DO COBRIMENTO DA ARMADURA
Cobrimento da armadura
nom mimc c c= +
QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 20
ESPESSURA DO COBRIMENTO DA ARMADURA
Nas obras correntes o valor de Δc deve ser maior ou igual a 10
mm.
Esse valor pode ser reduzido para 5 mm quando houver um
adequado controle de qualidade e rígidos limites de tolerância da
variabilidade das medidas durante a execução das estruturas de
concreto.
Em geral, o cobrimento nominal de uma determinada barra deve
ser:
nom barra
nom feixe n
c
c n

  

 = =
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QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 21
ESPESSURA DO COBRIMENTO DA ARMADURA
A dimensão máxima característica do agregado graúdo (dmáx)
utilizado no concreto não pode superar em 20% a espessura
nominal do cobrimento, ou seja:
max 1,2 nomd c
QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 22
ESPESSURA DO COBRIMENTO DA ARMADURA
Para determinar a espessura do cobrimento é necessário antes
definir a classe de agressividade ambiental a qual a estrutura está
inserida. Segundo a NBR 6118:2014, temos que
“Nos projetos das estruturas correntes, a agressividade ambiental
deve ser classificada de acordo com o apresentado na Tabela 6.1
e pode ser avaliada, simplificadamente, segundo as condições de
exposição da estrutura ou de suas partes”.
A Tabela 6.1 foi da norma já foi apresentada sob o título “Classes
de agressividade ambiental” (slide 12).
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QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 23
ESPESSURA DO COBRIMENTO DA ARMADURA
A Tabela a seguir (Tabela 7.2 na NBR 6118:2014) mostra os
valores para o cobrimento nominal de lajes, vigas e pilares, para a
tolerância de execução (Δc) de 10 mm, em função da classe de
agressividade ambiental.
QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 24
ESPESSURA DO COBRIMENTO DA ARMADURA
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QUALIDADE E DURABILIDADES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 25
ESPESSURA DO COBRIMENTO DA ARMADURA
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 26
Estados Limites - Ações - Segurança
➢Estados limites
➢Ações: tipos, classificação e idealizações
➢Combinações de ações
➢Segurança nas estruturas
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 27
Estados Limites
O conceito de introdução de segurança no dimensionamento por
meio dos estados limites foi desenvolvido na Rússia no período
de 1947 a 1949, e introduzido na engenharia civil em 1958.
De acordo com a conceituação deste método, a segurança de
uma estrutura é entendida como a capacidade que ela apresenta
de suportar as diversas ações que vierem a solicitá-la durante a
sua vida útil, sem atingir qualquer limite, a partir dos quais a
estrutura apresenta desempenho inadequado às finalidades de
construção.
Estes limites são classificados em:
Estados Limites Últimos e Estados limites de Serviço
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 28
DEFINIÇÃO
Os Estados Limites Últimos são aqueles que, pela simples
coerrência, correspondem ao esgotamento da capacidade
portante da estrutura, ou seja, determinam a paralisação, no
todo ou em parte, do uso da construção, e estão relacionados à
ruína ou ao colapso da estrutura, devendo ter uma probabilidade
muito pequena de ocorrência, pois a conseqüência pode ser a
perda de vidas ou de propriedades.
Um estado limite último também ocorre devido à sensibilidade da
estrutura aos efeitos da repetição das ações, do fogo, de uma
explosão, etc. Essas causas devem ser consideradas por ocasião
da concepção da estrutura. A verificação desses estados limites é
obrigatória, mesmo que não explicitamente listados em normas.
Estado Limite Último - ELU
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 29
Estado Limite Último - ELU
Causas:
▪ Perda de equilíbrio, de uma parte ou do conjunto da estrutura. Por
exemplo, tombamento, arrancamento de suas fundações, deslizamento, etc.;
▪
▪ Colapso da estrutura, ou seja, transformação da estrutura original em
uma estrutura parcial ou totalmente hipostática, por plastificação;
▪ Perda da estabilidade de uma parte ou do conjunto da estrutura, por
deformação;
▪ Deformações elásticas ou plásticas, deformação lenta e fissuração que
provoquem uma mudança de geometria que exija uma substituição da
estrutura;
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 30
Estado Limite Último - ELU
Causas:
▪ Perda de capacidade de sustentação por parte de seus elementos,
ruptura de seções, por ter sido ultrapassada a resistência do material,
sua resistência à flambagem, à fadiga, etc;
▪ Propagação de um colapso que se inicia em um ponto ou região da
estrutura, para uma situação de colapso total (colapso progressivo ou falta
de integridade estrutural);
▪ Grandes deformações, transformação em mecanismo, instabilidade
global;
▪ Instabilidade dinâmica.
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 31
DEFINIÇÃO
Os estados limites de serviço estão relacionados à
interrupção do uso normal da estrutura, aos danos e à
deterioração da mesma.
Para esses estados limites, uma maior probabilidade de ocorrência
poderá ser tolerada, pelo fato de não representarem situações tão
perigosas quanto os estados limites últimos.
Portanto, os estados limites de serviço correspondem às
exigências funcionais e de durabilidade da estrutura, e que por
sua ocorrência, repetição ou duração, causam efeitos estruturais
que não respeitam as condições especificadas para o uso normal
da construção, ou que são indícios de comprometimento da
durabilidade da estrutura.
Estado Limite de Serviço - ELS
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 32
Causas:
▪ Deformações excessivas para utilização normal da estrutura, por
exemplo: flechas ou rotações que afetam a aparência da estrutura ou o uso
funcional ou a drenagem de um edifício, ou que possam causar danos a
componentes não estruturais e aos seus elementos de ligação;
▪ Deslocamentos excessivos sem perda do equilíbrio;
▪ Danos locais excessivos, fissuração, rachaduras, corrosão, escoamento
ou deslizamento que afetam a aparência, a utilização ou a durabilidade da
estrutura;
▪ Vibrações excessivas, que venham a afetar o conforto dos ocupantes de
uma edificação ou a operação de equipamentos;
Estado Limite de Serviço - ELS
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇAESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 33
Estados Limites
Na aplicação do método dos estados limites devem ser
considerados os seguintes aspectos:
I) A identificação de todos os modos de colapso ou maneiras
pelas quais a estrutura poderia deixar de preencher os
requisitos para os quais foi projetada (estados limites);
II) Determinação de níveis aceitáveis de segurança contra a
ocorrência de cada estado limite;
III) A consideração, pelo calculista da estrutura, dos estados
limites significativos.
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 34
Estados Limites
Para assegurar, com um nível razoável de probabilidade que a
estrutura não atingirá um estado limite durante a fase de
construção e nem durante o período previsto para a sua
utilização, determinam-se as ações, ou suas combinações, cujos
efeitos possam conduzir a estrutura a um estado limite e procura-
se garantir que esses efeitos não sejam superiores à capacidade
de resistência da estrutura.
Na prática o processo de verificação é o inverso e tem por base o
conceito dos valores de cálculo dos esforços atuantes,
representados pela variável Sd, e no conceito das resistências
de cálculos, representadas pela variável Rd.
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 35
Estados Limites
O caráter semi-probabilístico da verificação da segurança é
introduzido quando é executada a transformação dos valores
característicos das ações e das resistências representados por
Rk e Sk, por meio dos coeficientes de majoração e de ponderação
respectivos transformando-os nos valores de cálculo, tanto de
Sd como de Rd.
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 36
Estados Limites
Distribuição Normal de Probabilidade: Solicitações (S) e Resistências (R) 
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 37
Estados Limites
A determinação dos valores destes coeficientes é feita por meio
de uma distribuição normal de probabilidade, como ilustrado na
figura anterior, onde as ações foram afetadas pelo coeficiente gf e
as resistências pelo fator gm, coeficientes estes obtidos por
considerações probabilísticas para cada tipo de estado limite e
geralmente como produtos de coeficientes parciais.
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 38
AÇÕES E COMBINAÇÕES
A ideia básica é:
a) Majorar ações e esforços solicitantes (valores
representativos das ações), resultando nas ações e
solicitações de cálculo, de forma que a probabilidade
desses valores serem ultrapassados é pequena;
b) Reduzir os valores característicos das resistências (fk),
resultando nas resistências de cálculo, com pequena
probabilidade dos valores reais atingirem esse patamar;
c) Equacionar a situação de ruína, fazendo com que o
esforço solicitante de cálculo seja igual à resistência de
cálculo.
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 39
AÇÕES E COMBINAÇÕES
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 40
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Ações
Ações permanentes diretas
As ações permanentes diretas são constituídas pelo peso próprio da
estrutura e pelos pesos dos elementos construtivos fixos, instalações
permanentes, os empuxos permanentes, causados por terra e de outros
materiais granulosos quando admitidos não removíveis.
Ações permanentes indiretas
As ações permanentes indiretas são constituídas pelas deformações
impostas por retração e fluência do concreto, deslocamentos de apoio e
imperfeições geométricas.
Ações variáveis
Ações variáveis ocorrem com valores que apresentam variações
significativas durante a vida útil da construção, como sobrecargas em
pisos e coberturas, equipamentos, divisórias, móveis, ação do vento e
variação de temperatura.
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 41
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Ações
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 42
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Ações
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 43
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Ações
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 44
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Ações
Coeficientes de ponderação das ações 
As ações devem ser majoradas pelo coeficiente de ponderação 
gf, dado por: 
gf = gf1
. gf2
. gf3
Onde:
gf1 é a parcela do coeficiente que considera a variabilidade das 
ações; 
gf2 é a parcela do coeficiente que considera a simultaneidade de 
atuação das ações; 
gf3 é a parcela do coeficiente que considera os possíveis erros de 
avaliação dos efeitos das ações. 
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 45
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Ações
Coeficientes de ponderação das ações no estado limite 
último (ELU) 
Os valores-base para verificação dos estados limites últimos são
apresentados nas tabelas 1 e 2, para gf1
, gf3 e gf2
.,
respectivamente.
O produto gf1. gf3 é representado por gg ou gq . 
O coeficiente gf2 é igual ao fator de combinação y0.
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 46
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Ações
Continua...
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 47
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Ações
... continuação
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 48
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Ações
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 49
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Ações
Coeficientes de ponderação e fatores de redução das 
ações no estado limite de serviço (ELS) 
Em geral este coeficiente, gf , é igual a 1,0. 
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 50
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Combinações de ações 
As combinações são divididas em combinações últimas e de
serviço.
As combinações últimas são classificadas em normal, especial,
de construção e excepcional.
As combinações de serviço são classificadas em quase
permanente, freqüentes e raras.
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 51
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Combinação última normal
O carregamento normal decorre do uso previsto para a
construção, podendo-se admitir que tenha duração igual à vida
da estrutura. Este tipo de carregamento deve ser considerado
tanto na verificação de estados limites últimos quanto nos de
serviço.
Um exemplo deste tipo de carregamento é dado pela
consideração, em conjunto, das ações permanentes e variáveis
(g + q).
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 52
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Combinação última normal
As combinações últimas normais decorrem do uso previsto para a 
edificação e aplica-se a seguinte expressão:
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 53
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Combinação última especial
O carregamento especial é transitório e de duração muito
pequena em relação à vida da estrutura, sendo, em geral,
considerado apenas na verificação de estados limites últimos.
Este tipo de carregamento decorre de ações variáveis de
natureza ou intensidade especiais, cujos efeitos superam os do
carregamento normal.
O vento é um exemplo de carregamento especial.
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 54
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Combinações últimas especiais 
Aplica-se a seguinte expressão:
Onde: y0j, ef são os fatores de combinação efetivos de cada uma
das ações variáveis que podem atuar concomitantemente com a
ação variável especial FQ1.
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 55
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Combinação última de construção
O carregamento de construção é transitório, pois, como a
própria denominação indica, refere-se à fase de construção,
sendo considerado apenas nas estruturas em que haja risco de
ocorrência de estados limites já na fase executiva.
Devem ser estabelecidas tantas combinações quantas forem
necessárias para a verificação das condições de segurança em
relação a todos os estados limites que são de se temer durante
a fase de construção.
Como exemplo, tem-se: cimbramento e descimbramento.
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 56
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Combinações últimas de construção
Para cada combinação, aplica-se a seguinte expressão :
Onde: y0j, ef são os fatores de combinação efetivos de cada uma
das ações variáveis que podem atuar concomitantemente com a
ação variável especial FQ1.
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 57
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Combinação última excepcional
O carregamento excepcional decorre da atuação de ações
excepcionais, sendo, portanto, de duração extremamente curta
e capaz de produzir efeitos catastróficos. Este tipo de
carregamento deve ser considerado apenas na verificação de
estados limites últimos e para determinados tipos de
construção, para as quais não possam ser tomadas, ainda na
fase de concepção estrutural, medidas que anulem ou
atenuem os efeitos.
Exemplos: explosões, choque de veículos, incêndios, 
enchentes ou sismos excepcionais.
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 58
AÇÕES E COMBINAÇÕES
Combinações últimas excepcionais
Aplica-se a seguinte expressão:
onde FQ, exec é o valor da ação transitória excepcional.
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 59
AÇÕES E COMBINAÇÕES
COMBINAÇÕES DE SERVIÇO
As combinações de serviço são classificadas em quase
permanente, freqüentes e raras.
Combinações quase permanentes de serviço 
São as que atuam durante grande parte da vida da estrutura, 
acima da metade desse período.
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 60
AÇÕES E COMBINAÇÕES
COMBINAÇÕES DE SERVIÇO
Combinações frequentes de serviço 
São aquelas que se repetem muitas vezes durante o período de
vida da estrutura, em torno de 105 vezes em 50 anos, ou que
tenham duração total igual a uma parte não desprezível desse
período, da ordem de 5%.
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 61
AÇÕES E COMBINAÇÕES
COMBINAÇÕES DE SERVIÇO
Combinações raras de serviço 
As combinações raras são aquelas que podem atuar no máximo
algumas horas durante o período de vida da estrutura.
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 62
AÇÕES E COMBINAÇÕES
RESISTÊNCIAS
Valores característicos 
As resistências dos materiais são representadas pelos valores
característicos fk, definidos como aqueles que, num lote de
material, têm determinada probabilidade de serem ultrapassados,
no sentido desfavorável para a segurança e é admitida como
sendo o valor que tem apenas 5% de probabilidade de não ser
atingido pelos do lote de material.
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 63
RESISTÊNCIAS
Coeficientes de ponderação das resistências no estado 
limite último (ELU) 
Os valores dos coeficientes de ponderação das resistências gm ,
representados por ga, gc e gs, são dados na tabela 3.
No caso do aço estrutural, são definidos dois coeficientes, ga1 e
ga2, o primeiro para estados limites últimos relacionados a
escoamento e instabilidade e o segundo à ruptura.
ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 64
RESISTÊNCIAS
Coeficientes de ponderação das resistências no estado 
limite de serviço (ELS) 
Para os estados limites de serviço gm = 1,00.
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ESTADOS LIMITES - AÇÕES - SEGURANÇA
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 04 65
AÇÕES E COMBINAÇÕES
RESISTÊNCIAS
Valores de cálculo

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