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P2 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 24/10/09 Nome: GABARITO Nº de Matrícula: Turma: Assinatura: Questão Valor Grau Revisão 1a 2,5 2a 2,5 3a 2,5 4a 2,5 Total 10,0 R = 8,314 J mol-1 K-1 = 0,0821 atm L mol-1 K-1 1 cal = 4,184 J 1 atm = 760 mmHg Kw = [H+] [OH-] = 1,00 x 10-14 a 25 °C PV = nRT �U = q + w 1a Questão 1) O ácido acrílico, CH2CHCOOH, é usado na indústria de polímeros para a produção de acrilatos. Sua dissociação é representada pela equação 1: equação 1: CH2CHCOOH(aq) + H2O(l) CH2CHCOO-(aq) + H3O+(aq) Ka = 5,6 x 10-5 a) O CH2CHCOOH é considerado um ácido forte ou fraco? Justifique. Qual é a sua base conjugada? b) Calcule o pH de uma solução deste ácido preparada a 0,11 mol L-1. c) Considere a reação representada na equação 2, entre o ácido acrílico e o hidróxido de sódio, NaOH uma base forte: equação 2: CH2CHCOOH(aq) + NaOH(aq) � CH2CHCOONa(aq) + H2O(l) Calcule o pH da solução aquosa resultante da reação de 100 g de ácido acrílico com 100 g de NaOH, em um volume final de 2,00 L de solução. Desconsidere a reação do CH2CHCOONa com a água. Resolução: CH2CHCOOH(aq) + H2O CH2CHCOO-(aq) + H3O+(aq) Ka = 5,6 x 10-5 a) Fraco. Não se dissocia totalmente. Forma uma base conjugada, CH2CHCOO-, forte. b) pH? 0,11 mol L-1 ácido acrílico HA A- + H+ t0 0,11 0 0 tequilibrio 0,11 - x x x Ka = 5,6 x 10-5 = x0,11 x2 � � 6,16 x 10-6 - 5,6 x 10-5 x - x2 = 0 3662 10 x2,48x010x6,16 x10x5,6x ��� ==�+ pH = - log [H+] = - log x = - log 2,48 x 10-3 = c) pH V = 2L MM HA(CH2CHCOOH) = (3 x 12) + (4 x 1) + (2 x 16) = 36 + 4+ 32 = 72 MM NaOH = 23 + 16 + 1 = 40 2,5 40 100 1,39 72 100nHA == ÷V=2 L 0,694 mol L-1 1,25 mol L-1 HA + NaOH � NaA + H2O 100 g 100 g 0,694 mol L-1 1,25 mol L- excesso Em 1 L nbase que reage = nHA = 0,694 Ntotal da base - nbase que reage = 1,25 – 0,694 = 0,556 = Excesso de NaOH Como NaOH é uma base forte, está totalmente dissociada. [NaOH] = [OH-] = 0,556 mol L-1 pOH = - log [OH-] = 0,255 pH = 14-pOH = 2,6 13,74 2a Questão Considere as equações 1 e 2 abaixo: equação 1: BaCO3(s) Ba2+(aq) + CO32-(aq) Kps = 5 x 10-9 equação 2: BaCl2(aq) + Na2CO3(aq) BaCO3(s) + 2 Na+(aq) + 2 Cl-(aq) a) Haverá formação de precipitado de carbonato de bário, BaCO3, ao misturarmos 350 mL de solução aquosa 2,0 x 10-2 mol L-1 de BaCl2 com 150 mL de solução aquosa 2,8 x 10-3 mol L-1 de carbonato de sódio, Na2CO3, de acordo com a equação 2? Mostre com cálculos. b) Mostre com cálculos se 12,0 mg de BaCO3 dissolvem totalmente ou não em 2,50 L de uma solução aquosa de Na2CO3 3,80 x 10-6 mol L-1. Considere que o Na2CO3 está totalmente dissolvido nessa solução. Obs.: Despreze os volumes dos sólidos na solução. Resolução: a) [Ba2+]: solução de BaCl2: 350 mL 2,0 x 10-2 mol L-1 2,0 x 10-2 mol em 1000 mL x mol em 350 mL x = 7 x 10-3 mol, esse é o no de mol de Ba2+, que foi diluído com a solução de carbonato, para um volume final de 500 mL, ou seja, a concentração de Ba2+ na solução final é: 7 x 10-3 mol em 500 mL x mol em 1000 mL x = [Ba2+] = 0,014 mol L-1 [CO32-]: solução de Na2CO3: 150 mL 2,8 x 10-3 mol L-1 2,8 x 10-3 mol em 1000 mL y mol em 150 mL y = 4,2 x 10-4 mol, esse é o no de mol de CO32-, que foi diluído com a solução de bário, para um volume final de 500 mL, ou seja, a concentração de CO32- na solução final é: 4,2 x 10-4 mol em 500 mL y mol em 1000 mL y = [CO32-] = 8,4 x 10-4 mol L-1 Qps = [Ba2+] . [CO32-] = 0,014 . 8,4 x 10-4 = 1,176 x 10-5 Kps = 5 x 10-9 Qps > Kps, então irá ocorrer a formação de precipitado. b) Efeito do íon comum na solubilidade de um sal pouco solúvel: [CO32+] (da dissolução do Na2CO3) = 3,80 x 10-6 mol L-1 BaCO3(s) Ba2+(aq) + CO32-(aq) Kps = 5 x 10-9 x x + 3,80 x 10-6 mol L-1 Kps = x . (x + 3,80 x 10-6) = 5 x 10-9 x2 + 3,80 x 10-6 x - 5 x 10-9 = 0 x = 6,88 x 10-5 mol L-1 Ou seja, dissolvem-se 6,88 x 10-5 mol de BaCO3 em cada litro de solução de Na2CO3 : 6,88 x 10-5 mol L-1 BaCO3 x 197 g mol-1 x 2,5 L = 0,0339 g = 33,9 mg Sim, é possível dissolver 12 mg de BaCO3 em 2,5 L dessa solução. 3a Questão a) William Henry originalmente formulou que a pressão de vapor de um soluto PB é proporcional a sua fração molar xB em uma solução ideal diluída. PB = K’ xB Posteriormente, esta expressão foi reformulada, originando a que hoje é conhecida como Lei de Henry, que permite estimar a solubilidade de gases (SB) em líquidos: SB = KHPB Mostre a relação entre as constantes K’ e KH em função da massa molar e da densidade do solvente. Considere que a quantidade de solvente em mol (nA) é muito maior do que a do soluto (nB), ou seja nA >> nB, e que a densidade da solução é igual a densidade do solvente. b) A perfluorotributilamina, (C4F9)3N, vem sendo usada no preparo de sangue artificial, pois o oxigênio, O2, apresenta alta solubilidade neste composto. Sabe-se que uma pressão parcial de 1 atm de O2 solubiliza 384 mL de O2 em 1 L de (C4F9)3N a 25 oC. Sabendo que a densidade de (C4F9)3N, é 1,883 kg L-1 a 25 °C, calcule a constante K’, em atm, do O2 em (C4F9)3N. c) Explique em detalhes o efeito da temperatura sobre a solubilidade de um gás em um líquido. Obs.: Considere o oxigênio um gás ideal. Resolução: a) PB = K´HxB = K´H [nB/(nA+nB)] � K´H nB/nA nB � nAPB/K´H Dividindo ambos os lados pelo volume total V = VA+VB � VA, tem-se que: nB/V � (nA/VA)PB/K´H SB � [(mA/MMA)/(mA/dA)]PB/K´H � (dA/MMA)PB/K´H KH = dA/MMAK´H b) Em 1 L de (C4F9)3N, dissolve-se 384 mL de O2. Então, a 25 oC e 1 atm, tem-se que: PV = nRT n = PV/RT = 1 x 0,384/0,082x298 = 0,0157 mol de O2 Tem-se também que 1 L de (C4F9)3N: 1,883 g mL�1 x 1000 mL = 1883 g Então, o número de moles de (C4F9)3N é 1883/671 = 2,806 mol Utilizando PB = K´HxB, tem-se que: xB = 0,0157/(0,0157+2,806) = 0,00557 K´H = PB/xB = 1/0,00557 = 179,56 atm KH = dA/MMAK´H = 1886/(671x179,56) = 0,0157 mol L�1 atm�1 c) A solubilidade do gás diminui com o aumento da temperatura, pois existe um aumento da energia cinética do gás na solução que faz com que facilite o escapamento do gás. A solubilização de um gás em um líquido é um processo exotérmico. O2(g) = O2(l) + Calor Portanto, um aumento da temperatura desloca o equilíbrio para a formação de O2 na fase gasosa. 4a Questão A reação de combustão da sacarose com oxigênio está representada na equação: C12H22O11(s) + 12 O2(g) W 12 CO2(g) + 11 H2O(l) Essa reação foi realizada dentro do recipiente A fechado, que está imerso em 2,00 L de água no recipiente B do calorímetro representado abaixo. Considere que todo o calor produzido na reação em A foi transferido somente para a água em B. a) Uma amostra de 7,00 g de uma sacarose impura reagiu em A, produzindo um aumento de temperatura de 25,0 oC para 37,3 oC nos 2,00 L de água (recipiente B). Calcule a pureza da sacarose em porcentagem, considerando que as impurezas não reagem. b) Em outro experimento, a reação de 3,42 g de sacarose pura com excesso de oxigênio foi realizada no colorímetro, a 25 ºC e 1 atm. Calcule a variação de energia interna, �U, envolvida na reação. Dados a 25 °C e 1 atm: Densidade da água: d = 1,00 g mL-1 Calor específico da água: c = 4,18 J oC-1 g-1 Variação de entalpia padrão de formação: �H°ƒ C12H22O11(s): -2222 kJ mol-1 CO2(g): -393,5 kJ mol-1 H2O(l): -285,8 kJ mol-1 Resolução: a) �H° de combustão da sacarose (Lei de Hess): �H° = 12 . (-393,5) + 11 . (-285,8) – (-2222) = -5643,8 kJ mol-1 Se os 7 g fossem sacarose pura (100%): 1 mol = 342 g x mol = 7 g x = 0,0205 mol �H = 115,52 kJ Como a sacarose não é pura, o calor liberado na combustão foi transferido para a água: q = m.c.�T q = 2000 . 4,18 . 12,3 = 102828 J = 102,83 kJ se fosse 100%, liberaria 115,52 kJ x% liberou 102,83 kJ Purezada sacarose: 89,0% b) �U = q + w q = �H 1 mol = 342 g libera 5643,8 kJ 3,42 g libera 56,438 kJ w = P.�V = �n.R.T como �n = 0, w = 0 �U = -56,44 kJ
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