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DIR_DIG_01_PDF_2013

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Direito Digital
Créditos
Centro Universitário Senac São Paulo – Educação Superior a Distância
Diretor Regional Luciana Marcheze Miguel 
Luiz Francisco de Assis Salgado Mariana Valeria Gulin Melcon 
Mayra Bezerra de Sousa Volpato 
Superintendente Universitário Mônica Maria Penalber de Menezes 
e de Desenvolvimento Mônica Rodrigues dos Santos 
Luiz Carlos Dourado Nathália Barros de Souza Santos 
Paula Cristina Bataglia Buratini Reitor Renata Jessica Galdino Sidney Zaganin Latorre Sueli Brianezi Carvalho 
Diretor de Graduação Thiago Martins Navarro 
Eduardo Mazzaferro Ehlers Wallace Roberto Bernardo
Gerentes de Desenvolvimento Equipe de Qualidade 
Claudio Luiz de Souza Silva Aparecida Daniele Carvalho do Nascimento 
Luciana Bon Duarte Gabriela Souza da Silva 
Roland Anton Zottele Vivian Martins Gonçalves
Sandra Regina Mattos Abreu de Freitas Coordenador Multimídia e Audiovisual 
Coordenadora de Desenvolvimento Adriano Tanganeli
Tecnologias Aplicadas à Educação Equipe de Design Visual Regina Helena Ribeiro Adriana Matsuda 
Coordenador de Operação Caio Souza Santos 
Educação a Distância Camila Lazaresko Madrid 
Alcir Vilela Junior Carlos Eduardo Toshiaki Kokubo 
Christian Ratajczyk Puig 
Professor Autor Danilo Dos Santos Netto 
Paulo Roberto Runge Filho Hugo Naoto 
Inácio de Assis Bento Nehme 
Revisor Técnico Karina de Morais Vaz Bonna 
Marcelo José Szewczyk Lucas Monachesi Rodrigues 
Marcela Corrente Técnico de Desenvolvimento Marcio Rodrigo dos Reis Ozeas Vieira Santana Filho Renan Ferreira Alves 
Coordenadoras Pedagógicas Renata Mendes Ribeiro 
Ariádiny Carolina Brasileiro Silva Thalita de Cassia Mendasoli Gavetti 
Izabella Saadi Cerutti Leal Reis Thamires Lopes de Castro 
Nivia Pereira Maseri de Moraes Vandré Luiz dos Santos 
Victor Giriotas Marçon 
Equipe de Design Educacional William Mordoch
Adriana Mitiko do Nascimento Takeuti 
Alexsandra Cristiane Santos da Silva Equipe de Design Multimídia 
Angélica Lúcia Kanô Alexandre Lemes da Silva 
Cristina Yurie Takahashi Cláudia Antônia Guimarães Rett 
Diogo Maxwell Santos Felizardo Cristiane Marinho de Souza 
Elisangela Almeida de Souza Eliane Katsumi Gushiken 
Flaviana Neri Elina Naomi Sakurabu 
Francisco Shoiti Tanaka Emília Abreu 
João Francisco Correia de Souza Fernando Eduardo Castro da Silva Juliana Quitério Lopez Salvaia Mayra Aniya Jussara Cristina Cubbo 
Michel Iuiti Navarro Moreno Kamila Harumi Sakurai Simões 
Karen Helena Bueno Lanfranchi Renan Carlos Nunes De Souza 
Katya Martinez Almeida Rodrigo Benites Gonçalves da Silva 
Lilian Brito Santos Wagner Ferri
Direito Digital
Aula 1
Noções gerais de direito
Objetivos Específicos
• Compreender a origem do Direito, as suas definições, e apresentar o conceito 
de cidadania (direitos e garantias fundamentais expressos na Constituição 
Federal).
Temas
Introdução
1 Noções e origem do Direito
2 Cidadania
3 Direitos humanos fundamentais
Considerações finais
Referências
Professor
Paulo Roberto Runge Filho
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Direito Digital
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Introdução
Esta disciplina tem como objetivo central apresentar o Direito Digital, que envolve temas 
relacionados à evolução do Direito e os conceitos que serão apresentados, permitindo ao aluno 
desenvolver uma visão sobre os Direitos individuais e os que envolvem a área de Informática, 
além de aprender os principais conceitos e desenvolver habilidades para utilizá-los em seu 
processo de trabalho. Como qualquer disciplina, temos que abordar as noções básicas ou, até 
mesmo, a introdução do que vamos tratar. Na nossa disciplina não será diferente e, portanto, 
na primeira aula trataremos os principais conceitos do Direito e sua origem, aprenderemos 
também sobre a cidadania e os Direitos Fundamentais. 
1 Noções e origem do Direito
O Direito não é uma ciência exata, e, sim, uma ciência humana. Conquanto a precisão 
passe longe, não sendo uma ciência meramente técnica, não basta apenas o conhecimento 
das normas, mas sim o envolvimento entre os seres humanos e a capacidade de compreensão.
 A palavra Direito originou-se do latim, uma língua falada na antiga Roma, que segundo 
Montoro (2000, p. 31) “significa Directum ou Rectum, é o que é Directum a uma Régua.” 
Nos tempos modernos, a palavra Direito tem o significado de justo, conjuntos de normas 
vigentes, a prerrogativa de exigir de outrem o respeito às leis de um país.
Juridicamente, considera-se Direito um acontecimento social, garantido pelo poder que 
é essencial para a criação da norma jurídica. Nenhuma sociedade consegue sobreviver sem 
um mínimo de ordem, organização e convivência. Assim, o Direito se expressa por meio de 
normas, regras e leis, fazendo parte do nosso cotidiano.
Na égide de Montoro (2000, p. 33) existe uma diversidade enorme de significados do 
Direito e cita cinco realidades fundamentais:
1. O Direito não permite duelo; 
2. O Estado tem o direito de legislar; 
3. A Educação é direito da criança; 
4. Cabe ao Direito estudar a criminalidade;
5. O Direito constitui um setor da vida social. 
Analisando os cinco significados podemos entender que: 
1. O Direito é uma regra obrigatória a ser seguida, a norma; 
2. O Estado poderá e deverá criar leis, como faculdade; 
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3. O direito é visto como devido por justiça, o justo; 
4. O Direito e uma ciência; 
5. O Direito é um fato social.
Portanto, conclui-se que o Direito não é apenas visto como ciência; é, também, uma 
norma de conduta igualitária, em que as regras, leis, fatos e valores são essenciais para uma 
relação social. 
2 Cidadania
Como aprendemos no capítulo anterior, o Direito é um conjunto de normas, regras, 
ciência etc. Porém, para que seja eficaz, é necessário haver cidadania, com a participação 
comunitária do cidadão a lutar pelos seus direitos, formando, assim, o exercício da democracia, 
um processo contínuo e coletivo.
A cidadania – em latim, civitas – surgiu em diferentes momentos da história tanto na 
Grécia Antiga como na Roma Antiga, com a criação de Direitos e Deveres do cidadão.
Segundo Dallari (1998, p. 14): 
A cidadania expressa um conjunto de direito que dá à pessoa a possibilidade de 
participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania 
está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa 
posição de inferioridade dentro do grupo social.
Assim sendo, entendemos que a cidadania é um processo contínuo, que se constrói em 
grupo, descrevendo, assim, a extensão dos direitos civis, políticos e sociais para uma nação.
No Brasil, a cidadania surgiu em uma sociedade em construção, após o fim 
do regime militar. Com o fortalecimento da democracia, os direitos dos cidadãos 
começaram a aparecer, porém, essa realidade ainda está muito distante da 
população brasileira, haja vista os altos índices de desemprego, educação 
precária e saúde em estado de alerta. Enfim, sabemos que a cidadania no Brasil 
existe, podemos dizer, ainda, que os direitos humanos foram uma grande 
conquista como palavra de cidadania.
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3 Direitos humanos fundamentais
Podemos dizer que os direitos humanos têm como princípio a proteção, garantia e 
respeito ao ser humano. Para o Professor Alexandre de Moraes:
O conjunto institucionalizado de direitos e garantias do ser humano que tem por 
finalidade básica o respeito à sua dignidade, por meio de sua proteção contra o 
arbítrio do poder estatal e o estabelecimento de condições mínimas de vida e 
desenvolvimento da personalidade humana pode ser definido como direitos humanos 
fundamentais (MORAES, p. 1, 2007).
Os direitos humanos fundamentais não podem ser negociados ou vendidos. Eles não 
perdem sua validade, e jamais podemos renunciá-los. Seu surgimento foi muito antes da 
ideia do constitucionalismo, em que a Constituição apenas insculpiu um rol mínimo destes 
direitos em um documento escrito, da soberana vontade popular.Os direitos humanos tiveram o seu marco com a Revolução Francesa, em 1789, norteada 
por três princípios básicos: liberdade, igualdade e fraternidade. Dela surgiu a Convenção 
Nacional de 1793, que reconheceu a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Conforme reforça Alexandre de Moraes: 
A origem formal do constitucionalismo está ligada às constituições escritas e rígidas 
dos Estados Unidos da América, em 1787, após a independência das 13 Colônias, e da 
França, em 1791, a partir da Revolução Francesa, apresentando dois traços marcantes: 
organização do Estado e limitação do poder estatal por meio da previsão de direitos e 
garantias fundamentais (MORAES, 2007, p. 5).
Os direitos humanos fundamentais são encontrados na nossa Constituição Federal de 
1988 e são classificados em cinco capítulos: direitos individuais e coletivos; direitos sociais; 
nacionalidade; direitos políticos e partidos políticos. 
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Entre os cinco capítulos, abordaremos em nossa disciplina de Direito Digital 
o capítulo I – dos direitos individuais e coletivos, especificamente o artigo 5º da 
Constituição Federal e os incisos, IV, IX, X, XII, XIV:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de 
comunicação, independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, 
de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por 
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da 
fonte, quando necessário ao exercício profissional. 
Ao analisar cada inciso da Constituição citado, percebemos que estamos diante de uma 
legislação genérica que evoluiu, ou seja, os problemas advindos da evolução do homem 
podem ser interpretados e até mesmo punidos, mesmo que não seja citada especificamente 
a sua evolução.
Como exemplo, podemos citar o Inciso IV do artigo 5º da constituição, que 
pode ser facilmente interpretado com a evolução tecnológica. É o caso da 
utilização de blogs ou sites para manifestar o pensamento, porém, para que 
esteja dentro da lei, o anonimato é proibido.
O inciso IV e os demais incisos apontados serão estudados ao longo do nosso curso, com 
a interpretação de cada inciso e as consequências legais dessa evolução.
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Considerações finais
Concluímos nossa primeira aula e aprendemos sobre Direito, não apenas como ciência, 
mas, também, como uma norma de conduta igualitária, em que as regras, leis, fatos e valores 
são essenciais para uma relação social. 
No capítulo seguinte falaremos sobre cidadania, como um processo contínuo que se 
constrói em grupo, ampliando, assim, os nossos direitos. 
Por fim, no terceiro capítulo falamos sobre os direitos humanos fundamentais, a sua 
importância como desenvolvimento da nossa sociedade. Apontamos também a Constituição 
Federal e os principais artigos e incisos que estudaremos no decorrer do curso, que envolverão, 
principalmente, a evolução do homem e o Direito Digital. 
Referências
DALLARI, D. A. Direitos humanos e cidadania. São Paulo: Moderna, 1998.
MONTORO, A. F. Introduçao à ciência do Direito. São Paulo: RT, 2000.
MORAES, A. Direitos humanos fundamentais e democracia. São Paulo: Atlas, 2007.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: set./2013. 
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	Introdução
	1 Noções e origem do Direito
	2 Cidadania
	3 Direitos humanos fundamentais
	Considerações finais
	Referências

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