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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS JARAGUÁ DO SUL/CENTRO Unidade Curricular Química Ambiental I Turma: 8ª fase Curso: Química Nome: Gabriela Inácio, Nicole Franco, Gabriel Mira e Alex da Silva Data: 10/03/2023 POLUIÇÃO DECORRENTE DE RESÍDUOS LÍQUIDOS SANITÁRIOS E INDUSTRIAIS 1 INTRODUÇÃO Em primeira análise, quando diz respeito à história da humanidade, sabe-se que o desenvolvimento urbano e industrial ocorreu ao longo dos rios, isso porque ele disponibiliza água e obtém a capacidade de ser sumidouro de resíduos. Entretanto, o fato preocupante acerca da questão é o aumento da população e da atividade industrial, além do número de vezes que um mesmo rio recebe resíduos urbanos e industriais. Em segunda análise, com o desenvolvimento industrial e populacional ao longo das décadas, destaca-se o impacto da falta do saneamento básico sobre a saúde no meio urbano, principalmente nas comunidades mais carentes, o qual está intrinsecamente ligado à poluição do ecossistema. Com o aumento desenfreado da população, estas comunidades ficaram mais susceptíveis a riscos ambientais, tais como: as ruas que muitas vezes servem para defecação de animais, os terrenos baldios e os esgotos a céu aberto (CAVINATTO,1992). Segundo Manahan (2013), destacam-se as três principais categorias de resíduos definidas com base em suas formas físicas: materiais orgânicos, resíduos aquosos e lodos. Essas formas determinam em grande parte o curso das ações tomadas a fim de tratar e descartar esses resíduos. Na Figura 1 temos um 1 fluxograma apresentando os tipos de resíduos e as suas diferenças quando se tratam de armazenagem e descarte. Figura 1: Fluxograma sobre tipos de resíduos. Fonte: Manahan, 2013. Os materiais perigosos normalmente causam problemas quando são introduzidos no ambiente e exercem efeitos nocivos em organismos ou em outras partes deste. A principal preocupação com relação aos resíduos diz respeito a seus efeitos tóxicos nos animais, nas plantas e nos micróbios. A vasta maioria das substâncias classificadas como resíduos perigosos é venenosa, até certo ponto, embora algumas sejam muito tóxicas. A toxicidade de um resíduo é função de muitos fatores, como sua natureza química, a matriz em que se encontra, as circunstâncias de exposição, a espécie exposta, além do modo, do grau e da duração da exposição (MANAHAN, 2013). Quando o assunto é esgoto, os números são preocupantes. Nas 100 maiores cidades do nosso país, o acesso à coleta de esgoto é restrito a 73,30% dos habitantes. Para piorar a situação, o esgoto coletado nem sempre é tratado. Acredite: quase metade da população do Brasil, o que corresponde a cerca de 46%, não têm acesso ao tratamento de esgoto. Tudo isso faz com que inúmeros cidadãos 2 https://blog.brkambiental.com.br/saneamento-basico/ sejam continuamente expostos a doenças causadas por falta de saneamento básico. Outro dado assustador é que há cerca de 4,4 bilhões de pessoas no mundo sem acesso a saneamento gerenciado de forma segura, enquanto outros 2,3 bilhões ainda não possuem sequer serviços básicos de saneamento (BRK,2021). 2 SANEAMENTO AMBIENTAL Para um melhor entendimento das abordagens seguintes, importa saber a respeito da classificação de resíduos, sobretudo os resíduos de saneamento básico, o qual é a questão discutida. Segundo Ibrahin, Ibrahin e Cantuária (2015) o Esgoto sanitário ou efluente doméstico, como já citado anteriormente, são os termos usados para caracterizar dejetos provenientes de residências, edifícios comerciais, indústrias, instituições ou quaisquer edificações que contenham banheiros e/ou cozinhas, dispostos em fossas ou tanques de acúmulo. Compõem-se basicamente de líquidos de hábitos higiênicos e das necessidades fisiológicas como urina, fezes, restos de comida, lavagem de áreas comuns etc. Sua composição inclui sólidos suspensos, sólidos dissolvidos, matéria orgânica, nutrientes (nitrogênio e fósforo) e organismos patogênicos (vírus, bactérias, protozoários e helmintos). Ademais, Santos et al. (2021), discorreu sobre os resíduos de saneamento básico, os quais são “resultantes das atividades de saneamento básico, como em estações de tratamento de água (ETAs) e estações de tratamento de esgoto (ETEs)”. Tais resíduos são conhecidos como lodos das ETAs e ETEs. Não só isso, mas também os resíduos provenientes do sistema de drenagem urbana. Sua categoria pode variar de acordo com a região, mas de forma geral caracterizam-se como resíduos Classe I devido a presença de hidrocarbonetos, metais pesados e patógenos. RESUMO PARA SLIDE ● O que são RESÍDUOS SANITÁRIOS? dejetos provenientes de residências, edifícios comerciais, indústrias, instituições ou quaisquer edificações que contenham banheiros e/ou cozinhas, dispostos em fossas ou tanques de acúmulo. ● Então, eles são líquidos de hábitos humanos, como por exemplo urina, fezes e restos alimentares 3 https://blog.brkambiental.com.br/gestao-de-efluentes/ ○ são constituídos de matéria orgânica, organismos patogênicos, nutriente como fósforo e nitrogênio e sólidos dissolvidos e em suspensão ● O QUE SÃO RESÍDUOS DE SANEAMENTO BÁSICO? ○ resultantes das atividades de saneamento básico, como em estações de tratamento de água (ETAs) e estações de tratamento de esgoto (ETEs)”. ○ resíduos Classe I devido a presença de hidrocarbonetos, metais pesados e patógenos. Ou seja são aqueles que possuem periculosidade 3 RESÍDUOS QUE CONSOMEM OXIGÊNIO Apesar do grande beneficiamento advindo das estações de tratamento de esgoto, obtém-se o lado prejudicial de tal atividade. Sob essa ótica, sabe-se que a deterioração de nascentes agravou-se com o surgimento das redes de efluentes sanitários, já que estas depositam grandes quantidades de matéria orgânica nos rios. Isso ocorreu após a “reforma sanitária” iniciada na Inglaterra, em 1847. (ROCHA; ROSA; CARDOSO, 2009) Sob essa ótica, sabe-se que, em pequenas quantidades, o efluente sanitário pode ser descartado na natureza e servir de alimento à flora e à fauna. Em contraposição, a questão se fez problemática a partir do momento que obteve-se uma grande quantidade de matéria orgânica a nível global (a qual foi disponibilizada pela reforma sanitária). Esse excesso de efluentes causa um consumo de oxigênio resultante de uma atividade biológica/ bioquímica (ROCHA; ROSA; CARDOSO, 2009). Essa atividade é realizada por decompositores aeróbicos, principalmente bactérias e fungos, que, com a água sobrecarregada de resíduos orgânicos, proliferam-se e, por consequência, o oxigênio dissolvido é consumido mais rapidamente do que ele pode ser reposto. Sendo assim, uma vez que os resíduos orgânicos, como fezes humanas, são despejados em um rio, o nível de oxigênio dissolvido nele cai e, por consequência, os organismos aquáticos começam a morrer, uma vez que animais e plantas dependem do oxigênio que está dissolvido na água para a sua sobrevivência. Esse ambiente só terá uma recuperação a partir do momento que cessa a descarga de resíduos. (GIRARD, 2013). 4 ● Lado prejudicial da estação de tratamento de esgoto; ○ Apesar do grande beneficiamento advindo das estações de tratamento de esgoto, obtém-se o lado prejudicial de tal atividade. ● + depósito de matéria orgânica em rios/ lagos = deterioração; ○ deterioração de nascentes agravou-se com o surgimento das redes de efluentes sanitário ● Pequenas quantidades OK; ○ serve de alimento à flora e à fauna ○ O problema começa partir do momento que obteve-se uma grande quantidade de matéria orgânica a nível global (a qual foi disponibilizada pela reforma sanitária). ● Esse excesso de efluentes causa um consumo de oxigênio resultante de uma atividade biológica/ bioquímica ● Proliferação dos decompositores; ● a água sobrecarregada de resíduos orgânicos, proliferam-se e, por consequência, o oxigênio dissolvido é consumido mais rapidamente do queele pode ser reposto. ● + morte aquática ● Sendo assim, uma vez que os resíduos orgânicos, como fezes humanas, são despejados em um rio, o nível de oxigênio dissolvido nele cai e, por consequência, os organismos aquáticos começam a morrer, uma vez que animais e plantas dependem do oxigênio que está dissolvido na água para a sua sobrevivência. 5 4 PRINCIPAIS DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO DESCARTE ERRADO DE RESÍDUOS SANITÁRIOS A maioria dos microrganismos existentes na natureza são de vida livre e apenas uma pequena porcentagem é capaz de causar doenças ao ser humano, pois dependem de outro ser vivo para sobreviver, parasitando um hospedeiro e assim originando as doenças. Segundo Cavinatto (1992), os parasitas se proliferam em determinados órgãos do corpo, perturbando o funcionamento normal do organismo. A forma mais adequada de evitar grande parte de tais doenças é cuidando da higiene, da limpeza do ambiente e da alimentação e uma das formas de fazê-lo é através do saneamento. Foi realizada pelo BRK (2021), uma das maiores empresas de saneamento do Brasil, um ajuntamento das principais doenças causadas por esta falta de tratamento dos resíduos líquidos. 4.1 Diarréia por Escherichia coli Essa bactéria, normalmente encontrada em nossos intestinos, é eliminada naturalmente nas fezes. Algumas linhagens, no entanto, são capazes de causar diarreia, sobretudo em crianças e bebês. A contaminação se dá a partir da ingestão de alimentos ou água contendo as bactérias (BRK, 2021). 4.2 Disenteria Bacteriana Causada pela bactéria Shigella dysenteriae, essa doença tem a diarreia como principal sintoma. Os casos mais leves regridem espontaneamente, mas é preciso ter atenção à desidratação. Medidas de higiene na cozinha e ao usar o banheiro são fundamentais para prevenir a disenteria. Evitar o contato com águas não tratadas é essencial (BRK, 2021). 4.3 Febre Tifóide Essa doença é causada pelo consumo de água ou alimentos contaminados com a bactéria Salmonella. Seus sintomas mais comuns são mal-estar, dor de cabeça, dores abdominais, vômitos e diarreia com sangue. Em casos extremos, pode ocorrer a perfuração do intestino, levando a óbito. Muitos pacientes se tornam portadores crônicos da bactéria, eliminando microrganismos nas fezes e na urina 6 https://blog.brkambiental.com.br/historia-do-vaso-sanitario/ https://blog.brkambiental.com.br/historia-do-vaso-sanitario/ sem apresentar sintomas, o que contribui para a disseminação da doença (BRK, 2021). 4.4 Cólera Causada pela bactéria Vibrio cholerae, a cólera é caracterizada por uma intensa diarreia na forma de água de arroz. Se não controlada, a intensa desidratação pode levar à morte. A contaminação se dá pelo consumo de água ou alimentos contaminados com o microrganismo (BRK, 2021). 4.5 Leptospirose Causada pela bactéria Leptospira, essa doença infecciosa é transmitida ao homem pela urina de roedores.Sua propagação normalmente ocorre em enchentes, quando a urina dos animais presente nos esgotos se mistura com a enxurrada. O contágio se dá pelo contato da água contaminada com a pele, causando sintomas como febre, dores no corpo, vômitos, diarréia, icterícia e alterações urinárias (BRK, 2021). 4.6 Hepatite A A Hepatite A é uma doença viral transmitida pela via fecal-oral. Em alguns casos, a infecção sequer produz sintomas. Outras vezes, os sinais são tão leves que a doença nem é diagnosticada. Os quadros mais comuns incluem fadiga, náuseas e vômitos, dor abdominal, febre e icterícia. Por mais que a cura seja espontânea na maioria das vezes, sua forma fulminante pode levar rapidamente à morte (BRK, 2021). 4.7 Verminoses A infecção por vermes normalmente se dá pela ingestão de água ou de alimentos contaminados. No entanto, pode ocorrer também penetração do parasita por ferimentos na pele. Os sintomas mais associados à presença de vermes no intestino são dores abdominais, enjoo, mudança do apetite, falta de disposição, fraqueza, diarreia e vômitos (BRK, 2021). 4.8 Giardíase 7 https://blog.brkambiental.com.br/enchentes-no-brasil/ A Giardíase é uma infecção do intestino delgado, causada por um protozoário chamado Giardia lamblia. A doença causa diarreia crônica, cólicas abdominais, náusea, flatulência e fraqueza. A contaminação ocorre pela ingestão de cistos do protozoário, que podem estar presentes em alimentos contaminados por fezes ou em águas não tratadas. Se não houver tratamento, a doença pode persistir no organismo por meses, provocando diarreia, que interfere na absorção de nutrientes. Em crianças, o risco é de que o seu desenvolvimento seja afetado (BRK, 2021). 4.9 Amebíase A Amebíase é uma infecção do intestino grosso causada pela Entamoeba histolytica, uma ameba. Os sintomas são diarreia, constipação, dor abdominal, febre e sensibilidade no abdômen. Em casos mais graves, o protozoário pode comprometer o fígado e outros órgãos. A contaminação ocorre em locais onde o saneamento não é adequado, pela ingestão de alimentos ou água contaminada por fezes (BRK, 2021). 4.10 Arboviroses As doenças transmitidas por insetos vetores são favorecidas pela presença de locais adequados para a procriação dos mosquitos. No caso da Dengue, existem quatro tipos de vírus diferentes. Ela é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se prolifera na água parada. Seus sintomas incluem febre alta, dores musculares, falta de apetite, mal-estar e manchas vermelhas no corpo (BRK, 2021). 4.11 Forma preventiva Todas as doenças citadas acima podem ser prevenidas por meio de ações governamentais que buscam resolver o descarte errado do saneamento básico. A resposta está no aumento do acesso à água potável, coleta e tratamento de esgotos, com a promoção da qualidade de vida e a geração de impactos significativos para a economia. Priorizar a saúde da população é um passo importante para uma sociedade mais equilibrada e produtiva (BRK, 2021). 8 5 POLUIÇÃO E COMPOSIÇÃO DE RESÍDUOS LÍQUIDOS FABRIS Oriundo dos mais diversos processos de industrialização, os efluentes líquidos industriais têm sido um importante fator de degradação ambiental. O descarte incorreto de efluentes, tanto nos corpos d’água quanto em rede de esgoto a ser tratada, sem o tratamento prévio, provoca sérios problemas sanitários e ambientais. Esses resíduos podem ser gerados em diversas indústrias, como a química, farmacêutica, alimentícia, petroquímica, têxtil, entre outras (ARCHELA; CARRARO; FERNANDES; BARROS; ARCHELA, 2003). Os principais poluentes líquidos de origem industrial são os compostos orgânicos e inorgânicos. A contaminação por compostos orgânicos, representam um dos principais poluentes das águas residuárias de origem fabril, provenientes de indústrias químicas, farmacêuticas e esgotos hospitalares que, mesmo em baixas concentrações, alteram a potabilidade da água e o sabor dos peixes contaminados, assim como os detergentes de limpeza de equipamentos, vazamentos de oleodutos e tanques contendo produtos petrolíferos, são igualmente desastrosos ao Meio Ambiente. A poluição por compostos inorgânicos que ameaçam a integridade dos recursos hídricos é principalmente de metais pesados, provenientes das indústrias química e farmacêutica, siderúrgicas, indústria de fertilizantes e atividades de mineração (ARCHELA; CARRARO; FERNANDES; BARROS; ARCHELA, 2003). 6 CLASSIFICAÇÃO E LEGISLAÇÃO SOBRE EFLUENTES INDUSTRIAIS LÍQUIDOS Os efluentes líquidos são provenientes de processos de fabricação de vários produtos, uma vez que a água é um componente usado em diversas etapas e atividades industriais, tais como lavagens de tanques e tubulações, processos de resfriamento, entre outros, sendo constituídos por compostos orgânicos e inorgânicos. Para que o meio ambiente seja preservado, existem legislações a serem seguidas, a que dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes é abrangida na Resolução CONAMA N° 357, de 17 de março de 2005, no Art. 34 discorre Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderãoser lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de água desde que obedeçam às 9 condições e padrões previstos neste artigo, resguardadas outras exigências cabíveis: O efluente não deverá causar ou possuir potencial para causar efeitos tóxicos aos organismos aquáticos no corpo receptor, de acordo com os critérios de toxicidade estabelecidos pelo órgão ambiental competente. A classificação dos resíduos líquidos segue as orientações da Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 10.004, que os divide nas categorias I (perigosos), II A (não inertes) e II B (inertes). Os resíduos de classe I, são aqueles que possuem periculosidade, obtendo características de toxicidade, inflamabilidade ou corrosividade. Os de classe II A não são perigosos, possivelmente inflamáveis, solúveis em água e biodegradáveis e os de categoria II B, são inertes, resíduos cujos constituintes dissolvidos não excedem os padrões de água potável após um teste de dissolução (REDAÇÃO CAL LEVE, 2021). 7 PROCESSOS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS LÍQUIDOS Para se ter um processo de tratamento de efluentes líquidos é necessário submetê-lo a algumas etapas (cada indústria terá um processo mais específico) como: gradeamento que visa remover os sólidos mais grosseiros do efluente, a fim de evitar entupimentos e é seguidamente feito o peneiramento, onde é removido sólidos como diâmetro superiores 1 mm. Outra etapa do tratamento de efluentes é a separação água/ óleo, onde é realizada geralmente pela diferença de densidade. Tem-se também a sedimentação, sendo um dos processos para o tratamento de efluentes industriais líquidos realizadas em tanques de decantação, por conseguinte é realizada a filtração que visa deixar a fase líquida passar e reter os sólidos. Por fim se tem a flotação, no qual as partículas sólidas são suspensas em um líquido e tratadas com um agente de flotação, que adere às partículas e as faz flutuar na superfície do líquido (GIORDANO, 2004). Para o tratamento de efluente líquidos pode-se empregar alguns processos químicos como: clarificação do efluente, que visa desestabilização de colóides por meio da adição de agentes coagulantes, seguido da floculação e separação de fases por sedimentação ou flotação. Outra etapa que pode ser empregue no tratamento é a precipitação química, no qual ocorre a precipitação de metais pela formação de hidróxidos metálicos. Faz parte do processo de tratamento de efluentes a oxidação de cianetos, a oxidação dos cianetos advém da reação do íon hipoclorito 10 em meio alcalino, com a formação do gás carbônico e nitrogênio, no fim desta reação os metais acabam insolúveis na forma de hidróxidos. Outro processo para tratamento de efluentes industriais líquidos é a redução do Cromo hexavalente, sendo encontrado em banhos de galvanoplastias e curtumes, para ocorrer a sua remoção é necessário que o mesmo seja reduzido para a forma de cromo trivalente e precipitado como hidróxido. Também se tem o processo para o tratamento de efluentes líquidos, é a precipitação do fósforo, sucedida após o processo de coagulação química. Existem também os processo biológicos para o tratamento de efluentes líquidos, visão remover a matéria orgânica dissolvida e em suspensão, através da transformação desta em sólidos sedimentáveis (flocos biológicos), ou gases, podendo ser realizados por lagoas anaeróbias, fotossintéticas, aeração prolongada, lodos ativados convencionais, filtros biológicos, biodiscos e biocontactores. Os processos anaeróbios ocorrem em lagoas anaeróbias e biodigestores (GIORDANO, 2004). REFERÊNCIAS ARCHELA, Edison; CARRARO, Adalberto; FERNANDES, Fernando; BARROS, Omar Neto Fernandes; ARCHELA, Rosely Sampaio. Considerações sobre a geração de efluentes líquidos em centros urbanos. 2003. 9 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Geografia, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2003. Disponível em: https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/70819969/6055-libre.pdf?1635709716=&respo nse-content-disposition=inline%3B+filename%3DConsideracoes_sobre_a_geracao_ de_efluent.pdf&Expires=1678472892&Signature=KvyQI7QxXE6Ilc9zrpaEh33C13Ac TwwwgReGxyI~qmp8FKx3XjG7nWXImXFMebgJOPQwvAgZvKbhQ0hZTgZ5kD1-F GLvw28xxsnE8FhRJQRRSnx~s8VSdzpbn0AuUp6EHnX0q5oQE~UJbHpnsR2uwGs dYXSecbdWWJXQkqGZkSZy9GbGB0Xpd2~EVNqr1fz4UQio7jBd6YiL21~t2n2UpyjIc lzNEWk0lys65kl858MeQuywqKjIEYfvQpARN8kCavIT9OJfbZ~1HSp0NpX7HOksMs B~6TvoileMmfL1WP8kl4lroCih8wBntqGOrfephtnsqxwS70-sbkjaVO55eQ__&Key-Pai r-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA. Acesso em: 10 mar. 2023. BRK. Saúde: 10 doenças causadas por falta de saneamento básico. Disponível em: https://blog.brkambiental.com.br/saude-saneamento-basico/. Acesso em: 10 mar. 2023. 11 CAVINATTO, V. M. Saneamento básico: fonte de saúde e bem-estar. São Paulo: Ed. Moderna, 1992 GIORDANO, Gandhi et al. Tratamento e controle de efluentes industriais. Revista ABES, v. 4, n. 76, p. 1-84, 2004. GIRARD, James E. Princípios de Química Ambiental, 2ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2013. E-book. ISBN 9788521635291. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521635291/. Acesso em: 10 mar. 2023. IBRAHIN, Francini Imene D.; IBRAHIN, Fábio J.; CANTUÁRIA, Eliane R. Análise Ambiental - Gerenciamento de Resíduos e Tratamento de Efluentes. São Paulo: Editora Saraiva, 2015. E-book. ISBN 9788536521497. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536521497/. Acesso em: 10 mar. 2023 KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. Resíduos industriais e a questão ambiental. SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA, v. 2, 2005. REDAÇÃO CAL LEVE. O QUE são resíduos líquidos?: Veja como classificar e transportá-los. Veja como classificar e transportá-los. 2021. Disponível em: https://www.calleve.com.br/blog/residuos-liquidos#:~:text=A%20classifica%C3%A7% C3%A3o%20de%20res%C3%ADduos%20l%C3%ADquidos,classe%20II%20B%20(i nertes).. Acesso em: 10 mar. 2023. ROCHA, Júlio C.; ROSA, André H.; CARDOSO, Arnaldo A. Introdução à química ambiental. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2009. E-book. ISBN 9788560031337. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788560031337/. Acesso em: 10 mar. 2023.ução à química ambiental SANTOS, Amabelli Nunes dos; PRETTO, Márcia E J.; ABREU, Marina S. Paravidino de; et al. Saneamento Ambiental. Porto Alegre: Grupo A, 2021. E-book. ISBN 9786556902678. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556902678/. Acesso em: 10 mar. 2023. TERA. Conheça os danos causados pelos efluentes não tratados. Disponível em: https://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/bid/350779/conheca-os-da nos-causados-pelos-efluentes-nao-tratados. Acesso em: 10 mar. 2023. MANAHAN, Stanley E. Química ambiental. Porto Alegre: Grupo A, 2013. E-book. ISBN 9788565837354. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788565837354/. Acesso em: 10 mar. 2023. 12 https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521635291/ https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788560031337/ https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556902678/ 13
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