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5 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE FARMÁCIA PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE BIOMEDICINA DA UFMG Belo Horizonte OUTUBRO 2018 ii PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE BIOMEDICINA DA UFMG Equipe responsável pela revisão do Projeto: Profa. Cristiane Alves Silva Menezes (coordenadora gestão 2017-2019) Profa. Ana Paula Lucas Mota (subcoordenadora gestão 2017-2019) Profa. Maria Gabrielle de Lima Rocha (membro NDE 2016-2020) Profa. Vanessa de Fátima Bernardes (membro NDE 2016-2020) iii APRESENTAÇÃO O Curso de Biomedicina da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi instituído em 2010, atendendo às demandas do Programa de Reestruturação das Universidades Federais (REUNI), dentro do Plano de Aceleração do Crescimento para a Educação previsto pelo Governo Federal. A idealização do Curso de Biomedicina partiu da iniciativa do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Farmácia, que em 2007 designou uma Comissão para elaborar uma proposta de criação, aprovada neste mesmo ano pela Congregação da Faculdade de Farmácia e pelo Conselho Universitário. Em 2008, iniciou-se a elaboração da primeira versão do Projeto Pedagógico do Curso, buscando definir as competências e conteúdos necessários para a formação do profissional Biomédico e planejar a operacionalização das atividades didáticas. Estes esforços culminaram na implantação do Curso em 2010. O Projeto Pedagógico aqui apresentado inclui as atualizações de corpo docente e das resoluções do Colegiado, da Universidade e do Ministério da Educação, incluindo a implantação do Núcleo Docente Estruturante (NDE) em 19/04/2012. Este documento mantém parte de sua concepção original elaborada e desenvolvida pela Comissão de Criação do Curso, inclui elementos da atuação das coordenações da gestão 2012-2014 e atualizações promovidas pelas gestões 2015- 2017 e 2017-2019, com a inclusão de disciplinas optativas visando incrementar a estrutura curricular. Dessa forma, no entendimento de que os currículos não são objetos estáticos e recebem, em sua concepção, intervenções de múltiplos agentes, a seguir são listados os professores que participaram direta e indiretamente da construção do currículo do Curso de Biomedicina, por meio de sua participação no Colegiado e NDE. iv Comissão de Criação do Curso de Biomedicina (2007-2009): Prof. Lauro Mello Vieira (FAFAR-UFMG) Profa. Ana Paula Salles Moura Fernandes (FAFAR-UFMG) Prof. Rômulo Teixeira de Mello (FAFAR-UFMG) Prof. Paulo Pimenta de Figueiredo Filho (Faculdade de Medicina-UFMG) Colegiado de Biomedicina Gestão 2010-2012: Profa. Leiliane Coelho André Amorim Profa. Ana Paula Salles Moura Fernandes Prof. Vicente de Paulo Coelho Peixoto de Toledo Profa. Marinez de Oliveira Souza Profa. Zenilda de Lourdes Cardeal Prof. Ricardo Toshio Fujiwara Colegiado de Biomedicina 2012-2014: Profa. Adriana Oliveira Costa Profa. Karina Braga Gomes Borges Profa. Lirlândia Pires de Sousa Profa. Prof. Vicente de Paulo Coelho Peixoto de Toledo Profa. Zenilda de Lourdes Cardeal Prof. Remo de Castro Russo Colegiado de Biomedicina Gestão 2015-2017: Profa. Cristiane Alves da Silva Menezes Profa. Ana Paula Lucas Mota Profa. Adriana Oliveira Costa Profa. Iêda de Fátima Oliveira Silva Prof. Liu Wen Yu Prof. Ênio Ferreira Colegiado de Biomedicina Gestão 2017-2019: Profa. Cristiane Alves da Silva Menezes Profa. Ana Paula Lucas Mota Profa. Maria Gabrielle de Lima Rocha (Titular) Profa. Adriana Oliveira Costa (Suplente) Profa. Iêda de Fátima Oliveira Silva (Titular) Profa. Maria José Nunes de Paiva (Suplente) Prof. Rodinei Augusti (Titular) Profa. Cláudia Carvalhinho Windmoller (Suplente) Representantes discentes: Marcos Jordan dos Santos Nunes (Titular) v Clara Tolentino Machado (Suplente) Membros do NDE do Curso de Biomedicina: Profa. Cristiane Alves da Silva Menezes (2017-2019) Profa. Ana Paula Lucas Mota (2018-2022) Profa. Vanessa de Fátima Bernardes (2016-2020) Profa. Maria Gabrielle de Lima Rocha (2016-2020) Professora Iêda de Fátima Oliveira Silva (2018-2022) Professor Alexander Birbrair (2018-2022) Professor Luis Henrique Franco (2018-2022) vi SUMÁRIO 1 Contextualização da Instituição...............................................................................................5 1.1 Identificação..........................................................................................................................5 1.2 Perfil Institucional ................................................................................................................6 1.3. Breve Histórico....................................................................................................................8 2 Contextualização do Curso ...................................................................................................11 2.1 Identificação da unidade e do curso....................................................................................11 2.2. Coordenação de Curso e Núcleo Docente Estruturante.....................................................12 2.2.1. Coordenadora do Curso..................................................................................................12 2.2.2. Subcoordenadora do Curso.............................................................................................12 2.2.3. Núcleo Docente Estruturante..........................................................................................12 2.3. Breve histórico da Unidade, do Curso e de sua criação na UFMG...................................13 2.3.1. Faculdade de Farmácia da UFMG .................................................................................13 2.3.2. O Curso de Biomedicina.................................................................................................15 2.3.3. A criação do Curso de Biomedicina na UFMG..............................................................18 3 Documentos Referentes às Bases Legais……………………………...………................…21 4 Requisitos de acesso ..............................................................................................................22 5. Objetivos...............................................................................................................................24 5.1. Objetivo geral.....................................................................................................................24 5.2. Objetivos específicos ........................................................................................................24 6 Perfil do egresso.....................................................................................................................24 7 Princípios teóricos e metodológicos......................................................................................27 8. Organização Curricular ........................................................................................................33 8.1. Percursos Curriculares.......................................................................................................37 8.2. Representação do currículo................................................................................................42 8.3. Instrumentos Metodológicos..............................................................................................44 8.4. Estágios supervisionados...................................................................................................45 8.5 Atividades Complementares………….........…………………………………………......46 8.6 - Monografia de Conclusão de Curso ……...........…………………………………….....478.7 Ementário............................................................................................................................48 9. Avaliação da aprendizagem .................................................................................................56 10 Políticas e programas de pesquisa e extensão......................................................................58 11. Disciplinas Semipresenciais................................................................................................60 12. Instalações, laboratórios e Equipamentos...........................................................................61 13 Biblioteca ............................................................................................................................63 14 Gestão do Curso ...............................................................................................................65 14.1 Colegiado…………......………………………………………....………………………65 14.2 Corpo Docente..................................................................................................................66 14.3 Funcionários Técnico-administrativos ............................................................................67 14.4. Núcleo Docente Estruturante ..........................................................................................67 14.5 Registros Acadêmicos ......................................................................................................68 15. Avaliação do Curso.............................................................................................................69 Referências ...............................................................................................................................71 Anexo A – Componentes curriculares obrigatórias .................................................................73 Anexo B – Componentes curriculares optativas ....................................................................121 Anexo C – Relação de Docente .............................................................................................155 vii Anexo D – Relação de Servidores Técnico-Administrativos da Fac. Farmácia ....................157 Anexo E – Ofício de Solicitação de Ajuste Curricular 2018…………………......................162 Anexo F – Matriz Curricular Proposta Após Ajuste 2018......................................................166 5 1 Contextualização da Instituição 1.1 Identificação Denominação: Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG Mantenedora: Ministério da Educação Natureza Jurídica: Pessoa Jurídica de Direito Público Federal CNPJ: 00.394.445/0188-17 Endereço: Av. Presidente Antônio Carlos, 6627, Campus Pampulha, Belo Horizonte, MG, CEP: 31270-901 Telefone geral: +55 (31) 3409-5000 Email: reitor@ufmg.br Sítio eletrônico: http://www.ufmg.br. Ato Regulatório de Credenciamento: Lei Estadual No 956 de 07/09/1927. Validade vinculada aos ciclos avaliativos. Ato Regulatório de Recredenciamento: Lei Federal No 971 de 19/12/1949. Validade vinculada aos ciclos avaliativos. IC (Conceito Institucional) em 2009: 4 IGC (Índice Geral de Cursos) em 2009: 5 IGC Contínuo: 4,17 ENADE: 5 Reitora: Sandra Goulart Almeida, Gestão 2018-2022 mailto:reitor@ufmg.br http://www.ufmg.br/ 6 1.2 Perfil Institucional 1 A missão assumida pela UFMG é a geração e difusão de conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais, destacando-se como Instituição de referência nacional na formação de indivíduos críticos e éticos, dotados de sólida base científica e humanística e comprometidos com intervenções transformadoras na sociedade e com o desenvolvimento sustentável. Estas prerrogativas visam ao cumprimento das finalidades estatutárias e do seu compromisso social. O Estatuto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), aprovado em 5 de julho de 1999 pelo Conselho Universitário, descreve como finalidades precípuas da Instituição a geração, o desenvolvimento, a transmissão e a aplicação de conhecimentos, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, de forma indissociada e integrados na educação e na formação técnico- profissional dos cidadãos, bem como na difusão da cultura e na criação filosófica, artística e tecnológica. No cumprimento dos seus objetivos, a UFMG mantém cooperação acadêmica, científica, tecnológica e cultural com instituições nacionais e internacionais e constitui-se, também, em veículo de desenvolvimento regional, nacional e internacional. As Unidades Acadêmicas de Ensino Superior da UFMG são responsáveis por cursos de Graduação presenciais e na modalidade à distância, além de cursos de Pós-Graduação. Em 2010, a graduação disponibilizava 6610 vagas distribuídas em 75 cursos presenciais e 400 vagas em 5 cursos à distância. Os cursos de Pós-Graduação contabilizavam, neste ano, 58 de Doutorado, 68 de Mestrado, 81 de Especialização e 40 de Residência Médica, totalizando 14.838 vagas. No campo da pesquisa, atuam na UFMG 804 grupos formalmente cadastrados no Diretório Nacional de Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com atuação de mais de 1 Adaptado a partir de: MINAS GERAIS. Universidade Federal. Conheça a UFMG – UFMG em números . Disponível em: <https://www.ufmg.br/conheca /nu_index.shtml>. Acesso em: 03 dez. 2012. MINAS GERAIS. Universidade Federal. Conheça a UFMG – Plano de Desenvolvimento Institucional 2008-2012. Disponível em https://www.ufmg.br/conheca/pdi_ufmg.pdf. Acesso em 07 dez. 2012. https://www.ufmg.br/conheca/pdi_ufmg.pdf 7 3600 docentes pesquisadores. Ainda no ano de 2010 a produção científica tipo 1 - representada por livro, capítulo de livro, trabalho completo em evento, artigo em periódico, edição ou organização de livro - totalizou 7690. Outras produções de destaque neste ano foram as patentes nacionais (369), Patentes internacionais (108) e tecnologias licenciadas (46). Pesquisa feita na Web of Science, considerando as Instituições Universitárias brasileiras que mais publicam artigos científicos de impacto, indica que a produção científica da UFMG ocupa a quinta posição, com média de citação por artigo de 2,61. Na vertente Extensão, a UFMG oferta Cursos de extensão, Programas e Projetos, além de inúmeros eventos e prestações de serviços, beneficiando, anualmente, um público que atinge mais de dois milhões e meio de pessoas. No ano base 2010, foram registrados 116 Programas, 607 Projetos, 361 Cursos, 367 eventos e 462 prestações de serviço. A inserção local, regional e nacional da UFMG tem sido operacionalizada por meio de projetos de cooperação com outras universidades do Estado e do País, oferta de ensino a distância e projetos de extensão universitária, ou de ação cultural, dentre os quais podem ser exemplificados o Projeto Veredas, no qual se insere a educação à distância, o Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha, visando articular iniciativas para reduzir a pobreza e promover o reconhecimento da cultura local e o Projeto Manuelzão, com iniciativas para promover melhorias nas condições ambientais e qualidade de vida da população residente na bacia do Rio das Velhas. Destacam-se ainda as atividades realizadas no Hospital das Clínicas, unidade hospitalar de referência nacional integrante do Sistema Único de Saúde (SUS) que oferece assistência ambulatorial, clínica e cirúrgica à população em geral, além dos programas de Internato Rural e Saúde da Família, todos eles com grande impacto social. Além da atuação comprometida com o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, econômico e social do Estado, da Região e do País, a UFMG busca a cooperação acadêmica e científica internacional, por meio da participação em redes e consórcios envolvendo instituiçõesde países da América do Sul e Europa, programas de intercâmbio discente tanto na Graduação e Pós- graduação e parcerias com Centros de Pesquisa e Universidades de 8 excelência internacional. Os convênios com instituições estrangeiras contabilizaram 268 no ano de 2010, com 264 estudantes de graduação e pós- graduação enviados para intercâmbio e 108 recebidos nas unidades da UFMG. Em 2016, estudantes do curso de Biomedicina da UFMG tiveram sua primeira participação no ENADE e o resultado foi recebido com grande orgulho pela comunidade acadêmica, sendo obtido o melhor desempenho entre as Universidades Federais brasileiras (conceito: 4,6285). 1.3. Breve Histórico2 A criação da UFMG teve seus primórdios na fundação da Universidade de Minas Gerais (UMG), pela Lei Estadual nº. 956, de 7 de setembro de 1927 após mobilização intelectual e política com participação essencial do então Presidente do Estado, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada. A UMG, que teve como primeiro reitor Francisco Mendes Pimentel, Diretor da Faculdade de Direito, reuniu à época quatro instituições de ensino superior existentes em Belo Horizonte, compreendidas pela Faculdade de Direito, Faculdade de Medicina, Escola de Engenharia e Escola de Odontologia e Farmácia, criadas respectivamente em 1892, 1911, 1907 e 1911. A partir da criação da UMG, o governo estadual planejou a construção de um complexo universitário, na região de Lourdes e Santo Agostinho. Devido aos questionamentos sobre a limitação da área em termos de expansão futura da Instituição, outra área nas proximidades do Parque Municipal foi destinada a este complexo. No entanto, na conjuntura política da época, interessava ao Governo do Estado Novo manter as universidades longe das áreas centrais. Neste contexto, foi destinada à nova sede universitária uma fazenda desapropriada em 1942, situada em área suburbana na região da Pampulha, a Fazenda Dalva. 2 MINAS GERAIS. Universidade Federal. Conheça a UFMG – História da UFMG . Disponível em: <https://www.ufmg.br/conheca /hi_index.shtml>. Acesso em: 03 dez. 2012. MINAS GERAIS. Universidade Federal. Conheça a UFMG – Plano de Desenvolvimento Institucional 2008-2012. Disponível em <https://www.ufmg.br/conheca/pdi_ufmg.pdf>. Acesso em 07 dez. 2012. https://www.ufmg.br/conheca/pdi_ufmg.pdf 9 A Universidade permaneceu como Instituição Estadual até 17 de dezembro de 1949, quando foi federalizada pela Lei No 971. A adoção do nome Universidade Federal de Minas Gerais ocorreu em 1965, por determinação do Governo Federal. Ao final de década de 1950, concluiu-se o Plano Diretor para a Cidade Universitária e tiveram início as obras de infraestrutura e apoio. Os prédios da Reitoria, do Estádio Universitário (atual “Mineirão”, na época a ser construído pelo Estado), do Instituto de Pesquisas Radioativas (atualmente sob a administração do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - CDTN), dos Institutos de Mecânica e Eletrotécnica (atual Colégio Técnico) e de uma Unidade Residencial (hoje, Unidade Administrativa II), foram projetados e construídos. Em 1968 ocorreu a Reforma Universitária, que desencadeou uma modificação considerável na estrutura de ensino da UFMG. A antiga Faculdade de Filosofia foi desmembrada em Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Instituto de Ciências Biológicas, Instituto de Ciências Exatas, Instituto de Geociências, Faculdade de Educação e Faculdade de Letras. Desde a idealização do complexo universitário, passando por sua efetiva implantação, ocorreu a integração de diversas unidades no Campus, como a Escola de Arquitetura (1944), a Faculdade de Ciências Econômicas e Faculdade de Filosofia (1948), Escola de Enfermagem (1950), Escola de Veterinária (1961), Conservatório Mineiro de Música (1962), Escola de Belas Artes, Escola de Biblioteconomia (1963) que atualmente é a Escola de Ciência da Informação e Escola de Educação Física (1969), hoje denominada Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Em 1998, foi instituído o projeto Campus 2000, que previa a transferência de unidades acadêmicas da região central de Belo Horizonte para o Campus Pampulha. A Faculdade de Odontologia foi transferida em 2001 e em 2004, foi transferida a Faculdade de Farmácia. O projeto Campus 2000 previa também a ampliação, reforma e modernização de algumas unidades acadêmicas, resultando na transferência, para um novo prédio, da Faculdade de Ciências Econômicas (2008) e da Escola de Engenharia (2010). 10 Com a efetiva implantação do Campus Pampulha, outras unidades foram incorporadas à sua estrutura: a Escola de Educação Básica e Profissional, que abrange o Centro Pedagógico, o Colégio Técnico e o Teatro Universitário, os prédios da Administração Central da UFMG; a Praça de Serviços; a Biblioteca Universitária; a Imprensa Universitária; o Centro de Microscopia Eletrônica; os Restaurantes Universitários Setorial I e II; e a Estação Ecológica e o Centro de Desenvolvimento da Criança, administrada pela Prefeitura de Belo Horizonte a partir de 2007. Neste ano iniciaram-se os cursos de licenciatura na modalidade à distância, com oferta de um total de 500 vagas. Atualmente, fora do Campus Pampulha, a UFMG conta com o Campus Saúde na região central de Belo Horizonte, composto pela Faculdade de Medicina, a Escola de Enfermagem e o Hospital das Clínicas, considerado centro de referência e excelência regional e nacional em medicina de alta complexidade. A Faculdade de Direito e o Centro Cultural e do Museu de História Natural e Jardim Botânico também constituem unidades externas ao Campus Pampulha na capital. Fora desta, há o Núcleo de Ciências Agrárias, situado no Campus Regional de Montes Claros, e duas fazendas – uma experimental, em Igarapé, e outra modelo, em Pedro Leopoldo, ambas vinculadas à Escola de Veterinária. Em Diamantina está instalado o Instituto Casa da Glória (antigo Centro de Geologia Eschwege), órgão complementar e a Casa Silvério Lessa do Instituto de Geociências; e em Tiradentes, situa-se o complexo histórico-cultural dirigido pela Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade, que compreende o Museu Casa Padre Toledo e os prédios do Fórum, da Cadeia e do Centro de Estudos. Com previsão para transferência para o Campus Pampulha, ainda constam a Faculdade de Direito e Escola de Arquitetura. 11 2 Contextualização do Curso 2.1 Identificação da unidade e do curso Curso: Biomedicina Unidade Sede: Faculdade de Farmácia Diretor da Unidade: Leiliane Coelho André - Gestão 2016-2020 Endereço: Av. Presidente Antônio Carlos, 6627, Campus Pampulha, Belo Horizonte, MG, CEP: 31270-901 Telefone: +55 (31) 3409-7451 Email: biomedicina@farmacia.ufmg.br Sítio eletrônico: www2.ufmg.br/biomedicina Ato legal autorizativo do Curso: Parecer 276/2009 de 19 de junho de 2009, Câmara de Graduação, Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Federal de Minas Gerais Portaria de Reconhecimento: Portaria N° 47 de 23 de janeiro de 2015 Número de vagas: 40 Turno de funcionamento: Noturno Carga horária total: 3210 horas Tempo de integralização mínimo: 9 semestres Tempo de integralização padrão: 11 semestres Tempo de integralização máximo: 18 semestres Modalidade: Presencial Formações Complementares: pré-estabelecidas em Gestão e Administração e em Saúde e Meio Ambiente e Formação Complementar Aberta. 12 2.2. Coordenação de Curso e Núcleo Docente Estruturante 2.2.1. Coordenadora do Curso: Nome: Cristiane Alves da Silva Menezes Gestão: 31/03/2017 a 30/03/2019 Formação acadêmica: Bacharel em Ciências Biológicas - Universidade Federal de Minas Gerais. 2001 Titulação: Doutorado em Biologia Celular - UFMG. 2006 Regime de trabalho: Dedicação ExclusivaTempo de Exercício em IES: 8 anos (desde julho de 2010) Tempo de Exercício na UFMG: 5 anos (desde dezembro de 2013) 2.2.2. Subcoordenadora do Curso: Nome: Ana Paula Lucas Mota Gestão: 31/03/2017 a 30/03/2019 Formação acadêmica: Farmácia com habilitação em Análises Clínicas e Toxicológicas - Universidade Federal de Minas Gerais. 2002. Titulação: Doutorado em Ciências Farmacêuticas, Programa de Pós- Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Minas Gerais. 2012. Regime de trabalho: Dedicação Exclusiva Tempo de Exercício em IES: 13 anos (desde agosto de 2005) Tempo de Exercício na UFMG: 5 anos (desde dezembro de 2013) 2.2.3. Núcleo Docente Estruturante - Maria Gabrielle de Lima Rocha, Doutora em Ciências Farmacêuticas, Regime de Dedicação Exclusiva, membro desde 22/03/2016 e presidente do NDE desde 5 de outubro de 2018. - Cristiane Alves da Silva Menezes, Doutora em Biologia Celular, membro nato (coordenadora). 13 - Vanessa de Fátima Bernardes, Doutora em Patologia Geral, Regime de Dedicação Exclusiva, membro desde 22/03/2016. - Ana Paula Lucas Mota, Doutora em Ciências Farmacêuticas, membro desde 20/09/2018. - Professora Iêda de Fátima Oliveira Silva, Doutora em Patologia, Regime de Dedicação Exclusiva, membro desde 20/09/2018. - Professor Alexander Birbrair, Doutor em Neurociência, membro desde 20/09/2018. - Professor Luis Henrique Franco, Doutor em Imunologia Básica e Aplicada, membro desde 20/09/2018. 2.3. Breve histórico da Unidade, do Curso e de sua criação na UFMG 2.2.1. Faculdade de Farmácia da UFMG3 A criação da Faculdade de Farmácia, sede do Curso de Biomedicina, é anterior à existência da própria Universidade como instituição federal. Em 27 de agosto de 1911, o Prof. J. J. Gama Cerqueira apresentou o projeto de criação do Curso de Farmácia à Congregação da Escola Livre de Odontologia de Belo Horizonte, que passou então à denominação de Escola Livre de Odontologia e Farmácia. Por meio da Lei No 956 de 07 de setembro de 1927, a Escola Livre de Odontologia e Farmácia foi incorporada à Universidade de Minas Gerais (UMG), que incluiu também a Escola de Engenharia e as Faculdades de Medicina e de Direito. A partir desta data ela passou a se chamar Faculdade de Odontologia e Farmácia da UMG. Em 1960 iniciam-se os entendimentos visando à separação dos dois cursos, Farmácia e Odontologia. Nesta época, foram iniciadas as fundações do antigo prédio da Faculdade de Farmácia na Av. Olegário Maciel, 2360. Os dois Cursos foram separados em 9 de fevereiro de 1963, pela Lei No 4.208, criando- se a Faculdade de Farmácia e a Faculdade de Odontologia. A Unidade ainda 3 Adaptado a partir de: FACULDADE DE FARMÁCIA. História da Faculdade de Farmácia da UFMG. Disponível em < http://www.farmacia.ufmg.br/institucional1/historia.htm > Acesso em 07 dez 2012. http://www.farmacia.ufmg.br/institucional1/historia.htm 14 passou por uma modificação de denominação em 1964, para Faculdade de Farmácia e Bioquímica e em 1968 para Faculdade de Farmácia da UFMG. Em janeiro de 1984, a Faculdade de Farmácia passou por profundas reformas estruturais, levando à modificação de seus departamentos para a estrutura atual, composta pelos Departamentos de Farmácia Social, Produtos Farmacêuticos, Alimentos e Análises Clínicas e Toxicológicas. A esta época já funcionava o Curso de Pós-Graduação em Ciências de Alimentos (CPGCA), iniciado em 1974, primeiro vinculado à Diretoria e depois ao Departamento de Alimentos. Na década de 1990 foram criados o Curso de Especialização em Saúde Pública, com área de concentração em Medicamentos e o Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF). As atividades de pesquisa realizadas na Faculdade de Farmácia são intimamente vinculadas aos projetos desenvolvidos nos Cursos de Pós-Graduação. Na extensão universitária, a Faculdade de Farmácia vem, há vários anos, contribuindo para a sociedade na prestação de serviços. O Laboratório de Análises Clínicas realizou, durante seu funcionamento, exames laboratoriais em todas as áreas das análises clínicas para a comunidade universitária, particulares, empresas e associações conveniadas, a partir da sua inauguração em 1964. No final desta década, o Laboratório de Controle de Qualidade também iniciou atividades atendendo às demandas de análises do Ministério da Saúde. Outros laboratórios como o de Tecnologia Farmacêutica, Toxicologia Ambiental Ocupacional, Radiofármacos e Análise Microbiológica da Água também prestam ou prestaram serviços à comunidade externa à Unidade, dentro de suas especificidades de atuação ao longo destes anos. As atividades do Centro de Estudos de Medicamentos-CEMED também merecem destaque, pois desde sua criação em 1992, este centro fornece informações sobre medicamentos, através de consulta individualizada a profissionais, instituições de saúde e comunidade geral. As atividades de extensão influenciam as atividades de pesquisa na medida em que exigem o desenvolvimento de novas tecnologias e atualização de serviços, além de contribuir com o ensino, já que permite à comunidade acadêmica um contato 15 direto com as demandas do mercado de trabalho e a integração docente e discente com as necessidades da comunidade externa. Com a crescente ampliação de atividades na Faculdade de Farmácia, a estrutura física do prédio na área central de Belo Horizonte já não mais atendia aos requisitos para o funcionamento adequado do Curso e demais atividades da Unidade. Esta demanda foi incluída no Projeto Campus 2000, que visava à transferência de unidades da área central para o Campus Pampulha. A mudança tão almejada pela comunidade acadêmica foi concretizada em 2004, passando a Faculdade de Farmácia a funcionar em uma edificação planejada e estruturada para atender os quesitos de acessibilidade, e de segurança, dentre outros adequados ao ensino, à extensão e à pesquisa de qualidade. Neste contexto renovado e com forte estímulo do Governo Federal e da UFMG advindo do Projeto REUNI, surgiu a idéia de criação do Curso de Biomedicina na Faculdade de Farmácia. Em 06/09/2007, a Comissão designada pela Portaria ACT 004/2007, de 04/09/2007, constituída pelos professores: Lauro Mello Vieira, Rômulo Teixeira de Mello, Ana Paula Salles Moura Fernandes e Jane Maciel Almeida Baptista (suplente), apresentou ao Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Farmácia, a sua proposta de criação do Curso Noturno de Biomedicina para apreciação da Câmara Departamental e posterior aprovação pela Congregação da Faculdade de Farmácia da UFMG. 2.2.2. O Curso de Biomedicina4 O surgimento de uma nova profissão é um processo complexo e devem ser conhecidos os aspectos de natureza histórica, técnica e social envolvidos. 4 Contextualizado a partir de: CAMPOS, D.A.E.L; LOUREIRO, E.C.B.; CECCHI, J.; ABRAHÃO, M.A. Trajetória dos Cursos de Graduação na área da Saúde 1991-2004 - Biomedicina. Disponível em <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=39500 > Acesso em 07 dez 2012. 16 O Curso de Ciências Biomédicas- Modalidade Médica ou Biomedicina como é mais conhecido, foi pioneiramente implantado na Escola Paulista de Medicina em 1966, baseando-se nos conteúdos e duração dos cursos de bacharelado em Ciências Biológicas - Modalidade Médica, definidos no Parecer no. 571/66 do Conselho Federal de Educação. O Curso foi criado com objetivo de capacitar futuros docentes e pesquisadores nas áreas de biologia e medicina”. Posteriormente, outras instituições de ensino no país, passaram a oferecer a formação na área biomédica como a Universidade Estadual do Rio de Janeiro- UERJ (1967), a Universidade Estadual Paulista deBotucatu-UNESP (1967), a Universidade de São Paulo/USP-Ribeirão Preto (1967), Universidade Federal de Pernambuco-UFPE (1968), Centro Universitário Barão de Mauá-Ribeirão Preto (1970) e outras que se sucederam. Os egressos destas Instituições foram rapidamente absorvidos nas disciplinas básicas de suas próprias faculdades ou de outras escolas médicas públicas e privadas no país. Com o passar do tempo, porém, a necessidade de regulamentação profissional e definição de novas áreas de atividade profissional tornou-se imperativa. O reconhecimento legal da profissão se iniciou através da promulgação da Lei nº 6.684 de 03/09/1979, que regulamentava em conjunto as profissões de Biólogo e Biomédico e pela promulgação da Lei nº 6.686, de 11/09/1979, que dispunha sobre o exercício das análises clínico-laboratoriais pelo Biomédico. Esta, em seu Artigo 1º. diz: “Art. 1º - Os atuais portadores de diploma de Ciências Biológicas Modalidade Médica, e os que venham a concluir o curso até julho de 1983 poderão realizar análises clínico-laboratoriais, assinando os respectivos laudos, desde que comprovem a realização de disciplinas indispensáveis ao exercício desta atividade". Em 30/08/1982, a Lei nº 7.017 desmembrou as categorias de Biólogos e Biomédicos autorizando a criação dos Conselhos Federais e Regionais respectivos a cada profissão. Posteriormente, o Decreto nº 88.439 de 28/06/1983, veio regulamentar a profissão de biomédico. Este Decreto, no Capítulo das Disposições Transitórias, enunciava os limites impostos ao exercício das análises clínico laboratoriais, referida pela Lei nº 6.686, de 11/09/1979. Em 26/10/1983, a Lei no. 7135, buscou sanar estas restrições legais enunciando em seu Artigo 1º: 17 "Art. 1º. - Os atuais portadores de diploma de Ciências Biológicas Modalidade Médica, bem como os diplomados que ingressarem nesse curso em vestibular realizado até julho de 1983, poderão realizar análises clínico-laboratoriais, assinando os respectivos laudos, desde que comprovem ter cursado as disciplinas indispensáveis ao exercício dessas atividades". As restrições legais, ainda impostas pela referida lei, foram motivo de questionamento de inconstitucionalidade das mesmas perante o Supremo Tribunal Federal que através da Representação 1256-5 DF, de 20/11/1985, lavrou a seguinte ementa: "Decisão: Julgou-se procedente a Representação e declarou-se a inconstitucionalidade: I) da expressão "atuais" e das expressões "bem como os diplomados que ingressarem nesse curso em vestibular até julho de 1983", todas contidas no art. 1º. da Lei 6686 de 11 de setembro de 1979, na redação que lhe deu o art. 1º. da Lei 7135 de 26 de outubro de 1983; II) do artigo 2º. da Lei 7135 de 26 de outubro de 1983. Decisão unânime. Votou o Presidente. Plenário, 20/11/85". Em 24/07/1986 o Senado Federal promulgou a Resolução no. 86, com a seguinte redação em seu artigo único: "Artigo Único - E suspensa, por inconstitucionalidade, nos termos do artigo 42, inciso VII, da Constituição Federal e, em face da decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, proferida em sessão plenária de 20 de novembro de 1985, nos autos da Representação nº 1256-5, do Direito Federal, a execução da expressão atuais e das expressões bem como os diplomados que ingressarem nesse curso em vestibular realizado até julho de 1983, todas contidas no artigo 1º. da Lei nº 6686, de 11 de setembro de 1979, da redação que lhe deu o artigo 1º. da Lei nº 7135, de 26 de outubro de 1983 e a execução do artigo 2º. desta última Lei". Estava assim, assegurado definitivamente, o direito do Biomédico de exercer as análises clínico-laboratoriais tanto almejadas pela categoria. Nos termos do art. 5º do Decreto Lei n.º 88439 de 28/06/83, o Conselho Federal de Biomedicina e os Conselhos Regionais de Biomedicina, foram criados, constituindo-se como Autarquias Federais, com Personalidade de Direito Público. Posteriormente, com o advento da Lei nº 9.649, de 27/05/1998, o Conselho Federal de Biomedicina - CFBM e os Conselhos Regionais de Biomedicina - CRBM's passaram a ter a natureza jurídica de pessoas jurídicas de Direito Privado, por delegação do Poder Público, continuando com a incumbência de fiscalizar o exercício da profissão de biomédico. 18 As atuais Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Biomedicina foram aprovadas em 13/03/2002 pelo Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior (Parecer CNE/CES 0104/2002) e homologado pelo Senhor Ministro da Educação em 09/04/2002 (DOU 11/04/2002). As Diretrizes Curriculares dos Cursos de Biomedicina têm o mesmo objeto e objetivos estabelecidos para os Cursos de Graduação da Saúde: “Objeto das Diretrizes Curriculares: permitir que os currículos propostos possam construir perfil acadêmico e profissional com competências, habilidades e conteúdos, dentro de perspectivas e abordagens contemporâneas de formação pertinentes e compatíveis com referências nacionais e internacionais, capazes de atuar com qualidade, eficiência e resolutividade, no Sistema Único de Saúde (SUS), considerando o processo da Reforma Sanitária Brasileira. Objetivo das Diretrizes Curriculares: levar os alunos dos cursos de graduação em saúde a aprender a aprender que engloba aprender a ser, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a conhecer, garantindo a capacitação de profissionais com autonomia e discernimento para assegurar a integralidade da atenção e a qualidade e humanização do atendimento prestado aos indivíduos, famílias e comunidades”. Quanto ao perfil do Profissional Biomédico, as Diretrizes Curriculares assim o definem: “Biomédico, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, para atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor científico e intelectual. Capacitado ao exercício de atividades referentes às análises clínicas, citologia oncótica, análises hematológicas, análises moleculares, produção e análise de bioderivados, análises bromatológicas, análises ambientais, bioengenharia e análise por imagem, pautado em princípios éticos e na compreensão da realidade social, cultural e econômica do seu meio, dirigindo sua atuação para a transformação da realidade em benefício da sociedade” (Resolução CNE/CES 104/2002). 2.2.3. A criação do Curso de Biomedicina na UFMG No início de 2008, a comissão designada pela Portaria ACT 003/2008, constituída pelos professores Lauro Mello Vieira, Ana Paula Salles Moura Fernandes, Rômulo Teixeira de Mello e Paulo Pimenta de Figueiredo Filho, sob 19 a presidência do primeiro, elaborou a primeira versão do projeto pedagógico do curso. Durante a elaboração da proposta foram levados em conta vários fatores relevantes, de ordem social, estrutural e institucional, os quais se complementaram para estimular a proposição e implantação do Curso. Em primeiro lugar, a consolidação da Biomedicina como profissão no Brasil, contando com profissionais em cargos relevantes de ensino, de pesquisa e de variadas atividades relativas às análises clínico-laboratoriais. Além disto, o constante aumento da população e expectativa de vida nas últimas décadas vem sendo acompanhado por demanda crescente por serviços de saúde, o que tem ampliado a necessidade de profissionais que possam atuar em atividades de desenvolvimento da saúde humana e saneamento do ambiente, de forma integrada a outros profissionais da área. Outro fator importante na idealização do Curso foi o fato de a Faculdade de Farmácia e outras unidades participantes do Curso na UFMG contarem com capacidade física já instalada e vocação do corpo docente para o ensino, pesquisa e extensão em áreas de interesse à formação do Biomédico. Inclusive, a reestruturação dos cursos de Farmácia a partir da Resolução CNE/CES 02/2002 estabeleceu o perfil generalista para o farmacêutico,com foco no estudo do medicamento, em detrimento à formação específica no campo das análises clínicas. Com isso, ampliou-se o interesse do mercado pelo profissional biomédico que tem formação específica nesta área. Destaca-se ainda que na região metropolitana de Belo Horizonte eram ofertados 6 cursos de Biomedicina em instituições particulares, sendo o curso da UFMG o primeiro a ser oferecido em Instituição de Ensino Superior pública, promovendo maiores chances de acesso à formação superior gratuita, inclusive a alunos trabalhadores, uma vez que o Curso é noturno. A implantação do Curso buscou também integrar-se às expectativas de ampliação de oferta de novos cursos na UFMG, oportunizada pelo Programa 20 de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI)5. Dentre os princípios desta proposta, contemplados na concepção do Curso de Biomedicina, podem ser destacados: “- Estímulo à implantação de currículos arrojados, consistentes e enxutos, incorporando atividades acadêmicas de cunho multidisciplinar, que permitam a aproximação de alunos vinculados a áreas e cursos distintos. Postula-se, assim, um modelo de flexibilização curricular racional no uso dos recursos humanos disponíveis, capaz de possibilitar um atendimento academicamente sempre mais qualificado e quantitativamente mais extensivo. - Criação de um grupo novo de cursos, voltados para a inovação, que associe a competência instalada a trajetórias formativas inéditas, visando a graduar profissionais que só recentemente passaram a ser demandados pela sociedade e mesmo profissionais cuja demanda é esperada para os próximos anos. - Expansão de vagas prioritariamente dirigida ao turno noturno, em atendimento a resolução do Conselho Universitário, datada de 2003." Aprovada em 2009, a primeira versão do Projeto Pedagógico previa o início do Curso em 2010, em período noturno, tendo a Faculdade de Farmácia como unidade sede. Outras unidades da UFMG como o Instituto de Ciências Biológicas, o Instituto de Ciências Exatas, a Faculdade de Ciências Econômicas e a Escola de Engenharia seriam participantes. Em 2013 o Curso de Biomedicina recebeu representantes do MEC para visita in loco para avaliação e reconhecimento. O processo resultou em uma avaliação com conceito 4 - Muito bom, sendo o curso reconhecido pela Portaria N° 47 de 23 de janeiro de 2015. O processo de avaliação catalisou as amplas discussões realizadas no NDE, visando o aprimoramento do currículo, especialmente na questão de oferta de disciplinas optativas, tão importantes para fortalecer o caráter flexível da proposta curricular. 5 MINAS GERAIS, Universidade Federal . Programa De Apoio A Planos De Expansão E Reestruturação Das Universidades – REUNI. Disponível em < https://www.ufmg.br/reuni/wp-content/uploads/2007/11/ reuni-proposta-da-ufmg.pdf> Acesso em 07 dez 2012. https://www.ufmg.br/reuni/wp-content/uploads/2007/11/reuni-proposta-da-ufmg.pdf https://www.ufmg.br/reuni/wp-content/uploads/2007/11/reuni-proposta-da-ufmg.pdf 21 No ano seguinte, os trâmites para inclusão de uma série de disciplinas optativas e para outras alterações nas atividades complementares foram providenciados, culminando na proposta de Ajuste Curricular a ser implantado até 2016. Além de um incremento no rol de optativas disponíveis para integralização das Formações Complementares em Gestão e Administração e em Saúde e Meio Ambiente, o Ajuste inclui alterações de créditos em atividades complementares, como Iniciação à Pesquisa, à Docência e à Extensão. A participação dos alunos do Curso na Iniciação à Pesquisa merece destaque. 3 Documentos de referência e bases legais 3.1 – Documentos do Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educação Superior (CNE/CES), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP) e da Comissão Nacional de Ensino Superior (CONAES): a) Parecer CNE/CES 104/2002, que aprova as Diretrizes Curriculares para os cursos de Biomedicina (BRASIL, 2002). b) Resolução CNE/CES n°2, de 18 de fevereiro de 2003. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Biomedicina. c) Parecer CNE/CES nº 08/2007 (BRASIL, 2007a; 2007b), que dispõem sobre carga horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial. d) Resolução CNE/CES nº 02/2007 (BRASIL, 2007). Dispõe sobre carga horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial. e) Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação do INEP (BRASIL, 2008a). http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ces022003.pdf 22 f) Resolução CONAES n°. 01, de 17 de junho de 2010, que normatiza o Núcleo Docente Estruturante (NDE) e dá outras providências (BRASIL, 2010b). g) Resolução CNE/CP nº 1, de 30 de maio de 2012 - Estabelece Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos. h) Resolução CNE/CP nº 2, de 15 de junho de 2012 - Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. i) Resolução CNE/CP n° 01 de 22 de junho de 2004, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. 3.2 – Outros documentos: a) Projeto de Criação do Curso de Biomedicina pelo Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas em 2009 (VIEIRA, FERNANDES, MELLO E FIGUEIREDO-FILHO, 2009). b) Plano de Desenvolvimento Institucional da UFMG para o período 2008- 2012 (MINAS GERAIS, 2008). c) Projeto pedagógico institucional (PPI) da UFMG para o período 2008- 2012 d) Resolução nº. 01/2010, de 23 de fevereiro de 2010, do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), que estabelece a composição do Colegiado do curso de Biomedicina (MINAS GERAIS, 2010). e) Resolução CEPE/UFMG nº. 15/2011, que cria o NDE dos Cursos de Graduação da UFMG (MINAS GERAIS, 2011). 4 Requisitos de acesso A admissão dos alunos no Curso de Biomedicina da UFMG segue as normas do Regimento Geral da UFMG, estabelecidas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE). A seleção dos candidatos às vagas para o curso de Biomedicina será efetuada, exclusivamente, com base nos resultados http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=10889&Itemid= 23 obtidos pelo candidato no ENEM, por meio do SISU, cujo cronograma deverá ser publicado em edital do MEC. Outra opção de ingresso no Curso consiste no preenchimento de vagas remanescentes, pelas modalidades Reopção e a Rematrícula, regulamentada pela Resolução 03/2011 do Colegiado do Curso de Biomedicina, a Transferência e a Obtenção de Novo Título, regulamentadas pela Resolução 05/2007 do CEPE/UFMG. A Reopção pode ser requerida por alunos regulares de outros Cursos da UFMG que desejem transferência para o curso de Biomedicina, sem a necessidade de prestar Vestibular novamente. Como exigência, é necessário ter integralizado entre 35 e 75% dos créditos do curso de origem. A reopção é concedida apenas uma vez. A Rematrícula consiste na possibilidade de retorno do estudante excluído da Universidade desde que tenha integralizado, no mínimo, 50% dos créditos do currículo pleno de seu curso vigente. A Transferência é a modalidade na qual alunos oriundos de outras instituições de ensino superior podem ser admitidos no Curso de Biomedicina da UFMG, desde que haja afinidade do curso original. Como requisito para esta modalidade o candidato deverá ter integralizado 450 horas em sua instituição de origem e ter ainda a cursar no curso da UFMG um número mínimo de horas. Há ainda a Transferência Especial, que pode ser concedida aos servidores públicos federais e seus dependentes diretos,estudantes de instituições públicas, que tenham sido transferidos por exigência do serviço, conforme legislação federal. A Obtenção de Novo Título é a oportunidade oferecida aos diplomados em curso superior reconhecido, independentemente de concurso vestibular, de se matricularem no curso de Biomedicina com aproveitamento dos créditos já obtidos. De acordo com a Resolução no. 03/2004 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE-UFMG), será permitido o ingresso de refugiados políticos na UFMG, como alunos dos Cursos de Graduação. No caso do curso de 24 Graduação em Biomedicina, há disponibilidade de uma vaga, que deve ser preenchida de acordo com o disposto na referida resolução. 25 5. Objetivos 5.1. Objetivo geral Objetivo Geral: Formar biomédicos capacitados para compreender e intervir no processo saúde-doença e com competência técnica para exercer atividades inerentes à profissão de forma ética, cientificamente embasada, articulada com outras áreas da saúde e direcionada à melhoria da qualidade de vida das pessoas e comunidades. 5.2. Objetivos específicos Objetivos Específicos: a) Propiciar a aquisição e compreensão de conhecimentos sólidos de ciências básicas e aplicadas à área biomédica; b) Promover atividades pedagógicas que permitam o desenvolvimento de competências e habilidades específicas necessárias ao desempenho da profissão de Biomédico; c) Garantir a capacitação técnica e científica dos egressos para atuar em prol do desenvolvimento da saúde humana seja no diagnóstico, prognóstico ou acompanhamento do paciente. d) Promover o conhecimento para atuação no saneamento e conservação do meio ambiente; e) Incentivar o senso crítico, a autonomia e a corresponsabilidade dos estudantes pela qualidade de sua formação. 6 Perfil do egresso 26 A Biomedicina é definida como a ciência que conduz estudos e pesquisas no campo de interface entre medicina e biologia, voltada para a pesquisa das doenças humanas, seus fatores ambientais e eco-epidemiológicos, com intuito de encontrar suas causas, prevenções, diagnósticos e tratamentos. As Diretrizes Curriculares definem o Perfil do Profissional Biomédico como: “Biomédico, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, para atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor científico e intelectual. Capacitado ao exercício de atividades referentes às análises clínicas, citologia oncótica, análises hematológicas, análises moleculares, produção e análise de bioderivados, análises bromatológicas, análises ambientais, bioengenharia e análise por imagem, pautado em princípios éticos e na compreensão da realidade social, cultural e econômica do seu meio, dirigindo sua atuação para a transformação da realidade em benefício da sociedade” (Resolução CNE/CES 104/2002)." O profissional Biomédico deve estar apto a realizar estudos e pesquisas clínicas, envolvendo as análises clínicas, genéticas e moleculares de fluidos e tecidos humanos. Os egressos dos Cursos de Biomedicina podem se dedicar à área de análises em laboratórios clínicos, atuar em pesquisas clínicas e experimentais em Universidades e Centros de Pesquisas, na docência em magistério superior e em atividades de biotecnologia, principalmente em indústrias de produção de insumos biológicos e de reagentes para diagnóstico laboratorial. O profissional Biomédico também pode participar de estudos de saneamento do meio ambiente, principalmente voltados à qualidade da água e do ar, bem como, a análise de dejetos de risco para a saúde humana e para o meio ambiente. Tendo como eixo norteador as Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução CNE/CES 104/2002), as competências e habilidades dos graduados em Biomedicina são definidas em caráter geral, inerente à area de saúde como um todo e em caráter específico, contemplando as atribuições do profissional Biomédico: a) Competências e habilidades gerais http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia http://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=An%C3%A1lises_cl%C3%ADnicas&action=edit http://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Molecular&action=edit http://pt.wikipedia.org/wiki/Fluidos 27 - Aptidão para ações de atenção à saúde, por meio da prevenção, promoção, proteção e reabilitação da mesma tanto em nível individual quanto coletivo, de forma integrada e contínua com as demais instâncias do sistema de saúde, com capacidade crítica e iniciativa para solução de problemas. - Capacidade de tomar decisões adequadas para garantir uso apropriado, eficácia e custo efetividade, da força de trabalho, de medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de práticas. - Habilidade de comunicação com outros profissionais de saúde e o público em geral e ciência da confidencialidade de informações em determinadas circunstâncias. - Aptidão para exercer liderança em equipe multiprofissional. - Aptidão para o gerenciamento dos recursos humanos, materiais e estruturais em equipes de saúde. - Capacidade de aprendizado contínuo e responsabilidade para a educação das futuras gerações. b) Competências e habilidades específicas - Respeito aos princípios éticos do exercício profissional. - Atuação nos diferentes níveis de atenção à saúde, de forma integrada com outros profissionais para assegurar bem-estar e qualidade de vida das pessoas, famílias e comunidades. - Reconhecimento da saúde como direito do cidadão e atuação no sentido de garantir a integralidade da assistência nos níveis preventivos e curativos, individuais e coletivos. - Capacidade de contribuir para a manutenção da saúde em qualquer contexto ético, político, social, econômico, ambiental e biológico. - Articulação do exercício da profissão com o contexto social, entendendo-a como uma forma de participação e contribuição social. - Emissão de laudos, pareceres, atestados e relatórios. - Conhecimento de métodos e técnicas de investigação e elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos 28 - Realização, interpretação, emissão de laudos e pareceres e responsabilidade técnica por análises clínico-laboratoriais, incluindo os exames hematológicos, citológicos, citopatológicos e histoquímicos, biologia molecular, bem como análises toxicológicas, dentro dos padrões de qualidade e normas de segurança. - Realização de procedimentos relacionados à coleta de material para fins de análises laboratoriais e toxicológicas. - Atuação na pesquisa e desenvolvimento, seleção, produção e controle de qualidade de produtos obtidos por biotecnologia. - Realização de análises fisico-químicas e microbiológicas de interesse para o saneamento do meio ambiente, incluídas as análises de água, ar e esgoto. - Atuação na pesquisa e desenvolvimento, seleção, produção e controle de qualidade de hemocomponentes e hemoderivados, incluindo realização, interpretação de exames e responsabilidade técnica de serviços de hemoterapia. - Atenção individual e coletiva na área das análises clínicas e toxicológicas. - Gerenciamento de laboratórios de análises clínicas e toxicológicas. - Atuação na seleção, desenvolvimento e controle de qualidade de metodologias, de reativos, reagentes e equipamentos. - Assimilação das constantes mudanças conceituais e evolução tecnológica apresentadas no contexto mundial. - Avaliação e reação, com senso crítico, às informações que estão sendo oferecidas durante a graduação e no exercício profissional. - Formação de um raciocínio dinâmico, rápido e preciso na solução de problemas dentro de cada uma de suas habilitações específicas. - Adoção de espírito crítico e responsabilidade que permitam uma atuação profissional consciente, dirigida para a melhoria da qualidade de vida dapopulação humana. - Exercício do papel de educador, gerando e transmitindo novos conhecimentos para a formação de novos profissionais e para a sociedade como um todo. 7 Princípios teóricos e metodológicos 29 A integralização do Curso de Biomedicina da UFMG demanda um total de 3210 horas de atividades, com estágios obrigatórios supervisionados de 645h, correspondendo a 20% da carga horária total. Essa estrutura contempla as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Biomedicina (Resolução CNE/CES n°2, de 18 de fevereiro de 2003). Em consonância com a Resolução CNE/CP 01/2004 várias disciplinas do Curso de Biomedicina abordam questões étnico-raciais e da cultura afro- brasileira ao longo do currículo. Na disciplina Introdução à Biomedicina, do primeiro período, são apresentados documentos referentes a essas temáticas, com discussão da importância histórica da marginalização de grupos específicos no Brasil e suas consequências na sociedade, em particular na saúde. Na disciplina de Genética, do terceiro período, são abordados aspectos biológicos das diferenças e semelhanças étnicas, discutindo-se o conceito biológico de raça, relacionando-o com genótipos prevalentes em determinadas populações. Também são promovidas discussões sobre questões éticas, permeando o histórico das ideias eugênicas e das lutas e conquistas das diversas etnias e populações mundiais. Na disciplina de Políticas de Saúde, do quinto período, é abordado o histórico das ações e serviços de saúde, considerando-se o acesso aos grupos menos privilegiados da população e suas consequências atuais. A equidade é abordada como diretriz do Sistema Único de Saúde e são discutidos Programas de Saúde para grupos específicos, voltados para a população indígena, idosos, população ribeirinha, dentre outros. Outra disciplina em que a temática étnico-racial é discutida é a de Ética e Legislação Biomédica, que inclui em seu conteúdo a legislação na pesquisa clínica sobre direitos de grupos específicos, como quilombolas e indígenas. Na disciplina de Hematologia Clínica são abordados conteúdos relacionados às principais doenças hematológicas que afetam grupos étnico- raciais distintos. Na disciplina optativa Desenvolvimento embrionário e Exames laboratoriais relacionadossão incluídos conteúdos que abordam as anomalias congênitas e susceptibilidade de desenvolvimento das mesmas por grupos étnico-raciais distintos. No primeiro semestre de 2018, foi criada a disciplina de Saúde, Gênero e Sexualidade onde temas relacionados à saúde em vários determinantes populacionais como a população LGBT, mulher negra http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ces022003.pdf http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ces022003.pdf 30 e quilombola, população indígena, mulher em situação de vulnerabilidade e população em situação de rua foram abordados. Em relação à Resolução CNE/CP 2/2012, que estabelece Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Ambiental, a relação da Biomedicina com a preocupação ambiental é abordada já no primeiro período, na disciplina de Introdução à Biomedicina, uma vez que as atividades do Biomédico envolvem geração de resíduos químicos e biológicos que podem impactar o ambiente e a saúde. Essa temática também é abordada na disciplina de Química Geral, no mesmo período. Posteriormente, na Microbiologia Básica Biomedicina no 3° período, aspectos biológicos e ecológicos de microrganismos de interesse clínico e ambiental são discutidos no conteúdo programático. Na Parasitologia Humana, do 4° período, aspectos epidemiológicos das parasitoses humanas são discutidos, destacando-se algumas parasitoses em que as alterações ambientais resultam em aumento de incidência. A partir do 5° período, todas as disciplinas de conhecimento aplicado (Imunologia, Citologia, Bacteriologia, Bioquímica, Micologia, Parasitologia e Hematologia Clínicas, Biologia Molecular Aplicada, Radioisótopos e Gestão da Qualidade do Laboratório Clínico) abordam, em seus conteúdos, questões de biossegurança e descarte correto de resíduos em serviços de saúde, visando preservar o ambiente. Além disso, diversas disciplinas optativas também apresentam em seus conteúdos a temática de educação ambiental (Toxicologia Ambiental, Introdução à Ciência do Ambiente, Qualidade da Água e Saúde Ambiental e Gerenciamento de Resíduos de Saúde). Dessa forma, a educação ambiental é amplamente abordada de forma transversal no currículo do curso de Biomedicina. O currículo do Curso de Biomedicina da UFMG também têm inseridos, em sua estrutura, conteúdos relacionados aos Direitos Humanos, conforme preconiza a Resolução CNE/CP 01/2012. Na disciplina de Introdução à Biomedicina, no primeiro período, essa temática é pontuada, considerando a relação do futuro profissional com o paciente. Ainda no primeiro período, na disciplina de Anatomia Humana Básica, são pontuadas questões gerais de humanização, conduta ética, respeito ao cadáver e direitos humanos. Na disciplina de Políticas de Saúde e também na disciplina de Saúde, Gênero e Sexualidade, 31 os Direitos Humanos, em particular o direito à saúde, é amplamente abordado dentro dos princípios doutrinários e organizativos do Sistema Único de Saúde. Na disciplina de Ética e Legislação Biomédica, no sexto período, essa questão é explorada em conteúdos referentes aos princípios da dignidade humana, relação entre direitos humanos e ética, legislação sobre pesquisa científica utilizando seres humanos e papel do Biomédico na Saúde Pública. Na disciplina Desenvolvimento embrionário e Exames laboratoriais relacionados são abordadas questões relacionadas ao aborto e aos direitos humanos. Ainda como forma de efetivação da Educação em Direitos Humanos e reconhecimento e valorização das diferenças e diversidades da pessoa humana, o Curso conta com a disciplina optativa de Fundamentos de Libras. Além de contemplar as Diretrizes Curriculares Nacionais e Legislações vigentes, o Curso de Biomedicina busca adotar, em suas práticas pedagógicas, os princípios institucionais propostos pela UFMG, conforme, aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão desta Instituição em 29 de março de 2007. Dentre estes princípios, a flexibilidade curricular está inserida no modelo organizacional do currículo do Curso, baseado na premissa de que o aluno tem a autonomia para propor o percurso de acordo com as alternativas de trajetória disponíveis. Ainda conforme o Projeto Pedagógico Institucional6, os currículos devem estar pautados em: - consistência e qualidade dos projetos acadêmicos, propiciando aos alunos liberdade de acesso ao conhecimento, autonomia intelectual, capacidade de aprendizagem continuada, atuação ética e formação em sintonia com as necessidades regionais e nacionais - inserção internacional de alunos de graduação em programas de mobilidade discente - a revitalização permanente com base em avanços conceituais e metodológicos 6 Contextualizado a partir de: MINAS GERAIS. Universidade Federal. Plano de Desenvolvimento Institucional: 2013-2017. Belo Horizonte, 2013. Disponível em: <http://www.ufmg.br/conheca/pdi_ufmg.pdf>. Acesso em: ago 2015. http://www.ufmg.br/conheca/pdi_ufmg.pdf 32 - estímulo ao desenvolvimento de projetos e programas inter, multi e transdisciplinares - integração permanente e efetiva entre os níveis e modalidades de ensino, pesquisa e extensão. No contexto destas diretrizes, a estrutura curricular do Curso de Biomedicina favorece a oferta/integralização de atividades acadêmicas em projetos de ensino, pesquisa e extensão, incentivada por meio de programas institucionais que oferecem bolsas acadêmicas de Monitoria, de Iniciação Científica e de Extensão, mediante seleção e regras pré-estabelecidas. Os estudantes contamainda com a possibilidade de participação no Programa de Educação Tutorial (PET), que oferece bolsas na linha temática Saúde e Ambiente, em projeto que integra vários cursos da área da saúde. Desta forma, a participação dos estudantes nestas atividades oferece um diferencial na sua formação, em consonância com as diretrizes institucionais: a monitoria estimula a fixação de conteúdos, o senso crítico e aprendizagem continuada, com a possibilidade de contribuir no processo de ensino- aprendizagem; a Iniciação Científica desenvolve a autonomia e permite a experiência na produção do saber científico; a Extensão e a participação no grupo PET viabilizam a associação do conhecimento acadêmico às demandas da comunidade, além de estimular a integração inter, multi e transdisciplinares de saberes. O estudante do Curso pode ainda se candidatar a programas acadêmicos internacionais, dentre os quais merece destaque o Minas Mundi e o Programa Ciência Sem Fronteiras, que oferecem a oportunidade de formação pessoal, acadêmica e profissional em instituições estrangeiras, contemplando assim as metas de inserção internacional da UFMG, conforme proposta do PDI 2013- 2017 da UFMG. Em consonância com essas metas, o Curso prevê o aproveitamento das atividades realizadas no intercâmbio acadêmico, na forma de disciplinas de conteúdo variável, mediante apresentação da documentação de intercâmbio e análise/parecer do Colegiado. Aliada à política institucional de programas acadêmicos que contribui para operacionalizar um currículo flexível e integrativo, o curso prevê também a 33 possibilidade de o aluno cursar disciplinas optativas oferecidas na Faculdade de Farmácia ou outras unidades para complementar a sua formação. Desta forma, o estudante pode ampliar seu entendimento sobre a relação de sua área de formação com outras áreas de conhecimento, uma vez que alguns conhecimentos vão além das áreas específicas de formação. Em suma, a estrutura curricular do Curso de Biomedicina visa à formação crítica e reflexiva do egresso, contemplando não somente a aquisição de conteúdos como também o desenvolvimento de atitudes formativas que o preparem para atuar em um mercado de trabalho em constante diversificação. 8. Organização Curricular O currículo, entendido como o conjunto de atividades acadêmicas que possibilitam a integralização do Curso de Biomedicina, foi estruturado de maneira flexível, com diversidade de conhecimentos que se integram no sentido de proporcionar os meios capazes de possibilitar ao egresso a inserção no meio profissional. O curso é organizado em períodos semestrais que totalizam a carga horária de 3210 horas, propiciando a formação do bacharel em Biomedicina. Os períodos possuem aulas de 50 minutos durante 18 semanas para que cada crédito de disciplina corresponda a 15 horas, conforme padrão estabelecido pela UFMG. Algumas disciplinas apresentam turmas compartilhadas com o curso de Farmácia Noturno. As unidades curriculares se inserem nas seguintes grandes áreas: Ciências Exatas - incluem-se os processos, os métodos e as abordagens físicos, químicos, matemáticos e estatísticos como suporte à biomedicina. Ciências Biológicas e da Saúde – incluem-se os conteúdos (teóricos e práticos) de bases moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da estrutura e função dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos, bem como processos bioquímicos, microbiológicos, imunológicos e genética molecular, em todo desenvolvimento do processo saúde-doença, inerentes à biomedicina. 34 Ciências Humanas e Sociais – incluem-se os conteúdos referentes às diversas dimensões da relação indivíduo/sociedade, contribuindo para a compreensão dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicológicos, ecológicos, éticos e legais e conteúdos envolvendo a comunicação, a informática, a economia e gestão administrativa em nível individual e coletivo. Ciências da Biomedicina – incluem-se os conteúdos teóricos e práticos relacionados com a saúde, doença e meio ambiente, com ênfase nas áreas de citopatologia, genética, biologia molecular, eco-epidemiologia das condições de saúde e dos fatores predisponentes à doença e serviços complementares de diagnóstico laboratorial em todas as áreas da biomedicina. A organização das disciplinas é de responsabilidade da Faculdade de Farmácia e das outras unidades da UFMG, constituídas pelo Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Instituto de Ciências Exatas (ICEX), Escola de Engenharia (EE-DESA) e Faculdade de Ciências Econômicas (FACE). As atividades acadêmicas do curso podem ser categorizadas de modo a estabelecer um Núcleo de Formação Específica Comum, constituído de disciplinas de conhecimento básico e daquelas de conhecimento diretamente aplicado à área de atuação do biomédico e um Núcleo de Formação Complementar, que inclui disciplinas para incrementar a Formação Específica Comum, mediante a trajetória/percurso escolhido pelo aluno (Tabela 1). Tabela 1 – Distribuição das disciplinas obrigatórias e optativas do Curso de Biomedicina da UFMG por período acadêmico* Período Código Atividade Acadêmica Natureza Créditos Carga Horária 1 o UNI030 Introdução à Biomedicina OB 2 30h MOF034 Citologia e Histologia F OB 5 75h QUI203 Química Geral F OB 4 60h QUI204 Química Geral Experimental F OB 2 30h MOF009 Anatomia Humana Básica OB 3 45h 2 o BIG028 Genética F OB 3 45h EST083 Bioestatística Básica F OB 2 30h BIQ050 Bioquímica Celular F OB 5 75h FIB034 Biofísica B OB 2 30h QUI205 Química Inorgânica F OB 2 30h OP Carga Optativa OP 6 90 35 3 o QUI207 Química Orgânica F OB 4 60h FIB035 Fisiologia F OB 6 90h QUI208 Química Analítica F OB 7 105h BIQ602 Imunologia Básica OB 3 45h 4 o MIC120 Microbiologia Básica OB 4 60h PAR015 Parasitologia Humana F OB 3 45h BIQ058 Biologia Molecular F OB 2 30h PAG011 Patologia Geral F OB 6 90h FAR024 Farmacologia F OB 4 60h OP Carga Optativa OP 1 15h 5 o ACT613 Bioquímica Clínica I OB 6 90h ACT602 Citologia Clínica OB 4 60h ACT017 Biologia Molecular Aplicada OB 3 45h ACT605 Imunologia Clínica OB 4 60h OP Carga Optativa OP 3 45h 6 o ACT010 Bacteriologia Clínica OB 6 90h ACT081 Toxicologia Ambiental OB 4 60h ACT601 Bioquímica Clínica II OB 6 90h OP Carga Optativa OP 4 60h 7 o ACT606 Parasitologia Clínica OB 5 75h ACT616 Radioisótopos em Diagnóstico OB 3 45h ACT072 Micologia Clínica OB 4 60h ACT045 Hematologia Clínica OB 8 120h 8 o FAS012 Políticas de Saúde OB 2 30h ACT026 Ética e Legislação Biomédica OB 2 30h ALM027 Bromatologia OB 5 75h FAS028 Epidemiologia OB 3 45h ACT047 Atividade Integradora OB 2 30h OP Carga Optativa OP 6 90h 9 o ACT018 Gestão da Qualidade no Laboratório Clínico OB 2 30h Estágio em Ciências Biomédicas I OB 15 225h OP Carga Optativa OP 1 15h FL Carga de Formação Livre FL 2 30h 10 o Estágio em Ciências Biomédicas II OB 14 210h OP Carga Optativa OP 4 60h FL Carga de Formação Livre FL 2 30h 11 0 Estágio em Ciências Biomédicas III OB 14 210h Monogradia de Conclusão de Curso OB 2 30h OP Carga Optativa OP 2 30h * Linhas em destaque (fundo cinza) representam as unidades curriculares do Núcleo de Formação Complementar, as demais, do Núcleo de Formação Específica Comum. Todos os alunos matriculados no Curso de Biomedicina, independentemente do percurso adotado dentro das opções de formação disponíveis, devem obrigatoriamente passar pelas atividades acadêmicas do Núcleo de Formação 36 Específica Comum. Neste núcleo, portanto, estão inseridas as disciplinas obrigatórias, estando entre elas, àquelas relativas ao estágio supervisionado - denominado Treinamento Profissional - que contabilizam 645 h ou 20% da carga horária total do Curso, e o Trabalho de Conclusão do Curso, denominadoTrabalho Integralizador Multidisciplinar. Duas disciplinas destinadas a consolidar a integração dos saberes, denominadas Atividade Integradora A e Atividade Integradora B, também estão contemplados neste Núcleo Comum. No Núcleo de Formação Complementar é contemplado um elenco de disciplinas disponíveis para escolha do estudante, fechando a carga horária que lhe permitirá integralizar os créditos, seguindo uma trajetória definida de acordo com seu interesse pessoal de formação. A carga horária do Núcleo de Formação Complementar é dividida entre disciplinas de diferentes naturezas, definidas a seguir: a) Disciplinas optativas (OP): grupo de disciplinas listado na matriz curricular do curso que tratam de conteúdos que visam complementar os temas abordados nas disciplinas obrigatórias. O aluno pode, portanto, escolher quais as disciplinas que deseja cursar. Todavia, há uma carga horária mínima, definida para cada percurso preestabelecido (ver item seguinte), que deve ser cumprida para a integralização do curso. Assim, alunos que optam pelo percurso Saúde e Ambiente devem cursar 240h (16 créditos) de disciplinas definidas dentro do grupo G1 (disciplinas optativas específicas da formação complementar pré-estabelecida em Saúde e Meio Ambiente); se optarem por formação pré-estabelecida em Gestão e Administração, devem cumprir 240 h do grupo G2 (disciplinas optativas específicas da formação complementar pré- estabelecida em Gestão e Administração). As disciplinas optativas gerais do curso de Biomedicina são definidas dentro do grupo G9. b) Disciplinas de Formação Complementar Aberta (FCA): são disciplinas que não estão presentes no elenco de Optativas do Curso, ministradas em outras Unidades da UFMG e pertencentes a áreas afins à Biomedicina. As disciplinas desta modalidade são propostas pelo aluno de acordo com seu interesse pessoal, mas devem ser aprovadas pelo Colegiado, devendo somar 240h (16 créditos). 37 c) Disciplinas de Formação Livre (FL): são disciplinas que não constam da matriz curricular do curso e que são escolhidas livremente pelo aluno, ou seja, sem a necessidade de aprovação pelo Colegiado. Estas disciplinas geram a oportunidade do aluno complementar a sua formação, em qualquer campo do conhecimento, com base estritamente em seu interesse individual, sendo objeto de aproveitamento de créditos. Dentro desta modalidade o aluno poderá cumprir carga horária de 60 horas (4 créditos) em atividades acadêmicas curriculares de quaisquer cursos já existentes na UFMG, independentemente da conexão conceitual com a linha básica de atuação do curso. As atividades livres propiciam maior versatilidade na formação e podem ser úteis na definição do perfil do aluno, tanto para responder a um anseio de fundamentação acadêmica, como para atender demandas da sociedade. É importante destacar que o Núcleo de Formação Complementar viabiliza a operacionalização da flexibilidade curricular proposta pelas diretrizes institucionais, mantendo, ao mesmo tempo, a identidade da formação do Biomédico dentro de suas competências e habilidades. Neste sentido, a estrutura do Curso é organizada na forma de Percursos curriculares, conforme descrito e detalhado no item seguinte. 8.1. Percursos Curriculares Ao ingressar no curso, todos os alunos do Curso de Biomedicina estão vinculados à opção de percurso denominada Bacharelado com Formação Livre. A partir do 5o período, eles devem definir sua trajetória realizando a opção pelo Percurso Curricular. Independentemente do percurso escolhido, todos os alunos cursam todas as disciplinas obrigatórias e precisam cumprir uma carga horária de 60 horas em Formação Livre e também uma carga horária de 405 horas em disciplinas optativas. As disciplinas optativas estão classificadas em grupos para atender às diferentes opções de formação complementar, que são descritas abaixo: 1o - Bacharelado com Formação Livre: Este percurso provê uma formação padrão de Biomédico, destinada aos alunos que pretendem uma certificação sem desejar complementá-la com formações complementares. O aluno que 38 optar por se manter neste percurso cursa as disciplinas do Núcleo de Formação Específica Comum e cursa também disciplinas optativas para integralizar a carga horária total do curso. Ele as escolhe livremente dentre as oferecidas na grade curricular do Curso para integralizar um total de 405 horas. 2o- Bacharelado com Formação Complementar Aberta: Este percurso é voltado para o desenvolvimento da formação em áreas de atuação profissional não contempladas nas opções de formação complementar pré-estabelecidas do curso. Ele dá ao aluno a liberdade de complementar sua formação com uma carga horária de 240 horas em área relacionada à Biomedicina. O aluno, com o auxílio de um professor-orientador propõe um percurso de Formação Complementar Aberta composto por disciplinas da UFMG que não façam parte da matriz curricular do curso. Para garantir que a escolha do aluno mantenha afinidade com o Curso de Biomedicina, a proposta deve ser aprovada pelo Colegiado. Em síntese, o aluno que adota este percurso atende às disciplinas do Núcleo de Formação Específica Comum e escolhe 60 horas em disciplinas de Formação Livre, 165 horas dentre as disciplinas optativas G9 listadas na matriz curricular e também 240 horas em disciplinas de Formação Complementar Aberta. 3o- Bacharelado com Formação Complementar em Saúde e Meio Ambiente: Constitui uma das opções de formação complementar pré- estabelecida que pretende fornecer ao Biomédico o estudo aprofundado das questões relativas à interação entre seres vivos e meio ambiente e do papel desta interação na preservação das condições de saúde do ser humano. Em síntese, o aluno que opta por este percurso realiza as disciplinas do Núcleo de Formação Específica Comum, escolhe 60 horas em disciplinas de Formação Livre e 405 horas dentre as disciplinas optativas listadas na matriz curricular. Porém, destas ele deve, obrigatoriamente, cursar uma carga horária de 240 horas dentre as que pertencem ao grupo G1, Saúde e Meio Ambiente. 4o- Bacharelado com Formação Complementar em Gestão e Administração: Constitui outra proposta de formação complementar pré- estabelecida. Esta formação é oferecida no sentido de formar Biomédicos para ocuparem cargos de gestores a frente de laboratórios, indústrias e empresas ligadas às atividades biomédicas, incluindo Laboratórios de Análises Clínicas, 39 Toxicológicas, de Alimentos, Indústrias Alimentícias, Insumos Biológicos, Indústrias de Reagentes para diagnóstico laboratorial, Centros de Hemoterapia, etc. Da mesma forma que os demais percursos, demanda a realização de disciplinas do Núcleo de Formação Específica Comum, de 60 horas de disciplinas de Formação Livre e 405 horas de disciplinas optativas. Porém, no elenco de optativas oferecidas dentro da grade curricular do Curso, deve-se obrigatoriamente cursar uma carga horária definida (240h) dentro daquelas que pertencem ao grupo G2, Gestão e Administração. Em quaisquer dos percursos, o aluno deve cumprir 3210 horas, sendo, 2745 horas do Núcleo de Formação Específica Comum e 465h do Núcleo de Formação Complementar. A distribuição da carga horária em relação ao Núcleo de Formação, natureza de disciplinas e tipo de percurso está organizada conforme Tabela 2. Tabela 2 – Distribuição de carga horária no Curso de Biomedicina da UFMG, de acordo com o Percurso formativo e modalidade de disciplinas Percursos Núcleo Form. Espec. Comum Núcleo Formação Complementar TOTAL OB OP FCA FL CH C CH C CH C CH C CH C 1-Livre 2745h 183 405h 27 - - 60h 2 3210h 214 2- Aberta 2745h 183 165h 11 240h a 16 60h 2 3210h 214 3- Saúde e M. Ambiente 2745h 183 405h b 27 - - 60h 2 3210h 214 4- Gestão e Administração 2745h 183 405h c 27 - - 60h 2
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