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TEMA 7

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SINTAXE DO PORTUGUÊS II
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
DESENVOLVIDAS – PARTE II
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Olá!
Nesta aula, veremos o restante das orações subordinadas adverbiais desenvolvidas classificadas como finais,
conformativas, temporais, comparativas, proporcionais, modais e locativas. Assim como na aula anterior,
veremos que essas orações expressam circunstâncias típicas do advérbio e que, diferentemente do que
apregoam algumas gramáticas, para classificá-las, devemos considerar aspectos semânticos em lugar de decorar
listas de conjunções. Bons estudos!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Distinguir as orações subordinadas adverbiais desenvolvidas em conformativas, finais, proporcionais,
temporais e comparativas;
2. Entender a classificação das orações adverbiais não previstas pela NGB em locativas e modais.
Agora, vamos conhecer outros tipos de orações subordinadas adverbiais.
• Conformativas: As orações subordinadas adverbiais conformativas introduzem orações que exprimem 
um fato em conformidade com outro expresso na oração principal.
Ou seja, o valor assimilativo da conjunção permite estabelecer uma comparação entre dois fatos, indicando que o
conteúdo de uma das orações confirma o conteúdo da outra.
Conjunções: (as três últimas com valor de ‘conforme’).conforme, como, segundo, consoante
Exemplos:
- Nossa filha não tem estudado .conforme havia prometido
- Como se costuma proceder, a aluna foi suspensa por 10 dias.
• Finais: As orações subordinadas introduzem orações que exprimem a intenção, o objetivo, a finalidade 
da declaração expressa na oração principal.
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Algumas conjunções finais: .para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que)
Exemplos:
- Você fez de tudo .para que ele não chegasse a tempo
- A fim de que chegasse rápido, pegou um táxi.
• Proporcionais: As orações subordinadas proporcionais introduzem orações que exprimem um fato que 
ocorre, aumenta ou diminui na mesma proporção daquilo que se declara na oração principal.
As conjunções proporcionais apresentam dois fatos que ocorrem paralelamente, havendo uma relação de causa e
efeito entre eles.
Algumas conjunções proporcionais: à medida que, na medida em que, à proporção que, ao passo que.
Também são usadas as estruturas correlativas: quanto mais/menos ... mais/menos,... tanto mais/menos
...
Exemplos:
- Ao passo que envelhece, fica cada vez mais bonita.
- Quanto mais estudamos, mais aprendemos.
• Temporais: As orações subordinadas temporais introduzem orações que exprimem o tempo da 
realização do fato expresso na oração principal. Ou seja, definimos a posição, no tempo, do que está 
expresso na oração principal.
Algumas conjunções e locuções temporais: antes que, primeiro que, depois que, quando, logo que, tanto
que, assim que, desde que, apenas, mal, eis que, senão, todas as vezes que, (de) cada vez que, sempre que,
.enquanto, até que
Exemplos:
- Ele já tinha nascido .quando comprei o carro
- Enquanto caminhávamos, pensava em tudo o que vi.
• Comparativas: A oração subordinada adverbial comparativa associa duas ideias ou fatos em relação a 
um aspecto de referência comum. A comparação pode vir implícita no texto.
Conjunções: .tão... como (quanto), mais (do) que, menos (do) que
Exemplos:
- As brasileiras dançam .mais do que as europeias
= A coragem dele é tão grande (é). [Neste caso, a comparação está implícita.]quanto a inteligência dele
• Comparação intensiva: Construção sintática utilizada para quantificar uma propriedade comum a dois 
ou mais objetos.
Nesse caso, tanto se pode destacar a igualdade da quantificação expressa por meio de –tanto/tão ... quanto
como a diferença – expressa por meio de . Por isso, a comparação pode ser:mais/menos ... do que
De igualdade – O menino é tão esperto quanto a menina.
De superioridade – O menino é mais esperto do que a menina.
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De inferioridade – O menino é menos esperto do que a menina.
• Comparação assimilativa: Ocorre quando a comparação se refere à semelhança existente entre os 
conteúdos comparados.
Essa forma de comparação é construída geralmente com a conjunção como, precedida ou não do advérbio ,assim
e expressa uma relação semântica e sintática muito próxima da coordenação aditiva. Pode ocorrer também essa
relação com as conjunções e .da mesma forma que tanto quanto
1 Orações subordinadas adverbiais que não figuram na 
NGB.
• Locativas: As orações subordinadas adverbiais locativas aparecem sempre sob a forma desenvolvida, 
sem conjunção e introduzidas por onde.
Exemplos:
- Ela mora .onde meu pai morava
- Nós gostaríamos de viajar .para onde nossos irmãos foram
• Modais: As orações subordinadas adverbiais modais introduzem uma oração que exprime o modo, a 
maneira pela qual se executou o fato expresso na oração principal.
Rocha Lima (1998, p. 283) afirma que: O modo (juntamente com o e o ) é a mais fundamental dastempo lugar
circunstâncias. Mas, em português, assim como não existem conjunções locativas, assim também não existem
.conjunções modais
Esse autor afirma que não há orações subordinadas adverbiais modais desenvolvidas, fato debatido por outros
autores, conforme os exemplos a seguir.
Algumas conjunções modais: .sem que, como
Exemplos:
- Chegou atrasado .sem que ninguém percebesse
- Quero viajar nas férias .sem que nada me aborreça
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Saiba mais
Leia mais sobre as orações subordinadas adverbiais no blog Veredas da Língua. Disponível em:
http://veredasdalingua.blogspot.com/2013/01/oracoes-subordinadas-adverbiais.html
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O que vem na próxima aula
Orações subordinadas adverbiais reduzidas.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Distinguiu as orações subordinadas adverbiais desenvolvidas em conformativas, finais, proporcionais, 
temporais, comparativas;
• Entendeu a classificação das orações adverbiais não previstas pela NGB em locativas e modais.
Referências
AZEREDO, José Carlos de. . 2ª ed. São Paulo: Publifolha, 2008.Gramática Houaiss da Língua Portuguesa
______. . 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.Fundamentos da Gramática do Português
BECHARA, Evanildo. . 37ª ed. revista e ampliada. Rio de Janeiro: Lucerna, 2000.Moderna gramática portuguesa
CASTILHO, Ataliba de. . São Paulo: Nova gramática do português brasileiro Contexto, 2010.
CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley. . 2ª ed. Rio de Janeiro: NovaNova gramática do português contemporâneo
Fronteira, 1985.
GARCIA, Othon M. . 17ª. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1997.Comunicação em prosa moderna
HENRIQUES, Claudio Cezar. : estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.Sintaxe
KURY, Adriano da Gama. . 6ª ed. São Paulo: Ática, 1993.Novas lições de análise sintática
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	Olá!
	
	1 Orações subordinadas adverbiais que não figuram na NGB.
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO
	Referências

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