Buscar

COMANDOS_ELETRICOS_O_Seu_Guia_Pratico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 268 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 268 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 268 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Nome da obra: 
Guia Prático e Definitivo de Comandos Elétricos
AUTOR:
SANDRO ZANDER SOARES NOGUEIRA
CPF: 071.298.367-84
RG: 11052717-3 
CIDADE: RIO DE JANEIRO 
ANO 2019
luizl@weg.net
1
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
Comandos Elétricos
O Seu Guia Prático e Definitivo 
Rio de Janeiro
Edição do autor
2019
1ª edição
2
Sandro Zander Soares Nogueira
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
Comandos Elétricos
O Seu Guia Prático e Definitivo
3
Todos os esforços foram feitos
para creditar devidamente os detentores dos
direitos das imagens utilizadas neste livro.
Eventuais omissões de credito e copyright não
são intencionais e serão devidamente
solucionadas nas próximas edições, bastando que
seus proprietários contatem o autor/editor.
Direitos autorais de
propriedade exclusiva do autor. É proibida a
reprodução parcial ou total, sem a expressa
autorização do autor. A violação dos direitos
autorais é crime estabelecido na lei nº 9.610/98
e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
4
À minha esposa, minha mãe, meu irmão e meus amigos;
Aos meus alunos do curso Comandos Elétricos Expert, do curso Instalações Elétricas e do curso 
Técnico em Eletrotécnica;
Aos fabricantes ABB, COEL, DF, Finder, Leroy-Somer, Mar-Girius, Metaltex, Montrel, GE, SCHMERSAl, 
Schneider Electric, Siemens, Steck, WEG e demais empresas pela permissão da reprodução das 
figuras, tabelas e exemplos usados nesta obra; 
A Deus por me conceder saúde, força, resiliência e saúde física e mental para concluir mais esse 
objetivo.
Agradecimentos
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
Sumário
Capitulo 1 – Redes e Ramais - 09 
1.1 Características das Redes Trifásicas – 09
1.2 Tipos de redes e ramais trifásicos – 10
1.3 Condições de Funcionamento das Redes e Ramais Trifásicos – 11
1.4 Análise de Defeitos – 11
1.5 Dimensionamento – 16
1.6 Tabelas - 18
Capítulo 2 – Sistemas e Dispositivos de Proteção
2.1 Aterramento – 21
2.1.1 Conceitos importantes – 22
2.1.2 Esquemas de Aterramento - 23
2.1.3 Dispositivo Diferencial Residual – 26
2.1.4 Características dos DRs – 27
2.1.5 Tipos de ligações – 26
2.1.6 Esquemas de ligação – 28
2.2 DPS – 30
2.2.1 O raio – 30
2.2.2 DPS – 30
2.2.3 Funcionamento do DPS – 31
2.2.4 Classes dos DPS – 32
2.2.5 Especificações – 32
2.2.6 Tipos de ligação – 34
2.2.7 Instalação – 35
2.3 Fusíveis – 36
2.3.1 Classificação dos fusíveis – 37
2.3.2 Características dos fusíveis – 38
2.3.3 Funcionamento – 39
2.3.4 Análise de defeitos – 39
2.3.5 Identificação de defeitos – 40
2.3.6 Correção de defeitos – 41
2.3.7 Dimensionamento – 42
2.4 Disjuntor Termomagnético – 44
2.4.1 Funcionamento – 44
2.4.2 Curvas de disparo – 45
2.4.3 Características – 46
2.4.4 Dimensionamento - 48
2.5 Disjuntor Motor – 49
5
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
Sumário
Capítulo 3 – Motores Elétricos - 51
3.1 Motores Monofásicos - 51
3.1.1 Motor Universal – 51
3.1.2 Motor de Campo Distorcido – 52
3.1.3 Motor de Repulsão – 54
3.1.4 Motor de Fase Auxiliar – 55
3.1.5 Polarização de Motor de Fase Auxiliar – 60
3.2 Motores Trifásicos – 64
3.2.1 Motor de Rotor Bobinado - 64
3.2.2 Motor de Indução trifásico – 65
3.2.2.1 Ligações e Fechamentos - 65
3.2.2.2 Características - 68
3.2.3 Motor Dahlander – 74
3.2.3.1 Funcionamento – 74
3.2.3.2 Tipos de ligações – 75
3.2.3.3 Identificação – 76
3.2.4 Análise de Defeitos – 77
3.3 Motor de Corrente Contínua - 81
3.3.1 Motor Série - 82
3.3.2 Motor Paralelo (Shunt) – 82
3.3.3 Motor Misto (Coumpond) – 83
Capitulo 4 – Transformadores - 85
4.1 Transformadores Abaixadores – 86
4.2 Transformadores Elevadores – 86
4.3 Transformadores Isoladores – 86
4.4 – Associação de Transformadores Monofásicos – 87
4.5 Transformador para circuitos de comandos – 88
4.6 Transformador de Corrente – TC – 88
4.7 Transformador de Potencial – TP – 89
4.8 Autotransformador - 90
Capítulo 5 – Dispositivos de Comandos Elétricos - 91
5.1 Contatores – 91
5.1.1 Funcionamento – 93
5.1.2 Características – 94
5.1.3 Dimensionamento – 96
5.2 Relé Térmico – 98
5.2.1 Funcionamento – 98
5.2.2 Ligação – 99
5.2.3 Dimensionamento – 100
5.2.4 Regulagem – 101
6
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
Sumário
5.3 Botões de Comandos – 103
5.3.1 – Tipos - 103
5.3.2 – Características – 104
5.3.3 – Funcionamento – 105
5.4 Sinalizadores – 106
5.4.1 Sinalização sonora – 106
5.4.2 Sinalização visual – 106
5.5 Relé Temporizador - 107
5.5.1 Modelos – 107
5.5.2 Tipos – 107
5.5.2.1 Funcionamento – 108
5.5.3 Teste de Funcionamento – 108
5.6 Relé Falta de Fase – 110
5.6.1 Funcionamento – 110
5.7 Relé Sequência de Fase – 110
5.7.1 Funcionamento – 110
5.8 Chaves Fim de Curso – 111
5.8.1 Funcionamento – 111
5.8.2 Característica – 112
Capítulo 6 – Simbologias - 113
6.1 Siglas – 113
6.2 Simbologias Literais – 115
6.3 Simbologias das Grandezas Elétricas Fundamentais – 116
6.4 Simbologias de uso geral – 117
6.5 Simbologias dos Componentes dos circuitos – 118
6.6 Simbologias dos dispositivos de sinalização visual e sonora – 120
6.7 Simbologias dos instrumentos de medidas – 121
6.8 Simbologias das bobinas e relés de comandos – 122
6.9 Simbologias dos contatos e peças – 124
6.10 Simbologias dos elementos de comandos – 125
6.11 Simbologias dos dispositivos de comandos e de proteção – 126
6.12 Simbologias dos motores e geradores – 127
6.13 Simbologias dos transformadores – 128
6.14 Simbologias dos dispositivos de partidas - 129
Capítulo 7 – Diagramas e Chaves de Partidas de Motores - 132
7.1 Chave de Partida Simples – 132
7.2 Chave de Partida Simples com Disjuntor – 134
7.3 Chave de Partida Simples com Sinalização – 136
7.4 Chave de Partida Simples com Relé Sequência de Fase - 141
7.5 Chave de Partida Simples com Relé Falta de Fase – 142
7.6 Chave de Partida Simples com Relés Falta e Sequência de Fase – 143
7
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
7.7 Chave de Partida Simples com Comando à Distância – 145
7.8 Chave de Partida Sequencial de motores – 150
7.9 Chave de Partida Sequencial de motores com proteção individual – 155
7.10 Chave de Partida Sequencial automática de motores com proteção individual – 162
7.11 Chave de Reversão Semi-Automática – 169
7.12 Chave de Reversão Semi-Automática com Bloqueio de Contatos e Botões - 177
7.13 Chave de Reversão com Bloqueio de Contatos e Botões com Sinalização – 183
7.14 Chave de Reversão para Motor Monofásico de 6 terminais/127v – 191
7.15 Chave de Reversão para Motor Monofásico de 6 terminais/220v – 196
7.16 Chave Estrela-Triângulo Automática – 201
7.17 Chave Estrela-Triângulo Automática com Contator Auxiliar – 207
7.18 Chave Estrela-Triângulo Automática com Reversão – 213
7.19 Chave Compensadora Automática – 220
7.20 Chave Compensadora Automática com Reversão – 225
7.21 Motor Dahlander com Comutação de Velocidade por Botões - 233
7.22 Motor Dahlander com Comutação de Velocidade e Reversão por Botões – 239
7.23 Chave para Motor Trifásico de Rotor Bobinado – 249
7.24 Chave para Motor Trifásico de Rotor Bobinado com Reversão – 256
Bibliografia – 270
8
Sumário
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
REDES E RAMAIS
Rede Trifásica:
Rede Trifásica, também chamada de circuito de
alimentação trifásico, é fornecida por um gerador
CA (Corrente Alternada) que produz três fases
distintas com tensão iguais, porém separadas
(defasadas 120 graus uma das outras).
Embora os circuitos monofásicos sejam
amplamente usados, a maior parte da geração e
distribuição é trifásica, isso porque a geração e
distribuição trifásica exigem condutores com
menor seção transversal (bitola),
consequentemente mais leves, para a mesma
especificação de potência; a rede trifásicatambém permitem flexibilidade na escolha das
tensões e podem ser usados para cargas
monofásicas. Os equipamentos trifásicos
possuem dimensões menores, são mais leves e
mais eficientes que às máquinas monofásicas da
mesma capacidade.
Características das Redes Trifásicas:
1 – Quanto ao número de condutores –
As redes trifásicas podem ser:
A três fios, com três fases diferentes,
representadas pelas letras R–S–T ou L1–L2–L3
para identifica-las.
A quatro fios, com três fases diferentes e o
condutor neutro, representadas pelas letras R–
S–T–N
2 – Quanto à tensão nominal –
Os valores de tensão nominal são especificados
pelas concessionárias de energia elétrica. Os
valores mais usuais para as redes são: 220v,
380v, 440v, 660v, 760v.
Esses valores são obtidos medindo duas fases
diferentes, ou seja, entre as (R-S), (S-T) e (T-
R).
A tensão medida entre duas fases é chamada
Tensão de Linha.
Quando medimos as respectivas fases com o
neutro, ou seja (R-N), (S-N) e (T-N), temos um
valor de tensão menor que a tensão medida
entre duas fases. A tensão medida entre fase e
neutro é chamada Tensão de Fase.
EL = Tensão de Linha
EF = Tensão de Fase
Tempo
9
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
REDES E RAMAIS
Rede Trifásica:
3 – Quanto à frequência –
A frequência da Rede Trifásica padronizada no
Brasil é de 60Hz. (HZ = Hertz, unidade de medida
da frequência elétrica).
4 – Quanto aos tipos de proteções adicionais
para instalação das Redes Trifásicas -
Como a função das redes e dos ramais é de
conduzir energia elétrica, os condutores são
protegidos e isolados. Para que as redes e os
ramais trifásicos possam desempenhar bem sua
função, sem colocar as pessoas em risco de
acidentes, os condutores são dotados de proteções
adicionais.
Eis os cinco tipos de proteções para redes e
ramais trifásicos:
1 - Rede e ramal trifásico Aéreo
2 - Rede e ramal trifásico de Tubulação Exposta
3 - Rede e ramal trifásico de Tubulação Embutida
4 - Rede e ramal trifásico em Canaleta
Subterrânea
5 - Rede e ramal trifásico em Leitos ou Calhas
1 – Rede e Ramal Trifásico Aéreo -
Os condutores, neste tipo de proteção de rede e de
ramal são fixados por isoladores e estes
suportados por postes, pontaletes, ou mesmo em
paredes.
Segundo as Normas Técnicas Brasileiras, as
redes e os ramais trifásicos aéreos são
instalados a uma altura, acima de 3m do piso e
em locais de circulação de veículos acima de
5m para evitar acidentes.
2 - Rede e Ramal Trifásico de Tubulação
Exposta -
Os condutores neste tipo de proteção são
colocados dentro de eletrodutos à vista e
geralmente, fixados por braçadeiras. Este tipo
de proteção é muito utilizado. Os eletrodutos
protegem com segurança os condutores e as
pessoas.
3 - Rede e Ramal Trifásico de Tubulação
Embutida -
Os condutores são colocados dentro de
eletrodutos, porém estes eletrodutos são
embutidos em paredes, pisos, colunas, vigas e
etc..
4 - Rede e Ramal Trifásico em Canaleta
Subterrânea -
Neste tipo de proteção, os condutores são
colocados em canaletas feitas no piso e fixados
em suportes especiais que impedem o contato
direto, com o fundo e as laterais da canaleta,
conforme a figura abaixo. Quanto à canaleta,
existe um sistema de drenagem no fundo da
mesma, para evitar umidade nos condutores,
em caso que possa cair água de chuva, ou de
limpeza do piso.
10
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
REDES E RAMAIS
Rede Trifásica:
5 – Rede e Ramal trifásico em Leitos ou Calhas 
–
Os condutores neste tipo de proteção são
colocados ou fixados, em estruturas perfiladas ou
em chapas dobradas. Existem vários tipos de leitos
ou calhas. Atualmente, este tipo de proteção está
sendo largamente utilizado devido a facilidade que
oferece para manutenção.
Condições de Funcionamento das Redes e 
Ramais Trifásicos
Quando as redes e os ramais estão em boas 
condições de funcionamento, os elementos das 
instalações desempenham bem suas funções. 
Vejamos quais são as condições de funcionamento 
das redes e ramais trifásicos:
1 – Quanto à bitola dos condutores -
A bitola dos condutores da rede é dimensionada 
para suportar a corrente elétrica, para todos os 
ramais. Quanto ao ramal, a bitola deve suportar 
apenas, a corrente elétrica da máquina.
2 – Quanto à continuidade dos condutores –
Para a passagem da corrente elétrica, tanto nas 
redes, como nos ramais trifásicos, os condutores 
fases e neutro não podem estar interrompidos, 
3 – Quanto ao isolamento dos condutores -
Para que a corrente elétrica de uma fase não 
interfira com a corrente de outra fase ou neutro,
o isolamento dos condutores de fases, nas
redes ou ramais, não pode estar avariado. O
isolamento dos condutores de fase deve estar
de acordo com a tensão nominal da rede ou do
ramal trifásico.
Análise de Defeitos
Os defeitos, que acontecem com mais
frequência, em redes e ramais trifásicos são:
1 – Defeitos quanto à bitola dos condutores
2 - Defeitos quanto à continuidade dos
condutores
3 - Defeitos quanto ao isolamento dos
condutores
1 – Defeitos quanto à bitola dos condutores -
Os defeitos, mais frequentes, quanto à bitola
dos condutores são:
• Sobrecargas nos condutores
• Subdimensionamento dos condutores
Sobrecargas nos condutores
A instalação de máquinas, além do previsto no
projeto causará uma sobrecarga nos
condutores. Em consequência, os condutores se
aquecerão até provocar a queima dos fusíveis
ou desarme da proteção.
Subdimensionamento dos condutores
A instalação de máquinas, com condutores de
bitola menor que a prevista no projeto causará
um Subdimensionamento dos condutores.
11
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
REDES E RAMAIS
Análise de Defeitos
Em consequência, os condutores também se
aquecerão, até provocar a queima dos fusíveis ou
desarme da proteção.
2 – Defeitos quanto à continuidade dos
condutores
Os defeitos mais frequentes quanto à continuidade
dos condutores são:
1 - Falta de uma das fases
2 - Falta de duas fases
3 - Falta de três fases
4 - Falta de aterramento ou do neutro
Falta de uma fase -
Se um condutor de fase (R-S ou T) estiver partido,
ocorrerá da falta de uma fase no circuito e como
consequência, teremos:
• O motor trifásico não terá um funcionamento
normal, ele muda o ruído característico (pois
haverá corrente apenas em duas fases) e começa
a “roncar” - termo utilizado pelos profissionais.
• O motor trifásico aquece excessivamente e seu
rendimento diminui (às vezes, não consegue
movimentar a máquina).
• Se os fusíveis estiverem dimensionados
corretamente (corrente nominal do fusível de
acordo com a corrente nominal da carga) um ou
dois deles irão se queimar. Caso os fusíveis
estejam mal dimensionados, o aquecimento do
motor será tão rápido, que provocará a queima
do mesmo.
Obs.: Essa análise também vale para outros
dispositivos de proteção, como os
disjuntores, porém ao invés de queimar,
eles desarmam.
Falta de duas fases -
Se dois condutores de fases (R-S), (S-T) ou (T-
R) estiverem partidos, ocorrerá da falta de
duas fases no circuito e como consequência,
teremos:
• O motor trifásico não funcionará (pois não
há circulação de corrente em duas fases e os
motores trifásicos, não são capazes de
funcionar com apenas uma fase).
• Caso a máquina tenha algum aparelho
monofásico e, por coincidência, esteja ligado à
fase não interrompida, ele continuará
funcionando.
Falta de três fases -
Se por um acaso, houver uma interrupção das
três fases do circuito, o motor trifásico da
máquina parará de trabalhar por completo,
fazendo com que a máquina deixe de funcionar.
Falta de aterramento ou neutro -
Se houver interrupção do condutor neutro ou
do condutor de terra:
12
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
REDES E RAMAIS
Análise de Defeitos
• Por falta de aterramento, o operador da
máquina estará sujeito a tomar choques,caso haja
uma deficiência no isolamento dos condutores da
máquina.
• Se houver aparelhos monofásicos ligados à
máquina, eles não funcionarão, pois não haverá
circulação de corrente no neutro, que alimenta os
aparelhos.
3 – Defeitos quanto ao isolamento dos
condutores
Os defeitos mais frequentes, quanto ao Isolamento
dos condutores são:
1 - Curto-circuito entre fase e neutro
2 - Curto-circuito entre duas fases
3 - Curto-circuito entre três fases
Curto-circuito entre fase e neutro -
Se um dos condutores fase (R, S ou T) entrar em
contato (encostar) com o condutor neutro, ou em
algum ponto aterrado, a corrente nos condutores
aumentará imediatamente, provocando a queima
do fusível correspondente aquela fase ou
desarmando outro dispositivo de proteção.
Curto-circuito entre duas fases -
Se por acaso, dois condutores de fases (R-S), (S -
T), ou (T - R) se encostarem (entrarem em
contato), isto será a causa de um curto circuito,
entre duas fases e provocará a queima de um
ou dois fusíveis ou o desarme, no caso de
utilização do disjuntor.
Curto-circuito entre três fases -
Se os três condutores de fases encostarem
entre si de uma só vez, provocará a queima de
dois, ou três fusíveis ou o desarme, no caso de
utilização do disjuntor.
Os 3 Passos para identificar os defeitos na
rede de alimentação trifásica, quanto à
continuidade dos condutores:
Passo 1 - Desligar a chave seccionadora e
colocar um aviso de manutenção.
Desta forma dividiremos o circuito em duas
partes, ou seja, antes da entrada da chave
seccionadora e depois dela, para facilitar a
localização do defeito.
Passo 2 - Medir a tensão nos bornes de
entrada da chave seccionadora (a), para
verificar se há falta de fase na rede.
Antes da entrada da chave
Depois da entrada da chave
13
R
S
T
N
R S T
N
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
REDES E RAMAIS
Análise de Defeitos
• Se as tensões medidas entre as fases (R-S), (S-
T) e (T-R) forem iguais à tensão nominal da rede,
significa que não há falta de fase na rede.
• Se as tensões medidas entre as fases (R-S) e
(S-T) forem menores do que a tensão nominal da
rede e a tensão entre as fases (T-R) for igual a
nominal da rede, significa que o condutor da fase S
está interrompido.
• Se as tensões medidas entre as fases (S-T) e
(T-R) forem menores do que a tensão nominal da
rede e a tensão entre as fases (R-S) for igual a
nominal da rede, significa que o condutor da fase T
está interrompido.
• Se as tensões medidas entre as fases (T-R)
e (R-S) forem menores do que a tensão nominal
da rede e a tensão entre as fases (S-T) for
igual a nominal da rede, significa que o
condutor da fase R está interrompido.
• Se as tensões medidas entre uma das fases
e o neutro (R-N), (S-N) e (T-N) for igual a zero e
as tensões entre as fases (R-S), (S-T) e (T-R)
forem iguais à tensão nominal da rede, significa
que o condutor neutro está interrompido.
14
R S T
v v
v
2 4 6
1 3 5
220V
220V130V
R S T
v v
v
2 4 6
1 3 5
220V
220V220V
R S T
v v
v
2 4 6
1 3 5
165V
170V220V
R S T
v v
v
2 4 6
1 3 5
176V
220V125V
R S T
v vv
2 4 6
1 3 5
0V0V
N
0V
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
REDES E RAMAIS
Análise de Defeitos
Passo 3 - Medir a resistência nos bornes de saída
da chave para certificar se há condutor
interrompido no ramal.
• Se as resistências medidas entre os bornes (2-
4) e (4-6) forem infinitas e a resistência entre os
bornes (2-6) apresentar algum valor ôhmico,
significa que o condutor ligado no borne 4 está
interrompido.
• Se as resistências medidas entre os bornes (4-
6) e (6-2) forem infinitas e a resistência entre os
bornes (2-4) apresentar algum valor ôhmico,
significa que o condutor ligado no borne 6 está
interrompido.
• Se as resistências medidas ente os bornes
(6-2) e (2-4) forem infinitas e a resistência
entre os bornes (4-6) apresentar algum valor
ôhmico, significa que o condutor ligado no
borne 2 está interrompido.
Os 6 Passos para identificar os defeitos na
rede de alimentação trifásica, quanto ao
isolamento dos condutores (curto-circuito):
Passo 1 - Desligar as chaves seccionadoras
dos ramais.
Passo 2 - Desligar a chave seccionadora da
rede e colocar o aviso de manutenção.
Passo 3 - Desconectar os condutores dos
bornes de saída das chaves seccionadoras e da
máquina.
Passo 4 - Medir o isolamento entre cada um
dos condutores de fase o eletroduto da rede e
dos ramais.
• Se a resistência medida entre um dos
condutores e o eletroduto for menor do que 1M
A. (1 Mega OHM), há problemas de isolamentos e
será necessário trocar o(s) condutor(es).
15
TSR
64
∞
∞ 320Ω
2
TSR
64
180Ω
∞ ∞
2
TSR
64
∞
100Ω ∞
2
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
REDES E RAMAIS
Análise de Defeitos
• As Normas Técnicas Brasileiras recomendam,
que para um isolamento adequado, usar o valor de
1KΩ (1 Kilo 0HM) para cada Volt, aplicado ao
circuito.
Passo 5 - Medir o isolamento entre dois
condutores, dois a dois, na rede e nos ramais.
• Se a resistência medida entre dois condutores
for menor do que 1MΩ, há problemas de isolamento
e será necessário trocar o(s) condutor(es).
Esquema Elementar para Instalação de
Motores
CDF: Centro de Distribuição de Força
PRede: Proteção da Rede (alimentador)
PRamal: Proteção do Ramal
CMotor: Controle do Motor (Contator, Chave Seccionadora, etc..)
PMotor: Proteção do Motor (Relé de sobrecarga)
M: Motor
Dimensionamento
Dimensionamento da Rede (Circuitos
Alimentadores) -
Dimensionamento por Capacidade de
Corrente:
O limite de condução de corrente dos
condutores da Rede de alimentação dos
motores elétricos não deverá ser menor que
125% da corrente nominal do maior motor,
mais a soma das correntes nominais dos
outros motores ligados na mesma Rede.
Exemplo:
Vamos considerar uma Rede de alimentação,
cuja tensão de 220V – 60Hz, para alimentar 5
motores de indução trifásicos com rotor em
curto.
Motor 1 – 10CV / 25,8 A
Motor 2 – 5CV / 13,2 A
Motor 3 - 3CV / 8 A
Motor 4 – 2 CV / 5,6 A
Motor 5 – 1,5 CV / 4,72 A
I rede = 1,25 x 25,8 + 13,2 + 8 + 5,6 + 4,72 = 63,77A
Considerando a tabela 36 da NBR - 5410/2004,
deve ser usado, no mínimo, o cabo de 16mm².
16
M
CDF
PRede
PRamal
S
CMotor
PMotor
M
PRamal
S
CMotor
PMotor
Rede
Ramal
I (rede de alimentação) ≥ 1,25 In (maior motor)
+ ∑ In (motores restantes)
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
REDES E RAMAIS
Dimensionamento
Dimensionamento por Queda de Tensão:
Pela NBR-5410, a queda de tensão admissível para
circuitos de força é de 5%, onde 4% pode ser
perdido na rede de alimentação e 1% nos ramais.
Com isso, calculamos a seção transversal do
condutor em mm², através das fórmulas:
Para circuitos monofásicos ou corrente contínua:
Para circuitos trifásicos:
Onde:
S = Seção em mm²
ρ = Resistividade do cobre
I = Corrente de linha em ampères
L = Distância em metros
u = Queda de tensão admissível em volts
∑ = Somatório
OBS: Resistividade do Cobre:
= 1/56Ω.mm²/m = 0,017 Ω.mm²/m
Resistividade do Alumínio:
= 1/32 Ω.mm²/m = 0,031 Ω.mm²/m
Exemplo: Vamos considerar que no primeiro
exemplo temos as seguintes distâncias ao CDF:
Motor 1 – 25 metros | Motor 2 – 25 metros
Motor 3 – 15 metros | Motor 4 – 6 metros
Motor 5 – 6 metros
Temos:
S = 4,066 mm²
Comparando os dois critérios de
dimensionamento desse exemplo, usaremos o
cabo de 16 mm², calculado pelo critério de
capacidade de corrente, pois a bitola do cabo
foi maior do que pela queda de tensão.
Dimensionamento do Ramal -
Dimensionamento por Capacidade de
Corrente:
O limite de condução de corrente dos
condutores dos ramais para motores elétricos
deverá ser pelo menos igual a 125% da
corrente nominal do motor para serviço
contínuo,
Dimensionamento por Queda de Tensão:
Utiliza-se a mesma fórmula usada para
dimensionar a rede de alimentação, porém para
calcular nos ramais, usamosa queda
admissível de 1%.
17
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
REDES E RAMAIS
18
Tabela - Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D
(NBR-5410 / 2004)
Condutores: cobre e alumínio Isolação: PVC / Temperatura no condutor: 70°C 
Temperaturas de referência do ambiente: 30°C (ar), 20°C (solo) 
Fonte: NBR-5410
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
REDES E RAMAIS
19
Tabela – Dimensionamento dos condutores por queda de tensão – Sistemas Monofásicos ou Corrente Contínua 
(NBR-5410 / 2004)
Fonte: NBR-5410
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
REDES E RAMAIS
20
Tabela – Dimensionamento dos condutores por queda de tensão – Sistemas Trifásicos 
(NBR-5410 / 2004)
Fonte: NBR-5410
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Aterramento Elétrico
Aterramento Elétrico é a ligação proposital dos
equipamentos e/ou instalação com a Terra, de
modo que garanta a segurança das pessoas e
instalações, caso haja falha na isolação.
O aterramento server para proteger pessoas,
instalações e equipamentos contra uma falha na
isolação, de modo a oferecer um caminho seguro
da corrente de fuga para a Terra.
Colocando as pessoas, carcaças dos
equipamentos e eletrodos no mesmo potencial
elétrico que a terra, ou seja, com uma
diferença de potencial ZERO.
Exemplos:
Dispositivo de 
Proteção
Instalação com aterramento –
Proteçao contra choque elétrico:
Instalação sem aterramento -
Não há proteção contra choque elétrico:
Protegendo a Instalação -
Desligamento automático ao identificar 
corrente de fuga:
21
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Conceitos Importantes:
Tensão de Contato:
É a tensão que pode aparecer quando existir
falha na isolação do equipamento.
Tensão de toque:
É a tensão que pode acontecer entre pés e mãos,
caso um pessoa toque num equipamento que tenha
tensão de contato.
Tensão de Passo:
É a diferença de potencial que ocorre quando a
pessoa está em pé dentro de uma região
Afetada por uma descarga elétrica no solo.
Tensão de 
Passo
Tensão de contato
Tensão de toque
22
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Esquemas de Aterramento:
Os sistemas de Aterramento em baixa
tensão são classificados em 3 tipos:
• Esquema TT
• Esquema TN
• Esquema IT
Onde:
1° letra: T = o neutro é aterrado;
1° letra: I = o neutro não é aterrado, ou
aterrado através de uma impedância.
2° letra: T = massas aterradas;
2° letra: N = massas ligadas ao neutro do
sistema.
Esquema TT
O neutro do alimentador é ligado
diretamente à terra, estando as massas dos
equipamentos ligadas a um eletrodo de
aterramento independente do aterramento
do alimentador.
Nesse caso, a corrente de fuga (corrente
entre a massa e a terra) será baixa
devido ao elevado valor de resistência de
terra.
Essa corrente é insuficiente para acionar
disjuntores e fusíveis, mas é suficiente
para colocar em risco uma pessoa,
portando nesse caso é necessário o uso
de interruptores diferenciais residuais
(DRs), que são dispositivos mais
sensíveis e que identificam correntes a
partir de 30mA.
L1
L3
L2
N
IF
IF
IF
23
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Esquemas de Aterramento:
Esquema TN
O neutro do alimentador é ligado
diretamente à terra, estando as massas dos
equipamentos ligadas e esse mesmo ponto
através de condutores de proteção.
Nesse caso, o percurso de uma corrente de
fuga (massa para terra) possui baixa
impedância (condutor de cobre) e a
corrente pode atingir valores elevados,
sificientes para serem detectados e
interrompidos por disjuntores ou fusíveis.
O esquema pode ser do tipo :
- TN-S, quando as funções do neutro e
proteção forem realizadas por condutores
separados (N = Neutro e PE = Proteção).
- TN-C – Quando as funções do neutro e
proteção forem realizadas pelo mesmo
condutor (PEN).
- TN-C-S – Quando é utilizado um
esquema misto entre os dois anteriores.
No Brasil, o esquema TN é o mais comum
e quase sempre a instalação é do tipo TN-
C até a entrada. Aí o neutro é aterrado e
segue para o interior da residência
separado do condutor de proteção (TN-
S). Veja que caso o neutro seja rompido
antes da entrada por um acidente, o
sistema se transformará em TT. Por isso,
mesmo em sistemas TN, é indicado o uso
de DRs para garantir a proteção de
pessoas contra choques elétricos.
L1
L3
L2
N
IF
IF
IF
PE
= Corrente de 
Fuga
IF
24
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Esquemas de Aterramento:
Esquema IT
É um esquem parecido com o TT, porém o
aterramento do alimentador é realizado
através da inserção de im impedância de
valor elevado em série com o aterramento.
Com isso, limita-se a corrente de fuga a um
valor desejado, de forma a não permitir que
o sistema desligue.
Geralmente essa corrente não é perigosa
para as pessoas, mas como a instalação
estará operando com corrente de fuga,
deve ser utilizados dispositivos que
monitirem a isolação dos condutores,
evitando a degradação excessiva dos
componentes da instalação.
Esse sistema é usando somente em
situações onde uma primeira falha não
pode desligar imediatamente a
alimentação (salas cirurgicas, alguns
processos metalurgicos, etc.).
L1
L3
L2
N
IF
IF
IF
Z = IMPEDÂNCIA DE 
ALTO VALOR
I F
25
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Dispositivo Diferencial 
Residual - DR
É um dispositivo que protege as pessoas e animais
domésticos contra choques diretos e indiretos.
Choque por contato direto:
- Contato acidental da pessoa em parte energizada
com falha de isolação ou sem partes isolantes.
Choque por contato indireto:
- Contato da pessoa com a parte metálica do
aparelho (carcaça), que estará energizada por
falha de isolação.
Os dispositivos podem ser:
Dispositivo DR ou Interruptor DR - Dispositivo
destinado a provocar a abertura dos próprios
contatos quando ocorrer uma corrente de fuga à
terra. O circuito protegido por este dispositivo
necessita ainda de uma proteção contra
sobrecarga e curto-circuito que pode ser realizada
por disjuntor ou fusível, devidamente coordenado
com o Dispositivo DR
Disjuntor DR – Dispositivo destinado a a
proteger quando ocorrer uma sobrecarga,
curto-circuito (função disjuntor) ou corrente de
fuga à terra (função DR). Recomendado nos
casos onde existe a limitação de espaço.
Módulo DR – Dispositivo para ser acoplado a um
disjuntor termomagnético, adicionando a este a
proteção diferencial residual, ou seja, ápós o
acoplamento, ele atuará quando ocorrer uma
sobrecarga, curto-circuito ou corrente de fuga
à terra. Recomendado para instalações onde a
corrente de curto-circuito for elevada. Após o
acoplamento com o disjuntor terá a função do
Disjuntor DR.
Interruptor DR bipolar 
Interruptor DR tetrapolar 
Disjuntor DR 
Módulo DR
26
F
on
te
: 
S
ie
m
en
s 
F
on
te
: 
S
ie
m
en
s 
F
on
te
: 
S
ie
m
en
s 
F
on
te
: 
S
ie
m
en
s 
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Dispositivo Diferencial 
Residual - DR
Quanto às características, encontramos
nos seguintes tipos:
AC–
Detecta corrente de fuga alternada e são usado em
instalações residenciais, comerciais e prediais,
como também em instalações elétricas industriais.
A–
Detecta corrente de fuga alternada e contínua
pulsantes, e devem ser usados em instalações com
circuitos eletrônicos que alteram a forma de onda
senoidal da rede.
B –
Detecta corrente de fuga alternada, pulsantes
meia-ondae forma de onda de correntes contínuas
puras, geradas por cargas como equipamentos
eletromédicos e devem ser usados em hospitais e
clínicas médicas.
Quanto à Sensibilidade de atuação, podemos
encontrar com as seguintes correntes:
- Corrente Nominal Residual até 30mA – Protege
pessoas contra choques diretos e indiretos.
-Corrente Nominal Residual de 100mA / 300mA
/ 500mA / 1000mA – Protege instalações por
falha na isolação e consumo excessivo de
energia elétrica
Ligações de acordo com o tipo de rede de
alimentação:
Fase + Neutro com DR Bipolar:
Fase + Fase com DR Bipolar:
27
F
on
te
: 
W
E
G
 
F
on
te
: 
W
E
G
 
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Dispositivo Diferencial 
Residual - DR
Fase + Neutro com DR Tetrapolar:
2 Fases com DR Tetrapolar:
2 Fases + Neutro com DR Tetrapolar:
3 Fases + Neutro com DR Tetrapolar:
3 Fases com DR Tetrapolar:
28
F
on
te
: 
W
E
G
 
F
on
te
: 
W
E
G
 
F
on
te
: 
W
E
G
 
F
on
te
: 
W
E
G
 
F
on
te
: 
W
E
G
 
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Dispositivo Diferencial 
Residual - DR
Esquemas de ligação, conforme tipos de
aterramento:
Esquema de Aterramento TT:
Esquema de Aterramento TN:
Esquema de Aterramento TN-C e TN-S:
R = CARGA
29
F
on
te
: 
S
ie
m
en
s 
F
on
te
: 
S
ie
m
en
s 
F
on
te
: 
S
ie
m
en
s 
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Dispositivo de Proteção 
contra Surtos - DPS
O Raio
O raio é um fenômeno atmosférico, consequente do
acúmulo de cargas elétricas em uma nuvem, que
resulta numa descarga elétrica sobre o solo ou
sobre qualquer estrutura que ofereça condições
favoráveis (postes, arvores, etc..)
Durante as tempestades, há dentro das nuvens o
acúmulo de cargas negativas em sua região
inferior. A formação das cargas nas extremidades
da nuvem ocorre através do atrito entre partículas
de gelo e água postas em movimento pelas
correntes de ar quente ascendente dentro da
nuvem.
A descarga acontece quando a intensidade do
campo elétrico ultrapassa o valor da resistência do
ar (rigidez dielétrica). A rigidez dielétrica do ar
limpo e seco, corresponde a aproximadamente 30
kV/cm, porém durante uma tempestade, em função
da umidade e de outras partículas presentes no ar
(poeiras, etc.), a resistência dielétrica do ar reduz
para poucos kV/cm, facilitando assim, a descarga.
Nos últimos anos, a proteção contra surtos de
tensão está se tornando uma necessidade
devido ao uso cada vez mais difundido de
componentes eletrônicos, muito sensíveis a
surtos e picos de tensão. Antigamente em
sistemas elétricos, encontrávamos produtos
eletromecânicos mais robustos como motores,
transformadores, etc.. que são mais
resistentes a estes fenômenos de surtos.
Hoje, em nossas casas e indústrias têm um
número cada vez maior de dispositivos mais
sensíveis, e por isso, prevê-se a instalação de
Dispositivo de Proteção contra Surtos - DPS em
quadros residenciais e industriais.
Dispositivo de Proteção contra Surtos –
DPS -
O DPS é o dispositivo responsável em proteger
as instalações elétricas e equipamentos contra
as sobretensões transitórias e também escoar
correntes de surto.
30
+ + + + + + + + + +
+ + + + + + + + +
+ +
+
+
+
+ +
+ +++
+
+
+
+
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Dispositivo de Proteção 
contra Surtos - DPS
Entretanto, para que o DPS funcione corretamente
e consequentemente proteja sua instalação
elétrica, é necessário que o sistema de
aterramento e a equipotencialização da planta
estejam bem feitas.
Funcionamento
Para entendermos o funcionamento do DPS, vamos
imaginar que temos um dispositivo conectado, por
exemplo, entre L-PE, cuja impedância (Z) interna
seja infinita para não alterar o funcionamento do
sistema.
Com a chegada de um surto de tensão, a
impedância nos terminais do dispositivo (DPS)
abaixa rapidamente para 0Ω, permitindo
“absorver” a corrente associada ao surto. Quanto
mais alto for o surto de tensão, menor será a
impedância e maior será a corrente drenada.
Podemos, portanto, imaginar um interruptor aberto
no interior do DPS, que se fecha na presença de
um surto de tensão, colocando em curto o circuito
existente após o interruptor, protegendo o circuito.
Ocorre a drenagem da sobrecorrente,
mantendo a tensão constante nos terminais do
DPS. Se essa tensão for compatível com o nível
de imunidade e isolamento do equipamento, ele
não será danificado.
Dentro do DPS, quem faz o papel desse
interruptor é o centelhador, que é um
dispositivo que, na sua configuração mais
simples, é produzido com dois eletrodos
adequadamente separados pelo ar. Na
presença de surtos de tensão entre os dois
elétrodos, desencadeia-se um arco elétrico.
Os eletrodos do centelhador do DPS ficam
contidos numa ampola fechada, contendo gases
inertes, como argônio e neônio, que mantêm a
tensão de ignição em valores constantes.
Em geral, por essa sua característica de
projeto, o centelhador é chamado de “GDT”: Gas
Discharge Tube [Tubo de Descarga de Gás].
Os DPSs são divididos em:
31
F
on
te
: 
F
in
de
r
F
on
te
: 
F
in
de
r
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Dispositivo de Proteção 
contra Surtos - DPS
Classe I -
Destinados a limitar surtos de tensão, os quais a
totalidade ou parte da corrente do raio está
associada,
Os DPSs de Classe I são obrigatórios em edifícios
equipados com para-raios. Eles são instalados no
quadro principal, no ponto de ligação com a rede
elétrica.
Classe II -
Destinados a proteger os equipamentos contra
surtos de tensão. Eles são instalados em quadros
de distribuição.
Classe III -
Desempenham um papel de terminação, impondo
uma baixa “tensão residual” (nível de proteção)
suportada pelos equipamentos eletrônicos finais.
Os DPSs classe III são os mais rápidos, e eliminam
os surtos de tensão residuais e por isso, são
instalados mais próximos aos aparelhos
eletroeletrônicos finais.
As equivalências de nomenclatura são indicadas na
tabela:
Especificações do DPS
Tensão nominal de rede - Un
Corresponde a tensão nominal da rede elétrica
da instalação a ser protegida 127/220 V ou
220/380 V.
Tensão máxima de operação continua - Uc
Também conhecida como tensão máxima de
regime permanente, Uc é a tensão máxima
eficaz que pode ser aplicada aos terminais do
DPS sem comprometer seu funcionamento.
Nível de proteção de tensão - Up
Indica a capacidade do DPS em limitar
sobretensões e está associada diretamente a
tensão máxima (valor instantâneo) de limitação
medida entre os terminais do DPS na
ocorrência de falha. Podemos dizer então que
Up é a tensão que o DPS deixa passar à
instalação.
Tensão sem carga - Uoc
Este parâmetro é característico dos DPS de
Classe III e corresponde ao valor de pico da
tensão sem carga do gerador de teste do tipo
combinado, tendo uma forma de onda de 1,2/50
μs, capaz de fornecer ao mesmo tempo uma
corrente com forma de onda de 8/20 µs.
32
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Dispositivo de Proteção 
contra Surtos - DPS
Corrente nominal de descarga - In
Este é o valor de pico da corrente que atravessa o
DPS quando testado com uma forma de onda de
8/20 μs. As normas prescrevem esta forma de
onda para simular as correntes induzidas por raios
em linhas de energia, sendo o teste característico
para os DPSs de Classe II.
É válido também para estimarmos a vida útil do
DPS, pois o mesmo deve suportar no mínimo 15
surtos no valor da corrente nominal (In) indicada
no produto.
Corrente máxima de descarga – Imax
Valor de pico da corrente máxima com forma
de onda de 8/20 μs que o DPS podedescarregar pelo menos uma vez sem quebrar.
Corrente de impulso – Iimp
Corresponde ao valor de pico do impulso com
forma de onda de 10/350 μs, com o qual o DPS
de Classe I é testado. Esta forma de onda é
usada para simular o primeiro impacto de um
raio.
Instalação correta do DPS
Fio terra ligado à barra equipotencial, separado
da fase neutro. A instalação exige que o fio
terra que sai do DPS seja conectado a uma
barra de equipotencial e seja passado em um
eletroduto dedicado.
33
F
on
te
: 
F
in
de
r
F
on
te
: 
F
in
de
r
F
on
te
: 
F
in
de
r
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Dispositivo de Proteção 
contra Surtos - DPS
Tipos de ligação –
Ligação em série (V-Shape):
Neste modelo de ligação, o DPS está protegido por
meio do dispositivo de proteção (fusível ou
disjuntor) instalado no quadro de distribuição em
série com o DPS.
Em caso de sobrecarga no DPS, o dispositivo de
proteção dispara, desligando toda a instalação.
O limite desta instalação é dado pela corrente
nominal do sistema que deve atravessar o borne
duplo de conexão do DPS e não pode ultrapassar
125 A
Ligação em paralelo (T-Shape):
Nesta ligação, o DPS pode ser protegido por
meio do dispositivo de proteção instalado no
cabo de conexão do DPS, assim quando o
dispositivo de proteção atuar, apenas o circuito
protegido é desligado, sendo que o resto da
instalação continua energizada.
Para essa ligação, é recomendada a utilização
da sinalização remota para informar que o DPS
foi desconectado da linha e portanto não é mais
eficaz.
Essa ligação é usada para sistemas em que a
corrente nominal é maior que 125 A.
34
C
ar
ga
 a
 s
er
 
pr
ot
eg
id
a
SPD
Barra equipotencial
do plano
Barra equipotencial
do prédio
C
ar
ga
 a
 s
er
 
pr
ot
eg
id
a
SPD
Barra equipotencial
do plano
Barra equipotencial
do prédio
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Dispositivo de Proteção 
contra Surtos - DPS
Vamos analisar os métodos de instalação dos DPS,
considerando os esquemas TN, IT e TT.
Sistema TN
No sistema TN, o neutro está diretamente ligado ao
aterramento. As massas são ligadas diretamente
ao condutor do neutro (TN-C) ou através de um
condutor de proteção (TN-S). Se o condutor neutro
também servir de condutor de proteção, levará o
nome de PEN.
Sistema IT
No sistema IT, o neutro é isolado ou aterrado
através de uma impedância de valor elevado (para
230/400 V, centenas de ohms), enquanto as
massas são conectadas a um terra local.
Este é um sistema usado para instalações com
requisitos específicos de continuidade de
operação.
Sistema TT
No Sistema TT, o neutro é diretamente
aterrado, ao passo que as massas são ligadas a
um sistema de terra local separado do sistema
do neutro.
35
aberto ou de 
alta impedância
F
on
te
: 
F
in
de
r
F
on
te
: 
F
in
de
r
F
on
te
: 
F
in
de
r
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Fusíveis
Os fusíveis são dispositivos de proteção e servem 
para proteger as instalações elétricas contra 
curto-circuito ou sobrecargas. 
Eles são constituídos de:
• Material condutor (chamado de elo fusível);
• Corpo de material isolante;
• Contatos localizados na extremidade que 
facilitam a conexão;
Corpo Isolante
Serve para proteger o elo fusível. 
É feito de material isolante (vidro, cerâmica, 
porcelana ou esteatite).
Fusível Diazed 
Fusível NH
Corpo Isolante
Contatos
Fazem a conexão do fusível com a instalação e 
normalmente são feitos de latão ou cobre 
prateado, para evitar oxidação e mau contato.
Elo Fusível
Parte principal do Fusível, pois é através da sua 
fusão que os circuitos são protegidos, caso haja 
sobrecarga ou curto-circuito.
É feito de material condutor (chumbo, prata, cobre 
puro ou cobre com zinco). Podem ter forma de fio 
ou lâmina.
Contato
Fusível cartucho 
Elo Fusível
36
F
on
te
: 
S
ie
m
en
s
F
on
te
: 
S
ie
m
en
s
F
on
te
: 
S
ie
m
en
s
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Classificação quanto ao 
tipo de ação:
Ação Rápida ou Normal
A fusão ocorre alguns segundos após uma 
sobrecarga de curta ou longa duração.
Normalmente usados para proteger cargas 
resistivas.
Ação Ultra Rápida
A fusão do elo é imediata, independente da duração 
da sobrecarga.
Próprios para proteger circuitos eletrônicos 
que utilizam semicondutores (tiristores, 
diodos, etc.).
Ação Retardada
A ação retardada ocorre quando a sobrecarga de 
curta duração não deve provocar a fusão do elo 
fusível.
Caso tenha uma sobrecarga de longa duração, o 
fusível queimará, protegendo o circuito.
São usados para proteger circuitos indutivos 
e/ou Capacitivos (motores, capacitores, etc.).
Caracteristicas:
Corrente Nominal (In)
É a máxima corrente que o fusível pode suportar 
sem fundir seu elo fusível.
É possível identificar a corrente nominal do
Fusível através da cor da sua espoleta (código 
de cores): 
Corrente Nominal
Espoleta
37
F
on
te
: 
S
ie
m
en
s
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Caracteristicas:
Tensão Nominal (Un)
É a máxima tensão de isolamento que o fusível
pode suportar.
Podem ser usados em AC ou DC.
Quanto à Classificação:
A 1ª letra indica o tipo de aplicação ( sobrecarga
ou curto-circuito):
“g” = protege contra sobrecarga e curto-circuito.
“a” = protege apenas contra curto-circuito.
A 2ª letra indica os equipamentos o fusível irá
proteger:
“G/L” = protege a instalação em geral
“M” = protege motores
“R” = protege circuitos eletrônicos
- Exemplos:
Tensão Nominal
gL-gG:
Protege Instalações em 
geral contra sobrecarga 
e curto-circuito.
aM:
Protege Motores contra
Curto-circuitos.
38
F
on
te
: 
S
ie
m
en
s
F
on
te
: 
W
E
G
F
on
te
: 
D
F
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Funcionamento:
Funcionamento Elétrico
O princípio de funcionamento do fusível baseia-se 
em que, num curto-circuito ou uma sobrecarga, a 
temperatura dos condutores aumenta e 
consequentemente, a do fusível também, até 
provocar a fusão do elo. 
• Se o elo fusível for de seção constante, a fusão 
pode ocorrer em qualquer ponto do elo. 
• Se o elo for de seção reduzida, a fusão sempre 
ocorrer no ponto onde houve a redução, 
geralmente no centro, para evitar aquecimento nos 
contatos do fusível. 
No instante em que ocorre a fusão do elo surge um 
arco elétrico, que no caso de fusíveis com areia, 
esta se funde também, formando uma borra, que 
extingue o arco, para evitar incêndios. 
Quando o elo é de cobre com zinco, a borra fundida 
(areia-cobre-zinco) torna-se altamente isolante, 
cortando definitivamente a passagem da corrente 
elétrica, garantindo a proteção da instalação 
(como é o caso dos fusíveis de alta capacidade de 
ruptura).
Funcionamento Mecânico
O funcionamento mecânico é baseado no princípio 
das forças exercidas pelas molas, mandíbulas e 
garras contra os contatos dos fusíveis, com a 
finalidade de evitar mau contato e a resistência de 
contato. 
Análise de Defeitos
Defeitos quanto à corrente nominal 
Fusíveis com valor de corrente nominal MENOR 
do que o previsto no projeto ou diagrama da 
máquina: 
• Se for colocado fusível com corrente nominal 
menor do que a prevista no esquema, provocará a 
sua queima, no momento de partida da máquina 
(dando a impressão de sobrecarga).
Fusíveis com valor de corrente nominal MAIOR 
do que o previsto no projeto ou diagrama da 
máquina: 
• Se for colocado fusível com corrente nominal 
maior do que a prevista no esquema, o fusível 
poderá não proteger a instalação contra a 
sobrecarga. 
Defeitos quanto à ação do elo fusível (elo 
de fusão)Fusíveis de ação rápida ou ultra rápida, 
instalados em circuitos indutivos: 
• Se for colocado fusível rápido ou ultra rápido 
em instalações de motores, provocará a sua 
queima, no momento da partida da máquina (dando 
a impressão de sobrecarga). 
39
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
ANÁLISE DE DEFEITOS:
Fusíveis de ação retardada, instalados em 
circuitos resistivos:
• Se for colocado fusível retardado em 
instalações de resistores ou dispositivos 
eletrônicos à semicondutores, o fusível não 
protegerá a instalação contra a sobrecarga.
Os 4 Passos para identificar os defeitos 
nos fusíveis e nas bases, quanto à 
continuidade:
Passo 1 - Desligar o circuito e colocar aviso de 
manutenção:
• Para fusíveis Cartucho ou NH: Verificar se há 
alguma base de fusíveis quebrada. 
• Para fusíveis Diazed, Silized e Neozed: Verificar 
se a tampa ou a base está quebrada ou trincada. 
Se a base for fechada, retirar a proteção, 
desapertando os parafusos de fixação da proteção.
Passo 2 – Para fusíveis Cartucho ou NH: Retirar os 
fusíveis e observar se as garras ou mandíbulas, 
estão exercendo pressão nos contatos dos fusíveis 
(se o fusível sair da base com muita facilidade, a 
pressão não está adequada). 
OBS: Utilize o saca fusíveis apropriado para cada 
tipo de fusível.
• Verificar se os contatos estão com fuligem 
(fumaça depositada entre os contatos dos fusíveis 
e bases), sinal de mau contato entre a base e o 
fusível. 
• Verificar se os contatos estão sujos de óleo ou 
com acúmulo de poeira. 
• Verificar se as molas de pressão das garras 
estão quebradas ou fora da posição.
Para fusíveis Diazed, Silized e Neozed:
Retirar a tampa com o fusível e verificar se o 
parafuso de ajuste está quebrado ou frouxo.
• Reapertar o parafuso de ajuste com a chave 
própria,
Passo 3 - Para fusíveis Cartucho ou NH: 
Reapertar, com uma chave de fenda, todos os 
parafusos dos bornes (de entrada e saída), em 
todas as bases dos fusíveis. 
• Ao reapertar os parafusos, observar se não há 
rosca espanada da base ou do parafuso.
Para fusíveis Diazed, Silized e Neozed: Recolocar o 
fusível com a tampa e verificar se as roscas da 
base e da tampa não estão espanadas. (Se a tampa 
não der aperto, uma das roscas esta espanada).
40
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Análise de Defeitos
Passo 4 - Medir a continuidade do elo fusível com 
um ohmímetro ou lâmpada em série. 
Para saber se um fusível está queimado, pode-se 
fazer um exame visual nas espoletas ou nos 
indicadores de queima, porém para garantir o 
estado do fusível deve-se medir a continuidade. 
• Se o valor medido com o ohmímetro for zero, o 
fusível não está queimado, se o valor for infinito, o 
elo fusível está fundido (queimado). 
• Usando uma lâmpada em série com o fusível, se 
a lâmpada acender, significa que o mesmo não está 
queimado, caso contrário, o elo está fundido 
(queimado). 
Os 5 Passos para corrigir os defeitos nos 
fusíveis e nas bases, quanto à 
continuidade:
Passo 1 - Desligar o circuito e colocar aviso de 
manutenção. 
Passo 2 - Trocar a base de fusível se ela 
apresentar os seguintes defeitos: 
• Rosca dos bornes espanada; 
• Garra relaxada ou fundida; 
• Mola de pressão ou garra quebrada. 
Passo 3 – Para fusíveis Cartucho e NH: 
Trocar o parafuso do borne se a rosca espanada, 
ou se a fenda estiver danificada.
• Colocar a mola de pressão da garra se ela 
estiver fora da posição. 
Para fusíveis Diazed, Silized e Neozed: 
Trocar a base e/ou tampa se as roscas estiverem 
espanadas. Trocar a base se a rosca do borne 
estiver espanada. Trocar o parafuso do borne se a 
rosca estiver espanada ou com a fenda danificada.
Passo 4 - Trocar o fusível se ele apresentar os 
seguintes defeitos: 
• Vazamento de areia; 
• Elo interrompido; 
• Virola ou faca fundida. 
Passo 5 - Para fusíveis Cartucho e NH: Limpar os 
contatos das bases e dos fusíveis, com fluído 
especial limpa contatos. 
41
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Dimensionamento
Para dimensionarmos o fusível, vamos considerar 
como exemplo, um motor trifásico ligado a uma 
chave de partida direta, numa rede de 220v/60Hz 
com corrente nominal de 8,40 A e a relação Ip/In = 
6,7, ou seja, Ip = 6,7x In → Ip = 6,7 x 8,4 = 56,28A.
Para dimensionar um fusível, seguimos 3 PASSOS 
simples:
Passo 1 – Verificar: 
• Corrente Nominal (In) da carga
•Tipo de Carga (Indutiva, resistiva, etc.)
•Considerar a relação Ip/In.
• Curva tempo x corrente do fusível 
Passo 2 – Considere o Fator de Serviço (F.S) para 
dimensionar a corrente do fusível (If): 
Motores com FS → If = 1,25 X In X FS
Motores sem FS → If = 1,25 X In
Passo 3 – Calculamos a corrente de 
dimensionamento do fusível (If):
Como o FS = 1,15, usaremos a fórmula: 
If = 1,25 X In X FS
In = 8,40 A
Como a corrente calculada é de 12,07A, fusível 
adequado para essa situação será o de 16 A.
Porém, considerando a relação da corrente de pico 
do motor, temos que analisar a curva do fusível 
para escolher o mais adequado para essa situação.
If = 1,25 X 8,4 X 1,15 = 12,07A
42
4s
56,28A
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Dimensionamento
As curvas tempo x corrente fornecem uma 
representação gráfica do tempo médio de fusão 
dos elementos dos fusíveis na temperatura 
ambiente, também chamado de tempo de pré-arco, 
em relação à corrente de curto-circuito 
presumida.
Considerando a corrente de pico com duração de 4 
segundos e o valor calculado de 56,28A, o fusível 
escolhido é:
• Fusível de 16A - Ação retardada.
OBS: 
Sempre calcule o valor do fusível, através da 
corrente nominal e verifique também, o valor do 
fusível na curva tempo x corrente no catálogo do 
fabricante. Escolha o fusível de maior valor.
Para escolher o tipo de fusível adequado, você 
deverá usar a curva tempo x corrente dos fusíveis 
nos catálogos dos fabricantes. Escolha o mais 
apropriado para a sua instalação.
No exemplo, podemos usar os fusíveis tipo 
Cartucho, Diazed ou NH, desde que atendam as 
características da instalação e da carga. 
O fusível Silized possui as mesmas características 
do Diazed, porém a sua ação é ultra-rápida, não 
sendo adequado para motores.
O fusível Neozed possui as mesmas características 
do Diazed, diferenciando apenas pelo tamanho, pois 
os Neozed são menores. 
43
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Disjuntor Termomagnético 1 – Lâmina bimetálica de sobrecarga
2 – Bobina eletromagnética de curto-circuito
3 – Manopla de acionamento
4 – Contatos
5 – Câmara de extinção
Para sobrecarga, o princípio de funcionamento é
idêntico ao apresentado para os relés de
sobrecarga. Para o caso de curtos-circuitos,
utiliza-se como elemento de disparo o campo
magnético. O disparador eletromagnético utiliza
uma bobina como mecanismo responsável pela
detecção e pela abertura do disjuntor.
O aumento brusco da corrente causa um efeito
eletromagnético no disjuntor, pois em torno do
disparador eletromagnético há um condutor
elétrico envolto em um eletroímã com uma parte
móvel. No instante em que a corrente flui, cria-se
um campo magnético que faz o eletroímã atrair a
parte móvel, que abre os contatos (fixo e móvel) do
disjuntor, interrompendo a condução corrente de
falha.
Esta rápida abertura dos contatos provoca uma
faísca que continua, por um tempo, a transmitir
a corrente elétrica pelo ar. Para que o curto-
circuito seja completamente interrompido, esse
arco elétrico também precisa ser extinto. Nos
disjuntores há, portanto, um componente chamado
câmara de extinção de arco, cuja função é dissipar
esse arcovoltaico.
1
4
2
3
5
O disjuntor é um dispositivo de proteção
termomagnético, utilizado para proteger os cabos
e condutores que compõem uma instalação elétrica
contra os efeitos de sobrecargas e curto-circuito.
Sua função é conduzir com segurança a corrente
nominal do circuito, bem como interromper
automaticamente o circuito nos casos das
anomalias citadas acima. Eles podem ser
monopolar (unipolar), bipolar ou tripolar.
Princípio de funcionamento
Os disjuntores termomagnéticos dispõem de um
disparador térmico (lâmina bimetálica), que reage
diante de sobrecargas moderadas e um disparador
eletromagnético, que é acionado diante das
elevadas sobrecargas e curto-circuito.
44
Disjuntores Tripolar, Bipolar e Unipolar
F
on
te
: 
S
ie
m
en
s
F
on
te
: 
S
ie
m
en
s
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Disjuntor Termomagnético
como lâmpadas incandescentes, chuveiros,
torneiras e aquecedores elétricos, além dos
circuitos de tomadas de uso geral.
Curva C:
O disjuntor de curva C tem como característica o
disparo instantâneo para correntes entre 5 a 10
vezes a corrente nominal.
São usados para proteção de circuitos que
alimentam especificamente cargas de natureza
indutiva que apresentam picos de corrente no
momento de ligação, como máquina de lavar, ar
condicionado, bombas d’água, motores em geral,
etc..
Curvas de Disparo
A função dos disjuntores termomagnéticos é a
proteção dos condutores contra sobrecargas
térmicas ou curto-circuito. É por isso que as
curvas de disparo dos disjuntores se adaptam às
curvas dos condutores.
Curva A:
Para proteção de circuitos com semicondutores e
circuitos de medição.
Curva B:
O disjuntor de curva B tem como característica o
disparo instantâneo para correntes entre 3 a 5
vezes a corrente nominal.
Sendo assim, são usados para proteção de
circuitos que alimentam cargas com
características predominantemente resistivas,
45
F
on
te
: 
F
in
de
r
F
on
te
: 
F
in
de
r
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Disjuntor Termomagnético
Características
Tensão nominal de serviço ou de operação (Ue)
É o valor máximo da tensão de operação do 
disjuntor.
Tensão nominal de isolamento (Ui)
É a máxima tensão nominal que o isolamento do 
disjuntor pode suportar sem danificar. 
A máxima tensão de serviço não pode ser superior 
à tensão nominal de isolamento.
Curva D:
O disjuntor de curva D tem como
característica o disparo instantâneo para
correntes entre 10 a 20 vezes a corrente
nominal.
São usados para proteção de circuitos que
alimentam cargas altamente indutivas que
apresentam elevados picos de corrente no
momento de ligação, como grandes motores,
transformadores, além de circuitos com
cargas de características semelhantes a
essas.
46
F
on
te
: 
F
in
de
r
F
on
te
: 
F
in
de
r
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Disjuntor Termomagnético
Regra para Proteção contra sobrecargas
A proteção de um circuito contra sobrecargas 
estará garantida se:
In ≤ Id ≤ Iz (condição normal)
I2 ≤ 1,45x Iz (sobrecarga - atuação do disjuntor)
Onde:
In é a corrente nominal do circuito;
Id é a corrente nominal do disjuntor;
Iz é a capacidade de condução de corrente dos 
condutores do circuito, nas condições de 
instalação previstas.
I2 é a corrente convencional de atuação.
Regra para Proteção contra curto-circuito
Para que um disjuntor garanta efetivamente a 
proteção contra curto-circuito deve-se considerar 
que:
1 - A sua capacidade deve ser superior ao valor da 
corrente de curto-circuito máxima (Ik), que é a 
corrente de curto-circuito presumida simétrica no 
ponto em que será instalado. 
Nas instalações elétricas residenciais, a condição é 
dada com base na capacidade de interrupção 
nominal (Icn), isto é:
Icn > Ik
Correntes nominais (In)
É a corrente que o disjuntor pode suporta
ininterruptamente, a uma temperatura ambiente de
referência especificada. Os valores preferenciais 
da corrente nominal indicados pela NBR NM 60 898 
são: 6, 8, 10, 13, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 63, 80, 100 e 
125A.
Capacidades de Interrupção
Capacidade de interrupção nominal (Icn), também
conhecida como capacidade de interrupção limite, 
a qual pode causar danos e impedir a continuação 
da operação.
Capacidade de interrupção de serviço (Ics) a qual 
garante um funcionamento completamente normal 
mesmo após ter interrompido correntes de curto-
circuito.
Característica I²t
A integral de Joule ou característica I²t de um 
disjuntor, é outro parâmetro necessário ao 
equacionamento da proteção contra curto-circuito.
A norma de instalações elétricas NBR 5410 
determina que a integral de Joule que o dispositivo 
de proteção deixa passar deve ser inferior àquela 
que o condutor pode suportar, sem danos. Ou 
ainda, não só para garantir a integridade do
condutor como também a coordenação entre 
dispositivos, por exemplo, entre o disjuntor e o 
dispositivo diferencial residual (DR).
47
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Disjuntor Termomagnético
Dimensionamento
O cálculo para dimensionar o disjuntor segue o 
mesmo raciocínio do dimensionamento dos 
fusíveis.
Considere:
• A corrente nominal da carga ou instalação
• O tipo de carga
• A curva de disparo do disjuntor
• As regras para proteção contra sobrecarga e 
curto-circuito.
Onde:
Id = corrente nominal do disjuntor
In = corrente nominal do circuito
Quando a função desempenhada por um disjuntor
for de especial relevância, convém atender à regra
com base na capacidade de interrupção de serviço
(Ics), isto é:
Ics > Ik
2 - A energia específica que o disjuntor deixa
passar, durante a interrupção do curto-circuito,
deve ser inferior àquela que o condutor do circuito
protegido pode suportar.
I²t ≤ k²S²
Onde:
• I²t é a energia específica que o disjuntor deixa 
passar;
• k2 S2 é a integral de Joule para aquecimento do 
condutor desde a temperatura máxima para 
serviço contínuo até a temperatura de curto-
circuito.
• S é a seção nominal do condutor em mm²;
• k é um fator que depende do metal e isolação do 
condutor.
48
Id = 1,25 X In
F
on
te
: 
S
ie
m
en
s
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Disjuntor Motor O disjuntor-motor permite o arranque de
motores a tensão plena, proteção contra
sobrecargas e curto- circuitos, não
necessitando de fusíveis ou interruptores
adicionais.
Proteção contra a falta de fase e sobrecargas
são asseguradas por relé térmico acoplado
internamente no disjuntor, dispensando
também a utilização de relé de proteção no
circuito.
O acionamento manual do disjuntor motor e
feito através dos seus botões frontais, chaves
ou alavancas e a regulagem da proteção contra
sobrecarga é feita no botão de ajuste. As peças
energizadas são inacessíveis ao toque
garantindo a proteção física do operador
(IP2XX).
O disjuntor motor pode substituir o conjunto
contator e relé térmico, porém só em caso
onde a operação é feita manualmente e no
próprio local.
É possível acoplar contatos auxiliares no
disjuntor motor, que podem ser utilizados nos
circuitos auxiliares de comando, sinalização e
alarme.
Classes de disparo
As classes de disparo do disparador de
sobrecarga são classificadas de acordo com o
O disjuntor motor é um dispositivo de proteção
para o circuito principal. Ele combina o controle e a
proteção do motor contra sobrecarga e curto-
circuito em um único dispositivo.
Esses disjuntores são usados principalmente para
LIGAR/DESLIGAR motores manualmente e
para proteger os motores e instalações sem
fusíveis contra curto-circuito, sobrecarga e falhas
de fase.
A utilização de disjuntor motor para proteger os
circuitos, economizamdinheiro, espaço e garantem
uma reação rápida no caso de um curto-circuito,
ao desligar o motor em milissegundos.
49
1
2
3
4
5
6
7
1 - Terminais (1L1, 3L2, 5L3)
2 - Posição da chave em TRIP
3 - Manopla bloqueável
4 - Teste de função
5 - Indicação de status de curto-circuito
6 - Faixa de ajuste de corrente
7 - Terminais 2T1, 4T2 e 6T3
F
on
te
: 
A
B
B
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
SISTEMAS E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Disjuntor Motor
O disjuntor-motor permite o arranque de
motores a tensão plena, proteção contra
sobrecargas e curto- circuitos, não
necessitando de fusíveis ou interruptores
adicionais.
Proteção contra a falta de fase e sobrecargas
são asseguradas por relé térmico acoplado
internamente no disjuntor, dispensando
também a utilização de relé de proteção no
circuito.
O acionamento manual do disjuntor motor e
feito através dos seus botões frontais, chaves
ou alavancas e a regulagem da proteção contra
sobrecarga é feita no botão de ajuste. As peças
energizadas são inacessíveis ao toque
garantindo a proteção física do operador
(IP2XX).
O disjuntor motor pode substituir o conjunto
contator e relé térmico, porém só em caso
onde a operação é feita manualmente e no
próprio local.
É possível acoplar contatos auxiliares no
disjuntor motor, que podem ser utilizados nos
circuitos auxiliares de comando, sinalização e
alarme.
tempo de disparo (tA) com uma corrente de 7,2
vezes a corrente ajustada a partir do estado a frio
Classe 10 - 2 s < tA ≤ 10 s
Classe 10 - 4 s < tA ≤ 10 s
Classe 20 - 6 s < tA ≤ 20 s
Classe 30 - 9 s < tA ≤ 30 s
A curva característica abaixo corresponde a um
disjuntor com faixa de ajuste de 2,8 a 4 A.
50
Curva disjuntor motor 3RV10 - Siemens
F
on
te
: 
S
ie
m
en
s
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
MOTORES ELÉTRICOS
O motor elétrico é uma máquina que
serve para transformar a energia
elétrica em energia mecânica, através
do efeito eletromagnético.
Motor Monofásico
Os motores monofásicos são aqueles próprios
para serem ligados aos circuitos de “Fase e
Neutro” ou “Fase e Fase”
Podem ser classificados em 4 tipos:
o Motor universal
o Motor de campo destorcido
o Motor de fase auxiliar
o Motor de repulsão
Motor Universal
Esses motores podem ser ligados tanto em DC
quanto em AC.
Normalmente são usados em máquinas de
costura, liquidificadores, aspiradores de pó,
etc..
Esse tipo de motor é o único motor monofásico 
em que as bobinas do estator são ligadas 
eletricamente ao rotor, através de escovas de 
carvão.
51
F
on
te
: 
in
di
am
ar
t
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
MOTORES ELÉTRICOS
Motor Monofásico
E permitem variar a velocidade, intercalando um
reostato (resistor variável) na linha de alimentação
do motor:
Também é possível variar a velocidade através de
uma chave seletora, quando uma das bobinas de
campo possuem “tapes” de ligação conforme
diagrama abaixo:
Características Principais:
Quanto à Potência: Entre 1/20HP a 1/6HP
Quanto à Velocidade: Entre 1500 RPM a 15000 RPM
Quanto à Reversibilidade: Não permite reversão de
rotação, exceto quando as ligações internas são
modificadas.
Motor de Campo Distorcido
Os motores de campo distorcido são
também conhecidos como:
• Motor de pólos auxiliares
• Motor de retardamento parcial
• Motor de bobinas de arrastamento
• Motor de pólos fantasmas
• Motor de pólos sombreados
• Motor de anel curto-circuito
O estator desse motor é muito semelhante ao
do motor universal, mas se distingue na sapata
polar, onde existe uma ranhura com um anel de
cobre ou espira em curto-circuito.
52
Bobina de campo
Rotor com escovas
Baixa velocidade
F
o
n
te
:
P
ic
sw
av
e
Fonte: Picswave
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
MOTORES ELÉTRICOS
Motor Monofásico
A corrente induzida nesta espira faz com que o
fluxo que a atravessa sofra um atraso em relação
ao fluxo da parte não enlaçada pela mesma,
criando um campo girante e produzindo um
conjugado que fará o motor partir
O rotor aparenta a primeira vista, não ter
enrolamento como o rotor do motor universal,
porém esse enrolamento existe.
É feito em barras de cobre ou alumínio ligados
em curto-circuito dentro do rotor. Por isso é
conhecido como “gaiola de esquilo”.
Características Principais:
Quanto à Potência: Entre 1/200CV a 1/2CV;
Quanto à Velocidade: Entre 1000 RPM a 3400 
RPM para 60HZ;
Possui velocidade constante (não permite 
variação);
Quanto à Reversibilidade: Não permite reversão 
de rotação;
53
F
o
n
te
:
P
ic
sw
av
e
F
o
n
te
:
P
ic
sw
av
e
F
o
n
te
:
P
ic
sw
av
e
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
MOTORES ELÉTRICOS
Motor Monofásico
Motor de Repulsão
É um motor monofásico de elevada capacidade de
arranque.
São usados em refrigeradores industriais,
compressores, e em todas as aplicações que
necessitem de elevada capacidade de arranque,
não sendo possível o uso do motor trifásico.
No estator, encontramos apenas o enrolamento de
serviço.
O rotor possui um enrolamento semelhante ao do
motor universal, que está ligado a um coletor ou
comutador.
Sobre o comutador, encontramos um conjunto
de escovas que interligam as bobinas do rotor.
Normalmente essas escovas se levantam
automaticamente do coletor quando o motor
atinge cerca de 75% da sua rotação nominal.
Diferentemente do motor universal, o rotor do
motor de repulsão não tem nenhuma ligação
com a rede. Normalmente esses motores
funcionam em duas tensões 127v e 220v.
54
F
o
n
te
:
P
ic
sw
av
e
F
o
n
te
:
P
ic
sw
av
e
F
o
n
te
:
P
ic
sw
av
e
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
MOTORES ELÉTRICOS
Motor Monofásico
Para inverter a rotação desse tipo de motor, temos
que alterar a posição das escovas, através de um
parafuso.
A indicação das posições para cada sentido de
rotação fica localizada na tampa ao lado do coletor.
Características Principais:
Quanto à Potência: Acima de 3CV;
Quanto à Reversibilidade: Permite reversão de
rotação;
Motor de Fase Auxiliar
Dentre os motores monofásicos, os de fase
auxiliar são os que possuem maior aplicação.
São usados em compressores, máquinas de
larvar, bombas d’água, etc..
No estator, encontra-se dois enrolamentos:
Enrolamento principal ou de serviço (fio mais
grosso) e o enrolamento auxiliar ou de partida
(fio mais fino).
55
F
o
n
te
:
P
ic
sw
av
e
F
o
n
te
:
P
ic
sw
av
e
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
MOTORES ELÉTRICOS
Motor Monofásico
O enrolamento principal fica ligado durante o
tempo em que o motor estiver trabalhando, porém
o enrolamento auxiliar só trabalha durante a
partida.
Para o desligamento, esses motores são equipados
com um dispositivo automático (interruptor
centrífugo), que está montado geralmente sobre a
tampa traseira do motor.
Quando o motor atinge cerca de 80% de sua
velocidade nominal, o interruptor automático,
também chamado de interruptor centrífugo,
desliga o enrolamento auxiliar, e o motor passa a
funcionar apenas com o enrolamento principal.
Há motores de fase auxiliar com capacitor e
sem capacitor. A utilização do capacitor torna a
partida mais rigorosa.
Esse capacitor é ligado em série com o
enrolamento auxiliar e o dispositivo automático
de desligamento (interruptor centrífugo)
No estator, encontra-se dois enrolamentos:
Enrolamento principal ou de serviço (fio mais
grosso) e o enrolamento auxiliar ou de partida
(fio mais fino).
56
F
o
n
te
:
P
ic
sw
av
e
F
o
n
te
:
P
ic
sw
av
e
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
MOTORES ELÉTRICOS
Motor Monofásico
Os motores de fase auxiliar com capacitor
permanente não possui interruptor centrífugo.
Durante todo período de funcionamento do motor
o circuito auxiliar com o capacitor permanececonectado ao circuito de alimentação.
Os motores de fase auxiliar com dois capacitores
utilizam as vantagens dos motores com
capacitores de partida e capacitores permanente.
Apresenta um ótimo desempenho na partida e em
regime e normalmente são fabricados com
potência acima de 1cv.
Existem motores de fase auxiliar com
• Dois terminais
• Quatro terminais
• Seis terminais
Motor de dois terminais:
Os motores de dois terminais funcionam em
apenas uma tensão (127v ou 220v) e não
permitem inversão de rotação.
Motor de quatro terminais:
Os motores de quatro terminais funcionam em
apenas uma tensão (127v ou 220v), porém
permitem inversão de rotação, basta inverter
os terminais “3” e “4” entre si.
Ligações 
Internas
57
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
MOTORES ELÉTRICOS
Motor Monofásico
Motor de seis terminais:
Os motor monofásico de seis terminais possui três
bobinas, sendo duas principais e uma auxiliar.
A primeira bobina recebe a numeração “1” e “3”
A segunda bobina recebe a numeração “2” e “4”
A terceira bobina, que é a bobina auxiliar, recebe a
numeração “5” e “6”.
Esses motores podem funcionar em duas tensão
(127v e 220v) e permitem a inversão de rotação.
Para o fechamento em 127v, interligamos os
terminais 1, 2 e 5 entre si e ligamos à Fase e
interligamos os terminais 3, 4 e 6 entre si e
ligamos ao Neutro.
Para o fechamento em 220v, ligamos o terminal
“1” à Fase, interligamos os terminais 2, 3 e 5
entre si e isolamos e interligamos os terminais 4
e 6 entre si e ligamos à outra Fase ou ao Neutro
(dependendo da região do Brasil).
Obs.. Na maioria das cidades no Brasil
encontramos 220v entre Fase e Fase (tensão de
linha) e 127v entre Fase e Neutro (tensão de
fase);
Porém existem regiões, onde encontramos 380v
entre Fase e Fase e 220v entre Fase e Neutro.
Podemos encontrar também cidades que não
possuem o condutor Neutro, oferecendo apenas
220v entre Fase e Fase.
58
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
MOTORES ELÉTRICOS
Motor Monofásico
Para inverter a rotação, basta inverter os
terminiais “5” pelo “6”, tanto no fechamento 127V,
quanto no fechamento 220V:
• 127v→ Sentido horário:
• 127v→ Sentido anti-horário:
• 220v→ Sentido horário:
• 220v→ Sentido anti-horário:
Características Principais:
Quanto à Potência: Entre 1/8CV a 3CV;
Quanto à Velocidade: Entre 1715 RPM a 3540
RPM;
Quanto à Reversibilidade: Permite reversão de
rotação;
Possui velocidade constante.
59
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
MOTORES ELÉTRICOS
Motor Monofásico
POLARIZAÇÃO DE MOTOR MONOFÁSICO DE FASE AUXILIAR DE SEIS TERMINAIS
Normalmente os terminais dos motores são marcados ou tageados por anilhas. Quando essas marcações
se perdem, precisamos usar um artifício para encontrar novamente essa numeração. Esse artifício
chamamos de Polarização. Para polarizar esse tipo de motor, precisamos seguir alguns passos:
Passo 1 - Separe um chave de fenda, uma lâmpada-série ou um multímetro, fita isolante e anilhas
numeradas. Caso não tenha anilhas com numeração, escreva numa fita crepe ou em pedaços de papel ,
números de 01 a 06.
Passo 2 - Retire a tampa do capacitor, usando uma chave de fenda.
Cuidado para não partir o fio condutor do capacitor.
60
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
MOTORES ELÉTRICOS
Motor Monofásico
Passo 3 - Com o ohmímetro, meça a continuidade do capacitor com os terminais do motor. Caso não
tenha um ohmímetro, utilize uma lâmpada-série.
Passo 4 - Dessa forma você descobrirá a bobina auxiliar. Separe os dois terminais que deu continuidade
e tampe o capacitor.
Passo 5 - Marque com a anilha, fita crepe ou pedaço de papel, essa bobina com a numeração 5 e 6
aleatoriamente.
61
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
MOTORES ELÉTRICOS
Motor Monofásico
Passo 6 - Sobraram quatro terminais.
Escolha um terminal qualquer (exceto os terminais 5 e 6 que você já achou) e meça continuidade com os
outros terminais com ohmímetro ou com a lâmpada-série até encontrar uma bobina.
Passo 7 - Marque os dois terminais que deu continuidade com a numeração 1 e 3 aleatoriamente.
Passo 8 - Sobraram apenas dois terminais sem marcação. Meça continuidade entre eles e marque-os
com a numeração 2 e 4 aleatoriamente.
62
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
MOTORES ELÉTRICOS
Motor Monofásico
Você numerou os seis terminais do motor. Vamos para o próximo passo!
Passo 9 - Faça o fechamento do motor para 220v (o terminal “1” sozinho, os terminais “2,3 e 5”
interligados entre si e isolados e os terminais “4 e 6” interligados)
Passo 10 - Depois de fazer o fechamento para 220v, alimente o motor em 127v – Ligue o terminal “1” na
Fase e os terminais “4 e 6” no neutro..
Se o motor “roncar” ou não partir, inverta os terminais 1 com 3 ou o 2 com 4 e refaça o passo anterior.
Após o seu funcionamento, faça o fechamento para 127v e alimente-o com a mesma tensão. Pronto, o seu
motor está polarizado!
63
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
MOTORES ELÉTRICOS
Motor Trifásico
O motor trifásico é um motor próprio para ser
ligado aos sistemas elétricos de 3 fases.
São usados amplamente na industria e operam
melhor que os motores monofásicos, pois não
precisam de auxílio na partida e tem um
rendimento mais elevado.
Os motores trifásicos podem ser:
• Motor assíncrono com rotor em curto-circuito;
• Motor assíncrono com rotor bobinado;
• Motor síncrono.
O estator desses motores, possuem, no mínimo 3
enrolamentos (um para cada fase) interligados
de forma que ao aimentar essas bobinas, pelo
efeito da corrente trifásica, Cria-se um “campo
magnético girante”, que arrasta o rotor, fazendo-o
girar.
O rotor em curto, também conhecido como
“gaiola de esquilo” é semelhante ao do motor
monofásico. Esse tipo de rotor não é ligado
eletricamente com as bobinas e a nenhum
outro dispositivo.
O rotor bobinado do motor assíncrono deve ser
ligado a um reostato ou a um banco de
resistores, possibilitando a regulagem da
corrente que circula no rotor permitindo uma
partida mais suave ou variando a velocidade do
motor.
64
F
ot
o 
R
ot
or
 e
 e
st
at
or
. 
A
ut
or
:
Z
ur
ek
s
F
ot
o 
R
ot
or
. 
A
ut
or
:
Z
ur
ek
s
F
on
te
: 
is
to
ck
ph
ot
o
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
MOTORES ELÉTRICOS
Motor Trifásico
O rotor do motor síncrono é alimentado por
corrente contínua e possui dois anéis coletores.
Características dos tipos de motores
trifásicos:
Os motores assícronos com rotor em curto
podem ser:
• Motor de 3, 6, 9 e 12 terminais
• Motor Dahlander
• Motor de 2 enrolamentos – 2 velocidades
Motor de indução trifásico de 3 terminais
São motores que possuem 3 terminais de para
serem ligados à uma rede trifásica. Esses
motores só permitem funcionar em apenas um
valor de tensão.
65
F
on
te
: 
is
to
ck
ph
ot
o
F
on
te
: 
is
to
ck
ph
ot
o
Licenciado para Thiago De Jesus - 42027088814 - Protegido por Eduzz.com
MOTORES ELÉTRICOS
Motor Trifásico
Motor de indução trifásico de 6 terminais
São motores que possuem 6 terminais de para
serem ligados à uma rede trifásica. Esses motores
podem funcionar em duas tensões, conforme o tipo
de ligação:
Em 220v – Ligação▲ (triângulo ou delta):
Em 380v – Ligação Y (estrela):
Motor de indução trifásico de 9 terminais
Esses motores podem ser ligados em duas
tensões, porém o valor de uma é sempre o dobro
da outra.
Em 220v – Duplo Triângulo e 440v – Triângulo:
Série:
Em 380v – Dupla Estrela e 760v – Y Série:
Motor de indução trifásico de 12 terminais
São motores que possuem 12 terminais de para
serem ligados à uma rede trifásica. Esses
motores podem funcionar em quatro tensões
diferentes, conforme o tipo de ligação:
220v -▲▲ 440v -▲
380v - YY 760v - Y
66
Licenciado para Thiago

Continue navegando