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Uso de cor e escala O significado das cores O significado das cores 1. Realidade sensorial: ➢ A cor é uma realidade sensorial à qual não podemos fugir. Além de atuar sobre a emotividade humana, as cores produzem uma sensação de movimento, uma dinâmica envolvente e compulsiva. Vemos o amarelo transbordar de seus limites espaciais com uma tal força expansiva que parece invadir os espaços circundantes. ➢ O vermelho, embora agressivo, equilibra-se sobre si mesmo. ➢ O azul cria a sensação do vazio, de distância, de profundidade. 2. Fatores que influem na escolha das cores: ➢ Há uma necessidade de tentar sanar um grande inconveniente: as reações que uma mesma cor pode ocasionar e que derivam, às vezes, da utilização que dela se pretende fazer. Se um indivíduo pensa, consciente ou inconscientemente, em uma cor relacionada a determinado uso que irá fazer dela, é evidente que sua reação não é diante da cor em si, mas da cor em função de algo. ➢ Os costumes sociais são fatores que intervêm nas escolhas das cores. Por exemplo, em determinadas culturas, é hábito diferenciar, através da cor, as vestes das mulheres mais idosas das vestes usadas pelas mais jovens. Sensações visuais Objeto Significado Branco Vestido de noiva Pureza, paz Preto Noite Negativo Cinza Manchas imprecisas Tristeza, coisas amorfas Vermelho Sangue Calor, dinamismo, ação, excitação Rosa Enxoval de menina Graça, ternura Azul Enxoval de menino Pureza, fé, honradez Peso das cores ➢ As cores exercem diferentes reações fisiológicas sobre os organismos humanos e tendem, assim, a produzir vários juízos e sentimentos. ➢ As cores constituem estímulos psicológicos para a sensibilidade humana, influindo no indivíduo para gostar ou não de algo, para negar ou afirmar, para abster ou agir. Muitas preferências sobre as cores se baseiam em associações ou experiências agradáveis tidas no passado e, portanto, torna-se difícil mudar as preferências sobre elas. A utilização da cor ➢ Podemos constatar que o uso da cor, nos diferentes campos em que seu emprego tem valor decisivo, não pode ser resolvido arbitrariamente, com base apenas na percepção estética e no gosto pessoal. ➢ A especificidade daquilo que será anunciado tem íntima conexão com a cor empregada, quer seja para transmitir a sensação de realidade, quer para causar impacto ou realçar um diferencial. ➢ A Publicidade se adapta ao estilo de vida e reflete, ao menos em parte, o comportamento humano dentro de um determinado espaço-tempo. Essa limitação na transmissão da imagem se deve a uma das características mais marcantes da Publicidade, que é a de não frisar os aspectos negativos da sociedade, dentro da qual é criada e para a qual se dirige. Nesse sentido ela pode ser considerada ilusória, pois fixa apenas os aspectos de uma realidade colorida, bela e feliz e tem a intenção de sitiar as interdições. ➢ Por todo o seu conteúdo emocional, por sua força de impacto e por sua expressividade de fácil assimilação, é a cor o elemento que mais contribui para transmissão dessa mensagem idealizada, embora, paradoxalmente, ela seja também o fator preponderante na concretização do aspecto real da mensagem plástica. ➢ Em virtude de suas qualidades intrínsecas, a cor tem a capacidade de captar a atenção do comprador rapidamente e sob um domínio, em essência emotivo. TEORIA DAS CORES ➢ Isaac Newton foi o responsável pelo desenvolvimento da teoria das cores. Em seus experimentos, verificou que a luz branca, quando incidida sobre um prisma, se divide em aproximadamente trinta cores, sendo predominantes o vermelho, o verde e o azul. ➢ A cor não tem existência material: é apenas sensação produzida por certas organizações nervosas sob a ação da luz – mais precisamente, é a sensação provocada pela ação da luz sobre o órgão da visão. Seu aparecimento está condicionado, portanto, à existência de dois elementos: a luz (objeto físico, agindo como estímulo) e o olho (aparelho receptor, funcionando como decifrador do fluxo luminoso, decompondo-o ou alterando-o através da função seletora da retina). ➢ Os estímulos que causam as sensações cromáticas estão divididos em dois grupos: o das cores-luz e o das cores-pigmento. A luz é emitida diretamente por uma fonte luminosa direta. Cores-luz primárias (síntese aditiva) ➢ vermelho, verde e azul. ➢ O branco surge quando as três cores estão com força máxima e o preto quando nenhuma luz (e, portanto nenhuma cor) é emitida. ➢ Nesse sistema a mistura de duas cores resultará sempre numa cor mais luminosa. Quando se misturam as 3 cores primárias na intensidade máxima, alcança-se o branco. E por fim, nunca se conseguirá misturar diferentes cores e obter como resultado uma cor primária. Este sistema chama-se aditivo porque as cores se formam através da soma de luz, por isso a resultante da soma das cores é o branco. Os nomes das cores-luz primárias, em inglês (Red, Green, Blue), geraram a escala RGB. A escala RGB é usada para produzir arquivos e imagens voltadas para mídia digital. As cores-pigmento transparentes ciano (C), magenta (M), amarelo (Y) junto com o preto (K) formam a escala CMYK, que é a base de toda a reprodução gráfica. São usadas cores menos comuns, pois a luz refletida pelos pigmentos ciano e magenta misturam- se e de modo mais puro em novos matizes que a luz refletida pelos pigmentos azul e vermelho. Neste caso as tintas são transparentes para que a mistura cromática ocorra com as cores mostrando-se umas através das outras. A mistura cromática também se faz oticamente, quando a imagem é reduzida a minúsculos pontos de tamanhos variados, chamados de retícula. As cores restantes são misturadas pelo olho. A mistura cromática também se faz oticamente, quando a imagem é reduzida a minúsculos pontos de tamanhos variados, chamados de retícula. As cores restantes são misturadas pelo olho. Policromia ➢ As cores básicas para impressão são denominadas cores de seleção. ➢ A mistura delas por meio de retículas forma uma gama de cores chamadas escala. Estima-se que as tintas ciano cheguem a conter 25% de magenta, o próprio magenta guarde até 40% de amarelo em sua composição e o amarelo tenha 10% de magenta. Nas impressões coloridas as linhas de pontos tem que ser posicionadas nos ângulos corretos, caso contrário podem acontecer interferências. O moiré (pronuncia-se moarê) ocorre quando os ângulos da retícula entram em conflito, criando um padrão de interferência. Nas matrizes, a qualidade depende de uma outra propriedade, expressa em LPI (lines per inch, ou linhas por polegada)*. Elas se referem ao número de linhas de pontos existentes em 1 polegada linear ou 1 centímetro linear de um material impresso. *No sistema métrico pode ser conhecida por LPC, linhas por centímetro. Quanto maior a lineatura, menores serão os pontos, maior será a frequência dos pontos e melhores serão os meios-tons, ou seja, melhor qualidade. Quanto menor a lineatura, maiores serão os pontos, menor será a frequência dos pontos, ou seja, qualidade inferior. A relação entre DPI e LPI é de 2:1. Ou seja, a medida da imagem em DPI deve ser sempre o dobro da LPI. Assim, se um projeto terá uma matriz em 133 LPI (mais comum), a resolução mínima das imagens deverá ser de 266 DPI (ou 300 DPI para simplificar). Método de impressão Lineatura Tipo de papel Lineatura Offset 65 a 300 dpi Papel jornal 65 a 100 dpi Rotogravura 120 a 200 dpi Papel offset 100 a 175 dpi Flexografia 90 a 133 dpi Couchê 150 a 300 dpi Serigrafia 80 a 100 dpi Papel reciclado 65 a 175 dpi Hexacromia É a adição de laranja e verde às cores básicas. As seis cores são mais brilhantes do que as tintas de quatro cores padrão, permitindo melhor correspondência. Cores especiais ➢ Quando uma cor não é produzida por simulação de meios-tons, mas pelas tintas propriamente ditas, que não são cores de escala, elas são chamadas de cores especiais. ➢ Uma cor especial é qualquer uma que não seja o ciano, o magenta, o amarelo ou o preto. ➢ Cores especiais podemser necessárias quando empresas ou marcas tem uma cor padrão que precisa ser consistente ao longo de uma variedade de itens impressos. ➢ O uso de cores especiais também pode ser usado para o alcance de uma cor impossível de ser obtida por meio das cores de seleção. Por exemplo, as cores metálicas. Escala Pantone ➢ É uma escala patenteada que se baseia em 14 tintas (incluindo a preta e a branca) que produzem 1114 cores especiais, consultadas por meio de catálogos disponíveis para compra. ➢ As cores são obtidas pela mistura das tintas básicas. ➢ Essas misturas que podem ser compradas prontas ou realizadas pela gráfica. ➢ Quando trabalhamos com suportes diferentes, de acordo com o tipo de papel, por exemplo, teremos um resultado de impressão. ➢ De acordo como suporte, existe uma variação na cor da tinta, tanto na prova de cor, como na impressão final. ➢ É com uma escala CMYK completa em mãos, impressa, que um designer tem como definir, com certa garantia, a cor que deseja aplicar numa área de seu layout. ➢ Não se deve escolher a cor de um impresso pelo que se vê na tela, pois ela aparecerá distorcida, já que é simulada pela escala RGB, e não pela CMYK. Tintas Utilizadas para a impressão em embalagens de alimentos e brinquedos, elas respeitam a máxima quantidade de metais pesados que podem existir nessas tintas. ➢ Absorção: quando ocorre a absorção da tinta pelo suporte, como no papel. ➢ Oxidação: quando ocorre contato com o ar os ingredientes da tinta absorvem o oxigênio. Esse processo liga as moléculas de tinta para que ela se solidifique. ➢ Fotopolimerização: utilização de raios ultravioleta (UV) para solidificação da tinta (cura). Comum em materiais não porosos, como plásticos. ➢ Elevação de temperatura: a tinta passa por um forno. Tintas especiais: Apresentam reação quando entram em contato com metal, sofrendo transição de transparente para cinza claro. Mudam de invisível para azul claro ou outra tonalidade quando expostas à luz UV. Mudam de cor ou passam a ser visíveis com a variação da temperatura (calor ou frio). Mudam de cor ou passam a ser visíveis com a variação da temperatura (calor ou frio). A tinta absorve a luz e fica brilhante no escuro.
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