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CONTABILIDADE E GESTÃO DE CUSTOS I Professor Me. Rodolfo Vieira Nunes Reitor Márcio Mesquita Serva Vice-reitora Profª. Regina Lúcia Ottaiano Losasso Serva Pró-Reitor Acadêmico Prof. José Roberto Marques de Castro Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Ação Comunitária Profª. Drª. Fernanda Mesquita Serva Pró-reitor Administrativo Marco Antonio Teixeira Direção do Núcleo de Educação a Distância Paulo Pardo Coordenadora Pedagógica do Curso Ana Lívia Cazane Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico B42 Design *Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. Universidade de Marília Avenida Hygino Muzzy Filho, 1001 CEP 17.525–902- Marília-SP Imagens, ícones e capa: ©envato, ©pexels, ©pixabay, ©Twenty20 e ©wikimedia F385m sobrenome, nome nome livro / nome autor. nome /coordenador (coord.) - Marília: Unimar, 2021. PDF (00p.) : il. color. ISBN xxxxxxxxxxxxx 1. tag 2. tag 3. tag 4. tag – Graduação I. Título. CDD – 00000 BOAS-VINDAS Ao iniciar a leitura deste material, que é parte do apoio pedagógico dos nossos queridos discentes, convido o leitor a conhecer a UNIMAR – Universidade de Marília. Na UNIMAR, a educação sempre foi sinônimo de transformação, e não conseguimos enxergar um melhor caminho senão por meio de um ensino superior bem feito. A história da UNIMAR, iniciada há mais de 60 anos, foi construída com base na excelência do ensino superior para transformar vidas, com a missão de formar profissionais éticos e competentes, inseridos na comunidade, capazes de constituir o conhecimento e promover a cultura e o intercâmbio, a fim de desenvolver a consciência coletiva na busca contínua da valorização e da solidariedade humanas. A história da UNIMAR é bela e de sucesso, e já projeta para o futuro novos sonhos, conquistas e desafios. A beleza e o sucesso, porém, não vêm somente do seu campus de mais de 350 alqueires e de suas construções funcionais e conectadas; vêm também do seu corpo docente altamente qualificado e dos seus egressos: mais de 100 mil pessoas, espalhados por todo o Brasil e o mundo, que tiveram suas vidas impactadas e transformadas pelo ensino superior da UNIMAR. Assim, é com orgulho que apresentamos a Educação a Distância da UNIMAR com o mesmo propósito: promover transformação de forma democrática e acessível em todos os cantos do nosso país. Se há alguma expectativa de progresso e mudança de realidade do nosso povo, essa expectativa está ligada de forma indissociável à educação. Nós nos comprometemos com essa educação transformadora, investimos nela, trabalhamos noite e dia para que ela seja ofertada e esteja acessível a todos. Muito obrigado por confiar uma parte importante do seu futuro a nós, à UNIMAR e, tenha a certeza de que seremos parceiros neste momento e não mediremos esforços para o seu sucesso! Não vamos parar, vamos continuar com investimentos importantes na educação superior, sonhando sempre. Afinal, não é possível nunca parar de sonhar! Bons estudos! Dr. Márcio Mesquita Serva Reitor da UNIMAR Que alegria poder fazer parte deste momento tão especial da sua vida! Sempre trabalhei com jovens e sei o quanto estar matriculado em um curso de ensino superior em uma Universidade de excelência deve ser valorizado. Por isso, aproveite cada minuto do seu tempo aqui na UNIMAR, vivenciando o ensino, a pesquisa e a extensão universitária. Fique atento aos comunicados institucionais, aproveite as oportunidades, faça amizades e viva as experiências que somente um ensino superior consegue proporcionar. Acompanhe a UNIMAR pelas redes sociais, visite a sede do campus universitário localizado na cidade de Marília, navegue pelo nosso site unimar.br, comente no nosso blog e compartilhe suas experiências. Viva a UNIMAR! Muito obrigada por escolher esta Universidade para a realização do seu sonho profissional. Seguiremos, juntos, com nossa missão e com nossos valores, sempre com muita dedicação. Bem-vindo(a) à Família UNIMAR. Educar para transformar: esse é o foco da Universidade de Marília no seu projeto de Educação a Distância. Como dizia um grande educador, são as pessoas que transformam o mundo, e elas só o transformam se estiverem capacitadas para isso. Esse é o nosso propósito: contribuir para sua transformação pessoal, oferecendo um ensino de qualidade, interativo, inovador, e buscando nos superar a cada dia para que você tenha a melhor experiência educacional. E, mais do que isso, que você possa desenvolver as competências e habilidades necessárias não somente para o seu futuro, mas para o seu presente, neste momento mágico em que vivemos. A UNIMAR será sua parceira em todos os momentos de sua educação superior. Conte conosco! Estamos aqui para apoiá-lo! Sabemos que você é o principal responsável pelo seu crescimento pessoal e profissional, mas agora você tem a gente para seguir junto com você. Sucesso sempre! Profa. Fernanda Mesquita Serva Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Ação Comunitária da UNIMAR Prof. Me. Paulo Pardo Coordenador do Núcleo EAD da UNIMAR 007 Aula 01: 014 Aula 02: 023 Aula 03: 033 Aula 04: 040 Aula 05: 048 Aula 06: 057 Aula 07: 064 Aula 08: 070 Aula 09: 076 Aula 10: 083 Aula 11: 089 Aula 12: 096 Aula 13: 104 Aula 14: 111 Aula 15: 117 Aula 16: Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial Sistemas de Informação Sistema de Custo Terminologia e Princípios da Contabilidade de Custos Classificação dos Custos Métodos de Custeamento Departamentalização e Centros de Custos Critérios de Rateio Custos Diretos Custos Indiretos Materiais Diretos Mão de Obra Sistema de Produção por Ordem Sistema de Produção Contínua Produção e Custos Conjuntos Introdução Caro estudante, Seja bem-vindo à disciplina Contabilidade e Gestão de Custos I. Você irá vivenciar mais uma experiência de construção do conhecimento de forma autônoma, colaborativa e cooperativa, em um ambiente preparado especialmente para facilitar o processo de aprendizagem. Nesta disciplina, você irá entender o relacionamento da contabilidade de custos com a contabilidade �nanceira e com a contabilidade gerencial. Irá aplicar os conceitos de custos para �ns de avaliação e controle dos estoques e conhecer os sistemas de custos e a importância do rateio, com o objetivo de servir de base para o processo de tomada de decisão empresarial. Sendo assim, esta disciplina possui como objetivo oferecer aos alunos os instrumentos necessários ao entendimento da transição da contabilidade geral para a de custos. Estudaremos, ainda, os elementos gerenciais para o controle dos custos nas organizações, por meio de abordagens teóricas e práticas, habilitando-os a calcular o custo de produção dos diferentes produtos, bem como interpretar os diversos modos de produção. Nosso material está dividido em três partes, sendo que a primeira apresenta uma visão geral da contabilidade e da contabilidade de custos, os conceitos fundamentais, evidenciando o contexto em que a contabilidade de custos surgiu, sua de�nição, classi�cação e relevância das informações para as organizações, além de mostrar os métodos de custeio. A segunda parte dedica-se a entender a importância da departamentalização e os critérios de rateio, e também o estudo de cada um dos componentes de custos, com enfoque em sua mensuração, registro e controle. Por �m, serão vistos, na terceira parte, os principais sistemas de produção e sua forma de se relacionar com os custos. Desejamos a todos uma boa viagem ao universo da contabilidade de custos. Então, vamos começar? 6 01 Contabilidade Financeira 7 Na Aula 1, vamos abordar o conhecimento profundo e o corretoentendimento sobre a utilização da contabilidade �nanceira, como uma ferramenta de suporte no processo de tomada de decisões e controle operacional e �nanceiro. Assim, vamos compreender acerca das de�nições sobre contabilidade �nanceira e suas principais funções nos dias atuais. E, para �nalizar, discutiremos a importância das informações contábeis �nanceiras para a tomada de decisão e o uso das principais demonstrações contábeis, balanço patrimonial, demonstrações do resultado do exercício e demonstrativo do �uxo de caixa, como meio de se obter essas informações �nanceiras. Conceitos da Contabilidade Financeira Quando as pessoas leigas, que não trabalham dentro da área, escutam comentários sobre contabilidade �nanceira, contabilidade gerencial, contabilidade de custos e contabilidade patrimonial, são levadas de forma errônea a deduzir que existem diferentes tipos de contabilidade, isso, de certa forma, implicaria em vários departamentos de contabilidade dentro da empresa. Para Martins (2010), a contabilidade é apenas um setor dentro das organizações, porém, com a necessidade de informações de algumas áreas e da própria contabilidade, achou-se melhor subdividir a contabilidade de acordo com o objetivo �nal das informações fornecidas por ela. Isso se justi�ca porque a contabilidade é uma teia de conhecimentos e práticas de estudo e registro da organização. A contabilidade, originalmente, �cou conhecida como contabilidade patrimonial, cujo objetivo era demonstrar a posição patrimonial da companhia em um período especí�co. A contabilidade �nanceira aparece por uma necessidade oriunda da evolução dos negócios e das sociedades. Por isso, a sua �nalidade era satisfazer aos interesses dos investidores em saber a situação econômico-�nanceira da companhia, sendo sua atividade básica a mensuração dos registros contábeis da organização (Iudícibus, 2013). Conhecendo os conceitos e de�nições sobre a contabilidade �nanceira, o autor Bruni (2010) a trata naturalmente como uma ferramenta empresarial, pois disponibiliza informações relevantes aos agentes econômicos: proprietários, acionistas, gestores, 8 investidores e governo. Esse ferramental parte do princípio da comparação das oscilações quantitativas e qualitativas que ocorrem nos demonstrativos contábeis, sendo esses resultados informações relevantes para o planejamento e controle das operações, e auxilia os gestores na tomada de decisões �nanceiras, de investimento e de �nanciamento. Em resumo, é uma parte da contabilidade que coleta e avalia as informações seguindo padrões e normativas pré-determinadas por um tempo especí�co. Essa padronização é crucial para uma coleta de dados contábeis claros e íntegros, isso possibilita executar comparações sobre a liquidez, rentabilidade e desempenho empresarial entre períodos de um modo mais explícito e prático. Contabilidade Financeira no Processo Decisório Atualmente, os gestores necessitam ter mecanismos e ferramentas com a capacidade de analisar os possíveis cenários em que as organizações possam vir a enfrentar. Além disso, essas alterações provocam nas companhias movimentos de mudanças para se adaptar à nova realidade, com o intuito da sobrevivência de mercado. Com isso, as informações extraídas da contabilidade tornaram-se ainda mais importantes para a gestão da empresa, tanto para os usuários internos (sócios e administradores) como para os usuários externos (investidores, �nanciadores, 9 https://upis.br/blog/big-data/ fornecedores, governos e o público em geral). Informações estas que devem servir de parâmetro para análise da evolução da empresa e seu crescimento em participação no mercado, ao longo do tempo (Horngren; Fostes; Datar, 2010). Segundo os princípios contábeis, todos os dados advindos da contabilidade devem ser autênticos e padronizados, para que se possam produzir informações gerenciais verdadeiras e precisas. No caso de informações contábeis distorcidas, seja por falta de registros ou por evidências não seguras, possibilita um alto risco para os controles internos da organização, do mesmo modo que a falta de informações contábeis �dedignas (Vanderbeck; Nagy, 2001). Este trabalho aborda a questão das informações �nanceiras advindas dos demonstrativos contábeis, e sua importância para os gestores e organizações em períodos de crise econômica. De modo geral, para Martins (2010), a Contabilidade é o principal caminho para identi�car, avaliar e divulgar as informações �nanceiras, que serão responsáveis por formação de valor, ou seja, in�uenciar os executivos no processo de tomada de decisão. De acordo com Iudícibus (2013), entre outras �nalidades, a informação contábil possui a �nalidade de controle e planejamento. O aspecto do controle nada mais é que um procedimento no qual a empresa se protege, contra uma não adequação ou não conformidade em relação ao planejamento e às políticas adotadas pela organização. Já o planejamento é um processo em que se elabora, analisa e escolhe quais ações prioritárias (atividades) serão colocadas em prática no futuro. 10 https://go.eadstock.com.br/u3 Portanto, a contabilidade �nanceira possui um importante papel nas atividades ligadas ao planejamento e controle contábil/�nanceiro das organizações. A sua grande contribuição se desenvolve na forma quantitativa, ou seja, os indicadores �nanceiros, devendo ser avaliados para que os gestores possam tomar medidas para manter a empresa em constante desenvolvimento no mercado (Crepaldi, 2010). Levando em consideração o contexto apresentado, a contabilidade �nanceira, de�nitivamente, é fundamental para apoiar a tomada de decisão empresarial. Pois o controle �nanceiro evita um aumento de dívidas, proporcionando um mecanismo de suporte no processo de decisões, de modo a produzir diferenciais competitivos com a meta de otimizar os recursos e aumentar os lucros. Obtenção das Informações Financeiras A principal ferramenta para obtenção de dados e informações �nanceiras é conhecida como Análise de Balanços, que consiste em extrair das demonstrações contábeis, índices ou indicadores referentes às atividades operacionais e �nanceiras das organizações, sendo esse um modo que os gestores utilizam para realizar uma avaliação da situação econômica e �nanceira das companhias. 11 Nessa análise, vemos que uma comparação realizada entre as três empresas abordadas, sob a ótica da visão estratégica, temos que os indicadores �nanceiros, de insolvência e de sustentabilidade re�etem de algum modo, guardadas as proporções, as principais áreas funcionais da empresa. A análise traz subsídios e informações para uma avaliação, com base nos indicadores, da Petrobras no mercado global, após as fortes quedas do preço do petróleo e a grave crise de governança. Com esse tipo de avaliação, esses indicadores (informações) serão os pilares de sustentação que irão nortear as decisões a serem tomadas pelos executivos. Assim sendo, a análise de balanços torna-se um mecanismo crucial que municia os gestores no dia a dia. Para isso, as atividades contábeis devem exercer suas funções básicas de registrar, controlar, identi�car, mensurar e avaliar todos os fatos �nanceiros ocorridos na companhia, possibilitando que a situação �nanceira tenha um controle sistemático e informações verídicas. Tudo isso demonstra toda a necessidade de os executivos das companhias terem conhecimento sobre a estrutura e a metodologia de uma análise dos demonstrativos contábeis. Assim, as demonstrações �nanceiras são simplesmente relatórios �nanceiros utilizados como suporte para o processo de tomada de decisão nas organizações. Na visão de Marion (2012), os principais relatórios são: Balanço Patrimonial (BP), Demonstração do Resultado do exercício (DRE) e Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC). 12 https://go.eadstock.com.br/u4 Com relação aos três demonstrativos podemos a�rmar que o Balanço Patrimonial disponibiliza informações cruciais sobre o patrimônio das empresas, deixando claras as características dos �nanciamentos e dos investimentos derecursos empresariais. Já a Demonstração do Resultado do Exercício visa apresentar aspectos sobre o desempenho da companhia, por meio das receitas e despesas, ou seja, lucro ou prejuízo, gerado pelos investimentos e �nanciamento. Por �m, a Demonstração dos Fluxos de Caixa permite uma mensuração da geração de caixa (dinheiro) por meio das operações e atividades diárias, permitindo o conhecimento sobre a situação �nanceira da empresa. Em síntese, análise de balanços ou dos 3 demonstrativos é uma ferramenta que complementa e solidi�ca as informações �nanceiras das organizações (Iudícibus, 2013). A Contabilidade Financeira gera informações fundamentais para a tomada de decisão de seus usuários. Tais informações dizem respeito, basicamente, aos �nanciamentos/ origens e aos investimentos/aplicações de recursos (Balanço Patrimonial), assim como aos resultados gerados por eles (Demonstração do Resultado), e às entradas e às saídas de dinheiro, isto é, ao �uxo de caixa (Demonstração do Fluxo de Caixa) que �nanciamentos, investimentos, receitas e despesas representam para a entidade. 13 Contabilidade Gerencial 02 14 Olá, prezados, Toda organização possui uma área da Contabilidade responsável por suas informações, porém, em muitas dessas organizações existe apenas a preocupação de apurar tributos e atender às obrigações exigidas pela legislação (Bruni, 2010). Por meio da Contabilidade é possível extrair informações sobre a situação econômico- �nanceira da empresa, possibilitando a melhora do desempenho organizacional. Nesse contexto, tem-se a origem de uma rami�cação da Contabilidade, denominada Contabilidade Gerencial. A evolução representa uma adaptação para um novo ambiente com condições diferentes que as organizações enfrentam, seja pela reforma e adição aos focos ou às tecnologias utilizadas. Assim, cada fase é uma combinação do velho e do novo, com o velho sendo reformado para ajustar-se com o novo em combinação com um novo conjunto de condições para o ambiente gerencial. Em síntese, na visão de Bornia (2012), a Contabilidade Gerencial, na atualidade, é um produto resultado de todo o processo de evolução das fases anteriores. Características da Contabilidade Gerencial A Contabilidade Gerencial evoluiu ao longo dos anos, mudando seu foco, objetivo e posicionamento no processo de planejamento e tomada de decisões da empresa. Sendo assim, também ocorreram mudanças em suas de�nições. Para Anthony e Govindarajan (2001), a Contabilidade Gerencial é um processo que objetiva identi�car, mensurar, reportar e analisar as informações referentes às situações econômicas da empresa. Outra de�nição mais atual e importante trata a Contabilidade Gerencial como um conjunto de várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos, porém, em situação mais analítica ou diferenciada, com o intuito de auxiliar os gestores das organizações no processo decisório (Iudícibus, 2013). Isso mostra que os conceitos de Contabilidade Gerencial se adaptam às mudanças e às circunstâncias dentro de um panorama econômico e empresarial do momento, contudo, mantendo a sua essência básica, cujas informações são utilizadas pela 15 Figura 1 - Informações Financeiras e Informações não Financeiras Informações Não Financeiras - Satisfação do cliente - Fidelidade do cliente - Processo de qualidade - Inovação - Motivação dos colaboradores Informações Financeiras - Custo de produção - Custo de execução do serviço - Relatório de despesas dos departamentos - Custo de performance - Custo dos processos de produção Fonte: Bruni (2010). companhia como uma ferramenta no processo decisório, ou seja, na tomada de decisão. Pelas considerações apresentadas acima, vemos que Contabilidade Gerencial é o ramo da Contabilidade que tem por objetivos: Auxiliar a gestão com importantes informações, ajudando-a no processo de tomada de decisão, alocação de recursos, revisão do posicionamento estratégico, cálculos de custos e veri�cação da satisfação dos clientes. Fornecer, para os mais diversos usuários, internos e externos, informações para a tomada de decisão, devendo ser útil aos propósitos que cada usuário busca atingir. Essas informações podem ser tanto de cunho �nanceiro como não �nanceiro. A Figura 1 apresenta algumas informações que são classi�cadas como �nanceiras e não �nanceiras. 16 Este trabalho aborda a questão do baixo grau de utilização de artefatos modernos de Contabilidade Gerencial, já que a contabilidade deveria atender e�cazmente aos seus usuários externos e internos. Informações Gerenciais A necessidade de possuir informações é crucial em todos os setores da economia, independentemente das atividades desempenhadas. As organizações que estiverem municiadas de informações internas validadas terão maior �exibilidade e capacidade de adaptação às alterações. No entendimento de Marion (2012), as informações geradas pela contabilidade devem alimentar seus usuários de forma segura para a tomada de decisão, levando em consideração a situação da empresa, o desempenho e a evolução, além dos riscos e oportunidades. A informação contábil pode se expressar por diferentes caminhos, por exemplo: as demonstrações �nanceiras, escrituração ou registros, documentos, livros, planilhas, notas explicativas, projeções, pareceres, prognósticos, descrições críticas ou outra forma prevista em legislação. Ela deve ter o caráter, veraz e equitativo, de modo a satisfazer às necessidades dos vários usuários, não podendo privilegiar nenhum deles, considerando o fato de que os interesses nem sempre são coincidentes. 17 https://go.eadstock.com.br/u5 É evidente que a qualidade da informação irá determinar a qualidade da decisão tomada. Nesse caso, na visão de Crepaldi (2010), a informação de cunho gerencial deve ser simultaneamente: 1. con�ável: a con�abilidade é atributo que faz com que o usuário aceite a informação contábil e a utilize como base de decisões, con�gurando, pois, elemento essencial na relação entre aquele e a própria informação e fundamenta-se na veracidade, completeza e pertinência do seu conteúdo. 2. tempestiva: a tempestividade refere-se ao fato de que a informação contábil deve chegar ao conhecimento do usuário em tempo hábil, a �m de que este possa utilizá-la para seus �ns. 3. compreensível: a informação contábil deve ser exposta na forma mais compreensível ao usuário a que se destina. Clareza e objetividade com que a informação contábil é divulgada, abrangendo desde elementos de natureza formal, como a organização espacial e recursos grá�cos empregados, até a redação e a técnica de exposição utilizadas. 4. comparável: a comparabilidade deve possibilitar ao usuário o conhecimento da evolução entre determinada informação ao longo do tempo, numa mesma entidade ou em diversas entidades, ou a situação destas num momento dado, com vistas a possibilitar o conhecimento das suas posições relativas. 5. relação custo-benefício: o custo de obtenção da informação não pode ser maior do que o benefício produzido. Isto é um aspecto lógico, pois não se pode gastar mais do que o benefício proporcionado, já que ao adotar um sistema que assim agisse o gestor estaria tomando decisões prejudiciais à entidade que re�ete no resultado. Este aspecto também está relacionado com a relevância da informação, pois a produção de informações de pouca relevância pode aumentar o custo das informações. Dentre os principais usuários da contabilidade gerencial �guram os altos executivos e todos os setores da organização, variando a forma de apresentação e o grau de re�namento que a informação apresenta (Marion, 2012). As informações para a alta gerência devem receber um alto grau de re�namento e ser apresentadas de forma resumida e objetiva. Para a gerência intermediária as informações também devem ter um alto grau de re�namento, mas a apresentação deve ter mais detalhes, possibilitando o planejamento, o controle e a tempestiva ação, com medidas necessárias que 18 reforcem ou revertam cada situação apresentada. Já as informações para o níveloperacional são apresentadas de forma longa e analítica, praticamente em estado bruto. Nesse sentido, os gestores necessitam de informações que estejam em consonância com seus modelos. Assim, o modelo de informação deve ser estruturado com base na análise de modelos de decisão e mensuração empregados. Além disso, o sistema de informações deve fornecer informações básicas de que os gestores necessitam em suas tomadas de decisões. Quanto maior for a sintonia entre a informação fornecida e as necessidades informativas dos gestores, melhores decisões poderão ser tomadas (Anthony; Govindarajan, 2001). A Inteligência da Contabilidade Gerencial A Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade – ANEFAC, com seu canal no Youtube, apresenta o Programa Momento Econômico ANEFAC: Roberto Vertamatti entrevista Elaine Funo, diretora contábil �scal da Embraer. Disponível em: 19 https://go.eadstock.com.br/u6 Contabilidade Gerencial e sua relevância na tomada de decisão Tomar uma decisão não é algo fácil e exige muito de todos os envolvidos, e quando se leva a situação para o âmbito empresarial, as circunstâncias podem se complicar, já que as decisões tomadas em uma companhia englobam processos, custos e pessoas. A velocidade com que as diversas situações ocorrem dentro de uma empresa, fazem com que tenhamos de tomar inúmeras decisões ao longo do dia, umas mais simples, ou um pouco mais complexas (Perez Júnior; Oliveira; Costa, 2012). Mas a verdade é que, independentemente do grau de di�culdade de uma decisão, o fato é que ela sempre vai trazer consigo consequências, positivas ou negativas. Qualquer processo de tomada de decisão pode ser simples ou complexo — tudo depende do grau de importância, do objetivo a ser alcançado e dos re�exos da escolha. De modo que, a tomada de decisão envolve algumas etapas que estão relacionadas com a identi�cação do problema, bem como de�nir os critérios, analisar, escolher alternativas e veri�car a e�cácia da decisão (Iudícibus, 2013). Todo esse contexto citado evidencia a grande importância da tomada de decisões nas organizações, pois são elas que fazem com que nossas empresas saiam do lugar e se mantenham em constante movimentação no mercado em que atuamos. Por isso, para Marion (2012), é crucial conhecer os tipos de tomada de decisão: 1. Intuitiva - Uma decisão desta natureza é basicamente aquela que tomamos considerando apenas os sinais de que nossa intuição nos dá, ou seja, é uma sensação interna que temos, em detrimento de outro, não levando em consideração aspectos lógicos e racionais para escolher algo. 2. Racional - É o tipo de decisão que a maioria das pessoas mais deseja aplicar em seu dia a dia, isso porque ela faz com que o indivíduo leve em consideração os aspectos lógicos dos fatos, para que assim este tenha subsídios mais sólidos para decidir ou não por algo. 3. Com base em valores - Este é um tipo de decisão que pode ser facilmente confundido com a decisão intuitiva, no entanto, existem pontos que as diferenciam. No caso desta, o indivíduo tende a levar em consideração os valores que formou ao longo de sua vida para decidir ou não por algo. 4. Colaborativa - Em muitos momentos este é o tipo de decisão ideal e que deve ser colocado em prática com mais frequência, pois trata-se do processo 20 decisório que é tomado em conjunto com outras pessoas. É quando o gestor realiza reuniões e conta com a ajuda, opinião e sugestões de seus colaboradores para decidir quais rumos deve tomar nos processos organizacionais. 5. Especializada - Quando a intuição falha e a racionalidade e a colaboração não conseguem encontrar alternativas e�cientes e nem mesmo contribuir para que possamos tomar decisões conscientes, assertivas e seguras, é hora de contar com ajuda especializada para facilitar este processo dentro da organização. Porém, antes de as organizações e gestores escolherem qual o tipo de tomada de decisão irão adotar, é necessário um passo anterior, ou seja, compreender todas as etapas que envolvem um processo decisório. Pois, dentro de um processo de tomada de decisão é essencial elencar todos os aspectos relevantes com o intuito de evitar erros, assim, tem-se uma compreensão mais aprofundada da situação e demonstrando os custos-benefícios disponíveis (Martins, 2010). Conforme Crepaldi (2010), é possível dividir todo o processo de tomada de decisão em 5 etapas principais: 1. Identi�cação do problema – O problema exige controle para analisar o que está acontecendo. Inicialmente, o diagnóstico do problema passa por enxergar as consequências e de�nir o nível de prioridade da situação. 21 2. Coletar dados – Compreender a situação, com o máximo de informações sobre o problema. As fontes dependem do tipo de questão enfrentado pelos gestores, já que a coleta de informações é direcionada para as causas de um problema ou para as justi�cativas de um requerimento. 3. Identi�car as alternativas – A participação de outros pro�ssionais para contribuir com conhecimento e experiência sobre o problema. É importante usar artefatos para organizar e direcionar a atenção para os postos-chaves. 4. Escolha da alternativa – Deve-se, deixar claro e objetivamente quais as propostas de solução sugeridas, junto com suas atividades bem detalhadas. 5. Decisão e acompanhamento – Os caminhos possíveis de escolha podem ser simples ou complexos, como ocorre nas situações em que há uma medida principal e uma secundária – caso a primeira não funcione. colocar o texto normal aqui para a acessibilidade (vai aparecerno PDF e ser lido pelo leitor de tela) Enxergar o seu negócio de uma forma muito mais profunda e verdadeira é o maior dos benefícios da Contabilidade Gerencial. Porque é a partir daí que você poderá tomar decisões e decidir os melhores rumos para o empreendimento. Mas há outros benefícios: Manter-se muito bem informado sobre o real resultado do negócio; Tomar decisões certas, na hora certa; De�nir planos de ação reais; Aumento da e�ciência da sua gestão; Tomada de decisões mais rapidamente; Eliminação de desperdícios; Redução dos erros e inconsistências; Melhor controle �nanceiro; Pagamento de impostos de forma correta, porém, menos custosa. 22 Sistemas de Informação 03 23 Devido à importância do controle, as organizações buscam fontes que forneçam as informações necessárias a este controle. Para alcançar esta informação, as empresas utilizam os dados e as informações, ou seja, os sistemas de informações. No nosso dia a dia, ouvimos falar muito sobre dados e informação. Mas sabemos qual a real diferença entre esses dois termos? No primeiro momento, podemos até achar que tudo é a mesma coisa, e pensar que os conceitos são os mesmos, mas na verdade não os são. As Características dos Dados e das Informações Esses dois termos estão ligados como processamento de dados, sistemas de informação, gestão de conhecimento, coleta de dados, base de conhecimentos, entre outros. Assim, podemos apresentar os conceitos. Dados: são os registros soltos, aleatórios, sem quaisquer análises (Crepaldi, 2010). São códigos que constituem a matéria-prima da informação, ou seja, é a informação não tratada que ainda não apresenta relevância. Eles representam um ou mais signi�cados de um sistema que isoladamente não pode transmitir uma mensagem ou representar algum conhecimento (Anthony; Govindarajan, 2001). Informações: qualquer estruturação ou organização desses dados. É um registro, suporte físico ou intangível, disponível à assimilação crítica para produção de conhecimento (Perez Júnior; Oliveira; Costa, 2012). Portanto, o material de que é feito o conhecimento, após posicionamento crítico do indivíduo. Além disso, a informação é derivada dos dados que, sem um contexto, signi�ca muito pouco (Iudícibus, 2013). 24 Este trabalho consiste em avaliar a percepção dos gestores sobre a importância atribuída às informações contábeis e sua utilização nos negócios: As duas principais categorias de classi�cação dos dados são: qualitativos e quantitativos(Bruni, 2010). I. Dados qualitativos: tudo o que se refere à qualidade de algo. Uma descrição de cores, textura, uma descrição de experiências, uma entrevista. Tudo isso é dado qualitativo. II. Dados quantitativos: dados que se referem a números. O número de bolas de golfe, o tamanho, o preço, a nota em uma prova etc. Porém, há outras categorias com as quais você provavelmente vai se deparar (Marion, 2012): Dados categóricos: são os que categorizam o item que você está descrevendo. A condição de usadas, novas, quebradas etc. Dados discretos: são dados numéricos com brechas na sequência entre eles. Só pode haver um número inteiro de bolas (0,3 bolas seria impossível). Dados contínuos: são dados em que todos os valores são possíveis. Não há brechas entre eles. O tamanho do pé é um exemplo. 25 https://go.eadstock.com.br/u7 Dessa forma, podemos destacar que os dados não possuem signi�cado relevante e não conduz a nenhuma compreensão. Representa algo que não tem sentido a princípio. Portanto, não tem valor algum para embasar conclusões, muito menos respaldar decisões (Horngren; Fostes; Datar, 2000). Já a informação é a ordenação e organização dos dados, de forma a transmitir signi�cado e compreensão dentro de um determinado contexto. Seria o conjunto ou consolidação dos dados, de forma a fundamentar o conhecimento (Anthony; Govindarajan, 2001). Para Crepaldi (2010), a informação possui sete características que são fundamentais para geração de valor, dentre essas características de valor que podemos atribuir a informação, temos: Precisão: A informação não contém erro, tornando a informação útil. Uma informação imprecisa é originada por dados imprecisos no processo; Completa: A informação clara e direta contém todos os fatos importantes; Con�ável: A con�abilidade da informação depende do método de coleta dos dados. Quanto mais precisa e rápida essa fonte, mais con�ável e maior custo terá a informação; Relevante: Uma informação relevante (valor) dependendo do usuário que a utiliza na tomada de decisões; Veri�cável: A informação pode ser conferida para assegurar que está correta; Acessível: A informação é acessível aos usuários autorizados, na forma correta e no tempo certo; Segura: A informação deve ser armazenada de forma segura, de modo a possibilitar o seu acesso apenas pelos usuários autorizados. Conhecendo todas as características e os conceitos sobre os termos, qual seria a diferença entre dados e informação? Vemos que o dado não possui signi�cado relevante e não conduz a nenhuma compreensão. Representa algo que não tem sentido a princípio. Portanto, não tem valor algum para embasar conclusões, muito menos respaldar decisões (Marion, 2012). Já a informação é a ordenação e organização dos dados, de forma a transmitir signi�cado e compreensão dentro de um determinado contexto. Seria o conjunto ou consolidação dos dados, de forma a fundamentar o conhecimento (Marion, 2012). 26 Figura 1 – Pirâmide do conhecimento Dados Conhecimento Informação A B S T R A Ç Ã O Fonte: Anthony; Govindarajan, 2001. Em relação à Figura 1, a terminologia conhecimento é uma evolução natural que se inicia com os dados e passa pelas informações. De modo que, conhecimento é a informação processada e transformada em experiência pelo indivíduo. O conhecimento é a capacidade que o processamento da informação, adicionado ao repertório individual, nos dá para agir e prever o resultado dessa ação (Bruni, 2010). Um ponto de atenção é em relação à aprendizagem, que seria toda exposição a novas informações que, a partir daí, modi�cam o nosso comportamento e relacionamento com o meio ambiente que nos rodeia (Bruni, 2010). Em resumo, informação não é conhecimento, pois se a informação é o dado trabalhado, então, o conhecimento é a informação trabalhada. Sistema de Informação Antes de começar a falar de Sistema de Informação, vamos dar um passo anterior e explicar aspectos e características do que é um sistema. Nas palavras de Iudícibus (2013), pode ser de�nido como um conjunto de elementos inter-relacionados que 27 interagem no desempenho de uma função. Ou, um sistema é uma rede de componentes interdependentes que trabalham juntos para tentar alcançar um objetivo comum (Anthony; Govindarajan, 2001). É uma de�nição tão abrangente que pode ser usada em uma grande variedade de contextos, como, por exemplo: sistema econômico, sistema computacional, sistema solar, sistema digestivo, sistema endócrino, sistema nervoso etc. Qualquer sistema deve ter um objetivo claro e direto, sem um objetivo não há sistema. O objetivo do sistema deve ser claro para todos e incluir planos para o futuro (Bornia, 2002). Além disso, qualquer sistema deve ser gerenciado, e não se gerenciar sozinho, na visão de Anthony e Govindarajan (2001), a gestão de um sistema requer conhecimento das inter-relações entre todos os componentes dentro do sistema e das pessoas que nela trabalham. Em se tratando de um sistema de informação (SI), a sua �nalidade é prover informação a alguém na medida certa e em tempo oportuno. Ou seja, organiza atividades, apresenta controles e ajuda nas decisões (Bruni, 2010). Para Crepaldi (2010), o objetivo geral dos sistemas de informação é disponibilizar para a organização as informações necessárias para que ela atue em um determinado ambiente. De modo que o SI deve armazenar, tratar e fornecer informações de tal modo a apoiar as funções ou processos de uma organização. Em síntese, o objetivo dos sistemas de informação é entender e analisar como ocorre o impacto da adoção das tecnologias de informação nos processos de decisões gerenciais e administrativos das empresas (Bornia, 2002). Um sistema de informação (SI) pode ser automatizado ou manual e isso depende muito da organização, porém, todos os SI abrangem 3 elementos básicos: i) pessoas; ii) máquinas (software e hardware); iii) métodos organizados (procedimentos). Em relação à sua capacidade de interação com o ambiente, os sistemas classi�cam-se em (Marion, 2012): Abertos: são capazes de interagir com seu ambiente, in�uenciando-o e ao mesmo tempo sendo por ele in�uenciado. Fechados: sua principal característica é o seu isolamento em relação ao ambiente externo, eles não são capazes de interagir com o ambiente e não realizam transações de trocas externas. 28 Neste webinar, vemos, por meio de um olhar prático do mercado de trabalho, a necessidade e a importância dos SIs dentro do dia a dia das organizações. Webinar: A Importância do Sistema de Informação para a Gestão de Empresas, Uppertools Tecnologia da Informação Ltda. canal do Youtube. Uma empresa geralmente se divide em três níveis organizacionais: operacional, tático e estratégico. Para cada nível organizacional existe um tipo especí�co de sistema de informação (Anthony; Govindarajan, 2001). I. Nível operacional: Sistemas de Processamento de Transações (SPT) Os SPTs monitoram, coletam, armazenam e processam dados gerados em todas as transações da empresa. Esses dados são a entrada para o banco de dados da organização. Como características básicas nos SPTs, os dados são coletados por pessoas ou sensores que são inseridos no computador por meio de algum dispositivo de entrada. Em seguida, o sistema processa os dados de acordo com o processamento em lote ou online. II. Nível tático: Sistemas de Informação Gerencial (SIG) 29 https://go.eadstock.com.br/u8 Os SIGs oferecem informações na forma de relatórios aos gerentes de nível intermediário, como apoio no planejamento, na organização e no controle de operações. O termo SIG é ocasionalmente utilizado como um conceito abrangente para todos os sistemas de informação combinados. Um SIG produz principalmente três tipos de relatórios: rotina, ocasionais e exceção. Rotina: produzidos em intervalos programados, variando desde relatórios de controle de qualidade até relatórios mensais de taxas de absenteísmo. Ocasionais: comparam o desempenho de diferentes unidades de negócios ou período de tempo. Exceção: con�gurados para monitorar o desempenho,comparar o desempenho real com os padrões. III. Nível estratégico: Sistemas de Informação Executiva (SIE) O SIEs é uma tecnologia computadorizada projetada em resposta às necessidades especí�cas dos altos executivos. Fornece acesso rápido às informações atuais e acesso aos relatórios macrogerenciais. O mais importante para os altos executivos é que os SIEs oferecem as habilidades de relatório de exceção e de expansão. Finalmente, eles podem ser conectados a serviços de informação online e e-mail. Os SIEs podem incluir apoio à análise, comunicações, automação de escritório e apoio à inteligência. 30 Figura 2 - Hierarquia dos Sistema de Informação Nível Estratégico Nível Gerencial Nível Operacional Fonte: Marion, 2012. A Figura 2 resume a estrutura dos sistemas de informação segundo a hierarquia corporativa, departamental, operacional. Essas divisões entre os sistemas podem ser desenvolvidos para funcionar de forma independente ou de forma interligada, dependendo das atividades e funções que estão interagindo. Nesse sentido, temos que os sistemas de informação, de�nidos como tipicamente a�nados, com a estrutura da organização, são aqueles que estão organizados em uma hierarquia e que é composto de outros sistemas de nível hierárquico inferior. Ao �nal, temos que os termos dados, informação e conhecimento possuem de�nições distintas. Porém, estabelece-se entre eles um vínculo sistêmico e processual: dos dados são extraídas informações; das informações se constroem os conhecimentos. E, via de regra, o conceito de sistema de informação é aplicável a todo mecanismo projetado com a �nalidade de coletar, processar, armazenar e transmitir informações, de maneira a facilitar o acesso de usuários interessados, solucionando problemas e atendendo às suas necessidades. 31 SGBD – Sistema Gerenciador de Banco de Dados O banco de dados é uma coleção de dados organizada (“chave” ou “índice”). Um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) – do inglês Data Base Management System (DBMS) – é o conjunto de programas de computador (softwares) responsáveis pelo gerenciamento de uma base de dados. Seu principal objetivo é retirar da aplicação do cliente a responsabilidade de gerenciar o acesso, a persistência, a manipulação e a organização dos dados. O SGBD disponibiliza uma interface para que seus clientes possam incluir, alterar ou consultar dados previamente armazenados. 32 Sistema de Custo 04 33 Devido às necessidades de dados e informações para controle e decisão, além da avaliação de estoques, é normal que organizações adotem sistemas de custos acreditando em resultados imediatos, acreditando que essa medida seja sua salvação. Isso não está correto. Primeiro, porque nenhum sistema é capaz de resolver todos os problemas de uma empresa; e segundo, que para alcançar sua capacidade de funcionamento como mecanismo de gestão é necessário desenvolvimento e aprimoramento do sistema (Perez Júnior; Oliveira; Costa, 2012). O que é um sistema de custos: conceitos Para Crepaldi (2010, p. 223), “Custear signi�ca acumular, determinar custos. Custeio ou custeamento são métodos de apuração de custos, maneiras segundo as quais procederemos à acumulação e apuração dos custos”. Assim, o sistema de custos é considerado como fases de um procedimento que engloba a coleta, a classi�cação e a organização de dados no que se refere aos custos de serviços e produtos da companhia, de forma a transformar tais informações em relatórios de dados estatísticos e padronizados. Pode-se dizer que a empresa possui um sistema em relação aos seus custos e despesas, quando veri�ca se estão dentro do esperado, analisa as divergências e toma medidas para correção de tais desvios, ou seja, a contabilidade de custos pode ser uma parte do processo decisório. No entendimento de Martins (2010), o sistema representa um conduto que recolhe dados em diversos pontos, processa-os e emite, com base neles, relatórios na outra extremidade. Ou seja, o sistema custeio é uma ferramenta da contabilidade de custos ligado à mensuração do custo dos produtos e dos serviços. É a forma como os custos �xos e variáveis, diretos e indiretos, e outros valores são apropriados aos produtos ou serviços. Além das de�nições acima citadas, o sistema de custos é capaz de auxiliar no gerenciamento e monitoramento do desempenho da organização. Uma das grandes utilidades dos sistemas de custos é exatamente a sistematização criada para o 34 registro de volumes físicos consumidos e fabricados, pois para a Contabilidade de Custos utiliza não só os valores monetários, mas dados de natureza não monetária (Vanderbeck; Nagy, 2001). No entendimento de Iudícibus (2013), as organizações com grande foco na competitividade estão a utilizar o sistema de custos para os mais diversos intentos: Desenvolver produtos que vão ao encontro das expectativas dos clientes e que possam render bons lucros; Quais setores necessitam de melhoria contínua ou descontínua no que se refere à qualidade, e�ciência e velocidade; Escolha de fornecedores; e Melhor de�nição dos investimentos necessários e melhorias em determinados produtos. A escolha do sistema de custeio deve ser efetuada levando-se em consideração os objetivos que devem ser atingidos, pois dados extraídos de uma mesma fonte podem levar a resultados distintos, a depender do método utilizado. Portanto, a construção de um sistema de custos requer um completo entendimento: a) estrutura organizacional da empresa; b) procedimentos ou processos de produção e c) tipo de informação de custo desejada e exigida pela administração da empresa. Em síntese, é evidente que somente a utilização do sistema de custos de forma isolada não fará com que a organização alcance os �ns desejados, no entanto, não há como negar que o mesmo é uma ferramenta de grande importância no processo de decisão. 35 Este trabalho consiste em veri�car os fatores determinantes das práticas de gestão de custos utilizadas no processo decisório de empresas da região Oeste catarinense. Sistema de Custos e o Processo Decisório Nos processos de tomada de decisão faz-se necessário absorver todas as informações em tempo real sobre a empresa, direta ou indiretamente, como é o caso das informações derivadas de variáveis mercadológicas, sociais e culturais. De modo que se tenham, os recursos, o su�ciente para decidir qual o melhor projeto para o novo produto ou de treinamentos realizados para os colaboradores dentro da organização pelo qual esteja em sincronia com os objetivos da empresa. Faz parte de qualquer organização, dentro do processo de tomada de decisões, a existência de ferramentas de que os gestores devem fazer uso visando melhorar a competitividade de sua empresa em seu nicho de atuação (Horngren; Fostes; Datar, 2000). O sistema de custos é uma dessas importantes ferramentas, tal sistema municia o gestor de informações sobre a estrutura de custos de sua organização. Trata-se, pois, de um instrumento e�caz que pode ser utilizado nos âmbitos estratégico, tático e operacional da organização: No nível operacional acontece a coleta dos dados; 36 https://go.eadstock.com.br/u9 No nível tático acontece a diferenciação e classi�cação (informações padronizadas); No nível estratégico as informações fornecidas são usadas para a tomada de decisões estratégicas. Este trabalho consiste em desenvolver um sistema de custeio para uma pequena academia de ginástica compatível com a maturidade da empresa e que apoie as tomadas de decisões da mesma. 37 https://go.eadstock.com.br/va O sistema de custos promove um caminho de extração de dados entre todos os setores da organização que envolvam suas operações, recursos �nanceiros ou não �nanceiros que gere alguma obrigação de custos por parte da empresa. De modo que, a cada departamento que realiza atividades voltadas para os interesses da empresa, compreende-se que gerará custos e despesas. Com as informações coletadas das operações e das vendas, o sistema será capaz de avaliar os dados contábeis e �nanceiros paraestabelecer os custos de produção e distribuição, unitárias ou totais, para um ou para todos os produtos fabricados ou serviços prestados, além dos custos das outras diversas funções do negócio, objetivando alcançar uma operação racional, e�ciente e lucrativa (Bruni, 2010). Na visão de Perez Júnior, Oliveira e Costa (2012), a elaboração de orçamentos, de�nição de preços, análise dos custos, determinação do volume de produção, etc., é uma forma de suporte ao processo de tomada de decisão. Ou seja, isso mostra a grande necessidade de um bom planejamento e controle dessas atividades empresariais. Diante disso, a criação de um novo produto ou a melhoria da sua qualidade é crucial para tomada de decisão, além de conhecer os custos em que irá incorrer, ou seja, a gestão �nanceira e orçamentária deverá estar em concordância sobre a gestão de custos para tomada de decisão. Deve criar estratégias de investimentos para atividades de apoio ou qualquer atividade que esteja dentro dos planos estratégicos para o tomador de decisão, ou seja, o gestor dessa organização. Desse modo, a gestão de custos deve conhecer os dados das áreas e tomar medidas sobre os acontecimentos das mesmas, isso se torna uma tarefa muito complexa, de modo que se faz necessário um sistema integrado, ou seja, uma mensuração detalhada de todos os departamentos da organização, em relação aos custos das áreas, já que o principal objetivo das empresas são os lucros (Martins, 2010). Vemos que a tomada de decisão busca envolver a contabilidade de custos por meio do sistema de custos, um mecanismo de auxílio na análise de custos e despesas, que subsidia os processos estratégicos pelo qual constituem a empresa para os seus objetivos. 38 É de fundamental importância teruma excelente gestão de custos, no qual conseguirá identi�car se está tendolucro ou prejuízo na produção. E, com isso, veri�car se o valor do preço devenda está pagando os gastos que se tem dentro da organização, para que oprocesso na tomada de decisão seja e�caz. 39 Terminologia e Princípios da Contabilidade de Custos 05 40 Olá, estimados, Conforme o desenvolvimento da Contabilidade Geral, a Contabilidade de Custos não nasceu completa, contudo, passou por um processo evolutivo de constante aperfeiçoamento até os dias atuais, estando em constante mudança. Atualmente, a Contabilidade de Custos, em todas as atividades empresariais, re�ete sua utilidade como instrumento gerencial do planejamento e do controle e, principalmente, na tomada de decisão. Pode-se a�rmar que a Contabilidade de Custos mensura e relata informações �nanceiras e não �nanceiras relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela organização. A avaliação dos estoques e a apuração do resultado econômico, por meio do controle de custos, criam condições para acompanhar o desempenho empresarial, vinculando a aplicação do ciclo da contabilidade de custos aos resultados preestabelecidos (Bornia, 2002). Conceitos da Contabilidade de Custos A contabilidade é um conhecimento cientí�co para evitar que as empresas cheguem à situação crítica ou, então, para ajudá-las a sair do vermelho. Se você compreender bem a contabilidade de custos, terá em mãos um excelente instrumento para ajudar os administradores a tomar as melhores decisões para o sucesso da empresa. Para o bom entendimento do assunto de uma forma mais abrangente é indispensável a compreensão dos objetivos da contabilidade de custos, bem como a sua própria de�nição. Para Horngren, Foster e Datar (2000), a contabilidade de custo mensura e demonstra informações �nanceiras e não �nanceiras relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela organização. Nota-se que este conceito enfatiza a questão da mensuração e do fornecimento de informações �nanceiras e não �nanceiras. Para Vanderbeck e Nagy (2001), a contabilidade de custos refere-se às atividades de coleta e fornecimento de informações com vistas à tomada de decisão de todos os tipos, envolvendo tanto as relacionadas com operações repetitivas quanto as de natureza estratégica, e, ainda, ajuda na formulação das principais políticas das organizações. 41 En�m, a contabilidade de custos deve fazer com que os gestores conheçam os valores envolvidos na produção e oferta de um serviço ou produto. Portanto, é um elemento essencial para uma gestão e�ciente, sendo apenas para uso interno e não vinculativo (Crepaldi, 2010). Dessa forma, não existe nenhum sistema ou método de custos padrão para todas as empresas, mas cada empresa pode adaptar o sistema ou método mais adequado de acordo com suas necessidades e objetivos. Este trabalho consiste em apresentar as principais di�culdades do setor público em implantar o sistema de contabilidade de custos. 42 https://go.eadstock.com.br/vb Em relação aos objetivos da contabilidade de custo, vemos que passa pelo registro contábil das operações de produção da companhia, por meio das contas de custeio (Martins, 2010). Dessa forma, ela controla e registra a movimentação dos componentes do custo, ou melhor, dos fatores da produção. Além de informar aos gestores quais as atividades que necessitam de providências; auxilia na solução de vários problemas, tais como: preço do produto, análise das inversões, expansão das facilidades a �m de aumentar a produção ou vendas; decisões no sentido de comprar ou fazer, bem como a análise da localização de uma empresa. Mais especi�camente, segundo Iudícibus (2013), podemos acrescentar que a contabilidade de custo tem como função: apontar os custos para determinado período; controlar as quantidades físicas produzidas; estabelecer sistemas de controle de custo que permitam análises, comparações, redução ou melhoramentos do custo; fornecer dados de custo com relação a determinadas alternativas, a �m de tomar decisões quanto à escolha. Com as informações fornecidas pela contabilidade de custo é possível controlar melhor as despesas de produção e ajudar nas tomadas de decisões. O mais importante é que esses custos estejam sempre sob controle e sejam monitorados para que sua gestão jamais saia dos eixos. 43 Seja íntimo da contabilidade de sua empresa Enquanto empresário ou empreendedor, é fundamental que você seja íntimo e entenda como funciona a contabilidade de sua empresa. Porque muitas pessoas que não têm nenhuma habilidade contábil, não fazem questão de aprender ou entender pelo menos o mínimo, para ter condições de acompanhar o andamento dos processos �nanceiros da organização. Muitos empresários deixam nas mãos de outras pessoas questões como estas, e relegam responsabilidades que são suas de fato. É essencial contar com pro�ssionais especializados em contabilidade, principalmente, se você não tem esta habilidade, entretanto, é também fundamental acompanhar a saúde �nanceira de sua empresa, caso contrário, o pior pode acontecer e você vai simplesmente ser pego de surpresa. Não permita que isso aconteça! Princípios e Terminologia da Contabilidade de Custos Os Princípios Contábeis simbolizam a essência das doutrinas da Ciência Contábil, e são aplicados diretamente no objeto da ciência contábil: o Patrimônio. Segundo a legislação contábil, os princípios contábeis, como um todo, devem ser respeitados tanto na contabilidade aplicada ao setor privado como na contabilidade aplicada ao setor público. Já que a observância dos princípios contábeis é obrigatória no exercício da pro�ssão contábil e suas diretrizes são consideradas legítimas perante as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Segundo Vanderbeck e Nagy (2001), os princípios contábeis aplicáveis à contabilidade de custos, estão a seguir descritos: 44 Registro pelo Valor Original - A base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades na elaboração de suas demonstrações contábeis é o custo histórico. Pois determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais expressos em moeda nacional. Competência - Esse princípio determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nosperíodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Ou seja, pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. Consistência ou Uniformidade - Refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de um período para outro considerando a mesma entidade que reporta a informação, quanto para um único período entre entidades. Conservadorismo ou Prudência - Determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quanti�cação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Relevância - Informação contábil �nanceira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. A informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo no caso de alguns usuários decidirem não levar em consideração, ou já tenham tomado ciência de sua existência por outras fontes. Materialidade - A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida (misstating) puder in�uenciar decisões que os usuários tomam com base na informação contábil �nanceira acerca de entidade especí�ca que reporta a informação. O estudo das terminologias de custos é importante para o entendimento da contabilidade de custos e gestão de custos, por isso, faz-se necessário o entendimento de diversas terminologias comumente utilizadas pelos pro�ssionais 45 ligados à área de custos. Para Martins (2010), é normal para iniciantes nos estudos da contabilidade criar certa confusão entre os termos abaixo: a) Gasto Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício �nanceiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). b) Desembolso Pagamento (saída de recursos �nanceiros) resultante da aquisição do bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto, defasada ou não do momento do gasto. c) Investimento Representa a aplicação de recursos em ativos. O investimento é um gasto ativado, dada a sua característica de geração de benefícios, ou seja, é o emprego de recursos com a �nalidade de obtenção, direta ou indiretamente, de um lucro, imediato ou futuro. d) Custo Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. e) Despesa Sacrifício patrimonial para manutenção das atividades da empresa; geralmente, com objetivo de obtenção de uma receita. Bem ou serviço consumido, direta ou indiretamente, reduz o lucro, representando o uso ou consumo de bens e serviços no processo de obtenção de receitas. f) Perda Corresponde ao consumo de bens ou serviços de forma anormal e involuntária, sendo portanto, imprevisível. As perdas inerentes ao processo produtivo quando se comportarem dentro dos limites de previsibilidade podem ser consideradas como custo. Não se confunde com despesa (muito menos com o custo) exatamente por sua característica de anormalidade e involuntariedade. 46 Como fazer em minha empresa? Esta é a pergunta que deve estar em sua mente, neste momento, caso você seja uma pessoa que ainda não utiliza a contabilidade de custos em seus negócios. Compartilhamos com você formas e�cientes para que você tenha mais ciência do que vem gastando em sua organização. Con�ra: Listar os custos Determinar os custos diretos Comparar custo direto e preço de venda Ratear os custos indiretos Encontrar o ponto de equilíbrio (quantidade x preço) 47 Classificação dos Custos 06 48 Se você perguntar a um empresário se ele sabe exatamente quanto custa produzir o seu produto, poucos terão na ponta da língua a resposta. Isso é bem preocupante, já que ter essa informação é essencial para fazer uma gestão de redução de custos e analisar a preci�cação. Aliás, preço correto e diminuição dos custos são fatores muito almejados pelos empreendedores e o primeiro passo para os alcançar é entender os custos diretos, indiretos, �xos e variáveis da sua empresa. Estes custos vão desde os investimentos para iniciar suas atividades, até a criação e comercialização de um produto/serviço. É necessário identi�car cada um deles e de diversos outros, para que o ciclo de vida da organização não seja comprometido no futuro. Componentes do Custo Qualquer custo se compõe de três elementos: o material, a mão de obra e gastos gerais de fabricação (Bornia, 2002). Assim, são três os componentes básicos na formação do custo: materiais; mão de obra; gastos gerais de fabricação. Materiais Os materiais que integram �sicamente o produto (matérias-primas e materiais secundários), e as embalagens quando aplicadas aos produtos dentro da área de produção são chamados de materiais diretos (Crepaldi, 2010). Matéria-prima - é a substância bruta principal e indispensável na fabricação de um produto. Materiais secundários - entram na composição dos produtos, juntamente com a matéria-prima, complementando-a ou até mesmo dando o acabamento necessário ao produto. Materiais Auxiliares - são todos os materiais que, embora necessários ao processo de fabricação, não entram na composição dos produtos. Ex. Numa 49 indústria de móveis de madeira, são as lixas, as estopas, os pincéis, a graxa etc. Materiais de embalagem - são os materiais destinados a acondicionar ou embalar os produtos antes que eles deixem a área de produção. Ex: sacos plásticos, caixas de papelão. Mão de Obra É o esforço do homem aplicado na fabricação dos produtos. Compreende os gastos com salários, com benefícios a que os empregados têm direito (cestas básicas, vale- transporte, vale-refeição e outros) e com encargos sociais (Previdência Social, FGTS, etc.). A mão de obra, que se classi�ca em mão de obra direta e indireta, é o valor do trabalho humano, na produção de bens ou serviços (Perez Júnior; Oliveira; Costa, 2012). Conforme o conceito, a Mão de Obra Direta (referenciada como MOD) faz parte do gasto relativo ao pessoal e é caracterizada por trabalho direto na produção e possibilidade de veri�cação do exato tempo despendido na elaboração do produto. São classi�cados como mão de obra indireta (identi�cada pela sigla MOI), de acordo com os conceitos, os gastos relativos ao pessoal da produção que necessitam de rateio (segundo algum critério) para apropriação ao produto. Gastos Gerais de Fabricação Compreendem os demais gastos necessários para a fabricação dos produtos, como: energia elétrica, aluguel, água, depreciação das máquinas, etc. (Martins, 2010). Materiais indiretos – são materiais auxiliares empregados no processo de produção e que não integram �sicamente os produtos (Serras, lixas, estopas, solventes etc.) e os materiais diretos, cujo consumo não pode ser quanti�cado nos produtos (colas, vernizes, pregos etc.) em função do princípio da materialidade; Mão de obra indireta – corresponde à mão de obra que não trabalha diretamente na transformação da matéria-prima em produto, ou cujo tempo gasto na fabricação dos produtos não pode ser determinado; 50 Outros custos indiretos – são os demais custos indiretos incorridos na fábrica, cujo consumo não pode ser quanti�cado de forma direta, objetiva nos produtos. Este trabalho consiste na atenuação das constantes di�culdades da aplicação do método de custeio direto, buscando colher evidências acerca da contribuição dos métodos estatísticos e econométricos no processo de classi�cação de custos (�xos e variáveis). Classificação dos Custos Os custos de produção são compostos de elementos que geralmente estão diretamente ligados ao processo produtivo, e na medida em que seja possível quanti�car no objeto de custo (Horngren; Fostes; Datar, 2000). É importante ressaltar que, necessariamente, os esforços para realização de uma apuração desse tipo devem obedecer ao critérioda relevância, avaliando sempre a relação custo-benefício. Conforme os autores Martins (2010) e Iudícibus (2013), os propósitos da contabilidade de custo exigem classi�cações dos custos segundo alguns critérios: 1. Quanto ao comportamento em relação ao volume de produção 2. Quanto à relação com o produto 3. Quanto à natureza ou agrupamento 51 https://go.eadstock.com.br/vc 4. Quanto à forma de organização 5. Quanto à análise, planejamento e controle 6. Quanto ao auxílio às decisões administrativas 7. Quanto aos resultados e à contabilização A empresa Delta paga R$ 1.000,00 de aluguel pelo prédio da fábrica e produz os produtos A, B e C. É possível relacionar diretamente o aluguel da fábrica com um produto fabricado? Não. Sabe-se apenas que o custo de aluguel é fundamental para que a empresa possa produzir os produtos, porém, não é possível relacioná-lo diretamente a esses produtos. Devido a essa característica, para que se possa alocar uma parcela desse custo (aluguel) a cada produto, é necessário que seja feita uma distribuição. Quanto ao comportamento em relação ao volume da produção, signi�ca a variação deste em relação ao volume da produção. Subdivide-se em �xo, semi�xo e variável. Custos �xos - São aqueles cujos valores são os mesmos, qualquer que seja o volume de produção da empresa. Custos semi�xos – Também chamados Custos por Degraus, são custos que são �xos em uma determinada faixa de produção, mas que variam se houver uma mudança desta faixa. Custos variáveis – São aqueles cujos valores se alteram em função do volume de produção da empresa. 52 Com relação ao produto Os elementos do custo de fabricação com relação ao produto ou segundo a natureza do item são: os materiais diretos e indiretos; a mão de obra direta e indireta e as despesas gerais de fabricação. Materiais diretos - são aqueles que integram o produto acabado, podendo ser incluídos diretamente no custo. Materiais indiretos - são aqueles usados para completar ou acabar o produto e referem-se àqueles em que as quantidades empregadas são pequenas e sua identi�cação com o produto acabado é complexa; e outros itens, comumente pertencem a esta categoria (suprimento de fábrica). Mão de obra direta - é o tempo empregado na transformação do material direto, a �m de se obter o produto acabado. Mão de obra indireta - é o tempo gasto pelo homem não na produção, que não se relaciona com o produto, porém, necessários à produção. Despesas gerais de fabricação - são as despesas não identi�cáveis com o produto acabado, porém, necessárias à produção. Quanto à natureza ou agrupamento O processo de classi�car os custos quanto à natureza ou agrupamento, nada mais é do que agrupar os três itens do custo, em fases ou natureza de operações. Assim, teríamos o material direto e a mão de obra direta, agrupados como sendo o custo primário. O segundo agrupamento é o que se relaciona com as despesas gerais de fabricação, ligadas à produção. Pertencem ainda a esse agrupamento, a mão de obra indireta e material indireto. O último dos subagrupamentos é o que soma as despesas de distribuição, que se constituem de comissões, despesas de viagens, fretes e carretos, etc., e mais as despesas administrativas, que se compõem de salários, telegramas, aluguéis de casas comerciais, armazéns, despesas bancárias, etc. 53 Quanto à organização A classi�cação dos custos quanto à organização se relaciona com as linhas de produção, geralmente chamadas de departamentos. A organização das fábricas em departamentos é a base mais importante para a classi�cação e a combinação dos dados do custo, a �m de se obter um bom controle. Essa classi�cação se desdobra em departamentos produtivos, os quais são divididos em seções e subseções. As subseções são divididas em centros de custo, centros de produção ou pontos operacionais. Quanto à análise, planejamento e controle O sistema de custo de uma empresa proporciona os dados exigidos para o estabelecimento de custos padrão e para o preparo e operação de um orçamento. Sob este aspecto, podemos classi�car os custos em: Custo Real - é o custo que é apurado após o término de um período de produção. É também chamado de custo histórico, porque registra algo que já se realizou. Custo Estimado - é o custo baseado em uma estimativa ou previsão, feita com base nos anos anteriores. Uma série de dados de custos históricos permite ao administrador fazer uma previsão com certo grau de exatidão. O custo estimado pode ser feito por produto ou por item de custo, dependendo da sua �nalidade. Custo Padrão - é um aprimoramento do custo estimado, enquanto o custo estimado se utiliza de dados históricos, o custo padrão baseia-se em padrões físicos, tais como: a quantidade de material por unidade, tempo de trabalho por unidade e despesas gerais por unidade. O custo padrão é aliado do orçamentário, pois as quantidades físicas são multiplicadas pelos preços orçados a �m de se obter o custo padrão. Custo Orçamentário - é conhecido como um custo esperado, um custo que se considera obter. No começo do período, para que ele seja preparado, ele é usado para prever as necessidades �nanceiras, mão de obra, etc. O custo orçamentário serve como marco inicial no estabelecimento da margem de lucro. 54 Quanto ao auxílio às decisões da administração O custo quando instrumento de auxílio à administração procura conhecer o volume de vendas, para cada nível de produção a �m de comparar com o custo para tal produção, para estimar o seu lucro. Este sistema permitirá estimar o seu maior lucro de seu menor eventual prejuízo. Existe na empresa a necessidade do conhecimento do custo, que deve ser coberto pelo preço de venda, a �m de que o administrador possa estabelecer sua política de vendas face ao concorrente, já que a variação do volume de produção pode acarretar custos mais altos ou mais baixos. Podemos dizer que a análise dos custos favorece uma comparação com os custos dos concorrentes, propiciando uma redução, troca de partes, componentes, etc. Quanto aos resultados e à contabilização Quanto a essa classi�cação os custos, podem ser escriturados por: Custo por processo de fabricação - são aqueles em que a contabilização é feita em relação a uma linha de produção em forma contínua, em que não existe possibilidade de se identi�car na unidade produzida, com uma razoável precisão, os valores de material e mão de obra, ou não existe necessidade de se saber, uma vez que, somando-se os gastos de um período, obtém-se o custo total da produção. Custo por ordem especí�ca de produção - é o custo que é calculado para cada produto separadamente e especialmente quando a empresa não é do tipo de fabricação contínua ou padronizada. A característica do custo por ordem especí�ca é a de que possibilita identi�car para cada produto em elaboração os itens nele aplicados, ou melhor, possibilita estabelecer com exatidão o quanto de mão de obra e material foi aplicado no produto. 55 Para uma empresa, é muito importante saber o quanto tem para pagar e também para receber. Mas é igualmente importante saber para onde o dinheiro está indo e de onde ele está vindo. Categorizar os seus gastos e as suas receitas serve exatamente para isso: entender o caminho do seu dinheiro e poder tomar alguma ação quando algo não sair como planejado. Con�ra: Saiba o que você vai ganhar com a categorização Não crie muitas categorias Não utilize a categoria “outros” Saiba diferenciar os custos das despesas Não mascare a realidade Utilize uma boa ferramenta de gestão 56 Métodos de Custeamento 07 57 Prezados, não saber quanto custou a produção ou prestação de um serviço é algo mais comum do que se imagina, porém, não deixa de ser grave. Dessa forma, o desconhecimento dos custos dentro de uma empresa pode levá-la a uma dívida exorbitante ou até mesmo à falência. Isso porque corre-se o risco de estar vendendo algo por um preço menor do que foi gasto gerando, assim, um prejuízo que se acumula a cada ciclo de produção ou prestação. Portanto, o controle de custos dentrode uma empresa é de suma importância tanto para as tomadas de decisões empresariais e controle de operações quanto para obtenção de um nível adequado de rentabilidade (Anthony; Govindarajan, 2001). Isto é, tanto do retorno sobre o capital investido em determinado objetivo quanto maior é o nível de excelência que uma organização deseja alcançar. Porém, as informações de custeio devem ser estruturadas de forma a atender às necessidades especí�cas dessa organização. Este trabalho consiste em identi�car quais métodos de custeio são mais utilizados na literatura nacional, mais especi�camente no Congresso Brasileiro de Custos, destacando as aplicações em diversos tipos de organizações. 58 https://go.eadstock.com.br/vd Métodos de Custeio Entende-se por métodos de custeio o modo de alocar os custos dentro dos setores ou departamentos, ou seja, a forma de apuração de custos de um determinado produto ou serviço (Martins, 2010). Dependendo do método de custeio adotado, têm-se diferentes custos para um mesmo produto ou serviço, essa diferença se dá pelo enfoque que cada metodologia tem em relação aos custos. Sistema ou método de custeio é o fundamento da contabilidade de custos ligado à mensuração do custo dos produtos e dos serviços. É a forma como os custos �xos e variáveis, diretos e indiretos, e outros valores são apropriados aos produtos ou serviços. Ou seja, método de custeio é o conjunto de sistemas, procedimentos, normas e papéis que visam orientar, padronizar e controlar as atividades produtivas de uma empresa (Iudícibus, 2013). O custeio, segundo Martins (2010), signi�ca forma de apropriação de custos, ou seja, forma como os custos são apropriados aos diversos objetos de custeio. Para Vanderbeck e Nagy (2001), um sistema de custeio é apenas um conjunto de procedimentos adotados por uma empresa para o cálculo dos bens e serviços nela processados. No entendimento de Bornia (2002), os sistemas de custeio referem-se às formas como os custos são registrados e transferidos internamente dentro das organizações. Assim sendo, os métodos de custeio surgiram por meio da apropriação dos custos. Existem diversos métodos, tais como: custeio por absorção, custeio variável, custeio padrão, e outros. Cada um possui uma metodologia própria, apresentando vantagens e desvantagens de aplicação. Considerando os efeitos contábeis, somente o custeio por absorção é admissível, porém, o custo padrão pode ser adotado na contabilidade, desde que as variações ocorridas sejam ajustadas em períodos mínimos trimestrais. A seguir, alguns métodos de custeio são elencados: Custeio por Absorção Conforme os autores Perez Júnior, Oliveira e Costa (2012), o sistema se baseia na apuração de todos os custos, �xos e variáveis, relacionados com a produção de bens ou prestação de serviços. Esse método parte da premissa de não questionar o comportamento dos custos seguindo seus parâmetros, pois de qualquer forma todos os custos envolvidos serão incorporados ao produto ou serviço (Crepaldi, 2010). 59 Relembrando que essa metodologia segue à risca os princípios contábeis, realizando algumas simples etapas com o intuito de executar a aplicação. A primeira etapa é a separação entre custos e despesas, a segunda seria a apropriação dos custos diretos e, por último, a apropriação dos custos indiretos por rateio (Martins, 2010). Portanto, o custeio por absorção pode ser chamado de custeio integral, pois consiste no método derivado de aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade (Iudícibus, 2013). Nada mais é que toda apropriação de todos os custos diretos, indiretos, �xos e variáveis, custos que são causados pelo uso de recursos da produção aos bens elaborados, ou seja, todos os gastos relativos à fabricação. Custeio Variável Para os autores Horngren, Datar e Foster (2000), custeio variável é compreendido como um custeio de estoque, em que os custos variáveis de fabricação são quali�cados como custos inventariáveis, ou seja, são custos do período em que efetivamente ocorreram. Esse método atribui para cada custo uma classi�cação especí�ca, na forma de custo �xo ou custo variável. No custeio por absorção os custos �xos são rateados por produtos ou serviços, enquanto no custeio variável tais custos são tratados como despesa, e vão direto para o resultado. Consequentemente, o custeio variável ou direto é utilizado para �ns gerenciais, sendo uma ferramenta que apoia o processo de gestão da empresa (Bornia, 2002). É um método muito utilizado, mas, por sua restrição �scal e legal, sua utilização implica na exigência de dois sistemas de custos: Sistema de custo contábil (absorção ou integral); Sistemática de apuração paralela, segregando-se custos �xos e variáveis. Assim, compreende-se que esse método é uma regra em que se acumulam os custos de qualquer produto, serviço ou setor da companhia. Entretanto, apenas os custos variáveis são apropriados à produção, pois os custos �xos são direcionados para a conta de resultado, partindo do princípio de que os custos �xos independem da capacidade de produção da empresa (Martins, 2010). 60 Como resumo, no custeio variável somente são avaliados os custos que variam com a produção. Com isso, obtém-se a possibilidade de calcular as necessidades mínimas de vendas de produtos ou serviços para sustentar os custos e despesas �xas. Admitamos que uma empresa fabrique um produto que tenha demanda instável, oscilando entre 8.000 e 12.000 quilos mensais. Custo �xo..................................... R$ 80.000,00/mês Custo Variável.............................. R$ 12,00/kg Para 3 volumes de produção teríamos: Produção Custo Total Custo Uni Fixo Variável Total Fixo 8.000 kg 80.000,00 96.000,00 176.000,00 10,00 10.000 kg 80.000,00 120.000,00 200.000,00 8,00 12.000 kg 80.000,00 144.000,00 224.000,00 6,67 61 Custeio Padrão De modo geral, o custeio padrão é um sistema instrumental que quando interligado com outros sistemas proporciona uma análise comparativa das informações, assim, os gestores conseguem visualizar os gastos reais e confrontá- los com os orçados pela companhia (Iudícibus, 2013). Com esse controle dos custos (orçado x realizado) é viável realizar a mensuração dos desvios, pontuar as principais causas dos desvios, podendo assumir procedimentos corretivos para eliminação de erros ou melhoria do desempenho. Nas palavras de Crepaldi (2010), o custeio padrão é um sistema com uma enorme capacidade de gerar relatórios �dedignos, de forma a possibilitar uma averiguação das informações que permitirá aos gestores analisar se os objetivos estão sendo alcançados. Em sua concepção gerencial, o custo-padrão indica um custo ideal que deverá ser perseguido, servindo de base para a administração mediar a e�ciência da produção e conhecer as variações de custo. Esse custo ideal signi�ca que em condições perfeitas, de e�ciência e máximo rendimento, é o valor a ser encontrado pelas organizações (Martins, 2010). Portanto, o custo padrão é um custo pré-atribuído ou planejado, tomando como base o registro da produção (volume) antes da determinação do custo efetivo. Custeio Baseado por Ati�dade (ABC) Com a velocidade da transformação da globalização e forte concorrência nos mercados, o custeio ABC surge com o objetivo de lapidar a forma de alocar custos e despesas indiretos de produtos, assim se transforma em uma ferramenta capaz de proporcionar competitividade em situações econômicas acirradas (Anthony; Govindarajan, 2001). No entendimento de Bornia (2002), este método rastreia a origem dos gastos de uma organização, com o objetivo de analisar e monitorar os diferentes trajetos do consumo dos insumos, de modo a identi�car as atividades mais relevantes na prestação do serviço ou na produção do produto. 62 A grande diferença entre este método (ABC) e os tradicionais, está na utilização do rateio, pois o custeio ABC é focado nas atividades desempenhadas na empresa para apurar os custos, diferente dos sistemas baseados nos volumes (Horngren; Fostes; Datar, 2000). Portanto, o custeio
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