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CENTRO UNIVERSITÁRIO REDENTOR – PARAÍBA DO SUL RESENHA CRÍTICA A IMAGEM DA CIDADE Rodrigo Soares Martins Disciplin: Desenho Urbano Professor (a): Camila Carvalho Paraíba do Sul 2019 A obra de Keven Lynch nos traz uma gama enorme de pesquisa, estudos e relatos sobre como é percebida a cidade pela escala das pessoas que ali vivem e que trocam experiências com os seus elementos urbanísticos. O autor descreve estudos de três Cidades americanas distintas como Los Angeles, Boston e Jersey City. Nestas analises o mesmo elabora e descreve pesquisas das percepções que cada indivíduo tem da sua cidade e como isso será influenciado em sua imagem e na sua estrutura. O autor coloca outros fatores influenciáveis da imagem, sendo significado social de uma área, função, história e seu nome; porém esses fatores relatados não tem relevância, pois o que realmente importa será a sua forma. As pessoas entrevistadas consideraram as ruas como principal elemento da estrutura e percepção ambiental. Dessa forma relata a importância com relação aos estudos do elemento da imagem, que cada pessoa faz da sua cidade e na experiência e características de cada indivíduo. O texto com dialogo longos e investigativos traz como o cidadão vai se comportando a cada elemento da paisagem urbana das cidades levantadas, utilizando do método processo em coletas de informações e pesquisas de diferentes lugares, sendo concreto ou abstratos, fundindo essas informações em um livro desenvolvidos para estudiosos na área de urbanismo ou reflexões sociais. As pessoas têm uma relação com alguma parte da sua cidade no reconhecimento dos cincos elementos da paisagem urbana, tanto físicos quanto perceptíveis em suas vias, limites, bairros, cruzamentos e elementos marcantes. Assim, Keven Lynch tenta dar respostas a várias perguntas na escala do urbanista, mesmo sendo sua própria opinião, onde essas perguntas todos os indivíduos se fazem no decorrer da vida, como por exemplo, como surgiu aparência da cidade, forma visual para habitantes, construção da sua imagem mental e seus elementos marcantes. Portanto, expondo sobre estes cincos elementos, as vias são canais onde o indivíduo se locomove como em passeios, ruas, calçadão, linha de trânsito, ciclovias, estradas e rodovias. Temos como exemplo a rua das Palhas em Paraíba do Sul aonde podemos perceber suas fachadas, seu espaço largo atraindo atenção para residências baixas calçadas arborizadas e a rua com sentido contínuo tendo início e fim. Limites são vistos como elementos lineares não usados nem considerados pelos habitantes, como por exemplo as vias, que pode ser compreendido como fronteira dentro da cidade, onde não se configura na categoria de rua e assim pode ter uma relação com segregação nas cidades. Pode também ser identificados como bairros, rios, lagos, margens, topografia e até uma ferrovia que corta a cidade de Paraíba do Sul-RJ, por exemplo, onde ao lado da rua das Palhas é atendida com toda infraestrutura e equipamentos públicos, como praças, vias e calçadas bem pavimentas. Porém o mesmo fato que não ocorre no bairro de Santa Efigênia, na mesma cidade, sendo a linha férrea um limitador social. Os bairros são regiões urbanas de tamanhos médios ou grandes, considerado um espaço urbano de extensão bidimensional e são reconhecíveis por características comuns que os torna identificados na maneira em que as pessoas e saem, podendo ser diferenciadas pelas suas texturas forma, símbolo, tipo, costumes entre outros. Portanto pode ter diferentes tipos de limites, podendo ser introvertido ou extrovertidos. Demostrando esse fato no centro da cidade de Três Rios onde encontramos prédios antigos, vias fechadas para trânsito pedestre, faixa de pedestre em todos os cruzamentos, ciclovia, grande movimentação, tanto pedestre e veículos, tendo atividades predominância de comercio. Já no bairro Nova Niterói, da mesma cidade, temos alguns comércios vicinais, e o trânsito de pedestre é de moradores da localidade, com edificações novas e predominantemente residenciais, e poucas faixas de pedestre com vias estreitas. Cruzamentos são pontos locais estratégicos da cidade podendo ser uma interligação de transporte entre cruzar de vias onde o observador vai e vêm, assim pode ser encontrados em praças, obeliscos, esquinas e entroncamentos rodoviários, como exemplo o principal acesso da cidade de Paraíba do Sul aonde temos um grande cruzamento da entrada da cidade sendo a rodovia BR 393 com a Avenidas da Nações e estrada da Palestina. Finalizando no último elemento, podemos descrevê-los em marcantes, como os pontos de referências externa aos observadores visualizados como simples elemento físico, podendo se posicionar dentro da cidade ou em tal distância, desempenhando a função constante de símbolo até direção, como torres, monumentos, esculturas, colinas e extensão de montanhas e edificações que sirvam de marco proeminente. Podemos colocar como exemplo a arquitetura da obra Centro Heydar Aliyev e da arquiteta iraquiana Zaha Hadid, onde sua edificação se destaca na paisagem, impressionando pela sua forma orgânicas, curvas alongadas, volume expressivo, monumental e marcante. Em uma obra bem resolvida de diálogos longos temos uma percepção melancólica dos lugares explicitados, isso dado pelo fato de ter sido elaborado em cidades fora do nosso imaginado, distante de identificação como os locais relatados, sendo esse o fato de seguir com tantos exemplos em locais conhecidos. De acordo com Lynch a correlação se dá pela sobreposição de ligação dos elementos citados anteriormente, onde eles são trabalhos em conjuntos para gerar uma forma satisfatória de relações, sendo que este é a imagem total dos dados analisados por categorias exemplificadas. De modo geral, esta é uma leitura que nos faz reconhecer o nosso espaço urbano de uma maneira mais organizada e harmoniosa em formas estruturadas presente nas cidades, onde é dotada de uma identidade única e marcante para encontrarmos deficiências em mobilidade urbana acessível e segregação física e social. Referência bibliográfica LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1980.
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