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AULA-01-PSICOLOGIA-DA-EDUCAÇÃO

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PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 
 
 
 
Olá, 
 
Nesta unidade de aprendizagem, você irá compreender de que modo a 
psicologia se articula ao campo educacional com vistas a buscar compreender 
o modo como os sujeitos se relacionam e se comportam ao mesmo tempo em 
que desenvolvem sua aprendizagem, bem como acompanhar suas diretrizes 
e bases norteadoras. 
Por fim, conhecerá quais elementos são essenciais para sua atuação 
nos processos de ensino-aprendizagem. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 1 – INTRODUÇÃO AO 
ESTUDO DA PSICOLOGIA 
DA EDUCAÇÃO 
 
 
 
 
 
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, espera-se que você seja capaz 
de: 
 
• Identificar a abrangência da psicologia para a educação. 
• Compreender a função do psicólogo escolar como mediador de 
conflitos. 
• Conhecer a importância do psicólogo escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 
Para compreendermos de que modo a área da psicologia dialoga com a 
área da educação, é importante identificarmos os caminhos percorridos, 
algumas teorias construídas, as principais tendências e, com isto, apresentar 
como a psicologia pode contribuir para o campo da educação. 
É importante entender que ao longo dos anos foram utilizadas diversas 
nomenclaturas para definir a psicologia e sua relação com a educação. O que 
temos hoje em consenso é psicologia educacional e psicologia escolar que é 
uma área de conhecimento da psicologia que se articula ao campo educacional. 
A diferença entre ambas é que a psicologia educacional está voltada a 
produção de pesquisa e de estudos na construção de saberes do processo 
educativo enquanto a psicologia escolar se refere a prática, ao campo de 
atuação que tem como foco a escola e a aprendizagem. 
 
1.1 Psicologia da educação 
 
A psicologia da educação é considerada como um elo de ligação entre o 
mundo acadêmico e o mundo escolar. Considerando que aprendizagem é um 
processo cognitivo e contínuo onde estamos sempre aprendendo. 
A psicologia da educação vem para potencializar o desenvolvimento e 
eficiência do método educativo sendo necessário entender o processo evolutivo 
do ser humano, como cada psiquismo irá interpretar o mundo que o cerca, como 
as percepções são produzidas e o profissional da educação deve estar atento 
às exigências específicas contidas nesse encadeamento. 
Importante compreender as particularidades e diferenças individuais de 
cada aluno com suas habilidades e limitações. A questão do estabelecimento de 
vínculos afetivos é bem importante para que a aprendizagem ocorra de uma 
forma tranquila onde a criança venha se sentir parte pertencente do grupo. 
Para Libâneo (2006), a psicologia da educação estuda importantes 
aspectos no que tange a dinâmica ensino-aprendizagem, bem como as fases do 
desenvolvimento conforme a idade e mecanismos psicológicos presentes na 
assimilação de conhecimentos, a psicologia ainda aborda questões como: o 
funcionamento da atividade mental, a influência do ensino no desenvolvimento 
intelectual, a ativação das potencialidades mentais, entre outras. 
Ao recordarmos os tempos mais remotos, por meio dos registros tribais 
nas cavernas sinalizando uma organização civilizatória com intenção de divulgar 
os conhecimentos adquiridos seja por meio de investigação ou vivências, 
compreendemos os primeiros indícios de que a educação acompanha todo o 
avanço da espécie humana. 
Na Grécia antiga, com o surgimento do pensamento crítico, o filosofo 
Sócrates incentiva o desenvolvimento do método de pensar, por meio de um 
aprendizado que ocorre com questionamento; esse método atraía multidões, que 
se aproximavam para observar e aprender sua técnica, fazendo emergir o que 
mais tarde os filósofos nomeariam como maiêutica. A maiêutica socrática 
constitui-se numa atividade dialética de perguntas e respostas sucedidas de 
mais perguntas. 
A psicologia da educação e seus elementos essenciais inspira o 
surgimento de academias do pensamento, com seu discípulo Platão e em 
seguida com Aristóteles, e o Liceu, já configurando um estabelecimento de 
ensino (MEIRA; ANTUNES, 2003). 
Sob a perspectiva de que a escuta como instrumento prático da psicologia 
surgiu com os métodos de Sócrates, bem como tais métodos serviram de 
incentivo para a aquisição de conhecimentos e uma consequente busca por uma 
visão de mundo mais ampla, é possível conceber que tanto a psicologia quanto 
a educação vieram do mesmo “berço” e que, por isso, possuem articulações 
desde a antiguidade. 
Podemos iniciar esse percurso pelo final do século XIX, quando a 
psicologia e a educação experimentaram grandes influências filosóficas. Na 
metade do século XX, as teorias psicológicas eram comumente aplicadas nos 
ambientes educacionais e nestes contextos abrangem as relações interpessoais 
entre professores, alunos, gestores e responsáveis, e contam também com 
organizações de currículo, etapas e métodos de ensino, com o apoio das 
ciências psicológicas oportunizando conhecimento e aprendizagem. 
Desta forma, segundo Meira e Antunes (2003), a psicologia da educação 
é um campo de atuação bastante amplo e está envolta em todo o processo de 
educação, o processo ensino-aprendizagem e cujo ponto central da análise, do 
diagnóstico e da intervenção são os sujeitos e o compartilhamento de 
conhecimentos, bem como as pessoas na sua relação com o meio educacional, 
não restringindo seu cenário somente ao âmbito escolar, mas sim explorando 
diversos outros, como instituições, organizações e espaço público. 
A crescente demanda de profissionais para fornecer suporte a escola 
requer um olhar mais ampliado e especifico ligados ao manejo de problemas ou 
distúrbios que tenham em vista o atendimento a demandas estabelecidas pelo 
ambiente escolar ou organizacional. O psicólogo educacional incorpora seus 
saberes a uma equipe interdisciplinar, buscando e facilitando a integração entre 
diversas áreas de conhecimento com vistas a auxiliar no desenvolvimento 
integral do ser. A perspectiva de aconselhar pais e alunos em relação aos 
comportamentos delas ficando atentos ao desenvolvimento integral da criança, 
o que indica a percepção sobre o desenvolvimento físico, social, emocional e 
cognitivo. 
 
1.2 O psicólogo escolar como mediador de conflitos 
 
Até à década de 1980, a psicologia na educação foi fortemente 
influenciada pela atuação clínica da psicologia. O ambiente de ensino era visto 
como extensão do setting terapêutico, em que a psicologia restringia a sua 
atuação à análise diagnóstica limitada a intervenções corretivas (MALUF; 
CRUCES, 2008). 
As pesquisas desenvolvidas até esta altura eram reflexo de uma 
sociedade à sombra da autocracia e influíam de maneira tecnicista e restrita, 
descontextualizada e pouco crítica, especialmente em ações com as camadas 
mais pobres e fragilizadas. 
A psicologia começa a se fazer presente nas instituições escolares, nos 
processos ensino-aprendizagem onde as relações entre as pessoas estão 
acontecendo. As atribuições no campo da psicologia são muitos em especial 
dando suporte e também na integração à equipe pedagógica, pensando que o 
espaço escolar é um lugar onde modos de subjetividade são produzidos e o olhar 
da psicologia se torna relevante neste sentido. 
A psicologia começa a reavivar seu olhar para aspectos sociais e, 
consequentemente para a educação num ambiente de construção coletiva, a 
partir da década de 1990, buscando problematizar a universalidade de teorias 
psicológicas, bem como suas métricas avaliativas e ampliando seu olhar sob a 
interdisciplinaridade como ferramenta para a compreensão do sujeito em meio a 
sua subjetividade. 
Houve uma necessidade de ampliar a escuta por meio de mudanças as 
quais iniciavam esse despertar e, a partir disto, as universidades buscaram 
reformular seus currículos para o curso de psicologia, inserindo disciplinasteóricas e práticas de acordo com as necessidades emergentes para uma 
formação qualificada (MALUF; CRUCES, 2008). 
O trabalho do psicólogo em alguns momentos também será de mediador 
em conflitos que possam surgir entre os envolvidos pensando o quanto esses 
espaços possam ser de inclusão de diferenças, dessa forma permitindo a 
convivência social e a diversidade que circula tornando o ambiente propulsor de 
indivíduos que façam a diferença na saciedade de modo muito mais coletivo do 
que individual. 
O quanto se torna importante acolher, escutar o estudante, pensar junto 
com ele, quais são as demandas da escola e do indivíduo que podem causar um 
sofrimento. Um dos instrumentos de trabalho é a escuta voltada ao cuidar 
pautado nos princípios do código de ética da psicologia nos diferentes campos 
de atuação da psicologia escolar e educacional. O quanto esta escuta deve estar 
presente e o quanto ela pode fazer a diferença na vida desses sujeitos. 
Assim sendo, o psicólogo especialista em Psicologia Escolar/Educacional 
desenvolve suas técnicas no contexto da educação formal, em todos os níveis 
de ensino, ou seja, da educação infantil a pós-graduação, gerando pesquisas, 
realizando diagnósticos e intervenções preventivas ou disciplinares ajustadas as 
necessidades do sujeito ou do grupo. 
O psicólogo especialista em Psicopedagogia atua na análise e no 
desenvolvimento de intervenções com destaque nos processos de 
aprendizagem de habilidades e competências. Tendo em vista o entendimento 
dos processos cognitivos, emocionais e motivacionais, integrados e 
contextualizados na perspectiva social e cultural intercorrentes (LIBÂNEO, 
2006). 
Ambas as áreas buscam identificar os sujeitos com suas diferenças, 
potencializando o modo de aprender em meio às características individuais 
construídas a partir do contexto no qual está inserido. Desse modo é possível 
perceber um traço significativamente marcante da psicologia da educação, sua 
atuação intrinsecamente social, conspirando para um fortalecimento da busca 
por garantias de qualidade e direito a equidade. 
Com o propósito a apoiar a prática com atuação na educação, as 
pesquisas mais recentes apontam uma preocupação com a necessidade de 
atualizar regularmente os cursos de psicologia cuja ênfase seja a formação 
continuada de profissionais dispostos a atuar com educação, aspecto 
considerado essencial para a prática educativa com qualidade. Assim, deve-se 
dar atenção integral para as progressivas mudanças sociais, bem como para o 
acompanhamento das causas emergentes no contexto educacional, tanto do 
educador, quanto do órgão educativo ou da escola ou organização (LIBÂNEO, 
2006). 
Desta maneira, podemos salientar como indispensável para a prática 
tanto o percurso formativo quanto a sua constante renovação. É relevante 
reforçar sua fundamentação sob os princípios da interdisciplinaridade, da ética e 
da sensibilidade para a contextualização social e afetiva. 
 
1.3 A importância do psicólogo escolar 
 
Os trabalhos dos psicólogos nesses espaços escolares precisam se dar 
na perspectiva da constituição de equipes multiprofissionais pensando sempre 
na organização de um trabalho que deve estar voltado para a 
interdisciplinaridade e também a importância da articulação entre o que está 
sendo pensado e alinhar esses pontos com a escola no tocante a proteção, 
cuidados, assistência à saúde e assistência social onde esses sujeitos vivem e 
participam da comunidade escolar (LIBÂNEO, 2006). 
Portanto, a relevância do psicólogo estar atento e observando as 
demandas que emergem do local onde ele está inserido, pautando sempre a luz 
da ética e técnica das próprias normativa do conselho regional de psicologia 
referente à psicologia educacional. 
As várias temáticas como: inclusão, gênero, violência, sexualidade, 
bullying, saúde do educador, são os vários contextos que o olhar da psicologia 
pode promover um debate bastante construtivo para todos os envolvidos. 
O significativo papel do psicólogo escolar e as demandas que perpassam 
o processo educacional é parte integrante de uma equipe multi que precisa 
pensar em ações que produzam ações voltadas a dinâmica interdisciplinar. 
A psicologia da educação ancora suas práxis sobre os processos de 
aprendizagem, buscando desenvolver meios de efetivar seu avanço de maneira 
plena e satisfatória com atenção as características individuais de cada ser 
(FREITAS, 1994). 
Considerando primeiramente os processos mentais abrangidos, a 
psicologia da educação dispõe como norteador alguns elementos que considera 
essencial, para o procedimento de sua atuação, tais como: a afetividade, a 
atenção, as emoções, as motivações, as percepções e a personalidade dos 
sujeitos envolvidos. 
Não é possível uma aprendizagem apática, os processos educacionais 
ocorrem sempre de maneira ativa e com dinâmicas pluralizadas. Por se conceber 
como centro receptor e produtor de percepções, cada pessoa se encontra em 
constante desenvolvimento de si, de sua personalidade e de seu modo de existir 
no mundo através das aprendizagens. Consequentemente a aprendizagem 
propicia o sujeito a se conceber, bem como sua concepção permeia seu modo 
de aprender. 
Alguns destaques como Vygotsky, Wallon e Piaget apresentaram estudos 
sobre conceitos relativos a aprendizagem, desenvolvimento infantil, memória, 
percepção, motivação, entre outros. E dentre as várias áreas que as ciências 
psicológicas atuam, a psicologia da educação se constrói com objetivo de 
viabilizar aportes teóricos voltados para aprendizagem a fim de que a torne mais 
eficaz. Ao refletirmos que dentro do ato de aprender estão contidos, por exemplo, 
processos que envolvem conhecimentos, habilidades, aptidões, atitudes, 
motivações, podemos compreender o quanto são necessários referenciais que 
apoiem educadores e educandos. Ainda sobre as relações entre essas áreas, 
Freitas (1994, p. 37) destaca: 
 
[...] a relação entre a psicologia e a educação só pode ser aprendida 
dialeticamente e não de forma unilateral. As determinações de uma 
sobre a outra significa que os condicionantes de cada área entram em 
relação entre si e iniciam um processo de influência uns sobre os 
outros, contribuindo cada qual com sua especificidade e modificando-
se como consequência dessa relação. 
 
Por fim, educador e educando são os protagonistas para os estudos da 
psicologia da educação, mas o papel da instituição ou da organização é 
determinante para a compreensão dos processos de ensino-aprendizagem com 
amplitude. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
FREITAS, M.T.A. Vigotsky e Bakhtin: psicologia e educação, um intertexto. 
São Paulo: Ática, 1994. 
 
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo, SP: Cortez editora, 2006. 
 
MALUF, M. R.; CRUCES, A. V. V. Psicologia educacional na 
contemporaneidade. Boletim - Academia Paulista de Psicologia, São Paulo, v. 
28, n. 1, p. 87-99, 2008. 
 
MEIRA, M. E. M.; ANTUNES, M. A. M. Psicologia escolar: teorias críticas. São 
Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

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