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APG 15 - Epilepsia

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Elisa Figueiredo
APG 15 - Epilepsia 
Definição 
- Epilepsia é um distúrbio neurológico crônico e, 
em alguns casos, progressivo com relação aos 
distúrbios cognitivos, frequência e gravidade dos 
eventos críticos -> constituem um grupo de 
doenças nas quais um transtorno neurológico 
subjacente resulta em uma tendência crônica de 
manifestar crises epilépticas recorrentes não 
provocadas. 
- A crise epiléptica é definida por sinais ou 
sintomas transitórios focais ou generalizados 
decorrentes de atividade neuronal excessiva ou 
síncrona no cérebro 
- O diagnóstico de epilepsia é estabelecido se um 
dos três critérios a seguir for cumprido: 
* ocorrência de duas ou mais crises epilépticas 
não provocadas ou reflexas com intervalo de 
mais de 24 horas; 
* uma única crise epiléptica não provocada ou 
reflexa em uma pessoa cujo risco de recorrência 
seja de pelo menos 60% nos próximos 10 anos 
(p. ex., tumor cerebral, hemorragia ou infecção); 
* uma síndrome epiléptica conhecida (p. ex., 
ep i l eps ia ben igna com ondas agudas 
centrotemporais, epilepsia reflexa 
Fatores de risco 
- Entre todos os grupos etários, os cinco principais 
fatores de risco para desenvolvimento de crises 
ep i l ép t i cas s in tomát i cas agudas são : 
traumatismo craniano (16%), acidente vascular 
encefálico (AVE; 16%), distúrbios infecciosos 
(15%), distúrbios tóxico-metabólicos (15%) e 
abstinência de álcool e substâncias psicoativas 
(14%) 
- variam em adultos e crianças. Na infância, 
excluindo a epilepsia hereditária, o risco 
aumenta por cr ises epi lépt icas febr is , 
traumatismo craniano, infecções cerebrais, 
retardo mental, paralisia cerebral e transtorno de 
déficit de atenção/hiperatividade 
Etiologias 
- As epilepsias podem ser de três tipos: 
* Idiopáticas ou genéticas: ou seja, epilepsias não 
lesionais, provavelmente relacionadas à 
suscetibilidade genética; 
* Sintomáticas ou de causas estruturais: 
metabólicas, imunológicas e infecciosas, nas 
quais as crises são decorrentes de alterações 
cerebrais bem definidas; 
* Criptogênicas ou desconhecidas: ou seja, 
aquelas provavelmente lesionais ou genéticas, 
mas cuja causa ainda não pode ser detectada 
pelos métodos atualmente disponíveis. 
- As crises epilépticas podem originar-se em uma 
área do cérebro -> crises focais – ou de todo o 
encéfalo desde o início -> crises generalizadas 
Crises focais 
- São aquelas cujas manifestações clínicas 
indicam o envolvimento inicial de apenas uma 
parte de um hemisfério cerebral 
- um agregado de neurônios cort icais e 
subcort icais desenvolve surtos de alta 
frequência de potenciais de ação sódio-
dependentes, causados por um desvio na 
condutância do cálcio, resultando na típica 
descarga de pico do EEG 
- As manifestações dependem da área onde se 
originam 
- Quando um número suficiente de neurônios está 
envolvido na despolarização sustentada, surgem 
mais fenômenos excitatórios, incluindo a 
liberação aumentada de neurotransmissores 
excitatórios, decorrente do acúmulo pré-
sináptico de Ca2+, despolarização de neurônios 
ao redor, decorrente do K+ extracelular 
aumentado e de mais ativação neuronal pela 
ativação induzida pela despolarização de 
receptores de N-metil-D-aspartato (NMDA). À 
Elisa Figueiredo
medida que a excitação aumenta e a inibição 
diminui, neurônios adicionais são recrutados na 
região e em sítios distantes, resultando em 
propagação da crise epiléptica 
- Quando uma crise focal atinge estruturas 
cerebrais profundas, especificamente o tálamo, 
ela pode propagar-se para os 2 hemisférios 
cerebrais, passando a ser chamada de 
secundariamente generalizada 
- C r i s e s e p i l é p t i c a s f o c a i s s ã o a i n d a 
subclassificadas de acordo com sua expressão 
clínica 
* Crises epilépticas focais com perturbação do 
estado de consciência: se o nível de consciência 
for comprometido em algum momento 
* Crises epilépticas focais motoras ou não 
motoras: presença ou ausência de fenômenos 
motores no início 
- O aviso da crise epiléptica geralmente consiste 
em sintomas sensoriais, autonômicos ou 
emocionais sofridos no início de uma crise 
epiléptica observável 
- Após o término da atividade motora clônica, os 
pacientes se mostram; uma paralisia pós-ictal ou 
paralisia de Todd pode durar horas ou até 1 ou 2 
dias, com resolução gradual 
Crises generalizadas 
- Semiologia inicial indica o envolvimento de áreas 
amplas de ambos os hemisférios cerebrais, com 
descargas eletroencefalográficas bilaterais 
- Crises epilépticas generalizadas, as quais 
dependem, proeminentemente, de circuitos 
talamocorticais 
- A consciência é sempre comprometida, exceto 
nas crises mioclônicas (eventos epilépticos 
generalizados muito breves, com duração de 1 
segundo), nas quais a consciência é preservada 
- Os neurônios corticais exibem despolarização 
prolongada durante a fase tônica, seguida por 
despolarização rítmica e repolarização na fase 
clônica 
- A ativação de receptores de NMDA aumenta o 
influxo de Ca2+, levando a mais excitação 
neuronal. O início e a modulação de crises 
generalizadas envolvem aferentes colinérgicos, 
n o r a d r e n é r g i c o s , s e r o t o n i n é r g i c o s e 
histaminérgicos do tronco encefálico e de 
estruturas prosencefálicas basais, que modulam 
a excitabilidade dos mecanismos motores do 
hemisfério 
- Entre as crises generalizadas, destacam-se as: 
* motoras (p. ex., crises epilépticas tônicas, tônico-
clônicas, mioclônicas) 
* não motoras (crises epilépticas de ausência) 
- Crises tônico-clônicas há contração tônica 
simétrica e bilateral, seguida de contração 
clônica dos quatro membros, associadas a 
fenômenos autonômicos como apneia, liberação 
esfincteriana, sialorreia e mordedura de língua, 
durante cerca de 1 minuto, grito epiléptico 
* Fase tônica o corpo se contrai e enrijece 
* Fase clônica o paciente contrai e contorce as 
extremidades do corpo 
* O período pós-crítico é caracterizado por 
confusão mental e sonolência 
- Crises mioclônicas são contrações musculares 
súbitas, breves, que se assemelham a choques, 
podem afetar a musculatura facial, o tronco, uma 
extremidade, um músculo ou um grupo muscular 
e podem ser generalizadas, ocorrendo de forma 
isolada ou repetida, sendo precipitadas por 
privação de sono, despertar ou adormece, fazem 
com que o paciente atire objetos que esteja 
segurando 
- Crises de ausência consistem de breves 
episódios de comprometimento de consciência 
acompanhados por manifestações motoras 
muito discretas como automatismos orais e 
manuais, piscamento, aumento ou diminuição do 
tônus muscular e sinais autonômicos 
* Duram cerca de 10 a 30 segundos e apresentam 
início e término abruptos, sem confusão pós-
crítica, ocorrendo, em geral, várias vezes ao dia, 
sendo f ac i lmen te desencadeadas po r 
hiperventilação 
Crises desconhecidas 
Elisa Figueiredo
Manifestações clínicas 
- AURA 
* Trata-se de sintoma subjetivo sem sinais que 
possam ser observados por terceiros, mas são 
percebidos pelo paciente 
* Pode ser dividida em somatossensorial, visual, 
auditiva, olfatória, gustatória, abdominal, 
autonômica e psíquica 
* Trata-se de um elemento diagnóstico valioso, 
pois ajuda a indicar a provável área de origem 
cerebral da manifestação, correspondendo a uma 
crise focal 
- FENÔMENOS PÓS-ICTAIS 
* São manifestações diversas que ocorrem após a 
crise, incluindo confusão pós-ictal, cefaleia, 
vômitos, dores generalizadas e paralisias 
* Quando um paciente apresenta paresia 
localizada na região envolvida após a crise, esse 
fenômeno é chamado paralisia de Todd 
* O exame neurológico é normal em muitos dos 
pacientes com epilepsia 
* Achados em geral apontam para uma condição 
patológica cerebral ou anormalidades cutâneas, 
como na neurofibromatose ou na esclerose 
tuberosa 
Diagnóstico 
- O diagnóstico básico das crises epilépticas é 
estabelecido pela anamnese 
* Idade de início 
* Presença de fator precipitante inicial (crise febril, 
meningite, trauma,etc) 
* História de insulto prévio (trauma crânio, 
meningite, encefalite, isquemia ou - hemorragia 
cerebral) 
* Tipo(s) de crise(s) 
* Relação com ciclo sono-vigília 
* Duração da crise 
* Fatores predisponentes (álcool, privação de 
sono, estresse, estímulo luminoso etc) 
* Uso de medicações 
* Presença de pós-ictal 
* Comorbidades 
- Embora o EEG, os exames de imagem e os 
estudos laboratoriais sejam comumente 
solicitados para determinar o tipo de epilepsia, a 
síndrome epiléptica, o sítio de origem das crises 
epilépticas focais e a ocorrência de crises não 
epilépticas, a resposta à pergunta básica de se 
os episódios do paciente são crises epilépticas 
ou não se baseia quase inteiramente em 
anamnese cuidadosa 
* Eletroencefalograma 
* Ressonância magnética 
* Exames laboratoriais 
* Nível sérico dos fármacos antiepilépticos 
* Tomografia de crânio 
* vídeo-EEG 
* SPECT 
* PET 
A. Imagem de ressonância magnética (RM) axial 
com recuperação por inversão atenuada por 
f luido (FLAIR) demonstra uma grande 
anormalidade cortical de desenvolvimento 
envolvendo a parte medioposterior do lobo 
temporal direito 
B. SPECT ictal durante uma crise demonstra uma 
área de hiperperfusão correspondente à 
anormalidade vista na RM e que confirma a 
área de origem da crise 
Tratamento 
Elisa Figueiredo
 
 
As crises convulsivas, também conhecidas como 
crises epilépticas do tipo grande mal, consistem 
em contrações musculares excessivas e anormais 
que podem ser sustentadas ou interrompidas e, 
geralmente, são uma combinação de fases tônica 
e clônica (crises epilépticas tônico-clônicas 
generalizadas). Esse tipo de crise epiléptica pode 
envolver ambos os hemisférios no início, ou podem 
resultar da propagação de uma crise epiléptica 
focal

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