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Palestra Andar Medular Bianca Lamas

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DESENVOLVIMENTO DE ANDAR MEDULAR EM 
CÃES COM LESÃO MEDULAR GRAVE 
REABILITAÇÃO 
NEUROFUNCIONAL 
Bianca Lamas 
OBJETIVOS 
01 Introdução 02 Lesão Medular 
CARACTERIZAÇÃO E GRAUS 
04 Retorno da Locomoção 
M E C A N I S M O S Q U E 
C O N T R I B U E M P A R A O 
D E S E N V O L V I M E N T O D O 
A N D A R M E D U L A R 
05 Neuroreabilitação 
03 Andar Medular 
06 Considerações Finais 
R E C U P E R A Ç Ã O D A 
L O C O M O Ç Ã O S E M D O R 
P R O F U N D A 
 
01 
I n t rodução 
 0 1 
As consequências da lesão medular grave, dependendo do segmento lesionado, podem 
levar a incapacidade permanente, morte ou a eutanásia (Arias et al., 2007; Bergman, 2000). 
 
Nesse contexto, há muito se observa que, se há o fornecimento de um tratamento 
adequado ao paciente, e um correto processo de reabilitação por um tempo mais 
prolongado, muitos se recuperam, melhorando cada ano mais as estatísticas referentes a 
recuperação da mobilidade por pets com patologias e lesões graves (Fisiocare Pet, 2018) . 
 
02 C A R A C T E R I Z A Ç Ã O 
Lesão Medu la r 
 0 2 
C A R A C T E R I Z A Ç Ã O 
 
Quando ocorre compressão medular crônica, esta pode ser decorrente de processos 
que se desenvolvem gradativamente, mas também pode se referir a sequelas dos efeitos 
do trauma meses a anos após a ocorrência da lesão (Arias et al., 2007) 
 
Lesão Medu la r 
 0 2 
 G R A U S D E L E S Õ E S N E U R O L Ó G I C A S D A M E D U L A E S P I N H A L 
1 
2 
3 
4 
Grau 1 
Grau 2 
Grau 3 
Grau 4 
DOR – o paciente tem dor por dois motivos, primeiro 
devido a inflamação e segundo devido a cronicidade 
da dor, não há dano neurológico não perde 
mobilidade. 
DOR + ATAXIA + DEFICIT 
PROPRIOCEPTIVO. Nesta fase, o paciente 
caminha, mas com dificuldades, revelando perda de 
equilíbrio e de postura e incoordenação na 
deambulação. 
DOR + ATAXIA + DEFICT PROPRIOCEPTIVO + 
PARAPARESIA em um ou ambos os Mps. Ou seja, tem 
dificuldade em iniciar o movimento, tenta dar o 
movimento e cai, não caminha corretamente. 
GRAU 3 + PARALISIA. 
O grau 4 A o paciente com paralisia e que mantem dor 
superficial e profunda. Já o grau 4 B há paralisia e perda 
de dor superficial, porém mantem a dor profunda. O 
paciente pode apresentar indícios de alteração somática 
como a retenção urinária e incontinência fecal. 
 5 Grau 5 
GRAU 4 + PERDA DE DOR PROFUNDA. É o grau mais grave. 
Figura 1. Representação das alterações acarretadas pelos graus de lesão medular na DDIV. 
 
Fonte: próprio autor. 
03 R E C U P E R A Ç Ã O D A L O C O M O Ç Ã O S E M D O R P R O F U N D A 
Andar Medu la r 
 0 3 
Em relação a ausência da dor profunda o que podemos ter como pior prognóstico se o 
paciente desenvolver o andar medular é a manutenção da incontinência urinária (Martins, 
2016; Levine et al., 2008). 
 
Para avaliação da dor profunda, deve-se aplicar pressão de uma pinça hemostática no 
periósteo dos dígitos e observar se o animal irá manifestar uma resposta consciente, como 
vocalização ou movimentação da cabeça em direção ao estimulo doloroso, indicando 
presença da nocicepção que indica que o estimulo doloroso foi transmitido pela medula 
espinhal ao encéfalo (Caramico, 2019). 
 
 
 
 
 
 
R E C U P E R A Ç Ã O D A L O C O M O Ç Ã O S E M D O R P R O F U N D A 
Andar Medu la r 
 0 3 
R E C U P E R A Ç Ã O D A L O C O M O Ç Ã O S E M D O R P R O F U N D A 
Figura 2. Avaliação da nocicepção após 
pressão no interdígito do membro pélvico 
esquerdo. Observa-se retirada do membro e 
resposta consciente de virar a cabeça em 
resposta ao estímulo doloroso. 
Fonte: Caderno técnico, n 69, Ufmg, 2013. 
Andar Medu la r 
 0 3 
Se o animal tem uma lesão medular grave significa que houve perda da dor profunda 
ou seja teve uma lesão mais interna dessa medula. Quando há déficit proprioceptivo 
significa que houve uma lesão mais próxima da base da medula. 
 
Fonte: Fisio care Pet, 2018. 
Figura 3. Feixes medulares. 
R E C U P E R A Ç Ã O D A L O C O M O Ç Ã O S E M D O R P R O F U N D A 
Andar Medu la r 
 0 3 
Existem diversas denominações do andar medular: caminhar reflexo, caminhar espinhal 
“spinal walking”, andar fictício, caminhar espinhal reflexo, marcha medular ... 
 
“A marcha medular é a simples movimentação aleatória, reflexa dos membros pélvicos, 
que resulta em uma marcha extremamente incoordenada e caótica.” 
Schamall, Ragnar. 
 
Ou seja, um andar “controlado pela medula” sem coordenação encefálica. 
 
 
 
R E C U P E R A Ç Ã O D A L O C O M O Ç Ã O S E M D O R P R O F U N D A 
Andar Medu la r 
 0 3 
 
Basicamente dois pontos são utilizados para caracterizar o andar medular: a ausência de 
nocicepção e o tipo característico de marcha, no qual os membros pélvicos não 
acompanham os torácicos, com dificuldades nas curvas e inaptidão de caminhar para 
trás (Cordeiro, 1996) 
 
 
R E C U P E R A Ç Ã O D A L O C O M O Ç Ã O S E M D O R P R O F U N D A 
Andar Medu la r 
 0 3 
04 M E C A N I S M O S Q U E C O N T R I B U E M P A R A O 
D E S E N V O L V I M E N T O D O A N D A R M E D U L A R 
 0 4 
 
• Neuroplasticidade 
 
A plasticidade neural pode resultar em recuperação de uma função perdida 
devido a uma lesão, mas pode também gerar funções mal adaptadas ou 
patológicas, levando a padrões de movimento inapropriado ou dor. 
 
Efeitos adversos da neuroplasticidade incluem dor (alodinia e hiperalgesia) e 
espasticidade. O controle desses efeitos podem ser realizados através de 
alongamentos após exercícios, ultrassom terapêutico, termo terapia (frio e 
calor) e TENS. 
 
A neuroplasticidade é induzida por um treino locomotor intensivo, promovendo 
a plasticidade de vias que foram interrompidas (Angeli et al., 2014; Martins, 
2015). 
 
 
 
 
Retorno da locomoção 
M E C A N I S M O S Q U E C O N T R I B U E M P A R A O D E S E N V O L V I M E N T O D O A N D A R M E D U L A R 
 0 4 
Alguns artigos citam o surgimento de brotamentos espontâneos de terminações nervosas e 
neoformações de conexões sinápticas em medula espinhal após a lesão, com reorganização 
neural, recuperando a função motora por reorganização de circuitos espinhais de forma 
espontânea ou por fibras descendentes sem conexão. 
 
Retorno da locomoção 
M E C A N I S M O S Q U E C O N T R I B U E M P A R A O D E S E N V O L V I M E N T O D O A N D A R M E D U L A R 
 0 4 
Estudos demonstram que animais 
sem dor profunda tem passagem de 
informações pela medula, sem a 
perda total das vias motoras 
responsáveis pela locomoção. 
Retorno da locomoção 
M E C A N I S M O S Q U E C O N T R I B U E M P A R A O D E S E N V O L V I M E N T O D O A N D A R M E D U L A R 
 0 4 
• Neuromodulação 
Quando há uma lesão medular ocorre desmielinização axonal e interferência da condução 
axonal com hiperatividade dos canais de K+. 
 
Uso da medicação Fampyra 10 mg (4-aminopiridina, 0,3 a 1,1 mg/kg BID – 4 horas antes 
do exercício) agente bloqueador de canais de K+ que auxilia na restaura a condução em 
axônios desmielinizados e melhora sua funcionalidade, promovendo melhora da locomoção. 
Limitação do uso: custo! Caixa com 56 comprimidos R$ 1320,00. 
 
Retorno da locomoção 
M E C A N I S M O S Q U E C O N T R I B U E M P A R A O D E S E N V O L V I M E N T O D O A N D A R M E D U L A R 
 0 4 
 
• Memorização 
A memorização depende do tipo e da qualidade do treino locomotor, bem como do 
número de repetições (Martins, 2018). 
A memorização em cães 400 a 600 repetições diárias (Carr, 2013). 
Recomendação do treino locomotor de no mínimo 20 minutos diários, 4 x por 
semana. 
 
Geradores de Padrão Central (GPC) 
São vias neurais que são usadas para controlar as atividades motoras rítmicas, 
tais como a locomoção, mesmo na ausência de informação sensorial ascendente e 
supra espinhal motora (Quertin, 2014) 
 
Ou seja, o GPC éum marco passo que memoriza o movimento. 
Retorno da locomoção 
M E C A N I S M O S Q U E C O N T R I B U E M P A R A O D E S E N V O L V I M E N T O D O A N D A R M E D U L A R 
 0 4 
 
Figura 4 - Localização dos 
GPC no SNC. 
Adaptado de Grillner, 2006. 
 
Retorno da locomoção 
M E C A N I S M O S Q U E C O N T R I B U E M P A R A O D E S E N V O L V I M E N T O D O A N D A R M E D U L A R 
Apesar de existirem outros GPCs descritos, como o da micção e da ejaculação, o 
da locomoção é o que está mais caracterizado, responsável pelas funções motoras 
como andar. 
O GPC que controla os movimentos dos membros pélvicos está distribuído na medula 
lombossacral (Mackay-Lyons, 2002). 
 0 4 
 
5 gatos sofreram uma secção parcial da medula entre T10-T11 e ficaram paralisados 
Todos realizaram fisioterapia com treino locomotor e voltaram a andar; 
Depois de algumas semanas, os mesmos gatos sofreram uma secção completa entre T13- 
L1 (abaixo da primeira sessão); 
Todos voltaram a caminhar depois de 8 horas da secção completa da medula; 
Conclusão: Houve ativação dos Geradores de Padrão Central e memorização medular. 
 
Retorno da locomoção 
M E C A N I S M O S Q U E C O N T R I B U E M P A R A O D E S E N V O L V I M E N T O D O A N D A R M E D U L A R 
05 
Neuroreab i l i t ação 
 0 5 
Fonte: Fisio care Pet. 
 
Figura 5 – Representação 
esquemática do processo de 
neuroreabilitação. 
 
Neuroreab i l i t ação 
 0 5 
O objetivo da neuroreabilitação funcional é estimular estas propriedades 
medulares, principalmente a neuroplasticidade, de maneira a atingir a 
funcionalidade do doente e promover a sua independência (Martins, 2015). 
 
Outros objetivos incluem: controle da dor, prevenção de lesão secundárias a 
lesão neurológica. 
 
Quais técnicas mais utilizadas na reabilitação de pacientes com lesão em 
coluna? 
 
Regeneração nervosa: laserterapia e magnetoterapia; 
Ganho de massa muscular: eletroterapia (NMES), cinesioterapia e hidroterapia. 
Retorno a locomoção: cinesioterapia e hidroterapia. 
 
 0 5 
Neuroreab i l i t ação 
O objetivo do estudo foi avaliar o efeito das técnicas fisioterápicas em 20 
animais paraplégicos, com ausência de dor profunda, que não foram 
submetidos à intervenção cirúrgica ou a qualquer outro tratamento invasivo 
(cirurgia), aplicação de células tronco, ou não invasivo como ozonioterapia 
ou acupuntura. 
 
Todos realizaram o tratamento por 365 dias, com a frequência de 2 x por 
semana na centro de reabilitação e diariamente a realização de exercícios 
em casa para que o tutor realizasse. 
 
REABILITAÇÃO DE CÃES COM LESÃO MEDULAR GRAU V, EM VÉRTEBRAS TORACOLOMBARES, 
SEM INTERVENÇÃO CIRÚRGICA. Tese de Mestrado, USP; Miriam Caramico (2019). 
 0 5 
Neuroreab i l i t ação 
Com o trabalho realizado verificamos 60 % do retorno de deambulação do total 
dos pacientes, sendo que o retorno mais rápido e o n maior foi em relação 
aos pacientes com a lesão mais crônica (Hansen tipo II). 
 
O protocolo adotado consistiu nas seguintes terapias: 
 
• Laserterapia classe III de 830 nm (nanômetros) aplicado na região 
paravertebral 
dos pacientes com intuito de diminuição de dor da musculatura paravertebral; 
 
• Eletroterapia: FES, para o fortalecimento da musculatura extensora e/ou 
TENS para analgesia, aplicada ao redor das lesões em musculatura para 
vertebral; 
 0 5 
Neuroreab i l i t ação 
O protocolo adotado consistiu nas seguintes terapias: 
 
• Mobilização articular para evitar atrofia da cápsula articular, diminuição da 
produção de liquido sinovial, realizada em todas as articulações; 
 
• Alongamento pós exercícios para aumentar a viscosidade tecidual e circulação; 
 
• Cinesioterapia assistida passiva ou ativa para melhorar o ganho de massa 
muscular e reabilitação neurofuncional; 
 
• Fototerapia em região de vasto medial para melhorar a contratura e evitar a 
adução, e coluna lombar para diminuição da contratura da musculatura 
paravertebral; 
 0 5 
Neuroreab i l i t ação func iona l 
Figura 6 - Aplicação de FES em membros pélvicos (A); fototerapia aplicada de 
maneira coplanar em coluna tóracolombar, frequência de 5, 10 e 20hz (B); 
alongamento estático de membro pélvico (C). 
A B C 
Fonte: Fisio care Pet. 
 0 5 
Neuroreab i l i t ação func iona l 
O protocolo adotado consistiu nas seguintes terapias: 
 
• hidroterapia para ajudar no equilíbrio confiança e força dos pacientes com o 
treino de marcha visando a reabilitação neurofuncional para promover 
neuroplasticidade; 
 
• magnetoterapia para analgesia e relaxamento 
 0 5 
Neuroreab i l i t ação func iona l 
Treino locomotor/marcha 
 
Treino bipedal: é um treino aonde isola-se os Mts e inicia somente o movimento 
de marcha em Mps. Ele aumenta o arco reflexo, modula os GPCs sendo menos 
cansativo para o paciente. Geralmente inicia no 5º dia pós operatorio, isolando 
na hidroesteira a regiao dos pontos. 
 
Treino quadrupedal: ocorre maior maior neuromodulação e coordenação entre os 
Mts e Mps, alem disso ativação direta das vias descendentes proprioceptivas e 
maior excitabilidade dos interneuronios. Qualidade locomotora superior ao 
bipedal. 
 
ENTENDER QUE TUDO QUE SE FAZ COM O ANIMAL ESTA SENDO MEMORIZADO! 
 
 0 5 
Neuroreab i l i t ação func iona l 
Considerações sobre o treino locomotor/marcha: 
 
Atenção! Erro comum no treino de marcha: não memorizar passos longos. Ideal: 
passos curtos e alta velocidade; não pode ficar parando. 
 
Podem ser feitos picos de velocidade por 1 a 3 minutos. 
 
O animal andando empurra a região lombar para baixo para estimular os coxins. 
 
Ao aumentar a inclinação ocorre consequentemente o aumento da resistência e do 
estimulo. 
 
As fibras proprioceptivas não tem plasticidade, então os animais cruzam os 
membros, por isso deve-se ficar com a mão no meio dos membros para não cruzar. 
 
 
A B 
Figura 6 – Exercício de estação e movimento de bicicletas dos MP no 
trampolim (A) e treino locomotor bípede na esteira seca (B). 
Neuroreab i l i t ação func iona l 
 0 5 
Figura 7 – Treino locomotor quadrúpede na esteira seca (A) e na 
hidroesteira (B). 
A B 
Neuroreab i l i t ação func iona l 
 0 5 
A B 
Figura 8 – Exercício de estação com correção da postura (A) e exercício de 
movimento de bicicletas dos MP na almofada de estimulação central (B). 
 0 5 
Neuroreab i l i t ação func iona l 
A B 
C D 
Figura 9 – Exercício de estimulação 
da marcha em escadas (A) exercício 
de estimulação da marcha em piso 
com obstáculos (B) exercício de 
estação na prancha de desequilíbrio 
(C) exercício de estimulação da 
marcha em pisos alternados (D). 
 
Neuroreab i l i t ação func iona l 
 0 5 
Figura 10 – Exercício de 
cinesioterapia de fortalecimento: 
agachamentos em bola de fisiatria. 
 
Neuroreab i l i t ação func iona l 
 0 5 
 0 5 
Estímulos auxiliares ao treino locomotor: 
• estímulo de cauda: ao realiza-lo é 
enviado informações nervosas direto 
para os GPCs e por isso inicia-se a 
movimentação, cada paciente tem 
seu ponto ideal; 
 
• estimulação de ponto próximo ao 
ânus, indicado para pacientes sem 
cauda tendo como aspecto negativo 
estimula defecação. 
 
Fonte: Fisio care Pet. 
Neuroreab i l i t ação func iona l 
 
Figura 11 – estímulos auxiliares ao treino locomotor. 
 
 0 5 
Alguns autores mencionam que o fortalecimento do tônus muscular e o condicionamento dos 
membros pélvicos por meio de movimentos passivos e repetitivos podem contribuir para a 
padronização da atividade motora e na formação e estimulação do andar medular. 
 
Ou seja o desenvolvimento do andar medular é diretamente proporcional á quantidade de 
exercício realizada. 
 
Alguns exercícios comumente prescritos para o tutor fazer em casa que estimulam o andar 
medular: colher de pau, massagem com bolinha, exercício de sustentação, choque término. 
 
Choque térmico: pegaruma bolsa termina ou garrafa pet com agua quente e outra com agua fria, 
colocar na região dos coxins de forma alternada, no mínimo 1 x ao dia por 5 a 10 min. Testar a 
temperatura no antebraço para evitar queimaduras. 
 
Neuroreab i l i t ação func iona l 
 
 
Sustentação assistida: tanto completa como parcial, estimula a função neuromuscular, 
reeduca a musculatura, aumenta a força e o vigor dos músculos de sustentação e 
aprimora a propriocepção. Permitir que o animal sustente seu peso sozinho o máximo 
possível, 2 a 3 x por dia, por períodos de tempos variáveis e ir aumentando 
gradualmente. 
 
 
 
 
Neuroreab i l i t ação func iona l 
 0 5 
Fonte: Arquivo pessoal. 
Podem ser realizados ainda estimulação de reflexos como: 
 
Estimulo do reflexo flexor – Este estimulo provoca a retirada dos Mt e Mp gerando 
assim flexão ativa das articulações envolvidas no movimento e objetiva prevenção da 
atrofia muscular e melhora do tônus muscular. De 3 a 5 repetições por membro, 3 a 4 x 
por dia. 
 
Estimulo do reflexo extensor – O veterinário pode estimular o reflexo de extensao 
pressionando o membro contra o corpo do paciente, movimento deve ser repetido de 
15 a 20 vezes, 2 a 3 x por dia. 
Neuroreab i l i t ação func iona l 
 0 5 
 0 5 
Uso de cadeirinhas de roda é interessante, porém não deixar os membros pélvicos “presos” 
devido a sobrecarga de ombros, cotovelos e coluna cervical. 
Tempo na cadeirinha de 15 a 20 minutos com supervisão do tutor, várias vezes ao dia. 
 
Fonte: Max locomotion, Modelo Lopes. 
Figura 12. Cadeirinha articulada com 
pedal, modelo Lopes. 
 
Neuroreab i l i t ação func iona l 
 0 5 
Uso de bandagem ou órtese proprioceptiva afim de corrigir o posicionamento dos digitos 
durante os exercícios. 
Fonte: Arquivo pessoal. 
Figura 13. Exemplos de botas 
proprioceptivas. 
 
Neuroreab i l i t ação func iona l 
06 
 0 6 
Animais paraplégicos que desenvolvem andar medular necessitam de cuidados de 
enfermagem intensivos permanentes para a manutenção das funções viscerais. 
 
Esses cuidados quando necessário consistem em: 
• Esvaziamento vesical e intestinal; 
• Prevenção de assaduras na pele e ulcerações cutâneas por decúbito, por meio da utilização 
de fraldas descartáveis; 
• Limpeza cutânea constante de urina e fezes; 
• Mudança de decúbito a cada 2 horas; 
• Realização de exercícios fisioterápicos passivos e ativos afim de evitar atrofia e contratura 
muscular bem como perda da função articular; 
Or ien tações de Mane jo do Pac ien te 
 0 6 
• Piso antiderrapante: Manter o animal em piso antiderrapante e seco – indicado nos locais 
aonde mais fica em casa usar tatame ou passarela. 
 
• Manter a região interdigital sempre tosada e unhas cortadas. 
 
• Carregar o animal mantendo a coluna sempre reta. 
 
• Compressão vesical para evitar infecção urinaria. 
Or ien tações de Mane jo do Pac ien te 
 0 6 
Or ien tações de Mane jo do Pac ien te 
Troca de decúbito: a cada 2 horas, recomendado uso de colchão casca de ovo para prevenir 
escaras de decúbito. Pode usar toalha/coberta dobrada para apoiar a coluna entre os braços e 
pernas. 
Fonte: Arquivo pessoal. 
 0 6 
Uso de suporte para auxiliar na locomoção do paciente. 
 
Fonte: Arquivo pessoal. 
Or ien tações de Mane jo do Pac ien te 
06 
OBRIGADA! 
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