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AULA 2 REDES SEM FIO Prof. André Roberto Guerra 2 INTRODUÇÃO Nesta aula, vamos tratar de como as redes funcionam, para depois apresentar detalhes sobre o seu funcionamento. Na sequência, descrevemos e comparamos as vantagens (pontos positivos) e as desvantagens (pontos negativos) de sua utilização. No fim da aula, descrevemos os equipamentos e os componentes das redes sem fio, finalizando com os métodos de conexão sem fio. TEMA 1 – CONTEXTUALIZAÇÃO Com a maturidade da Internet, atender a necessidade do usuário por mobilidade de acesso, e diminuir a complexidade da infraestrutura de conexão entre um grande número de computadores, foram fatores determinantes para o surgimento da tecnologia Wi-FI (Cloud Campus, 2018). No início das pesquisas para a criação de um padrão para redes wireless, foram escolhidos os meios de transmissão por rádio frequência, pela faixa ISM (Industrial, Scientific and Medical). Essas frequências de uso livre e não licenciadas são determinadas por cada governo, sem a necessidade de aprovação de entidades apropriadas. A escolha objetivava evitar problemas como interferência entre os inúmeros serviços que utilizam sinais de rádio (Cloud Campus, 2018). Em 1985, a Comissão Federal de Comunicações dos EUA liberou as bandas ISM para uso em comunicações móveis e LANs sem fio. Em 1997, após sete anos de pesquisas e desenvolvimento, o comitê de padronização IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) aprovou o IEEE 802.11, padrão de conectividade sem fio para redes locais. O IEEE 802.11 possibilitava, então, taxas nominais de transmissão de 1 e 2 Mbps na frequência de 2,4 GHz, com largura de banda de 22 MHz. A taxa de transmissão do IEEE 802.11 não atendia satisfatoriamente a necessidade do mercado, problema que só foi resolvido em 1999, com o lançamento dos padrões IEEE 802.11a e IEEE 802.11b (Cloud Campus, 2018). O padrão 802.11a vinha com a possibilidade de operar com as seguintes taxas de transmissão: 6 Mbps, 9 Mbps, 12 Mbps, 18 Mbps, 24 Mbps, 36 Mbps, 48 Mbps e 54Mbps. Já no padrão 802.11b foi possível estabelecer conexões nas seguintes velocidades: 1 Mbps, 2 Mbps, 5,5 Mbps e 11 Mbps. 3 Desde 1999, as tecnologias Wireless tiveram uma surpreendente evolução (Cloud Campus, 2018): Surge a M2M ou IoT e seus desdobramentos, como IoE e IIoT; Tecnologias e conceitos cloud se consolidaram; Arquitetura unificada permitiu a comunicação remota segura entre dispositivos; Bring Your Own Device (BYOD) tornou-se uma realidade. TEMA 2 – FUNCIONAMENTO Vamos descrever neste tema os processos básicos (mínimos) necessários para que exista conexão. O conhecimento deste conteúdo habilita para as etapas iniciais do projeto de redes sem fio: A transmissão de dados pode ser feita por radiação infravermelha, via satélite ou por meio de radiofrequências - radiações eletromagnéticas usadas, por exemplo, em telefones móveis e walkie-talkies. O funcionamento se dá por meio do Access Point (Ponto de Acesso), um aparelho que envia os dados na forma de ondas de rádio para serem captadas por antenas e transmitidas para todos os dispositivos conectados à rede (Ribeiro, 2019). Através de portadoras de rádio ou infravermelho, as WLANs estabelecem a comunicação de dados entre os pontos da rede. Os dados são modulados na portadora de rádio e transmitidos através de ondas eletromagnéticas. Múltiplas portadoras de rádio podem coexistir num mesmo meio, sem que uma interfira na outra. Para extrair os dados, o receptor sintoniza numa frequência específica e rejeita as outras portadoras de frequências diferentes. Num ambiente típico, o dispositivo transceptor (transmissor/receptor) ou ponto de acesso (access point) é conectado a uma rede local Ethernet convencional (com fio). Os pontos de acesso não apenas fornecem a comunicação com a rede convencional, como também intermediam o tráfego com os pontos de acesso vizinhos, num esquema de micro células com roaming semelhante a um sistema de telefonia celular. 4 TEMA 3 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS REDES SEM FIO A demanda pela utilização desse meio de transmissão (sem fios) gera uma euforia do grande público consumidor. Contudo, é muito importante conhecer os pontos positivos e negativos da sua utilização, pois a falta de informação e conhecimento pode gerar insatisfação e prejuízos. Pré-requisito de qualquer projeto de redes, o conhecimento sobre o meio de transmissão a ser utilizado, bem como suas características, é fundamental para a escolha da melhor solução. Vamos descrever e apresentar neste tema as principais vantagens e desvantagens na utilização, mas a constante atualização das tecnologias torna indispensável a sua revisão; é uma tarefa que deve ser constante. Algumas das vantagens e desvantagens merecem atenção especial e serão definidas e apresentadas individualmente neste material. Algumas vantagens, pontos positivos: Mobilidade: Sistemas de redes locais sem fio podem prover aos usuários acesso à informação em tempo real em qualquer lugar. Não usa o telefone: A linha telefônica fica livre enquanto você navega na Internet. Não existe tarifação de impulso telefônico. Instalação rápida e simples: Instalação de uma antena externa e um rádio no servidor, realizada em pouco tempo. Flexibilidade: É possível comunicar-se dentro da área de cobertura sem restrições, estando limitado apenas pela questão de desempenho (velocidade). A tecnologia sem fio permite que as redes cheguem onde cabos não chegam. Baixo custo de manutenção: O custo fixo mensal de um link wireless é menor do que aquele fornecido por uma empresa de telecom, com a mesma velocidade. Alta imunidade a ruídos: Os rádios operam em sistema de “espalhamento de frequência”, ou frequence hope, o que reduz a possibilidade de interferências, garantindo a qualidade do sinal e a integridade das informações. Com a utilização de alta frequência através de micro-ondas, o sistema é imune a chuvas, raios e outras interferências de fenômenos meteorológicos (Camara; Leite, 2007). 5 Conexão Permanente: A conexão é permanente, permanecendo on-line 24 horas por dia, 7 dias por semana. Escalabilidade: Acessos sem fio podem ser configurados segundo diversas topologias, de acordo com as necessidades. As configurações podem ser facilmente alteradas e as distâncias entre as estações adaptadas, desde poucos usuários até centenas. Segurança: Suporte a encriptação Wired Equivalente Privacy (WEP), com chave de até 128 bits. Tráfego de rede por VPN (Virtual Private Network), utilizando o protocolo IPSec (IP Secure), com chave de 1024 bits, garantindo proteção à rede contra ataques externos. Interconexão entre matriz e filiais: Com a VPN (Rede Privada Virtual), é possível conectar matriz a filiais através da Internet, de forma segura, garantindo autenticação, privacidade e integridade. Algumas desvantagens, pontos negativos: Custo de implantação: Adaptadores Ethernet de alta velocidade são, em geral, 10 vezes mais baratos que adaptadores para redes sem fio. A implementação de redes sem fio reduz significativamente os custos mensais de telecomunicações, o que proporciona uma rápida recuperação do capital investido nesses equipamentos. Soluções proprietárias: Devido ao lento procedimento de padronização, muitas empresas precisam de soluções proprietárias, oferecendo funções padronizadas mais características adicionais (tipicamente uma taxa de transmissão mais rápida utilizando uma tecnologia de codificação patenteada). Porém, tais características adicionais funcionam apenas em um ambiente homogêneo, isto é, quando adaptadores do mesmo fabricante são utilizados em todos os nós da rede. Deve-se seguir sempre uma mesma padronização; a mais utilizada é a IEEE 802.11 Restrições: Todos os produtossem fio precisam respeitar os regulamentos locais. Várias instituições governamentais e não-governamentais regulam e restringem a operação das faixas de frequência para que a interferência seja minimizada. Um grande empecilho para o uso de alguns desses equipamentos é a necessidade de visada direta entre os pontos. Segurança e privacidade: A interface de rádio aberta é muito mais fácil de ser “burlada” do que sistemas físicos tradicionais. Uma alternativa é a 6 utilização da criptografia dos dados, através de protocolos como WEP ou IPsec. TEMA 4 – EQUIPAMENTOS / COMPONENTES Todos os dispositivos que se conectam a uma rede sem fio são denominados estações, que podem ser Access Points ou Clientes de Rede, e se comunicam com a rede por meio de uma interface de rede wireless. 4.1 Equipamentos As redes sem fio são implementadas com dois tipos básicos de equipamentos. São eles: Adaptadores de redes: São interfaces eletrônicas nos computadores dos clientes. Conhecidas como NIC (Network Interface Card), são responsáveis por efetuar a conexão na rede sem fio. Dispositivo de hardware responsável pela comunicação de um computador em uma rede de computadores. Access points: Os pontos de acesso proveem serviços às estações associadas. Os access points são, portanto, qualquer dispositivo que faça o gerenciamento da rede sem fio. Podem atuar ainda como um bridge entre a rede sem fio e a rede cabeada. Contudo, não estamos limitados a apenas estes. Há uma grande variedade de outros equipamentos, também chamados de dispositivos (devices). A seguir apresentamos alguns deles. 4.1.1 Switches O switch (comutador) é um dispositivo utilizado em redes de computadores para reencaminhar pacotes (frames) entre os diversos nós. Possuem portas, assim como os concentradores (hubs), sendo que a principal diferença é o comutador segmentar a rede internamente já que cada porta corresponde um domínio de colisão diferente, eliminando assim a colisão entre pacotes de segmentos diferentes. Outra importante diferença está ligada à gestão da rede, com um switch pode-se criar VLANs, deste modo a rede gerida será dividida em menores segmentos, onde identifica cada porta e envia os pacotes somente para a porta destino, evitando assim que outros nós recebam os pacotes (Comutador (Redes), 2019). 7 4.1.2 Roteadores Um router (roteador) é um dispositivo que encaminha pacotes de dados entre redes de computadores, criando um conjunto de redes de sobreposição. Um roteador é conectado a duas ou mais linhas de dados de redes diferentes. Quando um pacote de dados chega, em uma das linhas, o roteador lê a informação de endereço no pacote para determinar o seu destino final. Em seguida, usando a informação na sua política tabela de roteamento ou encaminhamento, ele direciona o pacote para a rede de próxima em sua viagem. Os roteadores são os responsáveis pelo "tráfego" na Internet. Um pacote de dados é normalmente encaminhado de um roteador para outro através das redes que constituem a internetwork até atingir o destino. E portanto o roteador é tipicamente um dispositivo da camada 3 (rede) do Modelo OSI (Roteador, 2019). 4.1.3 Hub Hub (concentrador) é o processo pelo qual se transmite ou difunde determinada informação, tendo, como principal característica, que a mesma informação está sendo enviada para muitos receptores ao mesmo tempo (broadcast). Este termo é utilizado em rádio, telecomunicações e em informática. A televisão aberta e o rádio possuem suas difusões através de broadcast, onde uma ou mais antenas de transmissão enviam o sinal televisivo (ou radiodifusor) através de ondas eletromagnéticas e qualquer aparelho de TV (ou rádio) que conseguir captar poderá sintonizar o sinal. Em informática, o broadcast é utilizado em hubs (concentradores) ligados em redes LAN, MAN, WAN e TAN. Em redes de computadores, um endereço de broadcast é um endereço IP (último possível na rede) que permite que a informação seja enviada para todas as máquinas da rede/sub-rede. A RFC (Request for comments) RFC 919 é a RFC padrão que trata deste assunto. Sua forma de trabalho é a mais simples a outros dispositivos, como switch e roteador: o hub recebe dados vindos de um computador e os transmite às outras máquinas. No momento em que isso ocorre, nenhum outro computador consegue enviar sinal. Sua liberação acontece após o sinal anterior ter sido completamente distribuído (Concentrador, 2019). 4.1.4 Repetidores Repetidor é um equipamento eletrônico utilizado para a interligação de redes idênticas, pois eles absorvem eletricamente os sinais e os retransmite pelo mesmo segmento no meio físico. Um repetidor atua na camada física do Modelo OSI. Não reconhece as informações recebidas e não realiza qualquer tipo de verificação, apenas recebe todos os sinais de cada uma das redes que interliga e os repete nas demais redes, sem realizar qualquer tipo de tratamento. A utilização deste dispositivo em uma rede local degenera o sinal no domínio digital e causa problemas de sincronismo entre as interfaces de rede. Repetidores são utilizados para estender a transmissão de ondas de rádio, por exemplo, redes wireless, WiMAX e telefonia móvel. 8 O repetidor serve como ponte do sinal wireless (Repetidor, 2019). 4.1.5 Gateaway Gateway (ponte de ligação) se refere a uma parte do hardware de rede. Traz os seguintes significados: Em uma rede de comunicações, um nó de rede equipado para realizar a interface com outra rede que usa protocolos diferentes. Um gateway pode conter dispositivos como tradutores de protocolo, dispositivos de comparação de impedância, conversores de taxas, isoladores de falhas ou tradutores de sinais quando necessário para fornecer interoperabilidade de sistemas. Um gateway de tradução / mapeamento de protocolo interconecta redes com diferentes tecnologias de protocolo de rede, por meio da realização de conversões de protocolos requeridas. Um computador ou programa de computador configurado para realizar as tarefas de um gateway. Gateways, também chamados de conversores de protocolo, podem operar em qualquer camada de rede. As atividades de um gateway são mais complexas que aquelas do roteador ou switch, uma vez que se comunicam usando mais de um protocolo. Exemplos de gateway podem ser os routers (ou roteadores) e firewalls, já que ambos servem de intermediários entre o utilizador e a rede. Um proxy também pode ser interpretado como um gateway (embora em outro nível, aquele da camada em que opera), já que serve de intermediário também (Gateway, 2019). 4.1.6 Bridges bridge (ponte) é um dispositivo de rede que cria uma rede agregada a partir de várias redes de comunicações ou vários segmentos de rede. Um dispositivo com esta função é chamada de ponte de rede, ou network bridge. A operação de uma ponte ou bridge é diferente daquela de um roteador, que permite que várias redes diferentes se comuniquem independentemente, permanecendo distintas entre si. No modelo OSI as pontes operam nas duas primeiras camadas abaixo da camada de rede, ou camada 3. Se um ou mais dos segmentos da rede conectada pela ponte for sem fio ou wireless, o dispositivo é chamado de ponte de rede sem fio, ou wireless bridge. Há quatro tipos de tecnologias para pontes: pontes simples, pontes multiporta, pontes transparentes (também chamadas learning bridges) e pontes de rota de origem, ou source route bridges (Bridge, 2019). 4.1.7 Firewall Firewall (parede de fogo) é um dispositivo de uma rede de computadores que tem por objetivo aplicar uma política de segurança a um determinado ponto da rede. O firewall pode ser do tipo filtros de pacotes, proxy de aplicações, etc. Os firewalls são geralmente associados a redes TCP/IP. 9 Este dispositivo de segurança existe na forma de software e de hardware, a combinação de ambos é chamada tecnicamentede "appliance". A complexidade de instalação depende do tamanho da rede, da política de segurança, da quantidade de regras que controlam o fluxo de entrada e saída de informações e do grau de segurança desejado (Firewall, 2019). 4.2 Componentes Além dos equipamentos que permitem a conexão sem a utilização de cabos, há também uma série de componentes criados e desenvolvidos para obter melhores resultados. A seguir descrevemos e apresentamos alguns deles. 4.2.1 STAs (stations) São quaisquer dispositivos de rede sem fio que não um access point, cliente de uma WLAN. 4.2.2 Basic Service Set (BSS) É um conjunto de estações controladas por um único access point. Trata-se do tipo mais comum de arquitetura de redes Wi-Fi, na qual os dispositivos clientes (computadores, impressoras, tablets) são interconectados através do uso de um dispositivo central denominado Access Point (AP), que age como uma espécie de Switch Wireless.Toda rede BSS possui um nome que a identifica, conhecido pela sigla SSID (Service Set Identifier). Este nome pode ser escolhido pelo administrador da rede, e vem configurado com algum valor padrão de fábrica, diferente para cada modelo de Access Point / Roteador Sem Fios. As redes BSS e ESS dependem de um equipamento de hardware especial denominado Access Point (Ponto de Acesso), que é uma espécie de “switch sem fios”, responsável por oferecer serviços de autenticação e conexão para os hosts da rede wireless, além de prover a conexão à rede cabeada (normalmente ao backbone de sua rede). Muitas vezes o Access Point vem integrado a um roteador de banda larga, na forma de um Appliance de rede, que passa então a ser chamado de Roteador Wireless (Reis, 2019). 4.2.3 Extended Service Set (ESS) É um conjunto de um ou mais BSSs interconectados, integrados a redes locais. Aparentam ser um único BSS para a camada de enlace de dados de qualquer estação associada a qualquer BSS. Esta arquitetura de rede é na verdade um conjunto de BSSs interconectadas com o intuito de aumentar o alcance e a 10 capacidade da rede Wi-Fi, podendo consistir em até dezenas de Access Points e conter milhares de hosts conectados. Os Access Points em um ESS são conectados por meio de um Serviço de Distribuição (DS / Distribution System), o qual pode ser cabeado ou wireless também (Reis, 2019). 4.2.4 Independent Basic Service Set (IBSS) É a composição de uma rede sem fio onde as estações se comunicam mutuamente sem a necessidade de um access point. Estas redes são conhecidas por ad-hoc. Este é o tipo de rede Wi-Fi mais simples, pois se trata de dispositivos que se comunicam diretamente entre si – apenas clientes, incluindo PCs, notebooks, tablets, smartphones e outros dispositivos. Para isso necessitam apenas de uma interface de rede wireless e antenas apropriadas (que geralmente são embutidas no dispositivo) (Reis, 2019). TEMA 5 – MÉTODOS DE CONEXÃO SEM FIO A tecnologia evoluiu a tal ponto que muitos tipos diferentes de dados podem ser transmitidos através da tecnologia sem fio. Existem vários métodos de transmissão de dados sem fio, que utilizam diferentes tecnologias para transmitir os dados da forma mais eficiente e eficaz para aplicação particular. Para o projeto de redes sem fio, os modos ad-hoc e infraestrutura são os mais relevantes. 5.1 Conexão de rede sem fio ad-hoc O modo ad-hoc é também conhecido como ponto a ponto, computador a computador ou modo direto. Os dispositivos ad-hoc comunicam-se diretamente, sem a presença de nenhum outro dispositivo entre eles. Em geral, as redes ad- hoc são pequenas, com apenas alguns dispositivos interconectados. Computadores conectados no modo ad-hoc podem compartilhar arquivos e impressoras e não requerem hardware adicional para operar, mas não podem se comunicar com dispositivos em uma rede com fio tradicional. Atualmente, não é possível utilizar métodos de criptografia de dados em uma rede ad-hoc, pois não existem dispositivos que possam controlar o fluxo de dados ou o acesso à rede. Por essa razão, o modo ad-hoc não é o método preferido para a conexão de redes corporativas de comunicação sem fio. 11 5.2 Modo de infraestrutura O modo de infraestrutura é o método recomendado para a conexão de redes corporativas. No modo de infraestrutura, os dispositivos comunicam-se através de um ponto comum que funciona como uma estação base ou hub para a rede sem fio. Esse ponto comum é chamado ponto de acesso sem fio (access point). O ponto de acesso sem fio também pode funcionar como uma ponte entre a rede sem fio e uma rede com fio tradicional. As redes sem fio no modo de infraestrutura são geralmente parte de uma rede maior. O ponto de acesso sem fio varia em recursos. A documentação (datasheet) dos equipamentos deve ser revisada para determinar o seguinte: Padrões sem fio suportados: Se o ponto de acesso suportar mais do que um padrão, é preciso saber se a alteração é automática ou se o método necessita que ela seja feita manualmente. Filtragem de dispositivo: Se o ponto de acesso tiver capacidade para a filtragem de dispositivo (seja por endereço IP ou Mac), os dispositivos deverão ser atribuídos a lista de pontos de acesso de hardware aprovado antes de funcionarem. Isso é frequentemente encontrado em pontos de acesso seguro. O número de dispositivos que podem utilizar um único ponto de acesso varia em função do dispositivo e do fabricante, mas pode estar entre 10 e 100. O uso de um número de dispositivos maior que o recomendado para a rede reduzirá o desempenho da rede sem fio. Pode existir mais de um ponto de acesso em uma rede, e eles podem ser usados para aumentar o alcance da rede sem fio, diminuindo a distância entre os dispositivos. O modo de infraestrutura também permite o uso de modos de criptografia de dados para proteger os dados. 12 REFERÊNCIAS BRIDGE. In: Wikipedia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Bridge>. Acesso em: 31 mar. 2019. CAMARA, M.; LEITE, S. G. Comunicação Wireless. UNIFACS, Salvador, 2007. Disponível em: <http://www.logicengenharia.com.br/mcamara/ALUNOS/PonteWiFi.pdf>. Acesso em: 31 mar. 2019. CLOUD CAMPUS. Os desafios dos Engenheiros de Redes com as redes Wireless. Blog CCNA, 22 jun. 2018. Disponível em: <http://blog.ccna.com.br/2018/06/22/os-desafios-dos-engenheiros-de-redes-com- as-redes-wireless/>. Acesso em: 31 mar. 2019. COMER, D. E. Redes de computadores e internet. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2016. COMUTADOR (REDES). In: Wikipedia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Comutador_(redes)>. Acesso em: 31 mar. 2019. CONCENTRADOR. In: Wikipedia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Concentrador>. Acesso em: 31 mar. 2019. FIREWALL. In: Wikipedia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Firewall>. Acesso em: 31 mar. 2019. GATEWAY. In: Wikipedia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Gateway>. Acesso em: 31 mar. 2019. KUROSE, J.; ROSS, K. Redes de computadores e a internet: uma abordagem topdown. 6. ed. São Paulo. Pearson Education, 2013. RAPPAPORT, T. S. Comunicação sem fio: princípios e práticas. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. REIS, F. dos. Arquiteturas de Redes Locais Sem Fio (Wi-Fi). Bóson, 14 maio 2018. Disponível em: <http://www.bosontreinamentos.com.br/redes- wireless/arquiteturas-de-redes-locais-sem-fio-wi-fi/>. Acesso em: 31 mar. 2019. REPETIDOR. In: Wikipedia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Repetidor>. Acesso em: 31 mar. 2019. 13 RIBEIRO, C. Como funciona a tecnologia Wireless. TechTudo, 2012. Disponível em: <https://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/04/como-funciona- tecnologia-wireless.html>. Acesso em: 31 mar. 2019. ROTEADOR. In: Wikipedia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Roteador>. Acesso em: 31 mar. 2019. TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores. 5. ed. São Paulo:Pearson Prentice Hall, 2011. WIKPEDIA. Definição de Bridge.
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