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Apostila de Imunologia Veterinária

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Prévia do material em texto

veterinária
apostila de 
IMUNOLOGIA
Natália Bueno | @natvet.studies
Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441
CARO LEITOR,
Queremos saber sua opinião sobre nosso material. 
Contribua com sugestões, críticas ou elogios em nosso 
instagram @natvet.studies!
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A apostila é de uso INDIVIDUAL, não sendo autorizado compartilhar com 
outras pessoas ou postar na internet, seja pelo Google Drive, Torrent, Mega, 
WhatsApp, redes sociais ou quaisquer outros meios se classificam como ato 
de pirataria, conforme o art. 184 do Código Penal.
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Olá
 
Meu nome é Natália Bueno, sou estudante de medicina veterinária e fiz essa apostila com o
objetivo de descomplicar a imunologia. Fico extremamente feliz pelo seu interesse e
confiança no meu material.
Recomendo que você a imprima, para facilitar o seu estudo.
Se ela for útil para você, me mande uma mensagem, vou adorar saber sua opinião!
Como funciona a apostila?
O primeiro capítulo foi feito com o intuito de ensinar o básico da imunologia, criando uma
base, para assim entender com mais facilidade os minuciosos assuntos da imuno.
Bons estudos!
Natália Ramos Bueno
4
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Sistema imunológico
Local de origem das células do sistema imune
Barreiras da defesa inata
Resposta imune inata
Inflamação
Infecção
Ativação da resposta imune adaptativa
Resposta imune adaptativa
Memória imunológica - Célula T e B de memória
Sistema imunológico
 Resposta imune inata
 Células que compõe a imunidade inata
Como a imunidade inata reconhece os microrganismos?
 Como a imunidade inata age?
 Órgãos linfoides
 Componentes humorais da resposta imune inata
Reconhecimento de microrganismos pelo sistema imune inato
 Receptores de reconhecimento de padrão associados à célula e sensores da 
imunidade inata
Receptores do tipo toll
Receptores similares a TIG-1
 Receptores similares a NOD
 Receptores de lectina do tipo C
 Como funciona o sistema complemento
Vias de ativação do sistema complemento
 Ativação pela via clássica 
Ativação pela via alternativa 
Ativação pela via das lectinas
Formação do MAC
 Maturação dos linfócitos T e B
 Tipos de imunidade adaptativa
imunidade humoral
imunidade mediada por células
Células do sistema imune
Introdução à imunologia 
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Imunidade inata 
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
a.
b.
c.
d.
Sistema complemento 
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Imunidade adaptativa 
1.
2.
a.
b.
Sumário
5
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3. Reconhecimento molecular dos antígenos
4. MHC – complexo principal de histocompatibilidade
6. Linfócitos 
 a. Linfócitos TCD8 citotóxicos
 b. Linfócitos TCD4 auxiliares (Th)
 - Linfócitos TH1 
 - Linfócitos TH2 
 - Linfócitos Th17
 - Linfócitos Treg
7. Célula natural killer
8. Ativação do linfócito B - resumo
9. Resposta imune mediada por anticorpos
10. Imunoglobulinas 
 a. Isotipos de imunoglobulinas 
6
 Resposta imune mediada por anticorpos
 Resposta inflamatória
 Sinais cardinais da inflamação
 Cicatrização/regeneração
Morte celular
Principais interleucinas da resposta inflamatória
Inflamação
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Exercícios 
Gabarito 
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tr
óf
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Eo
si
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Ba
só
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 Introdução
à imunologia
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Plaquetas (fazem a coagulação sanguínea) 
Leucócitos (glóbulos brancos) 
Eritrócitos (glóbulos vermelhos - são os únicos que não participam da imunidade)
Sistema imunológico
O sistema imunológico, também chamado de sistema imune, funciona como uma
grande barreira de proteção, evitando que substâncias estranhas e patógenos
afetem negativamente a saúde. 
Os principais microrganismos combatidos são: vírus, fungos, bactérias e
protozoários.
Introdução ao sistema imunológico
O sistema imunológico é formado por várias células especializadas, tecidos e alguns
órgãos que reagem de várias formas.
Alguns desses componentes são: amigdalas, linfonodos, timo, baço, placa de peyer,
apêndice, medula óssea e vasos linfáticos.
Local de origem das células do sistema imune
As células do sistema imune são fabricadas na medula óssea vermelha, ou seja, nas
cavidades ósseas e no tecido esponjoso. 
As células tronco hematopoiéticas se diferenciam em: 
Os leucócitos sempre estão circulando no sangue; sua produção é contínua e
quando há alterações em suas quantidades, significa que há algum problema e o
sistema imunológico foi alterado.
Barreiras da defesa inata
A defesa inata é composta por barreiras mecânicas (muco e pele), microbiológicas
(flora normal de bactérias) e químicas (lágrima, saliva, secreção nasal e suco gástrico)
para evitar a entrada de antígenos e microrganismos no corpo.
Se a bactéria supera essas barreiras, entrando por uma lesão, as células do tecido
iniciam a resposta imune inata (primeira linha de ação/defesa).
Introdução à imunologia
9
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Resposta imune inata
Os neutrófilos, macrófagos e células NK são os principais componentes dessa
resposta.
Os neutrófilos e macrófagos encontram antígenos e microrganismos por meio de
receptores (proteínas), se ligam a eles, englobando-os e fazendo a fagocitose.
Fagocitose
Degradação do antígeno, dentro da célula por meio de enzimas digestivas dos
lisossomos.
As células NK reconhecem células com alterações tumorais ou com infecções virais.
Elas agem de duas formas distintas:
1) Elas possuem grânulos que contém as proteínas: perforina que auxilia na entrada
de outras proteínas, e a granzima que induz a apoptose das células alvos.
2) As células NK também podem ser estimuladas por macrófagos, ajudando-os
aumentando sua capacidade de fagocitose em células infectadas.
granzima
perforina
célula NK
célula infectada 
por vírus
DESTRUIÇÃO 
das células
célula com 
alteração
Caso as células não consigam eliminar as substâncias, os macrófagos e neutrófilos
liberam citocinas e quimiocinas (sinalizadores químicos) que recrutarão mais células
para o combate.
Citocina
Estimulam células que possuem receptores para liga-las (exemplo: neutrófilos e
monócitos), aumentam a permeabilidade de capilares sanguíneos no local e
estimulam leucócitos (atravessam as paredes dos vasos sanguíneos e atingem o
local alvo).
Quimiocinas
Atraem células para o local da reação (quimiotaxia).
10
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citocinas
quimiocinas
Neutrófilo Macrófago
Inflamação
No local de reação do antígeno, citocinas e quimiocinas iniciam o processo de
inflamação, fazendo com que neutrófilos e monócitos migrem para o tecido,
liberando mediadores inflamatórios e causando dor.
Outras substâncias inflamatórias como a histamina (aumentam a irrigação
sanguínea) e as prostaglandinas (aumentam a permeabilidade dos capilares
sanguíneos próximos da inflamação) também participam como mediadores
químicos inflamatórios.
Sinais cardinais da inflamação
Os monócitos circulam nos vasos sanguíneos,e ao passarem para os tecidos, se
diferenciam em macrófagos.
Dor Calor Rubor Edema Perda de 
função
Infecção
A infecção é um processo de inflamação causado por um microrganismo.
Quando tem muitas citocinas no corpo, ocorrem alguns sintomas como: a febre, dor
de cabeça, mal-estar, perda de apetite e sonolência.
11
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vírus1) 2) Englobamento 3) Processamento
4) Apresentação
célula 
dendrítica
antígeno
Linfócito T
Linfócitos T auxiliares 
Linfócitos T citotóxicos
Se o microrganismo é mais resistente e potente, ou está em grande quantidade, a
resposta imune adaptativa é ativada pelas células da resposta imune inata, mas ela
demorará cerca de 7 dias para ficar pronta e ativada.
A resposta imune adaptativa conta com a participação de linfócitos, que são células
mais especializadas.
Ativação da resposta imune adaptativa
As células dendríticas (células apresentadoras de antígenos) capturam vírus e
antígenos nos locais de infecção, entram nos vasos linfáticos e migram para o
linfonodo mais próximo, para mostrar esses componentes para o linfócito T.
Existem dois tipos de linfócitos T:
Resposta imune adaptativa
A resposta imune adaptativa é a segunda linha de ação do sistema imunológico,
pode ser chamada também de resposta imune adquirida ou específica.
Os linfócitos ficam armazenados nos linfonodos e no baço, aguardando a entrada de
um antígeno para então se ativarem (dando início a resposta imune adaptativa).
Linfócitos 
Os linfócitos T são ativados ao encontrarem células dendríticas com antígenos
específicos. 
12
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Células T efetoras 
Células de memória
A ativação faz com que eles fiquem maiores e comecem a se multiplicar, produzindo
milhões de clones capazes de ajudar na remoção do antígeno.
Eles passam a ser chamados agora de: 
Essa multiplicação causa inchaço e desconforto no linfonodo (íngua = caroço) devido
à atividade aumentada pela infecção.
Demora cerca de 7 dias para os linfócitos T ativados saírem dos linfonodos e irem
para o local de infecção (por meio da circulação sanguínea).
Depois da chegada dos linfócitos, na maioria dos casos, a infecção começa a ser
efetivamente eliminada.
Após a ativação do linfócito T, eles passam a ser chamados de células T efetoras
armadas e produzem moléculas para destruir os patógenos e aumentar a potência
da resposta imune inata.
Os linfócitos se subdividem em:
 
Reposta imune celular – mediada por células 
Linfócitos T citotóxicas 
Linfócitos T auxiliares
 
Resposta imune humoral – mediada por anticorpos 
Linfócitos B
 
Linfócitos T auxiliares
Os linfócitos T auxiliares reconhecem antígenos que foram fagocitados e
apresentados por um macrófago.
Ao serem ativados, eles produzem e liberam interleucinas, que auxiliam na
diferenciação de linfócitos B e T citotóxicos que estejam ligados em antígenos.
antígeno
Linfócito B
Macrófago
Linfócito T citotóxico
Neutrófilo
Linfócito T auxiliar
interleucinas
13
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Os linfócitos T auxiliares também potencializam macrófagos e neutrófilos para
fagocitarem e destruírem os microrganismos que estão fora das células.
Linfócitos T citotóxicos
Quando os microrganismos invadem as células, os linfócitos T citotóxicos entram em
ação, eles vão para o local de infecção e reconhecem as células que foram infectadas
e secretam proteínas, chamadas de perforina e granzima para matar a célula e
então eliminar o microrganismo.
Perforina = adere à membrana plasmática da célula infectada e danifica a sua
estrutura.
Granzima = entra na célula e induz apoptose.
Linfócitos B
Os linfócitos B participam da resposta imune humoral produzindo imunoglobulinas
(anticorpos).
Cada linfócito B possui anticorpos específicos para 1 tipo de antígeno.
Anticorpos
Linfócito T citotóxico ativado
antígeno
perforina
granzima apoptose
14
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É o caso do soro, que faz a neutralização de toxinas.
Podemos encontrar anticorpos como receptores específicos na membrana
plasmática dos linfócitos B, ou dissolvidos no plasma, leite materno, placenta, bile,
saliva, escarro e lágrimas.
Quando os antígenos do microrganismo entram nos vasos linfáticos ou sanguíneos,
eles são drenados para os linfonodos mais próximos ou para o baço, onde os
linfócitos B irão reconhecer esse antígeno.
Os linfócitos B que reconheceram algum antígeno se ativam e produzem
plasmócitos (liberam anticorpos) e células de memória.
Os anticorpos possuem 2 mecanismos efetores para ajudar no combate ao antígeno:
1 – Neutralização
Anticorpos se ligam ao redor do microrganismo, neutralizando-o, atrapalhando suas
funções, sendo elas a reprodução e sua locomoção.
2 – Sinalizadores
Marcam o alvo para que os macrófagos e neutrófilos possam fagocita-los e destrui-
los mais rapidamente.
Memória imunológica – Célula T e B de memória
Ao final da resposta imune, a maioria dos linfócitos T e B sofrem apoptose.
Os linfócitos que sobram são os de memória, estes sobrevivem por vários anos. Caso
ocorra um segundo contato com o antígeno, eles se multiplicam e combatem o
invasor com mais facilidade.
15
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Imunidade
inata
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Imunidade Inata
É a primeira linha de defesa do organismo (previne, controla e elimina infecções)
É conferida por componentes celulares e subcelulares que o indivíduo já possui
ao nascer
Importante na indução da resposta adaptativa
Pouca especificidade para os microrganismos (antígenos) – reconhecimento de
padrões de patógenos
Não há formação de memória imunológica
Age na reparação tecidual do hospedeiro
Defensinas (também produzidas por neutrófilos, células NK e LT citotóxicos) em
resposta a citocinas inflamatórias e produtos microbianos. 
Catelicidinas (também produzidas por epitélios e neutrófilos) em resposta a
citocinas inflamatórias e produtos microbianos.
Sistema imunológico
O sistema imunológico é o conjunto de células, tecidos e moléculas responsáveis
pela defesa do organismo, feita a partir do reconhecimento (self e non-self) e
eliminação de patógenos, da reparação tecidual e celular, com o intuito de manter a
homeostasia do corpo.
Resposta imune inata (inespecífica)
‘’O organismo responde sempre da mesma forma, independentemente do antígeno’’.
Barreiras da imunidade inata
Possuem como função a contenção dos agentes invasores/agressores.
Barreiras físicas 
 Muco 
 Reflexo de piscar 
 Pelos e muco das narinas 
 Cílios traqueais e pulmonares 
 Reflexos de tosse e espirro 
 Pele
Barreiras epiteliais
Células epiteliais: produzem proteínas com atividade antimicrobiana
17
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Barreira física 
à infecção
Morte dos microrganismos 
por antibióticos produzidos 
localmente (defensinas e 
catelicidinas)
Morte dos microrganismos 
e células infectadas pelos 
linfócitos intraepiteliais
antibióticos
peptídicos
Linfócito intraepitelial
Barreiras mecânicas
Intestino 
- Peristaltismo intestinal 
- Flora bacteriana normal
Barreiras químicas
 Sebo e suor 
 HCL e enzimas digestivas 
 Lisozima e fosfolipase A nas lágrimas e saliva pH ácido na vagina 
 β-defensinas produzidas pelos epitélios 
 Enzimas proteolíticas e peptídeos antimicrobianos no intestino delgado
Barreiras microbiológicas
Microbiota residente da:
- Pele;
- Boca;
- Trato gastro intestinal (TGI) e,
- Vagina.
Células que compõem a imunidade inata
As células efetoras da imunidade inata são representadas principalmente pelos
fagócitos (neutrófilos, monócitos e macrófagos), células dendríticas e células NK
(natural killer).
18
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Os neutrófilos são células sanguíneas que são recrutadas
para os locais da infecção, onde reconhecem e ingerem os
microrganismos, levando-os a morte.
Os neutrófilos são o primeiro tipo de célula a responder
para a maioria das infecções, particularmente infecções
bacterianas e fúngicas, portanto, são as células dominantes
da inflamação aguda.
N
eut
rófilos
Além disso, eles expressam receptores para produtos da ativação do complemento e
para anticorpos de revestimento dos microrganismos. Esses receptores amplificam a
fagocitose e também fazem a transdução dos sinais de ativação que aumentam a
capacidade dos neutrófilos de matar os microrganismos ingeridos.
Os neutrófilos também são recrutados para os locais de danos nos tecidos na
ausência de infecção, em que iniciam a depuração dos detritos (restos) celulares.
Entretanto, eles vivem por apenas algumas horas nos tecidos, por isso são os
primeiros a responder, mas não fornecem defesa prolongada.
M
onócitos
Macrófagos
São células que estão amplamente distribuídas nos
órgãos e tecidos conectivos, e possuem papel central na
imunidade inata e adaptativa.
Os monócitos entram e circulam no sangue e então
migram para os tecidos específicos durante reações
inflamatórias, onde amadurecem e viram macrófagos.
A principal diferença ocorrida na transformação do
monócito para macrófago é o aumento no número de
lisossomos.
Podemos dizer que os monócitos produzem abundantes
mediadores inflamatórios e são rapidamente recrutados
para locais de infecção e tecido danificado.
Os macrófagos possuem funções importantes na imunidade inata, sendo elas:
1) Ingerir e matar os microrganismos
2) Realizar a limpeza após uma infecção ou lesão tecidual (ingerem células mortas)
3) Reconhecer e engolfar células apoptóticas antes que as células mortas comecem a
liberar seus conteúdos e induzir resposta inflamatória
4) A eliminação de células mortas, sendo esse o papel do macrófago em todo o
corpo
19
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5) A secreção de citocinas que agem nas células endoteliais que recobrem vasos
sanguíneos para aumentar o recrutamento de mais monócitos e de outros leucócitos
do sangue para os locais infeccionados
6) Servem como APCs (células apresentadoras de antígenos) as quais apresentam
antígenos e microrganismos e ativam os linfócitos T
7) Estimular o crescimento de novos vasos sanguíneos (angiogênese)
8) Promover a síntese de matriz extracelular rica em colágeno (fibrose)
Mas como os macrófagos são ativados na imunidade inata?
Os macrófagos podem ser ativados por duas diferentes vias que possuem funções
distintas: a via clássica (M1) e a via alternativa (M2).
Por meio de reconhecimento de diferentes moléculas microbianas, essas moléculas
se ligam a receptores de sinalização específicas que estão localizados na superfície
ou dentro do macrófago (exemplo de receptores: tipo Toll (TRN) e IFN-y – eles
participam da ativação clássica dos macrófagos (M1), que fazem a destruição dos
microrganismos e desencadeiam a inflamação).
Eles também são ativados quando os receptores da sua membrana se ligam à
apsoninas na superfície dos microrganismos (exemplo para apsoninas: receptores
de complemento e receptores para anticorpo Fc).
Quando há ausência de fortes sinais de receptores do tipo Toll (TRL), há a indução
pelas citocinas IL-4 e IL-3 (que são secretadas por linfócitos T) -> interleucinas
(citocinas). Esses são os macrófagos (M2) de ativação alternativa, os quais são
considerados mais importantes para reparação dos tecidos e para acabar com a
inflamação.
Mastócitos, basófilos e eosinófilos
São células adicionais que possuem grânulos citoplasmáticos com vários mediadores
inflamatórios e antimicrobianos. Eles se envolvem na resposta imune e fazem
proteção contra helmintos e reações que causam doenças alérgicas.
M
astó
citos
São células derivadas da medula óssea. Eles possuem
abundantes grânulos citoplasmáticos cheios de histamina e
outros mediadores. Os mastócitos maduros normalmente não
são encontrados no sangue, mas sim nos tecidos - adjacentes
à pequenos vasos sanguíneos e nervos. Apresentam
receptores de alta afinidade na membrana plasmática para a
imunoglobulina E (IgE), e geralmente são recobertos com esse
anticorpo. Eles reconhecem produtos microbianos e
respondem produzindo citocinas e outros mediadores que
induzem inflamação. Os mastócitos também sintetizam e
secretam mediadores de lipídeos (ex: prostaglandinas) e
citocinas (ex: TNF), que estimulam a inflamação.
20
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Ba
sófilos Basófilos são células que amadurecem na medula óssea ecirculam no sangue. São menos de 1% dos leucócitos
sanguíneos. Podem ser recrutados para locais inflamatórios.
Os basófilos sintetizam mediadores (os mesmos dos
mastócitos) e expressam receptores para IgE, se ligando a esta
imunoglobulina. 
↪ Eles podem ser ativados por antígenos quando ligado à IgE.
Eo
sinófilos Eosinófilos também são derivados da medula óssea, eexpressam grânulos citoplasmáticos contendo enzimas que
são danosas às paredes celulares de parasitas, mas também
podem danificar os tecidos do hospedeiro. Além disso, eles
contribuem para a inflamação em casos de distúrbios
alérgicos.
Células apresentadoras de antígenos (APCs)
Essas células capturam microrganismos e outros antígenos, apresentam-nos aos
linfócitos, e fornecem sinais que estimulam a proliferação e diferenciação dos
linfócitos (resposta imune adaptativa). O principal tipo de APC que está envolvido na
iniciação das respostas da célula T, é a célula dendrítica. 
As principais células apresentadoras de antígenos são: 
- Células dendríticas 
- Macrófagos 
- Linfócitos B
Ce
l. d
endríticas
São as APCs mais importantes para a ativação das células T
imaturas e têm o papel principal nas respostas inatas às
infecções e na ligação das respostas imunes inatas e
adaptativas. 
Elas são amplamente distribuídas nos tecidos linfoides,
epitélio mucoso e parênquima de órgãos (conjunto de
células que são responsáveis pela função de um
determinado órgão).
A maioria das células dendríticas é parte de linhagem mieloide de células
hematopoiéticas e se origina de um precursor que também pode se diferenciar em
monócitos.
21
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Similarmente aos macrófagos, as células dendríticas expressam receptores que
reconhecem moléculas tipicamente produzidas pelos microrganismos e respondem
a eles com a secreção de citocinas. Desse modo, essas citocinas secretadas
apresentam duas funções principais: (1) iniciam a inflamação e (2) estimulam as
respostas imunes adaptativas.
N
atu
ral Killer
Reconhecem células infectadas e perturbadas e respondem
destruindo-as e secretando a citocina ativadora de
macrófagos IFN-γ.
Por meio da ativação de células infectadas, as células NK
despejam o conteúdo dos seus grânulos citoplasmáticos no
espaço extracelular, as proteínas dos grânulos entram nas
células infectadas e ativam a apoptose.
O IFN-γ ativa os macrófagos para matar os organismos fagocitados.
Os macrófagos e as células dendríticas secretam citocinas que aumentam a
capacidade das células NK de proteger contra infecções.
Os receptores ativadores reconhecem moléculas geralmente expressas em células
infectadas com vírus ou bactérias intracelulares, bem como células com danos no
DNA e transformações malignas.
Como a imunidade inata reconhece os microrganismos?
O sistema imune inato reconhece várias estruturas essenciais para a sobrevivência e
capacidade de infecção dos microrganismos. 
Estas estruturas reconhecidas são chamadas de padrões moleculares associados a
patógenos (PAMP), sendo elas: LPS, receptores para peptidoglicano, resíduos de
manose, RNA dupla fita e nucleotídeos (CpG) ricos em CG não metilados.
Os receptores que reconhecem essas estruturas são chamados de receptores de
reconhecimento de padrões (PRR).Estes também reconhecem moléculas liberadas das células danificadas ou
necróticas: padrões moleculares associados a danos (DAMP).
Os mecanismos de defesas iniciais incluem barreiras físicas, moléculas
antimicrobianas e células linfoides.
Como a imunidade inata age?
Porta de entrada: epitélio da pele e dos sistemas gastrointestinal e respiratório. 
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Nos tecidos: microrganismos são detectados pelos macrófagos residentes, células
dendríticas e mastócitos. As células reagem, secretando citocinas, que iniciam o
processo de inflamação e os fagócitos recrutados destroem os microrganismos.
No sangue: as proteínas plasmáticas, incluindo o sistema complemento, reagem
contra os microrganismos e promovem a sua destruição.
Os vírus provocam reações especiais, incluindo a produção de interferons a partir
das células infectadas, entretanto as células NK são responsáveis pela inibição da
infecção de outras células e a morte das células infectadas
Órgãos linfoides
A função dos órgãos linfoides é proteger o corpo contra patógenos e antígenos
invasores. Eles se subdividem em primários e secundários. 
Órgãos linfoides primários
Fazem a produção, diferenciação e
maturação de linfócitos T e B.
São eles: timo (linfócitos T), medula
óssea, Bursa de fabricius (nas aves)
(Linfócitos B) e placas de peyer. 
Órgãos linfoides secundários
Ambiente no qual os linfócitos
interagem entre si, com outras
células e antígenos.
São eles: linfonodo, baço e MALT. 
Sistema linfático
O sistema linfático coleta antígenos
microbianos de seus portais de
entrada e liberação para os
linfonodos, onde eles podem
estimula as respostas imunes
adaptativas.
Componentes humorais da resposta imune inata
Anticorpos naturais:
 Presentes antes da infecção (já nascemos com eles).
 Geralmente específicos para carboidratos e lipídeos. 
 Maioria da classe IgM.
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Lipídio da 
parede celular 
bacteriana
TLR Extracelular
Polissacarídio fúngico
Lectina
membrana 
plasmática
Citosólico
Endossomal
membrana 
endossomal
peptidoglicano
bacteriano
RNA viral
DNA microbiano
NLR
RLR
CDS
TLR DNA, RNA microbiano
Reconhecimento de microrganismos pelo sistema imune inato
O sistema imune inato reconhece as estruturas moleculares que são produzidas
pelos patógenos microbianos, estas são chamadas de padrões moleculares
associados ao patógeno (PAMPs). Os diferentes tipos de microrganismos,
expressam diferentes PAMPs. Essas estruturas incluem ácidos nucleicos, proteínas,
lipídeos de parede celular, carboidratos, padrões de molécula associados ao dano,
etc.
Além das PAMPs, o sistema imune inato também reconhece moléculas endógenas
que são produzidas ou liberadas por células danificadas ou mortas, essas
substâncias são chamadas de padrões moleculares associados ao dano (DAMPs).
O sistema imune inato usa vários tipos de receptores celulares, chamados de
receptores de reconhecimento de padrão (PRRs), presentes em diferentes
localizações nas células, e moléculas solúveis no sangue e secreções mucosas, para
reconhecer os PAMPs e DAMPs.
Quando esses receptores de reconhecimento de padrão associados a célula se ligam
aos PAMPs e DAMPs, eles ativam as vias de transdução de sinal, promovendo assim
as funções antimicrobianas e pró-inflamatórias das células nas quais eles são
expressos.
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Na imagem anterior, podemos ver localizações celulares dos receptores de
reconhecimento de padrão do sistema imune inato.
(1) A família TLR e os receptores de lectina, são expressos na superfície celular, onde
podem se ligar a padrões moleculares associados ao patógeno.
(2) Outros TLRs são expressos nas membranas endossomais e reconhecem ácidos
nucleicos dos microrganismos que foram fagocitados pelas células.
(3) As células também contêm sensores citosólicos da infecção microbiana, incluindo
a família dos receptores do tipo NOD (NLR), receptores do tipo RIG (RLRs) e sensores
citosólicos de DNA (CDS).
Receptores de reconhecimeto de padrão associados à célula e
sensores da imunidade inata
A maioria das células expressa receptores de reconhecimento de padrão. Os
fagócitos (incluindo neutrófilos, macrófagos e células dendríticas) expressam a maior
variedade e maior número destes receptores.
Os receptores de reconhecimento de padrão são ligados às vias de transdução
intracelular de sinal que ativam várias respostas celulares, incluindo a produção de
moléculas que promovem inflamação e destruição dos microrganismos.
Receptores do Tipo Toll
Os receptores do tipo Toll (TLRs) reconhecem produtos de uma grande variedade de
microrganismos, assim como moléculas expressas ou liberadas por células
estressadas ou em processo de morte.
Os TLRs também estão envolvidos na resposta a moléculas endógenas cuja
expressão ou localização indicam dano celular.
As bases estruturais das especificidades dos TLRs residem nos múltiplos módulos
extracelulares ricos em leucina destes receptores, que se ligam diretamente aos
PAMPs ou a moléculas adaptadoras que se ligam aos PAMPs.
Os TLRs são encontrados na superfície celular e nas membranas intracelulares e são,
então, capazes de reconhecer microrganismos em diferentes localizações celulares. 
O reconhecimento dos ligantes microbianos pelo TLR resulta na ativação de várias
vias de sinalização e, por fim, nos fatores de transcrição, que induzem a expressão
de genes cujos produtos são importantes para respostas inflamatórias e antivirais.
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Peptidoglicano LPS
TLR4
Domínio
de morte
Domínio 
TIR
Proteína
adaptadora
TLR1,
TLR2,
TLR5,
TLR6
Membrana
plasmática
MyD88
TLR7
TLR9
dsRNA
TLR3
ssRNA, 
CpG DNA
TRIF
endossoma
NF-xB IFRs
Expressão de genes inflamatórios:
• citocinas (TNF, IL-1, IL-6)
• quimiocinas (CCL2, CXCL8, outras)
• moléculas de adesão endotelial (E-selectina)
• moléculas coestimulatórias (CD80, CD86)
Expressão de genes do 
interferon tipo 1 (IFN α/β)
vias de ativação e funções dos TLRs 
 Interação entre ligante e TLR
 Dimerização pela aproximação dos domínios TIR
 Recrutamento de proteínas adaptadoras com ativação de proteínas cinases
 Ativação de fatores de transcrição: fator nuclear kB, proteína ativadora 1, fator de
resposta ao interferon 3
Secreção de IFNs de tipo 1
estado antiviral• inflamação aguda
• estimulação da imunidade adaptativa
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o NOD1 reconhece peptidoglicanos bacterianos
e o NOD2 reconhece muramil dipeptídeo e atua como um sensor geral de
bactérias intracelulares, além disso, ele desencadeia a produção das proteínas
antimicrobianas (defensinas)
Receptores similares a RIG-1
Os receptores do tipo RIG (RLRs) são sensores citosólicos do RNA viral que
respondem aos ácidos nucleicos virais, ativando as caspases e induzindo a produção
de interferons tipo I antivirais (IFNs).
Receptores similares a NOD
Os receptores similares ao domínio de oligomerização ligante de nucleotídeo (NLRs)
são uma família de PRRs que também podem detectar patógenos no citosol,
recrutando assim, outras proteínas para formar complexos de sinalização que
promovem inflamação.
Receptores de Lectina do tipo C
Lectinas são proteínas que se ligam a carboidratos. Algumas são PRRs de superfície
celular que podem reconhecer carboidratos em bactérias, fungos e alguns vírus.
As principais lectinas de superfície celular envolvidas no reconhecimento de
patógenos são a dectina 1, a dectina 2 e a DEC205. Essas dectinas reconhecem β-
glicanas em paredes celulares fúngicas e desempenham um importante papel na
defesa anti-fúngica, promovendo a destruição intracelular de fungos.
A dectina 1 é expressa por macrófagos, monócitos e células dendríticas de bovinos.
A dectina 2 bovina é expressaem grandes quantidades pelas células de Langerhans
da pele. A DEC205 é expressa por células dendríticas bovinas.
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Sistema
complemento
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Iniciação 
Mas como funciona o sistema complemento?
Ao penetrar no organismo, o antígeno provoca ativação do sistema complemento, gerando
destruição – lise (ativação pelas vias alternativa e lectina – resposta inata e via clássica na
resposta adaptativa).
Funções do sistema complemento:
lise opsonização ativação da resposta inflamatória
sinalização de
imunocomplexos
complemento
célula alvo fagócito
bactéria
receptor do 
complemento
extravasamento
degranulação
sangue
fagócito
Ag-Ab
passos iniciais passos finais
C3
C3b
C3a
C3b é 
depositada no 
microrganismo
C5
C5b
C5a
MAC
Via alternativa
Via clássica
Via da lectina
O sistema complemento possui um importante papel na defesa do organismo contra
inúmeros microrganismos infecciosos, como parte tanto da resposta imune inata
quanto da resposta imune adquirida, mediada por anticorpos.
Os componentes do complemento são sintetizados no fígado e por células
envolvidas na resposta inflamatória. Sua ativação é sequencial, ocorrendo mudança
conformacional ou fragmentação, sendo um processo em cascata.
As atividades biológicas desencadeadas pela ativação do mesmo potencializam as
vias que removem os patógenos microbianos, além disso, o complemento age
diretamente sobre o patógeno. 
Sistema complemento
C3a: 
inflamação
C3b: 
opsonização 
e fagocitose
C5a: 
inflamação
Lise do 
microrganismo
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Lise celular
Morte dos patógenos: formando um poro nas células bacterianas para
extravasamento do conteúdo intracelular (MAC).
Opsonização
Marcação do antígeno, que passa a se tornar atrativo para atuação dos fagócitos, ou
seja, melhora a visibilidade de um invasor para o nosso sistema imunológico.
Clivagem de proteínas
Os fragmentos das proteínas vão atuar como recrutador das células inflamatórias –
mediador inflamatório (C3a, C4a, C5a).
Imunocomplexos 
Junção de anticorpos com antígenos. Engloba complexos antígenos e anticorpos
internos (anticorpo neutraliza o antígeno).
Vias de ativação do sistema complemento
Existem três vias de ativação do complemento: a via clássica, a via da lectina e a via
alternativa, mas o objetivo final sempre é furar a membrana dos invasores.
Cada via é iniciada quando um componente sérico do complemento se liga à
superfície de um patógeno. As etapas iniciais de cada via de ativação envolvem a
ativação sequencial de sucessivos componentes do complemento na superfície do
patógeno: a ativação de um componente induz uma função enzimática que atua no
componente seguinte na cascata, clivando-o em fragmentos biologicamente ativos, e
assim por diante.
Via clássica: ativada com a presença de um complexo antígeno/anticorpo (classe IgG
ou IgM). 
↪ Resposta imune adaptativa humoral
Via alternativa: ativada por superfícies microbianas 
↪ Resposta imune inata
Via da lectina: ativada quando uma proteína plasmática ligadora de carboidratos
liga-se a resíduos de manose na superfície dos microrganismos. 
↪ Resposta imune inata
Vale ressaltar que independentemente da via, o reconhecimento dos
microrganismos irá resultar em recrutamento sequencial e montagem de proteínas
adicionais do complemento em complexos de proteases.
As três vias de ativação do complemento convergem para a clivagem do componente
C3 para formar um intermediário crítico, C3b, que se liga covalentemente à
superfície do patógeno.
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Ativação pela via clássica
O objetivo da via clássica é formar poros na célula para destruir o patógeno.
Recrutamento de células inflamatórias: C4a, C2a, C3a, C5a. 
Função de lise do patógeno (rompimento e morte): MAC. 
Função de opsonização do patógeno: formação de C3 convertase, C5convertase,
amplificação de C3 bactéria mais atrativa para os fagócitos.
A ativação em excesso do sistema complemento interruptamente causa lesão de
células próprias.
Presença do complexo antígeno/anticorpo (classe IgM ou IgG)
Ativa complexo C1
(a mesma molécula é dividida em 3)
 
A porção C1q da molécula liga-se a fração Fc do anticorpo. Acontece a ativação de
C1r, que na sequencia ativa C1s.
 
 
 
 
 
 
 
 
C1s ativa cliva C2 e C4, gerando: C2a e C2b, C4a e C4b. C4b e C2a juntos (C4b2a)
formam C3 convertase
cabeças
C1r
C1s
C1q
C1 macromolécula
Fc
Anticorpo
C1qC1r2s2
C1qr2s2
{
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C3 convertase hidroliza mais moléculas de C3. C3 a gera C3a e C3b. C3b liga-se a
C4b2a, formando C4b2a3b chamada de C5 convertase
C4
C4a
C2
C2b
C4b2a (C3 convertase)
C3 C3b C3a
C4b2a
C4b2a3b 
(C5 convertase)
C5b C5a
C5
5 convertase
O componente C3b de C5 convertase cliva C5 em C5a e C5b.
C5b cliva C6 iniciando a formação do complexo de ataque à membrana (MAC)
C6 C7
C5b C5b67
C8
C5b678
C9
C5b678
poli-C9
Complexo de ataque à 
membrana
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Ativação pela via alternativa
É a mais importante, corresponde a 80% - 90% da cascata do sistema complemento.
Na via alternativa, a ativação é desencadeada pela deposição espontânea de C3b na
superfície do patógeno, de modo que a geração de mais moléculas de C3b a partir
de C3 resulta em uma alça de amplificação que promove posteriormente o
desencadeamento da via.
O C3b é uma opsonina, ou seja, a sua deposição na superfície de um patógeno
aumenta a captura do patógeno pelas células fagocíticas.
A clivagem de C3 também produz um pequeno fragmento, C3a, que é liberado na
fase fluida. Esta é uma anafilatoxina, que induz intensa resposta inflamatória.
 
Hidrólise espontânea de C3
 
Formação de C3a e C3b
 
Fator D cliva (corta) fator B
 
Ba e Bb 
 
Forma-se C3bBb com ação de C3 convertase
 
C3bBb liga-se a C3b formadas pela hidrólise de moléculas de C3 formando C3bBb3b
com ação de C5 convertase mesmo processo até a formação do complexo de
ataque à membrana (MAC), que acarreta a destruição (lise) do patógeno
Ativação pela via das lectinas
Essa via não precisa da presença de anticorpos para se ativar.
É semelhante a via clássica.
É ativada pela ligação de polissacarídeos microbianos a lectinas circulantes.
Ligação com açúcares da parede de bactérias
 
Complexo com função similar a C1s cliva C2 e C4, gerando: C2a e C2b, C4a e C4b. 
 
C4b e C2a juntos (C4b2a) formam C3 convertase.
Mesmo processo da via clássica até a formação do MAC
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Formação do MAC
Os componentes terminais da cascata do complemento (C5b, C6, C7, C8 e C9) são
comuns a todas as três vias de ativação do complemento. Eles se ligam uns aos
outros e formam o complexo de ataque à membrana (MAC) resultando na lise
celular.
A primeira etapa na formação do MAC é a ligação de C6 ao C5b na superfície celular.
A seguir, C7 se liga a C5b e C6 inserindo-se na membrana externa da célula. A ligação
sub-sequente de C8 ao complexo C5b67 resulta em um complexo que penetra
profundamente na membrana celular. 
C5b-C8 na membrana celular atua como receptor de C9 (molécula semelhante a
peregrina) que se liga a C8. 
Moléculas adicionais de C9 interagem com a molécula de C9 no complexo para
formar C9 polimerizado (poli-C9). 
O poli-C9 forma um canal transmembrana que interfere no equilíbrio osmótico da
célula: íons passam através do canal e a água entra na célula, fazendo com que esta
inche e a membrana se torne permeável a macromoléculas que, a seguir, escapam
da célula. O resultado é a lise celular.
C5b
C6 C7 C8 C9
C5b
C6 C7C8
C9 C9
H2O íons
poli-C9
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Imunidade
adaptativa
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Imunidade adaptativa
Os linfócitos B são maturados dentro da medula óssea (e no fígado fetal).
Células passam a expressar BCR, CD44, imunoglobulinas de membrana (IgD e
IgM) e migram para o seio central
Os mecanismos da imunidade inata fornecem a defesa inicial contra infecções. As
respostas imunes adaptativas se desenvolvem mais tarde e necessitam da ativação
de linfócitos.
As respostas imunes adaptativas são estimuladas pela exposição a agentes
infecciosos e aumentam em magnitude a capacidade defensiva em cada exposição
subsequente a um microrganismo particular.
O sistema imune adaptativo reconhece e reage a um grande número de substâncias
microbianas e não microbianas.
As características que definem a imunidade adaptativa são a habilidade de distinguir
entre diferentes substâncias, chamada especificidade, e a habilidade de responder
mais vigorosamente a exposições repetidas ao mesmo microrganismo, conhecida
como memória imunológica.
Os componentes exclusivos da imunidade adaptativa são os linfócitos e seus
produtos secretados (anticorpos).
Os antígenos são substâncias estranhas que induzem as respostas imunes
específicas ou são reconhecidos pelos linfócitos ou anticorpos.
Maturação de linfócitos T e B
Os linfócitos são produzidos na medula óssea. 
Maturação dos linfócitos B
progenitores de células T saem da medula óssea e chegam ao timo pelo sangue 
localizam-se na região capsular do timo e são chamados de timócitos
a maturação leva cerca de 3 semanas
a medida que amadurecem passam a expressar TCR, CD4 ou CD8
o amadurecimento depende de citocinas produzidas pelas células do estroma
tímico: macrófagos e células dendríticas 
Maturação dos linfócitos T
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timócito
em divisão
trabécula
cápsula célula morta
timócito
célula epitelial cortical
célula dendrítica
célula epitelial medular
corpúsculos de Hassallmacrófago
vaso
sanguíneo
có
rt
ex
m
ed
ul
a
Quando maduros, linfócitos T e B migram para os órgãos linfóides periféricos
(baço, linfonodos, tecido linfoide associado à mucosa - MALT) 
Nestes órgãos os linfócitos encontrarão os antígenos dando origem a resposta
imune 
Armazenamento: 
cápsula
seio marginal
córtex
área paracortical 
(zona da célula T)
medula
vaso linfático
eferente
seio 
medular
vasos
sanguíneos
centro germinativo 
senescente
manto de linfócitos 
B pequenos
centro
germinativo
folículo secundário
folículo primáriovaso linfático
aferente
fluxo linfático
Durante sua maturação, os linfócitos podem ligar-se a autoantígenos (antígenos do
próprio corpo), tornando-se uma célula autorreativa, caracterizando uma doença
imune, mas estes, em sua forma correta, sofrem apoptose ou entram em anergia
(ficam inativos).
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Tipos de imunidade adaptativa
Existem dois tipos de respostas imunes adaptativas, denominadas imunidade
humoral e imunidade mediadas por células, ambas atuam para eliminar diferentes
tipos de microrganismos.
Imunidade humoral
A imunidade humoral é mediada por moléculas no sangue e secreções mucosas
denominadas anticorpos, que são produzidos pelos linfócitos B.
É o principal mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares e suas
toxinas, pois os anticorpos secretados podem se ligar a esses microrganismos e
toxinas e auxiliar na sua eliminação.
Os próprios anticorpos são especializados e podem ativar diferentes mecanismos
para combater os microrganismos (mecanismos efetores).
Imunidade mediada por células
Na imunidade mediada por célula, os linfócitos T auxiliares ativam macrófagos para
matar microrganismos fagocitados ou os linfócitos T citotóxicos destroem
diretamente as células infectadas. Estes também geram anticorpos que se ligam à
patógenos circulantes e atacam diretamente células que estão de alguma forma
anormais.
cápsula
trabécula
capilares 
sinusoides
esplênicos
polpa 
vermelha
veia artéria
centro 
germinativo
nódulo linfóide 
(linfócito B)
zona marginal
bainha linfóide 
periarterial 
(linfócito T)
polpa 
branca
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Reconhecimento molecular dos antígenos
As funções da maiora dos linfócitos T requer que eles interajam com outras células,
que podem ser células dendríticas, macrófagos, linfócitos B, ou qualquer célula
hospedeira infectada.
Para garantir que as células T interajam com outras células e não com os antígenos
solúveis, os receptores de antígenos de células T são desenhados de modo a
enxergar antígenos apresentados por moléculas de superfície celular e não
antígenos em microrganismos ou antígenos que estão livres na circulação ou em
fluidos extracelulares.
Já nos linfócitos B, os receptores de antígeno e produtos de secreção, os anticorpos,
são capazes de reconhecer antígenos em superfícies microbianas e antígenos
solúveis, bem como antígenos associados a células. 
A tarefa de apresentar os antígenos associados às células hospedeiras para
reconhecimento por células T CD4+ e CD8+ é realizado por proteínas especializadas
denominadas complexo principal de histocompatibilidade (MHC), moléculas que
são expressas na superfície das células hospedeiras.
Ou seja, linfócitos T, possuem receptores específicos, chamados de TCR, que são
capazes de reconhecer fragmentos antagônicos expostos (pelas células
apresentadoras de antígeno (APCs)) em moléculas do complexo maior de
histocompatibilidade (MHC).
Já os linfócitos T auxiliares são um tipo de ‘’alarme’’ do sistema imune, eles
reconhecem antígenos nas superfícies das células apresentadoras de antígenos
(APCs) e secretam citocinas, que estimulam diferentes mecanismos de imunidade e
inflamação.
As APCs profissiocinais, que possuem MHC tipo II para ativar os linfócitos T
auxiliares, são: células dendríticas, monócitos, macrófagos, alguns linfócitos B e
células epiteliais do timo.
MHC - complexo maior de histocompatilbilidade
Para induzir a resposta imune adaptativa, as moléculas do antígeno precisam ser
quebradas no interior das células e seus fragmentos antigênicos devem, então, ser
associados aos receptores apresentadores de antígeno apropriados.
Estes receptores apresentadores de antígenos são glicoproteínas codificadas por
genes agrupados em uma região gênica chamada complexo principal de
histocompatibilidade (MHC).
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ANTÍGENO
RESPOSTA IMUNE
molécula de
MHC fragmento
do antígeno
receptor do
antígeno
célula 
apresentadora 
de antígeno
célula
sensível ao
antígeno
Expõe antígenos endógenos (produzidos pela própria célula): proteínas
expressas por células cancerosas e proteínas virais
Está presente em todas as células nucleadas
Apresenta para o linfócito TCD8+
Expõe antígenos exógenos: bactérias (ou seja, antígenos contidos nos
fagolisossomos - vesículas geradas por meio da fagocitose)
Localiza-se em células apresentadoras de antígenos (APCs): células de
langergans, células dendríticas, macrófagos, monócitos e linfócitos B
Apresenta para o linfócito TCD4+
O MHC de subdivide em MHC de classe I e MHC de classe II. Seguem abaixo suas
principais características:
MHC I
MHC II
Os fragmentos antigênicos podem induzir uma resposta imune somente quando
estão acoplados às moléculas do MHC, e essas moléculas podem se ligar aos
receptores de antígeno dos linfócitos T.
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CD8+ T
TCR
MHC-1
Retículo 
endoplasmático
TAP1
TAP2
Peptídeo
Proteossoma
Ubiquitina
Proteína
citosólica célula 
tumoral
ERAP
Aparelho 
de golgi
MHC I
Células infectadas por vírus apresentam proteínas virais que são sinalizadas pela
moléculaubiquitina, fazendo assim com que essas proteínas sejam destruídas por
uma protease, o proteossoma (destrói proteínas sinalizadas), transformando-as em
peptídeos, que são moléculas menores que serão apresentadas pelo MHC. 
Esses peptídeos precisam entrar no retículo endoplasmático, onde há moléculas do
MHC de classe I sendo produzidas e armazenadas. 
O TAP realiza o transporte desses peptídeos do citosol para dentro do retículo
endoplasmático. O TAP é ligado ao MHC por meio da tapasina, esta também impede
que o MHC se ligue a outras moléculas que não sejam os peptídeos apresentados. 
Quando os peptídeos entram no retículo endoplasmático, eles são ligados ao MHC
de classe I formando assim o complexo MHC peptídico, que sairá do retículo a
caminho do complexo de golgi, onde será liberado em uma vesícula exocítica que vai
para a membrana plasmática. Ao se fundirem, o MHC com esse peptídeo será
exposto, e a célula apresentadora apresentará esse peptídeo (por meio do MHC de
classe i) ao linfócito TCD8+, que reconhece essa molécula por outro receptor, o TCR. 
Essa ligação do MHC de classe I contendo o peptídeo com TCR no linfócito TCD8, será
responsável pela ativação do linfócito virgem e do futuro reconhecimento dos
linfócitos Tefetores dos antígenos que estão agindo contra. 
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MHC II
As células apresentadoras de antígenos fagocitam o patógeno. Ao final da fagocitose
essas proteínas estão localizadas em uma vesícula (fagolisossomo), e por meio da
ação de algumas enzimas essas proteínas são destruídas e quebradas em peptídeos. 
Da mesma forma que o MHC I, o MHC II é produzido e armazenado no retículo
endoplasmático rugoso, mas depois de sintetizado o MHC II liga-se a uma proteína
de cadeia invariante que recobre a região de ligação do peptídeo, impedindo que os
peptídeos que foram colocados para dentro pela TAP (aqueles digeridos pelo
proteossomo) se liguem ao MHC II. Em seguida, o MHC II vai para o complexo de
golgi (ligado ao clip) e vai ser liberado por meio dos endossomos que se fundem com
o fagolisossomo (que contém os peptídeos.) Após a remoção do CLIP, os peptídeos
antigênicos ligam-se ao MHC de classe II, formando o complexo peptídeo MHC. 
Por meio dessa vesícula exocítica, esse complexo vai se fundir a membrana
plasmática e ser apresentado na membrana da célula apresentadora de antígeno,
ligando-se então ao linfócito TCD4+ por meio do seu receptor TCR, gerando da
mesma forma a ativação do linfócito T virgem e o futuro reconhecimento do linfócito
Tefetor ao antígeno.
CD4+ T
1) proteína exógena 
desencadeia resposta 
imunológica
2) fagocitose
protease
3) quebra da 
proteína
4) rompimento da cadeia 
invariante (Ii)
HLA-DM
CLIP
fago
ssomo
MIIIC
Retículo endoplasmático
MHC II
Ii
 α β
Golgi
5) processamento 
do antígeno
6) antígeno se liga a molécula 
de MHC II
7) migração da vesícula
8) vesícula se funde ao citoplasma da 
célula APC
9) MHC II expõe o antígeno 
para o linfócito T
10) Linfócito T 
ativa o sistema 
imunológico contra 
o antígeno
TCR
MHC II
peptídeo
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Linfócitos 
Linfócitos Tcitotóxicos (CD8+)
Reconhecem antígenos intracelulares (peptídeos) apresentados por moléculas MHC I
(em células fagocíticas ou em células imunes infectadas pelo mecanismo de escape).
Possuem ação citolítica. 
Induzem a morte celular programada (apoptose) na célula alvo pela ação de
perforinas e granzimas. 
As membranas dos linfócitos e das células alvos fundem-se, e por um processo de
exocitose, o linfócito T CD8+ transfere o conteúdo dos grânulos citoplasmáticos
(perforina e granzima), dando seu "golpe letal" ou "beijo da morte", levando à lise
celular. 
Linfócitos TAuxiliares (Th)(CD4+)
Os linfócitos TCD4+ auxiliares secretam citocinas e expressam moléculas de superfície que
podem ativar outras células imunes, essas células efetoras vão ser classificadas em sub-
populações com base em suas funções. 
Algumas células T auxiliares diferenciadas ativam macrófagos para destruirem
microrganismos fagocitados, outras secretam citocinas que recrutam leucócitos
estimulando a inflamação; outras amplificam as funções de barreira da mucosa;
umas permanecem em órgãos linfóides e ajudam células B a se diferenciarem em
células que secretam anticorpos. 
Mediante o estímulo pela APC (MHC II) podem se diferenciar em: Th1, Th2, Th17 ou
Treg. 
Produzem IL-2 induzindo sua própria proliferação (autócrina) e a proliferação e o
aumento da capacidade citotóxica dos linfócitos TCD8. 
Produzem IFN- γ, envolvido na ativação de macrófagos infectados com patógenos
intracelulares como microbactérias, protozoários e fungos, além de
desempenhar papel importante na ativação de linfócitos T CD8. 
O IFN- γ faz retroalimentação positiva sobre outros LTh0, induzindo sua
polarização para a via de diferenciação Th1 e inibindo a via Th2. 
Produzem IL-4, IL-5, IL-6 e IL-10, favorecendo a produção de anticorpos por
linfócito B. 
Linfócitos Th1 – induzidos por IL-12 
Linfócitos TH2 – induzidos por IL-4 
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Estão associados com as doenças alérgicas e infecções por helmintos, pois a IL-4
induz a classe de imunoglobulinas IgE e a IL-5 induz a proliferação e a ativação de
eosinófilos. 
A IL-4 também promove retroalimentação positiva para a via Th2 e suprime a via
Th1. 
Produzem citocinas IL-22, IL-26 e citocinas da família IL-17. 
As citocinas da família IL-17 são potentes indutoras da inflamação, induzindo à
infiltração celular e produção de outras citocinas pró-inflamatórias. 
Importantes na proteção contra infecção por microrganismos extracelulares. 
Expressam a molécula CD25+ e o fato nuclear FOXP3. 
Induzem a supressão das células T efetoras, bloqueando a ativação e a função
desde linfócitos, sendo assim importantes no controle da resposta imunológica a
Ag próprios e não-próprios. 
Liberação de citocinas inibitórias como IL-10 e TGF-β. 
Linfócitos Th17 
Linfócitos Treg (CD4+CD25+) 
Célula natural killer
São ativadas por IFN-α, IFN- β e IL-12 (macrófagos). 
Produzem IFN- γ que participa da ativação de macrófagos, levando a produção
de IL-12 (ativadora de Th1). 
Secretam, assim como os Linfócitos T CD8+, perforinas e granzimas. 
Participam da resposta inflamatória desde o início (inata e adaptativa). 
Reconhecem as células infectadas pela baixa expressão de MHC I,
complementando a ação dos linfócitos TCD8+. 
Participam da vigilância imunológica, especialmente se tratando de tumores. 
Memória imunológica. 
Pequena fração de células T ativadas por antígenos se tornam células de
memória, que possuem longa duração e desempenham papel chave em
respostas secundárias ou subsequentes ao antígeno, e ajudam a proporcionar
proteção em exposições secundárias ou sub-sequentes a muitos patógenos. 
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Ativação T-independente do linfócito B 
Ativação independente de linfócito T é feita por receptores (Ig) e outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ativação independente induz a proliferação dos linfócitos B e a diferenciação em 
células produtoras de anticorpos (plasmócitos). 
 
 
 
 
 
 
 
Ativação T- dependente do linfócito B 
Para a ativação T- dependente dos linfócitos B é necessário o reconhecimento do 
antígeno através da sIg e do MHC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B
LPS
outro antígeno
Ativação do linfócito B - Resumo
Ativação dependente ou independente do linfócito T
(precisam entrar em contato ou não com o linfócito T
para essa ativação). 
B
sIg
MHC 
II
CD4+
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As moléculas co-estimuladoras e citocinas também são importantes para a 
ativação dos linfócitos B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Então ocorre a proliferação dos linfócitos B, sua diferenciação em plasmócitos e 
diferenciaçãoem células B de memória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anticorpos - isotipos de imunoglobulinas
ativação T - 
independente
 
ativação T - 
dependente
 
sIg
B CD4+
B7 CD28
CD40 CD40L
citocinas
IgMAtivação T-independente
Ativação T-dependente IgG, IgE ou IgA
Linfócitos B de memória
Plasmócito
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Imunoglobulinas
Imunoglobulinas (Ig) são glicoproteínas sintetizadas pelos linfócitos B, utilizadas pelo
sistema imunológico para identificar e neutralizar antígenos. 
Estrutura das imunoglobulinas
Uma molécula de anticorpo tem uma estrutura central simétrica composta de duas
cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas idênticas. 
Resposta imune mediada por anticorpos
Fase efetora - Resposta humoral
Anticorpos reconhecem antígenos idênticos, e então agem de forma para neutraliza- 
los (fazendo assim, uma limpeza do organismo). 
Todas as moléculas de anticorpo compartilham as mesmas características
estruturais básicas, mas apresentam extraordinária variabilidade nas regiões que se 
Linfócito B
Antígeno
Anticorpos se ligam 
aos antígenos
Secreção de células 
plasmáticas
Cél. B interagem com o antígeno e se diferenciam 
em células plasmáticas secretoras de anticorpos
Cadeia leve
Dobradiça
Cadeia
pesada
Região 
constante
Região
variável
Sítio de ligação 
do antígeno VH
VL
CL
CH1
CH
2
CH
3
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IgG
Cadeia pesada do tipo γ
 70 a 75 % das Igs do soro
 Peso de 146 kDa
Distribuição intra e extravascular
Capaz de atravessar a barreira 
placentária 
IgG (alta afinidade) é essencial para 
controlar a infecção por microrganismos 
(parasitas pequenos) presentes nos 
tecidos e no sangue (ex: bactérias e vírus) 
4 subclasses ( IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4) 
IgD
Cadeia pesada do tipo delta 
1% das Igs do soro
Peso de184 kDa
Função de receptor 
 
IgM
Cadeia pesada do tipo μ (mi) 
10% das Igs do soro
Peso de 970 kDa
Distribuição vascular 
É a primeira imunoglobulina a ser 
produzida em inflamações
IgM (baixa afinidade) é importante para 
assegurar a proteção inicial contra os 
parasitas presentes no sangue e na 
cavidade peritoneal. 
 
ligam ao antígeno. Essa variabilidade das regiões de ligação ao antígeno explica a
capacidade de diferentes anticorpos se ligarem a um enorme número de antígenos
estruturalmente diversos. 
Os anticorpos são classificados em diferentes isotipos e subtipos com base nas
diferenças nas regiões C da cadeia pesada, a qual consiste em três ou quatro
domínios C de IgM e estas classes e subclasses possuem diferentes propriedades
funcionais. 
As classes de anticorpos são chamadas de IgM, IgD, IgG, IgE e IgA. 
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IgA
Cadeia pesada do tipo alfa
15 a 20% das Igs do soro
 80% na forma monomérica (160 kDa)
Forma dimérica (385 kDa)
Distribuição: ecreções mucosserosas, 
saliva, colostro, leite e secreções 
traqueobronquiais e genitourinárias 
IgA (alta afinidade) é essencial para 
impedir a entrada de microrganismos 
(parasitas pequenos) presentes no meio 
extracorpóreo (ex: bactérias presentes 
no biofilme) 
IgE
Cadeia pesada do tipo épsilon
Níveis indetectáveis em indivíduos 
normais
Peso de188 kDa
Distribuição: pele e submucosas, ligada a 
membrana de mastócitos e basófilos 
Associada as reações alérgicas 
IgE (alta afinidade) é essencial para 
controlar a infecção por parasitas 
grandes presentes no sangue ou no 
meio extra-corpóreo (ex: helmintos)
 
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Inflamação
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agressão
tecido íntegro
Inflamação
A inflamação é um processo patológico geral, comum a muitas doenças. Uma
resposta frente a uma agressão ou injúria, um mecanismo de defesa que se repete
sempre de forma idêntica, independente do agente agressor. 
A inflamação é uma resposta dos tecidos vasculares do organismo, induzida por
lesões causadas nos tecidos e células por agentes agressores, tais como agentes
químicos (substâncias tóxicas), físicos (calor e frio, por exemplo), traumas ou mesmo
biológicos, por invasão de microrganismos, tais como bactérias, vírus, fungos ou
infecções parasitárias. 
O processo inflamatório inicia-se com ativação da resposta imune inata, podendo ou
não levar a ativação da resposta imune adaptativa. 
não infecciosa infecciosa
PROCESSO INFLAMATÓRIO
imunidade inata
reparo do tecido imunidade adaptativa
eliminação do organismo
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Resposta imune mediada por anticorpos
O processo inflamatório serve para eliminar a fonte de irritação tecidual. Células de
defesa do organismo reconhecem o problema, liberam mediadores inflamatórios e
iniciam uma cascata de eventos vasculares que recrutam leucócitos e proteínas
plasmáticas para diluir e combater o agente agressor. 
Mas toda inflamação é benéfica?
Não, existem casos em que a inflamação é indesejável, como: 
 Inflamações crônicas
 Inflamações sem possibilidade de cura
 Inflamações que ocorrem por falhas do organismo e sem motivo detectável 
Resposta inflamatória
É composta por proteínas solúveis, produto da ativação de células com a capacidade
de alterar as propriedades de outras células. 
Durante a resposta imune inata, são liberados fatores quimiotáticos pelas células
apresentadoras de antígenos, conhecidos como quimiocinas. 
Os linfócitos liberam substâncias, chamadas de linfocinas. 
As citocinas produzidas pelas células T são chamadas de interleucinas (IL), seguidas
por um número que a caracteriza. 
A principal maneira pela qual o sistema imune lida com as infecções e lesões
teciduais é estimulando a inflamação aguda, que consiste no acúmulo de
leucócitos, proteínas plasmáticas e fluido derivado do sangue em tecido
extravascular, local de infecção ou lesão. 
Os leucócitos e as proteínas plasmáticas normalmente circulam no sangue e são
recrutados para os locais de infecção e lesão, onde eles realizam várias funções
efetoras que servem para matar os microrganismos e iniciar o reparo do tecido
danificado. 
Entre as proteínas plasmáticas mais importantes que entram nos locais
inflamatórios, incluem-se as proteínas do complemento, anticorpos e reagentes de
fase aguda. 
A distribuição destes componentes derivados do sangue para os locais inflamatórios
é dependente de alterações reversíveis nos vasos sanguíneos dos tecidos infectados 
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ou danificados. Essas alterações abrangem mudanças no fluxo sanguíneo para o
tecido atribuídas à dilatação arteriolar, adesividade aumentada dos capilares e
vênulas, às proteínas plasmáticas e fluidos.
Todas essas alterações são induzidas por citocinas e pequenas moléculas
mediadoras, inicialmente derivadas das células residentes nestes tecidos, tais como
os mastócitos, macrófagos e células endoteliais, em resposta à estimulação por
PAMP e DAMP.
À medida que o processo inflamatório se desenvolve, os mediadores podem ser
derivados de leucócitos ativados que chegaram recentemente e de proteínas do
complemento. 
A inflamação aguda pode se desenvolver em minutos a horas e pode durar por dias. 
A inflamação crônica é um processo que demora mais do que a inflamação aguda
se a infecção não for eliminada ou se a lesão tecidual for prolongada. Normalmente,
ela envolve o recrutamento e ativação de monócitos e linfócitos. 
Os locais de inflamação crônica frequentemente passam por remodelamento
tecidual, com angiogênese e fibrose. 
Embora o estímulo inato possa contribuir para a inflamação crônica, o sistema
imune adaptativo também pode estar envolvido porque as citocinas produzidas por
células T são potentes indutores da inflamação. 
A dor serve para sinalizarque há um problema naquele local;
Pode restringir naturalmente os movimentos e isso pode ser benéfico para a
recuperação do paciente.
O aumento de temperatura local é uma tentativa do organismo de desestabilizar
o crescimento e estabelecimento de microrganismos. 
Indica a presença do problema na região;
É o resultado de hiperemia ativa (aumento do fluxo sanguíneo local);
Cianose – dificuldade do retorno do sangue venoso.
Sinais cardinais da inflamação
Dor no processo inflamatório
Calor no processo inflamatório
Rubor no processo inflamatório
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Resumo - eventos vasculares
1 – Vasodilatação e aumento na permeabilidade vascular, causando rubor. 
2 – Passagem de líquidos, moléculas e células do meio intra para o meio
extra-vascular, provocando edema. 
3 – Aumento do fluxo sanguíneo local, juntamente com a ativação do
metabolismo celular, provocando o aumento da temperatura local, gerando
calor. 
4 – Estímulo das terminações nervosas: dor. 
5 – Dependendo da extensão da injúria tecidual, o processo de cicatrização
pode provocar o aparecimento de tecido fibroso, levando a perda de função. 
O extravasamento do conteúdo plasmático, principalmente de proteínas,
provoca a redução da pressão osmótica na vasculatura e um aumento da
pressão osmótica no tecido induzindo a retenção de mais líquidos para o exterior
dos vasos (edema). 
Em todo processo inflamatório há morte celular ou necrose, ainda que num
pequeno grupo celular. 
Tumefação no processo inflamatório
Morte celular no processo inflamatório
Cicatrização e regeneração
Regeneração: substituição de células mortas por células idênticas às que morreram,
mantendo a forma e função dos tecidos ou órgãos (não fica cicatriz).
 
Cicatrização: substituição de células mortas por tecido fibrótico (fibrose), que,
portanto, não mantém as mesmíssimas células do tecido a ser reparado, assim,
podendo também perder as funções nesse local. 
O fibroblasto faz o remendo, produzindo a substância fundamental, preenchendo o
espaço vazio onde houve a lesão (ele se multiplica por mitose). 
tijolos = fibroblastos
cimento = substância 
fundamental
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Fibrose: Formação de tecido conjuntivo fibroso em um órgão ou tecido em um
processo de reparo por cicatrização. 
Este pode ser um estado reativo benigno ou associado às doenças. 
A fibrose pode ser usada para descrever o estado patológico de excesso de
deposição de tecido fibroso, bem como o processo de deposição de tecido
conjuntivo na cicatrização 
Morte celular
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NECROSE APOPTOSE
Desorganização da cromatina 
Destruição das organelas
Compactação da cromatina
Condensação do citoplasma
Fragmentação nuclear
Formação de corpos 
apoptóticos
Extravasamento do 
conteúdo intracelular
INFLAMAÇÃO
Corpo apoptótico
Célula fagocítica
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Produzida por macrófagos, Dcs, linfócitos B, NK e fibroblastos
Tem sua produção induzida por TNF-α
Induz a produção de defensinas aumentando a resposta inflamatória
 Produzida por mastócitos, macrófagos e linfócitos T
Tem sua produção aumentada por estímulo de IL-1 e TNF- α, e também regula a
produção destes evitando sua própria exacerbação 
Principal mediadora da reação de fase aguda e do choque séptico
Promove a produção de IL-10 (supressora) e IL-RA (reguladora da atividade da IL-
1) 
Produzido por macrófagos, linfócitos T e B, células endoteliais, mastócitos e
fibroblastos
Papel fundamental no desencadeamento da inflamação 
Ocorre no início do processo inflamatório seguida de ondas de IL-1 e IL-6
Desencadeia os sinais cardinais da inflamação
Atrai neutrófilos para o sítio de infecção e os potencializa 
Ativa mastócitos
Estimula a fagocitose e produção de oxidantes pelos macrófagos
Ativa macrófagos de forma a aumentar sua própria síntese e de IL-1 
Principais interleucinas da resposta inflamatória
IL-1 
IL-6
Tnf-α 
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Exercícios
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Exercícios
1) Diferencia antígeno e anticorpo.
2) Como podemos definir o termo ‘’homeostase imunológica’’?
3) Qual a importância do organismo animal reconhecer o próprio do não próprio?
4) Diferencie patógenos primários e oportunistas.
5) Caracterize a resposta imune inata
6) Quais são as barreiras utilizadas na defesa do organismo animal?
7) Como ocorre o reconhecimento de patógenos e células danificadas, explique o
mecanismo.
8) De qual célula o macrófago se origina e em qual tipo de inflamação ele é
encontrado?
9) Como ocorre a fagocitose?
10) Quais são os sinais cardinais da inflamação?
11) Para que serve o sistema complemento?
12) Sintetize cada uma das vias, nas quais, o sistema complemento é ativado.
13) Assinale a alternativa que representa de forma correta a diferença entre a
resposta imune inata e específica:
 a) A resposta imune-inata diferencia-se da adaptativa (específica) por não
depender do reconhecimento de antígenos específicos, não promove memória
imunológica ou tolerância.
 b) A resposta imune inata diferencia-se da adaptativa (específica) por não
depender do reconhecimento de antígenos específicos apesar de promover
memória imunológica ou tolerância.
14) Como a microbiota nativa/normal aparece, e em quais regiões do organismo
pode-se encontra-la? Assinale a alternativa correta.
 a) Ocorre a aquisição da microbiota natural no momento do nascimento. É
encontrada na pele, mucosas, e em áreas em contato direto com o meio externo.
 b) Ocorre a aquisição da microbiota natural no momento do nascimento. É
encontrada em mucosas, serosas, e em áreas em contato direto com o meio externo
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15) Quais são os componentes do sistema imune inato?
 a) Barreiras anatômicas, linfócitos B e as células epiteliais
 b) As barreiras anatômicas, as proteínas solúveis de defesa e as células
hematopoiéticas
 c) As barreiras anatômicas, leucócitos como neutrófilos e células NK
16) O que são fagócitos? Como são classificados?
 a) Compreendem as células fagocitárias, como os monócitos, macrófagos,
neutrófilos e basófilos.
 b) Compreendem as células fagocitárias, como os monócitos, macrófagos,
neutrófilos e plasmócitos.
 c) Compreendem as células fagocitárias, como os monócitos, macrófagos,
neutrófilos e células dendríticas.
17) Marque as principais características da resposta imune adaptativa.
 a) Representa a terceira linha de defesa tendo como características a ativação
pelo reconhecimento de antígenos específicos. É composta por linfócitos T, linfócitos
B e anticorpos, e resulta em memória celular.
 b) Representa a terceira linha de defesa tendo como características a ativação
pelo reconhecimento de antígenos específicos. É composta por linfócitos T, linfócitos
B e anticorpos, e não resulta em memória celular.
 c) Representa a segunda linha de defesa tendo como características a ativação
pelo reconhecimento de antígenos específicos. É composta por linfócitos T, linfócitos
B e anticorpos, e resulta em memória celular.
18) Qual a primeira célula a chegar ao local de uma lesão? Como é chamado seu
aumento no sangue?
19) Qual o nome da célula que chega a inflamação após o neutrófilo?
20) Sobre o macrófago é correto afirmar: (marque verdadeiro ou falso)
 ( ) Chega à inflamação após o neutrófilo e fica durante menos tempo 
 ( ) É capaz de sofrer mitose no local da inflamação 
 ( ) Causa monocitose, aumento de mastócitos 
 ( ) Não faz fagocitose 
 ( ) Chega à inflamação após o neutrófilo e fica durante mais tempo
21) Explique o mecanismo da febre.
22) Sobre a célula NK é correto afirmar, exceto:
 a) É um linfócito atípico
 b)Libera porfirinas em direção à célula alvo que irão acelerar o processo de
apoptose
 c) Libera granzimas em direção à célula alvo que irão acelerar o processo de
apoptose
 d) Não faz fagocitose
 e) Age em células tumorais
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23) Descreva o mecanismo de ação da célula NK.
24) Onde os linfócitos B são produzidos e maturados?
25) Onde os linfócitos T são produzidos e maturados?
26) Quais os tipos de linfócitos T e suas funções?
27) Qual a função dos linfócitos TH-1 e TH-2? Como se originam?
28) Sobre o Linfócito B é correto afirmar, exceto:
 a) São responsáveis pela resposta imune humoral
 b) Cada linfócito B pode dar origem a até 4 mil plasmócitos
 c) São maturados no baço
 d) Após maturados caem na circulação ainda virgens
 e) Após encontrar um antígeno irá ter ação especifica somente a esse antígeno.
29) Sobre anticorpos:
I) São y-globulinas, proteínas produzidas por plasmócitos
II) Fazem opsonização, sinalizam que o antígeno deve ser fagocitado
III) IgG são anticorpos presentes na mucosa
IV) IgM é o primeiro anticorpo a se ligar ao patógeno, possui ligação fraca
 a) As afirmativas I, II e III estão corretas
 b) Apenas a afirmativa II é incorreta
 c) As afirmativas I, II e IV estão corretas
 d) As afirmativas II, III e IV estão corretas
 e) Todas as afirmativas estão corretas
30) Quais os tipos de anticorpo?
31) O anticorpo sozinho é capaz de destruir o antígeno na falta de um agente
fagocitário?
32) Pelo que o sistema complemento é formado?
33) Onde as proteínas do sistema complemento são produzidas?
34) Descreva a via de ativação clássica do sistema complemento.
35) Defina complexo de histocompatibilidade principal.
36) Onde as moléculas de MHC-2 podem ser encontradas?
 a) Hemácias
 b) Anticorpos
 c) Apenas linfócitos T
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 d) Células nucleadas
 e) Apenas nas células apresentadoras de antígeno
37) Onde as moléculas de MHC-1 podem ser encontradas?
 a) Hemácias
 b) Apenas anticorpos
 c) Apenas linfócitos T
 d) Células nucleadas
 e) Apenas nas células apresentadoras de antígeno
38) Explique o mecanismo de ação do MHC-1 e MHC-2.
39) Quais os órgãos linfoides periféricos?
 a) Medula óssea, linfonodos, baço e timo.
 b) Medula óssea, timo e fígado fetal.
 c) Linfonodos, tecidos linfoides associados às mucosas, timo e fígado fetal.
 d) Linfonodos, baço e tecidos linfoides associados às mucosas.
 e) Linfonodos, medula óssea e baço.
40) Descreva o processo de maturação dos linfócitos T.
41) Qual a função dos linfonodos?
42) Sobre o baço, é correto afirmar que:
 a) É um órgão linfoide principal
 b) Não tem função
 c) Indivíduos esplenectomizados são mais susceptíveis a infecções
 d) É situado na cavidade torácica
 e) Não tem importância na resposta imune
43) Quais os principais objetivos de uma inflamação?
44) Quais os tipos de inflamação?
45) O que é uma inflamação?
46) Cite alguns fatores predisponentes a sepse.
47) Uma doença auto-imune pode facilitar um quadro de sepse? Justifique.
48) Sobre inflamação é correto afirmar, exceto:
 a) Liberam mediadores inflamatórios.
 b) A inflamação crônica apresenta os sinais cardinais da inflamação.
 c) A inflamação tem como um dos seus objetivos eliminar o agressor.
 d) A liberação de histamina pela inflamação causa vasodilatação e aumento da
permeabilidade vascular.
 e) A inflamação é a reação do sistema imune a uma agressão tecidual.
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49) O que são receptores de reconhecimento de padrões, qual sua função e onde se
localizam? Cite exemplo.
50) Ao falar sobre o sistema imunológico, muitas pessoas lembram-se apenas da
defesa por meio da produção de anticorpo. Entretanto, algumas células, como os
macrófagos, são capazes de englobar e digerir organismos invasores, um processo
conhecido por:
 a) Plasmocitose
 b) Apoptose
 c) Pinocitose
 d) Fagocitose
 e) Exocitose
51) Anticorpos são proteínas do sistema imunológico que atuam como defensoras
do organismo vivo contra bactérias, vírus e outros corpos estranhos. São células
produtoras de anticorpos:
 a) Linfócitos T
 b) Plasmócitos
 c) Neutrófilos
 d) Basófilos
 e) Monócitos
52) No sistema complemento a ligação covalente irreversível de C3b à superfície
bacteriana marca esta para fagocitose. Como é denominado este processo?
 a) Endocitose
 b) Exocitose
 c) Opsonização
 d) Inflamação
 e) Complexo imune
53) Com relação a via alternativa do complemento, marque a alternativa correta:
 a) É ativada na ausência de anticorpo e, portanto, é um mecanismo da imunidade
inata
 b) É ativada na ausência de anticorpo e, portanto é um mecanismo da imunidade
adaptativa
 c) É um dos principais mecanismos efetores da imunidade humoral
 d) É ativador principalmente, pela ligação do primeiro componente C1, as porções
Fc das moléculas de anticorpo que tenham se ligado aos antígenos
54) Células especializadas localizadas abaixo do epitélio que captura antígeno e os
transportam para tecidos linfoides
 a) Linfócitos T
 b) Linfócitos B
 c) Células dendríticas e macrófagos
 d) Monócitos
 e) Eosinófilos
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55) Acerca das células dendríticas é correto afirmar que:
 a) Constituem uma população distinta de plaquetas, distribuídas em muitos
linfonodos do organismo
 b) Constituem uma população distinta de linfócitos B, distribuídas em muitos
tecidos do organismo
 c) Constituem uma população distinta de linfócitos T, distribuídas em muitos
tecidos do organismo
 d) Constituem uma população distinta de neutrófilos e eosinófilos, distribuídas
em muitos linfonodos do organismo
 e) Constituem uma população distinta de células apresentadoras de antígenos
APC, distribuídas em muitos tecidos do organismo
56) O ______________ é o principal mecanismo de defesa humoral não específico. Uma
vez ativado pode levar ao aumento da permeabilidade vascular, recrutamento de
células fagocitárias, lise e ______________ de bactéria.
Marque a alternativa que completa corretamente o texto:
 a) Sistema linfático; fagocitose
 b) Sistema complemento; opsonização
 c) Sistema linfático; opsonização
 d) Sistema imune; opsonização
 e) Sistema complemento; neutralização
57) No que diz respeito à localização das placas de Payer no organismo, pode-se
dizer que são encontradas:
 a) Entre os pneumócitos
 b) Entre as células de origem mieloide
 c) Entre as células intestinais
 d) Entre os timócitos
 e) Entre as células da glia, no tecido nervoso
58) A partir das afirmativas abaixo, selecione a alternativa correta:
I – Tanto a medula óssea quanto o baço são órgãos linfoides periféricos
(secundários) 
II – O timo é um órgão linfoide central (primário) 
III – A Bursa de fabricius é um órgão linfoide primário nas aves
Estão corretas:
 a) II
 b) II e III
 c) I e II
 d) I
 e) I e III
59) Qual é a célula mononuclear fagocítica derivada de monócitos da medula óssea e
encontrada nos tecidos e nos locais de inflamação? Assinale a alternativa correta.
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 a) Linfócito
 b) Megacariócito
 c) Basófilo
 d) Neutrófilo
 e) Macrófago
60) Ao analisarmos o pH ácido forte do suco gástrico, a lisozima bactericida presente
na lágrima, os mucos, a saliva e o suor, estamos falando sobre:
 a) Inflamação
 b) Fagocitose
 c) Memória imunológica
 d) Ativação do complemento
 e) Barreiras químicas
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