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veterinária apostila de IMUNOLOGIA Natália Bueno | @natvet.studies Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 CARO LEITOR, Queremos saber sua opinião sobre nosso material. Contribua com sugestões, críticas ou elogios em nosso instagram @natvet.studies! Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 A apostila é de uso INDIVIDUAL, não sendo autorizado compartilhar com outras pessoas ou postar na internet, seja pelo Google Drive, Torrent, Mega, WhatsApp, redes sociais ou quaisquer outros meios se classificam como ato de pirataria, conforme o art. 184 do Código Penal. Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Olá Meu nome é Natália Bueno, sou estudante de medicina veterinária e fiz essa apostila com o objetivo de descomplicar a imunologia. Fico extremamente feliz pelo seu interesse e confiança no meu material. Recomendo que você a imprima, para facilitar o seu estudo. Se ela for útil para você, me mande uma mensagem, vou adorar saber sua opinião! Como funciona a apostila? O primeiro capítulo foi feito com o intuito de ensinar o básico da imunologia, criando uma base, para assim entender com mais facilidade os minuciosos assuntos da imuno. Bons estudos! Natália Ramos Bueno 4 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Sistema imunológico Local de origem das células do sistema imune Barreiras da defesa inata Resposta imune inata Inflamação Infecção Ativação da resposta imune adaptativa Resposta imune adaptativa Memória imunológica - Célula T e B de memória Sistema imunológico Resposta imune inata Células que compõe a imunidade inata Como a imunidade inata reconhece os microrganismos? Como a imunidade inata age? Órgãos linfoides Componentes humorais da resposta imune inata Reconhecimento de microrganismos pelo sistema imune inato Receptores de reconhecimento de padrão associados à célula e sensores da imunidade inata Receptores do tipo toll Receptores similares a TIG-1 Receptores similares a NOD Receptores de lectina do tipo C Como funciona o sistema complemento Vias de ativação do sistema complemento Ativação pela via clássica Ativação pela via alternativa Ativação pela via das lectinas Formação do MAC Maturação dos linfócitos T e B Tipos de imunidade adaptativa imunidade humoral imunidade mediada por células Células do sistema imune Introdução à imunologia 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Imunidade inata 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. a. b. c. d. Sistema complemento 1. 2. 3. 4. 5. 6. Imunidade adaptativa 1. 2. a. b. Sumário 5 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 3. Reconhecimento molecular dos antígenos 4. MHC – complexo principal de histocompatibilidade 6. Linfócitos a. Linfócitos TCD8 citotóxicos b. Linfócitos TCD4 auxiliares (Th) - Linfócitos TH1 - Linfócitos TH2 - Linfócitos Th17 - Linfócitos Treg 7. Célula natural killer 8. Ativação do linfócito B - resumo 9. Resposta imune mediada por anticorpos 10. Imunoglobulinas a. Isotipos de imunoglobulinas 6 Resposta imune mediada por anticorpos Resposta inflamatória Sinais cardinais da inflamação Cicatrização/regeneração Morte celular Principais interleucinas da resposta inflamatória Inflamação 1. 2. 3. 4. 5. 6. Exercícios Gabarito Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 C él ul as d o sis te m a im un e Cé lu la tr on co pl ur ip ot en te C D 34 + Pr og en ito r l in fo id e co m um Pr og en ito r m ie lo id e M eg ac ar ió ci to Er itr ob la st o Er itr óc ito s Pl aq ue ta s M ie lo bl as to M on ob la st o Pr ec ur so r d e cé lu la T Pr ec ur so r d e cé lu la B Li nf óc ito B Li nf óc ito T Cé lu la N K Cé lu la s de nd rít ic as M on óc ito N eu tr óf ilo Eo si nó fi lo Ba só fi lo Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Introdução à imunologia Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Plaquetas (fazem a coagulação sanguínea) Leucócitos (glóbulos brancos) Eritrócitos (glóbulos vermelhos - são os únicos que não participam da imunidade) Sistema imunológico O sistema imunológico, também chamado de sistema imune, funciona como uma grande barreira de proteção, evitando que substâncias estranhas e patógenos afetem negativamente a saúde. Os principais microrganismos combatidos são: vírus, fungos, bactérias e protozoários. Introdução ao sistema imunológico O sistema imunológico é formado por várias células especializadas, tecidos e alguns órgãos que reagem de várias formas. Alguns desses componentes são: amigdalas, linfonodos, timo, baço, placa de peyer, apêndice, medula óssea e vasos linfáticos. Local de origem das células do sistema imune As células do sistema imune são fabricadas na medula óssea vermelha, ou seja, nas cavidades ósseas e no tecido esponjoso. As células tronco hematopoiéticas se diferenciam em: Os leucócitos sempre estão circulando no sangue; sua produção é contínua e quando há alterações em suas quantidades, significa que há algum problema e o sistema imunológico foi alterado. Barreiras da defesa inata A defesa inata é composta por barreiras mecânicas (muco e pele), microbiológicas (flora normal de bactérias) e químicas (lágrima, saliva, secreção nasal e suco gástrico) para evitar a entrada de antígenos e microrganismos no corpo. Se a bactéria supera essas barreiras, entrando por uma lesão, as células do tecido iniciam a resposta imune inata (primeira linha de ação/defesa). Introdução à imunologia 9 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Resposta imune inata Os neutrófilos, macrófagos e células NK são os principais componentes dessa resposta. Os neutrófilos e macrófagos encontram antígenos e microrganismos por meio de receptores (proteínas), se ligam a eles, englobando-os e fazendo a fagocitose. Fagocitose Degradação do antígeno, dentro da célula por meio de enzimas digestivas dos lisossomos. As células NK reconhecem células com alterações tumorais ou com infecções virais. Elas agem de duas formas distintas: 1) Elas possuem grânulos que contém as proteínas: perforina que auxilia na entrada de outras proteínas, e a granzima que induz a apoptose das células alvos. 2) As células NK também podem ser estimuladas por macrófagos, ajudando-os aumentando sua capacidade de fagocitose em células infectadas. granzima perforina célula NK célula infectada por vírus DESTRUIÇÃO das células célula com alteração Caso as células não consigam eliminar as substâncias, os macrófagos e neutrófilos liberam citocinas e quimiocinas (sinalizadores químicos) que recrutarão mais células para o combate. Citocina Estimulam células que possuem receptores para liga-las (exemplo: neutrófilos e monócitos), aumentam a permeabilidade de capilares sanguíneos no local e estimulam leucócitos (atravessam as paredes dos vasos sanguíneos e atingem o local alvo). Quimiocinas Atraem células para o local da reação (quimiotaxia). 10 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 citocinas quimiocinas Neutrófilo Macrófago Inflamação No local de reação do antígeno, citocinas e quimiocinas iniciam o processo de inflamação, fazendo com que neutrófilos e monócitos migrem para o tecido, liberando mediadores inflamatórios e causando dor. Outras substâncias inflamatórias como a histamina (aumentam a irrigação sanguínea) e as prostaglandinas (aumentam a permeabilidade dos capilares sanguíneos próximos da inflamação) também participam como mediadores químicos inflamatórios. Sinais cardinais da inflamação Os monócitos circulam nos vasos sanguíneos,e ao passarem para os tecidos, se diferenciam em macrófagos. Dor Calor Rubor Edema Perda de função Infecção A infecção é um processo de inflamação causado por um microrganismo. Quando tem muitas citocinas no corpo, ocorrem alguns sintomas como: a febre, dor de cabeça, mal-estar, perda de apetite e sonolência. 11 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 vírus1) 2) Englobamento 3) Processamento 4) Apresentação célula dendrítica antígeno Linfócito T Linfócitos T auxiliares Linfócitos T citotóxicos Se o microrganismo é mais resistente e potente, ou está em grande quantidade, a resposta imune adaptativa é ativada pelas células da resposta imune inata, mas ela demorará cerca de 7 dias para ficar pronta e ativada. A resposta imune adaptativa conta com a participação de linfócitos, que são células mais especializadas. Ativação da resposta imune adaptativa As células dendríticas (células apresentadoras de antígenos) capturam vírus e antígenos nos locais de infecção, entram nos vasos linfáticos e migram para o linfonodo mais próximo, para mostrar esses componentes para o linfócito T. Existem dois tipos de linfócitos T: Resposta imune adaptativa A resposta imune adaptativa é a segunda linha de ação do sistema imunológico, pode ser chamada também de resposta imune adquirida ou específica. Os linfócitos ficam armazenados nos linfonodos e no baço, aguardando a entrada de um antígeno para então se ativarem (dando início a resposta imune adaptativa). Linfócitos Os linfócitos T são ativados ao encontrarem células dendríticas com antígenos específicos. 12 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Células T efetoras Células de memória A ativação faz com que eles fiquem maiores e comecem a se multiplicar, produzindo milhões de clones capazes de ajudar na remoção do antígeno. Eles passam a ser chamados agora de: Essa multiplicação causa inchaço e desconforto no linfonodo (íngua = caroço) devido à atividade aumentada pela infecção. Demora cerca de 7 dias para os linfócitos T ativados saírem dos linfonodos e irem para o local de infecção (por meio da circulação sanguínea). Depois da chegada dos linfócitos, na maioria dos casos, a infecção começa a ser efetivamente eliminada. Após a ativação do linfócito T, eles passam a ser chamados de células T efetoras armadas e produzem moléculas para destruir os patógenos e aumentar a potência da resposta imune inata. Os linfócitos se subdividem em: Reposta imune celular – mediada por células Linfócitos T citotóxicas Linfócitos T auxiliares Resposta imune humoral – mediada por anticorpos Linfócitos B Linfócitos T auxiliares Os linfócitos T auxiliares reconhecem antígenos que foram fagocitados e apresentados por um macrófago. Ao serem ativados, eles produzem e liberam interleucinas, que auxiliam na diferenciação de linfócitos B e T citotóxicos que estejam ligados em antígenos. antígeno Linfócito B Macrófago Linfócito T citotóxico Neutrófilo Linfócito T auxiliar interleucinas 13 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Os linfócitos T auxiliares também potencializam macrófagos e neutrófilos para fagocitarem e destruírem os microrganismos que estão fora das células. Linfócitos T citotóxicos Quando os microrganismos invadem as células, os linfócitos T citotóxicos entram em ação, eles vão para o local de infecção e reconhecem as células que foram infectadas e secretam proteínas, chamadas de perforina e granzima para matar a célula e então eliminar o microrganismo. Perforina = adere à membrana plasmática da célula infectada e danifica a sua estrutura. Granzima = entra na célula e induz apoptose. Linfócitos B Os linfócitos B participam da resposta imune humoral produzindo imunoglobulinas (anticorpos). Cada linfócito B possui anticorpos específicos para 1 tipo de antígeno. Anticorpos Linfócito T citotóxico ativado antígeno perforina granzima apoptose 14 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 É o caso do soro, que faz a neutralização de toxinas. Podemos encontrar anticorpos como receptores específicos na membrana plasmática dos linfócitos B, ou dissolvidos no plasma, leite materno, placenta, bile, saliva, escarro e lágrimas. Quando os antígenos do microrganismo entram nos vasos linfáticos ou sanguíneos, eles são drenados para os linfonodos mais próximos ou para o baço, onde os linfócitos B irão reconhecer esse antígeno. Os linfócitos B que reconheceram algum antígeno se ativam e produzem plasmócitos (liberam anticorpos) e células de memória. Os anticorpos possuem 2 mecanismos efetores para ajudar no combate ao antígeno: 1 – Neutralização Anticorpos se ligam ao redor do microrganismo, neutralizando-o, atrapalhando suas funções, sendo elas a reprodução e sua locomoção. 2 – Sinalizadores Marcam o alvo para que os macrófagos e neutrófilos possam fagocita-los e destrui- los mais rapidamente. Memória imunológica – Célula T e B de memória Ao final da resposta imune, a maioria dos linfócitos T e B sofrem apoptose. Os linfócitos que sobram são os de memória, estes sobrevivem por vários anos. Caso ocorra um segundo contato com o antígeno, eles se multiplicam e combatem o invasor com mais facilidade. 15 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Imunidade inata Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Imunidade Inata É a primeira linha de defesa do organismo (previne, controla e elimina infecções) É conferida por componentes celulares e subcelulares que o indivíduo já possui ao nascer Importante na indução da resposta adaptativa Pouca especificidade para os microrganismos (antígenos) – reconhecimento de padrões de patógenos Não há formação de memória imunológica Age na reparação tecidual do hospedeiro Defensinas (também produzidas por neutrófilos, células NK e LT citotóxicos) em resposta a citocinas inflamatórias e produtos microbianos. Catelicidinas (também produzidas por epitélios e neutrófilos) em resposta a citocinas inflamatórias e produtos microbianos. Sistema imunológico O sistema imunológico é o conjunto de células, tecidos e moléculas responsáveis pela defesa do organismo, feita a partir do reconhecimento (self e non-self) e eliminação de patógenos, da reparação tecidual e celular, com o intuito de manter a homeostasia do corpo. Resposta imune inata (inespecífica) ‘’O organismo responde sempre da mesma forma, independentemente do antígeno’’. Barreiras da imunidade inata Possuem como função a contenção dos agentes invasores/agressores. Barreiras físicas Muco Reflexo de piscar Pelos e muco das narinas Cílios traqueais e pulmonares Reflexos de tosse e espirro Pele Barreiras epiteliais Células epiteliais: produzem proteínas com atividade antimicrobiana 17 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Barreira física à infecção Morte dos microrganismos por antibióticos produzidos localmente (defensinas e catelicidinas) Morte dos microrganismos e células infectadas pelos linfócitos intraepiteliais antibióticos peptídicos Linfócito intraepitelial Barreiras mecânicas Intestino - Peristaltismo intestinal - Flora bacteriana normal Barreiras químicas Sebo e suor HCL e enzimas digestivas Lisozima e fosfolipase A nas lágrimas e saliva pH ácido na vagina β-defensinas produzidas pelos epitélios Enzimas proteolíticas e peptídeos antimicrobianos no intestino delgado Barreiras microbiológicas Microbiota residente da: - Pele; - Boca; - Trato gastro intestinal (TGI) e, - Vagina. Células que compõem a imunidade inata As células efetoras da imunidade inata são representadas principalmente pelos fagócitos (neutrófilos, monócitos e macrófagos), células dendríticas e células NK (natural killer). 18 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br- HP154216784673441 Os neutrófilos são células sanguíneas que são recrutadas para os locais da infecção, onde reconhecem e ingerem os microrganismos, levando-os a morte. Os neutrófilos são o primeiro tipo de célula a responder para a maioria das infecções, particularmente infecções bacterianas e fúngicas, portanto, são as células dominantes da inflamação aguda. N eut rófilos Além disso, eles expressam receptores para produtos da ativação do complemento e para anticorpos de revestimento dos microrganismos. Esses receptores amplificam a fagocitose e também fazem a transdução dos sinais de ativação que aumentam a capacidade dos neutrófilos de matar os microrganismos ingeridos. Os neutrófilos também são recrutados para os locais de danos nos tecidos na ausência de infecção, em que iniciam a depuração dos detritos (restos) celulares. Entretanto, eles vivem por apenas algumas horas nos tecidos, por isso são os primeiros a responder, mas não fornecem defesa prolongada. M onócitos Macrófagos São células que estão amplamente distribuídas nos órgãos e tecidos conectivos, e possuem papel central na imunidade inata e adaptativa. Os monócitos entram e circulam no sangue e então migram para os tecidos específicos durante reações inflamatórias, onde amadurecem e viram macrófagos. A principal diferença ocorrida na transformação do monócito para macrófago é o aumento no número de lisossomos. Podemos dizer que os monócitos produzem abundantes mediadores inflamatórios e são rapidamente recrutados para locais de infecção e tecido danificado. Os macrófagos possuem funções importantes na imunidade inata, sendo elas: 1) Ingerir e matar os microrganismos 2) Realizar a limpeza após uma infecção ou lesão tecidual (ingerem células mortas) 3) Reconhecer e engolfar células apoptóticas antes que as células mortas comecem a liberar seus conteúdos e induzir resposta inflamatória 4) A eliminação de células mortas, sendo esse o papel do macrófago em todo o corpo 19 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 5) A secreção de citocinas que agem nas células endoteliais que recobrem vasos sanguíneos para aumentar o recrutamento de mais monócitos e de outros leucócitos do sangue para os locais infeccionados 6) Servem como APCs (células apresentadoras de antígenos) as quais apresentam antígenos e microrganismos e ativam os linfócitos T 7) Estimular o crescimento de novos vasos sanguíneos (angiogênese) 8) Promover a síntese de matriz extracelular rica em colágeno (fibrose) Mas como os macrófagos são ativados na imunidade inata? Os macrófagos podem ser ativados por duas diferentes vias que possuem funções distintas: a via clássica (M1) e a via alternativa (M2). Por meio de reconhecimento de diferentes moléculas microbianas, essas moléculas se ligam a receptores de sinalização específicas que estão localizados na superfície ou dentro do macrófago (exemplo de receptores: tipo Toll (TRN) e IFN-y – eles participam da ativação clássica dos macrófagos (M1), que fazem a destruição dos microrganismos e desencadeiam a inflamação). Eles também são ativados quando os receptores da sua membrana se ligam à apsoninas na superfície dos microrganismos (exemplo para apsoninas: receptores de complemento e receptores para anticorpo Fc). Quando há ausência de fortes sinais de receptores do tipo Toll (TRL), há a indução pelas citocinas IL-4 e IL-3 (que são secretadas por linfócitos T) -> interleucinas (citocinas). Esses são os macrófagos (M2) de ativação alternativa, os quais são considerados mais importantes para reparação dos tecidos e para acabar com a inflamação. Mastócitos, basófilos e eosinófilos São células adicionais que possuem grânulos citoplasmáticos com vários mediadores inflamatórios e antimicrobianos. Eles se envolvem na resposta imune e fazem proteção contra helmintos e reações que causam doenças alérgicas. M astó citos São células derivadas da medula óssea. Eles possuem abundantes grânulos citoplasmáticos cheios de histamina e outros mediadores. Os mastócitos maduros normalmente não são encontrados no sangue, mas sim nos tecidos - adjacentes à pequenos vasos sanguíneos e nervos. Apresentam receptores de alta afinidade na membrana plasmática para a imunoglobulina E (IgE), e geralmente são recobertos com esse anticorpo. Eles reconhecem produtos microbianos e respondem produzindo citocinas e outros mediadores que induzem inflamação. Os mastócitos também sintetizam e secretam mediadores de lipídeos (ex: prostaglandinas) e citocinas (ex: TNF), que estimulam a inflamação. 20 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Ba sófilos Basófilos são células que amadurecem na medula óssea ecirculam no sangue. São menos de 1% dos leucócitos sanguíneos. Podem ser recrutados para locais inflamatórios. Os basófilos sintetizam mediadores (os mesmos dos mastócitos) e expressam receptores para IgE, se ligando a esta imunoglobulina. ↪ Eles podem ser ativados por antígenos quando ligado à IgE. Eo sinófilos Eosinófilos também são derivados da medula óssea, eexpressam grânulos citoplasmáticos contendo enzimas que são danosas às paredes celulares de parasitas, mas também podem danificar os tecidos do hospedeiro. Além disso, eles contribuem para a inflamação em casos de distúrbios alérgicos. Células apresentadoras de antígenos (APCs) Essas células capturam microrganismos e outros antígenos, apresentam-nos aos linfócitos, e fornecem sinais que estimulam a proliferação e diferenciação dos linfócitos (resposta imune adaptativa). O principal tipo de APC que está envolvido na iniciação das respostas da célula T, é a célula dendrítica. As principais células apresentadoras de antígenos são: - Células dendríticas - Macrófagos - Linfócitos B Ce l. d endríticas São as APCs mais importantes para a ativação das células T imaturas e têm o papel principal nas respostas inatas às infecções e na ligação das respostas imunes inatas e adaptativas. Elas são amplamente distribuídas nos tecidos linfoides, epitélio mucoso e parênquima de órgãos (conjunto de células que são responsáveis pela função de um determinado órgão). A maioria das células dendríticas é parte de linhagem mieloide de células hematopoiéticas e se origina de um precursor que também pode se diferenciar em monócitos. 21 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Similarmente aos macrófagos, as células dendríticas expressam receptores que reconhecem moléculas tipicamente produzidas pelos microrganismos e respondem a eles com a secreção de citocinas. Desse modo, essas citocinas secretadas apresentam duas funções principais: (1) iniciam a inflamação e (2) estimulam as respostas imunes adaptativas. N atu ral Killer Reconhecem células infectadas e perturbadas e respondem destruindo-as e secretando a citocina ativadora de macrófagos IFN-γ. Por meio da ativação de células infectadas, as células NK despejam o conteúdo dos seus grânulos citoplasmáticos no espaço extracelular, as proteínas dos grânulos entram nas células infectadas e ativam a apoptose. O IFN-γ ativa os macrófagos para matar os organismos fagocitados. Os macrófagos e as células dendríticas secretam citocinas que aumentam a capacidade das células NK de proteger contra infecções. Os receptores ativadores reconhecem moléculas geralmente expressas em células infectadas com vírus ou bactérias intracelulares, bem como células com danos no DNA e transformações malignas. Como a imunidade inata reconhece os microrganismos? O sistema imune inato reconhece várias estruturas essenciais para a sobrevivência e capacidade de infecção dos microrganismos. Estas estruturas reconhecidas são chamadas de padrões moleculares associados a patógenos (PAMP), sendo elas: LPS, receptores para peptidoglicano, resíduos de manose, RNA dupla fita e nucleotídeos (CpG) ricos em CG não metilados. Os receptores que reconhecem essas estruturas são chamados de receptores de reconhecimento de padrões (PRR).Estes também reconhecem moléculas liberadas das células danificadas ou necróticas: padrões moleculares associados a danos (DAMP). Os mecanismos de defesas iniciais incluem barreiras físicas, moléculas antimicrobianas e células linfoides. Como a imunidade inata age? Porta de entrada: epitélio da pele e dos sistemas gastrointestinal e respiratório. 22 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Nos tecidos: microrganismos são detectados pelos macrófagos residentes, células dendríticas e mastócitos. As células reagem, secretando citocinas, que iniciam o processo de inflamação e os fagócitos recrutados destroem os microrganismos. No sangue: as proteínas plasmáticas, incluindo o sistema complemento, reagem contra os microrganismos e promovem a sua destruição. Os vírus provocam reações especiais, incluindo a produção de interferons a partir das células infectadas, entretanto as células NK são responsáveis pela inibição da infecção de outras células e a morte das células infectadas Órgãos linfoides A função dos órgãos linfoides é proteger o corpo contra patógenos e antígenos invasores. Eles se subdividem em primários e secundários. Órgãos linfoides primários Fazem a produção, diferenciação e maturação de linfócitos T e B. São eles: timo (linfócitos T), medula óssea, Bursa de fabricius (nas aves) (Linfócitos B) e placas de peyer. Órgãos linfoides secundários Ambiente no qual os linfócitos interagem entre si, com outras células e antígenos. São eles: linfonodo, baço e MALT. Sistema linfático O sistema linfático coleta antígenos microbianos de seus portais de entrada e liberação para os linfonodos, onde eles podem estimula as respostas imunes adaptativas. Componentes humorais da resposta imune inata Anticorpos naturais: Presentes antes da infecção (já nascemos com eles). Geralmente específicos para carboidratos e lipídeos. Maioria da classe IgM. 23 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Lipídio da parede celular bacteriana TLR Extracelular Polissacarídio fúngico Lectina membrana plasmática Citosólico Endossomal membrana endossomal peptidoglicano bacteriano RNA viral DNA microbiano NLR RLR CDS TLR DNA, RNA microbiano Reconhecimento de microrganismos pelo sistema imune inato O sistema imune inato reconhece as estruturas moleculares que são produzidas pelos patógenos microbianos, estas são chamadas de padrões moleculares associados ao patógeno (PAMPs). Os diferentes tipos de microrganismos, expressam diferentes PAMPs. Essas estruturas incluem ácidos nucleicos, proteínas, lipídeos de parede celular, carboidratos, padrões de molécula associados ao dano, etc. Além das PAMPs, o sistema imune inato também reconhece moléculas endógenas que são produzidas ou liberadas por células danificadas ou mortas, essas substâncias são chamadas de padrões moleculares associados ao dano (DAMPs). O sistema imune inato usa vários tipos de receptores celulares, chamados de receptores de reconhecimento de padrão (PRRs), presentes em diferentes localizações nas células, e moléculas solúveis no sangue e secreções mucosas, para reconhecer os PAMPs e DAMPs. Quando esses receptores de reconhecimento de padrão associados a célula se ligam aos PAMPs e DAMPs, eles ativam as vias de transdução de sinal, promovendo assim as funções antimicrobianas e pró-inflamatórias das células nas quais eles são expressos. 24 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Na imagem anterior, podemos ver localizações celulares dos receptores de reconhecimento de padrão do sistema imune inato. (1) A família TLR e os receptores de lectina, são expressos na superfície celular, onde podem se ligar a padrões moleculares associados ao patógeno. (2) Outros TLRs são expressos nas membranas endossomais e reconhecem ácidos nucleicos dos microrganismos que foram fagocitados pelas células. (3) As células também contêm sensores citosólicos da infecção microbiana, incluindo a família dos receptores do tipo NOD (NLR), receptores do tipo RIG (RLRs) e sensores citosólicos de DNA (CDS). Receptores de reconhecimeto de padrão associados à célula e sensores da imunidade inata A maioria das células expressa receptores de reconhecimento de padrão. Os fagócitos (incluindo neutrófilos, macrófagos e células dendríticas) expressam a maior variedade e maior número destes receptores. Os receptores de reconhecimento de padrão são ligados às vias de transdução intracelular de sinal que ativam várias respostas celulares, incluindo a produção de moléculas que promovem inflamação e destruição dos microrganismos. Receptores do Tipo Toll Os receptores do tipo Toll (TLRs) reconhecem produtos de uma grande variedade de microrganismos, assim como moléculas expressas ou liberadas por células estressadas ou em processo de morte. Os TLRs também estão envolvidos na resposta a moléculas endógenas cuja expressão ou localização indicam dano celular. As bases estruturais das especificidades dos TLRs residem nos múltiplos módulos extracelulares ricos em leucina destes receptores, que se ligam diretamente aos PAMPs ou a moléculas adaptadoras que se ligam aos PAMPs. Os TLRs são encontrados na superfície celular e nas membranas intracelulares e são, então, capazes de reconhecer microrganismos em diferentes localizações celulares. O reconhecimento dos ligantes microbianos pelo TLR resulta na ativação de várias vias de sinalização e, por fim, nos fatores de transcrição, que induzem a expressão de genes cujos produtos são importantes para respostas inflamatórias e antivirais. 25 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Peptidoglicano LPS TLR4 Domínio de morte Domínio TIR Proteína adaptadora TLR1, TLR2, TLR5, TLR6 Membrana plasmática MyD88 TLR7 TLR9 dsRNA TLR3 ssRNA, CpG DNA TRIF endossoma NF-xB IFRs Expressão de genes inflamatórios: • citocinas (TNF, IL-1, IL-6) • quimiocinas (CCL2, CXCL8, outras) • moléculas de adesão endotelial (E-selectina) • moléculas coestimulatórias (CD80, CD86) Expressão de genes do interferon tipo 1 (IFN α/β) vias de ativação e funções dos TLRs Interação entre ligante e TLR Dimerização pela aproximação dos domínios TIR Recrutamento de proteínas adaptadoras com ativação de proteínas cinases Ativação de fatores de transcrição: fator nuclear kB, proteína ativadora 1, fator de resposta ao interferon 3 Secreção de IFNs de tipo 1 estado antiviral• inflamação aguda • estimulação da imunidade adaptativa 26 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 o NOD1 reconhece peptidoglicanos bacterianos e o NOD2 reconhece muramil dipeptídeo e atua como um sensor geral de bactérias intracelulares, além disso, ele desencadeia a produção das proteínas antimicrobianas (defensinas) Receptores similares a RIG-1 Os receptores do tipo RIG (RLRs) são sensores citosólicos do RNA viral que respondem aos ácidos nucleicos virais, ativando as caspases e induzindo a produção de interferons tipo I antivirais (IFNs). Receptores similares a NOD Os receptores similares ao domínio de oligomerização ligante de nucleotídeo (NLRs) são uma família de PRRs que também podem detectar patógenos no citosol, recrutando assim, outras proteínas para formar complexos de sinalização que promovem inflamação. Receptores de Lectina do tipo C Lectinas são proteínas que se ligam a carboidratos. Algumas são PRRs de superfície celular que podem reconhecer carboidratos em bactérias, fungos e alguns vírus. As principais lectinas de superfície celular envolvidas no reconhecimento de patógenos são a dectina 1, a dectina 2 e a DEC205. Essas dectinas reconhecem β- glicanas em paredes celulares fúngicas e desempenham um importante papel na defesa anti-fúngica, promovendo a destruição intracelular de fungos. A dectina 1 é expressa por macrófagos, monócitos e células dendríticas de bovinos. A dectina 2 bovina é expressaem grandes quantidades pelas células de Langerhans da pele. A DEC205 é expressa por células dendríticas bovinas. 27 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Sistema complemento Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Iniciação Mas como funciona o sistema complemento? Ao penetrar no organismo, o antígeno provoca ativação do sistema complemento, gerando destruição – lise (ativação pelas vias alternativa e lectina – resposta inata e via clássica na resposta adaptativa). Funções do sistema complemento: lise opsonização ativação da resposta inflamatória sinalização de imunocomplexos complemento célula alvo fagócito bactéria receptor do complemento extravasamento degranulação sangue fagócito Ag-Ab passos iniciais passos finais C3 C3b C3a C3b é depositada no microrganismo C5 C5b C5a MAC Via alternativa Via clássica Via da lectina O sistema complemento possui um importante papel na defesa do organismo contra inúmeros microrganismos infecciosos, como parte tanto da resposta imune inata quanto da resposta imune adquirida, mediada por anticorpos. Os componentes do complemento são sintetizados no fígado e por células envolvidas na resposta inflamatória. Sua ativação é sequencial, ocorrendo mudança conformacional ou fragmentação, sendo um processo em cascata. As atividades biológicas desencadeadas pela ativação do mesmo potencializam as vias que removem os patógenos microbianos, além disso, o complemento age diretamente sobre o patógeno. Sistema complemento C3a: inflamação C3b: opsonização e fagocitose C5a: inflamação Lise do microrganismo 29 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Lise celular Morte dos patógenos: formando um poro nas células bacterianas para extravasamento do conteúdo intracelular (MAC). Opsonização Marcação do antígeno, que passa a se tornar atrativo para atuação dos fagócitos, ou seja, melhora a visibilidade de um invasor para o nosso sistema imunológico. Clivagem de proteínas Os fragmentos das proteínas vão atuar como recrutador das células inflamatórias – mediador inflamatório (C3a, C4a, C5a). Imunocomplexos Junção de anticorpos com antígenos. Engloba complexos antígenos e anticorpos internos (anticorpo neutraliza o antígeno). Vias de ativação do sistema complemento Existem três vias de ativação do complemento: a via clássica, a via da lectina e a via alternativa, mas o objetivo final sempre é furar a membrana dos invasores. Cada via é iniciada quando um componente sérico do complemento se liga à superfície de um patógeno. As etapas iniciais de cada via de ativação envolvem a ativação sequencial de sucessivos componentes do complemento na superfície do patógeno: a ativação de um componente induz uma função enzimática que atua no componente seguinte na cascata, clivando-o em fragmentos biologicamente ativos, e assim por diante. Via clássica: ativada com a presença de um complexo antígeno/anticorpo (classe IgG ou IgM). ↪ Resposta imune adaptativa humoral Via alternativa: ativada por superfícies microbianas ↪ Resposta imune inata Via da lectina: ativada quando uma proteína plasmática ligadora de carboidratos liga-se a resíduos de manose na superfície dos microrganismos. ↪ Resposta imune inata Vale ressaltar que independentemente da via, o reconhecimento dos microrganismos irá resultar em recrutamento sequencial e montagem de proteínas adicionais do complemento em complexos de proteases. As três vias de ativação do complemento convergem para a clivagem do componente C3 para formar um intermediário crítico, C3b, que se liga covalentemente à superfície do patógeno. 30 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Ativação pela via clássica O objetivo da via clássica é formar poros na célula para destruir o patógeno. Recrutamento de células inflamatórias: C4a, C2a, C3a, C5a. Função de lise do patógeno (rompimento e morte): MAC. Função de opsonização do patógeno: formação de C3 convertase, C5convertase, amplificação de C3 bactéria mais atrativa para os fagócitos. A ativação em excesso do sistema complemento interruptamente causa lesão de células próprias. Presença do complexo antígeno/anticorpo (classe IgM ou IgG) Ativa complexo C1 (a mesma molécula é dividida em 3) A porção C1q da molécula liga-se a fração Fc do anticorpo. Acontece a ativação de C1r, que na sequencia ativa C1s. C1s ativa cliva C2 e C4, gerando: C2a e C2b, C4a e C4b. C4b e C2a juntos (C4b2a) formam C3 convertase cabeças C1r C1s C1q C1 macromolécula Fc Anticorpo C1qC1r2s2 C1qr2s2 { 31 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 C3 convertase hidroliza mais moléculas de C3. C3 a gera C3a e C3b. C3b liga-se a C4b2a, formando C4b2a3b chamada de C5 convertase C4 C4a C2 C2b C4b2a (C3 convertase) C3 C3b C3a C4b2a C4b2a3b (C5 convertase) C5b C5a C5 5 convertase O componente C3b de C5 convertase cliva C5 em C5a e C5b. C5b cliva C6 iniciando a formação do complexo de ataque à membrana (MAC) C6 C7 C5b C5b67 C8 C5b678 C9 C5b678 poli-C9 Complexo de ataque à membrana 32 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Ativação pela via alternativa É a mais importante, corresponde a 80% - 90% da cascata do sistema complemento. Na via alternativa, a ativação é desencadeada pela deposição espontânea de C3b na superfície do patógeno, de modo que a geração de mais moléculas de C3b a partir de C3 resulta em uma alça de amplificação que promove posteriormente o desencadeamento da via. O C3b é uma opsonina, ou seja, a sua deposição na superfície de um patógeno aumenta a captura do patógeno pelas células fagocíticas. A clivagem de C3 também produz um pequeno fragmento, C3a, que é liberado na fase fluida. Esta é uma anafilatoxina, que induz intensa resposta inflamatória. Hidrólise espontânea de C3 Formação de C3a e C3b Fator D cliva (corta) fator B Ba e Bb Forma-se C3bBb com ação de C3 convertase C3bBb liga-se a C3b formadas pela hidrólise de moléculas de C3 formando C3bBb3b com ação de C5 convertase mesmo processo até a formação do complexo de ataque à membrana (MAC), que acarreta a destruição (lise) do patógeno Ativação pela via das lectinas Essa via não precisa da presença de anticorpos para se ativar. É semelhante a via clássica. É ativada pela ligação de polissacarídeos microbianos a lectinas circulantes. Ligação com açúcares da parede de bactérias Complexo com função similar a C1s cliva C2 e C4, gerando: C2a e C2b, C4a e C4b. C4b e C2a juntos (C4b2a) formam C3 convertase. Mesmo processo da via clássica até a formação do MAC 33 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Formação do MAC Os componentes terminais da cascata do complemento (C5b, C6, C7, C8 e C9) são comuns a todas as três vias de ativação do complemento. Eles se ligam uns aos outros e formam o complexo de ataque à membrana (MAC) resultando na lise celular. A primeira etapa na formação do MAC é a ligação de C6 ao C5b na superfície celular. A seguir, C7 se liga a C5b e C6 inserindo-se na membrana externa da célula. A ligação sub-sequente de C8 ao complexo C5b67 resulta em um complexo que penetra profundamente na membrana celular. C5b-C8 na membrana celular atua como receptor de C9 (molécula semelhante a peregrina) que se liga a C8. Moléculas adicionais de C9 interagem com a molécula de C9 no complexo para formar C9 polimerizado (poli-C9). O poli-C9 forma um canal transmembrana que interfere no equilíbrio osmótico da célula: íons passam através do canal e a água entra na célula, fazendo com que esta inche e a membrana se torne permeável a macromoléculas que, a seguir, escapam da célula. O resultado é a lise celular. C5b C6 C7 C8 C9 C5b C6 C7C8 C9 C9 H2O íons poli-C9 34 Licensed toEduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Imunidade adaptativa Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Imunidade adaptativa Os linfócitos B são maturados dentro da medula óssea (e no fígado fetal). Células passam a expressar BCR, CD44, imunoglobulinas de membrana (IgD e IgM) e migram para o seio central Os mecanismos da imunidade inata fornecem a defesa inicial contra infecções. As respostas imunes adaptativas se desenvolvem mais tarde e necessitam da ativação de linfócitos. As respostas imunes adaptativas são estimuladas pela exposição a agentes infecciosos e aumentam em magnitude a capacidade defensiva em cada exposição subsequente a um microrganismo particular. O sistema imune adaptativo reconhece e reage a um grande número de substâncias microbianas e não microbianas. As características que definem a imunidade adaptativa são a habilidade de distinguir entre diferentes substâncias, chamada especificidade, e a habilidade de responder mais vigorosamente a exposições repetidas ao mesmo microrganismo, conhecida como memória imunológica. Os componentes exclusivos da imunidade adaptativa são os linfócitos e seus produtos secretados (anticorpos). Os antígenos são substâncias estranhas que induzem as respostas imunes específicas ou são reconhecidos pelos linfócitos ou anticorpos. Maturação de linfócitos T e B Os linfócitos são produzidos na medula óssea. Maturação dos linfócitos B progenitores de células T saem da medula óssea e chegam ao timo pelo sangue localizam-se na região capsular do timo e são chamados de timócitos a maturação leva cerca de 3 semanas a medida que amadurecem passam a expressar TCR, CD4 ou CD8 o amadurecimento depende de citocinas produzidas pelas células do estroma tímico: macrófagos e células dendríticas Maturação dos linfócitos T 36 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 timócito em divisão trabécula cápsula célula morta timócito célula epitelial cortical célula dendrítica célula epitelial medular corpúsculos de Hassallmacrófago vaso sanguíneo có rt ex m ed ul a Quando maduros, linfócitos T e B migram para os órgãos linfóides periféricos (baço, linfonodos, tecido linfoide associado à mucosa - MALT) Nestes órgãos os linfócitos encontrarão os antígenos dando origem a resposta imune Armazenamento: cápsula seio marginal córtex área paracortical (zona da célula T) medula vaso linfático eferente seio medular vasos sanguíneos centro germinativo senescente manto de linfócitos B pequenos centro germinativo folículo secundário folículo primáriovaso linfático aferente fluxo linfático Durante sua maturação, os linfócitos podem ligar-se a autoantígenos (antígenos do próprio corpo), tornando-se uma célula autorreativa, caracterizando uma doença imune, mas estes, em sua forma correta, sofrem apoptose ou entram em anergia (ficam inativos). 37 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Tipos de imunidade adaptativa Existem dois tipos de respostas imunes adaptativas, denominadas imunidade humoral e imunidade mediadas por células, ambas atuam para eliminar diferentes tipos de microrganismos. Imunidade humoral A imunidade humoral é mediada por moléculas no sangue e secreções mucosas denominadas anticorpos, que são produzidos pelos linfócitos B. É o principal mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares e suas toxinas, pois os anticorpos secretados podem se ligar a esses microrganismos e toxinas e auxiliar na sua eliminação. Os próprios anticorpos são especializados e podem ativar diferentes mecanismos para combater os microrganismos (mecanismos efetores). Imunidade mediada por células Na imunidade mediada por célula, os linfócitos T auxiliares ativam macrófagos para matar microrganismos fagocitados ou os linfócitos T citotóxicos destroem diretamente as células infectadas. Estes também geram anticorpos que se ligam à patógenos circulantes e atacam diretamente células que estão de alguma forma anormais. cápsula trabécula capilares sinusoides esplênicos polpa vermelha veia artéria centro germinativo nódulo linfóide (linfócito B) zona marginal bainha linfóide periarterial (linfócito T) polpa branca 38 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Reconhecimento molecular dos antígenos As funções da maiora dos linfócitos T requer que eles interajam com outras células, que podem ser células dendríticas, macrófagos, linfócitos B, ou qualquer célula hospedeira infectada. Para garantir que as células T interajam com outras células e não com os antígenos solúveis, os receptores de antígenos de células T são desenhados de modo a enxergar antígenos apresentados por moléculas de superfície celular e não antígenos em microrganismos ou antígenos que estão livres na circulação ou em fluidos extracelulares. Já nos linfócitos B, os receptores de antígeno e produtos de secreção, os anticorpos, são capazes de reconhecer antígenos em superfícies microbianas e antígenos solúveis, bem como antígenos associados a células. A tarefa de apresentar os antígenos associados às células hospedeiras para reconhecimento por células T CD4+ e CD8+ é realizado por proteínas especializadas denominadas complexo principal de histocompatibilidade (MHC), moléculas que são expressas na superfície das células hospedeiras. Ou seja, linfócitos T, possuem receptores específicos, chamados de TCR, que são capazes de reconhecer fragmentos antagônicos expostos (pelas células apresentadoras de antígeno (APCs)) em moléculas do complexo maior de histocompatibilidade (MHC). Já os linfócitos T auxiliares são um tipo de ‘’alarme’’ do sistema imune, eles reconhecem antígenos nas superfícies das células apresentadoras de antígenos (APCs) e secretam citocinas, que estimulam diferentes mecanismos de imunidade e inflamação. As APCs profissiocinais, que possuem MHC tipo II para ativar os linfócitos T auxiliares, são: células dendríticas, monócitos, macrófagos, alguns linfócitos B e células epiteliais do timo. MHC - complexo maior de histocompatilbilidade Para induzir a resposta imune adaptativa, as moléculas do antígeno precisam ser quebradas no interior das células e seus fragmentos antigênicos devem, então, ser associados aos receptores apresentadores de antígeno apropriados. Estes receptores apresentadores de antígenos são glicoproteínas codificadas por genes agrupados em uma região gênica chamada complexo principal de histocompatibilidade (MHC). 39 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 ANTÍGENO RESPOSTA IMUNE molécula de MHC fragmento do antígeno receptor do antígeno célula apresentadora de antígeno célula sensível ao antígeno Expõe antígenos endógenos (produzidos pela própria célula): proteínas expressas por células cancerosas e proteínas virais Está presente em todas as células nucleadas Apresenta para o linfócito TCD8+ Expõe antígenos exógenos: bactérias (ou seja, antígenos contidos nos fagolisossomos - vesículas geradas por meio da fagocitose) Localiza-se em células apresentadoras de antígenos (APCs): células de langergans, células dendríticas, macrófagos, monócitos e linfócitos B Apresenta para o linfócito TCD4+ O MHC de subdivide em MHC de classe I e MHC de classe II. Seguem abaixo suas principais características: MHC I MHC II Os fragmentos antigênicos podem induzir uma resposta imune somente quando estão acoplados às moléculas do MHC, e essas moléculas podem se ligar aos receptores de antígeno dos linfócitos T. 40 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 CD8+ T TCR MHC-1 Retículo endoplasmático TAP1 TAP2 Peptídeo Proteossoma Ubiquitina Proteína citosólica célula tumoral ERAP Aparelho de golgi MHC I Células infectadas por vírus apresentam proteínas virais que são sinalizadas pela moléculaubiquitina, fazendo assim com que essas proteínas sejam destruídas por uma protease, o proteossoma (destrói proteínas sinalizadas), transformando-as em peptídeos, que são moléculas menores que serão apresentadas pelo MHC. Esses peptídeos precisam entrar no retículo endoplasmático, onde há moléculas do MHC de classe I sendo produzidas e armazenadas. O TAP realiza o transporte desses peptídeos do citosol para dentro do retículo endoplasmático. O TAP é ligado ao MHC por meio da tapasina, esta também impede que o MHC se ligue a outras moléculas que não sejam os peptídeos apresentados. Quando os peptídeos entram no retículo endoplasmático, eles são ligados ao MHC de classe I formando assim o complexo MHC peptídico, que sairá do retículo a caminho do complexo de golgi, onde será liberado em uma vesícula exocítica que vai para a membrana plasmática. Ao se fundirem, o MHC com esse peptídeo será exposto, e a célula apresentadora apresentará esse peptídeo (por meio do MHC de classe i) ao linfócito TCD8+, que reconhece essa molécula por outro receptor, o TCR. Essa ligação do MHC de classe I contendo o peptídeo com TCR no linfócito TCD8, será responsável pela ativação do linfócito virgem e do futuro reconhecimento dos linfócitos Tefetores dos antígenos que estão agindo contra. 41 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 MHC II As células apresentadoras de antígenos fagocitam o patógeno. Ao final da fagocitose essas proteínas estão localizadas em uma vesícula (fagolisossomo), e por meio da ação de algumas enzimas essas proteínas são destruídas e quebradas em peptídeos. Da mesma forma que o MHC I, o MHC II é produzido e armazenado no retículo endoplasmático rugoso, mas depois de sintetizado o MHC II liga-se a uma proteína de cadeia invariante que recobre a região de ligação do peptídeo, impedindo que os peptídeos que foram colocados para dentro pela TAP (aqueles digeridos pelo proteossomo) se liguem ao MHC II. Em seguida, o MHC II vai para o complexo de golgi (ligado ao clip) e vai ser liberado por meio dos endossomos que se fundem com o fagolisossomo (que contém os peptídeos.) Após a remoção do CLIP, os peptídeos antigênicos ligam-se ao MHC de classe II, formando o complexo peptídeo MHC. Por meio dessa vesícula exocítica, esse complexo vai se fundir a membrana plasmática e ser apresentado na membrana da célula apresentadora de antígeno, ligando-se então ao linfócito TCD4+ por meio do seu receptor TCR, gerando da mesma forma a ativação do linfócito T virgem e o futuro reconhecimento do linfócito Tefetor ao antígeno. CD4+ T 1) proteína exógena desencadeia resposta imunológica 2) fagocitose protease 3) quebra da proteína 4) rompimento da cadeia invariante (Ii) HLA-DM CLIP fago ssomo MIIIC Retículo endoplasmático MHC II Ii α β Golgi 5) processamento do antígeno 6) antígeno se liga a molécula de MHC II 7) migração da vesícula 8) vesícula se funde ao citoplasma da célula APC 9) MHC II expõe o antígeno para o linfócito T 10) Linfócito T ativa o sistema imunológico contra o antígeno TCR MHC II peptídeo 42 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Linfócitos Linfócitos Tcitotóxicos (CD8+) Reconhecem antígenos intracelulares (peptídeos) apresentados por moléculas MHC I (em células fagocíticas ou em células imunes infectadas pelo mecanismo de escape). Possuem ação citolítica. Induzem a morte celular programada (apoptose) na célula alvo pela ação de perforinas e granzimas. As membranas dos linfócitos e das células alvos fundem-se, e por um processo de exocitose, o linfócito T CD8+ transfere o conteúdo dos grânulos citoplasmáticos (perforina e granzima), dando seu "golpe letal" ou "beijo da morte", levando à lise celular. Linfócitos TAuxiliares (Th)(CD4+) Os linfócitos TCD4+ auxiliares secretam citocinas e expressam moléculas de superfície que podem ativar outras células imunes, essas células efetoras vão ser classificadas em sub- populações com base em suas funções. Algumas células T auxiliares diferenciadas ativam macrófagos para destruirem microrganismos fagocitados, outras secretam citocinas que recrutam leucócitos estimulando a inflamação; outras amplificam as funções de barreira da mucosa; umas permanecem em órgãos linfóides e ajudam células B a se diferenciarem em células que secretam anticorpos. Mediante o estímulo pela APC (MHC II) podem se diferenciar em: Th1, Th2, Th17 ou Treg. Produzem IL-2 induzindo sua própria proliferação (autócrina) e a proliferação e o aumento da capacidade citotóxica dos linfócitos TCD8. Produzem IFN- γ, envolvido na ativação de macrófagos infectados com patógenos intracelulares como microbactérias, protozoários e fungos, além de desempenhar papel importante na ativação de linfócitos T CD8. O IFN- γ faz retroalimentação positiva sobre outros LTh0, induzindo sua polarização para a via de diferenciação Th1 e inibindo a via Th2. Produzem IL-4, IL-5, IL-6 e IL-10, favorecendo a produção de anticorpos por linfócito B. Linfócitos Th1 – induzidos por IL-12 Linfócitos TH2 – induzidos por IL-4 43 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Estão associados com as doenças alérgicas e infecções por helmintos, pois a IL-4 induz a classe de imunoglobulinas IgE e a IL-5 induz a proliferação e a ativação de eosinófilos. A IL-4 também promove retroalimentação positiva para a via Th2 e suprime a via Th1. Produzem citocinas IL-22, IL-26 e citocinas da família IL-17. As citocinas da família IL-17 são potentes indutoras da inflamação, induzindo à infiltração celular e produção de outras citocinas pró-inflamatórias. Importantes na proteção contra infecção por microrganismos extracelulares. Expressam a molécula CD25+ e o fato nuclear FOXP3. Induzem a supressão das células T efetoras, bloqueando a ativação e a função desde linfócitos, sendo assim importantes no controle da resposta imunológica a Ag próprios e não-próprios. Liberação de citocinas inibitórias como IL-10 e TGF-β. Linfócitos Th17 Linfócitos Treg (CD4+CD25+) Célula natural killer São ativadas por IFN-α, IFN- β e IL-12 (macrófagos). Produzem IFN- γ que participa da ativação de macrófagos, levando a produção de IL-12 (ativadora de Th1). Secretam, assim como os Linfócitos T CD8+, perforinas e granzimas. Participam da resposta inflamatória desde o início (inata e adaptativa). Reconhecem as células infectadas pela baixa expressão de MHC I, complementando a ação dos linfócitos TCD8+. Participam da vigilância imunológica, especialmente se tratando de tumores. Memória imunológica. Pequena fração de células T ativadas por antígenos se tornam células de memória, que possuem longa duração e desempenham papel chave em respostas secundárias ou subsequentes ao antígeno, e ajudam a proporcionar proteção em exposições secundárias ou sub-sequentes a muitos patógenos. 44 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Ativação T-independente do linfócito B Ativação independente de linfócito T é feita por receptores (Ig) e outros. A ativação independente induz a proliferação dos linfócitos B e a diferenciação em células produtoras de anticorpos (plasmócitos). Ativação T- dependente do linfócito B Para a ativação T- dependente dos linfócitos B é necessário o reconhecimento do antígeno através da sIg e do MHC. B LPS outro antígeno Ativação do linfócito B - Resumo Ativação dependente ou independente do linfócito T (precisam entrar em contato ou não com o linfócito T para essa ativação). B sIg MHC II CD4+ 45 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 As moléculas co-estimuladoras e citocinas também são importantes para a ativação dos linfócitos B. Então ocorre a proliferação dos linfócitos B, sua diferenciação em plasmócitos e diferenciaçãoem células B de memória Anticorpos - isotipos de imunoglobulinas ativação T - independente ativação T - dependente sIg B CD4+ B7 CD28 CD40 CD40L citocinas IgMAtivação T-independente Ativação T-dependente IgG, IgE ou IgA Linfócitos B de memória Plasmócito 46 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Imunoglobulinas Imunoglobulinas (Ig) são glicoproteínas sintetizadas pelos linfócitos B, utilizadas pelo sistema imunológico para identificar e neutralizar antígenos. Estrutura das imunoglobulinas Uma molécula de anticorpo tem uma estrutura central simétrica composta de duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas idênticas. Resposta imune mediada por anticorpos Fase efetora - Resposta humoral Anticorpos reconhecem antígenos idênticos, e então agem de forma para neutraliza- los (fazendo assim, uma limpeza do organismo). Todas as moléculas de anticorpo compartilham as mesmas características estruturais básicas, mas apresentam extraordinária variabilidade nas regiões que se Linfócito B Antígeno Anticorpos se ligam aos antígenos Secreção de células plasmáticas Cél. B interagem com o antígeno e se diferenciam em células plasmáticas secretoras de anticorpos Cadeia leve Dobradiça Cadeia pesada Região constante Região variável Sítio de ligação do antígeno VH VL CL CH1 CH 2 CH 3 47 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 IgG Cadeia pesada do tipo γ 70 a 75 % das Igs do soro Peso de 146 kDa Distribuição intra e extravascular Capaz de atravessar a barreira placentária IgG (alta afinidade) é essencial para controlar a infecção por microrganismos (parasitas pequenos) presentes nos tecidos e no sangue (ex: bactérias e vírus) 4 subclasses ( IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4) IgD Cadeia pesada do tipo delta 1% das Igs do soro Peso de184 kDa Função de receptor IgM Cadeia pesada do tipo μ (mi) 10% das Igs do soro Peso de 970 kDa Distribuição vascular É a primeira imunoglobulina a ser produzida em inflamações IgM (baixa afinidade) é importante para assegurar a proteção inicial contra os parasitas presentes no sangue e na cavidade peritoneal. ligam ao antígeno. Essa variabilidade das regiões de ligação ao antígeno explica a capacidade de diferentes anticorpos se ligarem a um enorme número de antígenos estruturalmente diversos. Os anticorpos são classificados em diferentes isotipos e subtipos com base nas diferenças nas regiões C da cadeia pesada, a qual consiste em três ou quatro domínios C de IgM e estas classes e subclasses possuem diferentes propriedades funcionais. As classes de anticorpos são chamadas de IgM, IgD, IgG, IgE e IgA. 48 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 IgA Cadeia pesada do tipo alfa 15 a 20% das Igs do soro 80% na forma monomérica (160 kDa) Forma dimérica (385 kDa) Distribuição: ecreções mucosserosas, saliva, colostro, leite e secreções traqueobronquiais e genitourinárias IgA (alta afinidade) é essencial para impedir a entrada de microrganismos (parasitas pequenos) presentes no meio extracorpóreo (ex: bactérias presentes no biofilme) IgE Cadeia pesada do tipo épsilon Níveis indetectáveis em indivíduos normais Peso de188 kDa Distribuição: pele e submucosas, ligada a membrana de mastócitos e basófilos Associada as reações alérgicas IgE (alta afinidade) é essencial para controlar a infecção por parasitas grandes presentes no sangue ou no meio extra-corpóreo (ex: helmintos) 49 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Inflamação Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 agressão tecido íntegro Inflamação A inflamação é um processo patológico geral, comum a muitas doenças. Uma resposta frente a uma agressão ou injúria, um mecanismo de defesa que se repete sempre de forma idêntica, independente do agente agressor. A inflamação é uma resposta dos tecidos vasculares do organismo, induzida por lesões causadas nos tecidos e células por agentes agressores, tais como agentes químicos (substâncias tóxicas), físicos (calor e frio, por exemplo), traumas ou mesmo biológicos, por invasão de microrganismos, tais como bactérias, vírus, fungos ou infecções parasitárias. O processo inflamatório inicia-se com ativação da resposta imune inata, podendo ou não levar a ativação da resposta imune adaptativa. não infecciosa infecciosa PROCESSO INFLAMATÓRIO imunidade inata reparo do tecido imunidade adaptativa eliminação do organismo 51 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Resposta imune mediada por anticorpos O processo inflamatório serve para eliminar a fonte de irritação tecidual. Células de defesa do organismo reconhecem o problema, liberam mediadores inflamatórios e iniciam uma cascata de eventos vasculares que recrutam leucócitos e proteínas plasmáticas para diluir e combater o agente agressor. Mas toda inflamação é benéfica? Não, existem casos em que a inflamação é indesejável, como: Inflamações crônicas Inflamações sem possibilidade de cura Inflamações que ocorrem por falhas do organismo e sem motivo detectável Resposta inflamatória É composta por proteínas solúveis, produto da ativação de células com a capacidade de alterar as propriedades de outras células. Durante a resposta imune inata, são liberados fatores quimiotáticos pelas células apresentadoras de antígenos, conhecidos como quimiocinas. Os linfócitos liberam substâncias, chamadas de linfocinas. As citocinas produzidas pelas células T são chamadas de interleucinas (IL), seguidas por um número que a caracteriza. A principal maneira pela qual o sistema imune lida com as infecções e lesões teciduais é estimulando a inflamação aguda, que consiste no acúmulo de leucócitos, proteínas plasmáticas e fluido derivado do sangue em tecido extravascular, local de infecção ou lesão. Os leucócitos e as proteínas plasmáticas normalmente circulam no sangue e são recrutados para os locais de infecção e lesão, onde eles realizam várias funções efetoras que servem para matar os microrganismos e iniciar o reparo do tecido danificado. Entre as proteínas plasmáticas mais importantes que entram nos locais inflamatórios, incluem-se as proteínas do complemento, anticorpos e reagentes de fase aguda. A distribuição destes componentes derivados do sangue para os locais inflamatórios é dependente de alterações reversíveis nos vasos sanguíneos dos tecidos infectados 52 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 ou danificados. Essas alterações abrangem mudanças no fluxo sanguíneo para o tecido atribuídas à dilatação arteriolar, adesividade aumentada dos capilares e vênulas, às proteínas plasmáticas e fluidos. Todas essas alterações são induzidas por citocinas e pequenas moléculas mediadoras, inicialmente derivadas das células residentes nestes tecidos, tais como os mastócitos, macrófagos e células endoteliais, em resposta à estimulação por PAMP e DAMP. À medida que o processo inflamatório se desenvolve, os mediadores podem ser derivados de leucócitos ativados que chegaram recentemente e de proteínas do complemento. A inflamação aguda pode se desenvolver em minutos a horas e pode durar por dias. A inflamação crônica é um processo que demora mais do que a inflamação aguda se a infecção não for eliminada ou se a lesão tecidual for prolongada. Normalmente, ela envolve o recrutamento e ativação de monócitos e linfócitos. Os locais de inflamação crônica frequentemente passam por remodelamento tecidual, com angiogênese e fibrose. Embora o estímulo inato possa contribuir para a inflamação crônica, o sistema imune adaptativo também pode estar envolvido porque as citocinas produzidas por células T são potentes indutores da inflamação. A dor serve para sinalizarque há um problema naquele local; Pode restringir naturalmente os movimentos e isso pode ser benéfico para a recuperação do paciente. O aumento de temperatura local é uma tentativa do organismo de desestabilizar o crescimento e estabelecimento de microrganismos. Indica a presença do problema na região; É o resultado de hiperemia ativa (aumento do fluxo sanguíneo local); Cianose – dificuldade do retorno do sangue venoso. Sinais cardinais da inflamação Dor no processo inflamatório Calor no processo inflamatório Rubor no processo inflamatório 53 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Resumo - eventos vasculares 1 – Vasodilatação e aumento na permeabilidade vascular, causando rubor. 2 – Passagem de líquidos, moléculas e células do meio intra para o meio extra-vascular, provocando edema. 3 – Aumento do fluxo sanguíneo local, juntamente com a ativação do metabolismo celular, provocando o aumento da temperatura local, gerando calor. 4 – Estímulo das terminações nervosas: dor. 5 – Dependendo da extensão da injúria tecidual, o processo de cicatrização pode provocar o aparecimento de tecido fibroso, levando a perda de função. O extravasamento do conteúdo plasmático, principalmente de proteínas, provoca a redução da pressão osmótica na vasculatura e um aumento da pressão osmótica no tecido induzindo a retenção de mais líquidos para o exterior dos vasos (edema). Em todo processo inflamatório há morte celular ou necrose, ainda que num pequeno grupo celular. Tumefação no processo inflamatório Morte celular no processo inflamatório Cicatrização e regeneração Regeneração: substituição de células mortas por células idênticas às que morreram, mantendo a forma e função dos tecidos ou órgãos (não fica cicatriz). Cicatrização: substituição de células mortas por tecido fibrótico (fibrose), que, portanto, não mantém as mesmíssimas células do tecido a ser reparado, assim, podendo também perder as funções nesse local. O fibroblasto faz o remendo, produzindo a substância fundamental, preenchendo o espaço vazio onde houve a lesão (ele se multiplica por mitose). tijolos = fibroblastos cimento = substância fundamental 54 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Fibrose: Formação de tecido conjuntivo fibroso em um órgão ou tecido em um processo de reparo por cicatrização. Este pode ser um estado reativo benigno ou associado às doenças. A fibrose pode ser usada para descrever o estado patológico de excesso de deposição de tecido fibroso, bem como o processo de deposição de tecido conjuntivo na cicatrização Morte celular 55 NECROSE APOPTOSE Desorganização da cromatina Destruição das organelas Compactação da cromatina Condensação do citoplasma Fragmentação nuclear Formação de corpos apoptóticos Extravasamento do conteúdo intracelular INFLAMAÇÃO Corpo apoptótico Célula fagocítica Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Produzida por macrófagos, Dcs, linfócitos B, NK e fibroblastos Tem sua produção induzida por TNF-α Induz a produção de defensinas aumentando a resposta inflamatória Produzida por mastócitos, macrófagos e linfócitos T Tem sua produção aumentada por estímulo de IL-1 e TNF- α, e também regula a produção destes evitando sua própria exacerbação Principal mediadora da reação de fase aguda e do choque séptico Promove a produção de IL-10 (supressora) e IL-RA (reguladora da atividade da IL- 1) Produzido por macrófagos, linfócitos T e B, células endoteliais, mastócitos e fibroblastos Papel fundamental no desencadeamento da inflamação Ocorre no início do processo inflamatório seguida de ondas de IL-1 e IL-6 Desencadeia os sinais cardinais da inflamação Atrai neutrófilos para o sítio de infecção e os potencializa Ativa mastócitos Estimula a fagocitose e produção de oxidantes pelos macrófagos Ativa macrófagos de forma a aumentar sua própria síntese e de IL-1 Principais interleucinas da resposta inflamatória IL-1 IL-6 Tnf-α 56 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Exercícios Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 Exercícios 1) Diferencia antígeno e anticorpo. 2) Como podemos definir o termo ‘’homeostase imunológica’’? 3) Qual a importância do organismo animal reconhecer o próprio do não próprio? 4) Diferencie patógenos primários e oportunistas. 5) Caracterize a resposta imune inata 6) Quais são as barreiras utilizadas na defesa do organismo animal? 7) Como ocorre o reconhecimento de patógenos e células danificadas, explique o mecanismo. 8) De qual célula o macrófago se origina e em qual tipo de inflamação ele é encontrado? 9) Como ocorre a fagocitose? 10) Quais são os sinais cardinais da inflamação? 11) Para que serve o sistema complemento? 12) Sintetize cada uma das vias, nas quais, o sistema complemento é ativado. 13) Assinale a alternativa que representa de forma correta a diferença entre a resposta imune inata e específica: a) A resposta imune-inata diferencia-se da adaptativa (específica) por não depender do reconhecimento de antígenos específicos, não promove memória imunológica ou tolerância. b) A resposta imune inata diferencia-se da adaptativa (específica) por não depender do reconhecimento de antígenos específicos apesar de promover memória imunológica ou tolerância. 14) Como a microbiota nativa/normal aparece, e em quais regiões do organismo pode-se encontra-la? Assinale a alternativa correta. a) Ocorre a aquisição da microbiota natural no momento do nascimento. É encontrada na pele, mucosas, e em áreas em contato direto com o meio externo. b) Ocorre a aquisição da microbiota natural no momento do nascimento. É encontrada em mucosas, serosas, e em áreas em contato direto com o meio externo 58 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 15) Quais são os componentes do sistema imune inato? a) Barreiras anatômicas, linfócitos B e as células epiteliais b) As barreiras anatômicas, as proteínas solúveis de defesa e as células hematopoiéticas c) As barreiras anatômicas, leucócitos como neutrófilos e células NK 16) O que são fagócitos? Como são classificados? a) Compreendem as células fagocitárias, como os monócitos, macrófagos, neutrófilos e basófilos. b) Compreendem as células fagocitárias, como os monócitos, macrófagos, neutrófilos e plasmócitos. c) Compreendem as células fagocitárias, como os monócitos, macrófagos, neutrófilos e células dendríticas. 17) Marque as principais características da resposta imune adaptativa. a) Representa a terceira linha de defesa tendo como características a ativação pelo reconhecimento de antígenos específicos. É composta por linfócitos T, linfócitos B e anticorpos, e resulta em memória celular. b) Representa a terceira linha de defesa tendo como características a ativação pelo reconhecimento de antígenos específicos. É composta por linfócitos T, linfócitos B e anticorpos, e não resulta em memória celular. c) Representa a segunda linha de defesa tendo como características a ativação pelo reconhecimento de antígenos específicos. É composta por linfócitos T, linfócitos B e anticorpos, e resulta em memória celular. 18) Qual a primeira célula a chegar ao local de uma lesão? Como é chamado seu aumento no sangue? 19) Qual o nome da célula que chega a inflamação após o neutrófilo? 20) Sobre o macrófago é correto afirmar: (marque verdadeiro ou falso) ( ) Chega à inflamação após o neutrófilo e fica durante menos tempo ( ) É capaz de sofrer mitose no local da inflamação ( ) Causa monocitose, aumento de mastócitos ( ) Não faz fagocitose ( ) Chega à inflamação após o neutrófilo e fica durante mais tempo 21) Explique o mecanismo da febre. 22) Sobre a célula NK é correto afirmar, exceto: a) É um linfócito atípico b)Libera porfirinas em direção à célula alvo que irão acelerar o processo de apoptose c) Libera granzimas em direção à célula alvo que irão acelerar o processo de apoptose d) Não faz fagocitose e) Age em células tumorais 59 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 23) Descreva o mecanismo de ação da célula NK. 24) Onde os linfócitos B são produzidos e maturados? 25) Onde os linfócitos T são produzidos e maturados? 26) Quais os tipos de linfócitos T e suas funções? 27) Qual a função dos linfócitos TH-1 e TH-2? Como se originam? 28) Sobre o Linfócito B é correto afirmar, exceto: a) São responsáveis pela resposta imune humoral b) Cada linfócito B pode dar origem a até 4 mil plasmócitos c) São maturados no baço d) Após maturados caem na circulação ainda virgens e) Após encontrar um antígeno irá ter ação especifica somente a esse antígeno. 29) Sobre anticorpos: I) São y-globulinas, proteínas produzidas por plasmócitos II) Fazem opsonização, sinalizam que o antígeno deve ser fagocitado III) IgG são anticorpos presentes na mucosa IV) IgM é o primeiro anticorpo a se ligar ao patógeno, possui ligação fraca a) As afirmativas I, II e III estão corretas b) Apenas a afirmativa II é incorreta c) As afirmativas I, II e IV estão corretas d) As afirmativas II, III e IV estão corretas e) Todas as afirmativas estão corretas 30) Quais os tipos de anticorpo? 31) O anticorpo sozinho é capaz de destruir o antígeno na falta de um agente fagocitário? 32) Pelo que o sistema complemento é formado? 33) Onde as proteínas do sistema complemento são produzidas? 34) Descreva a via de ativação clássica do sistema complemento. 35) Defina complexo de histocompatibilidade principal. 36) Onde as moléculas de MHC-2 podem ser encontradas? a) Hemácias b) Anticorpos c) Apenas linfócitos T 60 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 d) Células nucleadas e) Apenas nas células apresentadoras de antígeno 37) Onde as moléculas de MHC-1 podem ser encontradas? a) Hemácias b) Apenas anticorpos c) Apenas linfócitos T d) Células nucleadas e) Apenas nas células apresentadoras de antígeno 38) Explique o mecanismo de ação do MHC-1 e MHC-2. 39) Quais os órgãos linfoides periféricos? a) Medula óssea, linfonodos, baço e timo. b) Medula óssea, timo e fígado fetal. c) Linfonodos, tecidos linfoides associados às mucosas, timo e fígado fetal. d) Linfonodos, baço e tecidos linfoides associados às mucosas. e) Linfonodos, medula óssea e baço. 40) Descreva o processo de maturação dos linfócitos T. 41) Qual a função dos linfonodos? 42) Sobre o baço, é correto afirmar que: a) É um órgão linfoide principal b) Não tem função c) Indivíduos esplenectomizados são mais susceptíveis a infecções d) É situado na cavidade torácica e) Não tem importância na resposta imune 43) Quais os principais objetivos de uma inflamação? 44) Quais os tipos de inflamação? 45) O que é uma inflamação? 46) Cite alguns fatores predisponentes a sepse. 47) Uma doença auto-imune pode facilitar um quadro de sepse? Justifique. 48) Sobre inflamação é correto afirmar, exceto: a) Liberam mediadores inflamatórios. b) A inflamação crônica apresenta os sinais cardinais da inflamação. c) A inflamação tem como um dos seus objetivos eliminar o agressor. d) A liberação de histamina pela inflamação causa vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular. e) A inflamação é a reação do sistema imune a uma agressão tecidual. 61 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 49) O que são receptores de reconhecimento de padrões, qual sua função e onde se localizam? Cite exemplo. 50) Ao falar sobre o sistema imunológico, muitas pessoas lembram-se apenas da defesa por meio da produção de anticorpo. Entretanto, algumas células, como os macrófagos, são capazes de englobar e digerir organismos invasores, um processo conhecido por: a) Plasmocitose b) Apoptose c) Pinocitose d) Fagocitose e) Exocitose 51) Anticorpos são proteínas do sistema imunológico que atuam como defensoras do organismo vivo contra bactérias, vírus e outros corpos estranhos. São células produtoras de anticorpos: a) Linfócitos T b) Plasmócitos c) Neutrófilos d) Basófilos e) Monócitos 52) No sistema complemento a ligação covalente irreversível de C3b à superfície bacteriana marca esta para fagocitose. Como é denominado este processo? a) Endocitose b) Exocitose c) Opsonização d) Inflamação e) Complexo imune 53) Com relação a via alternativa do complemento, marque a alternativa correta: a) É ativada na ausência de anticorpo e, portanto, é um mecanismo da imunidade inata b) É ativada na ausência de anticorpo e, portanto é um mecanismo da imunidade adaptativa c) É um dos principais mecanismos efetores da imunidade humoral d) É ativador principalmente, pela ligação do primeiro componente C1, as porções Fc das moléculas de anticorpo que tenham se ligado aos antígenos 54) Células especializadas localizadas abaixo do epitélio que captura antígeno e os transportam para tecidos linfoides a) Linfócitos T b) Linfócitos B c) Células dendríticas e macrófagos d) Monócitos e) Eosinófilos 62 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 55) Acerca das células dendríticas é correto afirmar que: a) Constituem uma população distinta de plaquetas, distribuídas em muitos linfonodos do organismo b) Constituem uma população distinta de linfócitos B, distribuídas em muitos tecidos do organismo c) Constituem uma população distinta de linfócitos T, distribuídas em muitos tecidos do organismo d) Constituem uma população distinta de neutrófilos e eosinófilos, distribuídas em muitos linfonodos do organismo e) Constituem uma população distinta de células apresentadoras de antígenos APC, distribuídas em muitos tecidos do organismo 56) O ______________ é o principal mecanismo de defesa humoral não específico. Uma vez ativado pode levar ao aumento da permeabilidade vascular, recrutamento de células fagocitárias, lise e ______________ de bactéria. Marque a alternativa que completa corretamente o texto: a) Sistema linfático; fagocitose b) Sistema complemento; opsonização c) Sistema linfático; opsonização d) Sistema imune; opsonização e) Sistema complemento; neutralização 57) No que diz respeito à localização das placas de Payer no organismo, pode-se dizer que são encontradas: a) Entre os pneumócitos b) Entre as células de origem mieloide c) Entre as células intestinais d) Entre os timócitos e) Entre as células da glia, no tecido nervoso 58) A partir das afirmativas abaixo, selecione a alternativa correta: I – Tanto a medula óssea quanto o baço são órgãos linfoides periféricos (secundários) II – O timo é um órgão linfoide central (primário) III – A Bursa de fabricius é um órgão linfoide primário nas aves Estão corretas: a) II b) II e III c) I e II d) I e) I e III 59) Qual é a célula mononuclear fagocítica derivada de monócitos da medula óssea e encontrada nos tecidos e nos locais de inflamação? Assinale a alternativa correta. 63 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441 a) Linfócito b) Megacariócito c) Basófilo d) Neutrófilo e) Macrófago 60) Ao analisarmos o pH ácido forte do suco gástrico, a lisozima bactericida presente na lágrima, os mucos, a saliva e o suor, estamos falando sobre: a) Inflamação b) Fagocitose c) Memória imunológica d) Ativação do complemento e) Barreiras químicas 64 Licensed to Eduarda Silva Moraes - eduarda.moraes@discente.ufma.br - HP154216784673441
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