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DESCRIÇÃO Identificação dos micronutrientes (vitaminas e minerais) presentes nos alimentos, sua importância para as atividades metabólicas, fontes de obtenção, efeitos da carência destes nutrientes na alimentação e os efeitos tóxicos do excesso de consumo. PROPÓSITO Apresentar as características e propriedades de cada uma das vitaminas e minerais comumente encontrados em produtos alimentícios, assim como, efeito tóxico e problemas relacionados à carência destes nutrientes na alimentação, para que possam ser elaborados planos alimentares que atendam à necessidade de minerais de cada indivíduo. OBJETIVOS MÓDULO 1 Identificar as vitaminas presentes em alimentos, suas funções para o corpo, fontes alimentares e efeitos de carência e excesso MÓDULO 2 Identificar os minerais presentes em alimentos, suas funções para o corpo, fontes alimentares e efeitos de carência e excesso INTRODUÇÃO OS MICRONUTRIENTES SÃO SUBSTÂNCIAS QUE PARTICIPAM DAS ATIVIDADES METABÓLICAS, AUXILIANDO NO FUNCIONAMENTO ADEQUADO DO CORPO E PREVENINDO DOENÇAS. São nutrientes essenciais, ou seja, não são produzidos pelo organismo, mas são extremamente importantes, mesmo sendo exigidos em quantidades pequenas em comparação aos macronutrientes. É IDEAL QUE ESSES NUTRIENTES ESTEJAM PRESENTES DIARIAMENTE NA ALIMENTAÇÃO. Os micronutrientes encontrados em alimentos são as vitaminas e minerais. AS VITAMINAS PODEM SER CLASSIFICADAS QUANTO A SUA SOLUBILIDADE EM LIPOSSOLÚVEIS OU HIDROSSOLÚVEIS. JÁ OS MINERAIS, QUANTO À QUANTIDADE DEMANDADA EM MICROMINERAIS E MACROMINERAIS. A falta das vitaminas e minerais pode gerar doenças e disfunções, que, em casos extremos, podem ser consideradas problemas de saúde pública. A carência desses elementos pode estar relacionada a uma alimentação desbalanceada, a condições socioeconômicas que limitam o acesso a todos alimentos, a sazonalidades dos alimentos, a fatores como parasitoses e doenças, as quais impedem a absorção adequada dos nutrientes. ATENÇÃO Apesar da importância dos micronutrientes, seu consumo deve ser controlado, visto que o excesso também pode apresentar toxicidade ao corpo. Por isso, é de suma importância que esses nutrientes sejam consumidos em quantidades adequadas, avaliando sua biodisponibilidade nos alimentos. ESTE TEMA IRÁ LISTAR E CARACTERIZAR AS PRINCIPAIS VITAMINAS E MINERAIS, AS FONTES ALIMENTARES EM QUE PODEM SER ABSORVIDOS, BEM COMO, OS EFEITOS DA AUSÊNCIA OU FALTA DESTES NUTRIENTES E A TOXICIDADE QUE O CONSUMO EM EXCESSO PODE PRODUZIR. MÓDULO 1 Identificar as vitaminas presentes em alimentos, suas funções para o corpo, fontes alimentares e efeitos de carência e excesso CONTEXTUALIZAÇÃO As vitaminas são substâncias orgânicas exigidas em baixas quantidades pelo corpo, para manter a vida e a capacidade reprodutiva, assim como, promover o crescimento. Cada vitamina apresenta uma Dose Diária Recomendada (DDR) necessária para prevenir doenças e disfunções metabólicas. Por isso, são consideradas essenciais, necessitando ser obtidas pela alimentação diariamente. ATENÇÃO A falta de vitaminas pode gerar síndromes clínicas específicas, de acordo com a função que cada uma exerce no corpo. A quantidade de vitamina a ser ingerida varia de acordo com o sexo, idade, clima, atividade que desenvolve e estresse ao qual o indivíduo é submetido. São moléculas individuais, não estando ligadas a outras substâncias, que promovem a liberação de energia para o corpo. DE ONDE SURGIU O NOME VITAMINA? VOCÊ SABIA Casimir Funk, ao observar a redução dos sintomas da doença beribéri após a aplicação de concentrados de aminas obtidos por cascas e películas do polimento de arroz, percebeu a importância de determinada amina para esta doença e, relacionando à vida, chamou esse nutriente de “vitamina”. Depois, em outros estudos, foi identificado que vitaminas não necessariamente precisam possuir em sua estrutura química aminas (RIBEIRO & SERAVALLI, 2007). CLASSIFICAÇÃO As vitaminas são classificadas de acordo com sua solubilidade e podem ser: HIDROSSOLÚVEIS As vitaminas hidrossolúveis são moléculas apolares, que, normalmente, são solúveis em água e, por isso, são mais difíceis de serem armazenadas, sendo excretadas pela urina. Por serem solúveis no plasma sanguíneo, não exigem transportadores. Podem apresentar função de coenzimas, ou de agente estrutural e antioxidantes. LIPOSSOLÚVEIS Lipossolúveis são compostos polares, solventes em lipídios e solventes orgânicos. Devido a esse fator, necessitam de transportadores no plasma sanguíneo, como o colesterol. São transportadas pelo sistema linfático e necessitam da bile para serem absorvidas. Quando em excesso, as vitaminas lipossolúveis são armazenadas no fígado e em outros locais de armazenamento de gordura. Dentre as hidrossolúveis, estão as vitaminas do complexo B e a vitamina C; enquanto as vitaminas lipossolúveis são as vitaminas A, D, E e K, como mostrado na figura abaixo. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Classificação das vitaminas, tipos e fontes. VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS VITAMINA A Pertencente ao grupo dos retinoides e pode ser chamada de axeroftol ou retinol. A vitamina A apresenta 3 compostos com atividade metabólica: • Retinol • Retinal • Ácido retinoico Estrutura química dos retinoides. EM ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL, SÃO ENCONTRADAS NA FORMA DE ÉSTERES DE RETINOL, QUE SÃO HIDROLISADOS NO TRATO GASTROINTESTINAL A RETINOL. NOS ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL, SÃO OBTIDOS OS PERCURSORES DE VITAMINA A, OS CHAMADOS PRÓ- VITAMINA A. Dentre as pró-vitaminas A, há os carotenoides, que são substâncias metabolicamente inativas, que, devido à ação de enzimas presentes na mucosa intestinal, são convertidas em retinol e apresentarão atividade de vitamina A. QUANDO OS ÉSTERES DE RETINÓIS E CAROTENOIDES INSATURADOS ESTÃO NA CONFORMAÇÃO TRANS, A ATIVIDADE COMO VITAMINA A É MAIOR, QUANDO COMPARADO À CONFORMAÇÃO CIS. FONTES FUNÇÕES CARÊNCIA E EXCESSO ALTERAÇÕES FONTES Vitamina A e pró-vitamina A podem ser obtidas com consumo de alimentos de origem animal, como: peixes, mamíferos, leites e ovos. Ainda, pelo consumo de alimentos de origem vegetal, como: espinafre, tomate e laranja, e como carotenoides em alimentos de coloração laranja, como https://stecine.azureedge.net/repositorio/01775/index.html#collapse-steps1 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01775/index.html#collapse-steps1 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01775/index.html#collapse-steps2 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01775/index.html#collapse-steps2 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01775/index.html#collapse-steps3 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01775/index.html#collapse-steps3 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01775/index.html#collapse-steps4 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01775/index.html#collapse-steps4 cenoura. FUNÇÕES Auxilia no crescimento e desenvolvimento dos tecidos, funções reprodutivas, integridade dos epitélios e apresenta grande importância para a visão. Além disso, possui atividade antioxidante, prevenindo doenças, como: arterioesclerose, catarata, tumores, doenças da pele e doenças reumáticas. CARÊNCIA E EXCESSO A falta dessa vitamina pode promover doenças nos olhos, como cegueira noturna e ressecamento até a cegueira, inflamações na pele, endurecimento de membranas do trato intestinal, geniturinário e gastrointestinal. Porém, quando consumida em excesso, pode gerar aumento dos ossos, do fígado e baço, ressecamento da pele e fissuras e dor de cabeça. ALTERAÇÕES O calor altera a atividade da vitamina A e carotenoides, sendo o oxigênio o fator que possui maior influência. Na ausência de oxigênio, a isomerização pode ocorrer, podendo inibir até 50% da atividade, enquanto na presença de oxigênio a perda da atividade pode chegar até 100% em presença de enzimas que potencializam as reações de oxidação. VITAMINA D Calciferol (D2) e colecalciferol (D3)são substâncias com atividade de vitamina D que se diferem nas cadeias laterais. São ésteres que apresentam solubilidade semelhante à de gorduras. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) COLECALCIFEROL O colecalciferol é formado com a incidência de raios ultravioletas da luz solar sobre o 7-dehidrocolesterol presente na pele. Estrutura química da vitamina D2 (calciferol) e D3 (colecalciferol). FONTES É encontrado em produtos de origem animal, sardinha, óleos de peixe, óleos de fígado, manteiga, gema de ovos. FUNÇÕES É responsável pela manutenção dos níveis de cálcio, controlando sua absorção no trato gastrointestinal, retenção nos ossos e transferência dele para o sangue. CARÊNCIA E EXCESSO Sua deficiência promove o raquitismo em crianças e osteomalacia e nos adultos, fraqueza nos dentes. Para que esta vitamina apresente estas funções biológicas, é necessário que o consumo de cálcio e fósforo ocorra em quantidades adequadas. Como é armazenada no fígado, pele, ossos e cérebro, o excesso de vitamina D pode gerar: CALCIFICAÇÃO EXCESSIVA DOS OSSOS CÁLCULOS RENAIS CALCIFICAÇÃO DOS RINS E PULMÕES HIPERCALCEMIA CEFALEIA FRAQUEZAS NÁUSEA VÔMITOS DENTRE OUTROS SINTOMAS ALTERAÇÕES Quando a irradiação ultravioleta é muito intensa, poderá haver perda total da atividade desta vitamina. É NECESSÁRIO QUE OS ALIMENTOS SEJAM ARMAZENADOS EM TEMPERATURAS E UMIDADES ADEQUADAS. A VITAMINA D3, SE ARMAZENADA POR 24 DIAS A 25°C E 85% DA UMIDADE RELATIVA, PODE PERDER ATÉ 90% DA SUA ATIVIDADE (ORDÓÑEZ, 2005). OUTRO FATOR QUE PODE INATIVAR A VITAMINA D É O OXIGÊNIO, TENDO DEGRADAÇÃO PROPORCIONAL À PRESSÃO PARCIAL DO GÁS. VITAMINA E Os compostos que apresentam atividade de vitamina E são os derivados de tocoferóis e de tocotrienóis. Eles podem apresentar diferentes formas de acordo com o número e posição de grupamentos metila presentes no anel cromanol. A forma que apresenta maior atividade vitamínica é a α-tocoferol (figura abaixo). Estrutura química do α-tocoferol. Fontes: É encontrada em alimentos de origem vegetal, animal e, principalmente, em óleos vegetais. Além disso, pode ser obtida em germe de trigo, arroz, milho, vegetais folhosos, dentre outros. Funções: Sua principal função é como antioxidante. É capaz de doar um hidrogênio do grupo fenólico do anel cromanol para o radical livre, impedindo que ele se ligue a demais substâncias, promovendo a oxidação. Devido a isso, previnem o envelhecimento. Carência e excesso: Há uma relação da deficiência de vitamina E com problemas na pele e com a produção de hormônios sexuais. O excesso dessa vitamina pode aumentar o efeito anticoagulante do sangue, e gera a necessidade de aumentar o consumo de vitamina K. Alterações: São termoestáveis, ou seja, não têm sua atividade alterada pelo calor, porém, podem ser oxidadas facilmente. A perda desta vitamina ocorre, principalmente, em processos tecnológicos de separação lipídica ou hidrogenação. VITAMINA K As quinonas e seus derivados são as substâncias que apresentam atividade de vitamina K, sendo as formas K1 (Figura 5) e K2 naturalmente encontradas em plantas verdes e em alimentos fermentados por bactérias. Já a forma K3, menadiona, apresenta atividade duas vezes maior que as demais, porém, é sintética. Figura 5. Estrutura química da vitamina K1. FONTES É encontrada em folhas verdes das hortaliças e no fígado de animais. javascript:void(0) javascript:void(0) FUNÇÕES Participa da formação da enzima protrombina, que é responsável pela coagulação sanguínea. CARÊNCIA E EXCESSO Deficiência de vitamina K provoca hemorragias, distúrbios gastrointestinais, problemas de crescimento, anemia megaloblástica. Quanto ao excesso, ainda não há comprovação de efeitos tóxicos. ALTERAÇÕES Normalmente, apresenta-se estável nas condições de processamento, devido à baixa reatividade do grupo quinona. VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS VITAMINA C A vitamina C, também chamada de ácido ascórbico, é uma substância não sintetizada pelos seres humanos, porém, sintetizada por outros mamíferos. Isso ocorre devido a nossa deficiência de gulonolactona oxidase, enzima que participa do processo de produção de ácido L-ascórbico a partir da glicose. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Estrutura química do ácido ascórbico. ATENÇÃO Pode ser encontrada na natureza em duas formas com atividades semelhantes: reduzida ou oxidada (ácido deidroascórbico), sendo a segunda a mais encontrada em meio natural. O ácido ascórbico apresenta-se como um material branco e cristalino, solúvel em água e que, de forma rápida, é absorvido pelo intestino delgado. Nos alimentos, são encontradas a forma isomérica L-, a forma D- possui apenas 10% de atividade vitamínica. Por isto, é adicionada a alimentos em prol de benefícios tecnológicos, como o efeito antioxidante. FONTES Encontradas principalmente em frutas cítricas: laranja, goiaba, acerola, manga, kiwi, groselha, e ainda, na batata. FUNÇÕES É um cofator de enzimas essenciais que atua na produção de colágeno de forma a manter a elasticidade e a integridade da pele. Possui efeito antioxidante, senda utilizado na indústria de alimentos em prol da manutenção da qualidade dos produtos, como retardo do escurecimento enzimático. No corpo, também possui a capacidade de neutralizar os radicais livres gerados pelo javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) sol, poluição ou tabagismo, por exemplo. Promove a cicatrização de ferimentos, influencia na formação da hemoglobina, na absorção e armazenamento de ferro, na síntese da tireoide, prevenção e cura do escorbuto, aumenta a resistência a infecções e tem papel na formação de dentes e ossos. CARÊNCIA E EXCESSO A falta de vitamina C pode gerar anemia, que é a baixa nos níveis de hemoglobina, má cicatrização, sangramento de gengivas, alteração de humor, cansaço excessivo. O excesso de consumo dessa vitamina pode gerar desequilíbrio entre antioxidantes e pró-antioxidantes, além de promover náuseas e diarreia, porém, o efeito tóxico é pouco observado. ALTERAÇÕES É uma vitamina sensível a alterações de calor. Além disso, sua estabilidade pode ser interferida por fatores externos, como: oxigênio, pH, presença de algumas enzimas e catalisadores metálicos, principalmente, cobre e ferro. Na presença de oxigênio, são oxidadas, formando reversivelmente o ácido deidroascórbico, que, por sua vez, em presença de água, pode formar o ácido 2,3-dicetogulônico, que não apresenta atividade vitamínica. Em meios ácidos, a oxidação ocorre mais facilmente que em meio básico e, em baixas temperaturas, a vitamina é mais estável, tendo sua estabilidade máxima em -18°C (ORDÓÑEZ, 2005). TIAMINA (B1) Pode ser encontrada em alimentos na forma de tiamina livre ou pirofosfato de tiamina. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Estrutura química da tiamina. Fontes Funções Carência e excesso Alterações Apresenta-se em pequenas quantidades em alimentos de origens vegetal e animal, estando em maiores quantidades, principalmente, em alimentos ricos em carboidratos. Pode ser obtida em levedo de cerveja, germe de trigo e vegetais É importante para a manutenção do funcionamento do sistema nervoso central. Participa do metabolismo de gorduras, proteínas e carboidratos. Quando a deficiência é grave, há o desenvolvimento da doença beribéri. Já uma deficiência amena provoca fadiga, irritabilidade, instabilidade emocional, retardo do crescimento, perda de apetite, perda de interesse e letargia geral (RIBEIRO & SERAVALLI, 2007). Sua estabilidade depende do pH, sendo facilmente perdida a atividade vitamínica em pH neutro e altas temperaturas. Em menores atividades de água, a atividade da vitamina é menor. Pode ser perdida por lixiviação em processamento de alimentos,como a verdes. Não há indícios de efeitos tóxicos do consumo em excesso desta vitamina. cocção, e destruída por luz ultravioleta. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal RIBOFLAVINA (B2) Encontrada na forma de cristais amarelos, a riboflavina é um pigmento fluorescente, pertencente ao grupo das flavinas. Sua estrutura química está apresentada na figura abaixo. Estrutura química da riboflavina. FONTES Leite e derivados, ovos, carnes e algumas hortaliças. FUNÇÕES Atua no metabolismo de proteínas por estarem associadas ao grupo prostético das enzimas flavoproteínas. Além disso, é essencial para pele e olhos. CARÊNCIA E EXCESSO A carência de riboflavina provoca queilose, que é a formação de rachaduras nos cantos dos lábios, glossite, caracterizada por língua inchada e vermelha, dermatites e distúrbios nos olhos. ALTERAÇÕES São bem estáveis em condições de processamento, mantendo a atividade mediante tratamentos térmicos, presença de oxigênio e em meios ácidos. Porém, são facilmente destruídas em pH ácidos. Na presença de luz, são quebradas em lumiflavina, que é uma substância altamente oxidante e que pode alterar a atividade de demais vitaminas. NIACINA (B3) Niacina também pode ser chamada de ácido nicotínico (figura ao lado), que pode ser facilmente convertido em nicotiamida, sendo as formas biologicamente ativas: coenzimas nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD) e nicotinamida adenina dinucletídeo fosfato (NADP). Essas coenzimas atuam no transporte de elétrons e de hidrogênio nas reações do metabolismo de açúcares, respiração celular, síntese de gordura e proteína. Estrutura química da Niacina. SAIBA MAIS Algumas bactérias da flora intestinal podem sintetizar parte da niacina e parte também pode ser obtida a partir do triptofano. Fontes: Presente em carnes, frango, leites, pescado, ovos. Funções: Principal função dessa vitamina é a formação de NAD e NADP, que estão envolvidas em reações de oxidação e redução do metabolismo. Carência e excesso: A deficiência reduzida desta vitamina gera fraqueza muscular, anorexia, indigestão e erupção cutânea, enquanto a deficiência grave gera o desenvolvimento de pelagra, doença que tem como principais sintomas: demência, diarreia, dermatite, tremores e língua amarga. O excesso dessa vitamina pode promover sintomas de arritmia, náuseas, vômitos, diarreia, úlcera péptica, hiperuricemia (altos níveis de ácido úrico) e aumento das bilirrubinas, que é a substância encontrada na bile, e das transaminases hepáticas. Alterações: É considerada a vitamina mais estável a fatores como calor e luz em valores de pH comuns em alimentos. As maiores perdas ocorrem devido à lixiviação. ÁCIDO PANTOTÊNICO (B5) Muito encontrado em alimentos e fazendo parte da constituição da coenzima A, o ácido pantotênico é um composto branco, cristalino e de sabor amargo. Estrutura química do ácido pantotênico. Participa de diferentes reações do metabolismo celular e para obtenção de energia, sendo formado por um hidroxiácido e aminoácido ligado por ligações peptídicas. FONTES É encontrada em fígado e rins de animais, levedura de cerveja, cereais, legumes verdes. FUNÇÕES Está envolvida na síntese de colesterol, fosfolipídios, hormônios esteroides e porfirina para hemoglobina. Além disso, auxilia nos processos de cicatrização cutânea. CARÊNCIA E EXCESSO Quando consumida em menores quantidades, são percebidos sinais de cansaço geral, alterações na coordenação motora, problemas gastrointestinais, lesões na pele e inibição do crescimento. Efeitos tóxicos devido ao excesso não foram relatados. ALTERAÇÕES Sua estabilidade depende do pH do meio. Em valores de pH de 4 a 7, apresenta alta estabilidade; fora dessa faixa, está suscetível à hidrólise ácida ou alcalina. VITAMINA B6 Composta pelo complexo piridoxina (figura ao lado), piridoxamina e piridoxal, sendo a piridoxina encontrada de forma ativa em células, podendo estar na forma da coenzima que atua no metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras chamada piridoxal fosfato (PLP). javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Estrutura química da piridoxina. A PIRIDOXINA É UMA SUBSTÂNCIA NATURALMENTE EM ESTADO SÓLIDO, QUE POSSUI CARÁTER BÁSICO E SE SOLUBILIZA EM ÁGUA. POR OUTRO LADO, A PIRIDOXAL SOLUBILIZA-SE EM ÁGUA E ETANOL, E PODE REAGIR COM GRUPAMENTOS AMINAS DAS PROTEÍNAS E PERDER SUA ATIVIDADE. A PIRIDOXAMINA TAMBÉM É SOLÚVEL EM ÁGUA E ETANOL, PORÉM, É CONSIDERADA A FORMA MAIS ESTÁVEL, QUANDO COMPARADA A PIRIDOXINA E PIRIDOXAL. FONTES É encontrada em alimentos de origem vegetal e animal, como gérmen de trigo, batata, banana, peixe, abacate. FUNÇÕES Possui importante papel nas reações do metabolismo, envolvida na imunidade celular e metabolismo do sistema nervoso central, além de ser importante para a formação de compostos porfirínicos, que são essenciais nos processos de síntese de hemoglobina. CARÊNCIA E EXCESSO A deficiência dessa vitamina causa inicialmente dermatite seborreica, língua grossa e vermelha, como quando há falta de niacina e riboflavina. Em casos mais intensos, são percebidos tremores, náuseas, vômitos, perda de peso e anorexia. O excesso de vitamina B6 promove distúrbios neurológicos e lesões dermatológicas, com sintomas, como formigamento de pés e mãos, dificuldade ao andar e alteração na coordenação motora. ALTERAÇÕES Estável ao calor, porém, sensível à luz e ao oxigênio, podendo ser inativada diante desses fatores. ÁCIDO FÓLICO (B9) Estrutura química do ácido fólico. O ácido fólico apresenta importância significativa para todos os vertebrados, sendo essencial para a biossíntese de vários compostos, como ácidos nucleicos. Ele pode ser encontrado na natureza na forma de folatos. SAIBA MAIS Cerca de 80% das substâncias com atividade vitamínica B9 são encontradas nesta forma, sendo sua estrutura química comumente constituída de uma molécula de ácido pteroico ligada a, pelo menos uma, molécula de ácido glutâmico. Fontes Funções Carência e excesso Alterações Verduras, como: espinafre, couve-flor, Responsáveis pela formação de purinas e pirimidinas, que são substâncias A carência pode gerar anemia, podendo promover os seguintes O ácido fólico apresenta alta estabilidade diante da oxidação carnes, fígado, rim, ovos, germe de trigo. importantes para síntese dos ácidos nucleicos DNA e RNA. Além disso, participam da formação do grupo heme, prevenindo a anemia, e fazem parte dos processos de formação dos aminoácidos tirosina, ácido glutâmico e metionina. sintomas: fadiga, palidez, irritabilidade, falta de ar e tonturas. Já a deficiência grave gera vermelhidão e dor na língua, diarreia, redução do paladar, depressão, confusão e demência. Não há comprovação de toxicidade devido ao consumo em excesso. quando comparado aos folatos, sendo estável ao calor em pH neutro. Quando estão na forma de folatos, são susceptíveis à degradação oxidativa, podendo ser quebrados sob incidência de luz. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal BIOTINA Coenzima das reações e carboxilação sendo carreadora de dióxido de carbono ativado. • É uma vitamina pouco conhecida sintetizada pela flora intestinal. • É um sólido que apresenta solubilidade em água, e pouco solúvel em etanol e clorofórmio. • A estrutura química da biotina é apresentada na figura ao lado. Estrutura química da biotina. FONTES Geleia real, fígado, leite, ovos. FUNÇÕES Participa da síntese de ácidos graxos, formação de ácidos nucleicos e aminoácidos. CARÊNCIA E EXCESSO A carência dessa vitamina provoca doenças na pele, perda de apetite, náuseas, insônia, anemia e depressão. Porém, essa deficiência é considerada rara, visto que essa vitamina pode ser sintetizada pelos microrganismos presentes notrato intestinal. O excesso desta vitamina não apresenta efeito tóxico. ALTERAÇÕES É muito estável ao calor, luz, oxigênio e pH de 5 a 8. A perda de 40 a 45% desta vitamina pode ser observada por lixiviação. Além disso, na presença de ácido nitroso, pode haver formação nitrosoureia e, consequentemente, perda da atividade biológica. VITAMINA B12 Também chamada de cobalamina devido à presença de cobalto em sua molécula, é uma vitamina que pode ser sintetizada por microrganismo. É pouco encontrada em plantas e é requerida em pequenas doses diárias de aproximadamente 2μg (RIBEIRO & SERAVALLI, 2007). Estrutura química da cobalamina. Fontes: Alimentos de origem animal, fígado, rins, coração animal e ainda, gema de ovo. Funções: Age sobre as células do sistema nervoso, medula óssea e trato gastrointestinal, apresentando importância para a síntese de ácidos nucleicos, formação de hemácias, manutenção do tecido nervoso, metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. Carência e excesso: A carência pode promover transtornos hematológicos, neurológicos e cardiovasculares, além da promoção de anemia perniciosa. O excesso pode gerar reações alérgicas, acnes e aumento do risco de infecções no baço. Alterações: É estável em pH ácido e a altas temperaturas. São observadas pequenas perdas da atividade quando o alimento é esterilizado em autoclave. AS VITAMINAS E SUA IMPORTÂNCIA NA NUTRIÇÃO CLÍNICA A especialista Aline Monteiro fala sobre a importância das vitaminas e o seu consumo para o profissional de nutrição clínica: VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 2 Identificar os minerais presentes em alimentos, suas funções para o corpo, fontes alimentares e efeitos de carência e excesso. CONCEITOS Os minerais são substâncias inorgânicas que compõem pequena porcentagem da composição dos alimentos e que não apresentam em sua constituição os elementos: CARBONO HIDROGÊNIO OXIGÊNIO NITROGÊNIO Quando os alimentos são incinerados, todos os componentes formados por moléculas orgânicas são degradados termicamente, restando apenas os minerais, e este é um método clássico de quantificação desses nutrientes em alimentos. DIVERSOS FATORES DEFINEM A QUANTIDADE DE MINERAIS NOS ALIMENTOS, COMO A COMPOSIÇÃO DO SOLO, NOS CASOS DOS ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL, E A DIETA DOS ANIMAIS, QUANDO NOS REFERIMOS A PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL (ORDÓÑEZ, 2005). Segundo Fennema (2007), devido às baixas quantidades de minerais em alimentos, eles podem ser chamados de principais ou de “traços”. ATENÇÃO Os traços são referentes aos minerais que se apresentam em quantidade tão pequenas que não são possíveis de serem quantificados com precisão. OUTRA CLASSIFICAÇÃO QUE TEM SIDO MUITO UTILIZADA ATUALMENTE QUANTO À QUANTIDADE DESSES ELEMENTOS SERÁ EXPLICADA NO TÓPICO SEGUINTE. CLASSIFICAÇÃO Assim como os nutrientes, os minerais também são classificados de acordo com sua quantidade requerida pelo corpo para suas funções biológicas. Podem ser chamados de: MACROMINERAIS Quando estão presentes ou são necessários em maiores quantidades. MICROMINERAIS Quando são necessários em menores quantidades. OS MINERAIS COMUMENTE ENCONTRADOS EM ALIMENTOS E SUAS CLASSIFICAÇÕES ESTÃO APRESENTADOS NAS FIGURAS ABAIXO. Alguns minerais presentes em alimentos e suas fontes alimentares. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Classificação dos minerais. SAIBA MAIS A disponibilidade e a reatividade do mineral serão definidas de acordo com sua solubilidade. Espécies altamente solúveis em água irão se apresentar em alimentos como íons livres, como Na+, K+, F-, dentre outros. Essas substâncias normalmente se apresentam bastante estáveis a condições de processamento, sofrendo pouquíssimas perdas quando comparadas às vitaminas. Porém, esses elementos podem se associar a demais nutrientes, tornando-se indisponíveis quando consumidos (ORDÓÑEZ, 2005). A SEGUIR, SERÃO EXPOSTAS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS MINERAIS MAIS ENCONTRADOS EM ALIMENTOS. MACROMINERAIS Sódio Fontes: Encontra-se em alimentos normalmente na quantidade de 50 a 100mg por 100g em alimentos de origem animal, como leite, carne e peixe, e 10mg por 100g em vegetais crus (COULTATE, 2009). Funções: Contribui para o equilíbrio eletrolítico do corpo, controlando a quantidade de líquido no sangue. Influencia na absorção de nutrientes, regula o equilíbrio ácido- base, participa das reações para transmissão de impulsos nervosos e contração muscular. Carência e excesso: Carência de sódio não é comum devido ao hábito de consumo de sal. Porém, ele pode ser excretado pela urina, suor e fezes, e esta excreção pode apresentar desequilíbrio e gerar a hiponatremia ou a hipernatremia. Potássio Fontes: Principalmente encontrado em frutas e hortaliças. Coultate (2009) afirma que a melhor fonte deste elemento na alimentação é em geleias de frutas. Funções: É o principal cátion encontrado no interior das células, que, assim como o cloro e o sódio, auxilia na manutenção do equilíbrio osmótico intracelular. Carência e excesso: Carência e excesso: Pequenas alterações nas concentrações podem gerar ou a hipopotassemia ou a hiperpotassemia. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Cálcio Fontes: Brócolis e espinafre com cerca de 100 e 600mg por 100g. Carnes e peixes possuem baixos teores, assumindo, normalmente, quantidade de 10mg por 100g. Assim, os produtos lácteos são boas fontes de cálcio, 100 ml de leite de vaca integral contém 134 mg de cálcio, cabe ressaltar que é um cálcio com uma melhor biodisponibilidade. Funções: Encontrado no corpo, em sua maioria, em ossos e estruturas rígidas, devido a sua importância para mineralização. Porém, também está presente no sangue, onde auxilia em processos de contrações musculares, coagulação sanguínea, liberação de hormônios e impulsos nervosos. Carência e excesso: A deficiência de cálcio promove retardo no crescimento, osteoporose, raquitismo, osteomalácia, que é a fraqueza nos ossos, tornando-os quebradiços, e tetania por hipocalcemia, que são alterações bioquímicas. Já o excesso pode gerar constipação, aumento do risco de formação de pedras nos rins. Fósforo Fontes: Carne magra (músculo) tem cerca de 180mg por 100g, fígado contém 370mg por 100g. Legumes apresentam de 100 a 400mg por 100g. Demais vegetais, como batatas ou espinafre; e frutas, Funções: Elemento mais abundante no corpo humano devido a sua associação a demais, como ao oxigênio e cálcio, formando fosfatos. Participa de processos de Carência e excesso: Alcoolismo, queimaduras, jejum ou uso excessivo de diuréticos podem promover eliminação excessiva do fósforo, tornando a quantidade baixa javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) como maçãs, têm níveis de fósforo abaixo de 100mg por 100g (COULTATE, 2009). cristalização óssea, além de participar do metabolismo energético aeróbio e anaeróbio, transportando oxigênio e armazenando energia em moléculas como difosfato de adenosina (ADP) e trifosfato deadenosina (ATP). (hipofosfatemia). Isso gera sintomas de fraqueza muscular, insuficiência respiratória e insuficiência cardíaca, convulsões. Magnésio Fontes: Encontrado na maioria dos alimentos, porém, em maior quantidade em derivados de sementes de plantas, como farinha integral, nozes e legumes, apresentando quantidades acima de 100mg por 100g (COULTATE, 2009). Funções: Maior parte deste elemento está presente no meio intracelular, como ossos. Participa do processo de ativação de enzimas. Está envolvido em todos os processos que envolvem enzimas, como o metabolismo de ácidos nucleicos. É um cofator para a pirofosfato de Carência e excesso: A deficiência deste nutriente no corpo está intimamente ligada à falta de consumo adequado. A falta deste nutriente, normalmente, está relacionada à hipopotassemia e à hipocalcemia, e pode gerar tetania, fraqueza, confusão e, em casos mais graves, convulsões e contração muscular. tiamina e auxilia na estabilização da estrutura de macromoléculas como DNA e RNA. Já o excesso, pode ocorrer devido a distúrbios renais, promovendo diarreia, hipotensão, depressão respiratória e parada cardíaca. Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal FONTES SÓDIO O sal é a maior fonte de sódio presente na alimentação, sendo 90% do sódio ingerido proveniente do sal (NaCl), que é normalmente utilizado para temperar os alimentos. Cada 1g de sal contém 400mg de sódio (HE & MACGREGOR, 2010). CARÊNCIA E EXCESSO SÓDIO A hiponatremia pode ser resposta a fatores como consumo excessivo de líquidos, insuficiência cardíaca, cirrose e uso de diuréticos. Nesses casos, a pessoa fica lenta e confusa, podendo, em casos extremos, apresentar quadros de convulsões. A hipernatremia, caracterizada pelo excesso de Sódio, é provocada pela desidratação corpo, que pode ser gerada devido ao baixo consumo de água, quadros de diarreia, disfunção renal e uso de diuréticos. Dentre os sintomas, está a sede, podendo em casos mais graves chegar à promoção de espasmos musculares e convulsões. FUNÇÕES POTÁSSIO Pequena quantidade é encontrada na parte extracelular e, consequentemente, sua presença influencia na polarização da membrana celular e em processos de contração muscular e transmissão de sinais nervosos. CARÊNCIA E EXCESSO POTÁSSIO A HIPOPOTASSEMIA PODE SER CAUSADA POR UMA PERDA EXCESSIVA DESTE MINERAL OU RENAL OU GASTROINTESTINAL, GERANDO SINTOMAS DE FRAQUEZA E EXCESSO DE URINA (POLIURIA), PODENDO HAVER HIPEREXCITABILIDADE CARDÍACA EM CASOS EXTREMOS. JÁ A HIPERPOTASSEMIA PODE OCORRER PELA DIMINUIÇÃO NA EXCREÇÃO OU PELO TRANSPORTE EXCESSIVO DESSE NUTRIENTE PARA O MEIO EXTRACELULAR. A HIPERPOTASSEMIA PODE OCORRER DEVIDO À INGESTÃO EXCESSIVA DESTE NUTRIENTE OU POR ALTERAÇÕES NA EXCREÇÃO DEVIDO A PROBLEMAS RENAIS. APRESENTA COMO SINTOMAS FRAQUEZA MUSCULAR, VÔMITO E TOXICIDADE CARDÍACA, PODENDO GERAR PARADA CARDÍACA. FONTES CÁLCIO Em leite de vaca, normalmente, encontram-se 120mg por 100g, em cheddar, podem ser encontrados níveis de aproximadamente 800mg por 100g, e demais queijos possuem em torno de 450mg por 100g (COULTATE, 2009). CARÊNCIA E EXCESSO DE CÁLCIO Sua quantidade no corpo depende principalmente da alimentação e do equilíbrio na excreção. Além disso, sua concentração no corpo está intimamente ligada à do fosfato, sendo regulada pela vitamina D e paratormônio (PTH) circulante. FUNÇÕES FÓSFORO É encontrado, principalmente, dentro das células, porém, também há quantidade de fosfato inorgânico extracelular. CARÊNCIA E EXCESSO DE FÓSFORO Quando há distúrbios, como doença renal crônica, hipoparatireoidismo, acidose metabólica ou acidose respiratória, a quantidade de fosfato pode se tornar muito alta, apresentando sintomas de hipocalcemia e calcificação de tecidos moles. MICROMINERAIS Ferro Fontes De 2 e 4mg por 100g da carne magra é composto Funções: É o metal mais importante para os animais, é Carência e excesso: A patologia mais comum da deficiência javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) por ferro na forma, principalmente, de mioglobina. Os fígados de frango, cordeiro e boi apresentam 9mg por 100g, enquanto o fígado de porco, aproximadamente, o dobro. essencial para síntese de hemoglobina, mioglobina, além de participar de diversas reações da respiração. Pode estar na forma heme, como hemoglobina (mais importante), mioglobina e citocromos, ou associado a enzimas como flavoproteínas, com proteínas de transporte e armazenamento, como transferrina, lactoferrina e ferritina (COULTATE, 2009). deste nutriente é a anemia, porém, pode ainda causar picafagia (que é o desejo de comer coisas que não são alimentos), unhas em forma de colher, além de ser associada à síndrome das pernas inquietas. Devido ao consumo excessivo de alimentos ricos em ferro, ou tratamento com ingestão deste nutriente por tempo excessivo, ou muitas transfusões de sangue, ou ainda alcoolismo crônico, pode gerar vômito, diarreia e lesão no intestino e em outros órgãos. Selênio Fontes: Obtido a partir de mariscos, vísceras, cereais, grãos, produtos lácteos e a água. Funções: É um micronutriente essencial para o crescimento. Integra proteínas (selenoproteínas) que possuem ação antioxidante e, Carência e excesso: A deficiência deste nutriente é rara, mas pode interferir na deficiência de iodo, gerando o bócio e hipotireoidismo. Já o excesso deste juntamente com a vitamina E, promove a prevenção da membrana celular contra danos oxidativos, participa do metabolismo dos hormônios da tireoide em funções do sistema imune. nutriente pode gerar queda de cabelos, unhas anormais, dermatite, neuropatia periférica, náuseas, diarreia, fadiga, irritabilidade e odor de alho na respiração. Iodo Imagem: Principal fonte é o sal de cozinha iodado, produtos lácteos e frutos do mar, visto que maior parte do iodo está na água do mar. Funções: Está envolvido na produção dos hormônios da tireoide (tri-iodotironina-T3 e tireoxina-T4) e protege o corpo contra efeitos tóxicos de radioativos. Carência e excesso: Deficiência leve ou moderada gera a hipertrofia da glândula tireoide, doença chamada de bócio coloide. Em casos mais graves de carência, pode gerar hipotireoidismo, o que pode reduzir a fertilidade e aumentar o risco de aborto espontâneo e mortalidade pré-natal. O excesso de iodo pode gerar bócio por iodo, hipotireoidismo ou mixedema, caracterizado pelo edema na pele e em demais tecidos, devido à alteração da tireoide. Além disso, pode-se observar paladar metálico, salivação aumentada e irritação gastrointestinal. Cobre Fontes: Encontrado em carnes, peixes, sementes, leguminosas, cereais integrais e abacate. Funções: Constitui diversas proteínas, possui atividade antioxidante, auxilia na absorção do ferro e produção da hemoglobina. Carência e excesso: A carência pode ser por fatores genéticos ou pode ser adquirida devido à ingestão excessiva de zinco, ou por falta de produção de proteínas na infância. Essa deficiência pode gerar neutropenia, calcificação óssea deficiente, mielopatia, neuropatia e anemia hipocrômica. Enquanto o excesso pode gerar hemorragia gastrointestinal, anemia hemolítica, icterícia, náusea e vômito. Flúor Fontes: Pode ser adicionado à água, ou obtido pelo consumo de soja, arroz e chás. Funções: É um micronutriente que constitui ossos e dentes. Carência e excesso: A carência do flúor pode gerar cáries dentais e, possivelmente, a osteoporose, enquanto o excesso pode gerar fluorose, caracterizada por manchas nos esmaltes dos dentes. Zinco Fontes: Dentre as fontes alimentícias, estão as carnes, frango, peixe, ovo, levedura de cerveja, cogumelo, ostras. Funções: Compõe a estrutura de diversas enzimas e insulina, auxilia na proteção do sistemaimunológico e apresenta importância significativa no metabolismo dos ácidos nucleicos. Carência e excesso: A deficiência alimentar deste nutriente não é comum, porém, quando ocorre, pode gerar alterações no paladar, promover diarreia, dermatite oral, e até retardo no amadurecimento sexual. O excesso pode gerar vômitos e diarreia. Em casos extremos, pode gerar deficiência de cobre, o que promove danos nos nervos. Cromo Fontes: Obtido através do consumo de cenouras, batatas, brócolis, fígado, grãos integrais, nozes, queijos e melado. Funções: Sua principal função é potencializar a ação da insulina, auxiliando no controle da glicose. Carência e excesso: Sua absorção é aumentada quando associado a um derivado do triptofano, formando picolinato de cromo e na presença de vitamina C e niacina. Sua carência pode promover uma perda excessiva de peso, menor resposta do açúcar (glicose) no sangue, gerando risco de diabetes. Já o excesso pode causar irritação na pele e no trato digestivo. Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal CARÊNCIA E EXCESSO FERRO O ferro heme, normalmente, presente em produtos de origem animal, é o mais absorvido. Porém, há casos de má absorção, apesar da deficiência deste nutriente ser muito mais comum devido à perda de sangue. Para melhor absorção do ferro não-heme, pode ser implementado ácido ascórbico, que converte o estado férrico (o qual o ferro não-heme é ingerido) em estado ferroso, que possui melhor absorção. HÁ, AINDA, UMA DOENÇA GENÉTICA, CONSIDERADA FATAL, CHAMADA HEMOCROMATOSE, NA QUAL O CORPO ACUMULA EXCESSIVAMENTE O FERRO, RESULTANDO EM LESÃO TECIDUAL. ANÁLISES DOS MINERAIS A determinação do conteúdo de minerais em alimentos é importante para auxiliar nas definições dos planos alimentares e para rotulagem de alimentos, além de ser um indicador de fraudes pela adição de materiais inadequados em alimentos processados. EXISTEM MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO E DE IDENTIFICAÇÃO DOS MINERAIS. A quantificação de cinzas são métodos utilizados para determinação do conteúdo total de minerais de alimentos. Na determinação do conteúdo mineral, define-se a quantidade de cada elemento presente. Dentre os métodos de quantificação de cinzas mais utilizados, estão: CINZAS POR VIA SECA CINZAS POR VIA ÚMIDA ATENÇÃO A escolha do método adequado está relacionada às propriedades do alimento a ser analisado. Pelo método de cinzas secas: DUAS A CINCO GRAMAS DO MATERIAL SÃO COLOCADAS EM CADINHO DE PORCELANA. INCINERADO EM MUFLA A 550°C A 600°C. O CONTEÚDO RESULTANTE É PESADO, INDICANDO A QUANTIDADE DE MINERAIS. COMENTÁRIO Este método baseia-se na temperatura de decomposição dos materiais. MATERIAIS ORGÂNICOS, COMPOSTOS POR OXIGÊNIO, HIDROGÊNIO E CARBONO SÃO DEGRADADOS EM ALTAS TEMPERATURAS ENQUANTO ELEMENTOS INORGÂNICOS (MINERAIS) PERMANECEM COMENTÁRIO O método por via seca não apresenta a quantidade precisa de minerais devido a algumas perdas por volatilização, porém, mesmo assim, é o método mais utilizado. NO MÉTODO DE VIA ÚMIDA, SÃO UTILIZADOS ÁCIDOS OXIDANTES AQUECIDOS PARA DESTRUIR A MATÉRIA ORGÂNICA. TRATA-SE DE UM MÉTODO QUE PODE SER APLICADO A MINERAIS SOLÚVEIS, REALIZADO EM TEMPERATURAS MENORES E APLICADO A ALIMENTOS RICOS EM LIPÍDIOS. NORMALMENTE, É UTILIZADO PARA QUANTIFICAÇÃO DE ELEMENTOS “TRAÇOS”, QUE PODEM SER ELIMINADOS DURANTE A TÉCNICA POR VIA SECA. SAIBA MAIS Já para identificação do conteúdo de minerais, podem ser aplicados métodos como espectrometria de absorção atômica, fluorimetria, espectrofotometria e métodos de colorimetria, que se baseiam na absorção de luz para determinação de elementos que se apresentam em menor quantidade em alimentos, por ser um método mais sensível. Ou, ainda, podem ser aplicadas técnicas de volumetria, como titulação para quantificação de elementos em maiores quantidades, como: cálcio, potássio e sódio. OS MINERAIS E SUA IMPORTÂNCIA NO CUIDADO NUTRICIONAL A especialista Monica Dalmacio fala sobre a importância dos minerais na saúde dos pacientes e suas funções: VERIFICANDO O APRENDIZADO CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Os micronutrientes são aquelas substâncias demandadas em menor quantidade pelo organismo. Porém, mesmo sendo exigidos em valores menores que os macronutrientes, são extremamente importantes para os processos biológicos e fisiológicos do corpo. CADA MICRONUTRIENTE, VITAMINA OU MINERAL APRESENTA DETERMINADA FUNÇÃO PARA O CORPO E, PARA ISSO, SEU CONSUMO DEVE SER REALIZADO EM QUANTIDADES ADEQUADAS, SEGUINDO AS RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS E AVALIANDO A DISPONIBILIDADE DELES, BEM COMO OS FATORES QUE PODEM ALTERAR SUA ABSORÇÃO. O CONSUMO ADEQUADO DE VITAMINAS E MINERAIS IRÁ PREVENIR DIVERSAS PATOLOGIAS, QUE, EM ALGUNS CASOS, PODEM SER FATAIS, ALÉM DE GARANTIR A MANUTENÇÃO DE REAÇÕES METABÓLICAS NECESSÁRIAS PARA O BOM FUNCIONAMENTO DO CORPO HUMANO. Devido às funções de cada micronutriente exemplificado neste tema, é possível entender em maior intensidade a importância de uma alimentação equilibrada e o conhecimento da composição dos alimentos para a definição de planos alimentares adequados a cada indivíduo, em busca de melhoria de sua qualidade de vida e prevenção de doenças. PODCAST Agora, a especialista Cristiane Moraes encerra o tema falando sobre os micronutrientes e sua importância na função renal, uma visão do nutricionista clínico e pesquisador na área. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ARAÚJO, J. Química de alimentos: teoria e prática. Química de alimentos: teoria e prática. 7. ed. UFV, 2004. COULTATE, T. P. Food: the chemistry of its components. Royal Society of Chemistry, 2009. FENNEMA, O. R. Fennema's food chemistry. CRC press, 2007. HE, F. J.; MACGREGOR, G. A. Reducing Population Salt Intake Worldwide: From Evidence to Implementation. v. 52. Progress in Cardiovascular Diseases, 2010. ORDÓÑEZ, J. Tecnologia de alimentos - Alimentos de origem animal. 1. ed. v. 2. São Paulo: Artmed, 2005. RIBEIRO, E. P.; SERAVALLI, E. A. G. Química de alimentos. Blucher, 2007. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos explorados neste tema: Leia: O artigo Vitaminas e minerais com propriedades antioxidantes e risco cardiometabólico: controvérsias e perspectivas, de Catania, Barros e Ferreira, publicado em 2009 nos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, e observe as evidências de que a deficiência de vitaminas e minerais são um grande fator para o aumento do risco cardiometabólico. No artigo, os autores mostram as principais vitaminas e os minerais, bem como seus benefícios e sua reação com o risco cardiometabólico. O artigo Consumo de micronutrientes e excesso de peso: existe relação?, de Ana Luisa Marcucci Leão e Luana Caroline dos Santos, publicado em 2012 na Revista Brasileira de Epidemiologia, e entenda melhor a relação entre o consumo de micronutrientes e a obesidade. Pesquise: O volume 47 da Revista de Saúde Pública, em que Araújo e colaboradores, por entenderem a importância do consumo de macro e micronutrientes, avaliaram sua ingestão em adultos brasileiros. CONTEUDISTA Maraysa Rodrigues Furtado CURRÍCULO LATTES javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0);
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