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BIG DATA NA MANUFATURA AVANÇADA O que é Big Data? Os benefícios do Big Data para a indústria As aplicações do Big Data Soluções de softwares para Big Data Referências Confira mais materiais Sobre A Voz da Indústria Em contato 03 07 10 15 19 19 20 21 O QUE É BIG DATA? O QUE É BIG DATA? Na indústria metalmecânica, o termo Big Data refere-se a um grande conjunto de dados armazenados, geralmente não estruturados, que necessitam de algum tipo de inteligência (a mineração de dados - processo capaz de explorar grandes quantidades de dados à procura de padrões consistentes) para que seja possível extrair informações relevantes para o controle do processo produtivo. Isso porque os dados só fazem sentido se forem devidamente minerados e correlacionados. Nesse modelo, dispositivos de hardware e software controlam processos, criando uma cópia virtual da linha produtiva e permitindo a tomada de decisões descentralizada. A tecnologia da informação também é parte integral desse processo, pois decisões podem ser tomadas de forma automática e autônoma, a partir do uso do conjunto de dados armazenados. 04 Uma boa análise de dados requer que sejam observadas 5 dimensões: volume (a quantidade de dados disponíveis), velocidade (rapidez com que novos dados são armazenados), variedade (o tipo de dado, texto, número, desenho, vídeo, etc.), veracidade (a confiabilidade dos dados) e valor (qual é o benefício que será gerado pelo dado). O setor que mais se beneficia disso é o da logística. “É mais fácil prever o prazo de entrega, utilizando as informações disponíveis de clima e trânsito. Além disso, qualquer setor produtivo possui informações importantes que, de outro modo, poderiam ser negligenciadas”, afirma Paulo Sandres, consultor de serviços tecnológicos do Instituto SENAI de Tecnologia Automação e Simulação. Como qualquer linha produtiva possui informações de manutenções, sejam elas digitais, em papel ou presentes na memória de quem as executou, o Big Data permite um levantamento estatístico para prever qual máquina poderá parar a produção, devido à quebra, desgaste ou má utilização, permitindo, assim, o melhor gerenciamento dos períodos de paradas programadas para sua manutenção, o que aumenta a disponibilidade de produção e evita o risco de uma máquina ficar parada por dias devido à falta de uma peça. 05 “Ao considerarmos a Manufatura Avançada, temos acesso a uma infinidade de dados provenientes de máquinas, equipamentos e sistemas que podem servir para melhoria dos indicadores de produtividade e qualidade, aumento da eficiência, entre outras aplicações”, diz Jefferson Melo, coordenador de projetos do Centro de Produção Cooperada da Fundação CERTI. Qualquer máquina, equipamento, tablet, celular ou computador pode usar essas informações para, por exemplo, prever a produção do dia, da semana ou do mês, em tempo real. Nesse sentido, qualquer tipo de equipamento que possua parâmetros ajustáveis para sua operação pode utilizar o Big Data para verificar a influência das pequenas variações desses fatores no processo produtivo como um todo, permitindo correções sempre que necessário. Além disso, o cálculo do planejamento da produção pode levar em consideração os resultados das análises de Big Data, que podem considerar a influência de fatores internos e externos para definir qual é a melhor composição de produtos para um determinado mês, por exemplo. 06 “O BIG DATA PERMITE UM LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO PARA PREVER QUAL MÁQUINA PODERÁ PARAR A PRODUÇÃO, DEVIDO À QUEBRA, DESGASTE OU MÁ UTILIZAÇÃO.” OS BENEFÍCIOS DO BIG DATA PARA A INDÚSTRIA OS BENEFÍCIOS DO BIG DATA PARA A INDÚSTRIA Como vimos anteriormente, quando falamos em Big Data, estamos nos referindo à prática de obter e processar uma enorme quantidade de dados a fim de obter informações relevantes para o negócio, independentemente do segmento, e levando em conta as 5 dimensões da informação. Por essa razão, podemos concluir que o segredo para o bom uso dessa ferramenta não está relacionado apenas à forma de coletar as informações, mas sim a todo o processo de compilação e análise. Os benefícios do bom uso do Big Data são muitos e atendem às necessidades das indústrias de diversos setores. Confira, a seguir, algumas de suas principais vantagens: • Coleta unificada de dados da produção diária, com a possibilidade de inclusão de métricas para redução de custos operacionais; • Melhorias na precisão, qualidade e rendimento produtivo; • Monitoramento da performance diária com a possibilidade de detalhamento ao nível das máquinas; 08 • Mensuração de necessidades produtivas, o que permite fazer melhores previsões de demanda de produtos, sem precisar gerar um estoque exagerado; • Agilidade na detecção de possíveis defeitos ou degradação do maquinário, além do fornecimento de recomendações de manutenção preventiva; • Monitoramento de aumento incomum do consumo no chão de fábrica ou de comportamentos fraudulentos antes que eles afetem a organização; • Integração com análises avançadas por meio do framework Six Sigma DMAIC (Define, Measure, Analyze, Improve and Control, que, em português, significa: Definir, Mensurar, Analisar, Melhorar e Controlar), fornecendo base para melhoria contínua; • Visibilidade dos níveis de qualidade dos fornecedores; • Possibilidade de customização de produtos finais, com baixos impactos na linha de produção; • Menor tempo e custos para integração das áreas de Tecnologia da Informação, Qualidade e Operações. 09 AS APLICAÇÕES DO BIG DATA AS APLICAÇÕES DO BIG DATA De acordo com um estudo realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), o Big Data ainda é pouco utilizado pela indústria brasileira. Entre as empresas pesquisadas, 58% conhecem a importância das tecnologias da Manufatura Avançada para a competitividade da indústria, mas menos da metade as utiliza. O estudo demonstrou, ainda, que apenas 9% das empresas coletam, processam e analisam grandes quantidades de dados, 6% utilizam serviços de computação em nuvem associados a produtos e 4% incorporam serviços digitais nos produtos (internet das coisas ou product service systems). A digitalização da linha produtiva possibilita para a indústria a aplicação de conceitos de customização em massa, a redução da escala mínima de produção eficiente e o atendimento a clientes de diferentes necessidades, o que aumenta o mercado de atuação da empresa, tornado-a mais competitiva. Entretanto, conforme o levantamento, boa parte da indústria ainda não conta com esses benefícios gerados pelo uso da tecnologia. 11 Enquanto isso, uma pesquisa realizada pelas americanas LNS Research e MESA International (Manufacturing Enterprise Solutions Association) apontou que indústrias que utilizam o Big Data nos Estados Unidos conseguem aumentar sua produtividade em 30%. O uso do Big Data em processos produtivos pode gerar maior agilidade na resposta a desvios de processos, aumentando assim a eficiência e competitividade das empresas. “Como exemplo, podemos citar a utilização da ferramenta para a detecção de potenciais falhas em equipamentos, realizando a manutenção preditiva, a extração de uma correlação entre causa e efeitos em falhas de produtos, o monitoramento das condições ambientais para correlação com níveis de produtividade e a capacidade de prever demandas do mercado, por meio de perfis de consumo e distribuição”, explica Jefferson Melo. 12 Não à toa, uma pesquisa realizada pela Accenture Analytics - com mais de 1.000 entrevistados de empresas com sedes em 19 países e que tinham realizado pelo menos uma grande implementação de Big Data em seus processos internos -, constatou-se que 89% das pessoas acreditam que a ferramenta revolucionará as operações comerciaisda mesma forma que a internet o fez, 92% afirmaram estar totalmente satisfeitas com os resultados da utilização do recurso e 94% sentem que a sua implementação atende às necessidades do negócio. Quase oito em cada dez entrevistados afirmaram concordar que as empresas que não adotarem o Big Data perderão competitividade e podem, até mesmo, enfrentar a extinção. Apesar de ainda modesto, alguns segmentos já utilizam o Big Data há bastante tempo e experimentam os seus resultados. Na indústria automotiva, por exemplo, a tecnologia é aplicada, principalmente, na coleta de informações sobre a utilização e as condições do veículo durante as revisões periódicas. Os computadores de bordo dos carros armazenam informações durante o percurso que, posteriormente, são enviadas para análises nas fábricas, promovendo melhorias nos projetos e nos processos de fabricação. 13 14 No setor aeronáutico, por sua vez, o Big Data serve para estruturar a relação causa-efeito em testes finais de produção, garantindo que, mesmo em sistemas complexos, como os das aeronaves, todas as condições de testes sejam executadas e validadas antes do primeiro voo. E quando o avião está no ar, ele também gera valiosos dados para a prevenção de acidentes por falha mecânica. Estima-se que um Boeing 787 Dreamliner, fabricado pela primeira vez em 2007, produz, aproximadamente, 1 terabyte de informações por voo. Algumas companhias aéreas já planejam utilizar sistemas de streaming de dados a bordo, podendo, em breve, aposentar a tradicional caixa preta. Já no segmento de confecção, as empresas têm desenvolvido novos produtos baseados em dados antropométricos da população brasileira para segmentar seus produtos por região, podendo ser mais assertivas nas novas coleções, aumentando sua chance de sucesso. “NA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA, POR EXEMPLO, A TECNOLOGIA É APLICADA, PRINCIPALMENTE, NA COLETA DE INFORMAÇÕES SOBRE A UTILIZAÇÃO E AS CONDIÇÕES DO VEÍCULO DURANTE AS REVISÕES PERIÓDICAS.” SOLUÇÕES DE SOFTWARES PARA BIG DATA SOLUÇÕES DE SOFTWARES PARA BIG DATA Os softwares comumente utilizados para o serviço de Big Data são denominados como MES (Manufacturing Execution Systems), tipo de programa adotado para o gerenciamento de plantas industriais, e ERP (Enterprise Resource Planning), usado para o gerenciamento de fábricas e empresas. É possível, portanto, implantar um MES em uma área fabril e se beneficiar com um sistema de apoio para a decisão gerencial. Nesta hipótese, caso as máquinas e os processos não sejam automatizados, apenas ao final de cada turno os operadores e supervisores entrarão com as informações no sistema. “O gerente de produção terá apenas as informações de ontem, impossibilitando, portanto, uma atuação gerencial ao longo do dia. Caso as máquinas e os processos sejam automatizados, as informações são disponibilizadas em tempo real, possibilitando ao gerente de produção ter uma atuação imediata na resolução de problemas com informações reais”, afirma o especialista do SENAI. 16 17 Assim, ao lançar mão de softwares de mineração de dados e BI (business intelligence), os dados podem ser traduzidos em informações relevantes que são, muitas vezes, ocultas aos indicadores tradicionais de processos. “Esses sistemas são utilizados na manufatura para coleta de dados de máquinas e controle dos processos. Porém, em muitos casos, os softwares geram um volume de informações enorme que, geralmente, não é utilizado para a realização de análises de Big Data”, afirma Jefferson Melo, da CERTI. Para se implantar um MES, é necessário definir o que será medido e controlado e quais são suas premissas, para, então, realizar todo o desenvolvimento e parametrização do software. O momento de implantação é crítico para o sucesso da iniciativa, pois depende de os usuários verem valor nesta ferramenta – o que pode ser mitigado com treinamento e conscientização. Infelizmente, micro e pequenas empresas dificilmente conseguem implantar este sistema de forma rápida, devido ao investimento necessário, que pode ser atenuado através de uma implantação feita por etapas. “MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DIFICILMENTE CONSEGUEM IMPLANTAR ESTE SISTEMA DE FORMA RÁPIDA, DEVIDO AO INVESTIMENTO NECESSÁRIO, QUE PODE SER ATENUADO ATRAVÉS DE UMA IMPLANTAÇÃO FEITA POR ETAPAS.” 18 Para o desenvolvimento de uma aplicação de Big Data que traga benefícios diretos para uma empresa, é imprescindível que se faça um estudo da viabilidade desta tecnologia na linha de produção. “Inicialmente, é importante destacar quais dados estão disponíveis para análise e, então, trabalhar com os cientistas de dados para gerar as potenciais soluções aplicáveis ao negócio”, defende Jefferson. Finalmente, sugere-se o desenvolvimento e a implantação de soluções de monitoramento e controle com business intelligence para a gestão constante dos processos. Estimular o acesso à informação e identificar parceiros são iniciativas que podem ajudar na redução das incertezas de uma implantação do tipo e, até mesmo, auxiliar na mudança da cultura da empresa. REFERÊNCIAS http://www.fiemt.com.br/arquivos/2282_30_05_-_sondagem_especial_industria_4.0.pdf http://www.esss.com.br/blog/2017/01/os-pilares-da-industria-4-0/ http://www.prime-bigdata.com.br/single-post/2016/1/30/Ind%C3%BAstria-40 https://www.accenture.com/us-en/insight-big-data-research http://computerworld.com.br/volume-de-dados-exigira-velocidade-para-sobreviver-ao-big-data http://avozdaindustria.com.br/nao-esta-por-dentro-da-manufatura-avancada-entenda-agora-importancia-para-industria/ https://datafloq.com/read/big-data-revolutionizing-manufacturing-industry/2273 CONFIRA MAIS MATERIAIS http://avozdaindustria.com.br/de-robos-autonomos-big-data-confira-os-9-pilares-da-manufatura-avancada/ http://avozdaindustria.com.br/nao-esta-por-dentro-da-manufatura-avancada-entenda-agora-importancia-para-industria/ http://avozdaindustria.com.br/aumente-a-receita-e-eficiencia-e-ainda-reduza-custos-com-big-data-em-sua-industria/ http://avozdaindustria.com.br/pequena-industria-pode-investir-em-manufatura-avancada-mas-deve-assumir-um-novo-modelo-2/ http://avozdaindustria.com.br/padronizar-o-processo-produtivo-aumenta-produtividade-na-pequena-industria/ 19 SOBRE A VOZ DA INDÚSTRIA 20 A Voz da Indústria é o canal de conteúdo da FEIMEC (Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos) e EXPOMAFE (Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial), ambas, iniciativas da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e comandadas pelas entidades que representam os segmentos desta importante cadeia produtiva. FEIMEC e EXPOMAFE são organizadas e promovidas pela Informa Exhibitions. A Informa Exhibitions acredita que eventos são plataformas de conhecimento e de relacionamento, que auxiliam a impulsionar a economia brasileira. A empresa é filial do Informa Group, maior organizador de eventos, conferências e treinamentos do mundo, com capital aberto e papéis negociados na bolsa de Londres. Dentre os eventos realizados pela Informa Exhibitions no Brasil estão: Agrishow, Fispal Tecnologia, Fispal Food Service, ForMóbile, FutureCom, ABF Franchising Expo, Serigrafia Sign e Feimec, num total de 24 feiras setoriais. A Informa Exhibitions possui escritórios em São Paulo (sede) e Curitiba, com cerca de 200 profissionais. Nos últimos quatro anos, a empresa investiu cerca de R$ 400 milhões no Brasil em aquisições de eventos e marcas, o que levou a decisão estratégica de alterar o nome da empresa no Brasil de BTS Informa para Informa Exhibitions. EM CONTATO 21 FIQUE POR DENTRO DO MERCADO www.avozdaindustria.com.br CONHEÇA A EXPOMAFE www.expomafe.com.br CONHEÇA A FEIMEC www.feimec.com.br EQUIPE DE CONTEÚDO INFORMA EXHIBITIONS BRASIL Gerência de conteúdo: Lilian BurgardtProdução de conteúdo: Thiago Bento e Eder Gonçalves Direção de arte: Eliane Dalbem
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