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(tema 4) O MERCADO DE CAPITAIS E A DESINTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA

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DESCRIÇÃO
Organização e funcionamento do mercado de capitais, os agentes, os produtos oferecidos e as
formas de negociação.
PROPÓSITO
Compreender o funcionamento do mercado de capitais, assim como seus atores e sua
importância como instrumento de desintermediação financeira e de financiamento de capital
das corporações, para uma boa gestão de recursos financeiros.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora
científica, ou use a calculadora de seu smartphone ou computador, ou ainda uma planilha
eletrônica.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever o funcionamento, os atores, os produtos e as formas de negociação no mercado de
capitais
MÓDULO 2
Reconhecer as principais características e riscos envolvidos no mercado de títulos
MÓDULO 3
Reconhecer as principais características dos mercados de ações e de derivativos
INTRODUÇÃO
O mercado de capitais é um dos quatro principais mercados financeiros, juntamente com os
mercados monetário, de câmbio e de crédito. Ele é de vital importância para a economia de um
país e, em particular, para viabilizar o financiamento de longo prazo do governo e das
empresas.
Por meio da emissão de dívida ou de instrumentos de participação, como as ações, os agentes
econômicos conseguem levantar os recursos necessários para viabilizar projetos de longo
prazo, otimizando sua estrutura de capital. É nesse contexto que cresce a importância de
instituições como os bancos de investimento, as bolsas de valores, os mercados de balcão
organizados, as corretoras e as distribuidoras de títulos e valores mobiliários.
Ao longo do tema, você vai entender como funciona o mercado de capitais, quem são seus
principais atores, instrumentos e como são negociados.
Também examinaremos características dos mercados de títulos, de ações e de derivativos.
MÓDULO 1
 Descrever o funcionamento, os atores, os produtos e as formas de negociação no
mercado de capitais
Neste módulo, vamos analisar o funcionamento do mercado de capitais, o papel das
instituições financeiras e da bolsa de valores nesse mercado, instrumentos ofertados e sua
forma de negociação.
Veremos também o importante papel desempenhado pelos investidores institucionais e pelos
veículos de investimento coletivo, como os fundos de investimento.
O MERCADO DE CAPITAIS E A
DESINTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
O mercado de crédito é aquele no qual as empresas e as pessoas se financiam por meio dos
empréstimos oferecidos pelas instituições financeiras, que atuam como intermediários na
relação dos agentes deficitários e agentes superavitários, conforme ilustrado na Figura 1.
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 1 – A intermediação financeira no mercado de crédito
Já no mercado de capitais, os agentes superavitários e os agentes deficitários se conectam
diretamente. Nesse caso, o papel das instituições financeiras é o de facilitador dessa ligação
direta entre os agentes poupadores e tomadores, e não mais de intermediários (a figura 2
ilustra essa situação).
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 2 – A desintermediação financeira no mercado de capitais
Assim, enquanto no mercado de crédito a remuneração das instituições financeiras se dá pela
diferença entre os juros cobrados dos tomadores de recursos e os juros pagos aos poupadores
― o spread de crédito ― no mercado de capitais, a remuneração se dá por meio de taxas
cobradas pelos serviços prestados aos agentes.
A desintermediação financeira é particularmente importante quando levamos em consideração
os prazos das operações em cada um desses dois mercados: o mercado de crédito e o
mercado de capitais.
Enquanto no mercado de crédito as operações costumam ser de curto ou médio prazos, no
mercado de capitais, as operações geralmente são de longo prazo, ou mesmo permanentes.
Assim as empresas conseguem financiar seus projetos emitindo títulos de dívida ou de
participação (ou propriedade). Os investidores que adquirem títulos de dívida passam a ser
credores da empresa emissora e os investidores que adquirem títulos de participação passam
a ser sócios das instituições.
OS PRODUTOS NEGOCIADOS NO MERCADO DE
CAPITAIS
Mercado é onde se negocia um determinado produto. Os produtos negociados no mercado de
capitais são instrumentos de dívida e de participação no capital das empresas. Essas são
justamente as duas formas de financiamento de que as empresas dispõem para seus projetos:
capital de terceiros ou capital próprio, respectivamente.
 COMENTÁRIO
Os instrumentos de dívida são títulos que conferem aos seus detentores o direito de
recebimento de determinada quantia em determinada data. Quando as empresas emitem
esses títulos, elas se obrigam a pagar aos investidores o montante acordado, devidamente
corrigido, na data de vencimento.
Um exemplo desse tipo de instrumento são as debêntures, cujo nome vem do termo em inglês
debt, que significa dívida. Conforme veremos mais à frente, esse instrumento é extremamente
flexível, permitindo às empresas adequarem o fluxo e os prazos de pagamento aos fluxos de
caixa dos projetos que estão financiando.
 
Fonte: Shutterstock.com
Os investidores desses títulos tornam-se credores da empresa que os emitiu e são
remunerados pelas taxas de juros pactuadas. O risco a que estão sujeitos é o de a empresa
não honrar seu compromisso na data de vencimento, ou seja, correm o risco de crédito.
Já os adquirentes de títulos de participação tornam-se sócios da empresa e obtêm o direito de
participar nos seus resultados.
 EXEMPLO
O principal exemplo de instrumento de participação são as ações, cuja remuneração depende
do desempenho da empresa que as emitiu.
Os detentores das ações estão sujeitos aos mesmos riscos da empresa, ou seja, o risco do
negócio.
Agora, vamos aprofundar um pouco mais o estudo desses instrumentos de dívida e de
participação.
INSTRUMENTOS DE DÍVIDA
Como vimos, o mercado de capitais engloba instrumentos de participação e de dívida, sendo
os principais exemplos as debêntures e ações respectivamente. Nesta seção, vamos explorar
um pouco mais os instrumentos de dívida.
DEBÊNTURES
As debêntures são títulos de médio e longo prazos extremamente flexíveis, emitidos pelas
empresas para o financiamento de suas operações. Elas podem prever diversas estruturas de
pagamento, como juros e amortizações periódicos, além do principal.
A Figura 3 ilustra alguns exemplos de estruturas de pagamentos de debêntures.
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 3 – Exemplos de estruturas de pagamento de debêntures
Vamos entender melhor cada um dos três casos vistos na figura acima:
1º CASO
2º CASO
3º CASO
1º CASO
A debênture prevê o pagamento de juros periódicos, com a amortização integral do principal no
seu vencimento.
2º CASO
Não há pagamentos intermediários de juros. Tanto o principal quanto os juros são pagos no
vencimento da debênture.
3º CASO
Há previsão de duas amortizações intermediárias do principal, uma no terceiro período e outra
no sexto período.
Como dissemos, as debêntures são instrumentos bastante flexíveis e essas estruturas podem
ser ajustadas livremente pelo emissor, em função de seus objetivos de captação de recursos.
A remuneração dos investidores pode ocorrer por meio de taxas de juros fixas, flutuantes ou
reais, junto com o correspondente fator de atualização monetária.
 EXEMPLO
Como exemplo, podemos imaginar debêntures que paguem: (i) 120% do CDI (Certificado de
Depósito Interbancário); ou (ii) IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) + 3%
a.a., ou ainda (iii) 8% a.a. No primeiro caso, temos um exemplo de taxas de juros flutuantes,
expressas como um percentual do CDI. No segundo caso, temos um exemplo de taxas de
juros reais, com fator de atualização monetária igual ao IPCA. Já no terceiro caso, temos um
exemplo de taxas de juros prefixadas.
As debêntures podem ainda ser formatadas com diversas outras características como a
existência de garantias, cláusulas de resgate antecipado ou conversibilidade em ações.
Vamosentendê-las.
GARANTIAS
Funcionam como uma espécie de caução. Os emissores das debêntures podem apresentar
ativos de sua propriedade que, em caso de inadimplência, são repassados aos investidores
das debêntures. Esse é um mecanismo que gera benefícios tanto para o investidor quanto para
o emissor.
Para os investidores, as garantias mitigam o risco de crédito a que estão expostos. E como o
risco de crédito é mitigado, o emissor também se beneficia, pois pode captar recursos a taxas
mais vantajosas.
CLÁUSULAS DE RESGATE ANTECIPADO
Permite ao emissor resgatar antecipadamente os papéis em condições predeterminadas. Ela é
prevista principalmente para permitir ao emissor reestruturar suas dívidas caso as condições
de mercado lhe sejam favoráveis. Como ela é um benefício dado ao emissor, o investidor
acaba exigindo um prêmio por dar essa opção ao emissor.
CONVERSIBILIDADE EM AÇÕES
É uma opção dada ao investidor, que pode trocar a debênture, um instrumento de dívida, por
ações da empresa emissora, um instrumento de participação. Novamente, as condições para
essa conversão são todas pactuadas previamente na escritura de emissão.
Apesar de ser um dos mais conhecidos, as debêntures não são os únicos instrumentos de
dívida que podem ser emitidos pelas empresas.
NOTAS PROMISSÓRIAS OU COMMERCIAL
PAPERS
As debêntures são instrumentos bastante adequados para financiamentos de longo prazo e
grandes volumes. Para financiamentos de curto prazo, as empresas contam também com a
possibilidade de emitir as notas promissórias ou commercial papers.
Esses instrumentos normalmente são utilizados para cobrir despesas eventuais, como folha de
pagamento ou pagamento de fornecedores.
 
Fonte: Shutterstock.com
O PROCESSO DE EMISSÃO DE INSTRUMENTOS
DE DÍVIDA
Como vimos, no mercado de capitais, os agentes tomadores transacionam diretamente com os
agentes poupadores. Para a operacionalização dessas transações, eles contam com o apoio
de instituições financeiras como os bancos de investimento, as corretoras e as distribuidoras de
títulos e valores mobiliários (DTVM).
Uma vez que os acionistas ou o conselho de administração decidem emitir debêntures, eles
devem escolher entre realizar uma colocação pública ou privada.
A colocação pública é uma emissão destinada a um público amplo e possui regulamentação
mais rígida da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ser realizada. Já a colocação
privada, é destinada a um grupo pequeno de investidores profissionais.
CVM
javascript:void(0)
A CVM é o órgão regulador e supervisor dos mercados de capitais, estabelecendo regras
e condições para as emissões públicas e privadas de ações e debêntures (e valores
mobiliários em geral), de forma a proteger os investidores e garantir isonomia no
tratamento dos acionistas minoritários, como veremos mais à frente.
Além das emissões, a CVM também regula as plataformas de negociação desses
instrumentos, como as bolsas de valores e os mercados de balcão organizado.
Para realizar uma colocação pública de debêntures, a empresa deve escolher um banco de
investimento, uma corretora ou uma DTVM, que vai planejar todo o processo de emissão,
prospectando o mercado, contatando potenciais investidores (road show), apresentando a
estrutura da emissão e elaborando o bookbuilding, que é o processo pelo qual se estabelece o
preço justo para a emissão.
Esse processo de colocação inicial das debêntures ocorre no chamado mercado primário, pois
é nesse momento que a empresa está efetivamente se capitalizando.
 COMENTÁRIO
Uma vez colocadas as debêntures, elas podem ser negociadas no mercado secundário. Um
mercado secundário ativo é muito importante para a liquidez dos papéis e uma boa formação
de preços.
Como o processo de emissão no mercado primário é bastante custoso para a empresa, ele
tende a compensar somente emissões de valores bastante elevados. É bastante comum
emissões de valores na casa dos bilhões de reais.
O PROCESSO DE DESINTERMEDIAÇÃO
FINANCEIRA
Neste vídeo, você entenderá o que é a desintermediação financeira e o papel dos bancos de
investimento, corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários no processo de
colocação dos instrumentos de dívida.
INSTRUMENTOS DE PARTICIPAÇÃO
O principal instrumento de participação no mercado de capitais são as ações. As ações são um
título de propriedade de parte da empresa que as emitiu. O nome é inglês ― shares ― significa
justamente isso: partes ou frações.
Quando um investidor adquire ações, sua rentabilidade será função de dois fatores: a variação
do preço dessas ações e os dividendos (participação nos lucros da empresa) que ela pagará
ao longo de sua vida.
Onde:
r – rentabilidade da ação entre t e t+1
Pt – Preço na ação no instante t
P(t+1) – Preço na ação no instante t+1
div – dividendos pagos entre t e t+1
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Assim, dizemos que é um instrumento de renda variável, pois não se conhece a priori qual será
essa rentabilidade.
Elas podem ser de dois tipos: ações ordinárias ou ações preferenciais. Vamos entender o que
difere uma da outra:
AÇÕES ORDINÁRIAS
São aquelas que dão direito a voto nas decisões da companhia emissora.

AÇÕES PREFERENCIAIS
Não dão direito a voto, mas possuem preferência na distribuição de dividendos e nos bens da
empresa em caso de quebra.
Agora, vamos ver um exemplo de como isso funciona.
r =
( Pt+1−Pt ) + div
Pt
 EXEMPLO
As ações da Petrobras negociadas em bolsa são a PETR3 e a PETR4. A PETR3 é a ação
ordinária da empresa, dando direito a voto. Já a PETR4 é a ação preferencial da empresa.
Quando a Petrobras apresenta lucro líquido, os acionistas preferenciais recebem uma
remuneração mínima garantida. Após pagar esse mínimo, caso ainda haja lucro a ser
distribuído, ele é destinado às ações ordinárias até que se iguale o valor pago às preferenciais.
Qualquer excedente adicional de lucro é distribuído igualmente entre os dois tipos de ação.
Em 2018, após o pagamento do mínimo aos acionistas preferenciais, a companhia não tinha
recursos suficientes para pagar o mesmo valor aos acionistas ordinários. Assim, cada ação
PETR3 pagou R$ 0,92, contra R$ 0,25 pagos para cada ação PETR4.
DEPOSITARY RECEIPTS
Os depositary receipts são instrumentos que permitem a uma ação listada na bolsa brasileira
ser negociada em outras bolsas. Os American Depositary Receipts (ADR) são usados, por
exemplo, para que companhias brasileiras tenham suas ações negociadas na bolsa de Nova
Iorque.
 
Fonte: Shutterstock.com
O mercado de ações também pode ser dividido entre mercado primário e secundário.
No caso das ações, é no mercado primário que é realizado o processo chamado IPO (do
inglês, Initial Public Offer) ou Oferta Pública de Ações (OPA). Uma vez executada essa etapa, a
empresa emissora passa a ser “listada” na bolsa de valores e as suas ações possam ser
negociadas no mercado secundário de bolsa. No Brasil, a principal bolsa de valores é a Brasil
Bolsa Balcão – B3.
BOLSA DE VALORES E MERCADO DE
BALCÃO ORGANIZADO
As negociações no mercado de capitais podem ocorrer de duas formas: em bolsas de valores
ou em mercados de balcão.
BOLSA DE VALORES
Na bolsa de valores, a negociação dos papéis é feita de forma multilateral, em pregões, com
vários compradores e vendedores apresentando suas ordens de compra e venda. Sempre que
os preços convergem, o negócio é celebrado.
 
Fonte: Bart Sadowski/Shutterstock.com
Os pregões possuem horário de abertura e fechamento bem determinados e fases específicas,
como:
PRÉ-ABERTURA
CALL DE FECHAMENTO
AFTER MARKET
LEILÕES
PRÉ-ABERTURA
A pré-abertura funciona como um leilão para determinar o preço de abertura dos ativos.
Durante alguns instantes antes da abertura do pregão, podem ser registradas ofertas
antecipadamente. Os negócios, no entanto, são gerados apenas na abertura do pregão.
CALL DE FECHAMENTO
Cinco minutos antes do encerramento do pregão, as ofertas de compra e vendasão recebidas
para formar o preço de fechamento das ações.
AFTER MARKET
É uma extensão do horário do pregão para permitir alguns ajustes e negociações de casos
muito específicos.
LEILÕES
Em algumas situações bem específicas, pode haver a chamada de leilões durante o
funcionamento do pregão.
Além de ações, são negociados na bolsa títulos de renda fixa e contratos derivativos.
MERCADO DE BALCÃO
No mercado de balcão, o detentor de um título negocia livremente com um comprador
interessado e, após a negociação, registram a concretização da operação.
 
Fonte: Shutterstock.com
Os mercados de balcão organizados são aqueles que dispõem de sistemas eletrônicos
específicos para negociação e registro das transações.
A Figura 4 mostra os ativos negociados na B3 Brasil Bolsa Balcão.
 
Fonte: Comissão de Valores Mobiliários (2019).
 Figura 4 – Exemplos de produtos admitidos na B3
INVESTIDORES INSTITUCIONAIS
Vimos como os tomadores de recursos utilizam o mercado de capitais, ou seja, o lado da
oferta. Mas para que o mercado funcione bem, também precisamos que haja demanda para os
produtos distribuídos. É aí que ganha relevância o papel dos investidores institucionais.
VEÍCULOS DE INVESTIMENTO COLETIVO
Muitas vezes, um investidor pessoa física não tem capacidade financeira, nem conhecimento,
para investir em alguns produtos diretamente. No entanto, podem fazê-lo utilizando-se de
veículos de investimento coletivos, como os fundos de investimento ou os planos de
previdência.
FUNDOS DE INVESTIMENTO
Os fundos de investimento são veículos de investimento coletivo regulados pela CVM que
permitem aos seus cotistas investirem em produtos financeiros mais sofisticados.
Eles podem ser abertos ou fechados.
 
Fonte: Shutterstock.com
Vamos entender suas diferenças:
Fundos abertos
São aqueles em que os participantes aportam ou resgatam recursos emitindo novas cotas. Ou
seja, a quantidade de cotas varia conforme os aportes e resgates.

Fundos fechados
São aqueles em que há uma emissão inicial de cotas e não são mais feitos aportes ou resgates
até o vencimento do fundo. Suas cotas podem ser negociadas no mercado secundário.
PLANOS DE PREVIDÊNCIA
Outro veículo de investimento bastante utilizado pelos investidores são os planos de
previdência complementar aberta ou os seguros de vida com cobertura de sobrevivência. Os
mais conhecidos são o Plano Gerador de Benefícios Livre (PGBL) e o Vida Gerador de
Benefícios Livre (VGBL).
A principal diferença entre eles é no tratamento tributário. O PGBL é um plano de previdência e
o VGBL é um seguro com cobertura de sobrevivência.
Assim, as contribuições ao PGBL podem ser abatidas da base de cálculo do Imposto de Renda
como contribuição previdenciária. O mesmo não ocorre com o VGBL.
Por outro lado, quando dos recebimentos gerados pelos planos PGBL, resgates ou
pagamentos de renda de aposentadoria, há incidência de imposto de renda. Isso não ocorre
com o VGBL, pois apenas sua rentabilidade é tributada.
Os fundos de pensão, ou entidades de previdência fechadas, são outro tipo muito relevante de
investidor institucional.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ASSINALE A AFIRMATIVA CORRETA SOBRE O MERCADO DE
CAPITAIS:
A) Os instrumentos de dívida remuneram os investidores de acordo com os resultados obtidos
pela empresa emissora.
B) Os instrumentos de participação são negociados somente em mercados de balcão
organizados.
C) No mercado de capitais, ocorre a desintermediação financeira, com os agentes poupadores
e tomadores se conectando diretamente.
D) No mercado de capitais ocorre a intermediação financeira, com as instituições financeiras
funcionando como elo entre os agentes poupadores e tomadores.
E) Os investidores institucionais não desempenham papel relevante no mercado de capitais.
2. QUAL DAS OPÇÕES ABAIXO APRESENTA UM INSTRUMENTO DE
PARTICIPAÇÃO?
A) Debênture
B) Commercial paper.
C) Ação
D) CDB
E) Títulos públicos
GABARITO
1. Assinale a afirmativa correta sobre o mercado de capitais:
A alternativa "C " está correta.
 
Trata-se do mercado da desintermediação financeira, em que os agentes poupadores e
tomadores negociam diretamente entre si, sem a intermediação de uma instituição financeira.
2. Qual das opções abaixo apresenta um instrumento de participação?
A alternativa "C " está correta.
 
A única alternativa cuja remuneração varia de acordo com os resultados da empresa emissora
e que confere aos seus detentores um título de propriedade sobre essa empresa é a ação.
MÓDULO 2
 Reconhecer as principais características e riscos envolvidos no mercado de títulos
Neste módulo, vamos analisar mais a fundo o mercado de títulos públicos e privados. Também
veremos o funcionamento do Tesouro Direto e do processo de securitização de ativos. Por fim,
abordaremos o risco de taxas de juros.
MERCADO DE TÍTULOS
O mercado de títulos de dívida, também chamado de mercado de renda fixa, é um dos mais
volumosos no Brasil. Vamos analisar algumas características dos instrumentos de dívida que
são transacionados nesse mercado, começando por um exemplo.
Imagine que você receba uma oferta para comprar por R$930,23 um título que promete pagar
R$1.000,00 em 1 ano. Podemos representar essa operação conforme o fluxo da Figura 5.
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 5 – Exemplo
Podemos, então, concluir que a taxa de juros anual oferecida nessa operação é de:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Observando as taxas de juros do mercado, você conclui que esse é um preço justo para esse
título e decide comprá-lo. Após a compra, você recebe a informação de que as taxas de juros
devem subir.
O QUE ACONTECE COM O VALOR DO SEU TÍTULO SE A TAXA
DE JUROS SUBIR PARA 10%?
Bom, para descobrir isso, você deve trazer os R$1.000,00 a valor presente por essa nova taxa.
Assim, terá o seguinte resultado:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
r = = 8%
1.000−930,23
1.000
P = = 909,091.000
1+10%
Ou seja, o seu título, que valia R$930,23 reais, passou a valer R$909,09. Você teve uma perda
de mais de R$20,00.
Por outro lado, se a taxa de juros tivesse caído para 6%, seu título passaria a valer:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Vale, então, notar duas coisas:
Primeiro, quando você possui um título de renda fixa, está sujeito ao risco de movimentos
indesejáveis na taxa de juros. Sempre que a taxa de juros sobe, o valor presente do seu título
cai, e sempre que a taxa de juros cai, o valor presente do seu título sobe.
Segundo, apesar dessas alterações no valor presente do seu título, se você não o negociar até
o vencimento, mantendo-o em sua carteira, a taxa de juros que você contratou será entregue.
No nosso exemplo, se você levar o título que comprou por R$930,23 até o vencimento,
receberá os R$1.000,00 reais e terá auferido um rendimento de 8%, independentemente das
variações nas taxas de juros que ocorrerem no período.
Essa é uma característica que gerou ― e ainda gera ― muita discussão com relação à forma
de contabilização desse tipo de ativo.
A contabilização pode ocorrer de duas formas:
MARCAÇÃO A MERCADO
Na marcação a mercado, os títulos de renda fixa devem ser contabilizados por seu valor de
mercado, ou seja, por quanto valeriam se fossem negociados no momento da contabilização.
Dessa forma, esses títulos ficam sujeitos às flutuações decorrentes de movimentos nas taxas
de juros.
MARCAÇÃO NA CURVA
Quando a contabilização se dá pela curva, os títulos de renda fixa são avaliados pela taxa de
juros contratada no início da operação, com os juros sendo acumulados conforme o transcurso
do tempo.
As regras da CVM obrigam os fundos de investimento a contabilizar os títulos de renda fixa por
seu valor de mercado.
P = = 943,401.000
1+6%
Vejamos um outro exemplo:
Seja um título de renda fixa que promete pagar juros anuais de 10% e o principal de
R$1.000,00 mais a última parcela de juros no vencimento,conforme a Figura 6:
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 6 – Exemplo
Se esse título estiver sendo negociado por R$1.000,00, dizemos que ele está sendo negociado
“ao par”. Isso significa que o valor do principal é igual ao valor de mercado do título.
Como consequência, a taxa de juros de 10% será a taxa de mercado.
Aqui vale uma consideração. Os pagamentos periódicos de juros, como no exemplo anterior,
são chamados de “cupons”.
 COMENTÁRIO
Eles recebem esse nome pela forma como eram estruturados no passado. Antes dos sistemas
eletrônicos, os títulos de dívida eram cartulares, ou seja, emitidos em papel. Cada título
possuía uma série de cupons que eram destacados para o recebimento desses pagamentos
intermediários de juros. Por isso, o nome é utilizado até hoje para se referir a esses
pagamentos.
Voltando ao exemplo, vemos, então, que a taxa de juros de um título negociado ao par é igual
ao seu cupom.
Como vimos que um aumento na taxa de juros reduz o valor presente de um título, se ele
estiver sendo negociado abaixo do par, sabemos que a taxa de juros é maior do que o cupom.
Caso contrário, a taxa de juros é menor do que o cupom.
Exemplo: o título está sendo negociado a R$ 1.050 reais. A taxa de juros é maior ou menor do
que 5%?
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 7 – Exemplo
Vemos que o cupom é igual a 
Assim, como o título está sendo negociado a um valor maior do que o principal (1.050>1.000),
concluímos que a taxa de juros é menor do que o cupom, sendo, portanto, menor do que 5%.
PRECIFICAÇÃO DE TÍTULOS DE DÍVIDA
Neste vídeo, resolveremos um exercício para que você entenda melhor o conteúdo.
= 5%50
1000
TÍTULOS PÚBLICOS
Além das instituições financeiras e não financeiras, o governo também capta recursos no
mercado financeiro por meio da emissão de títulos.
Esses títulos representam o principal ativo financeiro em circulação no país e podem ser
adquiridos inclusive diretamente por pessoas físicas através do sistema Tesouro Direto.
Esses títulos são emitidos pelo Tesouro Nacional e os principais tipos disponíveis atualmente
são:
LETRA DO TESOURO NACIONAL (LTN)
São de mais curto prazo e comercializadas com deságio sobre seu valor de face. Sua estrutura
de pagamentos prevê apenas um fluxo, com o pagamento no principal (R$1.000,00) no
vencimento. No Tesouro Direto, esses títulos são denominados de “Tesouro prefixado”.
Suponha que um investidor adquira uma LTN por R$800,00 um ano antes de seu vencimento.
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 8 – LTN
A rentabilidade da operação será de:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
LETRA FINANCEIRA DO TESOURO (LFT)
Esse é um título pós-fixado, que acumula a taxa Selic diária. Ao vencimento do título, será
pago ao investidor o valor investido corrigido pela taxa Selic acumulada no período de
investimento. No Tesouro Direto, esses títulos são denominados de “Tesouro Selic”.
Suponha que um investidor adquire uma LFT por R$10.500,00 um ano antes de seu
vencimento, e que a taxa Selic acumulada nesse período foi de 2,5%.
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 9 – LFT
No vencimento, o investidor recebe os R$10.500,00 investidos corrigidos pela Selic acumulada
no período (2,5%).
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
NOTA DO TESOURO NACIONAL – SÉRIE B (NTN-B)
rentabilidade = = 25%1.000−800
800
10.500,00 × (1 + 2,5%) = 10.762,50
A rentabilidade desses títulos é dada pela variação da inflação, medida pelo IPCA.
Diferentemente da LTN e da LFT, esse título prevê pagamentos semestrais de cupons.
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 10 – NTN-B
No Tesouro Direto, esses títulos são denominados de “Tesouro IPCA+ com pagamentos
semestrais”.
Há uma modalidade específica de NTN-B no Tesouro Direto que não possui pagamento de
cupons, denominada de “Tesouro IPCA+”, também chamada de NTN-B Principal.
NOTA DO TESOURO NACIONAL – SÉRIE F (NTN-F)
A rentabilidade desses títulos é prefixada, mas, à diferença da LTN, esse título prevê
pagamentos de cupons semestrais, sendo denominado “Tesouro Prefixado com Juros
Semestrais” no Tesouro Direto.
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 11 – NTN-F
SECURITIZAÇÃO
Nem todos os ativos podem ser negociados no mercado de capitais. No entanto, por meio da
securitização, é possível transformar créditos a receber em ativos negociáveis no mercado de
capitais.
 EXEMPLO
As companhias securitizadoras podem converter créditos a receber (recebíveis) em títulos
negociáveis no mercado.
Dois dos títulos mais conhecidos sãos os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e os
Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA).
CERTIFICADOS DE RECEBÍVEIS DO
AGRONEGÓCIO (CRA)
Lastreado em créditos a receber de financiamentos do agronegócio.
CERTIFICADOS DE RECEBÍVEIS
IMOBILIÁRIOS (CRI)
Lastreado em créditos a receber originados de financiamentos imobiliários.
A securitização funciona da seguinte maneira: suponha que uma empresa que possui créditos
a receber em seu balanço deseja antecipar o recebimento deles para se financiar e investir em
novos projetos. Para isso, ela cede esses créditos a uma companhia securitizadora, que os
utiliza como lastro na emissão de títulos no mercado de capitais.
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A remuneração desses títulos é feita conforme o desempenho dos recebíveis. Dessa forma, a
emissão pode ser feita em camadas, de acordo com um grau crescente de risco de crédito e de
remuneração.
 EXEMPLO
Digamos que a emissão contemple duas camadas, sendo a segunda subordinada à primeira,
ou seja, antes de pagar a remuneração da camada subordinada, primeiro se paga a
remuneração devida à camada principal. Dessa forma, o risco de inadimplência na carteira de
recebíveis recai primeiramente sobre a camada subordinada.
Os títulos de crédito securitizado chamados de CDO (Collateral Debt Obligation) funcionavam
dessa forma, tendo papel relevante na crise de 2008.
FUNDOS DE INVESTIMENTO EM DIREITOS
CREDITÓRIOS – FIDC
Uma outra forma de securitizar recebíveis é por meio de fundos de investimentos em direitos
creditórios. Os FIDCs captam recursos mediante emissão de cotas de participação e investem
na aquisição de direitos creditórios (créditos a receber) diversos e são regulados pela Instrução
CVM nº 356 de 2001.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UM TÍTULO COM O FLUXO DE PAGAMENTOS DADO PELA FIGURA
ABAIXO ESTÁ SENDO NEGOCIADO AO PAR. QUAL É O VALOR QUE
PRECISA SER DESEMBOLSADO PARA COMPRÁ-LO? 
 
A) 1.000
B) 1.070
C) 1.100
D) 930
E) 970
2. ASSINALE A AFIRMATIVA QUE APRESENTA O TÍTULO PÚBLICO
PREFIXADO QUE PAGA CUPONS SEMESTRAIS:
A) LTNA
B) LFT
C) NTN-F
D) NTN-B
E) NTN-C
GABARITO
1. Um título com o fluxo de pagamentos dado pela figura abaixo está sendo negociado
ao par. Qual é o valor que precisa ser desembolsado para comprá-lo? 
 
A alternativa "A " está correta.
 
Dizer que um título está sendo negociado ao par significa dizer que o valor presente do título é
igual ao valor do principal. O último fluxo da figura apresenta o principal mais o último cupom
de juros. Como o cupom é de R$70,00, o principal será dado por: 
 
PRINCIPAL = 1.070 - 70 = 1.000
2. Assinale a afirmativa que apresenta o título público prefixado que paga cupons
semestrais:
A alternativa "C " está correta.
 
As NTN-F pagam cupons semestrais prefixados. Esses títulos são denominados “Tesouro
Prefixado com Juros Semestrais” no Tesouro Direto.
MÓDULO 3
 Reconhecer as principais características dos mercados de ações e de derivativos
Neste módulo, analisaremos mais a fundo o mercado de ações e de derivativos, abordando as
análises técnica e fundamentalista, e explorando os direitos dos acionistas minoritários.
MERCADO DE AÇÕES
Como vimos, as ações são instrumentos de participação nos resultados das empresas. Assim,
sua rentabilidade depende das expectativas de geração de lucros futuros.
Os analistas de mercado utilizam diversas técnicas para tentar estimar esses lucros futuros e
estabelecer o valor justo de negociaçãodessas ações.
Imagine que um analista espere que uma determinada empresa vá pagar dividendos de
R$2,00 por ação todos os anos indefinidamente. Assim, o fluxo de recebimentos esperados
pelo analista será dado conforme ilustrado na Figura 12:
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 12 – Fluxo de pagamento de dividendos
Esse fluxo corresponde a uma perpetuidade, pois prevê pagamentos perpétuos.
Suponhamos ainda que a taxa de juros anual é de 8%. Assim, o valor presente desse fluxo
será dado pela seguinte expressão:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde d é o valor de cada dividendo pago e r é a taxa de juros, logo:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Logo, o preço justo dessa ação seria de R$ 25 reais.
ANÁLISE TÉCNICA
VP = dr
VP = = R$ 25,002
8%
A análise técnica é uma ferramenta usada por investidores que busca prever o movimento dos
preços das ações com base nos gráficos dos movimentos passados. Os analistas técnicos
tentam prever o melhor momento para entrar ou sair de uma determinada posição no mercado
de capitais observando as tendências de movimento dos preços, os volumes de negociações e
outras variáveis.
Alguns conceitos importantes usados nas análises técnicas são os de suporte e resistência.
 
Fonte: Shutterstock.com
SUPORTE
É definido como um volume de compra suficiente para reverter uma tendência de baixa.
 
Fonte: Shutterstock.com
RESISTÊNCIA
É um volume de venda suficiente para reverter uma tendência de alta.
Esses conceitos tentam, portanto, replicar movimentos de entusiasmo relativo entre
compradores e vendedores.
Graficamente, podemos ver o suporte e a resistência como linhas horizontais que mostram as
inflexões nas cotações, sendo o suporte um piso e a resistência um teto, conforme a Figura 14.
Nesta figura, também é possível notar que o suporte e a resistência variam ao longo do tempo,
veja a seguir:
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 13 – Suporte e resistência
Um gráfico bastante utilizado pelos analistas técnicos é o gráfico de candlestick, que recebe
esse nome pelo formato, que se assemelha ao de uma vela. Nesse gráfico, para cada dia, são
representados os valores das cotações de abertura, fechamento, máximo e mínimo. Quando o
valor da cotação de abertura é inferior ao do fechamento, o retângulo recebe a cor verde
(mercado em alta). Quando o valor da cotação de abertura é superior ao de fechamento, ele
recebe a cor vermelha (mercado em baixa). Observe a figura a seguir:
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 14 – Gráfico de Candlestick
Os defensores desse tipo de análise argumentam que há diversos fatores a serem explorados
nesses gráficos, de origem psicológica, técnica, econômica e monetária.
Os críticos defendem que os movimentos passados nos preços não têm poder preditivo sobre
os movimentos futuros.
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
A análise fundamentalista busca avaliar o valor justo de uma ação a partir do exame dos
fundamentos econômico-financeiros da empresa. Ela pode ser do tipo top-down (de cima para
baixo) ou bottom-up (de baixo para cima).
Veja a seguir as características de cada uma:
ANÁLISE TOP-DOWN
Na análise do tipo top-down, o analista inicia sua avaliação a partir de elementos "macro", ou
seja, os fundamentos macroeconômicos e setoriais nos quais a empresa está inserida, como o
risco país, a inflação, as taxas de juros etc. Somente depois, a análise passa a observar
aspectos "micro", relacionados com a empresa propriamente dita.
ANÁLISE BOTTOM-UP
Já na análise bottom-up, o analista inicia sua avaliação pelos aspectos "micro", como números
do balanço da empresa, passando por sua governança, sua estrutura, seus controles internos
e capacidade dos administradores para determinar o potencial de geração de valor da
empresa.
DIREITOS DOS ACIONISTAS
Um dos principais objetivos da regulamentação da CVM é garantir um tratamento justo dos
investidores do mercado de capitais e, para isso, os acionistas minoritários são providos de
alguns direitos como forma de manter o equilíbrio de seus interesses e os dos acionistas
majoritários.
O primeiro direito sobre o qual já discorremos é o direito a voto nas assembleias gerais de
acionistas. Os detentores de ações ordinárias possuem tal direito, o que não ocorre com os
acionistas preferenciais.
 
Fonte: Shutterstock.com
Outro direito que também já abordamos é o de participar dos resultados com a distribuição de
dividendos. Vimos que os acionistas preferenciais têm prioridade nesse pagamento.
Além desses dois direitos, há uma série de outros que os acionistas minoritários de
companhias de capital aberto possuem e que vamos abordar aqui.
Quando há mudança no controle da empresa, com um novo controlador comprando a maior
parte do capital, os acionistas minoritários com ações ordinárias têm o direito de vender suas
ações pelo preço pago pelo novo controlador na aquisição do controle. Esse direito é chamado
de tag along (ir junto, em inglês) e pode ser estendido aos acionistas preferenciais, caso essa
previsão conste do estatuto da empresa.
 
Fonte: Shutterstock.com
Ao contrário do tag along, que é um direito de venda das ações, os acionistas minoritários
também têm o direito de subscrever novas ações quando a empresa decide aumentar seu
capital. Esse é o direito de preferência na subscrição. Subscrevendo novas ações, o acionista
minoritário pode manter sua participação percentual na empresa.
O direito de tag along, no entanto, pode não ser o de venda das ações pelo preço cheio pago
pelo novo controlador, possivelmente sendo um percentual deste. No entanto, ele não pode ser
inferior a 80% do valor cheio.
Por fim, os acionistas também podem receber bonificações em ações, como forma de manter
sua participação percentual no capital da empresa quando esta reinveste seus lucros.
NÍVEIS DE GOVERNANÇA
No mercado de capitais brasileiro, as empresas de capital aberto podem aderir a segmentos de
governança especiais, caso atendam a alguns critérios bastante rigorosos. Esses critérios de
governança são estabelecidos pela B3 e classificados em três níveis: nível 1, nível 2 e novo
mercado.
A tabela abaixo resume alguns pontos de distinção entre os três níveis de governança.
Veja a seguir:
Novo mercado Nível 1 Nível 2
Tipos de ação Apenas ordinárias
Ordinárias e
preferenciais (com
mais direitos)
Ordinárias e
preferenciais
Ações em
circulação (free
float)
25% do total 25% do total 25% do total
Conselho de
administração
> 5 membros com
20%
independentes
> 5 membros com 20%
independentes
> 3
membros
Novo mercado Nível 1 Nível 2
Tag along 100% 100% 80%
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
MERCADO DE DERIVATIVOS
Os derivativos são instrumentos financeiros cujo valor depende de outro ativo de referência.
Por exemplo, um derivativo de dólar é um instrumento cujo valor depende da cotação da
moeda norte-americana. Podemos ter os mais variados tipos de ativos subjacentes, como o
preço de commodities agrícolas, como o milho ou a soja, ações ou taxas de juros.
Há quatro principais instrumentos derivativos: os contratos a termo, os contratos futuros, os
swaps e as opções.
Vejamos cada um deles com mais detalhes.
CONTRATOS A TERMO
Os contratos a termo são acordos de compra e venda futura de ativos com volumes, prazos e
preços predefinidos.
 
Fonte: Shutterstock.com
Por exemplo, poderíamos ter um contrato a termo que prevê a compra/venda futura de
U$50.000.00, em 1 ano, ao preço de 5,30 BRL/USD. Nesse contrato, uma parte se obriga a
comprar 50 mil dólares daqui a um ano, pagando 265 mil reais (50.000 x 5,30), enquanto a
outra parte se obriga a vender aquela quantidade no mesmo prazo e preço.
No momento da entrada no contrato, não há troca de fluxos financeiros.
Caso a cotação do dólar no vencimento do contrato seja de 6,00 BRL/USD, a parte
compradora irá comprar por 265 mil reais algo que vale 300 mil reais (6,00 x 50.000),auferindo
um lucro de 35 mil reais. A parte vendedora terá um prejuízo de igual valor.
Por outro lado, caso a cotação do dólar no vencimento seja de 4,50 BRL/USD, a parte
compradora irá pagar 265 mil reais por algo que vale 225 mil reais (4,50 x 50.000), auferindo
um prejuízo de 40 mil reais. A parte vendedora terá um lucro de igual valor.
Vejamos, então, como um contrato a termo pode ser utilizado:
Imagine que um exportador tenha uma dívida de U$50.000.00 a ser paga em 1 ano. Para se
proteger de uma eventual subida do dólar, ele decide entrar em um contrato a termo com as
características que vimos nos parágrafos anteriores. Dessa forma, sem nenhum desembolso
inicial, ele se protege de subidas na cotação do dólar que fariam sua dívida aumentar. Entrando
no contrato como parte compradora, ele garantirá que desembolsará exatamente 265 mil reais
ao final de um ano para pagar sua dívida.
 
Fonte: Shutterstock.com
É importante notar que, ao mesmo tempo em que se protege de um aumento do dólar, o
exportador abre mão de ganhos financeiros caso o dólar se desvalorize. Ele fica, portanto,
"travado" em dólar.
Os contratos a termo também são conhecidos como Non Deliverable Forward (NDF), uma vez
que boa parte desses contratos não prevê a entrega física do ativo subjacente (ou ativo objeto),
ou seja, não prevê a entrega dos 50 mil dólares do nosso exemplo. O encerramento do
contrato ocorre com a transferência do saldo (lucro/prejuízo) de uma parte a outra.
No nosso exemplo, caso a cotação do dólar no vencimento fosse de 6,00 BRL/USD, a parte
vendedora pagaria 35 mil reais à parte compradora. Caso a cotação no vencimento fosse de
4,50 BRL/USD, a parte compradora pagaria 40 mil reais à parte vendedora.
CONTRATOS FUTUROS
Os contratos futuros são muito parecidos com os contratos a termo. Eles também preveem a
compra/venda futura de um ativo objeto no volume, prazo e preço predefinidos.
A diferença encontra-se na contraparte da negociação e na presença de ajustes diários, como
vamos detalhar agora.
Como vimos, nos contratos a termo, uma parte se obriga com a outra a comprar/vender um
ativo em data futura. No exemplo que estudamos, uma das partes deveria pagar a outra uma
determinada quantia no vencimento do contrato. E o que acontece se essa parte não honrar
seu compromisso? Esse é o chamado risco de crédito, ou risco de contraparte.
Assim, quanto maiores os volumes e os prazos envolvidos, maior o risco de contraparte em um
desses contratos.
 
Fonte: Shutterstock.com
Os contratos futuros tentam reduzir esse risco de duas formas: utilizando uma contraparte
comum a todos os contratos, a contraparte central, e realizando ajustes diários nas posições
dos contratos.
 COMENTÁRIO
Quando você entra em um contrato futuro, a sua contraparte é a B3, a contraparte central. Ela,
por sua vez, exige de todos os participantes de contratos futuros uma conta margem, que deve
ser constituída com ativos suficientes para fazer face aos riscos a que cada participante está
exposto.
Ao final do dia, ela atualiza as posições e retira dessa conta margem os ajustes diários. Esses
ajustes variam em função das variações no preço do ativo objeto. Caso o dólar suba de preço,
a parte vendedora paga o ajuste referente a esse aumento. Caso o dólar se desvalorize, é a
parte compradora que paga o ajuste.
Após esses ajustes, pode ser necessário que uma das partes recomponha sua conta margem.
Esse procedimento faz com que todas as posições nos contratos futuros sejam zeradas
diariamente, reduzindo bastante o risco de crédito.
SWAPS
Os swaps são derivativos que envolvem a troca de fluxos de caixa, sem envolver a troca do
principal. Por meio desses contratos, dois agentes acordam trocar índices.
Um dos swaps mais comuns no mercado brasileiro é o swap DI x Pré. Esse contrato prevê que
umas das partes pague a rentabilidade do CDI sobre um determinado valor e a outra pague
uma taxa prefixada.
 
Fonte: Shutterstock.com
OPÇÕES
Existem dois tipos de opções: de compra e de venda. Vejamos:
OPÇÕES DE COMPRA
Quem adquire uma opção de compra passa a ter o direito de comprar o ativo objeto por um
preço predeterminado (preço de exercício ou strike). O vendedor dessa opção se obriga a
vendê-la por esse preço.
Vejamos um exemplo:
Digamos que você possui uma opção de compra de ação com preço de exercício de R$50,00.
Assim, a opção concede o direito de comprar a ação por esse valor. Caso o valor da ação seja
de R$52,00 na data de vencimento da opção, você pode exercer seu direito e comprar a ação
por R$50,00 e revendê-la no mercado por R$52,00, auferindo um resultado de dois reais.
O resultado para o vendedor da opção é negativo, pois ele teve que vender por R$50,00 algo
que valia R$52,00.
OPÇÕES DE VENDA
Quem adquire uma opção de venda passa a ter o direito de vender o ativo objeto por um preço
predeterminado (preço de exercício). O vendedor dessa opção se obriga a comprá-la por esse
preço.
Digamos que você possua uma opção de venda de uma ação com preço de exercício de R$
50,00. Assim, a opção te dá o direito de vender a ação por esse valor. Caso o valor da ação
seja de R$52,00 na data de vencimento da opção, você não terá interesse em exercer seu
direito, pois pode vender a mesma ação no mercado por R$52,00. Assim, a opção expira sem
ser exercida. Usando o jargão do mercado, ela "virá pó".
Note que o detentor de uma opção não é obrigado a exercê-la. Ele tem o direito de exercê-la e
só o fará caso seja vantajoso para ele.
Por outro lado, o vendedor da opção é obrigado a comprar/vender a ação, caso ela seja
exercida pelo comprador.
Como o vendedor certamente perderá, caso a opção seja exercida, ele exige uma
remuneração no início do contrato para assumir tal risco. Essa remuneração é chamada de
prêmio da opção.
Ou seja, à diferença dos derivativos anteriores, que não envolviam fluxos de recursos no
instante inicial, isso não acontece nas opções. Quando um investidor compra uma opção, deve
pagar um prêmio ao vendedor. Assim, o comprador tem um fluxo inicial negativo e o vendedor
tem um fluxo inicial positivo.
Resumindo, temos os seguintes elementos definidores de uma opção:
Ativo objeto ou ativo subjacente ― ativo ao qual a opção se refere;
Data de vencimento da opção ― data de expiração do direito adquirido;
Preço de exercício ― preço predeterminado de compra/venda do ativo objeto;
Tipo: compra ou venda;
Prêmio ― valor pago pelo comprador ao vendedor no início da operação.
Uma última classificação importante sobre as opções é que elas podem ser do tipo europeia
ou americana.
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EUROPEIA
Nas opções europeias, o exercício da opção ocorre somente em sua data de vencimento.
AMERICANA
Já nas opções americanas, o exercício pode ocorrer a qualquer momento, até o
vencimento da opção.
PARTICIPANTES DO MERCADO DE
DERIVATIVOS
Os principais agentes que operam no mercado de derivativos são os hedgers, os
especuladores e os arbitradores.
HEDGERS
Os hedgers são agentes que buscam o mercado de derivativos para reduzir riscos, assumindo
posições contrárias às exposições de suas carteiras.
Por exemplo, um importador que teme uma apreciação do dólar pode usar o mercado de
derivativos para se proteger contra esse aumento.
ESPECULADORES
Os especuladores são investidores que buscam auferir lucros no mercado de derivativos.
Por exemplo, um investidor que acredita que o preço de uma ação irá cair pode utilizar o
mercado de derivativos para auferir ganhos. Uma das maneiras de fazer isso seria comprando
opções de venda dessa ação. Caso o preço realmente caia, ele poderá comprar ações mais
baratas no mercado à vista e exercer seu direito de venda por um preço maior.
ARBITRADORES
Os arbitradores são agentes que observam os diferentes mercados para tentar explorar
possibilidades de ganhos sem riscos. Assim, ele consegue montar operações envolvendo os
mercados de crédito, de capitais e de derivativos para explorar distorções de precificaçãoentre
esses mercados.
Por exemplo, imagine que as taxas de juros estão em 10% a.a., o valor de uma ação à vista
está em R$20,00 e o seu valor no mercado a termo para 1 ano está em R$23,00.
O arbitrador pode tomar R$20,00 emprestados, comprar a ação e vendê-la no mercado a
termo. Ao final do ano, ele entrega a ação, recebendo R$23,00 e paga o empréstimo de
R$22,00 (R$20,00 mais os juros de 10%). Seu lucro total terá sido de R$1,00, sem correr
riscos e sem nenhum desembolso inicial.
Hoje
Recebe R$20,00 do banco;
Paga R$20,00 pela ação;
Vende no mercado a termo por R$23,00.
Não há saldo financeiro neste momento.
Em 1 ano
Encerra o termo e recebe R$23,00.
Paga a dívida de 20x(1+10%) = R$22,00.
Lucro = R$1,00
ATUAÇÃO DO ARBITRADOR
Neste vídeo, vamos resolver um exercício para que você entenda melhor o conteúdo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ASSINALE O TIPO DE AGENTE NO MERCADO DE DERIVATIVOS QUE
BUSCA PROTEÇÃO CONTRA OS RISCOS A QUE ESTÁ EXPOSTO:
A) Arbitrador
B) Corretor
C) Especulador
D) Distribuidor
E) hedgers
2. QUAL DAS OPÇÕES ABAIXO NÃO REPRESENTA UM DIREITO DOS
ACIONISTAS ORDINÁRIOS?
A) Tag along.
B) Preferência na subscrição.
C) Negociação preferencial no after Market.
D) Recebimento de dividendos.
E) Voto nas assembleias.
GABARITO
1. Assinale o tipo de agente no mercado de derivativos que busca proteção contra os
riscos a que está exposto:
A alternativa "E " está correta.
 
Os agentes que estão expostos a riscos diversos podem utilizar o mercado de derivativos para
se proteger contra esses riscos, que podem ser cambiais, de taxas de juros ou outros fatores.
Os investidores que buscam essa proteção são chamados de hedgers.
2. Qual das opções abaixo não representa um direito dos acionistas ordinários?
A alternativa "C " está correta.
 
A única alternativa que não representa um direito dos acionistas ordinários é a C. As regras do
after market não preveem esse direito.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, vimos o funcionamento do mercado de capitais e como as empresas conseguem
captar recursos para financiar seus projetos de longo prazo utilizando os instrumentos de
dívida e de participação.
Exploramos também os mercados de títulos, de ações e de derivativos, suas aplicações e
técnicas de análise.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
BESSADA, O.; BARBEDO, C.; ARAÚJO, G. Mercado de derivativos no Brasil. 5. ed. Rio de
Janeiro: Record, 2013.
BM&FBOVESPA, CVM. Comitê Consultivo de Educação. TOP: Mercado de derivativos no
Brasil: conceitos, produtos e operações. 1. ed. Rio de Janeiro: BM&FBOVESPA, 2015.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Comitê Consultivo de Educação. TOP: Mercado de
Valores Mobiliários Brasileiro. 4. ed. Rio de Janeiro: Comissão de Valores Mobiliários, 2019.
FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro ― produtos e serviços. 18. ed. Rio de Janeiro:
Qualymark, 2011.
PRING, M. J. Technical analysis explained: the successful investor’s guide to spotting
investment trends and turning points. 3. ed. Nova York: Mc-Graw Hill, 1991.
EXPLORE+
Explore mais informações sobre emissões de debêntures por meio dos materiais divulgados
pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
CONTEUDISTA
Paulo Roberto Miller Fernandes Vianna Junior
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