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MERCADO FINANCEIRO

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MERCADO FINANCEIRO
TEMA 2
MÓDULO 02 
TAXAS DE CÂMBIO
As taxas de câmbio representam os preços praticados no mercado cambial. Elas também são o instrumento utilizado para a conversão de moedas.
Exemplo:
Se a taxa de câmbio é de 5R$/US$, isso significa que, para se comprar um dólar americano, é preciso pagar R$5. Em outras palavras:
US$1=R$5
Da mesma forma, pode-se dividir cada lado da igualdade acima por 5 e verificar que:
U$1/5 = RS$ 5/5
U$ 0,20 = R$ 1,00
Ou seja, para se adquirir um real, são necessários vinte centavos de dólar. Dessa maneira, é possível expressar essa mesma taxa de câmbio como sendo 0,20 US$/R$.
ISO 4217:2015
O objeto de negociação no mercado de câmbio são as moedas (ou divisas).
Para facilitar a comunicação entre os agentes, a norma ISO 4217:2015 estabelece códigos para cada moeda e outras commodities, como o ouro.
Há dois tipos de código:
· Alfabético: contém três letras: as duas primeiras são o código do país, enquanto a terceira – quando possível – corresponde à primeira letra da moeda. Exemplo: AUD (dólar australiano), USD (dólar americano), BRL (real brasileiro), etc.;
· Numérico: Foi desenvolvido para países que não utilizam caracteres ocidentais e também para facilitar o uso em sistemas computadorizados.
Podemos supor que conheçamos tanto a cotação do dólar canadense contra o americano (1,3408CAD/USD) quanto a do dólar americano contra a libra esterlina (1,2703USD/GBP).
PTAX
A PTAX é a cotação calculada pelo BCB para as moedas estrangeiras.
Tal cotação é divulgada diariamente para todas as moedas, ainda que ela esteja comumente associada à do dólar americano. Seus valores estão disponíveis no site do Banco Central do Brasil.
SPREAD DE COMPRA E VENDA
Notem que as cotações apresentadas pelo Banco Central na PTAX se dão em dois valores: para compra e para venda. Reparem ainda que a cotação de compra é sempre menor que a de venda.
Um banco que opere câmbio, ou seja, que tenha na compra e venda de moeda estrangeira, um negócio. Sua remuneração por prestar esse serviço é dada pela diferença entre as duas cotações. Essa diferença é chamada de spread, que, em inglês, significa “margem”.
Assim, para que o banco aufira algum lucro nessa operação, o valor pelo qual ele compra a moeda estrangeira (cotação de compra) deve ser menor que aquele pelo qual ele vende a mesma moeda (cotação de venda).
Exemplo:
A cotação de venda é de
1USD = 5,5667BRL
A cotação de compra é de
1USD = 5,5661USD
Se o banco, em determinado dia, comprar 1 milhão de dólares e o revender no mesmo dia, qual será seu lucro?
Resposta: sua receita será dada pelo valor pelo qual ele vendeu esses dólares.
Ou seja:
Receita = 1.000.000,00 x 5,5667 = 5.566.700,00
Já a despesa dele será auferida pelo valor pelo qual ele comprou esses dólares:
Despesa = 1.000.000,00 x 5,5661 = 5.566.100,00
O lucro, portanto, será dado pela diferença entre receita e despesa:
Lucro = Receita – Despesa
Lucro = 5.566.700 – 5.566.100 = 600,00
Quando o banco realiza inúmeras operações diárias como as descritas acima, ele consegue administrar bem o seu risco cambial, permitindo reduzir esse spread. Quando essas negociações são menos abundantes, o spread tende a aumentar, já que o banco espera um retorno maior pelo risco adicional em que incorreu.
Em outras palavras, pode-se dizer que um spread será tão menor quanto mais líquida for uma divisa.
As moedas com maior liquidez são, portanto, mais baratas para se operar no mercado internacional, já que elas possuem spreads menores, reduzindo os custos para importadores e exportadores.
COMO É CALCULADA A PTAX
 PTAX passou a ser calculada a partir de quatro consultas diárias do BCB aos operadores de câmbio. As duas maiores e as duas menores cotações são excluídas, calculando-se as médias simples de todas as cotações recebidas para compra e para venda. O BCB ainda verifica se essas taxas médias estão de acordo com as praticadas no mercado interbancário.
10.000.000 milhões
Compra 0,8155BRL/CNY
Venda 0,8160BRL/CNY
Que valor em reais será gasto pelo importador se ele decidir efetuar a compra?
Para cada:
1CNY = 0,8160BRL
10.000.000CNY = 8.160.000BRL
Um banco opera no mercado à vista de dólar com um spread de 0,005BRL/USD. Se ele comprar e vender 10 milhões de dólares americanos em um só dia, qual será seu lucro nessa operação?
1USD = 0,005BRL
10.000.000USD = 50.000BRL
OU
Para cada dólar negociado, o banco aufere um lucro de 0,005 reais. Com isso, verificamos que o lucro total dele é de:
Lucro = 10.000.000×0,005=50.000BRL
MÓDULO 03
Alguns dos principais atores no mercado de câmbio são os governos nacionais. Como as flutuações das taxas de câmbio podem ter impactos na economia dos países, os governos atuam nesse mercado buscando alcançar maior estabilidade e um crescimento econômico.
POLÍTICA CAMBIAL
É o conjunto de medidas que define o regime de taxas de câmbio e regulamenta as operações de câmbio. Essa política estabelece o funcionamento do mercado de câmbio e a gestão das reservas internacionais.
A definição das regras de funcionamento do mercado de câmbio fica a cargo do Conselho Monetário Nacional (CMN). O Banco Central do Brasil (BCB) atua para garantir o cumprimento dessas regras.
A política cambial e os movimentos das taxas de câmbio afetam diretamente a vida de todos os cidadãos. Muitos itens consumidos são afetados pelos valores do câmbio, desde o agronegócio, em que os preços de alguns produtos e insumos são determinados pela moeda estrangeira, até a mineração e os produtos industrializados. Mesmo alguns bens produzidos no Brasil têm seu preço dependente de matéria-prima ou de peças adquiridas no exterior.
Se uma taxa de câmbio muito apreciada (ou seja, com um Real forte) reduz a pressão externa nos preços de bens e serviços comercializados no país, ela tem o efeito de diminuir a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional, pois eles ficam mais caros em moeda estrangeira.
REGIME DE CÂMBIO FIXO
A taxa de câmbio não se altera, sendo artificialmente mantida fixa pelo governo. Para manter essa taxa fixa, ele opera no mercado de câmbio, comprando e vendendo moeda estrangeira.
Se a moeda estrangeira tende a ficar mais cara, o governo vende moeda estrangeira, aumentando sua oferta e reduzindo seu preço (cotação). Caso essa moeda fique mais barata, ele atua comprando-a, o que reduz sua oferta e aumenta sua cotação.
O principal argumento para a utilização de câmbio fixo é o controle inflacionário. Segundo os defensores deste tipo de regime, atrelar o valor da moeda local a uma moeda estável pode evitar surtos de inflação.
PADRÃO-OURO
Sistema monetário internacional utilizado entre 1870 e 1914. Nesse sistema, cada banco era obrigado a converter as moedas em ouro sempre que houvesse o pedido para tal. 
O padrão-ouro consistia, portanto, em um regime cambial fixo com a moeda lastreada em determinada quantidade de ouro.
BRETTON WOODS
Em 1944, ainda durante a Segunda Grande Guerra, foram definidas nela as regras de uma nova ordem monetária internacional. O acordo de Bretton Woods estabeleceu instituições que permanecem até os dias atuais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em 1971, os Estados Unidos romperam o acordo, fazendo com que o dólar americano se tornasse a principal moeda de reserva internacional e que muitos países passassem a adotar o regime de câmbio flutuante.
REGIME DE CÂMBIO FLUTUANTE
Trata-se do regime cambial adotado atualmente no Brasil.
No regime de câmbio flutuante, o valor das taxas de câmbio se dá livremente pelas condições de oferta e demanda do mercado. Se houver uma maior procura por moeda estrangeira, ela tenderá a se valorizar, depreciando a moeda local. Contudo, se a procura pela estrangeira for menor, sua tendência será a de se depreciar, valorizando a local.
A demanda e a oferta por moeda estrangeira decorrem das atividades econômicas, como, por exemplo, importações, exportações, turismo, investimentos estrangeiros no Brasil e de brasileiros no exterior, além de remessa de juros e amortizações a credores externos e de capitais e dividendospor empresas multinacionais.
REGIME DE CÂMBIO ADMINISTRADO
Esse regime também é chamado de regime de bandas cambiais, pois ele permite uma flutuação limitada da taxa de câmbio dentro de intervalos predeterminados (bandas cambiais). Dessa maneira, os governos estabelecem uma faixa cambial dentro da qual a taxa de câmbio pode flutuar livremente, intervindo apenas quando ela tende a sair do intervalo fixado.
CRISES CAMBIAIS
Com o fim do acordo de Bretton Woods e a disseminação dos regimes de câmbio flutuante, observaram-se diversas crises cambiais no mundo, que passaram a ser o objeto de estudo de muitos economistas.
1. Crises cambiais de 1ª geração: São causadas pela conjugação de políticas internas que geram déficit fiscal e um regime de câmbio fixo.
Como o deficit fiscal — quando o governo gasta mais do que arrecada — precisa ser financiado por emissão de dívida ou diminuição das reservas internacionais, os governos possuem um estoque limitado de reservas para manter o câmbio fixo. Essas políticas acabam por esgotar tais reservas, tornando impossível a manutenção do regime de câmbio fixo.
Caso as reservas se esgotem, os países teriam de emitir mais moeda para financiar seu déficit, o que geraria uma desvalorização da moeda local. 
Na verdade, os agentes sabem que isso ocorrerá. Tão logo percebam que as reservas estão fadadas a esgotarem-se no futuro, eles se antecipam e convertem seus ativos de moeda local para moeda estrangeira, fazendo com que as reservas se esgotem imediatamente e a local tenha uma forte desvalorização.
2. Crises cambiais de 2ª geração: Enquanto as respostas dos governos eram automáticas nos de 1ª geração, os modelos de 2ª geração previam uma ponderação deles sobre os custos de se manter o regime de câmbio fixo, ainda que possuindo condições para tal.
Esses custos estão relacionados a consequências, como, por exemplo, aumento do desemprego e das taxas de juros ou baixo crescimento (caso a opção seja manter o regime de câmbio fixo).
3. Crises cambiais de 3ª geração: A principal característica dessa crise foi seu ponto de origem: uma crise bancária. Ela suscitou o surgimento de outra crise, a cambial, a qual, por sua vez, agravou a crise bancária, gerando um círculo vicioso.
Nesses modelos, a crise decorre do choque entre dois objetivos dos bancos centrais: manter o câmbio fixo ou garantir o bom funcionamento do sistema bancário. Como eles se tornem incompatíveis, o regime de câmbio fixo termina por ser abandonado.
RESERVAS INTERNACIONAIS
Nos regimes de câmbio fixo e administrado, as reservas internacionais são fundamentais para permitir que seja mantida a cotação da moeda local fixa ou que ela permaneça dentro da banda cambial. No entanto, mesmo no regime de câmbio flutuante, as reservas internacionais desempenham um papel relevante.
As reservas internacionais são definidas como ativos em moeda estrangeira do Brasil, funcionando como uma espécie de seguro para o país fazer frente a suas obrigações no exterior e a choques de natureza externa, como, por exemplo, crises cambiais e interrupções nos fluxos de capital para o país.
Com o regime de câmbio flutuante adotado pelo Brasil, as reservas internacionais permitem a manutenção do mercado de câmbio funcionando adequadamente. O BCB administra essas reservas, podendo operar nesse mercado para atenuar oscilações bruscas do real frente ao dólar.
Apesar de poder operar diretamente com as reservas, o Banco Central também usa outro expediente nesse trabalho de prover previsibilidade e segurança no câmbio: o swap cambial.
Ele é um instrumento derivativo muito utilizado. A partir do contrato de swap cambial, o investidor recebe do BCB um valor correspondente à variação cambial do período, protegendo-se, assim, dessas variações do câmbio. Em troca, o investidor paga ao Banco Central a variação da taxa de juros brasileira: a taxa Selic.
TEMA 03
MÓDULO 01
O MERCADO DE CAPITAIS E A DESINTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
No mercado de capitais, os agentes superavitários e os agentes deficitários se conectam diretamente. Nesse caso, o papel das instituições financeiras é o de facilitador dessa ligação direta entre os agentes poupadores e tomadores, e não mais de intermediário.
No mercado de capitais, a remuneração se dá por meio de taxas cobradas pelos serviços prestados aos agentes.
A desintermediação financeira é particularmente importante quando levamos em consideração os prazos das operações em cada um desses dois mercados: o mercado de crédito e o mercado de capitais.
Enquanto no mercado de crédito as operações costumam ser de curto ou médio prazos, no mercado de capitais, as operações geralmente são de longo prazo, ou mesmo permanentes.
Assim as empresas conseguem financiar seus projetos emitindo títulos de dívida ou de participação (ou propriedade). Os investidores que adquirem títulos de dívida passam a ser credores da empresa emissora e os investidores que adquirem títulos de participação passam a ser sócios das instituições.
Os produtos negociados no mercado de capitais são instrumentos de dívida e de participação no capital das empresas. Essas são justamente as duas formas de financiamento de que as empresas dispõem para seus projetos: capital de terceiros ou capital próprio, respectivamente.
Os instrumentos de dívida são títulos que conferem aos seus detentores o direito de recebimento de determinada quantia em determinada data. Quando as empresas emitem esses títulos, elas se obrigam a pagar aos investidores o montante acordado, devidamente corrigido, na data de vencimento. Um exemplo desse tipo de instrumento são as debêntures.
Os investidores desses títulos tornam-se credores da empresa que os emitiu e são remunerados pelas taxas de juros pactuadas. O risco a que estão sujeitos é o de a empresa não honrar seu compromisso na data de vencimento, ou seja, correm o risco de crédito.
Já os adquirentes de títulos de participação tornam-se sócios da empresa e obtêm o direito de participar nos seus resultados.
O principal exemplo de instrumento de participação são as ações, cuja remuneração depende do desempenho da empresa que as emitiu.
INSTRUMENTOS DE DÍVIDA
· Debêntures: São títulos de médio e longo prazos extremamente flexíveis, emitidos pelas empresas para o financiamento de suas operações. Elas podem prever diversas estruturas de pagamento, como juros e amortizações periódicos, além do principal.
As debêntures são instrumentos bastante flexíveis e essas estruturas podem ser ajustadas livremente pelo emissor, em função de seus objetivos de captação de recursos.
A remuneração dos investidores pode ocorrer por meio de taxas de juros fixas, flutuantes ou reais, junto com o correspondente fator de atualização monetária.
As debêntures podem ainda ser formatadas com diversas outras características como a existência de garantias, cláusulas de resgate antecipado ou conversibilidade em ações.
1. Garantias: Funcionam como uma espécie de caução. Os emissores das debêntures podem apresentar ativos de sua propriedade que, em caso de inadimplência, são repassados aos investidores das debêntures. Esse é um mecanismo que gera benefícios tanto para o investidor quanto para o emissor;
2. Cláusulas de resgate antecipado: Permite ao emissor resgatar antecipadamente os papéis em condições predeterminadas. Ela é prevista principalmente para permitir ao emissor reestruturar suas dívidas caso as condições de mercado lhe sejam favoráveis. Como ela é um benefício dado ao emissor, o investidor acaba exigindo um prêmio por dar essa opção ao emissor;
3. Conversibilidade em ações: É uma opção dada ao investidor, que pode trocar a debênture, um instrumento de dívida, por ações da empresa emissora, um instrumento de participação. Novamente, as condições para essa conversão são todas pactuadas previamente na escritura de emissão.
Uma vez que os acionistas ou o conselho de administração decidem emitir debêntures, eles devem escolher entre realizar uma colocação pública ou privada.
A colocação pública é uma emissão destinada a um público amplo e possui regulamentação mais rígidada Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ser realizada. Já a colocação privada, é destinada a um grupo pequeno de investidores profissionais.
O processo de colocação inicial das debêntures ocorre no chamado mercado primário, pois é nesse momento que a empresa está efetivamente se capitalizando.
Uma vez colocadas as debêntures, elas podem ser negociadas no mercado secundário. Um mercado secundário ativo é muito importante para a liquidez dos papéis e uma boa formação de preços.
O principal instrumento de participação no mercado de capitais são as ações. As ações são um título de propriedade de parte da empresa que as emitiu.
Quando um investidor adquire ações, sua rentabilidade será função de dois fatores: a variação do preço dessas ações e os dividendos (participação nos lucros da empresa) que ela pagará ao longo de sua vida. Assim, dizemos que é um instrumento de renda variável, pois não se conhece a priori qual será essa rentabilidade.
· Ações ordinárias: São aquelas que dão direito a voto nas decisões da companhia emissora;
· Ações preferenciais: Não dão direito a voto, mas possuem preferência na distribuição de dividendos e nos bens da empresa em caso de quebra.
As ações da Petrobras negociadas em bolsa são a PETR3 e a PETR4. A PETR3 é a ação ordinária da empresa, dando direito a voto. Já a PETR4 é a ação preferencial da empresa.
Quando a Petrobras apresenta lucro líquido, os acionistas preferenciais recebem uma remuneração mínima garantida. Após pagar esse mínimo, caso ainda haja lucro a ser distribuído, ele é destinado às ações ordinárias até que se iguale o valor pago às preferenciais. Qualquer excedente adicional de lucro é distribuído igualmente entre os dois tipos de ação.
Os depositary receipts são instrumentos que permitem a uma ação listada na bolsa brasileira ser negociada em outras bolsas. Os American Depositary Receipts (ADR) são usados, por exemplo, para que companhias brasileiras tenham suas ações negociadas na bolsa de Nova Iorque.
O mercado de ações também pode ser dividido entre mercado primário e secundário.
No caso das ações, é no mercado primário que é realizado o processo chamado IPO (do inglês, Initial Public Offer) ou Oferta Pública de Ações (OPA). Uma vez executada essa etapa, a empresa emissora passa a ser “listada” na bolsa de valores e as suas ações possam ser negociadas no mercado secundário de bolsa. No Brasil, a principal bolsa de valores é a Brasil Bolsa Balcão – B3.
BOLSA DE VALORES E MERCADO DE BALCÃO ORGANIZADO
Na bolsa de valores, a negociação dos papéis é feita de forma multilateral, em pregões, com vários compradores e vendedores apresentando suas ordens de compra e venda. Sempre que os preços convergem, o negócio é celebrado.
1) Pré – abertura: funciona como um leilão para determinar o preço de abertura dos ativos. Durante alguns instantes antes da abertura do pregão, podem ser registradas ofertas antecipadamente.
2) Call de fechamento: Cinco minutos antes do encerramento do pregão, as ofertas de compra e venda são recebidas para formar o preço de fechamento das ações.
3) After Market: É uma extensão do horário do pregão para permitir alguns ajustes e negociações de casos muito específicos.
4) Leilões: Em algumas situações bem específicas, pode haver a chamada de leilões durante o funcionamento do pregão.
No mercado de balcão, o detentor de um título negocia livremente com um comprador interessado e, após a negociação, registram a concretização da operação.
Os mercados de balcão organizados são aqueles que dispõem de sistemas eletrônicos específicos para negociação e registro das transações.
INVESTIDORES INSTITUCIONAIS
Muitas vezes, um investidor pessoa física não tem capacidade financeira, nem conhecimento, para investir em alguns produtos diretamente. No entanto, podem fazê-lo utilizando-se de veículos de investimento coletivos, como os fundos de investimento ou os planos de previdência.
Os fundos de investimento são veículos de investimento coletivo regulados pela CVM que permitem aos seus cotistas investirem em produtos financeiros mais sofisticados.
Eles podem ser abertos ou fechados.
· Fundos abertos: São aqueles em que os participantes aportam ou resgatam recursos emitindo novas cotas. Ou seja, a quantidade de cotas varia conforme os aportes e resgates;
· Fundos fechados: São aqueles em que há uma emissão inicial de cotas e não são mais feitos aportes ou resgates até o vencimento do fundo. Suas cotas podem ser negociadas no mercado secundário.
Outro veículo de investimento bastante utilizado pelos investidores são os planos de previdência complementar aberta ou os seguros de vida com cobertura de sobrevivência. Os mais conhecidos são o Plano Gerador de Benefícios Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefícios Livre (VGBL).
A principal diferença entre eles é no tratamento tributário. O PGBL é um plano de previdência e o VGBL é um seguro com cobertura de sobrevivência.
Assim, as contribuições ao PGBL podem ser abatidas da base de cálculo do Imposto de Renda como contribuição previdenciária. O mesmo não ocorre com o VGBL.
MÓDULO 02
MERCADO DE TÍTULOS
Também chamado de mercado de renda fixa, é um dos mais volumosos no Brasil.
Imagine que você receba uma oferta para comprar por R$930,23 um título que promete pagar R$1.000,00 em 1 ano. Podemos representar essa operação:
	1000
	D	1
	930,23
Podemos, então, concluir que a taxa de juros anual oferecida nessa operação é de:
r = 1.000 – 930,23 / 1.000 = 6,977%
O que acontece com o valor do seu título se a taxa de juros subir para 10%?
Bom, para descobrir isso, você deve trazer os R$1.000,00 a valor presente por essa nova taxa. Assim, terá o seguinte resultado:
P = 1.000/1 + 10% = 909,09
Ou seja, o seu título, que valia R$930,23 reais, passou a valer R$909,09. Você teve uma perda de mais de R$20,00.
Por outro lado, se a taxa de juros tivesse caído para 6%, seu título passaria a valer:
P = 1.000/ 1+ 6% = 943,39
Quando você possui um título de renda fixa, está sujeito ao risco de movimentos indesejáveis na taxa de juros. Sempre que a taxa de juros sobe, o valor presente do seu título cai, e sempre que a taxa de juros cai, o valor presente do seu título sobe.
Apesar dessas alterações no valor presente do seu título, se você não o negociar até o vencimento, mantendo-o em sua carteira, a taxa de juros que você contratou será entregue. No nosso exemplo, se você levar o título que comprou por R$930,23 até o vencimento, receberá os R$1.000,00 reais e terá auferido um rendimento de 8%, independentemente das variações nas taxas de juros que ocorrerem no período.
A contabilização pode ocorrer de duas formas:
Marcação a mercado: Os títulos de renda fixa devem ser contabilizados por seu valor de mercado, ou seja, por quanto valeriam se fossem negociados no momento da contabilização. Dessa forma, esses títulos ficam sujeitos às flutuações decorrentes de movimentos nas taxas de juros;
Marcação na curva: Quando a contabilização se dá pela curva, os títulos de renda fixa são avaliados pela taxa de juros contratada no início da operação, com os juros sendo acumulados conforme o transcurso do tempo.
As regras da CVM obrigam os fundos de investimento a contabilizar os títulos de renda fixa por seu valor de mercado.
TÍTULOS PÚBLICOS
Esses títulos representam o principal ativo financeiro em circulação no país e podem ser adquiridos inclusive diretamente por pessoas físicas através do sistema Tesouro Direto.
SECURITIZAÇÃO
Nem todos os ativos podem ser negociados no mercado de capitais. No entanto, por meio da securitização, é possível transformar créditos a receber em ativos negociáveis no mercado de capitais.
Dois dos títulos mais conhecidos sãos os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA).
A securitização funciona da seguinte maneira: suponha que uma empresa que possui créditos a receber em seu balanço deseja antecipar o recebimento deles para se financiar e investir em novos projetos. Para isso, ela cede esses créditos a uma companhia securitizadora, que os utiliza comolastro na emissão de títulos no mercado de capitais.
A remuneração desses títulos é feita conforme o desempenho dos recebíveis. Dessa forma, a emissão pode ser feita em camadas, de acordo com um grau crescente de risco de crédito e de remuneração.
Digamos que a emissão contemple duas camadas, sendo a segunda subordinada à primeira, ou seja, antes de pagar a remuneração da camada subordinada, primeiro se paga a remuneração devida à camada principal. Dessa forma, o risco de inadimplência na carteira de recebíveis recai primeiramente sobre a camada subordinada.
Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC
Uma outra forma de securitizar recebíveis é por meio de fundos de investimentos em direitos creditórios. Os FIDCs captam recursos mediante emissão de cotas de participação e investem na aquisição de direitos creditórios (créditos a receber) diversos e são regulados pela Instrução CVM nº 356 de 2001.
MÓDULO 03
MERCADO DE AÇÕES
A análise técnica é uma ferramenta usada por investidores que busca prever o movimento dos preços das ações com base nos gráficos dos movimentos passados. Os analistas técnicos tentam prever o melhor momento para entrar ou sair de uma determinada posição no mercado de capitais observando as tendências de movimento dos preços, os volumes de negociações e outras variáveis.
Alguns conceitos importantes usados nas análises técnicas são os de suporte e resistência.
· Suporte: É definido como um volume de compra suficiente para reverter uma tendência de baixa;
· Resistência: É um volume de venda suficiente para reverter uma tendência de alta.
Quando o valor da cotação de abertura é inferior ao do fechamento, o retângulo recebe a cor verde (mercado em alta). Quando o valor da cotação de abertura é superior ao de fechamento, ele recebe a cor vermelha (mercado em baixa).
Análise fundamentalista
A análise fundamentalista busca avaliar o valor justo de uma ação a partir do exame dos fundamentos econômico-financeiros da empresa. Ela pode ser do tipo top-down (de cima para baixo) ou bottom-up (de baixo para cima).
· Análise top-down: O analista inicia sua avaliação a partir de elementos "macro", ou seja, os fundamentos macroeconômicos e setoriais nos quais a empresa está inserida, como o risco país, a inflação, as taxas de juros etc. Somente depois, a análise passa a observar aspectos "micro", relacionados com a empresa propriamente dita;
· Análise bottom-up: O analista inicia sua avaliação pelos aspectos "micro", como números do balanço da empresa, passando por sua governança, sua estrutura, seus controles internos e capacidade dos administradores para determinar o potencial de geração de valor da empresa.
DIREITOS DOS ACIONISTAS
Um dos principais objetivos da regulamentação da CVM é garantir um tratamento justo dos investidores do mercado de capitais e, para isso, os acionistas minoritários são providos de alguns direitos como forma de manter o equilíbrio de seus interesses e os dos acionistas majoritários.
Os detentores de ações ordinárias possuem direito a voto nas assembleias gerais de acionistas, o que não ocorre com os acionistas preferenciais.
Outro direito é o de participar dos resultados com a distribuição de dividendos. Os acionistas preferenciais têm prioridade nesse pagamento.
Quando há mudança no controle da empresa, com um novo controlador comprando a maior parte do capital, os acionistas minoritários com ações ordinárias têm o direito de vender suas ações pelo preço pago pelo novo controlador na aquisição do controle. Esse direito é chamado de tag along (ir junto, em inglês) e pode ser estendido aos acionistas preferenciais, caso essa previsão conste do estatuto da empresa.
Ao contrário do tag along, que é um direito de venda das ações, os acionistas minoritários também têm o direito de subscrever novas ações quando a empresa decide aumentar seu capital. Esse é o direito de preferência na subscrição. Subscrevendo novas ações, o acionista minoritário pode manter sua participação percentual na empresa.
O direito de tag along, no entanto, pode não ser o de venda das ações pelo preço cheio pago pelo novo controlador, possivelmente sendo um percentual deste. No entanto, ele não pode ser inferior a 80% do valor cheio.
Níveis de governança
No mercado de capitais brasileiro, as empresas de capital aberto podem aderir a segmentos de governança especiais, caso atendam a alguns critérios bastante rigorosos. Esses critérios de governança são estabelecidos pela B3 e classificados em três níveis: nível 1, nível 2 e novo mercado.
	
	Novo Mercado
	Nível 1
	Nível 2
	Tipos de ação
	Apenas ordinárias
	Ordinárias e preferenciais (com mais direitos)
	Ordinárias e preferenciais
	Ações em circulação (free float)
	25% do total
	25% do total
	25% do total
	Conselho de administração
	
> 5 membros com 20% independentes
	> 5 membros com 20% independentes
	
> 3 membros
	Tag along
	100%
	100%
	80%
Mercado de derivativos
Os derivativos são instrumentos financeiros cujo valor depende de outro ativo de referência. Por exemplo, um derivativo de dólar é um instrumento cujo valor depende da cotação da moeda norte-americana. Podemos ter os mais variados tipos de ativos subjacentes, como o preço de commodities agrícolas, como o milho ou a soja, ações ou taxas de juros.
Há quatro principais instrumentos derivativos: os contratos a termo, os contratos futuros, os swaps e as opções.
1. Contratos a termo: São acordos de compra e venda futura de ativos com volumes, prazos e preços predefinidos;
Por exemplo, poderíamos ter um contrato a termo que prevê a compra/venda futura de U$50.000.00, em 1 ano, ao preço de 5,30 BRL/USD. Nesse contrato, uma parte se obriga a comprar 50 mil dólares daqui a um ano, pagando 265 mil reais (50.000 x 5,30), enquanto a outra parte se obriga a vender aquela quantidade no mesmo prazo e preço.
Caso a cotação do dólar no vencimento do contrato seja de 6,00 BRL/USD, a parte compradora irá comprar por 265 mil reais algo que vale 300 mil reais (6,00 x 50.000), auferindo um lucro de 35 mil reais. A parte vendedora terá um prejuízo de igual valor.
Por outro lado, caso a cotação do dólar no vencimento seja de 4,50 BRL/USD, a parte compradora irá pagar 265 mil reais por algo que vale 225 mil reais (4,50 x 50.000), auferindo um prejuízo de 40 mil reais. A parte vendedora terá um lucro de igual valor.
Imagine que um exportador tenha uma dívida de U$50.000.00 a ser paga em 1 ano. Para se proteger de uma eventual subida do dólar, ele decide entrar em um contrato a termo com as características que vimos nos parágrafos anteriores. Dessa forma, sem nenhum desembolso inicial, ele se protege de subidas na cotação do dólar que fariam sua dívida aumentar. Entrando no contrato como parte compradora, ele garantirá que desembolsará exatamente 265 mil reais ao final de um ano para pagar sua dívida.
O encerramento do contrato ocorre com a transferência do saldo (lucro/prejuízo) de uma parte a outra.
2. Contratos futuros: São muito parecidos com os contratos a termo. Eles também preveem a compra/venda futura de um ativo objeto no volume, prazo e preço predefinidos.
A diferença encontra-se na contraparte da negociação e na presença de ajustes diários. 
O que acontece se essa parte não honrar seu compromisso? Esse é o chamado risco de crédito, ou risco de contraparte. Assim, quanto maiores os volumes e os prazos envolvidos, maior o risco de contraparte em um desses contratos.
Os contratos futuros tentam reduzir esse risco de duas formas: utilizando uma contraparte comum a todos os contratos, a contraparte central, e realizando ajustes diários nas posições dos contratos.
Quando você entra em um contrato futuro, a sua contraparte é a B3, a contraparte central. Ela, por sua vez, exige de todos os participantes de contratos futuros uma conta margem, que deve ser constituída com ativos suficientes para fazer face aos riscos a que cada participante está exposto.
Quando você entra em um contrato futuro, a sua contraparte é a B3, a contraparte central. Ela, por sua vez, exige de todos os participantes decontratos futuros uma conta margem, que deve ser constituída com ativos suficientes para fazer face aos riscos a que cada participante está exposto.
Após esses ajustes, pode ser necessário que uma das partes recomponha sua conta margem.
Esse procedimento faz com que todas as posições nos contratos futuros sejam zeradas diariamente, reduzindo bastante o risco de crédito.
3. Swaps: São derivativos que envolvem a troca de fluxos de caixa, sem envolver a troca do principal. Por meio desses contratos, dois agentes acordam trocar índices.
4. Opções: Existem dois tipos de opções: de compra e de venda.
Opções de compra: Quem adquire uma opção de compra passa a ter o direito de comprar o ativo objeto por um preço predeterminado (preço de exercício ou strike). O vendedor dessa opção se obriga a vendê-la por esse preço.
Opções de venda: Quem adquire uma opção de venda passa a ter o direito de vender o ativo objeto por um preço predeterminado (preço de exercício). O vendedor dessa opção se obriga a comprá-la por esse preço.
Note que o detentor de uma opção não é obrigado a exercê-la. Ele tem o direito de exercê-la e só o fará caso seja vantajoso para ele.
Por outro lado, o vendedor da opção é obrigado a comprar/vender a ação, caso ela seja exercida pelo comprador.
Como o vendedor certamente perderá, caso a opção seja exercida, ele exige uma remuneração no início do contrato para assumir tal risco. Essa remuneração é chamada de prêmio da opção.
Temos os seguintes elementos definidores de uma opção:
· Ativo objeto ou ativo subjacente ― ativo ao qual a opção se refere;
· Data de vencimento da opção ― data de expiração do direito adquirido;
· Preço de exercício ― preço predeterminado de compra/venda do ativo objeto;
· Tipo: compra ou venda;
· Prêmio ― valor pago pelo comprador ao vendedor no início da operação.
Uma última classificação importante sobre as opções é que elas podem ser do tipo europeia ou americana.
PARTICIPANTES DO MERCADO DE DERIVATIVOS
Os principais agentes que operam no mercado de derivativos são os hedgers, os especuladores e os arbitradores.
· Hedgers: São agentes que buscam o mercado de derivativos para reduzir riscos, assumindo posições contrárias às exposições de suas carteiras.
Por exemplo, um importador que teme uma apreciação do dólar pode usar o mercado de derivativos para se proteger contra esse aumento.
· Especuladores: São investidores que buscam auferir lucros no mercado de derivativos.
Por exemplo, um investidor que acredita que o preço de uma ação irá cair pode utilizar o mercado de derivativos para auferir ganhos. Uma das maneiras de fazer isso seria comprando opções de venda dessa ação. Caso o preço realmente caia, ele poderá comprar ações mais baratas no mercado à vista e exercer seu direito de venda por um preço maior.
· Arbitradores: São agentes que observam os diferentes mercados para tentar explorar possibilidades de ganhos sem riscos. Assim, ele consegue montar operações envolvendo os mercados de crédito, de capitais e de derivativos para explorar distorções de precificação entre esses mercados.
Por exemplo, imagine que as taxas de juros estão em 10% a.a., o valor de uma ação à vista está em R$20,00 e o seu valor no mercado a termo para 1 ano está em R$23,00.
O arbitrador pode tomar R$20,00 emprestados, comprar a ação e vendê-la no mercado a termo. Ao final do ano, ele entrega a ação, recebendo R$23,00 e paga o empréstimo de R$22,00 (R$20,00 mais os juros de 10%). Seu lucro total terá sido de R$1,00, sem correr riscos e sem nenhum desembolso inicial.
Hoje
Recebe R$20,00 do banco;
Paga R$20,00 pela ação;
Vende no mercado a termo por R$23,00.
Não há saldo financeiro neste momento.
Em 1 ano
Encerra o termo e recebe R$23,00.
Paga a dívida de 20x(1+10%) = R$22,00.
Lucro = R$1,00
TEMA 04
MÓDULO 01
INSTRUMENTOS DERIVATIVOS
Como no momento da assinatura do acordo de venda inicial o produtor não sabe se haverá um colapso ou uma safra recorde do produto, a venda antecipada configura a melhor alternativa para garantir uma rentabilidade mínima e diminuir os riscos da operação.
Esse acordo é denominado contrato a termo. Ele existe para controlar os riscos da atividade de uns e a especulação de preços futuros por parte de outros.
Esses tipos de contratos, negociados ou não em Bolsa de Valores, cujo preço é derivado do preço de um ativo financeiro (ou commodity, que, nesse caso, é o milho), são chamados derivativos. Derivativos são contratos de transferências de risco de ativos cujos valores dependem dos valores de outras variáveis mais básicas.
O valor desse contrato a termo depende essencialmente da variável, que, nesse caso, é o milho. Como contratos do tipo são instrumentos que têm seu valor determinado pelo de outro ativo, isso explica o motivo pelo qual eles servem tão bem para limitar o risco de flutuações inesperadas do preço do ativo em questão.
Os contratos derivativos só existem pela possibilidade de o preço à vista (PV) da mercadoria (ação, grãos, taxas e índices) variar. Caso o mercado à vista deixe de existir ou de ser negociado livremente, o derivativo perde a razão de ser.
Os derivativos podem ser:
· Financeiros: Destacam-se taxas de juros, moedas e índices de Bolsa;
· Não financeiros: São compostos por petróleo e ativos agropecuários (boi gordo, bezerro, algodão, soja, açúcar, álcool, milho e café).
O conceito de derivativos é diretamente aplicado ao mercado de seguros: em um contrato de seguro, o segurado compra o direito a um pagamento de indenização caso haja ocorrência do sinistro contra o qual se procurou proteção.
Contratos derivativos também são conhecidos como contratos de contingência, pois eles dependem da ocorrência de um evento específico no futuro.
PRINCIPAIS PRODUTOS DO MERCADO DE DERIVATIVOS
· Contratos futuros: Contratos padronizados para um vencimento futuro negociados entre duas contrapartes por meio de uma Bolsa de Valores. Nesses contratos, são fixados os montantes e os valores de compra e venda de determinada mercadoria, obedecendo a um ajuste diário (AD) de posições e de margens;
· Contrato a termo: Contratos de compra e venda de um ativo com preços e prazos definidos pelas partes e liquidação física ou financeira na data determinada por eles. Diferem dos contratos futuros por não terem ajustes diários e não serem padronizados nem negociados em Bolsa;
· Swaps: De modo geral, trata-se de uma troca de fluxos de caixa com indexadores diferentes entre duas contrapartes sem envolver a troca do principal;
· Opções: Instrumentos que permitem ao investidor adquirir o direito de comprar ou vender um ativo a um preço e uma data preestabelecida. Dos quatro derivativos, apenas as opções têm um fluxo de caixa do comprador para o vendedor na realização do contrato. A opção é o único desses derivativos básicos em que uma contraparte assume um direito.
Locais dos mercados derivativos
a) Mercado de balcão: As contrapartes negociarem diretamente, sem um intermediário. Exemplo: Um cliente quer se hedgear (se proteger) contra a alta do dólar e procura um banco diretamente para negociar um derivativo para se proteger.
b) Bolsa: as contrapartes negociam os derivativos por meio de um intermediário: a própria Bolsa de Valores. Ela assume todos os riscos da operação.
Participantes dos mercados derivativos
1. Hedger: São agentes econômicos que desejam se proteger dos riscos derivados das flutuações adversas nos preços de commodities, taxas de juros, moedas estrangeiras ou ações. O hedger busca administrar o seu risco. A visão clássica admite que o hedger deseja realizar uma operação que será finalizada no futuro, mas não é suficientemente especializado para inferir as expectativas de preços do mercado. Sua meta no mercado futuro é realizar o hedge perfeito, procurando eliminar o risco de preços. Normalmente, sua atividade econômica principal está diretamente relacionada com a produção ou o consumo da mercadoria.
O hedger pode ser estático ou dinâmico.
2. Especuladores: São agentes econômicos que estão dispostos a assumir os riscos das variações de preços pela possibilidadede ganhos financeiros. Sua presença nos mercados futuros é indispensável, pois são eles que se dispõem a bancar o risco de variação nos preços dos produtos negociados. Nos esforços que fazem para conseguir lucros, os especuladores devem prever, com a maior precisão possível, as oscilações futuras dos preços e das taxas de juros e de câmbio. Uma função muito importante desempenhada pelos especuladores é a de projetar os preços, ou seja, eles também são responsáveis pela formação da expectativa dos preços dos bens.
Nenhum especulador pretende receber ou entregar a mercadoria ou o ativo. Todos liquidam suas posições por diferença financeira (normalmente antes do vencimento do contrato).
As operações de day trade, que também são muito utilizadas por eles, consistem em assumir posições e liquidá-las no mesmo dia. Essa estratégia possui a vantagem de evitar grandes depósitos de margem
3. Market maker (formador de mercado): São agentes que carregam posições próprias e se especializam em determinados produtos a fim de, sempre que forem convocados, oferecerem preços de compra e de venda para os produtos em que são especialistas;
4. Bolsas: Para que as bolsas possam assegurar a boa liquidação dos negócios nelas realizados, um sistema de garantias é administrado pela clearing house (ou câmara de compensação). A Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) é a câmara de compensação da Bolsa brasileira, sendo a responsável pela liquidação de operações de todo o mercado brasileiro de ações.
A clearing de derivativos possui algumas salvaguardas:
· Limite de risco intradiário: O risco das carteiras de cada membro é recalculado periodicamente;
· Ajuste diário (AD): É o mecanismo de liquidação dos contratos futuros entre os participantes do mercado. Mediante o AD, as posições mantidas pelos clientes são acertadas financeiramente ao final de todo dia antes da data de vencimento do contrato. Os ajustes são baseados no preço de ajuste, que, por sua vez, não é necessariamente igual ao de fechamento.
· Margem de garantia: Todos os comitentes (clientes) que detêm uma posição de risco em aberto na Bolsa são obrigados a depositar a margem de garantia quando oferecem risco à Bolsa.
· Ativos aceitos pela bolsa: Em qualquer um dos ativos aceitos pela bolsa (ouro, CDBs, títulos públicos ou privados, ações, dinheiro etc.);
· Fiança bancária: Mediante a apresentação de fiança bancária.
O cálculo da margem exige uma excelente percepção de mercado e uma boa quantificação para as expectativas futuras dos preços, pois elas representam a segurança do sistema.
· Estabelecimento de limites operacionais: Impedir que uma pessoa (física ou jurídica) monopolize o mercado; Aumentar a segurança do sistema; Garantir um bom número de participantes com posições mais equilibradas nos volumes negociados.
Esses limites se dividem em três categorias:
1. Limite de oscilação de preços para os contratos negociados.
2. Limites de posições em aberto.
3. Limites de posições em aberto que um membro de compensação pode deter sob sua responsabilidade.
Formação de preços no mercado futuro
Um importante conceito para formação dos preços nos mercados futuros é o de base, que é a diferença entre o preço futuro (PF) para determinado vencimento e o à vista de uma mercadoria ou um ativo financeiro.
Os preços futuro e à vista tendem a mover-se em uma direção de convergência, embora não necessariamente na mesma magnitude e ao mesmo tempo, pois a oferta e demanda podem afetar diferentemente cada um dos preços.
A base tende a zero na medida em que se esgota o prazo para o vencimento do contrato. O PF converge para o à vista, pois, na data do vencimento, o contrato futuro deve ser liquidado, possuindo as mesmas características do produto no mercado à vista daquela data.
A base corresponde, em situação normal de mercado, ao custo de se manter a posse física da mercadoria até a época de vencimento do mercado futuro. 
Um investidor possui uma posição comprada em um contrato a termo para a aquisição, em três meses, de uma ação que não paga dividendos durante esse período. O preço atual dela é R$40 e a taxa de juros livre de risco efetiva para três meses, de 5%. O contrato a termo dessa ação está sendo negociado a R$43.
Esses preços estão em equilíbrio?
Para responder a essa questão, suponha a seguinte operação: peça R$40 emprestado no seu banco para três meses e, no mesmo instante, compre a ação e venda o contrato a termo de 3 meses sobre essa ação (você ficaria com a obrigação de vender a ação por 42 daqui a 3 meses).
No vencimento da operação, seu fluxo de caixa será o seguinte:
	Operação
	Fluxo de caixa
	Pagamento do empréstimo
	-R$40(1 + 5%)= -R$42
	Venda do termo
	R$43
	Total
	R$1
O exercício mostra que os preços não estão em equilíbrio, pois a operação será executada pelos participantes do mercado (arbitradores) até que o lucro dessa arbitragem não mais aconteça.
Consideremos agora os custos de se manter a posse dessa mercadoria, como seguro, frete e armazenagem (chamados de custo de carregamento).
Se PF > PV + C, é possível obter ganhos sem risco pela compra no mercado à vista e pela venda no mercado futuro. A diferença entre os preços e o C é igual ao ganho sem risco da operação de arbitragem. Essa operação é denominada financiamento.
Se PF < PV + C, é possível obter ganhos pela compra no mercado futuro e pela venda no mercado à vista. Essa operação é denominada caixa.
Desse modo, quando o mercado percebe que os preços futuros e à vista estão fora de paridade, os arbitradores passam a explorar as possibilidades de ganhos extras. A intensificação dessas operações faz com que haja o seguinte no caso de:
Financiamento: O PF cai e o PV sobe, restabelecendo a paridade.
Caixa: O PV cai e o PF sobe, restabelecendo a paridade.
EXEMPLO:
O PV de um ativo-objeto está sendo negociado a R$100 e o PF, a R$200. Já os juros de mercado e o C são da ordem de 40% cada sobre o PV.
Nesse caso, um investidor poderia adquirir o ativo no mercado à vista por R$100 e vender no futuro por R$200. Com um C de R$40 e um custo de empréstimo de R$40, o investidor teria no vencimento do contrato futuro um lucro de R$20.
2. Se o PF fosse R$120, o investidor poderia vender no mercado à vista por R$100 (pagando um aluguel pela venda a descoberto) e comprar o futuro. Esses R$100 aplicados à taxa de 40% renderiam, no final, um lucro de R$20 (desconsideramos no cálculo o valor do aluguel).
Função econômica dos mercados futuros
O objetivo básico de um mercado futuro é oferecer um mecanismo eficiente de proteção de preço para agentes expostos às flutuações adversas nos preços dos ativos-objetos do contrato futuro.
A partir desse conceito, surgem as quatro funções básicas dos mercados futuros:
1. Transferência de riscos: Os produtores de mercadorias, os exportadores e importadores, os intermediários financeiros e os investidores procuram maximizar lucros, porém correm o risco de que os preços esperados não se materializem no futuro. Eles, portanto, enfrentam um risco de preços vinculado tanto às receitas quanto aos custos. Isso afeta negativamente as decisões de investimento e de produção. O risco de preços está diretamente relacionado à volatilidade deles.
2. Operações de arbitragem: Se a relação de paridade de equilíbrio entre os preços à vista e futuro não for verificada, haverá a possibilidade de os agentes econômicos realizarem ganhos sem risco com a arbitragem entre os mercados à vista e futuro.
3. Visibilidade de preços: Outra função básica dos mercados futuros é oferecer um mecanismo resultante de um processo competitivo para a definição dos preços dos ativos, ou seja, um mecanismo que permita chegar a um preço em que a oferta e a procura encontram o seu equilíbrio.
4. Alavancagem: Os derivativos possibilitam a obtenção de grandes lucros, pois esse tipo de negociação exige menos capital que o necessário para se negociar o ativo à vista.
Regulamentação e riscos
a) Regulamentação: A CVM precisa assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e balcão. Mas sua interferênciasó é desejável caso ocorra uma situação que comprometa o mercado, ou seja, em possíveis situações de mercados imperfeitos cujos preços não reflitam oferta e demanda competitivas.
Os casos clássicos de manipulação a serem evitados envolvem as situações de:
Corner (squeeze): Seus casos ocorrem quando um participante procura alcançar um substancial controle sobre determinado contrato futuro, assumindo grandes posições compradoras com o objetivo de levá-las ao vencimento sem que a oferta disponível no mercado à vista possa respaldar a liquidação por entrega do objeto do contrato. Dessa forma, no vencimento não há mercadoria suficiente no mercado à vista para cobrir as posições vendedoras a descoberto.
Wash trades: Situações que acontecem quando um participante realiza falsos negócios que não envolvem mudança na titularidade.
b) Risco de insolvência de membros: A regulamentação preventiva de insolvência envolve:
A fixação de limites de oscilação diária de preços.
O estabelecimento de margem mínima a ser paga pelos clientes.
A limitação do porte individual dos agentes de compensação por meio de exigências de capital mínimo e da parcela de mercado que cada agente pode assumir no mercado (limite de posição).
c) Riscos dos contratos em bolsas: 
· RISCO DE MERCADO: É a incerteza sobre o comportamento futuro dos preços desses ativos, sendo inerente ao próprio contrato derivativo.
· RISCO DE LIQUIDEZ: O risco de liquidez surge da impossibilidade de se obter compradores/vendedores potenciais no momento e no preço justo.
Trata-se de um risco mitigado pela padronização e pela liquidez dos contratos negociados em pregão, pois ele permite o encerramento, a qualquer tempo, por valores de mercado.
· RISCO DE CRÉDITO: É a possibilidade de perda pelo não pagamento de uma posição de uma contraparte. Ele representa o risco da própria Bolsa, tendo em vista que a clearing de derivativos age como contraparte em todas as operações e exige, em contrapartida, que os participantes depositem margens de garantia que cubram sua exposição.
· RISCO OPERACIONAL: Trata-se de qualquer possibilidade de perda originada por falhas na estrutura da Bolsa.
Exemplo: falhas em sistemas, procedimentos e recursos humanos ou de tecnologia.
O papel da câmara de derivativos é mitigar esse risco com procedimentos padrão, como a introdução do exercício automático no vencimento para todas as séries de opções de taxa de juros e dólar que apresentarem valor positivo no vencimento.
· RISCO DE BASE: É o risco de descasamento de prazos entre as posições a proteger e dos instrumentos que se quer hedgear. O risco de base está diretamente ligado à administração desses prazos e ativos.
MÓDULO 2
DERIVATIVOS DE CÂMBIO	
O mercado derivativo de câmbio propicia o hedge sem o desembolso inicial. Por isso, ele é chamado de hedge sem caixa (ou investimento sem caixa). No mercado futuro, apesar de não haver o desembolso inicial, o trader (investidor) sofrerá os ajustes diários (AD).
1. Mercado de dólar futuro
Um exportador receberá dólares em uma data futura. Para se proteger contra uma eventual valorização do real perante o dólar, o investidor deve vender contratos futuros de dólar. Por outro lado, um importador tem de ficar comprando no mercado futuro para se prevenir de uma alta.
A Bolsa padroniza os contratos quanto a:
· Objeto de negociação: Taxa de câmbio de reais por dólar dos Estados Unidos para pronta-entrega contratada nos termos da Resolução 1690/90 do Conselho Monetário Nacional (CMN).
· Tamanho: Os contratos são de US$50.000
· Data de vencimento: Primeiro dia útil do mês de vencimento do contrato.
Os contratos são cotados em reais por US$1.000; o lote padrão é de cinco contratos. Existem também os minicontratos de dólar futuro criados para incentivar a participação de pessoas físicas. Os minicontratos são de US$10.000, enquanto o lote mínimo é de um contrato.
A determinação dos preços dos contratos futuros de dólar se dá por arbitragem. A arbitragem de dólar implica:
Perceber divergências entre as taxas de juros interna e externa e a cotação do preço do dólar à vista e futuro;
Operar no mercado;
Aferir um lucro.
O fator determinante do preço do dólar futuro é exclusivamente a diferença entre as taxas de juros interna e externa.
3. Mecanismo operacional do dólar futuro
O mercado interbancário de juros reflete as demandas e as ofertas de aplicação e captação de recursos em prazos e volumes variados por parte dos bancos que visam cobrir suas posições diárias.
Mercado futuro de DI
A introdução no país dos mercados futuros de taxas de juros (contrato futuro de DI-1 dia) foi feita tendo como base a ideia de que tais mercados proporcionassem as condições para que seus participantes pudessem efetivamente transferir algum ou todo o risco de manter uma posição ativa ou passiva em taxa de juros. A premissa básica é de que o custo do dinheiro pode ser visto da mesma forma que outra commodity qualquer.
O preço do dinheiro (a taxa de juros) é influenciado pela lei da oferta e da procura. O mercado futuro permite que empresas e instituições financeiras se protejam do risco de oscilação das taxas de juros ou sejam uma aposta no comportamento futuro dessas taxas.
A taxa negociada no mercado futuro (R) não reflete somente a expectativa dos agentes sobre a taxa DI acumulada até o vencimento, pois embute também um prêmio de risco. Quanto maior o prazo, maior o prêmio de risco.
Os contratos são negociados diretamente pela cotação da taxa de juros. Essa cotação é transformada em preço ou preço unitário (PU) quando se traz, a valor presente, o valor da taxa na data de vencimento (100.000 pontos por padronização) pela taxa de juros negociada. Na data de negociação, o PU, portanto, é igual ao valor de 100.000 pontos descontado pela taxa de juros anualizada (R) proporcional ao número de dias úteis até a data de vencimento do contrato (n).
Mecanismo operacional do mercado futuro de DI
A grande "sacada" do contrato futuro de juros é que o ativo-objeto prescinde de um ativo referencial. Não existe, no vencimento, a entrega física de um título público ou privado. Simplesmente compram-se ou vendem-se os juros. Assim, tais contratos servem às mais complexas operações financeiras, proporcionando variadas estratégias, arbitragens e proteção a portfólios (hedge).

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