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4 Fontes do Direito Processual

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FONTES DO DIREITO PROCESSUAL
De maneira geral, fonte é aquilo que dá origem à norma, seu meio de produção e fundamentação. Elas podem ser de algumas espécies:
Constituição
A tutela constitucional do processo pode ser observada pelos princípios e garantias e organização judiciária. A assistência judiciária gratuita é um exemplo. As estaduais também são fonte quando criam tribunais e regulam sua competência, na órbita que lhes é reservada (CF, art. 125, § 1º).
Tratados internacionais
Recepcionado e incorporado pelo direito interno, sua posição hierárquica depende de sua matéria e quórum de aprovação por conta da EC 45/04. Assim, abrangendo direitos humanos e tendo sido aprovada como EC (3/5 dos votos em duas votações em cada casa) tem força de EC. Nos demais casos, tem força de lei ordinária. São úteis quanto tratando-se de sentença estrangeira ou parte residente em outro país.
Lei complementar
São exemplos normas procedimentais do CTN, sobre acesso aos tribunais de segundo grau, organização da justiça eleitoral, e estatuto da magistratura.
Lei ordinária
Entendida como fonte formal do direito processual, por ser o CPC uma delas, bem como o CPP, a CLT, CPP Militar e a Lei dos Juizados Especiais.
Leis de organização judiciária
Apesar de não serem fonte formal, geralmente estaduais, de iniciativa do TJ (CF art. 125, § lº). Tem como objeto a competência, ou seja, a distribuição dos processos nos órgãos jurisdicionais, seu funcionamento. A CF também atribui poder normativo aos tribunais através de seus regimentos internos (art. 96, I, “a”), disciplinando as questões interna corporis, de modo que o poder judiciário possa ser considerado fonte.
Convenções processuais
Resultantes dos meios alternativos, pois da mesma forma que podem as partes eleger, por exemplo, a arbitragem como meio de solução pela convenção arbitral, podem, conforme arts. 190 e 200 CPC, escolher os procedimentos a serem aplicados, refletindo no processo, como com relação a datas (art. 191 CPC). Questões materiais, porém, estão sujeitas a controle de validade pelo juiz (único). Apesar de representar uma nova visão que inclui as partes na gestão do processo, não implica na privatização das relações jurídicas.
Equidade
Entendida como justiça no caso concreto, é critério usado pelo juiz para a decisão, com base num sentimento de justiça, pela consideração da conveniência e oportunidade de manifestação das partes. É retratado, por exemplo, pela ampla defesa e contraditório, ao designar audiência para juiz ouvir autor e testemunhas de processo de aposentadoria diante de recusa do INSS ao fazê-lo. Jamais pode, porém, contrariar disposição legal. Art. 140 CPC.
Precedente
Decisão judicial tomada como base para futuras decisões em casos semelhantes, com a finalidade de uniformizar os entendimentos, trazendo segurança jurídica. É composto por:
· Circunstâncias da controvérsia: contexto do caso concreto;
· Fundamentação jurídica: dispositivos e princípios aplicados;
· Argumentação: justificativa para a aplicação daqueles dispositivos.
Ao decidir o juiz cria norma jurídica, através da aplicação e interpretação, com caráter geral (já que a mesma decisão é aplicável a todos os casos semelhantes, ao influenciar todos os subordinados) e individual (já que é possível a adaptação ao caso concreto, de maneira diferente, inclusive, da pretendida pelo legislador).
Eles possuem determinada força de ser observados e aplicados por conta da ratio decidendi (razões da decisão), visto que, através dela, poderá ser utilizada pelos demais órgãos. Isto se aplica a qualquer ato decisório, de mérito ou admissibilidade, uma vez que todos precisam ser fundamentados - art. 926 e 928 CPC. Assim, isto não se aplica à autocomposição, pois nela não há a interpretação do direito, o que ocorre apenas na homologação ou não, que gera precedentes.
A natureza jurídica do precedente é ato-fato jurídico. Ato por envolverem uma decisão judicial e fato por gerar efeitos com base em circunstancias fáticas.
São dotados de obrigatoriedade, efeito vinculante, uma vez que, de acordo com o art. 1022, único, I, CPC, sua não observância caracteriza a decisão como omissa, sendo cabíveis embargos de declaração. O efeito vinculante se aplica apenas aos órgãos submissos, de modo que o TJPR, por exemplo, vincule apenas os tribunais de justiça do Estado do PR, e não os de SC. Em relação a eles, são encontrados alguns deveres dos tribunais: 
· Uniformização/padronização dos casos semelhantes - art. 926, CPC;
· Estabilidade/segurança jurídica: exige uma justificativa da alteração, que é admitida por conta da evolução da sociedade;
· Publicidade: 927 CPC, § 5º, CPC;
· Coerência e integridade: compatibilidade com os anteriores, seguindo a linha evolutiva da sociedade, resultando na auto referência (preocupação em se reportar, mencionar o precedente anterior e justificar a concordância ou não com ele) e unidade do direito.
A CF não admite MP’s que tratem de matéria processual, de acordo com a EC 32/01 (art. 62, § 1º, I, “b”).
A lei delegada, por sua vez, pode ser fonte de direito processual salvo no tocante à “organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, à carreira e à garantia de seus membros” (art. 68, § 1º, I).
Alguns admitem negócios jurídicos processuais como fonte da norma processual, como na eleição do foro, na convenção sobre a distribuição do ônus da prova, na suspensão convencional do processo etc.

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