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ESCOLA POSITIVA/POSIVISITA/CIENTÍFICA
Também busca a etiologia do crime na pessoa do criminoso. Surge entre os séculos XIX e XX, com influencia das ciências naturais, inaugurando a fase cientifica da criminologia, utilizando-se do empirismo, da obtenção de conclusões em razão da análise realizada. 
Entende que o crime é um fato natural e que o criminoso é um ser anormal. Volta-se à necessidade de prevenção do crime, em vez da repressão, mesmo que se defendesse a pena de morte, afinal o sujeito morto não poderia delinquir novamente, tratando-se de uma prevenção específica.
Criticavam a escola clássica pela ausência de cientificismo e falta de inovação sobre o tema, afirmando que apenas repetiam as mesmas ideias. Nela o crime é um ente jurídico e o criminoso é um sujeito normal que optava por delinquir. Já na escola positiva o criminoso é um sujeito anormal, a criminalidade lhe sendo inerente, ele trazendo um atavismo, um instinto criminoso. Estas visões diferentes acerca do crime e do criminoso foram chamadas de luta de escolas.
Foram seus expoentes, e a fase que representaram para esta escola:
1º Fase Antropológica
Representada por Cesare Lombroso, através da obra “O Homem Delinquente”, de 1876, na qual utilizou-se o método indutivo (analisava-se um fato concreto específico para se chegar a conclusões gerais), que depois veio a fixar-se como método utilizado pela criminologia. Este método foi utilizado através da realização de em torno de 400 autopsias e 600 entrevistas com criminosos vivos, através das quais buscou-se traçar a fisionomia do criminoso que traria o gene criminoso de ancestrais, selvagens cuja domesticação não deu certo. A escola clássica usava o método dedutivo. Fazia uma análise física do sujeito.
Além do criminoso nato, Lombroso identificou o pseudodelinquente, um criminoso ocasional ou passional, que cometia um crime isolado, movido apenas por forte emoção, sem possuir o gene delinquente. Por fim, identificou também os criminaloides, que seriam os inimputáveis ou semi-imputáveis por conta de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto, não compreendendo o fato.
2º Fase Sociológica
Representada por Enrico Ferri, através da obra “Sociologia Criminal”, de 1914. Ferri acompanhou as pesquisas de Lombroso, e não rechaça suas ideias, sendo inclusive ele a cunhar a expressão “criminoso nato” para falar desta categoria criada por Lombroso. Ferri era político e escritor. Ele reconhece a ideia de criminoso nato trazida por Lombroso, mas entende que não são apenas fatores físicos (como a temperatura e o clima) e antropológicos que levam o sujeito a cometer o crime, acrescentando a importância de fatores sociais (como família, densidade demográfica, religião), que teriam maior relevância na pratica do delito. Contrariando a ideia de responsabilidade moral trazida pela escola clássica, Ferri fala em responsabilidade social, inclusive acusando-a de contribuir para o aumento da criminalidade pelo aumento no número de crimes tipificados.
Ferri entendia que mais importante que punir era a prevenção do crime.
3ª Fase - Jurídica
Tem como representante Rafaelle Garofalo, através da obra “Criminologia”, de 1885. A expressão “criminologia” não foi cunhada por Garofalo, sendo atribuída a Paul Topinard, apesar de ela só ter se popularizado com esta obra. Garofalo era formado em direito. Para ele, o criminoso carrega o gene da criminalidade, que eventualmente vai se aflorar nele e junto aflora-se a ideia de criminalidade no sujeito. Enquanto conservador, ele apoiava a pena de morte, que já era defendida nesta escola, junto da prisão perpétua, uma vez que não haveria como alterar o sujeito que carrega o gene criminoso. Entendia que a base da responsabilidade criminal era a periculosidade do delinquente. Também entendia que o mais importante era a prevenção dos delitos.

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