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CONTRATO DE MANDATO
GUILHERME MORAIS CAMARGO
01. CONCEITO
	Historicamente o conceito de mandato é baseado na denominação “manu datum”, que significava o gesto de dar as mãos, sendo assim a prova do consentimento das partes a fim de realizarem o contrato.
	Em seu artigo 653° do Código Civil, é abordada a existência do contrato de mandato, assunto este que se encerra no Artigo 692° do mesmo Código. No Direito Civil, o mandado significa uma relação contratual, na qual o mandatário recebe poderes de outra pessoa, chamada de mandante.
Art. 653. Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato. (CIVIL, 2002, sem página).
	Esse 	Contrato tem a finalidade de constituir poderes ao mandatário, a fim de que este, legalmente, possa praticar atos jurídicos ou administrar interesses em nome da pessoa que irá representar. Sendo assim, a palavra “mandato” traduz a ideia de transmissão de direito de um indivíduo a outro.
02. PARTES
	Constituem-se como partes legítimas de um mandato o mandante e o mandatário.
2.1 MANDANTE
	Também chamado de outorgante, é o nome dado a quem nomeia e contrata representante legitimado para agir em seu nome – é o polo passivo da relação de transferência de poderes. Sendo assim, é necessário que o mandante esteja legitimado, na forma que a lei dispuser, para que aceite a nomeação e que possa fazer uso da mesma.
2.2 MANDATÁRIO
	Também chamado de outorgado, é a pessoa contratada pelo mandante para ser destinada a representar legalmente a pessoa de seu contratante. Para haver validade, é necessário o vinculo de ambos por meio de um contrato de mandato.
03. LEGITIMADOS
	Para o Direito Civil, é legitimado em constituir representante todas as pessoas que detém o gozo de seus direitos civis.
	Para os incapazes, só é valido se feito com a presença de seus representantes legais, sejam estes os pais, tutores ou curadores dessas pessoas.
Já a representação de pessoas jurídicas, o mandato só é valido se feito com autorização dos diretores outorgantes que representem tal empresa. 
04. REQUISITOS
	Descritos no artigo 654, do Código Civil, são requisitos mínimos para a validade do contrato de mandato a assinatura do outorgante, a indicação do lugar onde foi passado, a qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da outorga com a designação e a extensão dos poderes conferidos.
05. CARACTERÍSTICAS
5.1 UNILATERAL OU BILATERAL
	O contrato de mandato a ser realizado pelas partes interessadas, pode ser Unilateral quando gerar obrigações somente para o mandatário. E passará a ser Bilateral quando houver obrigações para ambos, ou seja, quando houver remuneração.
5.2 GRATUITO OU ONEROSO
	Define-se a gratuidade do contrato quando não for estipulado retribuição. Em contra partida, os contratos tidos como onerosos são aqueles em que uma das partes deve ser retribuída monetariamente.
Art. 658. O mandato presume-se gratuito quando não houver sido estipulada retribuição, exceto se o seu objeto corresponder ao daqueles que o mandatário trata por ofício ou profissão lucrativa. (CIVIL, 2002, sem página).
5.3 INSTUITO PERSONAE
	É considerado como intuito personae pois é um contrato que leva em consideração a pessoa da parte contratada. Por fim, é fundamentada na confiabilidade do contratante na prestação de serviço do contratado, por isso é considerada personalíssima, pois só aquela pessoa poderá realizar a atividade na qual foi imposta.
5.4 NÃO SOLENE
	Tal contrato pode ser feito de forma não formal, ou seja, verbalmente, verificando-se a exceção de analfabetismo de uma das partes, onde o contrato deverá ser redigido na presença de duas testemunhas.
Art. 656. O mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou escrito.
Art. 657. A outorga do mandato está sujeita à forma exigida por lei para o ato a ser praticado. Não se admite mandato verbal quando o ato deva ser celebrado por escrito. (CIVIL, 2002, sem página).
06. SUBSTABELECIMENTO
	O substabelecimento é quando o procurador transfere, ao substabelecido, os poderes que foram atribuídos a ele pelo mandante. Sendo assim, tem a finalidade de garantir a um novo advogado, os poderes atribuídos na relação contratual entre a parte processual e seu defensor contratado.
	Segundo a doutrina e jurisprudências, o contrato de mandato é em regra geral, um contrato “intuitu personae”, porém o mandatário primário pode transferir seus poderes que lhe forem atribuídos, se este fizer a fim de facilitar a realização da obrigação a qual ele se comprometeu.
	Podemos citar o autor Fábio Ulhoa Coelho (2012, p. 665), o qual diz que: “Os poderes de representação podem ser substabelecidos no todo ou em parte, com ou sem reserva. Na transferência de todos os poderes, o substabelecido pode praticar em nome do mandante os mesmos atos para os quais se encontra investido o mandatário”.
	O substabelecimento está previsto no Artigo 655, do Código Civil, e ele se divide em:
6.1 SUBSTABELECIMENTO COM RESERVA DE PODERES 
É denominado assim, o substabelecimento que há a transferência de poderes entre os advogados, porém são de forma provisória, ou seja, o segundo advogado é limitado quando ao tempo e forma de atuar. Após isso, o advogado contratado pela parte volta a ter todos os poderes que lhe forem constituídos.
6.2 SUBSTABELECIMENTO SEM RESERVA DE PODERES
	Ocorre esse tipo de substabelecimento, quando há uma transferência definitiva de poderes, ou seja, um novo advogado assume a causa e o primeiro advogado passa a não ser mais o procurador do cliente naquele processo.
	Segundo o Artigo 24 do Código de Ética do Advogado, tal ato processual é pessoal do advogado da causa, ou seja, apenas ele pode substabelecer. Por fim, a parte contratante deve estar ciente do substabelecimento feito de um advogado para outro.
Art. 24. O substabelecimento do mandato, com reserva de poderes, é ato pessoal do advogado da causa. 
§ 1º O substabelecimento do mandato sem reservas de poderes exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente.
§ 2º O substabelecido com reserva de poderes deve ajustar antecipadamente seus honorários com o substabelecente. (ADVOGADO, 2015, sem página).
07. OBJETO DO MANDATO
	Pode ser objeto do contrato de mandato quase que todos os atos da vida civil, ficando restritos apenas os atos que, por sua natureza, não é compatível com a representação, dado que exige a intervenção pessoal do mandante como, por exemplo, no testamento ou, ainda, aqueles atos que são personalíssimos.
	
09. REFERÊNCIAS 
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 10 jan. 2002. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em: 04 abr. 2023.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 21 nov. 2022.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil: Contratos. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

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