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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA - PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS Aluno: Lucivaldo Felisberto da Costa Curso: Engenharia Elétrica Como visto no material de estudo desta disciplina, os relés digitais utilizados para a proteção de sobrecorrente apresentam os mesmos princípios fundamentais dos relés eletromecânicos e dos relés estáticos, porém, devido à tecnologia digital, a qual emprega semi-condutores e fibras ópticas, os relés digitas são mais precisos, eficientes e seletivos, eliminando as faltas no sistema de maneira mais rápida, trazendo maior segurança ao SIN e durabilidade aos equipamentos protegidos. De modo geral, mencionaremos aqui as principais funções de proteção dos relés diferencias digitais sendo elas: Proteção contra curto-circuito para transformadores de dois e três enrolamentos; Proteção contra curto-circuito para motores e geradores; Proteção de sobrecarga com característica térmica; Proteção de sobrecorrente de retaguarda de tempo definido e/ou tempo inverso. Um outro exemplo de função operacional desse tipo de relé digital é a proteção de sobrecorrente de neutro sensível relacionada a defeitos monopolares de tapes através de um ajuste por enrolamento. A operação da função de proteção diferencial (ANSI 87), ocorre quando há uma diferença de corrente entre os elementos protegidos, indicando que podemos ter um curto entre expiras em transformadores e geradores, por exemplo e ou curto externo, porém, dentro da zona de proteção diferencial. De maneira geral, se a corrente de entrada menos a corrente de saída for igual a “0”, podemos afirmar que o sistema está operando dentro da normalidade, do contrário, o relé irá entrar em operação de modo a proteger o sistema. Nesse contexto, mesmo existindo muitas similaridades entre os dispositivos digitais e o funcionamento dos relés diferencias eletromecânicos, que também são destinados para a proteção de sobrecorrente, os relés diferencias digitais estão ganhando espaço no sistema elétrico de proteção em geral. Com a automação cada vez mais crescente dos sistemas elétricos industriais e de potência, os relés digitais passaram a ser elementos obrigatórios nos esquemas de proteção. Ademais, revolucionaram os esquemas de proteção, oferecendo vantagens impossíveis de serem obtidas dos seus antecessores. Além das funções de proteção propriamente ditas, os relés digitais realizam funções de comunicação, medidas elétricas, controle, sinalização remota, acesso remoto etc. Em um relé diferencial digital, existe um elemento temporizado ajustado a partir de curvas características típicas de tempo gerais para ajuste do relé diferencial digital e também para vários dispositivos eletrônicos. Estas são divididas conforme a curva estabelecida, sendo: inversa, muito inversa e extremamente inversa. A característica de tempo de um relé diferencial digital de sobrecorrente pode ser relacionada como uma função extremamente inversa. Segundo o livro de Mamede (2020, p. 23), os relés têm evoluído progressivamente desde que surgiu o primeiro dispositivo de proteção eletromecânico em 1901 que consistia em um relé de proteção de sobrecorrente do tipo indução. Por volta de 1908 foi desenvolvido o princípio da proteção diferencial de corrente, seguindo-se em 1910 o desenvolvimento das proteções direcionais. Somente por volta de 1930 foi desenvolvida a proteção de distância. É uma proteção baseada em técnicas de microprocessadores. Mantêm os mesmos princípios das funções de proteção e guardam os mesmos requisitos básicos aplicados aos relés eletromecânicos ou de indução e aos relés estáticos ou eletrônicos. No entanto, os relés digitais oferecem, além das funções dos seus antecessores, novas funções aos seus usuários adicionando maior velocidade, melhor sensibilidade, interfaceamento amigável, acesso remoto, armazenamento de informações etc. Ao contrário dos relés eletromecânicos de indução e dos relés eletrônicos, os relés digitais, devido ao fato de operarem segundo uma programação inteligente e poderosa, têm a capacidade de processar digitalmente os valores medidos do sistema, tais como tensão, corrente, frequência etc., e de realizar operações lógicas e aritméticas. Outro mecanismo dos relés digitais é que além de exercer as funções dos seus antecessores tecnológicos, conforme já explicado, eles apresentam as seguintes vantagens: pequeno consumo de energia, reduzindo a capacidade dos transformadores de corrente; elevada confiabilidade devido à função de auto supervisão; diagnóstico de falha por meio de armazenamento de dados de falha; possibilidade de se comunicarem com um sistema supervisório, por meio de uma interface serial; possibilidade de serem ajustados à distância; durante os procedimentos de alteração nos ajustes, mantêm a proteção do sistema elétrico ao nível dos ajustes existentes; elevada precisão devido à tecnologia digital; amplas faixas de ajuste com vários degraus; ajustes dos parâmetros guiado por uma interface amigável; segurança operacional com a possibilidade de estabelecer uma senha do responsável pelo seu ajuste. Os relés digitais funcionam através de programas dedicados que processam as informações que chegam pelos transformadores de instrumentos, geralmente instalados no pátio das subestações, os quais disponibilizam as correntes (TC’s) e tensões (TP’s). Estas medições são lidas pelas entradas analógicas dos relés de proteção através de placas analógicas. As atuações, abertura dos disjuntores se dá através de contatos digitais, denominados BI’s/BO’s, as quais, recebem sinais e enviam sinais/comandos aos equipamentos protegidos. Seus ajustes são efetuados ou no frontal do relé por uma tecla de membrana por meio de instruções específicas ou através de um microcomputador conectado no frontal do relé por meio de uma comunicação serial RS 232. Atualmente, a comunicação com os relés de proteção se da através de interface Ethernet. Como exemplo de aplicação comercial, temos os seguintes dispositivos mais empregados no setor elétrico brasileiro: Relé 7UT85/7UT86 (SIEMENS) – Proteção Diferencial de Transformador para 2 e 3 enrolamentos Relé 487E (SEL) – Proteção Diferencial de Transformador para 2 e 3 enrolamentos. Portanto, diante do exposto tanto na disciplina quanto na realização dessa atividade contextualizada, posso concluir que fiquei fascinado por esse universo de proteção de sistemas elétricos, o livro Mamede filho (2020), traz inestimáveis aplicações, especificações técnicas e conhecimentos para o aluno e engenheiro recém-formado se nortear e quem sabe até desenvolver novos mecanismos para a melhoria contínua desses dispositivos tão importantes para o sistema elétrico de potência. Com relação ao exemplo da missão de fazer parte da equipe responsável pelo estudo e processo de substituição dos relés eletromecânicos por relés digitais, certamente seria uma grande responsabilidade, por entender que muitas dessas linhas de transmissões e subestações de energia elétrica que compõem o sistema estariam energizadas, nesse contexto, possíveis falhas de procedimentos, engenharia e ou execução poderiam causar danos irreparáveis, tanto para a população prioritária dependente da demanda energética, a exemplos de hospitais e tudo que envolve a saúde, mesmo nas residências, quanto para o sistema elétrico de potência do nosso país. No entanto, ao mesmo tempo seria uma grande honra contribuir para a melhoria e digitalização do sistema, fomentando estudos sólidos, profissionalismo e interação entre equipe, visando aplicar o conceito aprovado em projeto para alcançar o êxito planejado. REFERÊNCIAS MAMEDE FILHO, João.; RIBEIRO MAMEDE, Daniel. Proteção de sistemas elétricos de potência. 2. ed. Rio de Janeiro : LTC | Livros Técnicos e Científicos Ltda., 2020. MAMEDE FILHO, J.; MAMEDE, D. R. Proteção de sistemas elétricos de potência. SãoPaulo: Grupo Gen, 2013.
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