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DESCRIÇÃO O relacionamento terapêutico como instrumento para o cuidado e a prática da enfermagem humanizada. PROPÓSITO Compreender o relacionamento terapêutico, bem como o seu processo de estabelecimento, sua importância e sua aplicação para uma assistência de enfermagem humanizada. OBJETIVOS MÓDULO 1 Identificar as condições essenciais para estabelecer o relacionamento terapêutico e suas respectivas fases MÓDULO 2 Reconhecer como o relacionamento terapêutico contribui para uma prática humanizada em Enfermagem INTRODUÇÃO O termo relacionamento terapêutico nasceu no campo da Saúde Mental, no qual o cuidado é pautado na relação de ajuda interpessoal, de maneira compreensiva e individualizada, buscando evidenciar toda sua potencialidade e, com isso, recuperar a autonomia do indivíduo em sofrimento psíquico. Com o passar do tempo, essa prática foi se ampliando e se expandindo, independentemente da área de atuação do enfermeiro, levando em consideração todo o seu dia a dia de trabalho, lidando com a dor e, também, com o sofrimento do sujeito que se encontra sob seus cuidados. Nesse sentido, a assistência de enfermagem inclui não só o cuidado ao sujeito em si, mas também à sua família, visando a questão física, as questões de saúde mental e tudo aquilo que o envolve. Cuidar é um ato que envolve práticas relacionadas às nossas atitudes, por exemplo, a maneira como tratamos ou olhamos uma pessoa, a disposição que temos para interagir e o respeito com que tratamos o outro. Assim, cuidar é uma prática complexa que exige autoconhecimento e bom relacionamento entre pessoas. MÓDULO 1 Identificar as condições essenciais para estabelecer o relacionamento terapêutico e suas respectivas fases RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO O ato de cuidar diz respeito e remete às nossas atitudes, disponibilidade e essência para tal, entendendo que o ser humano é complexo e o ato de cuidar também o será, o que exige do profissional autoconhecimento e bom relacionamento interpessoal para exercê-lo. Quando falamos de relacionamento interpessoal, estamos nos referindo a uma relação entre as pessoas que exige comunicação efetiva, convivência e reciprocidade. Desse modo, essas serão condições básicas no exercício de uma profissão em que a prática nos submete à coexistência com o cliente. O ser humano é essencialmente um “ser com”, ou seja, um ser em relação com os outros, que depende deles para realizar-se e para amadurecer, e que também sofre a pressão dos outros. (FRITZEN, 2000). A partir do exposto, o relacionamento terapêutico pode ser entendido como uma relação entre enfermeiro e cliente na qual há reciprocidade e interações planejadas em curto, médio e longo prazo. Por consequência, o relacionamento terapêutico permite que o próprio cliente desenvolva o potencial e a capacidade de enfrentar os desafios relativos à promoção, manutenção e recuperação de sua saúde, com foco em suas necessidades e singularidades. E como estabelecemos o relacionamento terapêutico? Ele se estabelece quando enfermeiro e cliente têm suas necessidades atendidas de modo satisfatório durante o cuidado prestado. Assim, esse processo pode se efetivar quando cada indivíduo vê o outro de maneira singular, ou seja, como ser humano único, respeitando todas as suas particularidades. VEJAMOS UM EXEMPLO: EXEMPLO Quando o enfermeiro vê o cliente apenas como mais um ocupante de um leito ou mais uma pessoa doente, o cliente, simultaneamente, vê o enfermeiro como mais um profissional de saúde que está ali para prestar um cuidado de forma mecânica, por obrigação. Certamente, se a ação ocorrer como o exemplo citado, não se efetivará o relacionamento terapêutico. Imagem: Shutterstock.com Desse modo, apresentamos, a seguir, os diferentes estilos de relacionamento terapêutico: IMPESSOAL No estilo impessoal, quase não há retorno das situações (feedback) e também não há exposição própria, então as pessoas não conseguem estabelecer uma relação de confiança. Geralmente, as pessoas que têm esse estilo são retraídas, distantes e fechadas, de modo que as relações se tornam frias e impessoais. Por conta dessas características, elas podem provocar hostilidades no outro, colocando barreiras diante das necessidades de comunicação e dificultando as relações. COM FEEDBACK EXCESSIVO Neste estilo, como diz o próprio nome, o feedback ocorre em excesso, com o intuito de estabelecer um relacionamento, mas que termina por ser falho em confiança. Essa desconfiança, por sua vez, vai gerando cada vez mais desprezo e hostilidade. AUTOCRÁTICO Neste estilo, também há o feedback excessivo, com o uso demasiado da exposição a fim de receber esse retorno. O indivíduo não percebe que gera impacto negativo no outro. As pessoas com esse estilo de relacionamento sentem necessidade de se autoafirmar e, ao mesmo tempo, têm pouca confiança no que o outro diz, porque apenas suas próprias opiniões são valorizadas e reconhecidas. DEMOCRÁTICO É o estilo que podemos considerar ideal, no qual os processos de exposição e de feedback aparecem de maneira equilibrada. As pessoas com esse estilo agem com sinceridade, honestidade e são sensíveis em relação ao outro, de modo que esses aspectos contribuem para a efetivação de um relacionamento. O estilo democrático é fundamental para as relações e pode servir como base para o estabelecimento do relacionamento terapêutico. CONDIÇÕES ESSENCIAIS PARA ESTABELECER O RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO Agora que já conhecemos os estilos de relacionamento terapêutico e já sabemos como os distinguir, vamos entender como desenvolvemos as condições essenciais que contribuem para estabelecer o relacionamento terapêutico entre enfermeiro e cliente. AUTOCONHECIMENTO O autoconhecimento, de acordo com a Psicologia, diz respeito àquilo que sabemos sobre nós mesmos. A partir dessa visão, que é interna, conseguimos equilibrar as emoções, sejam elas positivas ou negativas. Quando conseguimos controlar nossas emoções a partir do autoconhecimento, experimentamos um bem-estar geral e conseguimos evitar a baixa autoestima, a irritação, a inquietação, a ansiedade, a instabilidade emocional etc. CONFIANÇA A confiança é o valor que o ser humano confere em relação à sua própria história, tal como a fé que depositamos no outro e a esperança e coragem provenientes da convicção no próprio valor. CONFIANÇA “É O SENTIMENTO DE FIDEDIGNIDADE EM RELAÇÃO AO OUTRO” (ARANTES; STEFANELLI; FUKUDA, 2008, P. 360). É fundamental que tenhamos confiança para estabelecer as relações humanas. Quando pensamos na relação enfermeiro-cliente, ressaltamos o quanto ela é importante. VAMOS REFLETIR POR INTERMÉDIO DE UM EXEMPLO? EXEMPLO Imagine o quanto o cliente pode estar frágil devido a suas questões de saúde. Ele precisa confiar no outro, que, no caso, é o profissional enfermeiro, que desempenha um papel de suma importância para a recuperação de sua saúde. Para conseguirmos estabelecer essa relação de confiança, ela deve ser construída por meio de diálogo, sensibilidade, atenção e dedicação. Todos esses aspectos favorecerão a assistência de enfermagem de qualidade, potencializando os bons resultados na promoção e na recuperação da saúde dos nossos clientes. Imagem: Shutterstock.com RESPEITO Podemos entender o respeito como o sentimento que leva alguém a tratar outra pessoa com grande atenção. É o sentimento que nos leva a repensar situações em que poderíamos ser desagradáveis com o outro, por conta de sentimentos como consideração, afeto, deferência, importância ou medo do que os outros pensarão. Desse modo, somos impedidos a agir de tal maneira. No que tange ao enfermeiro, o diálogo e o acesso às informações são condições essenciais para manifestar respeito ao cliente que recebe o cuidado da enfermagem. Para isso, o profissional enfermeiro precisará de tempo, construção de diálogos e ambiente propício. Isso permitirá que o cliente exerça sua autonomia e liberdade de expressão. Portanto, o enfermeiro farácom que o cliente se sinta à vontade para sanar suas dúvidas e demais questões, podendo contribuir para que ele reflita sobre o cuidado recebido sem qualquer constrangimento e/ou represália. O enfermeiro tem, entre seus compromissos, o dever de tratar a pessoa sob seus cuidados como ser humano. Essa meta só é alcançada ao cultivarmos o respeito, procurando entender o ponto de vista do outro independentemente de opiniões, características de personalidade e divergências. Foto: Shutterstock.com Uma atitude respeitosa envolve capacitar o outro a agir autonomamente, e não somente acatar decisões. São atitudes respeitosas: 1 2 3 4 5 Chamar o cliente pelo nome. Interagir o suficiente para responder às perguntas, esclarecer dúvidas e minimizar inquietações. Agir sempre com franqueza e honestidade, mesmo quando as notícias são tristes e difíceis. Garantir a privacidade do cliente, bem como o sigilo necessário para sua dignidade. Tentar compreender o comportamento do cliente, considerando suas ideias e preferências, principalmente no momento de planejar a assistência de enfermagem. AUTENTICIDADE É a característica daquilo que consideramos real, verdadeiro, legítimo. Aquela particularidade que consideramos genuína, adequada, e que nos leva à confiança. Quanto mais somos verdadeiros conosco, mais desenvolveremos esse atributo. Isso acontece à medida que somos leais às nossas emoções, necessidades, preferências e desejos, utilizando o nosso autoconhecimento como intermediário. Ser autêntico depende desse processo de saber que permite ao indivíduo agir de acordo com seu verdadeiro eu e se expressar de maneira consistente entre pensamentos e sentimentos (HARTER, 2002). Foto: Shutterstock.com EMPATIA O termo, de origem grega (em-pathos), significa: A CAPACIDADE DE COLOCAR-SE NO LUGAR DO OUTRO, DE COMPREENDER SEU SOFRIMENTO, SUAS ANGÚSTIAS E DÚVIDAS, SEM, NO ENTANTO, CONFUNDIR-SE COM ELE (SOAR FILHO, 1998). Foto: Shutterstock.com A empatia pode ser descrita como uma resposta emocional a partir da percepção do estado ou da condição de outra pessoa, ou seja, consiste em compartilhar a emoção percebida em outra pessoa, o que permite compreendê-la. Além disso, indica a capacidade de estabelecer contato direto, não mediado por palavras ou conceitos, apenas lidando com os estados afetivos de outro ser humano. É a capacidade de se colocar no lugar do outro sem qualquer tipo de prejulgamento, respeitando as suas características individuais. Por implicar um modo de percepção que ocorre fora do campo verbal, a empatia favorece o vínculo entre pessoas e contribui para o desenvolvimento das relações de afetividade, que, em situações de estresse, funcionam como apoio social e auxiliam na capacidade de adaptação. VAMOS VER UM EXEMPLO QUE ILUSTRA ESSAS CONDIÇÕES? ESTUDO DE CASO Uma enfermeira, que estava no seu plantão em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tinha sob seus cuidados um cliente que estava no terceiro dia pós-operatório. Contudo, tal cliente havia cometido atos infracionais perante a lei e havia um policial que o acompanhava e permanecia o tempo todo na porta da UTI. Ao perceber o empenho da enfermeira em sua prática profissional durante o cuidado ao referido cliente, o policial não hesitou e comentou: Por que a senhora cuida tão bem dele? Sabia que ele já matou muita gente, ele é uma pessoa ruim, será que vale a pena continuar vivo? A enfermeira olhou para o policial e perguntou gentilmente: O que o senhor está fazendo aqui? Ao que o policial respondeu: Estou fazendo o meu trabalho, que é acompanhá-lo. A enfermeira respondeu: Eu também estou fazendo o meu trabalho, que é cuidar de qualquer pessoa que necessite de cuidados, independentemente de quem ela seja, do que faça ou fez, sem qualquer tipo de julgamento. Ainda com um sorriso no rosto e com a mesma gentileza de antes, finalizou: Vamos continuar nossos trabalhos? A PARTIR DESSE EXEMPLO, PODEMOS DISCUTIR ALGUMAS DAS CONDIÇÕES JÁ CITADAS ANTERIORMENTE E PERCEBER A IMPORTÂNCIA DA SUA EMPREGABILIDADE NO CUIDADO. Notamos que a enfermeira agiu com respeito não apenas com o cliente, mas também na forma como respondeu ao policial. Ela não julgou qualquer tipo de atitude do cliente que estava sob seus cuidados, exercendo o seu papel com qualidade, tornando-se empática e colocando-se no lugar dele (do outro), mesmo que indiretamente, a partir do momento que entende seu sofrimento e presta a assistência necessária com zelo. Essa mesma atitude pode propiciar o estabelecimento de confiança na relação enfermeiro-cliente, tendo em vista que, mesmo sob as condições do cliente, a enfermeira manteve seus cuidados de forma íntegra, sem qualquer discriminação ou julgamento. IMPASSES TERAPÊUTICOS Do mesmo modo que existem condições essenciais para o desenvolvimento do relacionamento terapêutico, há impasses que podem dificultar o estabelecimento do vínculo. Vamos entender quais são esses impasses? RESISTÊNCIA A resistência consiste na tentativa do cliente em não perceber os aspectos e as questões, gerando uma relutância em mudar, mesmo quando ele reconhece que precisa. Ou seja, é uma oposição às descobertas, ao novo. Por vezes, pode acontecer inconscientemente. TRANSFERÊNCIA A transferência é uma atitude inconsciente em que o cliente apresenta emoções para o enfermeiro, a partir de algo que ele identifica como um aspecto positivo que pode ajudar a diminuir a ansiedade ou a angústia. CONTRATRANSFERÊNCIA A contratransferência, por sua vez, é uma resposta emocional do enfermeiro pelas características do cliente, um deslocamento ou projeção a partir de algo que o enfermeiro identifica como próximo. Por exemplo, o enfermeiro, por achar aquele cliente muito parecido com um parente querido, desenvolve uma relação de afeto com ele. VIOLAÇÃO DE LIMITES A violação de limites, por sua vez, diz respeito aos limites na relação enfermeiro-cliente e suas consequências. Quando estabelecemos uma relação pessoal, social ou econômica com os clientes, estamos violando os limites e deixamos de estabelecer uma relação terapêutica. FASES DO RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO Considerado uma ferramenta importante na assistência de enfermagem, o relacionamento terapêutico está distribuído em cinco fases do processo de enfermagem: investigação, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação do cuidado. Vejamos essas fases: INVESTIGAÇÃO É o momento inicial, em que acontece o acolhimento de maneira humanizada, a coleta das informações, que vão além das principais queixas relatadas, e a escuta qualificada identificando todos os problemas relatados pelo cliente. DIAGNÓSTICO É o momento que trata da interpretação e da conclusão dos achados clínicos, no qual o enfermeiro tomará uma decisão em relação à saúde do cliente. PLANEJAMENTO É quando acontece a definição do plano de ação a ser executado a partir dos problemas identificados na fase anterior. IMPLEMENTAÇÃO É a fase em que se executa o que foi planejado a partir do plano terapêutico proposto. AVALIAÇÃO AO CUIDADO É o momento em que há comparação e avaliação de todo o processo e das fases citadas anteriormente, a fim de concluir se o primeiro foi efetivado e se houve melhoria no quadro clínico do cliente. No caso de ter havido falhas, é o momento de identificá-las para ajustes posteriores. Quando o enfermeiro sistematiza o cuidado a partir dessas etapas, ele estará, simultaneamente, desenvolvendo o relacionamento terapêutico e a assistência pautada na ciência, proporcionando um cuidado em enfermagem com qualidade. O processo de enfermagem é a aplicação dessas fases. O relacionamento terapêutico inicia-se antes mesmo do primeiro contato com o cliente e é encerrado somente quando há um desfecho para o cuidado prestado, ou seja, no último momento de interação entre cliente e enfermeiro. As ações do relacionamento terapêutico estão classificadas em quatro etapas: pré interação, orientação, trabalho e término(TOWSEND, 2011). Vejamos cada uma delas: Pré interação: envolve a preparação para o primeiro contato com o cliente. Esta fase inclui: Informação Coletar informações no prontuário por meio do contato com acompanhantes e familiares, ou com outros profissionais da equipe de saúde. Preparação Preparar-se para o contato, principalmente se o cliente apresentar condições físicas ou emocionais que tragam conflito para o enfermeiro. Antes de atender um doente em fase terminal, por exemplo, o enfermeiro deve questionar-se quanto à sua preparação para esse atendimento. Orientação: caracteriza-se pelo contato direto com o cliente e pelo conhecimento mútuo entre este e o enfermeiro. Esta fase inclui: COLETA Proporcionar um ambiente acolhedor e propício ao estabelecimento de confiança. INFORMAÇÃO Confirmar as informações coletadas anteriormente e colher outras de importância para a intervenção proposta. ENTENDIMENTO Identificar as potencialidades e as limitações do cliente que podem interferir na eficácia do cuidado de enfermagem proposto na intervenção. ELABORAÇÃO Formular diagnósticos de enfermagem, com base em problemas reais (já existentes) ou potenciais (com possibilidade de ocorrência) identificados durante a fase de diagnóstico. ESTABELECIMENTO Estabelecer metas satisfatórias para o cliente e o enfermeiro, elaborando um plano de ação que permita alcançar as metas propostas, sem deixar de ser realista. EXPLORAÇÃO Explorar sentimentos e expectativas do cliente e do enfermeiro, uma vez que pode haver a necessidade de variadas interações para a efetivação das ações planejadas. CUIDADO As fases de pré-interação e de orientação oferecem subsídios para a elaboração do Plano de Cuidados de Enfermagem. Trabalho: consiste na etapa de intervenção. Representa a ação, ou seja, a execução do Plano de Cuidados de Enfermagem com objetivo de alcançar os resultados esperados. Esta fase inclui: Implementação Implementar as ações propostas para resolver os problemas identificados nas fases anteriores. Orientação Manter a confiança estabelecida na fase de orientação. Avaliação Avaliar continuamente os resultados obtidos a partir das ações implementadas e o progresso no alcance das metas definidas na fase de orientação. Término: acontece quando a assistência de enfermagem já não é necessária, seja pela recuperação da saúde do cliente, pelo desenvolvimento da autonomia para o autocuidado, ou ainda por uma situação mais grave em que o cliente venha a óbito. Diante do exposto, compreendemos que o relacionamento terapêutico não se resume em um simples ato de se relacionar com o outro, mas requer condições essenciais, para que, de fato, possamos estabelecer um relacionamento, levando em consideração as características individuais de cada sujeito e o modo como cada um vai se relacionar interpessoalmente. O relacionamento enfermeiro-cliente vai se construindo aos poucos e à medida que vamos considerando todos os aspectos que o envolvem, perpassando pelas condições, os tipos e as fases dos indivíduos. Uma vez respeitados todos esses aspectos, podemos, então, estabelecer o relacionamento terapêutico que trará melhores condições de promoção e recuperação da saúde dos nossos clientes. Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre as Condições para desenvolver o relacionamento terapêutico e seus impasses. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. CONSIDERANDO O RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO, PARA IMPLEMENTÁ-LO, O ENFERMEIRO DEVERÁ CONSIDERAR SUAS QUATRO ETAPAS, QUE SÃO: A) Orientação, trabalho, execução e término. B) Pré-interação, orientação, trabalho e término. C) Interação, orientação, trabalho e término. D) Interação, orientação, execução e término. E) Pré-interação, orientação, execução e término. 2. SÃO CONDIÇÕES ESSENCIAIS AO DESENVOLVIMENTO DO RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO, EXCETO: A) Autoconhecimento. B) Confiança. C) Respeito. D) Amizade. E) Empatia. GABARITO 1. Considerando o relacionamento terapêutico, para implementá-lo, o enfermeiro deverá considerar suas quatro etapas, que são: A alternativa "B " está correta. As fases do relacionamento terapêutico são: Pré-interação: Envolve a preparação para entrar em contato com o paciente, ações como avaliar prontuário e conversar com parentes. Orientação: Nesta fase, ocorre o contato entre o enfermeiro e o paciente. É aqui que o vínculo entre eles será construído. Serão, ainda, formulados os diagnósticos de enfermagem e o plano de cuidados. Trabalho: É a fase da implementação, na qual deve-se manter a avaliação constante das metas propostas pelo plano de cuidados. Término: Última fase, que significa que a assistência de enfermagem não é mais necessária, por motivo de alta ou de óbito. 2. São condições essenciais ao desenvolvimento do relacionamento terapêutico, EXCETO: A alternativa "D " está correta. Para que o relacionamento terapêutico possa ser desenvolvido, são necessárias as seguintes condições: autoconhecimento, confiança, respeito, empatia e autenticidade. A amizade não se enquadra nas condições. MÓDULO 2 Reconhecer como o relacionamento terapêutico contribui para uma prática humanizada em Enfermagem Os avanços tecnológicos e a ampliação do direito à saúde contribuíram para a medicalização da última, levando à realização de procedimentos, tanto diagnósticos como terapêuticos, profissionalizados e tecnicistas. Em oposição a essa tradição medicalizante, surgiu uma concepção de saúde apoiada na valorização da abordagem individualizada e com ênfase nas necessidades de cada indivíduo. Essa abordagem é chamada de humanização da assistência, que significa atenção centrada no cliente. A humanização do cuidado implica em habilidade e dedicação profissional. CONCEITO DE HUMANIZAÇÃO E ORIENTAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE De acordo com o Ministério da Saúde (2010), a Política Nacional de Humanização (PNH) pretende colocar em prática os princípios do SUS no dia a dia dos serviços de saúde. A intenção é mudar a forma de gerir e de cuidar, e estimular a comunicação entre as três esferas de participação (gestores, trabalhadores e usuários), de modo que ocorra uma construção coletiva dos processos de cuidado e de trabalho, diminuindo as práticas desumanizadas. A seguir, salientaremos algumas das características desse processo de humanização: MUDAR Mudança nos modelos de atenção e gestão em sua indissociabilidade, tendo como foco as necessidades dos cidadãos, a produção de saúde e o próprio processo de trabalho em saúde, o que valoriza os trabalhadores e as relações sociais no trabalho. COMPARTILHAR Proposta de um trabalho coletivo para que o SUS seja mais acolhedor, mais ágil e mais resolutivo, além do compromisso com a qualificação da ambiência, melhorando as condições de trabalho e de atendimento, e com a articulação dos processos de formação dos serviços e práticas de saúde. COLABORAR Aumento do grau da corresponsabilidade e da autonomia dos sujeitos na produção de saúde. INCLUIR Estabelecimento de vínculos solidários e de participação coletiva no processo de gestão. INTERAGIR Mapeamento e interação com as demandas sociais, coletivas e subjetivas de saúde. SEGUNDO MORAIS ET AL. (2009, P. 324): “[...] ALÉM DE COMPETÊNCIA PESSOAL EVIDENCIADA NA CAPACIDADE DE PERCEBER E COMPREENDER O SER PACIENTE EM SUA EXPERIÊNCIA EXISTENCIAL, SATISFAZENDO SUAS NECESSIDADES INTRÍNSECAS; FAVORECENDO SOBREMANEIRA UM ENFRENTAMENTO POSITIVO DO MOMENTO VIVIDO, ALÉM DE PRESERVAR A SUA AUTONOMIA, OU SEJA, O DIREITO DE DECIDIR QUANTO AO QUE DESEJA PARA SI, PARA SUA SAÚDE E SEU CORPO, POR SER ESTE DIREITO UMA DAS PRIMEIRAS COISAS DIMINUÍDAS OU PERDIDAS QUANDO SE ADOECE”. O cliente espera da equipe de enfermagem, principalmente do enfermeiro, um atendimento que contemple todas as suas necessidades. Contudo, devido à barreira que, por vezes, é imposta entre enfermeiro e clientes, eles se tornam incapazes de contemplar tais necessidades. É de suma importância considerar as condições que favorecemo crescimento da relação interpessoal em prol do cuidado de outros seres humanos, incluindo as questões compreendem o ambiente, o meio e todo o cuidado envolvido nessas relações. Um ambiente terapêutico consiste em acolhimento, integração e aceitação, facilitando o encontro do cliente com o outro, em que pese os fatores adversos como a dependência, a dor e as suas limitações. Esse ambiente acolhedor possibilitará ainda que o cliente ressignifique positivamente a hospitalidade recebida. Foto: Shutterstock.com Os clientes chegam adoecidos às instituições de saúde, por isso, é fundamental que o enfermeiro possa ajudá-los a reconhecer a relação entre fatores emocionais e sintomas físicos. Isso permitirá que eles lidem com as situações adversas vividas de modo amplo, e não apenas com os sintomas biológicos. COMENTÁRIO Basta pôr em prática a habilidade de diálogo do profissional, na interação entre enfermeiro e cliente, para que possam surgir possíveis enfermidades que não estavam tão claras ou visíveis. Dessa forma, o enfermeiro pode perceber e identificar essas questões, tendo em vista que ele é um profissional tecnicamente competente para resolver tais complexidades. As mudanças no processo de trabalho de enfermagem influenciam a relação entre enfermeiro e cliente, a qual vem se modificando gradativamente ao longo dos tempos. Com a humanização da enfermagem, o paciente deixou de ser visto apenas como uma doença ou um leito, agora é tratado como um todo, de forma individualizada, com todas as suas singularidades. Assim, a enfermagem identifica as necessidades básicas de cada paciente para poder agir sobre elas. Para identificar essas necessidades, é necessário que o cliente seja um sujeito ativo nesse relacionamento, potencializando o trabalho da enfermagem e, simultaneamente, sendo beneficiado em relação ao seu próprio cuidado. Mediante o relacionamento e a comunicação estabelecidos com o cliente, pode-se compreendê-lo holisticamente, ou seja, compreender seu modo de pensar, sentir e agir. Esse relacionamento, no entanto, não deve ser uma atitude mecânica, como comumente ocorre. O cliente não deve ser visto apenas como um objeto de trabalho para a equipe de enfermagem e para o enfermeiro, pois, desse modo, apenas algumas de suas necessidades serão satisfeitas e não o consideraremos como um sujeito singular. Imagem: Shutterstock.com ATENÇÃO O relacionamento terapêutico depende do comportamento e das atitudes de cada profissional de saúde, tornando possível um atendimento em que exista o cuidado humanizado. Esse cuidado é complexo, pois envolve as necessidades biopsicossociais, espirituais e afetivas que estão diretamente ligadas aos processos de relacionamento e comunicação entre o enfermeiro e o cliente. Portanto, para um cuidado eficaz, ambos precisam compreender os sinais presentes na relação interpessoal. A partir do estabelecimento de um relacionamento terapêutico, criamos condições para ampliar a percepção do enfermeiro sobre as necessidades do cliente. EXEMPLO FICTÍCIO ESTUDO DE CASO-NÚMERO 1 Francisca (nome fictício), gênero feminino, 19 anos, solteira, deu entrada em um hospital-geral após “tentativa de suicídio”, por ingestão de medicações psiquiátricas que sua avó faz uso. Na ocasião, ela não soube relatar qual fora, especificamente, a medicação. A equipe da emergência realizou diversos procedimentos técnicos para manutenção da vida, tais como: punção venosa periférica, lavagem nasogástrica, instalação de soroterapia e administração medicamentosa prescrita. Após 12 horas em observação, Francisca pareceu melhorar. Ela acordou, manteve-se deitada no leito com a cabeça coberta, mas não falou com os profissionais. Assim que a cliente acordou, a equipe questionou os motivos da tentativa de suicídio. Observe o diálogo a seguir: Enfermeiro A: “Francisca, você é muito nova e linda, deve viver! Não poderia ter feito isso... É muito feio! O que aconteceu? Aposto que brigou com o namorado”. Enfermeiro B: “Não interessa o que tenha acontecido, ninguém tem o direito de atentar contra a própria vida. Só Deus pode decidir o momento da morte!”. Diante da situação exposta e do que temos abordado, podemos refletir que tais intervenções não foram adequadas, pois os enfermeiros se apropriaram das próprias crenças e valores e julgaram o ato da cliente. Sabemos que essa não é uma prática acolhedora e humanizada. Reafirmamos que, para construir um relacionamento terapêutico, não se deve considerar o que é correto para o outro a partir das nossas próprias percepções, mas sim respeitá-los sem qualquer tipo de julgamento, prestando os cuidados pertinentes. Como os enfermeiros deveriam ter se colocado à disposição de acordo com o atendimento humanizado que falamos até o momento? Vejamos um exemplo: Enfermeiro A: “Estou entendendo que você não consegue falar no momento. Caso precise, estarei aqui. Você deseja que eu chame alguém para ficar com você? Caso seja difícil falar neste momento, segure minha mão se a resposta for positiva. Não se preocupe com nada, cuidaremos de você.” Nesse exemplo, vimos que o enfermeiro não questionou o ato cometido pela cliente, apenas se colocou à disposição, estabelecendo o início de uma relação interpessoal para que o cuidado pudesse ser ampliado. Até aqui vimos duas atitudes diferentes que poderiam ser tomadas pelo enfermeiro, sendo que a primeira não condiz com o que entendemos e chamamos de prática humanizada da enfermagem. Desse modo, sabemos qual é a abordagem indicada para que tenhamos êxito e melhor qualidade no cuidado ao cliente, levando em consideração os pressupostos éticos da profissão. VAMOS REFLETIR ACERCA DO CUIDADO HUMANIZADO DE ENFERMAGEM COM MAIS UM EXEMPLO: ESTUDO DE CASO-NÚMERO 2 Imagine a temperatura da água em que você costuma tomar banho. Ela costuma ser quente, morna ou fria? Como você prefere? Digamos que você prefira água quente. Enquanto profissional enfermeiro, ao preparar o banho de um cliente, você precisará decidir a temperatura da água. Provavelmente, julgará que a água quente será a melhor opção, certo? E por quê? Por ser a sua temperatura preferida. Logo, num certo automatismo, achamos que a melhor escolha para o outro será a mesma que a nossa. Mas será que essa, de fato, seria a escolha do cliente? Isso, evidentemente, não acontece por maldade. Todavia, é preciso nos atentarmos a essas decisões que precisamos tomar no dia a dia e pensarmos se aquela necessidade atendida foi nossa ou do cliente. Muitos enfermeiros optam pelo horário do banho e o preparam sem comunicar o fato aos clientes, ou sequer os consultam para saber se desejam tomar banho. Então, o cliente acaba sendo surpreendido com uma temperatura de água que não gosta e num horário com o qual não está acostumado. Isso seria um cuidado humanizado? Um cuidado terapêutico? Com esse argumento, pode-se afirmar que a proposta de humanização se baseia no relacionamento terapêutico, por ser pautada na empatia, na escuta sensível e atenta, no vínculo, no cuidado integral, holístico e singular, e no respeito ao cliente, considerando-o sujeito ativo e protagonista do processo de promoção e recuperação de sua saúde, enquanto o enfermeiro será o agente facilitador desse processo de cuidado. Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre as Contribuições do relacionamento terapêutico para o desenvolvimento de uma prática humanizada em enfermagem. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. SOBRE O RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO E O CUIDADO HUMANIZADO, É CORRETO AFIRMAR QUE: A) A dúvida funciona como base e representa uma atitude de respeito e valorização do paciente psiquiátrico. B) Considera-se a prática da enfermagem como um processo cujo foco principal está centrado na família. C) Fundamenta-se nas necessidades emocionais e pessoais do paciente, sendo planejado e orientado a partir de objetivos definidos. D) Busca descrever conceitos e princípios que deem suporte às relações sociais. E) A relação terapêuticadeve cumprir objetivos preestabelecidos pelo enfermeiro. 2. UM HOMEM EM SITUAÇÃO DE RUA, COM APARÊNCIA SUJA, VESTES DEGRADADAS, ODOR FÉTIDO E LESÕES CORPORAIS, ENTRA NA EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL. COM BASE NO ENUNCIADO, E DE ACORDO COM O CUIDADO HUMANIZADO NA ENFERMAGEM E O CONCEITO DE RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO, QUAL A SERIA A CONDUTA ADEQUADA? A) Ignorar, tendo em vista que ele mora na rua e não poderá dar continuidade ao cuidado. B) Acolher, sem qualquer tipo de julgamento ou preconceitos, e ofertar todos os cuidados necessários e indicados para tal situação. C) Transferir para um hospital psiquiátrico sem qualquer tipo de acolhimento, visto que ele mora na rua. D) Perguntar o que ele faz ali, não prestar qualquer cuidado e pedir que procure atenção primária em saúde, sem qualquer tipo de avaliação de suas lesões. E) Ignorar, tendo em vista suas condições e apresentação, de modo que você, enquanto enfermeiro, não deve cuidar dessas pessoas. GABARITO 1. Sobre o relacionamento terapêutico e o cuidado humanizado, é CORRETO afirmar que: A alternativa "C " está correta. Para uma prática de enfermagem humanizada, precisamos olhar o cliente holisticamente, como um todo, considerando todas as suas necessidades e singularidades, e não apenas as questões físicas para a implementação do cuidado. 2. Um homem em situação de rua, com aparência suja, vestes degradadas, odor fétido e lesões corporais, entra na emergência de um hospital. Com base no enunciado, e de acordo com o cuidado humanizado na enfermagem e o conceito de relacionamento terapêutico, qual a seria a conduta adequada? A alternativa "B " está correta. Pode-se afirmar que a proposta de humanização se baseia no relacionamento terapêutico, por ser pautada na empatia, na escuta sensível e atenta, no vínculo, no cuidado integral, holístico e singular, e no respeito ao cliente. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao longo deste conteúdo, aprendemos que o relacionamento terapêutico consiste no desenvolvimento de ações recíprocas entre enfermeiro e cliente, permitindo que ambos influenciem e sejam influenciados na elaboração de objetivos de curto, médio e longo prazo, para promoção, manutenção e restabelecimento da saúde do cliente, tendo como foco suas necessidades e singularidades. Entendemos, ainda, que o relacionamento terapêutico tem início antes do primeiro contato com o cliente e termina somente quando há um desfecho para o cuidado prestado, ou seja, no último momento de interação entre cliente e enfermeiro. Destacamos também a importância do relacionamento terapêutico para uma assistência de enfermagem humanizada, tendo em vista que o primeiro visa o cuidado de maneira integral, considerando o cliente com um todo, o que chamamos de visão holística e integral, e respeitando todas as suas particularidades, sejam elas: crenças, cultura, raça e gênero. Compreende-se que ali se encontra um sujeito que requer cuidados para além de qualquer valor moral. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ALFARO, L. R. Aplicação do processo de enfermagem: um guia passo a passo. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. ARANTES, E. C.; STEFANELLI, M. C.; FUKUDA, I. M. K. Relacionamento terapêutico enfermeiro-cliente. In: STEFANELLI, M. C.; FUKUDA, I. M. K.; ARANTES, E. C. A comunicação nos diferentes contextos da enfermagem. São Paulo: Manole, 2008. p. 358-370. ARRUDA, M. Humanizar o infra-humano – a formação do ser humano integral: homo evolutivo, práxis e economia solidária. Petrópolis: Vozes, 2003. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza/SUS: documento base para gestores e trabalhadores do SUS. 4. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. CIANCIARULLO, T.I. Instrumentos básicos para o cuidar: um desafio para a qualidade de assistência. 1. ed. São Paulo: Atheneu, 2003. DANTAS, G. C. da S. Autoconhecimento. Brasil Escola. Consultado na internet em: 5 mar. 2021. HARTER, S. Authenticity. In: SNYDER, C.; LOPEZ, S. Handbook of positive psychology. Oxford: Oxford University Press, 2002. FRITZEN, S. J. Janela de Johari: exercícios vivenciais de dinâmica de grupo, relações humanas e de sensibilidade. Petrópolis: Vozes, 2000. JORGE, M. S. B.; PINTO, D. M.; QUINDERÉ, P. H. 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A comunicação nos diferentes contextos da enfermagem. 2 ed. São Paulo: Manole, 2012. p. 110-122. STEFANELLI, M. C.; FUKUDA, I. M. K.; ARANTES, E. C. A comunicação nos diferentes contextos da enfermagem. São Paulo: Manole, 2008. p. 331 -357. TOWSEND, M. C. Enfermagem psiquiátrica: conceitos de cuidados. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. EXPLORE+ Para se aprofundar no tema do relacionamento terapêutico, leia os seguintes artigos: Comunicação terapêutica em Enfermagem: instrumento essencial do cuidado, de Alexandra Carvalho Pontes, Ilse Maria Tigre Arruda Leitão e Islane Costa Ramos, disponível no site da Scielo. A empatia no relacionamento terapêutico: um instrumento do cuidado, de Telma Elisa Carraro e Vera Radünz, disponível no site da UFPR. Relacionamento terapêutico enfermeira-paciente, de Maguida Costa Stefanelli, disponível no site da Scielo. O relacionamento terapêutico no cuidado a uma portadora de transtorno afetivo bipolar: uma experiência transformadora, de Ana Claudia Silva Lemos e colaboradores, disponível no site da Redalyc. CONTEUDISTA Michael Vida de Freitas CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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