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1
94
1
Profª Fernanda dos Santos Gentil
Controle tecnológico do concreto
Aula 3
94
2
Conversa Inicial
94
3
O concreto é um dos materiais mais 
utilizados na construção civil, composto por 
uma mistura de cimento, agregados graúdos, 
agregados miúdos, água, aditivos e adições
94
4
Microestrutura
94
5
A microestrutura do concreto é considerada 
complexa e heterogênea 
Ter o conhecimento da microestrutura, das 
propriedades de cada elemento do concreto e 
da relação entre microestrutura e 
propriedade contribui para auxiliar no 
controle das características do concreto
94
6
Dentro da microestrutura do concreto, 
existem três fases
Agregado 
Pasta de cimento hidratada
Zona de transição na interface entre o 
agregado e a pasta de cimento
2
94
7
A fase agregado é a principal responsável 
pela determinação de algumas propriedades 
do concreto: massa unitária, módulo de 
elasticidade e estabilidade dimensional 
Tais propriedades sofrem influência 
diretamente da densidade e resistência do 
agregado por meio das suas características 
físicas 
Microestrutura da fase agregado
94
8
Tipo Formato Tipo de textura 
superficial
Cascalho natural Arredondado Lisa
Rochas britadas Achatado ou 
alongado
Áspera
Agregados leves de 
pedra-pomes
Angular Áspera
Argila expandida Arredondado Lisa
Partículas de agregado
94
9
As caraterísticas dos agregados que afetam de 
forma indireta a resistência do concreto são a 
dimensão e a forma do agregado graúdo
A água de exsudação interna normalmente se 
acumula em torno de partículas de agregados 
alongadas, achatadas e grandes
Nesses locais a zona de transição na interface 
pasta-agregado tem a probabilidade de ser fraca, 
com possibilidade de microfissuração 
Tal fenômeno é responsável pela ruptura por 
cisalhamento na superfície da partícula de 
agregado
94
10
Pasta de cimento hidratada = pastas de cimento 
Portland
Visto que a composição principal da pasta é o 
cimento, justifica-se compreender algumas 
informações sobre tal material
O cimento anidro é um pó cinza composto de 
partículas angulares com tamanhos 
compreendidos entre 1 a 50 �m, produzido por 
meio da moagem de um clínquer com 
quantidades pequenas de sulfato de cálcio
Microestrutura da 
pasta de cimento hidratada
94
11
O clínquer é constituído por uma mistura 
heterogênea de vários compostos: óxido de 
cálcio e sílica, alumina e óxido de ferro, 
submetidos a altas temperaturas
A composição química dos principais 
componentes do clínquer são
C3S (silicato tricálcico)
C2S (Silicato dicálcico) 
C3A (aluminato tricálcico) 
C4AF (ferroaluminato tetracálcico)
94
12
Composição 
química
Percentual na 
composição do 
cimento Portland
C3S Entre 45 e 60%
C2S Entre 15 e 30%
C3A Entre 6 e 12%
C4AF Entre 6 e 8%
Quantidades da 
composição química do clínquer
3
94
13
O processo da mistura entre o cimento Portland 
e a água acontece da seguinte maneira: o sulfato 
de cálcio e os compostos de cálcio formados em 
altas temperaturas começam a entrar em 
solução, quando o cimento é colocado em 
contato com a água. Nessa etapa, a fase líquida 
se torna saturada com diversas espécies de íons
Após poucos minutos da hidratação do cimento, 
há o início da formação da etringita (cristais de 
trissulfoaluminato de cálcio hidratado), a partir 
da interação entre cálcio, sulfato, aluminato e 
íons hidroxilas
94
14
Horas mais tarde, grandes cristais com 
formato prismático de hidróxido de cálcio (Ca 
(OH)2) e pequenos cristais fibrosos de 
silicato de cálcio hidratado iniciam o 
processo de preenchimento dos espaços 
vazios
Após alguns dias, a etringita pode se tornar 
instável e se decompor para formar o 
monossulfoaluminato hidratado, com o 
formato de placas hexagonais
94
15
Silicato de cálcio hidratado 
Abreviação C-S-H
Presente entre 50 e 60% do volume de sólidos 
na pasta de cimento hidratada
A fase que determina as propriedades das 
pastas 
A morfologia varia: fibras pouco cristalinas até 
redes reticulares
Área superficial da estrutura: entre 100 e 700 
m2/g 
A resistência do material: forças de Van der 
Waals
94
16
Hidróxido de cálcio 
Abreviação: (Ca(OH)2)
Também chamado de portlandita
Constitui entre 20 e 25% do volume de 
sólidos na pasta de cimento hidratada
A morfologia desses cristais é prismática 
hexagonal
94
17
Sulfoaluminatos de cálcio: ocupam de 15 a 
20% do volume sólido da pasta de cimento 
hidratada
Grãos de clínquer não hidratados: podem ser 
encontrados na microestrutura de pastas de 
cimento hidratadas, mesmo muito tempo 
depois da hidratação
94
18
Espaço interlamelar no C-S-H
Representa 28% da porosidade no silicato de 
cálcio hidratado
O tamanho desse espaço varia entre 5 e 25 ��
Tal tamanho não tem efeito adverso à 
permeabilidade e resistência da pasta de 
cimento hidratada
As pontes de hidrogênio podem reter água 
nesses pequenos vazios, e sua remoção pode 
proporcionar o aparecimento de retração por 
secagem e fluência
4
94
19
Vazios capilares
Caracterizam-se como sendo os espaços 
não preenchidos pelos componentes sólidos 
da pasta de cimento hidratada
O tamanho está entre 10 e 50 nm
A hidratação do cimento pode ser verificada 
como um processo onde o espaço ocupado 
pelo cimento e pela água é preenchido 
pelos produtos de hidratação; já o espaço 
não ocupado por tais componentes é 
chamado de vazio capilar
94
20
Ar incorporado
Caracterizado como uma quantidade pequena 
de ar que fica aprisionada na pasta de cimento 
durante a mistura do concreto
Os tamanhos variam entre 50 e 200 �m 
Os vazios de ar incorporado são maiores do 
que os vazios capilares, assim tal característica 
pode afetar de forma negativa a resistência da 
pasta de cimento
94
21
Água capilar
Está presente em vazios maiores que 50 ��
É entendida como sendo o volume de água 
livre da influência das forças de atração 
exercidas pela superfície sólida 
94
22
Água adsorvida
É a água próxima à superfície do sólido
Sob influência das forças de atração, as 
moléculas de água são fisicamente 
adsorvidas na superfície dos sólidos na 
pasta de cimento hidratada 
A perda de água adsorvida é responsável 
pela retração da pasta de cimento 
hidratada
94
23
Água interlamelar
É a água que está associada com a estrutura do 
C-S-H
Quando essa água é perdida, é possível 
verificar que a estrutura do C-S-H é retraída
Água quimicamente combinada
É a água que constitui parte da microestrutura 
de vários produtos de hidratação do cimento
Essa água não se perde na secagem; ela é 
liberada quando os hidratos se decompõem por 
aquecimento
94
24
A partir da sequência do lançamento do 
concreto, por exemplo, em obra, é possível 
ter o entendimento das características 
microestruturais desse material
Para tal compreensão, é necessário 
analisarmos tal sequência 
Zona de transição do concreto
5
94
25
Filmes de água se formam em torno das grandes 
partículas de agregado no concreto fresco 
recém-compactado 
Há a formação de uma matriz da pasta de 
cimento ou, então, uma matriz de argamassa 
Na próxima etapa, como na matriz da 
pasta/argamassa, íons de cálcio, sulfato, 
hidroxila e aluminato, fabricados pela dissolução 
dos compostos sulfato de cálcio e aluminato de 
cálcio, combinam-se para formar a etringita e o 
hidróxido de cálcio
94
26
A
B
B
B
1 µm
A = filme limite 
em contato com 
o agregado
Agulhas 
de 
Etringite
B = CH = 
Ca(OH)2
C-H = 
camada 
sublimite 
Thomaz, 2022.
94
27
Em virtude da elevada relação água/cimento, 
esses produtos cristalinos, situados nas 
proximidades do agregado graúdo, 
apresentam cristais maiores, formando uma 
estrutura mais porosa do que na matriz da 
pasta de cimento ou da argamassa
94
28
Com o desenvolvimento da hidratação, o C-S-
H pouco cristalino e uma quantidade menor 
de cristais de etringita e hidróxido de cálcio 
iniciam o preenchimento do espaço vazio 
entre a estrutura criada pelos grandes 
cristais de etringita e hidróxido de cálcio
Tal processo auxilia namelhora da densidade 
e da resistência da zona de transição na 
interface
94
29
ITZ
Thomaz, 2022.
Interface
Areia
10 µm
(a)
Grãos não 
hidratados 
de cimento 
94
30
A zona serve como uma ponte entre dois 
componentes: a matriz da pasta de cimento 
ou de argamassa e o agregado (graúdo ou 
miúdo)
A zona de transição apresenta grande 
influência no módulo de elasticidade, 
durabilidade e a resistência do concreto
A resistência do concreto depende do 
tamanho e do volume dos vazios existentes
6
94
31
Um concreto de baixa relação água/cimento, 
nas suas primeiras idades, o volume e o 
tamanho dos vazios na zona de transição 
serão maiores do que na matriz da pasta de 
cimento/argamassa; em virtude disso, a zona 
de transição apresentará menor resistência
Com o passar da idade, a resistência da zona 
de transição pode se tornar igual à 
resistência da matriz da pasta de 
cimento/argamassa
94
32
Tal fenômeno pode acontecer como resultado 
da cristalização de novos produtos nos vazios 
da zona de transição na interface pelas 
vagarosas reações químicas entre os 
constituintes da pasta de cimento/argamassa 
e o agregado (Mehta; Monteiro, 2008)
Outro fator que pode contribuir para a 
redução da resistência da zona de transição 
na interface no concreto é a presença de 
microfissuras 
94
33
O aparecimento da microfissura vai depender 
de diversas parâmetros 
Tamanho do agregado 
Distribuição granulométrica 
Consumo de cimento 
Relação água/cimento 
Grau de adensamento do concreto no 
estado fresco 
Condições de cura, umidade ambiente e 
histórico térmico do concreto
94
34
Propriedades do 
concreto no estado fresco
94
35
A consistência é uma das principais 
características do concreto que determina a 
sua propensão para ser manuseado
Tem como definição, dentro da área de 
tecnologia do concreto, ser a maior ou menor 
capacidade do concreto de se deformar sob a 
ação do próprio peso 
Trabalhabilidade
94
36
O método de ensaio definido pela normalização 
brasileira NBR 16.889 (ABNT, 2020) para a 
determinação da consistência do concreto fresco 
é pelo abatimento do tronco de cone 
Nos concretos especiais, por exemplo os 
bombeados, as características para a 
bombeabilidade (trabalhabilidade) dependerão 
do abatimento, do diâmetro máximo do agregado 
graúdo, do consumo de cimento e do teor de 
argamassa 
(Andrade; Helene, 2017)
7
94
37
Com o passar do tempo, o concreto recém-
misturado acaba se enrijecendo. É 
importante diferenciar esse caso com a pega 
do cimento, pois tal enrijecimento acontece 
em virtude de uma parcela de água da 
mistura que é absorvida pelo agregado, outra 
que é perdida por evaporação e uma terceira 
parcela, eliminada pelas reações químicas no 
estado inicial da mistura (Neville, 2015)
Efeito do tempo e 
temperatura na trabalhabilidade
94
38
A variação da trabalhabilidade com o tempo 
depende de
Teor de cimento da mistura
Tipo de cimento 
Temperatura do concreto 
Condição de umidade do agregado para um 
valor total de água 
Outro fator que interfere na trabalhabilidade é a 
temperatura ambiente, mesmo sendo a 
temperatura do concreto considerada mais 
representativa nos fenômenos observados 
(Neville, 2015)
94
39
Os fatores intrínsecos ao concreto são
Influência da relação água/materiais secos
Tipo e consumo de cimento 
Traço 
Teor de argamassa 
Tamanho, textura e forma dos agregados 
Fatores que afetam a trabalhabilidade
94
40
Os fatores externos de influência são
Condições de transporte
Lançamento 
Características das fôrmas 
Esbeltez dos elementos estruturais 
Densidade e distribuição das armaduras
Entre outros fatores
94
41
A segregação é caracterizada como sendo a 
separação dos componentes de uma mistura 
heterogênea, assim a mistura não é mais 
homogênea, ou seja, uniforme
Concreto: a segregação são as diferenças de 
tamanho das partículas e da massa específica 
dos componentes da mistura
Segregação
94
42
Formas de acontecer a segregação
A primeira é quando as partículas mais 
graúdas tendem a separar-se e caminhar 
mais ao longo de um declive ou, até 
mesmo, a se sedimentar mais do que as 
partículas mais finas 
A outra forma de acontecer a segregação é 
em misturas com muita água, onde há a 
separação de uma suspensão de cimento 
aquosa da mistura
8
94
43
A exsudação é um fenômeno, também 
caracterizado como separação de água, onde 
parte da água da mistura tem a propensão de 
subir para a superfície do concreto recém-
empregado 
Tal processo acontece pela incapacidade de 
os componentes sólidos da mistura reterem 
toda a água de amassamento quando eles se 
organizam
Exsudação
94
44
A redução da exsudação é favorecida quando 
o cimento utilizado tem um teor elevado de 
álcalis, um teor elevado de C3A, ou na 
presença de cloreto de cálcio
A adição de pozolanas ou de alumínio em pó 
no cimento também contribui para a 
diminuição da exsudação
(Neville, 2015)
94
45
Propriedades do concreto 
no estado endurecido
94
46
Os concretos estruturais precisam atender às 
classes dos grupos I e II, apresentados na 
norma NBR 8.953 (ABNT, 2015). Dentro do grupo 
I estão os concretos C20, C25, C30, C35, C40, 
C45 e C50, e no grupo II estão os concretos de 
classes C55, C60, C70, C80, C90 e C100 
Como pode ser observado, existe uma 
numeração. Na simbologia das classes dos 
concretos, esse valor refere-se à resistência 
característica à compressão estabelecida, em 
MPa, para a idade de 28 dias
Classes
94
47
A massa específica normal (ρ) dos concretos 
estruturais, depois de serem secos em 
estufa, estão entre 2.000 e 2.800 kg/m3 (NBR 
6.118, 2014)
Caso não seja conhecida a massa específica 
real do concreto, adotar para o concreto 
simples o valor de 2.400 kg/m³ e para o 
concreto armado e protendido 2.500 kg/m3
(Andrade; Helene, 2017)
Massa específica
94
48
A retração é a redução do volume do concreto 
desde o fim da cura até atingir um estado de 
equilíbrio compatível com as condições 
ambientes
É um processo que não tem a ação de forças 
externas
Tal fenômeno acontece devido à perda de água 
da pasta de cimento e às alterações físico-
químicas internas
Retração do concreto
9
94
49
Retração por secagem (ou retração 
hidráulica): ocorre devido à evaporação da 
água livre ou capilar que acarreta tensões 
capilares fundamentais nos poros 
remanescentes do concreto que ainda 
apresentam água em seu interior
Retração autógena (ou retração por 
hidratação do cimento ou retração química): 
o volume total dos produtos hidratados é 
inferior à soma dos volumes de cimento 
anidro e de água
94
50
Retração por carbonatação
Ocorre devido à reação do CO2 presente na 
atmosfera com compostos hidratados do 
cimento. 
Por exemplo, a portlandita (Ca (OH)2) é o 
composto mais propenso à carbonatação
94
51
Para efeitos de análise estrutural, a norma 
NBR 6.118 (ABNT, 2014) menciona que
O coeficiente de dilatação térmica pode ser 
admitido como sendo � =10��/°�
Tal valor é influenciado pela natureza e teor 
de agregados
Coeficiente de dilatação térmica
94
52
Diagrama tensão-deformação
�c
fck
0,85fcd 
εc2 εcu εc
Para fck ≤ 50 MPa: n = 2
Para fck ≥ 50 MPa:
n = 1,4 + 23,4 [(90 – fck)/100]4
�c = 0,85fcd.[1 –
(1 − εc εc2 
)
]
Unesp, 2008
94
53
O valor máximo da tensão de ruptura (�c) é 
estabelecido como sendo igual a 0,85 fcd, por 
causa de três fatores
Variação da resistência do concreto em 
função das velocidades de carregamento 
Ganho de resistência do concreto ao longo 
do tempo 
A influência da forma cilíndrica do corpo de 
prova
94
54
Módulo de elasticidade
Battagin, 2007
10
94
55
Módulo de elasticidade (Eci)
É a relação entre a tensão aplicada e a 
deformação instantânea dentro de um 
limite proporcional estabelecido 
Tal relação é dada pela declividade da 
curva tensão-deformação formada por 
causa do carregamento uniaxial exercido 
sobre o material
(Mehta; Monteiro, 2008)
94
56
O módulo de elasticidade dinâmico é 
determinado pelo métodode ultrassom
O módulo estático é determinado para uma 
dada velocidade de carregamento 
previamente estabelecida
94
57
O módulo estático se subdivide em
Battagin, 2007
Módulo tangente 
inicial
Módulo tangente
Módulo secante
σ
ε
94
58
��� � �� � 5.600 ��� para fck de 20 MPa a 50 MPa
��� � 21,5 � 10�� �� � 
���
� 
! 1,25
�/�
para fck de 55 Mpa 
a 90 MPa
��� = módulo de elasticidade ou módulo de 
deformação tangente inicial do concreto (MPa)
�� = parâmetro em função da natureza do 
agregado que influencia o módulo de 
elasticidade
��� = resistência característica à compressão 
do concreto (MPa)
94
59
��" � �� � ���
�� � 0,8 ! 0,2 � 
���
$ 
% 1,0
��" � módulo de elasticidade ou módulo de 
deformação secante do concreto (MPa)
���= módulo de elasticidade ou módulo de 
deformação tangente inicial do concreto 
(MPa)
���= resistência característica à 
compressão do concreto (MPa)
94
60
Existem várias normas brasileiras que 
orientam seguir as etapas necessárias para 
determinar a resistência à compressão dos 
concretos
NBR 16.886 (ABNT, 2020) 
NBR 5.738 (ABNT, 2015) 
NBR 5.739 (ABN, 2018) 
NBR 12.655 (ABNT, 2022) 
Resistência à compressão
11
94
61
Adotar a expressão a seguir quando a 
verificação realizada em data “j” for igual ou 
superior a 28 dias
��& �
���
'�
��& = resistência de cálculo do concreto
��� = resistência característica do concreto
'� = coeficiente de ponderação do concreto
94
62
Adotar a expressão a seguir quando a 
verificação for realizada em data “j” inferior 
a 28 dias
��& �
���, (
'�
≅ *1 � 
���
'�
Onde *1 é a relação ���,+
���
dada pela 
expressão
*1 � exp " 1 /
28
(
�
0
94
63
Os valores mínimos de resistência à 
compressão que precisam ser atingidas pelo 
concreto são
20 MPa para concretos apenas com 
armadura passiva (armado)
25 MPa para concretos com armadura ativa 
(protendido)
15 MPa apenas para concreto magro e em 
obras provisórias
94
64
O valor da resistência à tração indireta (fct,sp) 
tanto pelo método da compressão diametral 
quanto pelo método de Lobo Carneiro é 
obtido a partir dos processos descritos na 
norma NBR 7.222 (ABNT, 2011)
Resistência à tração
94
65
A resistência à tração direta (fct) pode ser 
considerada igual a 0,9 fct,sp ou, na falta de 
ensaios para a determinação de fct,sp, pode 
ser avaliada por meio das seguintes 
expressões
��12 � 0,3���0/�
��1�, �4� � 0,7��12
��1�, "67 � 1,3��12
��12 e ��� (MPa)
94
66
Ensaio de resistência à tração na flexão NBR 12.142 
(ABNT, 2010)
Resistência à tração na flexão
Trindade e Lopes, 2018
Extremidade da máquina 
de ensaio 
Esfera de aço 
25 mm no mínimo
D = L/3 Corpo-de-prova
L/3 L/3 L/3
Vão
Elemento de apoio e 
aplicação de carga
Estrutura rígida 
de carregamento
Esfera de aço 
Base de apoio 
da máquina de 
ensaio
12
94
67
Dosagem do concreto 
de cimento Portland
94
68
Métodos propostos 
Método de dosagem IPT/EPUSP (Instituto 
de Pesquisas Tecnológicas)
Método de dosagem INT (Instituto Nacional 
de Tecnologia)
Método de dosagem ITERS (Instituto 
Tecnológico do Estado do Rio Grande do 
Sul)
(...)
94
69
(...)
Método de dosagem do IBRACON
Método de dosagem De Larrard
Método de dosagem Helene & Terzian
Método de dosagem Mehta-Aïtcin 
Método de dosagem Tutikian
Método de dosagem da ACI/ABCP
94
70
Adaptado do método da ACI (American 
Concrete Institute) para agregados 
brasileiros
Para concretos de consistência plástica a 
fluida
Fornece uma primeira aproximação da 
quantidade dos materiais, devendo-se 
realizar uma mistura experimental
Método de dosagem ABCP
94
71
Características dos materiais
Fixar a/c
Determinar o consumo de 
materiais
Apresentação do 
traço
• Cimento
• Agregados
• Concreto 
94
72
Características dos materiais
Cimento
Tipo
Massa específica
Resistência do cimento aos 28 dias
(...)
13
94
73
(...)
Agregados
Análise granulométrica
Módulo de finura do agregado miúdo
Dimensão máxima do agregado graúdo
Massa específica
Massa unitária compactada
(...)
94
74
(...)
Concreto
Consistência desejada no estado fresco
Condições de exposição
Resistência característica do concreto
Resistência de dosagem do concreto
fc28 = fck + 1,65 x sd
Sd = desvio-padrão
94
75
Condição A
Sd = 4,0 
MPa
O cimento e os agregados são medidos em massa, e a água de 
amassamento é medida em massa ou volume com dispositivo 
dosador e corrigida em função da umidade dos agregados 
(concreto normalmente preparado por empresas de serviços de 
concretagens)
Condição B
Sd = 5,5 
MPa
O cimento é medido em massa, e a água de amassamento é 
medida em volume mediante dispositivo dosador e os agregados 
em volume. A umidade do agregado miúdo é determinada pelo 
menos três vezes ao dia. O volume do agregado miúdo é corrigido 
através da curva de inchamento estabelecida especificamente para 
o material utilizado. 
Condição C
Sd = 7,0 
MPa
O cimento é medido em massa, os agregados são medidos em 
volume, a água de amassamento é medida em volume, e a sua 
quantidade é corrigida em função da estimativa da umidade dos 
agregados e da determinação da consistência do concreto.
94
76
Características dos materiais
Fixar a/c
Determinar o consumo 
de materiais
Apresentação 
do traço
94
77
Fixação do a/c
Critérios
Determinação do fc28
Relação a/c e tipo de cimento
Escolha do a/c em função da curva de 
Abrams do cimento
94
78
0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90
10
20
30
40
50
60
Relação água/cimento
44 
41 
38 
38 
32 
29 
26 
Resistência 
normal do 
cimento aos 
28 dias (MPa)
R
e
si
st
ê
n
ci
a
 à
 c
o
m
p
re
ss
ã
o
 d
o
 c
o
n
cr
e
to
 r
e
q
u
e
ri
d
a
 a
o
s 
2
8
 d
ia
s 
(M
p
a
)
Parâmetros de Dosagem do Concreto, ABCP, ET-67, 1995
14
94
79
Exemplo
Cimento CP 32
Concreto com resistência de 25 MPa aos 28 
dias
94
80
Características dos materiais
Fixar a/c
Determinar o consumo 
de materiais
Apresentação 
do traço
Água
Cimento
Agregado Graúdo
Miúdo
94
81
Determinação aproximada do consumo de 
água (Ca)
Consumo de água aproximado (L/m3)
Abatimento (mm)
Dmáx. agregado graúdo (mm)
9,5 19,0 25,0 32,0 38,0
40 a 60 220 195 190 185 180
60 a 80 225 200 195 190 185
80 a 100 230 205 200 195 190
94
82
Determinação do consumo de cimento (Cc)
O consumo de cimento depende diretamente 
do consumo de água
89 �
8:
:/9
Ca = consumo de água
a/c = relação água/cimento
94
83
Determinação aproximada do consumo de 
agregados (Cb)
Consumo de agregado graúdo
Dimensão máxima do agregado graúdo
Módulo de finura da areia
Consumo de areia
Teor de pasta
Consumo de agregado graúdo
94
84
MF
Dimensão máxima dos agregados (mm)
9,5 19,5 25,0 32,0 38,0
1,8 0,645 0,770 0,795 0,820 0,845 V
O
L.
B
R
I
T
A
S
2,0 0,625 0,750 0,775 0,800 0,825
2,2 0,605 0,730 0,755 0,780 0,805
2,4 0,585 0,710 0,735 0,760 0,785
2,6 0,565 0,690 0,715 0,740 0,765
2,8 0,545 0,670 0,695 0,720 0,745
3,0 0,525 0,650 0,675 0,700 0,725
3,2 0,505 0,630 0,655 0,680 0,705
3,4 0,485 0,610 0,635 0,660 0,685
3,6 0,465 0,590 0,615 0,640 0,665
15
94
85
Determinação aproximada do consumo de 
agregados (Cb)
;< � =< > ?<
Vb = volume do agregado graúdo (brita) seco 
por m3 de concreto
?b = massa unitária do agregado graúdo (brita 
compactada)
Composição com dois agregados graúdos
Critério do menor volume de vazios
Proporcionar as britas de maneira a obter a 
maior massa unitária compactada
94
86
Consumo do agregado miúdo (Cm)
@2 � 1 / A
��
'�
!
�B
'B
!
�C
'C
D
�2 � '2 � @2
Vm= volume de areia
Cc = consumo de cimento
'� = massa específica do cimento
(...)
94
87
(...)
Cb = consumo de agregado graúdo
'B =massa específica do agregado graúdo
Ca = consumo de água
'C = massa específica da água
Cm = consumo do agregado miúdo
'2 = massa específica do agregado miúdo
94
88
Características dos materiais
Fixar a/c
Determinar o consumo 
de materiais
Apresentação 
do traço
94
89
Apresentação do traço
Cimento : areia : brita : a/c
;E;E
∶ 
;G
;E
∶ 
;<
;E
∶ 
;H
;E
Apresentar o consumo de cimento (kg/m3)
94
90
Recebimento do concreto
16
94
91
Documentação
O caminhão de concreto, ao chegar à obra, 
deve ser verificado
A nota fiscal e a especificação do concreto: fck, 
agregados utilizados, abatimento e horário de 
saída do caminhão da usina. Importante 
observar que do início do carregamento até o 
fim do adensamento não se deve ultrapassar o 
tempo de 2 horas e 30 minutos
(...)
Aceitação do concreto
94
92
(...)
O lacre da betoneira e seu número constando 
na nota fiscal
Caso existam irregularidades nos itens 
anteriores, o concerto deve ser rejeitado
Abatimento do tronco de cone
O abatimento do concreto deve estar dentro do 
limite previsto no pedido de compra do 
concreto
Abatimento (mm) Tolerância (mm)
De 10 a 90 ± 10
De 100 a 150 ± 20
Acima de 160 ± 30
94
93
Resistência à compressão
A aceitação do concreto quanto à 
resistência à compressão é feita através da 
comparação entre o valor obtido em ensaio 
(resistência característica à compressão 
estimativa – fck,est) e o especificado em 
projeto (fck)
Se fck,est ≥ fck → concreto aceito
94
94
Se o concreto não atingir o valor especificado 
em projeto, o responsável pela obra deverá 
comunicar o projetista de estrutura e a 
concreteira para que sejam tomadas as 
devidas providências
Os ensaios que determinam o fck,est do 
concreto são realizados em laboratórios 
apropriados, e a forma de controle deve 
seguir as recomendações estabelecidas pela 
norma NBR12.655 (ABNT, 2022)
94
95

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