Logo Passei Direto
Buscar

U1_U6_Estudos Anatomicos e Cinesiologicos_book (9)

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

ESTUDOS ANATÔMICOS E 
CINESIOLÓGICOS
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, 
destacando-se pela oferta de cursos de 
graduação, técnico, pós-graduação e 
extensão, com qualidade nas quatro áreas 
do conhecimento: Agrárias, Exatas, 
Humanas e Saúde, sempre primando pela 
qualidade de seu ensino e pela formação 
de profissionais com consciência cidadã 
para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institu-
ições avaliadas no Brasil, apenas 15% conquis-
taram notas 4 e 5, que são consideradas 
conceitos de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
MISSÃO
Formar profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho, com elevado 
padrão de qualidade, sempre mantendo a credibil-
idade, segurança e modernidade, visando à satis-
fação dos clientes e colaboradores.
 
VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
R E I TO R
GRUPO
MULTIVIX
R E I
2 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
Nome e sobrenome do professor.
Nome da Disciplina / Sobrenome, Nome do professor -. - 
Multivix, 2020.
Catalogação: Biblioteca Central Multivix 
 2020 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. 
4 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE QUADROS
 Tabela 1 - Ossos do membro superior 35
 Tabela 2: Músculos que atuam no cíngulo do membro superior 49
 Tabela 1 - Ossos do membro superior 68
 Tabela 2: Músculos que atuam no cíngulo 
do membro superior 82
 Tabela 3: Músculos que atuam no antebraço 
na articulação do cotovelo 86
 Tabela 4: Músculos do antebraço que movimentam 
articulações do punho, mão e dedos 88
 Tabela 5: Músculos intrínsecos da mão 91
 Tabela 1: Ossos do membro inferior 120
 Tabela 2: Músculos mediais responsáveis da 
movimentação da coxa na articulação do quadril 133
 Tabela 3: Músculos anteriores e posteriores responsáveis pela 
movimentação da coxa na articulação do quadril 135
 Tabela 4: Músculos anteriores da coxa responsáveis pela 
movimentação da articulação do joelho e quadril 137
 Tabela 5: Músculos posteriores da coxa responsáveis pela 
movimentação da articulação do joelho 138
 Tabela 6: Músculos da perna responsáveis pela movimentação das 
articulações do tornozelo, pé e dedos 141
5MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE FIGURAS
 Figura 1: Aristóteles 11
 Figura 2: Arquimedes de Siracusa 12
 Figura 3: Cláudio Galeno 13
 Figura 4: Leonardo da Vinci 14
 Figura 5: Galileu Galilei 16
 Figura 6: Isaac Newton 18
 Figura 7: Biomecânica 21
 Figura 8: Posição anatômica 22
 Figura 9: Planos de movimento 24
 Figura 10: Movimentos fundamentais 27
 Figura 11: Educador físico 30
 Figura 1: Escápula 37
 Figura 2: Clavícula 38
 Figura 3: Úmero 39
 Figura 4: Articulação do ombro 43
 Figura 5: Articulação do cotovelo 44
 Figura 6: Articulações do punho e mão 45
 Figura 11: Pista de atletismo 59
 Figura 12: Movimento angular 60
 Figura 13: Alavanca 62
 Figura 14: Alavancas no corpo humano 64
 Figura 1: Escápula 70
 Figura 2: Clavícula 71
 Figura 3: Úmero 72
 Figura 4: Articulação do ombro 76
 Figura 5: Articulação do cotovelo 77
 Figura 6: Articulações do punho e mão 78
 Figura 7: Músculos do braço 84
 Figura 1: Articulação temporomandibular 96
 Figura 2: Regiões da coluna vertebral 97
 Figura 3: Vértebra 99
6 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
 Figura 4: Caixa torácica 100
 Figura 5: Cíngulo do membro inferior 101
 Figura 6: Ligamentos da ATM 102
 Figura 7: Disco intervertebral 103
 Figura 8: Articulações da pelve 104
 Figura 9: Movimentos da coluna vertebral 105
 Figura 10: Movimentos da caixa torácica 106
 Figura 11: Movimento da articulação sacro ilíaca 107
 Figura 12: Hérnia discal 114
 Figura 13: Tórax instável 115
 Figura 1: Ossos do quadril 121
 Figura 2: Fêmur 123
 Figura 3: Tíbia e fíbula 125
 Figura 4: Ossos do pé 126
 Figura 5: Articulações 128
 Figura 6: Epicondilite lateral 143
 Figura 1: Côncavo e convexo 146
 Figura 2: Desafio à estabilidade 147
 Figura 3: Postura sentada 151
 Figura 4: Dormir em decúbito lateral 152
 Figura 5: Desvios posturais 154
 Figura 6: Caminhar 155
 Figura 7: Fases da marcha 157
 Figura 8: Aprendendo a caminhar 161
7MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO A CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA: CONCEITOS BÁSICOS 12
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 12
1.1 ABORDAGEM HISTÓRICA DO ESTUDO DA CINESIOLOGIA E 
BIOMECÂNICA 12
1.2 CONCEITO DE CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA 20
1.3 POSIÇÃO E LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA 23
1.4 PLANOS E EIXOS DE MOVIMENTO 26
1.5 MOVIMENTOS FUNDAMENTAIS 28
1.6 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA CINESIOLOGIA PARA OS 
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO FÍSICA 32
CONCLUSÃO 33
2 PRINCÍPIOS DA BIOMECÂNICA 36
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 36
2.1 LEIS DO MOVIMENTO 36
2.2 FORÇA 39
2.3 TORQUE 42
2.4 ESTABILIDADE 46
2.5 TIPOS DE MOVIMENTOS: GENERALIZADO, LINEAR, ANGULAR 49
2.6 SISTEMA DE ALAVANCAS: CARACTERÍSTICAS E OS TRÊS TIPOS DE 
ALAVANCAS DO CORPO HUMANO 52
CONCLUSÃO 55
3. ANATOMIA E CINESIOLOGIA DOS MEMBROS SUPERIORES: CÍNGULO DO 
MEMBRO SUPERIOR, OMBRO, COTOVELOS, PUNHOS E MÃOS 58
3.1 CONCEITOS PRINCIPAIS 58
3.2 OSSOS E PONTOS DE REFERÊNCIA DOS MEMBROS SUPERIORES 59
3.3 ARTICULAÇÕES E LIGAMENTOS 65
3.4 MOVIMENTOS ARTICULARES 70
3.5 MÚSCULOS 70
3.6 PATOLOGIAS COMUNS 83
CONCLUSÃO 84
1UNIDADE
2UNIDADE
3UNIDADE
8 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
4 ANATOMIA E CINESIOLOGIA DO TRONCO: ATM, PESCOÇO E TRONCO, 
SISTEMA RESPIRATÓRIO E CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR 86
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 86
4.1 CONCEITOS PRINCIPAIS 86
4.2 OSSOS E PONTOS DE REFERÊNCIA 89
4.3 ARTICULAÇÕES E LIGAMENTOS 92
4.4 MOVIMENTOS ARTICULARES 96
4.5 MÚSCULOS 99
4.6 PATOLOGIAS COMUNS 104
CONCLUSÃO 107
5 ANATOMIA E CINESIOLOGIA DOS MEMBROS INFERIORES: QUADRIL, 
JOELHO, TORNOZELO E PÉ 110
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 110
5.1 OSSOS E PONTOS DE REFERÊNCIA 110
5.2 ARTICULAÇÕES E LIGAMENTOS 118
5.3 MOVIMENTOS ARTICULARES 122
5.4 MÚSCULOS 122
5.5 PATOLOGIAS COMUNS 133
CONCLUSÃO 134
6 ANATOMIA E CINESIOLOGIA DO CORPO: POSTURA E MARCHA 136
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 136
6.1 POSTURA: ALINHAMENTO VERTEBRAL 136
6.2 POSTURA ORTOSTÁTICA, SENTADA E EM DECÚBITO DORSAL 139
6.3 DESVIOS POSTURAIS COMUNS 143
6.4 DEFINIÇÃO DE MARCHA, ANÁLISE DE FASE DE APOIO E BALANÇO 145
6.5 OUTROS DETERMINANTES, PADRÃO DE MARCHA COM A IDADE E 
ALTERAÇÕES DA MARCHA 151
CONCLUSÃO 154
REFERÊNCIAS 155
4UNIDADE
5UNIDADE
6UNIDADE
9MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
ICONOGRAFIA
10
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
UNIDADE 1
> estudar em 
detalhes os 
conceitos básicosda Cinesiologia e 
Biomecânica; 
> conhecer os 
planos e eixos de 
movimento e todas 
as suas aplicações;
> apresentar e 
detalhar todos os 
tipos de movimentos 
fundamentais.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
você seja capaz 
de:
11 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
12MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
1 INTRODUÇÃO A CINESIOLOGIA 
E BIOMECÂNICA: CONCEITOS 
BÁSICOS
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Olá, tudo bem com você?
Gostaria de convidar você para este momento muito importante de sua 
formação, tenho certeza de que este será um excelente processo que 
contribuirá muito para o seu conhecimento e aprendizagem.
Ao longo de todo o trajeto você será muitas vezes desafiado e estimulado 
com conhecimentos muito enriquecedores para a sua formação.
Você é o nosso convidado especial para esta viagem através do conhecimento, 
durante toda esta trajetória você irá se deparar com trilhas muito interessantes, 
pode contar comigo durante todo este processo.
O tema desta primeira unidade é “Introdução a Cinesiologia e Biomecânica: 
conceitos básicos”, a qual está dividida em abordagem histórica do estudo 
da Cinesiologia e Biomecânica, conceito de Cinesiologia e Biomecânica, po-
sição e localização anatômica, planos e eixos de movimento, movimentos 
fundamentais e importância do estudo da Cinesiologia para os profissionais 
de Educação Física.
1.1 ABORDAGEM HISTÓRICA DO ESTUDO DA 
CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
Existem vários indivíduos espalhados por todo o mundo que se destacaram 
ao longo de toda a história com o estudo da Cinesiologia e Biomecânica, entre 
eles podemos destacar:
• Aristóteles;
• Arquimedes de Siracusa;
• Cláudio Galeno;
13
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
• Leonardo da Vinci;
• Galileu Galilei;
• Giovanni Alfonso Borrelli;
• Issac Newton.
1.1.1 ARISTÓTELES
O filósofo grego Aristóteles (385 a.C.-323 a.C.) foi aluno de Platão e professor de 
Alexandre o Grande.
Durante toda a sua vida ele escreveu vários livros sobre muitas áreas do co-
nhecimento, entre elas a Biologia, Drama, Economia, Ética, Física, Linguística, 
Lógica, Metafísica, Música, Poesia, Retórica e Zoologia.
Ele estudou expressivamete a Biologia e a Fisiologia, em função das atividades 
profissionais médicas que foram executadas pelo seu pai e seu tio.
FIGURA 1: ARISTÓTELES
Fonte: Wikipédia (2019).
Aristóteles é considerado até os dias atuais como o pai da Cinesiologia, o que 
confirma que seus conhecimentos e descobertas são fundamentais até os dias 
atuais para a Cinesiologia.
14MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
1.1.2 ARQUIMEDES DE SIRACUSA
Arquimedes (288 a.C.-212 a.C.) está classificado entre os principais cientistas 
da Antiguidade Clássica, sendo considerado como um importante astrônomo, 
físico, engenheiro, inventor e matemático.
Durante sua vida ele fez contribuições fundamentais para a Física, descobrindo 
a Lei do Empuxo, Lei da Alavanca e outras várias leis. Outro importante desta-
que foram os estudos dos princípios hidrostáticos com relação ao mecanismo 
de flutuação dos corpos.
Ele foi considerado como um dos melhores e maiores matemáticos de todo o 
mundo, ao lado de Isaac Newton e outros ao longo de toda a história, sendo 
fundamental para o nascimento da Ciência Moderna.
FIGURA 2: ARQUIMEDES DE SIRACUSA
Fonte: estudiopedia.org (2014).
1.1.3 CLÁUDIO GALENO
Cláudio Galeno (130 d.C.-210 d.C.) foi um importante médico e filósofo, sendo 
também conhecido como Élio de Galeno.
15
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Durante o período romano ele foi considerado como um dos médicos com 
maior aptidão, tendo grande importância na ciência médica ocidental por 
mais de mil anos.
Todas as suas pesquisas foram realizadas com macacos, pois durante essa épo-
ca a prática da dissecação em humanos não era permitida.
Ele também foi considerado como um grande pioneiro nas práticas da vivis-
secção e do experimento em animais.
FIGURA 3: CLÁUDIO GALENO
Fonte: Adaptada de Wikipédia (2020).
Agora, gostaria de te convidar a fazer esta 
importante leitura, o artigo “O estudo de 
Cláudio Galeno como fonte de conhecimento 
da anatomia humana”, publicado na Khronos. 
Este artigo vai complementar todo o conteúdo 
que está sendo abordado nesta unidade. Acesse: 
http://www.revistas.usp.br/khronos/article/
view/159295
16MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
Ele foi o primeiro a apresentar que o movimento humano ocorria em decor-
rência da contração dos músculos agonistas e antagonistas; este é um pon-
to muito importante, uma vez que esse conceito continua sendo válido até 
atualmente.
1.1.4 LEONARDO DA VINCI
Leonardo da Vinci (1452-1519) foi um importante polímata da sua época, ten-
do grande destaque na pesquisa em diversas áreas do conhecimento como a 
Anatomia, Arquitetura, Botânica, Ciência, Escultura, Engenharia, Invenção, Ma-
temática, Música, Pintura e Poesia.
O polímata é um indivíduo que apresenta o seu 
conhecimento não restrito em uma única área, 
ou seja, é um indivíduo que possui um grande 
conhecimento em várias áreas ao mesmo tempo.
Outros importantes exemplos de polímatas além 
de Leonardo da Vinci foram Isaac Newton, William 
Shakespeare, Albert Einstein entre outros.
FIGURA 4: LEONARDO DA VINCI
Fonte: Wikipédia (2012).
17
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Da Vinci foi um indivíduo que possuía uma grande curiosidade, sendo um dos 
maiores pintores de todos os tempos além de ser considerado como um dos 
maiores talentos de todo a história.
Através deste artigo você terá acesso à 
informações relevantes sobre os estudos 
anatômicos que Leonardo da Vinci realizou 
durante o período de 1485 e 1515.
Os trabalhos de Leonardo da Vinci apareceram durante o período do Renasci-
mento, no qual foram resgatadas e expandidas importantes contribuições em 
relação ao corpo humano através do estudo sobre:
• relação do movimento
• centro de gravidade
18MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
• equilíbrio corporal
1.1.5 GALILEU GALILEI
Galileu (1564-1642) foi um importante astrônomo, filósofo, físico e matemático. 
Por meio dos seus trabalhos ele desenvolveu estudos sistemáticos sobre o mo-
vimento uniformente acelerado, além do movimento do pêndulo; ele também 
apresentou o princípio da inércia.
Através de todas as pesquisas sobre o movimento, ele contribui bastante na 
fundamentação do estudo do movimento humano como uma ciência, esta-
belecendo uma importante relação de todos os conceitos com os princípios 
matemáticos.
FIGURA 5: GALILEU GALILEI
Fonte: Wikipédia (2008).
19
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Convidamos você a fazer a leitura deste artigo, 
pois ele vai contribuir bastante para que 
possa conhecer melhor todas as importantes 
contribuições de Galileu Galilei para a ciência
1.1.6 GIOVANNI ALFONSO BORRELLI
Borrelli (1608-1679) foi um importante físico, fisiologista e matemático, tendo 
se destacado por meio de várias pesquisas sobre a relação dos ossos, músculos 
e articulações envolvidos com os sistemas de alavancas.
Devido a suas grandes contribuições para 
os estudos sobre a locomoção humana e a 
contração muscular, ele é considerado como o 
pai da Biomecânica(KAPANDJI, 2013).
1.1.7 ISAAC NEWTON
Newton (1643-1727) foi um importante alquimista, astrônomo, cientista, filóso-
fo, físico e matemático.
Foi ele quem definiu as bases da Dinâmica Moderna, criando as leis da inércia, 
movimento e da interação.
20MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
FIGURA 6: ISAAC NEWTON
Fonte: Wikipédia (2019).
1.2 CONCEITO DE CINESIOLOGIA E 
BIOMECÂNICA
O movimento é próprio de todo o ser hu-
mano, todo indivíduo consegue se expres-
sar em qualquer lugar do mundo por meio 
das ações que estão relacionadas com o 
movimento (GRAAFF, 2003).
Os primeiros seres humanos que habita-
ram a terra foram obrigados, para garantir 
a sua própria sobrevivência, a realizarem 
vários tipos de movimentos como, por 
exemplo, correr e saltar, para poderem fi-
car longe de todos os seus inimigos e ga-
rantirem as suas caças.
A corporeidade é definida 
como uma relação 
entre o mundo interior e 
exterior, sendo que todos 
os movimentos do corpo 
humano, como andar, correr, 
pular e as posturas em pé, 
sentado e deitado, estão 
relacionados diretamente 
com as particularidades de 
cada indivíduo (FLOYD, 2016).
21
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1.2.1 CINESIOLOGIA
A Cinesiologia tem como principal significado o movimento, sendo uma pala-
vra de origem grega.
A Cinesiologia é o estudo e a análise dos movimentos realizados pelas articu-
lações, planos e eixos nos quais estas articulações são movimentadas, sendo a 
responsável pela avaliação e o estudo de todos os movimentos existentes no 
corpo humano.
Segundo Floyd (2016), para o estudo e o trabalho da Cinesiologia existem vários 
profissionais envolvidos, entre eles:
• educadores físicos
• fisioterapeutas
• massoterapeutas
22MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
• médicos
• terapia ocupacional
1.2.2 BIOMECÂNICA
Já a Biomecânica é a ciência que estuda o funcionamento mecânico de todos 
os organismos vivos, principalmente com relação ao sistema musculoesquelé-
tico do corpo humano, fazendo a ligação entre a estrutura e a função.
Ainda segundo Floyd (2016), a Biomecânica é muito semelhante com a mecâ-
nica industrial, tendo em comum os princípios das forças que estão associa-
das ou decompostas em vetores, problemas de resistência, equilíbrio, inércia, 
noções de centro de gravidade, equilíbrio entre as forças, torque de rotação e 
momento de ação.
23
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 7: BIOMECÂNICA
Fonte: eephcfmusp.org.br (2020).
1.3 POSIÇÃO E LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA
Agora será abordado em detalhes a posição e a localização anatômica; para o 
estudo do corpo humano, o corpo deve ser avaliado em uma posição específi-
ca que é denominada de posição anatômica.
24MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
FIGURA 8: POSIÇÃO ANATÔMICA
Superior
Cranial
Caudal
Direita Esquerda
Posterior 
ou dorsal
Anterior 
ou ventral
Fonte: Adaptada de Wikipédia (2013).
Nesta posição anatômica, o indivíduo deve estar ereto na frente do avaliador, 
estando a cabeça na horizontal e os olhos apontados para frente; os pés devem 
estar apoiados no chão e direcionados para frente, enquanto os braços vão 
estar ao lado do corpo com as palmas das mãos viradas para frente (GRAAFF, 
2003).
1.3.1 DIVISÃO EM VÁRIAS REGIÕES
De acordo com Tortora e Derrickson (2016), o corpo humano é dividido em vá-
rias regiões, entre elas:
• cabeça;
• pescoço;
25
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
• tronco;
• membros superiores;
• membros inferiores.
A cabeça é constituída pelo crânio e a face, sendo que o crânio envolve e pro-
tege o encéfalo, enquanto a face corresponde à parte frontal da cabeça que 
constitui os olhos, nariz, boca, bochecha e o queixo.
O pescoço sustenta a cabeça e a une com o tronco, sendo que o tronco é for-
mado pelo tórax, abdome e pelve (GRAAFF, 2003).
Os membros superiores estão ligados ao tronco:
• ombros;
• axilas;
• braços;
• antebraços;
• punhos;
• mãos.
Os membros inferiores também estão ligados ao tronco:
• nádegas;
• coxas;
• pernas;
• tornozelos;
• pés.
Através deste link, você poderá observar em 
detalhes os movimentos de flexão e extensão da 
articulação do quadril..
26MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
1.4 PLANOS E EIXOS DE MOVIMENTO
Agora, serão detalhados os planos e os eixos de movimento.
1.4.1 PLANOS DE MOVIMENTO
Os planos correspondem às superfícies planas fictícias que correm através das 
partes do corpo humano, sendo divididos nos seguintes planos:
• sagital;
• mediano;
• frontal;
• oblíquo.
FIGURA 9: PLANOS DE MOVIMENTO
Fonte: Wikipédia (2019).
O plano sagital ou plano mediano é o plano que passa por meio da linha me-
diana do corpo humano, estando situado verticalmente da frente para trás, pa-
27
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ralelo à sutura sagital do crânio, separando o corpo em lados direito e esquerdo 
ou medial e lateral.
Já o plano frontal ou plano coronal está situado verticalmente da esquerda 
para a direita ficando paralelo à sutura coronal, separando o corpo humano ou 
um órgão nas partes anterior (frente) e posterior (trás) (GRAAFF, 2003).
O plano transversal ou plano horizontal, por sua vez, está situado horizontal-
mente, estando paralelo ao horizonte e separando o corpo humano ou um 
órgão em regiões superior e inferior.
Os três planos sagital, frontal e transverso vão 
constituir ângulos retos entre si, enquanto 
o plano oblíquo diferentemente dos outros 
planos vai passar por meio do corpo ou um 
órgão constituindo um ângulo entre o plano 
transverso e o plano sagital ou plano frontal 
(TORTORA; DERRICKSON, 2016).
1.4.2 EIXOS DE MOVIMENTO
De acordo com Moore, Arthur e Agur (2011), os eixos de movimentos são os 
seguintes:
• sagital;
• transverso;
• vertical.
1. Eixo sagital ou Eixo anteroposterior
Está direcionado na horizontal, correspondendo aos movimentos de 
frente para trás, ficando paralelo ao chão e perpendicular ao plano 
frontal.
28MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
2. Eixo transverso ou Eixo latero medial
Está direcionado na horizontal do lado esquerdo para o lado direito e 
perpendicular ao plano sagital.
3. Eixo vertical
Está direcionado na vertical de baixo para cima e perpendicularmente 
ao plano transverso.
Para facilitar o seu entendimento é importante saber que cada plano apre-
senta um eixo equivalente em volta do qual o movimento é realizado (GRA-
AFF, 2003).
O eixo está sempre perpendicular ao seu plano 
correspondente (ângulo reto), a compreensão 
dos eixos imaginários e os planos associados 
são primordiais para o estudo do movimento..
1.5 MOVIMENTOS FUNDAMENTAIS
Com relação aos movimentos fundamentais, eles podem ser de oito tipos: 
• cefálico;
• podálico;
• medial;
• lateral;
• anterior;
• posterior;
• posterosuperior;
• posteroinferior.
29
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 10: MOVIMENTOS FUNDAMENTAIS
Fonte: Adaptada de Shutterstock (2020).
Segundo Moore, Arthur e Agur (2011), o movimento cefálico é o movimento 
que é direcionado para cima em direção à cabeça, porisso recebeu este nome. 
Já o movimento podálico corresponde ao movimento que ocorre para baixo 
em direção aos pés.
O movimento medial está relacionado com o movimento que se dirige para o 
centro do corpo humano e o movimento lateral é o que está direcionado para 
fora, ou seja, do meio externo ou lateral do corpo humano (GRAAFF, 2003).
Quanto ao movimento anterior, Moore, Arthur e Agur (2011) explica que é o 
movimento que é direcionado para frente do corpo humano e o movimento 
posterior corresponde ao movimento que é direcionado para trás em relação 
ao corpo.
Sobre o movimento posterosuperior, Graaff (2003) esclarece ser o movimento 
que é dirigido para trás e para cima, já o movimento posteroinferior é o movi-
mento que é dirigido para trás e para baixo.
30MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
1.5.1 PLANOS DE MOVIMENTOS ASSOCIADOS 
COM OS MOVIMENTOS
Agora serão abordados os quatro planos de movimento associados com os 
movimentos realizados.
Os movimentos que fazem parte do plano sagital são os de flexão e extensão. 
Já no plano frontal são os movimentos de adução, abdução e as flexões laterais 
da coluna vertebral (MARIEB; WILHELM; MALLAT, 2016).
Quanto ao plano mediano ou horizontal são os movimentos rotacionais de 
pronação, supinação e rotação espinhal. Já no plano diagonal ou oblíquo há 
combinação de mais de um plano, sendo conhecido como um exemplo muito 
comum nas atividades desportivas (MOORE; ARTHUR; AGUR, 2011).
De acordo com Graaff (2003), os ossos são classificados da seguinte forma:
• sesamoides;
• irregulares;
• longos;
• planos;
• curtos.
O mesmo autor ainda explica que todos os movimentos são realizados através 
das articulações, junto com as contrações dos músculos esqueléticos inseridos 
nos ossos.
As articulações são classificadas em dois tipos:
• funcionais;
• estruturais.
1.5.2 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS 
ARTICULAÇÕES
A classificação funcional está envolvida com a quantidade de movimentos per-
mitidos, existindo três tipos:
31
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
• sinartroses, que são articulações sem movimento;
• anfiartroses, articulações com pouca movimentação;
• diartroses, que são articulações muito móveis.
Nos membros superiores e inferiores o predomínio é do tipo diartroses, já no 
esqueleto axial são as sinartroses e as anfiartroses (MARIEB; WILHELM; MALLAT, 
2016).
1.5.3 CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL DAS 
ARTICULAÇÕES
Com relação à classificação estrutural, é baseada no material responsável pela 
união dos músculos com os ossos, como também em função da presença ou 
ausência de uma cavidade articular.
Segundo Marieb, Wilhelm e Mallat (2016), com relação à classificação estrutu-
ral as articulações são separadas em três tipos:
• fibrosas;
• cartilagíneas;
• sinoviais.
Você está convidado a se aprofundar em seus 
estudos sobre os tipos de articulações estruturais 
e funcionais. Para esta atividade, você deve clicar 
neste link para ter acesso ao livro: HANSEN, J. T. 
Netter – Anatomia para colorir. Rio de Janeiro: 
Editora Elsevier, 2010.
32MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
1.6 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA 
CINESIOLOGIA PARA OS PROFISSIONAIS DA 
EDUCAÇÃO FÍSICA
O estudo da Cinesiologia é fundamental para todos os profissionais de Educa-
ção Física para que tenham um amplo conhecimento dos planos, eixos, articu-
lações que estão relacionadas aos vários movimentos realizados diariamente.
Com base em todos esses conhecimentos, o profissional terá condições de re-
solver todas as questões relacionadas com o movimento durante a sua prática 
profissional.
É fundamental que todo educador físico domine com profundidade a Cine-
siologia por meio do conhecimento das origens e inserções de cada um dos 
músculos.
FIGURA 11: EDUCADOR FÍSICO
Fonte: Adaptada de Torres ([2020]).
A origem de um músculo corresponde à parte do tendão que está mais próxi-
ma, enquanto a inserção é a região que mais distante.
Ao ser realizada uma análise de determinada ação muscular, tanto a origem 
como a inserção vão se diferenciar em função do movimento que foi realizado.
Outro importante ponto que precisa ser levado em consideração são os siste-
mas de alavanca, dos quais fazem parte os ossos, os músculos e as articulações, 
33
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
visto que, ao sofrerem um movimento, em função de uma resistência, vão ge-
rar uma força em todas essas estruturas. Por meio desses estudos é possível 
conhecer as cadeias musculares, que são divididas em abertas e fechadas.
CONCLUSÃO
Chegamos ao final desta primeira unidade, tenho certeza de que você pôde 
aproveitar o máximo possível todo o conteúdo abordado.
Ao longo desta unidade, foram discutidos vários assuntos muito importantes, 
dentre eles a abordagem histórica do estudo da Cinesiologia e da Biomecâni-
ca, conceito de Cinesiologia e Biomecânica, posição e localização anatômica, 
planos e eixos de movimento, movimentos fundamentais e importância do 
estudo da Cinesiologia para os profissionais de Educação Física.
ANOTAÇÕES
34MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
UNIDADE 2
> compreender os 
principais conceitos 
de Biomecânica 
aplicados ao 
movimento humano;
> identificar os tipos 
de movimento e os 
principais sistemas 
de alavancas do 
corpo humano.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
você seja capaz 
de:
35 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
36MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
2 PRINCÍPIOS DA BIOMECÂNICA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nessa unidade você entenderá um pouco as bases da Biomecânica. A 
Biomecânica como disciplina atribui princípios da Mecânica ao movimento 
dos seres biológicos. De acordo com a definição clássica de Hatze (1974), 
Biomecânica é o estudo da estrutura e função dos sistemas biológicos por meio 
dos métodos da Mecânica, sendo que sistemas biológicos podem se referir ao 
ser humano, a animais e plantas e mecânica é o ramo da física que estuda a 
ação de forças e seus efeitos. Para tal, é necessário entender esses princípios da 
Mecânica, em especial força e movimento.
As leis de movimento, desenvolvidas por Sir Isaac Newton, são o ponto de 
partida para a compreensão do movimento. As leis de Newton explicam a 
relação entre força e movimento. Também serão abordados nessa unidade o 
efeito de giro que a força é capaz de exercer, através do torque. A estabilidade, 
ou situação de equilíbrio de um objeto. O movimento será abordado nas suas 
diferentes classificações, mostrando o que é necessário para a locomoção. 
Finalmente, essa unidade abordará as diferentes classificações de alavancas, 
suas aplicações e como encontramos as alavancas no dia a dia.
2.1 LEIS DO MOVIMENTO 
Você certamente já ouviu falar das leis do movimento de Newton. Sir Isaac 
Newton (1642–1727) publicou, em 1687 o livro Philosophiae naturalis principia 
mathematica (“Princípios matemáticos de filosofia natural”). O livro escrito em 
latim tornou-se uma das obras fundamentais da mecânica clássica.
A primeira lei do movimento é a Lei da Inércia. Inércia é a tendência de um 
corpo em permanecer em repouso ou movimento constante. Um corpo em 
repouso somente sairá desse estado quando alguma força atuar sobre ele e 
um corpo que se move em velocidade constante vai manter o mesmo movi-
mento até que uma força atue sobre ele alterando a velocidade ou a direção 
do movimento (LIPPERT,2013; HALL, 2016).
37
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 1: SIR ISAAC NEWTON
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
A segunda lei de movimento fala sobre aceleração. Aceleração é a taxa de va-
riação na velocidade. Quando um objeto aumenta ou diminui a velocidade, 
começa ou para de se movimentar, ou muda sua direção, a sua aceleração 
mudou(LIPPERT, 2013).
Como vimos na primeira lei do movimento, uma força é necessária para um 
corpo alterar seu estado inercial de repouso ou movimento constante. Essa 
força vai causar uma aceleração. Quando a massa de um corpo é constante, a 
aceleração será proporcional à força (HALL, 2016). A segunda lei do movimen-
to é conhecida como a lei fundamental da dinâmica. Ela pode ser entendida 
pela seguinte equação, deduzida pelo matemático Leonard Euller (1707–1783)
(CASTELLANI, 2001):
F = ma
onde:
F é a força
m é a massa do objeto
a é a aceleração do objeto
38MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
A terceira lei de movimento é a lei da ação e reação. Sempre que uma força é 
realizada sobre um corpo, uma reação de igual magnitude e direção contrária 
acontece.
 Lei I: 
Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento 
uniforme em uma linha reta, a menos que seja compelido a mudá-lo 
por forças imprimidas sobre ele.
 Lei II: 
A mudança do movimento de um objeto é proporcional à força 
aplicada; e ocorre no sentido da linha reta na qual a força é exercida.
 Lei III: 
Para cada ação há sempre oposta uma reação igual: ou a ação mútua 
de dois corpos um contra o outro são sempre iguais e no sentido da 
parte contrária.
As leis de movimento podem ser visualizadas em atividades com bolas. Você 
pode testar com uma ou duas bolas rolando em superfícies lisas.
Para observar a primeira lei do movimento, ou a lei da inércia, pense no início 
da partida de futebol. A bola fica parada no centro do campo e somente co-
meça a se mover quando um jogador a chuta. O chute movimentou a bola 
porque causa uma força sobre ela, tirando do seu estado de repouso.
Agora pense em um chute ao gol feito com um lançamento longo feito por 
um jogador, que faz a bola rolar no gramado. Para impedir que a bola passe 
pela linha do gol, um goleiro do time adversário chuta a bola na direção con-
trária à sua goleira. Mais uma vez, esse chute causa uma força sobre a bola e faz 
ela alterar de direção.
A segunda lei do movimento fala sobre a relação entre força e aceleração. Se 
você colocar duas bolas iguais no chão sobre uma linha e chutar ambas na 
mesma direção mas em uma bola chutar com toda sua força e na outra bola 
39
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
realizar apenas um chute leve, você vai 
perceber que a primeira bola vai parar em 
uma distância muito maior do que a se-
gunda bola. Isso acontece porque a força 
realizada sobre a primeira bola foi maior, 
de modo que a aceleração dessa bola logo 
após o contato com o pé era maior. Como 
as bolas são iguais, possuindo a mesma 
massa, a distância que elas vão percorrer 
vai depender da força realizada. Quanto 
maior a força maior a aceleração, e quan-
to maior a aceleração maior a distância 
percorrida.
A terceira lei do movimento é fácil de ser 
visualizada em uma partida de sinuca. No 
jogo de sinuca, dois adversários compe-
tem para ver quem consegue encaçapar 
todas as suas bolas primeiro. Para isso, 
devem acertar movimentar a bola bran-
ca com um taco para que ela movimen-
te a bola que desejam encaçapar. Pense 
numa de sinuca, quando a bola branca acerta a bola de interesse, muitas vezes 
ela muda de direção. Isso acontece porque no momento que a bola branca faz 
contato com a outra bola ela exerce uma força sobre ela. Como a toda força 
exercida em um objeto segue uma força de igual magnitude e direção contra-
ria, a bola devolve essa mesma força sobre a bola branca, causando a mudança 
de direção. 
2.2 FORÇA 
Até agora estamos falando muito sobre força. Já vimos que as forças são impor-
tantes para o movimento, mas ainda não definimos o que é uma força. 
Uma das primeiras tentativas de definir força foi feita pelo filósofo grego Aris-
tóteles (384–322 a.c.). Aristóteles acreditava que tudo aquilo que está em movi-
mento deve ser movido por alguma coisa (ARISTOTLE, 2017). Assim, uma força 
causada por um segundo objeto é necessária para permitir o movimento, mas 
Saiba que quando uma 
bola é lançada rasteira em 
uma distância longa sobre o 
gramado ela eventualmente 
vai parar de movimentar, 
mesmo se ninguém colocar 
o pé ou a mão para segurar. 
O tempo todo, na superfície 
da terra, estamos sujeitos à 
ação do atrito. Existe sempre 
uma força entre um objeto 
que está se movendo e 
a superfície sobre a qual 
ele se movimenta e ela, 
eventualmente, vai fazer o 
objeto parar.
40MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
para Aristóteles, a força é inseparável do sujeito que a causa e deve estar em 
contato com o objeto para que ele se mova (ARISTOTLE, 2017).
FIGURA 2: ARISTÓTELES
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Pouco dessa primeira dessa primeira definição de força foi mantido com o 
passar do tempo. Atualmente definimos força como um empurrão ou um 
puxão (MCGINNIS, 2013). Assim como Aristóteles, entendemos que a força 
é sempre exercida por um corpo sobre outro, e, dessa forma, acontece em 
pares, conforme a terceira lei do movimento de Newton. Também concorda-
mos que a força somente existe enquanto os dois corpos estão em contato, 
mas diferente de Aristóteles, sabemos que o movimento acontece mesmo 
após o contato cessar.
Aristóteles também escreveu o primeiro 
documento conhecido que tenta explicar a 
marcha dos animais. Ele descreveu os segmentos 
dos animais que eram importantes para o 
movimento e, a partir disso, tentou explicar a 
marcha de cada animal (ROSS; SMITH, 1912).
41
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Forças não podem ser vistas, mas apenas podemos perceber o seu efeito. 
Quando uma força é realizada, ela vai acelerar ou deformar o objeto. A força é 
uma grandeza vetorial, ou seja, além de uma magnitude, a força tem um pon-
to de aplicação, uma direção e um sentido (LIPPERT, 2013). A representação de 
uma grandeza vetorial é feita com uma seta. Assim, o local onde a seta encosta 
no objeto representa o ponto de aplicação. A linha da seta representa a direção 
da força e a seta representa o sentido da força. Além disso, frequentemente a 
magnitude da força pode ser representada pelo comprimento da seta (MC-
GINNIS, 2013)..
FIGURA 3: VETOR DE FORÇA
magnitude
ponto de 
aplicação
direçãose
nt
id
o
Fonte: Elabora de Autora (2020).
Quando consideramos as forças que acontecem no corpo humano, podemos 
classificá-las em internas e externas. As forças internas são as que atuam den-
tro do corpo ou do objeto. No corpo humano elas acontecem nas estruturas 
internas do corpo, como ossos, músculos, tendões, ligamentos e cartilagens. 
Sempre que há contato entre duas estruturas, há um par de foras atuando 
entre elas.
As forças externas são as que atuam no objeto e resultam da interação com 
o ambiente. Na maior parte das vezes elas acontecem devido ao contato do 
corpo ou objeto com outro corpo ou objeto. A força entre o corpo e a superfície 
sobre a qual esta é uma força de contato, assim como o atrito e a força entre o 
corpo e um objeto que está segurando – no esporte pode ser uma raquete no 
tênis ou um peso no atletismo.
Existem também forças externas de não contato. A principal delas é a força 
peso, ou a força da gravidade. Essa força é definida pelo peso do objetoe causa 
a sua aceleração (MCGINNIS, 2013). A aceleração devido à gravidade na Terra é 
de 9,81 m/s2 para baixo e ela é percebida quando um objeto está caindo.
42MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
A principal força interna que acontece no corpo humano é a força muscular. 
Ela é responsável por realizar o movimento dos diferentes segmentos. O movi-
mento do corpo no espaço, entretanto, não depende das forças muscular, mas 
das forças externas. Para saltar, correr e caminhar, por exemplo, é necessário 
empurrar o solo para que ele permite o deslocamento. Claro que, na prática, 
é a interação das forças internas e externas que vão gerar o movimento, uma 
vez que os segmentos se organizam para causar a força externa desejada. Mas, 
enquanto a força interna sozinha não causa movimento, existem situações em 
que o objeto pode ser movimento passivamente.
FIGURA 4: FORÇA E MOVIMENTO
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
2.3 TORQUE 
A linha de aplicação de uma força é sempre linear. Entretanto, a força pode 
ter um efeito de giro. O efeito de giro causado por uma força é chamado de 
torque ou momento (MCGINNIS, 2013). A principal diferença entre uma força 
que gera deslocamento linear e um torque que causa movimento rotacional é 
o ponto de aplicação da força.
43
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
O movimento rotacional deve acontecer ao redor de um eixo. Ele pode ser um 
eixo real ou imaginário, por vezes o próprio centro de massa do objeto. Para 
gerar um torque, a força deve ser aplicada distante do eixo. Essa distância é 
conhecida como braço de alavanca. A magnitude do torque é proporcional a 
magnitude da força e a distância perpendicular entre o ponto de aplicação da 
força e o eixo.
Matematicamente, definimos torque como:
ϒ = F × r
onde:
ϒ é o torque
F é a força
r é a distância perpendicular
Para existir o torque é essencial haver uma distância entre o eixo e o centro de 
aplicação da força. Você pode testar como o torque funciona com uma porta 
fixa por dobradiça.
FIGURA 5: TORQUE 
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Abra a porta e pare atrás dela. Agora faça força para ela fechar com apenas 
um dedo. Você provavelmente aplicou a força com o seu dedo próximo da 
44MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
borda da porta, onde fica a maçaneta. Agora tente repetir o experimento se 
aproximando da dobradiça. Repita algumas vezes em diferentes distâncias da 
dobradiça e tente também posicionar o dedo exatamente na dobradiça.
Você deve ter percebido que ficou mais difícil fechar a porta, quanto mais pró-
ximo da dobradiça estava e que quando colocou o dedo exatamente na do-
bradiça a porta não se mexeu, independentemente da quantidade de força 
aplicada. Olhando a porta do lado de cima, foi mais ou menos o que está na 
imagem que você fez:
FIGURA 6: DISTÂNCIA PERPENDICULAR
distância 
perpendicular
distância 
perpendicular
distância 
perpendicular
ei
xo
 
(d
ob
ra
di
ça
) força
força
força
Fonte: Elaborada pela Autora (2020).
Você aplicou uma força na porta a uma distância da dobradiça. Esse é um pro-
blema de torque. A dobradiça da porta é o eixo e a porta somente é capaz de 
se movimentar ao redor desse eixo. Assim, ao fazer força na porta estamos na 
verdade criando um torque.
Como já falamos, o torque depende da força aplicada e da distância entre 
o ponto de aplicação e o eixo. Para um torque igual, quando maior for essa 
distância, menor a força que precisa ser realizada, mas quando menor a dis-
tância, maior a força que precisa ser realizada. À medida que você aproximou 
o seu dedo da dobradiça, você estava na verdade diminuindo a distância per-
pendicular e precisando fazer mais força para conseguir movimentar e fechar 
a porta.
Mas e quando você fez força na dobradiça? Nesse caso, não havia nenhuma 
distância entre o eixo e o ponto de aplicação da força. Quando a distância é 
45
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
igual a zero, o torque é igual a zero. Quando o eixo é fixo, fazer força no eixo 
não gera movimento. Quando o objeto não é fixo e temos um eixo imaginário, 
em geral o centro de massa do objeto, fazer força na direção do eixo causará 
apenas o deslocamento linear do objeto.
Os segmentos do corpo humano também são movimentados a partir de tor-
ques gerados pelos músculos. Cada músculo do corpo humano possui ao me-
nos duas inserções e cruzam ao menos uma articulação e as articulação ser-
vem como eixo para o movimento.
Vamos, ver por exemplo, como acontece para realizar a flexão do antebraço. O 
eixo desse sistema será a articulação do cotovelo. O músculo bíceps braquial 
tem origem na escápula e se insere no rádio. A distância perpendicular do 
sistema é a distância entre a inserção do bíceps e o eixo articular no cotovelo, 
sendo que a distância considerada será perpendicular à linha de ação da força 
muscular. Quando o músculo contrai ele gera uma força no antebraço, que 
está a uma distância determinada do eixo da articulação, sendo capaz de ge-
rar um torque para movimentar o segmento.
FIGURA 7: TORQUE MUSCULAR
Fonte: Adaptada de Transtutors (2014). 
46MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
2.4 ESTABILIDADE 
A estabilidade de um objeto está relacionada ao seu estado de equilíbrio. A 
principal determinante do estado de equilíbrio de um objeto é a relação en-
tre o seu centro de gravidade e a sua base de sustentação (LIPPERT, 2013). De 
forma simples, a estabilidade de um objeto está relacionada a sua resistência 
em ser derrubado, ou à capacidade de retornar à posição original após ter sido 
deslocado (MCGINNIS, 2013).
Você deve ter brincado quando criança com um João bobo. O João bobo é 
um brinquedo com base arredondada, representando um boneco ou animal, 
que possui a característica de sempre retornar à sua posição original quando 
deslocado. Além da base arredondada, a maior parte da massa do João bobo 
concentra-se na base, de modo que o seu centro de gravidade está na parte in-
ferior do brinquedo. Por suas características, quando o João bobo é deslocado 
a projeção do seu centro de gravidade sempre se encontra dentro da área da 
base, facilitando o retorno à sua posição inicial.
FIGURA 8: JOÃO BOBO
Fonte: Adaptada de Wikimedia (2020).
A manutenção da estabilidade do ser humano é mais difícil do que a do João 
bobo, mas a interação entre a projeção do centro de gravidade e da base de 
apoio é a semelhante. Faça um teste. Fique em pé com os seus pés afastados 
na largura do quadril e os braços ao longo do corpo. Perceba como está o seu 
equilíbrio ao manter essa postura. Agora junte os pés e observe seu equilíbrio. 
Por último, posicione os pés um em frente ao outro formando uma linha reta, 
47
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
de modo que o calcanhar do pé da frente esteja tocando os dedos do pé de 
trás. Observe mais uma vez como está o seu equilíbrio.
Quando foi mais fácil ficar em pé estável? E quando foi mais difícil? Certamen-
te quando os pés estavam afastados você teve maior facilidade em manter o 
equilíbrio e com os pés posicionado um em frente ao outro você teve maior 
dificuldade. Nessas três situações o seu corpo não mudou e a projeção do cen-
tro de gravidade se manteve praticamente igual. Mas a base de apoio mudou 
em cada situação.
FIGURA 9: BASE DE APOIO
Posição 1
Posição 3
Posição 2
Fonte: Elaborada pela Autora (2020).
Para manter a estabilidade, espera-se que a projeção do centro de gravidade 
caia entre ospés. Ao afastar os pés, estamos aumentando a base de apoio. 
Colocando um pé em frente ao outro, diminui a base de apoio no eixo médio 
lateral, diminuindo a área de estabilidade para a projeção do centro de massa. 
Podemos dificultar ainda mais fazendo parada de mão. Na parada de mãos a 
base de apoio é menor do que quando apoiados sobre os pés e desafia ainda 
mais a manutenção do equilíbrio (WEINECK, 2013).
Três estados de equilíbrio são considerados para um objeto. O equilíbrio está-
vel, o equilíbrio neutro e o equilíbrio instável (LIPPERT, 2013). O equilíbrio está-
vel de um objeto acontece quando é necessário elevar o centro de gravidade 
para que ele saia da sua situação estável. Um livro deitado sobre a mesa está 
em equilíbrio estável, mas se esse livro for colocado de pé, ele poderá cair facil-
mente. O livro em pé está em equilíbrio instável. O equilíbrio instável acontece 
quando uma pequena força é suficiente para mover o corpo. Já o equilíbrio 
neutro acontece quando o centro de gravidade do não muda de altura quan-
48MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
do o objeto de desloca. Quando uma bola rola no chão, ela está em equilíbrio 
neutro.
FIGURA 10: EQUILÍBRIO
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
A estabilidade segue alguns princípios (LIPPERT, 2013; MCGINNIS, 2013):
1. Altura do centro de gravidade: 
quanto mais baixo for o centro de gravidade, mais estável estará o 
objeto.
2. Projeção do centro de gravidade: 
para que o objeto permanece estável a linha de projeção do centro de 
gravidade deve permanecer dentro da base de apoio do objeto.
3. Base de apoio: 
quanto maior for a base de apoio do objeto, mais estável o objeto 
estará.
49
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
4. Força: 
quando uma força for aplicada no objeto, o aumento da base de apoio 
na direção da força auxiliará na manutenção da estabilidade.
5. Massa: 
quanto maior a massa do objeto, maior a estabilidade do objeto.
6. Atrito: 
quanto maior o atrito entre a superfície e a base de apoio, maior a 
estabilidade do objeto.
2.5 TIPOS DE MOVIMENTOS: GENERALIZADO, 
LINEAR, ANGULAR 
Movimento é a ação ou o processo de mudança de posição. O movimento 
depende do espaço pelo qual se desloca e do tempo durante o qual ocorre o 
movimento (MCGINNIS, 2013). O movimento pode ser classificado em movi-
mento linear, movimento angular ou movimento generalizado, que junta os 
dois anteriores.
O movimento linear é o movimento de translação. Durante o movimento linear 
acontece quando todos os pontos de um objeto se deslocam pela mesma dis-
tância, na mesma direção e no mesmo tempo (MCGINNIS, 2013). A translação 
de um objeto pode seguir um deslocamento retilíneo ou um deslocamento 
curvilíneo.
No movimento retilíneo o objeto se desloca seguindo uma linha reta. No movi-
mento curvilíneo o objeto segue um percurso com curvas. A principal diferen-
ça entre o movimento retilíneo e o movimento curvilíneo é como o objeto se 
deslocam. No movimento curvilíneo a direção do movimento está mudando 
constantemente, mesmo que a orientação do objeto permaneça a mesma. 
Também podemos observar a diferença entre a distância percorrida e o des-
locamento, que é a distância em linha reta entre a posição inicial e posição 
50MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
final. No movimento retilíneo a distância percorrida e o deslocamento são os 
mesmos. No movimento curvilíneo, a distância percorrida é maior do que o 
deslocamento (KNUDSON, 2007).
FIGURA 11: PISTA DE ATLETISMO
Fonte: Clipart (2020). 
A diferença entre o movimento retilíneo e o 
movimento curvilíneo pode ser percebida nas 
provas de atletismo. Na prova de 100 metros 
rasos os atletas percorrem uma área da pista 
de atletismo em linha, sem a necessidade de 
alterar a orientação do seu corpo. Na prova 
de 400 metros rasos ou outras provas mais 
longas disputadas no estádio, os atletas devem 
percorrer a pista completa. Por causa da 
característica oval da pista de atletismo, o atleta 
altera constantemente a sua orientação, estando 
virado a cada instante para um lado do estádio.
O movimento angular é o movimento de rotação. Durante o movimento de 
rotação, todo o objeto se move de forma circular ao redor de um eixo ou linha 
central fixa, que pode ser inclusive fora do objeto. Um exemplo clássico de mo-
vimento angular é a pirueta do patinador ou da bailarina, quando giramos ao 
51
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
redor do nosso próprio eixo. Mas não é necessário acontecer um giro completo 
para ser movimento angular. Por exemplo, os segmentos do corpo humano se 
movimentam dessa forma ao redor das articulações (CALAIS-GERMAIN, 2010).
FIGURA 12: MOVIMENTO ANGULAR
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Mas movimento angular não é a forma mais comum de movimento do cor-
po humano. Nem o movimento linear. O mais comum é a união dos dois. No 
movimento geral, parte do corpo se move de forma linear e parte do corpo de 
move de forma angular (MCGINNIS, 2013).
Pense em como você corre, ou caminha. Durante um desses movimentos você 
está se deslocando em linha reta, realizando movimento linear. Mas e os seus 
segmentos? Os braços se movem alternadamente para frente e para trás de 
forma angular, assim como as pernas. Os seus segmentos realizam movimen-
to angular. Assim, a caminhada ou a corrida são combinações de movimentos 
lineares ou angulares, ou movimentos generalizados.
A separação entre os tipos de movimento é utilizada para simplificar a análise. 
Os parâmetros utilizados para descrever o movimento linear e o movimento 
angular são diferentes. No movimento linear o deslocamento de um objeto é 
apenas a distância entre o ponto inicial e o final, ou a mudança de posição e 
52MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
a distância percorrida corresponde ao percurso realizado. A partir do desloca-
mento a velocidade e a aceleração do objeto podem ser calculadas.
O movimento angular deve ser mensurado em ângulos, que podem ser medi-
dos em graus, revoluções ou radianos. Os ângulos são mensurados entre seg-
mentos, podendo representar o ângulo entre os vetores ou entre um vetor e o 
plano de referência. Conhecendo a posição de um objeto ao longo do tempo 
é possível calcular a velocidade do deslocamento e a aceleração. Independen-
temente de o movimento ser linear ou angular, a relação entre posição, veloci-
dade e aceleração se mantém.
Posição é o local de um ponto ou objeto no 
espaço.
Posição angular é orientação de uma linha em 
relação a outra linha ou plano.
Velocidade é a taxa de deslocamento, que pode 
ser média ou instantânea.
Velocidade angular é a taxa de deslocamento 
angular.
Aceleração é a taxa de mudança da velocidade.
Aceleração angular é a taxa de mudança da 
velocidade angular.
2.6 SISTEMA DE ALAVANCAS: CARACTERÍSTICAS 
E OS TRÊS TIPOS DE ALAVANCAS DO CORPO 
HUMANO
Alavanca é uma haste rígida que, sob a ação de forças, pode girar em torno de 
um eixo (OKUNO; FRATIN, 2017). A alavanca tem a função de potencializar o 
efeito de uma força. Além disso, a alavanca também é capaz de direcionar a 
força realizada.
Uma alavanca é representada, além da haste rígida, por três forças: a força de 
ação (F), a força de resistência que contrapõem a ação (R), e a força de reação 
ao eixo no qual a haste está apoiada. As forças são representadas por dois veto-
res para as forças de ação e resistência, e por um apoio para a força de reação 
ao eixo.
53
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.Uem 23/06/2017
FIGURA 13: ALAVANCA
RF
Fonte: Elabora pela Autora (2020).
As alavancas são classificadas em três de acordo com a posição de cada uma 
das forças:
Classe I: Alavanca de primeira classe ou interfixa.
RF
Classe II: Alavanca de segunda classe ou inter-resistente.
R F
Classe III: Alavanca de terceira classe ou interpotente.
RF
Na alavanca de primeira classe ou interfixa, o eixo está no central. Tesouras, ali-
cates, gangorras e outros são exemplos de alavancas interfixas. As alavancas de 
primeira classe são utilizadas para ampliar o efeito da força (OKUNO; FRATIN, 
2017). Na alavanca de segunda classe ou inter-resistente, a força resistente está 
no centro. Alguns exemplos de alavancas inter-resistentes são as maçanetas, 
a chave de fenda, chaves de roda, carrinhos de feira ou de pedreiro, pedais e 
54MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
abridor de lata. Esse tipo de alavanca visa ampliar o efeito da força de ação 
(OKUNO; FRATIN, 2017). Na alavanca de terceira classe ou interpotente, a força 
de ação está no centro. Exemplos da alavanca interpotente são a pinça, pe-
gadores de salada e macarrão. A alavanca de terceira classe reduz o efeito da 
força de ação.
Giovanni Alfonso Borelli (1608-1679) é conhecido como o pai da Biomecânica. 
A principal contribuição dele para a área foi a constatação que os segmentos 
do corpo atuam como alavancas.
No corpo humano, os ossos atuam como a 
haste rígida da alavanca. O eixo ou ponto 
de apoio são as articulações. Os músculos 
e ligamentos são responsáveis pela força 
de ação. A força resistente pode ser a for-
ça peso dos segmentos, forças externas ou 
até mesmo outras forças internas.
No corpo humano também encontramos 
os diferentes tipos e alavancas. As alavancas 
de primeira classe estão relacionadas à 
manutenção da postura e ao equilíbrio. 
A articulação atlanto-occipital, que é 
responsável pera sustentação da cabeça, 
tem essa característica. As articulações 
intervertebrais também são alavancas 
interfixas.
As alavancas de segunda classe proporcionam vantagem mecânica em um 
movimento. Essa alavanca é mais dificilmente encontrada no corpo humano. 
Um dos poucos exemplos é flexão plantar do tornozelo, quando o eixo do pé 
se desloca distalmente, ficando próximo dos metatarsos.
Alavancas de terceira classe, por sua vez, são as mais abundantes no corpo 
humano. Essas alavancas não têm grande vantagem mecânica, mas estão re-
lacionadas a amplitude de movimento. A característica dessa alavanca faz com 
que pequenos encurtamentos musculares possam realizar grandes amplitu-
des articulares. Alguns exemplos de alavanca interpotente no corpo humano 
são a ação do músculo deltoide na articulação glenoumeral e a ação do mús-
culo bíceps braquial na articulação do cotovelo.
Articulações são as ligações 
entre ossos. A sua função, 
além de unir os ossos, é 
permitir a mobilidade do 
corpo humano. A mobilidade 
é variável de acordo com o 
tipo de articulação, podendo 
ser quase fixa até possibilitar 
diversos graus de liberdade 
aos segmentos.
55
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 14: ALAVANCAS NO CORPO HUMANO
Fonte: Adaptada de Okuno e Fratin (2017, p. 115).
CONCLUSÃO
Essa unidade teve por objetivos compreender os principais conceitos da Bio-
mecânica para o movimento humano e identificar os tipos de movimentos e 
os sistemas de alavanca.
Entre os princípios da Biomecânica você aprendeu nessa unidade sobre as Leis 
do Movimento de Newton. Entendeu como percebemos a força e o seu efei-
to sobre os objetos. Conheceu o efeito de giro que a força é capaz de exercer 
através dos torques. Entendeu que estabilidade não é ausência de movimento, 
mas o estado de equilíbrio do objeto. Aprendeu a diferença entre os tipos de 
movimento e viu como eles são combinados para permitir o deslocamento. 
Finalmente, conheceu as características e aplicações dos diferente tipos de ala-
vanca, também encontrados no corpo humano.
56MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
Deve apresentar no final da disciplina um fechamento, resumo do que foi 
apresentado na disciplina com o objetivo de auxiliar o aluno a consolidar os 
conhecimentos adquiridos.
Muitos dos conceitos apresentados nessa 
unidade vêm da Física. Uma proposta de 
interdisciplinaridade é unir as disciplinas de 
Educação Física e Física para ensiná-los. Você 
pode saber mais sobre isso, acesse o link.
Acesse o link para entender por que o conceito de 
força é um dos mais difíceis de ser compreendido.
A estabilidade de praticantes de artes marciais foi 
avaliada por Miranda et al. (2016) no artigo, Estudo 
do centro de massa e estabilidade de quatro 
posturas básicas do Kung-fu Pak Hok. Basta 
acessar o link para obter mais conhecimento 
sobre o assunto.
Aprendemos que a aceleração de um objeto 
ao sair do repouso está relacionada com a força 
aplicada nele. Isso também é importante na 
largada de provas rápidas do atletismo e foi 
analisado por Passos et al. (2017).. Acesse e leia 
o link. 
A análise cinemática estuda o movimento 
linear e angular. Ela pode ser aplicada para a 
análise esportiva, como foi feito no estudo de 
Feres, Coelho, e Marson (2017). Acesse e leia: 
Análise cinemática do chute no futsal com 
aproveitamentos diferentes.
UNIDADE 3
> identificar as 
estruturas ósseas, 
musculares e 
articulares dos 
membros superiores;
> compreender 
os movimentos 
articulares e 
a correlação 
das estruturas 
envolvidas..
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
você seja capaz 
de:
57 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
58MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
3. ANATOMIA E CINESIOLOGIA DOS 
MEMBROS SUPERIORES: CÍNGULO 
DO MEMBRO SUPERIOR, OMBRO, 
COTOVELOS, PUNHOS E MÃOS
3.1 CONCEITOS PRINCIPAIS
Esta unidade abordará, em detalhes, todas as estruturas que fazem parte 
dos membros superiores e são as responsáveis pela execução de todos os 
movimentos.
Estas importantes estruturas são os ossos, articulações e os músculos e todas 
elas serão estudadas a seguir.
Quanto aos ossos serão estudados todas as estruturas ou acidentes ósseos que 
fazem parte de cada osso do membro superior entre eles:
• escápula;
• clavícula;
• úmero;
• rádio;
• ulna;
• carpo;
• metacarpo;
• falanges.
Posteriormente, serão estudados todos os ligamentos que constituem as 
articulações do membro superior entre eles: a articulação do ombro, cotovelo, 
punho e mão.
Na sequência serão abordados todos os movimentos articulares existentes em 
cada uma das articulações que estão presentes nos membros superiores.
59
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Serão estudados todos os músculos que constituem os membros superiores 
através das suas origens e inserções além de todas as suas ações musculares.
E por último serão abordadas algumas patologias comuns presentes nos 
membros superiores.
3.2 OSSOS E PONTOS DE REFERÊNCIA DOS 
MEMBROS SUPERIORES
Neste tópico serão estudados todos os ossos que fazem parte do membro 
superior.
Na tabela a seguir você pode observar em detalhes todos os ossos do membro 
superior, localizações e as principais características.
TABELA 1 - OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR
NOME E 
NÚMERO LOCALIZAÇÃO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Clavícula (2) Base anterior do pescoço entre o esterno e a escápula
Em forma de S, extremidade esternal e 
acromial, tubérculo conoide, costoclavicular.
Escápula (2) Superior do dorso, formando a parte do ombro
Triangular, espinha, fossassubescapular, 
supraespinal e infraespinal, cavidade 
glenoidal, processo coracoide, acrômio.
Úmero (2)
Braço entre a escápula e o 
cotovelo
Osso mais largo do membro superior, 
tubérculo maior e menor, sulco 
intertubercular, colo cirúrgico, tuberosidade 
para o músculo deltoide, capítulo, tróclea, 
epicôndilos lateral e medial, fossas 
coronóide e do olecrano.
Ulna (2) Lado medial do antebraço Incisura troclear, olécrano, processos coronóide e estiloide, incisura radial.
Rádio (2) Lado lateral do antebraço Cabeça, tuberosidade do rádio, processo estiloide, incisura ulnar.
Carpais (16) Punho Ossos pequenos dispostos em duas filas de quatro ossos cada.
Metacarpais 
(10) Palma da mão
Ossos longos, cada um deles alinhados com 
um dedo.
Falanges (28) Dedos Três em cada dedo, exceto o polegar com duas
Fonte: Adaptada de Graaff (2003, p. 181).
60MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
3.2.1 ESCÁPULA
A escápula é um osso plano, grande e triangular que está situada no lado pos-
terior da caixa torácica, justaposta a 2ª a 7ª costela, a espinha da escápula é 
uma crista óssea diagonal protuberante na vista na face posterior, a espinha 
reforça a escápula e a deixa mais resistente.
Superiormente a espinha está situado a fossa supra espinal e abaixo da espi-
nha está a fossa infra espinal. A espinha está elevada na direção do ombro for-
mando o acrômio, onde vai existir a inserção de vários músculos como tam-
bém vai se articular com a clavícula (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Inferiormente ao acrômio há uma depres-
são leve chamada de cavidade glenoidal, 
onde a cabeça do úmero vai se encaixar 
(MOORE; ARTHUR; AGUR, 2011).
Na superfície anterior da escápula existe 
uma área ligeiramente côncava chamada 
de fossa subescapular.
A escápula apresenta três margens de-
marcadas por três ângulos, sendo que 
margem superior está em cima, a mar-
gem medial mais próxima da coluna ver-
tebral e a margem lateral mais perto do 
braço (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
O ângulo superior está localizado entre as margens superior e medial, en-
quanto o ângulo inferior na convergência das margens medial e lateral, en-
quanto o ângulo lateral está na convergência das margens superior e lateral 
(MARQUES, 2014). 
A escápula está articulada com a cabeça do úmero no ângulo lateral, ao longo 
da margem superior existe uma depressão chamada de incisura da escápula 
possibilitando a passagem para o nervo supra escapular (MOORE; ARTHUR; 
AGUR, 2011).
O processo coracoide é uma 
projeção densa, dirigida para 
cima e situada superiormente 
e anteriormente à cavidade 
glenoidal.
61
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 1: ESCÁPULA
Fonte: Adaptada de Graaff (2003, p. 175).
3.2.2 CLAVÍCULA
A clavícula possui um formato semelhante com a letra S, conecta-se ao mem-
bro superior por meio do esqueleto axial e mantém a articulação do ombro 
longe do tronco o que possibilita uma grande liberdade de movimento (TOR-
TORA; DERRICKSON, 2016).
A articulação esternoclavicular é a articulação medial da extremidade esternal 
da clavícula com o manúbrio do esterno, já extremidade lateral acromial da 
clavícula articula-se com o acrômio da escápula, esta articulação é chamada 
de articulação acromioclavicular (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Segundo Moore, Arthur e Agur (2011), existem dois procedimentos que vão ser-
vir de fixação para os ligamentos que são:
1. Tubérculo conoide
Localizado na extremidade acromial da clavícula.
62MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
2. Impressão do ligamento costoclavicular
Situado na superfície inferior da extremidade esternal.
FIGURA 2: CLAVÍCULA
Fonte: Adaptada de PixaBay (2020). 
A clavícula é considerada como um dos ossos do 
corpo humano que mais sofrem fratura.
63
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3.2.3 ÚMERO
É o osso mais longo do membro superior, sendo formado por uma cabeça 
proximal, que está articulada com a cavidade glenoidal da escápula, um corpo 
e por fim uma extremidade distal que vai se adaptar para articular-se com os 
dois ossos do antebraço.
Existe um sulco que envolve a margem da cabeça, sendo denominado de colo 
anatômico, enquanto o colo cirúrgico é um afunilamento que está perto da 
cabeça, sendo uma região muito comum onde ocorre as fraturas (TORTORA; 
DERRICKSON, 2016).
FIGURA 3: ÚMERO
Fonte: PixaBay (2020). 
A protuberância maior é chamada de tubérculo maior estando situada na par-
te proximal lateral do úmero, já o tubérculo menor está relativamente anterior 
ao tubérculo maior por meio do sulco intertubercular, neste sulco passa o ten-
dão da cabeça longa do músculo bíceps braquial.
Em toda porção médio lateral do corpo do úmero existe uma área enruga-
da, a tuberosidade para o músculo deltoide é o local de inserção do músculo, 
64MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
existem pequenas aberturas que são chamadas de forames nutrícios (MOORE; 
ARTHUR; AGUR, 2011).
No côndilo do úmero especificamente na extremidade distal existem duas su-
perfícies articulares que são o capítulo do úmero que é a parte lateral abaula-
da que se articula com o rádio, já a tróclea é região mais medial possuindo o 
formato de polia se articulando com a ulna (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Nos dois lados acima do côndilo estão situados os epicôndilos lateral e medial, 
o medial é maior e recebe o nervo ulnar que peneta posteriormente o sulco do 
nervo ulnar (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
A fossa coronoidea é uma depressão na face anterior acima da trócela, já a fos-
sa do olécrano é uma depressão na parte distal da face posterior.
As duas fossas são adaptadas para se articularem com a ulna ao longo dos 
movimentos do antebraço.
3.2.4 RÁDIO
O rádio é constituído por um corpo, onde a extremidade proximal é pequena 
já a extremidade distal é grande, a cabeça proximal tem a aparência de um 
disco se articulando com o capítulo do úmero e com a incissura radial da ulna.
A tuberosidade do rádio onde o bíceps braquial está inserido está localizada 
no lado medial da diáfise, logo abaixo da cabeça, enquanto na estremidade 
distal do rádio existe uma superfície duplamente facetada para a articulação 
com os ossos proximais do carpo (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
A estremidade distal do rádio apresenta um processo estilóide na ponta lateral 
e uma incisura ulnar no lado medial que adere a estremidade distal da ulna.
Os processos estiloides da ulna e do rádio vão promover a estabilidade lateral 
e medial para a articulação do punho.
3.2.5 ULNA
A estremidade proximal da ulna é articulada com o úmero e com o rádio, exis-
te uma depressão denominada de incisura troclear, a qual se articula com a 
tróclea do úmero.
O processo coronoide constitui o lábio anterior da incisura troclear já o olécra-
no constitui a parte posterior (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
65
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Já a parte lateral e inferior ao processo coronoide está situada a incisura radial, 
a qual se articula com a cabeça do rádio.
3.2.6 CARPO, METACARPO E FALANGES
A mão é formada por 27 ossos que vão constituir os ossos do carpo, metacarpo 
e as falanges.
O carpo também é denominado de punho, sendo constituído por oito ossos 
carpais, estando organizados em duas fileiras tranversais de quatro ossos cada 
uma, a fila proximal do lado lateral para medial é constituída pelos ossos esca-
fóide, semilunar, piramidal e pisiforme (GRAAFF, 2003).
Já a parte distal do lado lateral para o medial é constituída pelosossos tra-
pézio, trapezóide, capitato e hamato. Os ossos escafóide e o semiliunar da fila 
proximal se articulam com a extremidade distal do rádio (TORTORA; DERRI-
CKSON, 2016).
O metacarpo também é denominado de 
palma da mão, e apresenta cinco ossos 
metacarpais, onde cada um é constituí-
do por uma base proximal, corpo e uma 
cabeça distal que é arredondada para a 
articulação com a base de cada uma das 
falanges proximais.
As cabeças dos ossos metacarpais estão 
localizadas distalmente e formam os nós 
das articulações de um punho fechado 
(TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Os dedos são numerados por meio de uma 
sequência de I a V iniciando pelo dedo po-
legar (GRAAFF, 2003).
3.3 ARTICULAÇÕES E LIGAMENTOS
Agora será estudado em detalhes todos os ligamentos que vão constituir as 
articulações do membro superior, correspondendo a articulação do ombro, 
cotovelo, punho e mão.
Existem 14 falanges que vão 
constituir os ossos dos dedos, 
a falange é o nome dado para 
um osso de um dedo, sendo 
que estão localizadas em 
uma fila proximal, média e 
uma distal, exceto no polegar 
visto que não existe a falange 
média..
66MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
3.3.1 ARTICULAÇÃO DO OMBRO
A articulação do ombro apresenta uma grande liberdade com relação aos mo-
vimentos do corpo, existe uma cinta circular de fibrocartilagem chamada de 
lábio glenoidal que vai percorrer em volta da margem da articulação do om-
bro e penetrar na concavidade da cavidade glenoidal (GRAAFF, 2003).
Existe uma proteção para a articulação do ombro em cima dela por meio de 
um arco formado pelo acrômio e pelo processo coracóide da escápula e da 
clavícula.
Mesmo existindo dois ligamentos e um retináculo envolvendo e mantendo a 
articulação do ombro, grande parte da estabilidade da articulação é proceden-
te dos músculos e dos tendões que se cruzam (FLOYD, 2016).
Esta articulação é bastante móvel e a sua 
estabilidade tem sido agravada devido a sua 
mobilidade.
O ligamento coracoumeral é estendido do processo coracoide da escápula ao 
tubérculo maior do úmero, sendo que a cápsula articular é reforçada através 
de três feixes ligamentares que são chamados de ligamentos glenoumerais, o 
suporte final da articulação do ombro é denominado de retináculo transverso 
do úmero, um feixe delicado é estendido do tubérculo maior ao tubérculo 
menor do úmero.
Existem duas bolsas maiores e duas menores que fazem conexão com a arti-
culação do ombro, as bolsas maiores são denominadas de subdeltoídea, locali-
zada entre o músculo deltoide e a cápsula articular, já a bolsa subacromial está 
localizada entre o acrômio e a cápsula articular (GRAAFF, 2003).
A bolsa subcoracoidea está localizada entre o processo coracoide e a cápsula 
articular sendo analisada normalmente como uma extensão da bolsa subacro-
mial. Existe uma pequena bolsa subescapular que está situada entre o tendão 
do músculo subescapular e a cápsula articular.
67
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 4: ARTICULAÇÃO DO OMBRO
Fonte: Adaptada de Thompson (2012, p. 135).
Agora gostaria de aproveitar este momento para 
convidar você para indicar esta importante leitura. 
O artigo “O ombro em uma linha de produção: 
estudo clínico e ultrassonográfico”, publicado na 
Revista Brasileira de Reumatologia.
3.3.2 ARTICULAÇÃO COTOVELO
A articulação umeroulnar é formada pela tróclea do úmero e a incisura troclear 
da ulna, já a articulação umerorradial é constituída pelo capítulo do úmero e 
da cabeça do rádio (GRAAFF, 2003).
As duas articulações estão envolvidas com uma única cápsula articular, no lado 
posterior do cotovelo existe uma grande bolsa do olécrano com a função de 
lubrificar a região.
O ligamento colateral radial vai fortalecer a cápsula do cotovelo no lado late-
ral já o ligamento colateral ulnar vai reforçar o lado medial articular (SOBOT-
TA, 2006).
68MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
FIGURA 5: ARTICULAÇÃO DO COTOVELO
Fonte: Adaptada de Thompson (2012, p. 182).
O artigo “Epicondilite lateral do cotovelo”, 
publicado na Revista Brasileira de Ortopedia 
vai complementar boa parte do conteúdo 
relacionado ao cotovelo, abordado nesta 
unidade.
3.3.3 ARTICULAÇÕES DO PUNHO E MÃO
Agora vamos estudar em detalhes todas as articulações que constituem a 
região do punho e da mão, ou seja, as articulações metacarpofalângicas e 
interfalângicas.
Os ossos que fazem a ligação por meio das articulações metacarpofalângicas 
são os ossos metacarpais em contato com as falanges proximais, já as últimas 
são os ossos adjacentes (GRAAFF, 2003).
69
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Cada articulação de ambos os tipos possui três ligamentos, o ligamento pal-
mar penetra cada uma das articulações no lado palmar ou anterior da cápsula 
articular (SOBOTTA, 2006).
Cada articulação é constituída por dois ligamentos colaterais, sendo um no 
lado lateral e outro no lado medial, reforçando a cápsula articular, não existem 
ligamentos de suporte no lado posterior.
FIGURA 6: ARTICULAÇÕES DO PUNHO E MÃO
Fonte: Adaptada de Thompson (2012, p. 220).
Você está convidado a se aprofundar em seus 
estudos sobre todos os ossos e articulações do 
punho e da mão.
Para esta atividade você deve acessar este link 
para ter acesso ao livro: HANSEN, J. T. Netter – 
Anatomia para colorir. Rio de Janeiro, Editora 
Elsevier, 2010.
A partir daí, você poderá imprimir as páginas 2-13 
e 2-14, reconhecer todas as estruturas e colorir 
cada uma delas.
70MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
Para compreender melhor a mobilidade articular dos dedos, verifique a indi-
cação desta outra leitura.
O artigo “Mobilidade articular dos dedos não 
lesados pós-reparo em lesão dos tendões 
flexores da mão”, publicado na Revista Brasileira 
de Fisioterapia, pode lhe ajudar a verificar 
como se dá a amplitude de movimentos em 
mãos que sofreram reparo além de observar as 
comparações entre mãos lesadas e mãos não 
lesadas.
3.4 MOVIMENTOS ARTICULARES
A articulação do ombro também é denominada de glenoumeral, é uma arti-
culação sinovial, sendo formada pela cabeça do úmero e pela cavidade glenoi-
dal da escápula.
A articulação do cotovelo é do tipo sinovial gínglimo, sendo formada por duas 
articulações: articulação umeroulnar e articulação umerorradial.
As articulações metacarpofalângicas são articulações do tipo sinoviais condila-
res (elipsoidea) e as articulações interfalângicas são do tipo sinoviais gínglimos 
(GRAAFF, 2003).
3.5 MÚSCULOS 
Agora serão estudados em detalhes todos os músculos que fazem parte dos 
membros superiores, para fins didáticos eles estão divididos em regiões sendo 
elas músculos do ombro, músculos escapulares, músculos do braço, músculos 
do antebraço e músculos da mão (GRAAFF, 2003).
3.5.1 MÚSCULOS DO OMBRO
O ombro está fixado ao esqueleto axial por meio da articulação esternoclavi-
cular, é primordial a presença dos músculos fortes em formas de cintas nesta 
região (FLOYD, 2016).
71
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Ainda para Floyd (2016), todos os músculos que executam a movimentação do 
braço têm a sua origem na escápula, ela é sustentada de forma estacionária 
durante a movimentação do braço.
1. Os músculos que atuam no cíngulo do membro superior: 
Vão originar o esqueleto axial, sendo separados em grupos anterior e 
posterior (FLOYD, 2016).
Fonte: Adaptada de Thompson (2012, p. 120).
2. Músculos do grupo anterior que atuam no cíngulo do 
membro superior: 
São osmúsculos: serrátil anterior, peitoral menor e subclávio (FLOYD, 
2016).
72MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
 
Fonte: Adaptada de Thompson (2012, p. 148).
3. Músculos do grupo posterior: 
São os músculos trapézio, levantador da escápula e romboides. Estes 
músculos são contraídos de forma sinérgica agindo em qualquer 
movimento do cíngulo do membro superior (FLOYD, 2016).
Fonte: Adaptada de Thompson (2012, p. 149).
73
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Dos nove músculos que fazem parte da articulação do ombro e são inseridos 
no úmero, somente dois não se originam na escápula (peitoral maior e o latíssi-
mo do dorso), estes dois músculos vão fazer parte dos músculos axiais, enquan-
to os sete restantes fazem parte dos músculos escapulares (GRAAFF, 2003).
Agora gostaria de aproveitar este momento para 
convidar você para esta importante leitura. O 
artigo “Lesões músculo esqueléticas no ombro 
do atleta: mecanismo de lesão, diagnóstico e 
retorno a prática esportiva”.
Na tabela a seguir estão todos os músculos que atuam no cíngulo do membro 
superior, sendo os responsáveis pelos movimentos da articulação do ombro.
TABELA 2: MÚSCULOS QUE ATUAM NO CÍNGULO 
DO MEMBRO SUPERIOR
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO
Serrátil anterior Oitava ou nona costela superior.
Face costal da 
margem medial da 
escápula.
Puxa a escápula para 
frente e para baixo.
Peitoral menor
Extremidades 
externas da 3ª, 4ª e 5ª 
costelas.
Processo coracoide 
da escápula.
Puxa a escápula para 
frente e para baixo.
Subclávio Primeira costela. Sulco subclávio da clavícula.
Puxa a clavícula para 
baixo.
Trapézio
Osso occipital e 
processos espinhosos 
da 7ª vértebra 
cervical e todas as 
vértebras torácicas.
Clavícula, espinha da 
escápula e acrômio.
Levanta, abaixa e 
aduz a escápula, 
hiperestende o 
pescoço, suspende o 
ombro.
Levantador da 
escápula
1ª a 4ª vértebras 
cervicais.
Margem medial da 
escápula. Levanta a escápula.
Romboide maior
Processos espinhosos 
da 2ª a 5ª vértebras 
torácicas.
Margem medial da 
escápula.
Levanta e aduz a 
escápula.
Romboide menor 7ª vértebra cervical e 1ª torácica.
Margem medial da 
escápula.
Levanta e aduz a 
escápula.
74MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO
Peitoral maior
Clávicula, esterno e 
cartilagens costais 
da 2ª a 6ª costelas, 
bainha do reto.
Crista do tubérculo 
maior do úmero.
Flexiona, aduz e roda 
a articulação do 
ombro medialmente.
Latíssimo do dorso
Processos espinhos 
das vértebras sacrais, 
lombares, torácicas 
inferiores, crista ilíaca 
e quatro costelas 
inferiores.
Sulco intertubercular 
do úmero.
Estende, aduz e roda 
a articulação do 
ombro medialmente
Fonte: Adaptada de Graaff (2003, p. 266).
3.5.2 MÚSCULOS ESCAPULARES
Os músculos escapulares não axiais são o músculo deltoide, supra espinal, infra 
espinal, redondo maior, redondo menor, subescapular e coracobraquial (MA-
RIEB; WILHELM; MALLAT, 2016).
O músculo deltoide é um músculo que en-
volve toda a articulação do ombro, a função 
a principal é a abdução da articulação do 
ombro, os músculos antagonistas do mus-
culo deltoide são o peitoral maior e o latís-
simo do dorso, visto que ambos vão promo-
ver a adução da articulação do ombro.
Os outros músculos escapulares vão ajudar 
na estabilização do ombro, apresentando 
ações específicas com relação a articulação 
do ombro (FLOYD, 2016).
O músculo supra espinal vai rodar o braço 
lateralmente sendo um sinergista com o 
músculo deltoide na abdução da articula-
ção do ombro, já o músculo infra espinal vai 
rodear o braço lateralmente.
A atividade do músculo redondo maior é muito semelhante a ação do múscu-
lo latíssimo do dorso que é executar a adução e rotação medial da articulação 
do ombro, enquanto o músculo redondo menor atua em união com o mús-
O músculo subescapular 
é um ótimo estabilizador 
do ombro ajudando na 
rotação medial do braço 
na articulação do ombro, já 
o músculo coracobraquial 
é um músculo sinergista 
que age em conjunto como 
o músculo peitoral maior 
executando a flexão e adução 
da articulação do ombro.
75
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
culo infra espinal fazendo a rotação lateral do braço na articulação do ombro 
(MARIEB; WILHELM; MALLAT, 2016).
3.5.3 MÚSCULOS DO BRAÇO
Os músculos do braço são os responsáveis pela realização da flexão e exten-
são da articulação do cotovelo, sendo eles os músculos bíceps braquial, bra-
quial, braquiorradial e tríceps braquial, além destes quatro músculos existe um 
músculo triangular bem pequeno chamado de ancôneo ficando localizado na 
extremidade distal do músculo tríceps braquial próximo ao cotovelo (THOMP-
SON, 2012).
FIGURA 7: MÚSCULOS DO BRAÇO
 
Fonte: PixaBay (2020).
O músculo bíceps braquial está situado na face anterior do úmero, não apre-
senta nenhuma fixação no úmero e possui uma origem dupla (cabeça curta e 
cabeça longa), sendo que a cabeça curta é originada no processo coroide da 
escápula, já a cabeça longa é originada no tubérculo supraglenoidal, percor-
rendo a articulação do ombro e descendo pelo sulco intertubercular do úme-
ro, as duas cabeças estão inseridas na tuberosidade do rádio.
76MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
A localização do músculo braquial é na metade distal anterior do úmero, pro-
fundamente ao bíceps braquial, agindo de forma sinérgica junto com o bíceps 
braquial executando a flexão do cotovelo (FLOYD, 2016).
O músculo braquiorradial é um músculo que está localizado ao longo da su-
perfície lateral (radial) do antebraço agindo também na flexão do cotovelo.
A localização do músculo tríceps braquial é na face posterior do braço, esten-
dendo o antebraço na articulação do cotovelo, com uma ação contrária ao 
músculo bíceps braquial (THOMPSON, 2012).
O músculo tríceps braquial apresenta três cabeças ou origens (lateral, medial 
e longa), sendo duas originadas no úmero as cabeças lateral e medial, já a ca-
beça longa tem a origem no tubérculo infraglenoidal da escápula, existe uma 
inserção tendínea comum que vai fixar o músculo tríceps braquial ao olecrano 
da ulna.
O músculo ancôneo executa uma função sinérgica junto com o músculo trí-
ceps braquial para a extensão do cotovelo.
3.5.4 MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO
Os músculos situados no antebraço são responsáveis pelos movimentos das 
articulações do punho, mão e dedos, alguns deles atuam em duas articulações 
(cotovelo e punho), outros na articulação do punho, mãos e dedos, enquan-
to outros são capazes de realizarem o movimento de rotação na articulação 
radioulnar.
Os principais movimentos das mãos e dos dedos são: supinação, pronação, fle-
xão e extensão, existem outros movimentos como a adução e a abdução
O músculo supinador circunda a porção súpero posterior do rádio, agindo de 
forma sinérgica com o músculo bíceps braquial na supinação da mão (THOMP-
SON, 2012).
Existem dois músculos que vão agir na pronação da mão que são o pronador 
redondo e o pronador quadrado, a localização do músculo pronador redondo 
é medial e superior ao antebraço, enquanto o pronador quadrado a sua locali-
zação é anterior e estende-se entre a ulna e o rádio.
Ambos os músculos vão agir de forma sinérgica para rodar a palma da mão 
posteriormente e posicionar o dedo polegar medialmente (BEHNKE, 2014).
77
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Existem seis músculos que são os responsáveis pela flexão do punho, mãos e 
dedos, apesar de quatro possuírem a suaorigem no epicôndilo medial do 
úmero as suas ações na articulação do cotovelo são pequenas.
O músculo flexor radial do carpo está es-
tendido diagonalmente através da face 
anterior do antebraço, sendo que o tendão 
distal é semelhante como um cordão que 
transpassa o punho abaixo do retináculo 
dos músculos flexores, sendo o responsá-
vel pela flexão e abdução.
O músculo palmar longo tem uma posi-
ção superficial na face anterior do braço, 
possuindo um tendão longo e fino que 
se fixa na aponeurose palmar onde au-
xilia na flexão das articulações do punho 
(BEHNKE, 2014).
O músculo flexor ulnar do carpo está inserido no lado anterior e medial do an-
tebraço, onde atua na flexão das articulações do punho e na adução da mão.
O músculo flexor superficial dos dedos está situado imediatamente abaixo dos 
três músculos flexores, apresentando uma origem bem grande incluindo o 
úmero, ulna e rádio.
O tendão da extremidade distal do músculo está unido através da articulação 
do punho se separando posteriormente para ser inserido na falange média dos 
dedos II ao V (MARIEB; WILHELM; MALLAT, 2016).
A tabela a seguir é formada por todos os músculos que atuam no antebraço, 
sendo eles os músculos bíceps braquial, braquial, braquiorradial, tríceps bra-
quial e ancôneo.
TABELA 3: MÚSCULOS QUE ATUAM NO ANTEBRAÇO 
NA ARTICULAÇÃO DO COTOVELO
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO
Bíceps braquial 
Processo coracoide 
e tubérculo 
supraglenoidal.
Tuberosidade do 
rádio.
Flexiona a articulação 
do cotovelo, supina 
o antebraço e a 
mão na articulação 
radioulnar.
O músculo flexor radial 
é considerado como o 
ponto fundamental para 
a localização da artéria 
radial, sendo utilizado para 
a avaliação da existência de 
pulsação e da frequência 
cardíaca.
78MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO
Braquial Face anterior do úmero.
Processo coronoide 
da ulna.
Flexiona a articulação 
do cotovelo.
Braquiorradial
Crista supra 
epicondilar lateral do 
úmero.
Proximal ao processo 
estiloide do rádio.
Flexiona a articulação 
do cotovelo.
Tríceps braquial
Tubérculo 
infraglenoidal, faces 
lateral e medial do 
úmero.
Olécrano da ulna. Estende a articulação do cotovelo.
Ancôneo Epicôndilo lateral do úmero. Olécrano da ulna.
Estende a articulação 
do cotovelo.
Fonte: Adaptado de Graaff (2003, p. 270).
O músculo flexor profundo dos dedos está situado de forma profunda ao flexor 
superficial dos dedos, estando inseridos nas falanges distais do II ao V dedos. 
Ambos os músculos vão realizar a flexão das articulações do punho, mão, II, III, 
IV e V dedos (BEHNKE, 2014).
O músculo flexor longo do polegar é um músculo profundo e lateral do ante-
braço, que atua na flexão das articulações do polegar e ajuda no mecanismo 
de preensão da mão.
Os tendões dos músculos flexores das articulações da mão podem ser visua-
lizados na região do punho quanto a mão está fechada e mantida com uma 
força por meio do retináculo dos flexores que atravessa o punho (MARIEB; WI-
LHELM; MALLAT, 2016).
Os músculos que realizam a extensão das articulações da mão estão locali-
zados no lado posterior do antebraço, os principais músculos extensores são 
visualizados superficialmente.
O músculo extensor radial longo do carpo está medialmente ao músculo bra-
quiorradial, estendendo a articulação carpal e abduzindo a mão no punho 
(GRAAFF, 2003).
O músculo extensor radial curto do carpo está imediatamente medial ao mús-
culo extensor longo do carpo, executando quase a mesma função, sendo que 
a origem e a inserção são diferentes.
O músculo extensor dos dedos está situado na base do antebraço ao longo da 
face posterior, a sua origem é no epicôndilo lateral do úmero, as inserções dos 
79
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
tendões estão separados no punho, abaixo do retináculo dos músculos exten-
sores, em quatro tendões que estão fixos na extremidade distal das falanges 
médias dos dedos II ao V (SOBOTTA, 2006).
O músculo extensor do dedo mínimo é um músculo grande e fino situado no 
lado ulnar do músculo extensor dos dedos, a sua inserção tendínea está mis-
turada com o tendão do músculo extensor dos dedos em direção ao quinto 
dedo (MARIEB; WILHELM; MALLAT, 2016).
O músculo extensor ulnar do carpo é o músculo mais medial da face posterior 
do antebraço, inserido na base do quinto osso metacarpal atuando na exten-
são e adução das articulações da mão.
O músculo extensor longo do polegar é originado na região mediulnar, atra-
vessando os dois terços inferiores do antebraço, estando inserido na base da 
falange distal do dedo polegar, se estendendo das articulações do dedo pole-
gar e fazendo a abdução da mão (BEHNKE, 2014).
O músculo extensor curto do polegar é originado na porção média inferior do 
rádio, inserindo-se na base da falange proximal do polegar, a sua ação é pare-
cida com a do músculo extensor longo do polegar.
O músculo abdutor longo do polegar realiza a abdução das articulações do 
polegar e da mão, a origem está na membrana interóssea entre a ulna e o rá-
dio, estando inserido na base do primeiro osso metacarpal (MARIEB; WILHELM; 
MALLAT, 2016).
Na tabela a seguir estão os músculos do antebraço responsáveis por todos os 
movimentos das articulações do punho, mãos e dedos.
TABELA 4: MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO QUE MOVIMENTAM 
ARTICULAÇÕES DO PUNHO, MÃO E DEDOS
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO
Supinador
Epicôndilo lateral do 
úmero e crista do 
músculo supinador 
da ulna.
Lateral do rádio. Supinação do antebraço e da mão.
Pronador redondo Epicôndilo medial do úmero. Face lateral do rádio.
Pronação do 
antebraço e da mão.
Flexor radial do carpo Epicôndilo medial do úmero.
Base do 2º e 3º 
metacarpais.
Flexão e abdução da 
mão no punho.
80MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO
Palmar longo Epicôndilo medial do úmero. Aponeurose palmar. Flexão do punho.
Flexor ulnar do carpo Epicôndilo medial e olecrano.
Ossos carpais e 
metacarpais.
Flexão e adução do 
punho.
Flexor superficial dos 
dedos
Epicôndilo medial, 
processo coronóide e 
margem anterior do 
rádio.
Falanges médias dos 
dedos II ao V.
Flexão do punho 
e dos dedos 
nas articulações 
metacarpofalângicas 
e interfalângicas.
Flexor profundo dos 
dedos
2/3 proximais da 
ulna e membrana 
interóssea.
Falanges distais dos 
dedos III ao V.
Flexão do punho 
e dos dedos 
nas articulações 
metacarpofalângicas 
e interfalângicas
Flexor longo do 
polegar
Corpo do rádio, 
membrana 
interóssea e processo 
coronoide.
Falange distal do 
polegar.
Flexão das 
articulações do 
polegar.
Extensor radial longo 
do carpo
Crista supra 
epicondilar lateral do 
úmero.
2º osso metacarpal. Extensão e abdução do punho.
Extensor radial curto 
do carpo
Epicôndilo lateral do 
úmero. 3º osso metacarpal.
Extensão e abdução 
do punho.
Fonte: Adaptado de Graaff (2003, p. 273).
3.5.5 MÚSCULOS DA MÃO
A mão é uma estrutura muito complexa, sendo completamente antagônica 
uma vez que possibilita a realização de movimentos muito elaborados, de-
licados e precisos como tocar um instrumento, escrever uma carta ou ainda 
realizar uma cirurgia muito delicada, sendo também possível a realização de 
atividades que estão relacionadas com a força e a potência (SOBOTTA, 2006).
Além de todas estas funções é por meio da mão que todos os indivíduos vão 
se relacionar com todo o meio externo, interagindo com todos os outros indi-
víduos e os objetos.
A precisão do movimento dos dedos é assegurada em função da coordenação 
da abdução e adução com flexão e extensão sendo as funções dos músculos 
intrínsecos da mão (GRAAFF, 2003).
81
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicadano D.O.U em 23/06/2017
Os músculos da mão, segundo Graaff (2003), são constituídos por três impor-
tantes grupos que são:
1. Tenares
Formado pelos músculos: abdutor curto do polegar, flexor curto do 
polegar e oponente do polegar.
2. Hipotenares
Saliência presente no dedo mínimo.
3. Intermediários
Estão entre os ossos metacarpais na palma da mão.
A eminência tenar é a base do dedo polegar sendo formada por três múscu-
los abdutor curto do polegar, flexor curto do polegar e oponente do polegar, 
sendo que o oponente do polegar é o mais importante dos músculos tenares 
executando a oposição do polegar a palma da mão (SOBOTTA, 2006).
A eminência hipotênar diz respeito a saliência presente no dedo mínimo, sen-
do formada por três músculos: abdutor do dedo mínimo, flexor do dedo míni-
mo e oponente do dedo mínimo.
Já os músculos que fazem parte do grupo intermediário estão inseridos entre 
os ossos metacarpais na região da palma da mão, sendo inclusos os músculos 
adutor do polegar, lumbricais e interósseo palmares e dorsais (GRAAFF, 2003).
A tabela a seguir é formada por todos os músculos da mão, divididos em três 
grupos: tenares, hipotênares e intermediários.
82MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
TABELA 5: MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA MÃO
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO
MÚSCULOS TENARES
Abdutor curto 
do polegar
Retináculo dos 
músculos flexores, 
escafoide e trapézio.
Falange proximal do 
polegar.
Abdução das articulações 
do polegar.
Flexor curto do 
polegar
Retináculo dos 
músculos flexores e 
trapézio.
Falange proximal do 
polegar.
Flexão das articulações do 
polegar.
Oponente do 
polegar
Trapézio e retináculo 
dos músculos 
flexores.
Primeiro osso 
metacarpal.
Oposição das articulações 
do polegar.
MÚSCULOS INTERMÉDIOS
Adutor do 
polegar (cabeças 
oblíqua e 
transversa)
Cabeça oblíqua, 
capitato, cabeça 
transverssa, 2º e 3º 
ossos metacarpais.
Falange proximal do 
polegar.
Adução das articulações 
do polegar.
Lumbricais (4) Tendões dos flexores profundo dos dedos.
Expansões extensoras 
dos dedos II – V.
Flexão dos dedos 
nas articulações 
metacarpofalângicas, 
extensão dos dedos 
nas articulações 
interfalângicas.
Interósseos 
palmares
Lado medial do 2º 
osso metacarpal, 
lados laterais do 4º e 
5º ossos metacarpais.
Falanges proximais 
dos dedos II, III e V e 
extensor dos dedos.
Adução dos dedos 
em direção ao dedo 
médio nas articulações 
metacarpofalângicas.
Interósseos 
dorsais (4) 
Lados adjacentes dos 
ossos metacarpais.
Lados laterais das 
falanges proximais 
dos dedos II e III mais 
lados mediais das 
falanges proximais 
dos dedos III e IV e 
extensor dos dedos.
Abdução dos dedos 
afastando do dedo 
médio nas articulações 
metacarpofalângicas.
MÚSCULOS HIPOTENARES
Abdutor do 
dedo mínimo
Pisiforme e tendão 
do flexor ulnar do 
carpo.
Falange proximal do 
V dedo.
Abdução das articulações 
do V dedo.
Flexor do dedo 
mínimo
Retináculo dos 
músculos flexores e 
hámulo do hamato.
Falange proximal do 
V dedo.
Flexão das articulações do 
V dedo.
83
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO
Oponente do 
dedo mínimo
Retináculo dos 
músculos flexores e 
hámulo do hamato.
5º osso metacarpal. Oposição.
Oponente do 
dedo mínimo
Retináculo dos 
músculos flexores e 
hámulo do hamato.
5º osso metacarpal. Oposição.
Fonte: Adaptado de Graaff (2003, p. 275).
3.6 PATOLOGIAS COMUNS
Existem várias patologias presentes nos membros superiores entre elas uma 
doença degenerativa crônica chamada de artrose, provocando uma grande 
redução na mobilidade articular.
Outra patologia é a bursite que está relacionada com um processo inflama-
tório que agride as bursas, podendo ser de origem inflamatória ou infecciosa.
Uma patologia bastante frequente no membro superior é a síndrome do im-
pacto do ombro, esta patologia é inflamatória e degenerativa, decorrente dos 
impactos mecânicos ou por compressão em algumas estruturas que estão lo-
calizadas no espaço umerocoracoacromial, principalmente no tendão do su-
praespinhal, tendão da cabeça longa do bíceps, bursa subacromial e a articu-
lação acromioclavicular. 
Esta síndrome evolui e vai causar microlesões nas estruturas acarretando uma 
fibrose da bursa subacromial, tendinite ou até a ruptura do manguito rotador. 
Outra situação muito frequente é a epicondilite lateral, que é uma afecção 
degenerativa que compromete os tendões extensores do epicôndilo lateral, 
sendo conhecida também como cotovelo do tenista, neste caso existe uma 
tendinose, junto com uma resposta fibroblástica e vascular, sendo conhecida 
como degeneração angiofibroblástica da epicondilite.
84MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
Agora gostaria de aproveitar este momento 
para convidar você para mais esta importante 
leitura. O artigo “Medidas de força do aperto de 
mão e espessura do músculo adutor do polegar 
em idosos institucionalizados”. O artigo tem 
como objetivo identificar o estado nutricional e 
comparar os métodos de avaliação nutricional 
em indivíduos idosos residentes em instituições 
geriátricas.
CONCLUSÃO
Chegamos ao final desta terceira unidade. Tenho certeza de que você aprovei-
tou o máximo possível todo o conteúdo abordado.
Ao longo desta unidade foram abordados vários assuntos muito importantes 
sobre os membros superiores entre eles todos os ossos (escápula, clavícula, 
úmero, rádio, ulna, carpo, metacarpo e falanges), articulações do ombro, co-
tovelo, punho e mão, músculos do ombro, escapulares, braço, antebraço e da 
mão e as patologias comuns.
UNIDADE 4
> identificar as 
estruturas ósseas, 
musculares e 
articulares do tronco;
> compreender 
os movimentos 
articulares e a 
correlação das 
estruturas 
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
você seja capaz 
de:
85 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
86MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
4 ANATOMIA E CINESIOLOGIA 
DO TRONCO: ATM, PESCOÇO E 
TRONCO, SISTEMA RESPIRATÓRIO 
E CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
O esqueleto humano é dividido em duas partes: o esqueleto axial e o 
esqueleto apendicular. O esqueleto axial forma a parte central do corpo e 
esqueleto e é constituído pelos ossos do crânio, os ossículos da audição, o 
osso hioide e a coluna vertebral (GRAAFF, 2003). O cíngulo do quadril faz 
parte do esqueleto apendicular. Ele é a raiz dos segmentos inferiores e 
articulam-se com o osso fêmur.
Você verá nessa unidade as características dessas estruturas que formam o eixo 
central do corpo humano. Além disso, a relação entre a respiração e movimento 
do sistema musculoesquelético será abordado. O sistema respiratório necessita 
da ação muscular para possibilitar a respiração.
Preste atenção para as origens e inserções musculares. Você pode tentar 
decorar a ação dos músculos, mas se entender onde eles estão inseridos (e 
muitas vezes o nome do músculo indica quais são as suas inserções), pode 
perceber a ação de um músculo.
4.1 CONCEITOS PRINCIPAIS
4.1.1 ATM
A articulação temporomandibular (ATM) está envolvida na movimentação da 
mandíbula, articulando os ossos, temporal e mandíbula. Ela está localizada 
anteriormente à orelha e na extremidade póstero-superior da mandíbula (LI-
PPERT, 2013). Entre outros movimentos, é responsável pela abertura e fecha-
mento da boca.
87
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 1: ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
Fonte: Adaptada de Pacheco ([2020]).
4.1.2 COLUNA VERTEBRALA coluna vertebral, que inclui o pescoço e o tronco, constitui o eixo longitudi-
nal do corpo. Os movimentos da coluna que são observados são, na verdade, a 
combinação do movimento das várias articulações que a compõem (CALAIS-
-GERMAIN, 2010). Ela é responsável pela sustentação da cabeça e na proteção 
da medula espinal (LIPPERT, 2013).
A disposição das vertebras formam curvaturas anteroposteriores na coluna ver-
tebral, conhecidas como lordoses e cifoses. Essas curvaturas aumentam a força 
e a resiliência da coluna. As curvaturas normais estão ligadas à cada região da 
coluna. Na região cervical, composta por sete vértebras, a curvatura é convexa, 
a região torácica, composta por 12 vértebras, tem curvatura côncava, a região 
lombar é formada por cinco vértebras com curvatura convexa e, finalmente, a 
região sacral é formada por cinco vértebras fundidas com curvatura côncava. 
Além disso, o cóccix, composto por três a cinco vértebras fundidas, acompanha 
a curvatura no final do sacro.
88MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
FIGURA 2: REGIÕES DA COLUNA VERTEBRAL
Fonte: Adaptada de Ferrario (2017, p. 4).
4.1.3 SISTEMA RESPIRATÓRIO
Ossos e músculos participam do trabalho realizado no sistema respiratório 
para permitir a troca de gases. A caixa torácica, constituída pelo esterno, cos-
telas, cartilagens costais e vértebras torácicas, está diretamente envolvida na 
mecânica respiratória.
4.1.4 CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR
A pelve, ou cíngulo do membro inferior, é constituída por quatro ossos: sacro, 
cóccix, e os ossos do quadril. A pelve tem a função de sustentar o peso do cor-
po, a partir da coluna vertebral, e transmitir para os ossos do quadril. Ela tam-
bém recebe as forças geradas a partir do contato entre o pé e o solo e transmi-
tir na direção da coluna.
89
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
A pelve do homem e a da mulher não são 
iguais. Na pelve masculina, os processos são 
mais salientes, o acetábulo se volta mais 
lateralmente, a sínfise púnica é mais profunda e 
longa do que a da mulher. Já na pelve feminina 
a abertura inferior é mais larga, as espinhas 
ilíacas anterossuperiores são mais afastadas e o 
arco púbico tem um ângulo maior do que no 
homem. A principal razão para as diferenças é 
devido à gravidez e ao parto da mulher.
4.2 OSSOS E PONTOS DE REFERÊNCIA
O crânio pode ser dividido em neurocrânio, que forma a estrutura que contém 
o encéfalo, e viscerocrânio, que é formado pelos ossos da face. A articulação 
temporomandibular é formada pela mandíbula, que é um osso da face, e pelo 
temporal, que é um osso do neurocrânio (LIPPERT, 2013).
Osso temporal, na verdade, refere-se à dois ossos, um de cada lado do crânio. 
Os ossos temporais são ossos laterais encontrados posterior ao osso zigomático 
e articulando-se, também, aos ossos parietal, esfenoide e occipital. A articu-
lação com a mandíbula acontece no tubérculo articular, anteriormente, e o 
tubérculo pós-glenoidal, posteriormente.
O formato da mandíbula é comparado a uma ferradura, com as duas extremi-
dades laterais se articulando a cada osso temporal. Na parte central, ou corpo 
da mandíbula, se encontra, também, a articulação com os dentes inferiores. Os 
dentes superiores estão articulado com o osso maxilar.
As vértebras que formam a coluna vertebral são específicas para cada região 
da coluna. Mesmo assim, as vértebras têm algumas características em todos 
ou quase todos os níveis. As principais partes de uma vértebra são o corpo ver-
tebral, arco vertebral, o forame vertebral, o processo transverso e processo espi-
nhoso. O corpo vertebral é uma estrutura cilíndrica de osso esponjoso presente 
em todas as vértebras entre C2 e S1 (LIPPERT, 2013).
90MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
FIGURA 3: VÉRTEBRA
Fonte: Adaptada de Lippert (2013, p. 188).
Arco vertebral é a estrutura posterior da 
vértebra. Forame vertebral é o espaço en-
tre o corpo vertebral e o arco vertebral por 
onde passa a medula espinal ao longe de 
todas as vértebras. Processos transversos 
são as estruturas laterais do arco transver-
so, onde músculos e ligamentos se inse-
rem. O processo espinhoso é a projeção 
posterior do arco vertebral e a parte da 
vértebra que pode ser palpada em quase 
toda a extensão da coluna vertebral.
As vértebras torácicas constituem a face 
posterior da caixa torácica, juntamente 
com o esterno, as costelas e as cartilagens 
costais. O esterno é constituído por três 
partes: o manúbrio do esterno na parte 
superior, o corpo do esterno na parte cen-
O corpo vertebral tem a 
função de sustentar o peso 
da parte superior do corpo. 
Por esse motivo, o tamanho 
do corpo vertebral aumenta 
nas vértebras na direção 
caudal. Assim a vértebra de S1 
é muito maior que a vértebra 
de C3, uma vez que ela tem 
que suportar uma carga 
maior (WEINECK, 2013).
91
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
tral e o processo xifoide na parte inferior, formando um osso chato e alongado 
(GRAAFF, 2003). As costelas são ossos longos organizados em pares que se 
encontram embutidos nos músculos da parede torácica. Há doze pares de 
costelas na caixa torácica (GRAAFF, 2003). Entre as costelas e o esterno são en-
contradas as cartilagens costais.
FIGURA 4: CAIXA TORÁCICA
Fonte: Adaptada de Graaff (2013, p. 164).
O osso do quadril é formado pela união de três ossos: ílio, púbis e ísquio. O ílio 
é o osso mais superior e o maior entre os três. Encontram-se nele a crista ilíaca, 
que forma a proeminência superior da pelve, as espinhas ilíacas anterossupe-
rior, anteroinferior, póstero-superior e póstero-inferior. As duas espinhas ilíacas 
superior são as extremidades da crista ilíaca (GRAAFF, 2003).
O osso ísquio é o osso póstero-inferior do quadril. Entre seus acidentes ana-
tômicos encontram-se a espinha isquiática, na parte posterior. Inferior à espi-
nha isquiático é encontrada a incisura isquiática menor. No quadril também 
encontramos a incisura isquiática maior, que está na parte inferior do osso ílio 
(GRAAFF, 2003).
92MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
Você já fez uma aula de alongamento ou de 
ginástica que o professor pede para os alunos 
sentarem-se sobre os ísquios? Os ísquios são na 
verdade o túberisquiático, uma prominência 
do osso ísquio que é responsável em suportar o 
peso do corpo na posição sentada.
O osso púbis encontra-se na parte anterior do osso do quadril. Ele apresenta 
um ramo superior e um ramo inferior, responsáveis pela sustentação do púbis. 
A sínfise púbica, articulação entre os dois ossos do quadril, é formada pelo cor-
po do púbis (GRAAFF, 2003).
FIGURA 5: CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR
Fonte: Adaptada de GRAAFF (2013, p. 181).
4.3 ARTICULAÇÕES E LIGAMENTOS
A articulação tem a função de unir e dar movimento aos ossos. Sua estrutura 
vai determinar os graus de liberdade que ela possui, ou seja, determinar quais 
93
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
os possíveis movimentos que aquela articulação pode realizar. A conexão en-
tre os ossos também é realizada pelos ligamentos, que conectam osso a osso 
através de articulações (GRAAFF, 2003).
4.3.1 ATM
Os ligamentos da articulação temporomandibular têm a função de sustentar 
e limitar os movimentos da mandíbula. Sustentação é a função do ligamento 
esfenomandibular. Esse ligamento também limita alguns movimentos, assim 
como o ligamento lateral e o ligamento estilomandibular. Além disso, a cápsu-
la articular envolve a articulação, fixando-se notubérculo articular e nas mar-
gens da fossa mandibular do osso temporal.
FIGURA 6: LIGAMENTOS DA ATM
Fonte: Adaptada de Lippert (2013, p. 177).
4.3.2 COLUNA VERTEBRAL 
As vértebras da coluna vertebral articulam-se entre si – cada vértebra articula-
-se com as vértebras adjacentes superior e inferior –, a primeira vértebra (al-
94MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
tas) articula-se com o osso occipital e as vértebras torácicas articulam-se com 
as costelas (GRAAFF, 2003). As duas primeiras vértebras cervicais, chamadas 
atlas e áxis, apresentam formato específico apresentam uma articulação em 
formato trocoide ou em pivô. A articulação entre os corpos vertebrais de vérte-
bras adjacentes é preenchida pelo disco intervertebral. O disco intervertebral 
é um disco fibrocartilaginoso com um núcleo pulposo. Ele tem a capacidade 
de absorver e transmitir forças entre as vértebras e manter a flexibilidade da 
coluna vertebral.
FIGURA 7: DISCO INTERVERTEBRAL
Fonte: Adaptada de Wikipédia (2020).
4.3.3 CAIXA TORÁCICA
As articulas entre as vértebras torácicas e as costelas, chamadas articulações 
costovertebrais, ocorrem junto com os corpos vertebrais e com os processos 
transversos (GRAAFF, 2003). As cartilagens costais estão ligadas ao esterno por 
meio da incisura jugular nas duas primeiras costelas e diretamente da terceira 
à décima costelas. As costelas são classificadas em verdadeiras, falsas e flutuan-
tes. As costelas verdadeiras são as sete primeiras, que se articulam diretamente 
95
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
com o esterno através da cartilagem costal. As costelas falsas, da oitava a déci-
ma, articulam-se pela cartilagem costal à outra cartilagem que irá se ligar ao 
esterno. Já as costelas flutuantes são a décima primeira e a décima segunda, 
que tem ligação às vértebras torácicas, mas não se articulam com as costelas. 
As articulações encontradas na caixa torácica são anaxiais, permitindo apenas 
pequenos movimentos.
4.3.4 CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR
A pelve possui quatro articulações. As articulações sacrilíacas, que aparecem 
dos lados direito e esquerdo conectam o sacro e o ílio do osso do quadril. A 
sacrilíaca é uma articulação anaxial, sem possibilidade de movimentos impor-
tante. Ela tem a função de transmitir o peso da parte superior do corpo para os 
ossos do quadril. Sua principal característica é a estabilidade (LIPPERT, 2013).
FIGURA 8: ARTICULAÇÕES DA PELVE
Fonte: Adaptada de Anatomia em foco ([2020]).
As outras articulações da pelve são a sínfise púbica e a articulação lombros-
sacral. A sínfise púbica é a articulação entre os dois lados do osso do quadril, 
96MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
que se divide entre direito e esquerdo. A lombrossacral é a articulação entre a 
última vértebra lombar e a primeira vértebra sacral.
4.4 MOVIMENTOS ARTICULARES
Os seguintes movimentos são realizados pela ATM: abaixamento e elevação da 
mandíbula, protrusão e retração e movimento lateral. Abaixamento e elevação 
são a combinação de dois movimentos. Abaixamento junta a rotação anterior 
da cabeça da mandíbula e o deslizamento anterior e inferior do disco articular 
e da cabeça da mandíbula. Já elevação é o movimento contrário, deslizamento 
posterior e superior do disco articular e da cabeça da mandíbula e rotação pos-
terior da cabeça da mandíbula. Protrusão e retração são o deslizamento ante-
rior e posterior da mandíbula. Movimento lateral envolve a rotação da cabeça 
da mandíbula de um lado na fossa mandíbular e o deslizamento da cabeça da 
mandíbula do outro lado no sentido anterior.
FIGURA 9: MOVIMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL
Fonte: Adaptada de Lippert (2013, p. 187).
A coluna vertebral pode realizar movimentos nos três planos e eixos anatômi-
cos. No plano sagital, a coluna faz flexão, extensão e hiperextensão. No plano 
frontal, acontece a flexão ou inclinação lateral. No plano transverso, a coluna re-
aliza rotação. A amplitude do movimento da coluna é determinada pela soma 
dos graus de movimento de cada vértebra. Considerando as porções torácica e 
lombar da coluna vertebral, a amplitude máxima observada é 85 graus de fle-
97
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
xão e 40 graus de extensão. Av flexão lateral para qualquer lado pode chegar à 
45 graus e a rotação para qualquer lado pode chegar a 35 graus de amplitude 
(MUSCOLINO, 2017).
O movimento das costelas é limitado. A articulação anaxial somente pode re-
alizar o movimento de deslizamento, que pode ser observado na elevação e 
abaixamento da caixa torácica. Esses movimentos estão relacionados à inspi-
ração e expiração (LIPPERT, 2013).
Durante a inspiração, quando o pulmão infla ao encher de ar, a caixa torácica 
more-se para cima e expande-se à frente e aos lados. Isso aumenta o diâme-
tro do tórax no plano horizontal. Na expiração, quando o pulmão é esvaziado, 
a caixa torácica volta à sua posição original, diminuindo o seu diâmetro. No 
plano transversal, o diâmetro também altera devido à respiração. Durante a 
inspiração, o esterno e as costelas deslocam-se para cima e para a frente, au-
mentando o diâmetro nesse plano. Já na expiração, esterno e costelas voltas 
à posição original, diminuindo o diâmetro transversal do tórax (LIPPERT, 2013).
FIGURA 10: MOVIMENTOS DA CAIXA TORÁCICA
Fonte: Adaptada de Lippert (2013, p. 209).
98MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
A pelve possui movimento entre os ossos que a compõe ou em relação a ou-
tras partes do corpo. O movimento da própria pelve acontece na articulação 
da sínfise púbica e na articulação sacrilíaca. O movimento em relação a outros 
partes do corpo acontece na articulação lombossacral, em relação ao tronco, e 
no quadril, em relação à coxa.
Ambas as articulações dentro da pelve não não-axiais e permitem pouco mo-
vimento. A sínfise púbica é capaz apenas de deslizamento entre os dois Além 
de deslizamento, ela pode realizar nutação e contranutação. Na nutação, a 
base sacral superior desloca-se para à frente e para baixo (como uma queda 
à frente), enquanto a ponta inferior do sacro move-se para trás e para cima. O 
movimento relativo da pelve é inclinação posterior. A contranutação é o movi-
mento de retorno da nutação (MUSCOLINO, 2017).
FIGURA 11: MOVIMENTO DA ARTICULAÇÃO SACRO ILÍACA 
Fonte: Adaptada de Lippert (2013, p. 219).
Os movimentos da pelve são realizados a partir dos movimentos das outras ar-
ticulações. Não há músculos específicos para realizar a nutação, por exemplo. 
Ela acontece de acordo com os movimentos da coluna ou do quadril.
99
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
4.5 MÚSCULOS
As principais ações da ATM estão ligadas a tarefas como fala, mastigação, 
mordida, deglutição em bocejo. Os principais músculos que atuam na articu-
lação são temporal, masseter, pterigoideo medial e pterigoideo lateral. Eleva-
ção da mandíbula é realizada pelos músculos temporal, masseter e pterigoi-
deo medial e abaixamento da mandíbula é realizado pelo pterigoideo lateral. 
Retração da mandíbula é realizada pelo músculo temporal e protusão da 
mandíbula é realizada pelos músculos pterigoideos medial e lateral. Desvio la-
teral da mandíbula é realizado pelos músculos temporal e masseter agindo no 
mesmo lado e pterigoideo medial e pterigoideo lateral agindo no lado oposto 
(LIPPERT, 2013).
1. Músculo temporal: 
origem: fossa temporal; inserção: processo coronoide e ramo da 
mandíbula; ação: bilateral: elevação e retração, unilateral:desvio lateral 
do mesmo lado (LIPPERT, 2013).
2. Músculo masseter: 
origem: arco zigomático, osso zigomático e processo zigomático da 
maxila; inserção: superfície lateral do ramo da mandíbula e ângulo; 
ação: bilateral: elevação, unilateral: desvio lateral para o mesmo lado 
(LIPPERT, 2013).
3. Músculo pterigoideo medial: 
origem: lâmina lateral do processo pterigoide do osso esfenoide e 
túber da maxila; inserção: ramo e ângulo da mandíbula; ação: bilateral: 
elevação e protusão, unilateral: desvio lateral do lado oposto (LIPPERT, 
2013).
4. Músculo pterigoideo lateral: 
origem: lâmina lateral do processo pterigoide e asa maior do osso 
esfenoide; inserção: colo da mandíbula e disco articular; ação: bilateral: 
100MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
abaixamento e protusão, unilateral: desvio lateral do lado oposto 
(LIPPERT, 2013).
5. Músculo miloiódeo: 
origem: superfície interna da mandíbula; inserção: osso hioide; ação: 
auxilia no abaixamento da mandíbula (LIPPERT, 2013).
6. Músculo genioideo: 
origem: espinha geniana da mandíbula; inserção: osso hioide; ação: 
auxilia no rebaixamento da mandíbula (LIPPERT, 2013).
7. Músculo esternohióideo: 
origem: processo estiloide do osso temporal; inserção: osso hioide; ação: 
auxilia no abaixamento da mandíbula (LIPPERT, 2013).
8. Músculo digástrico: 
origem: ventre anterior: superfície inferior interna da mandíbula, ventre 
posterior: incisura mastoidea; inserção: osso hioide; ação: auxilia no 
abaixamento da mandíbula (LIPPERT, 2013).
Os músculos da região cervical da coluna vertebral são responsáveis pelo mo-
vimento do pescoço. Os músculos anteriores, que realizam a flexão, são o es-
ternocleidomastoideo, os escalenos e o grupo pré-vertebral. Os músculos pos-
teriores, que realizam a extensão, são os eretores da espinha, o esplênio da 
cabeça, o esplênio do pescoço e os suboccipitais.
1. Músculo esternocleidomastoideo: 
origem: esterno e clavícula; inserção: processo mastoide; ação: bilateral: 
flexão do pescoço e hiperextensão da cabeça, unilateral: flexão lateral 
do pescoço e rotação da cabeça para o lado oposto (LIPPERT, 2013).
101
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
2. Músculo escalenos: 
origem: processos transversos das vértebras cervicais; inserção: primeira 
e segunda costelas; ação: bilateral: auxilia na flexão do pescoço, 
unilateral: flexão lateral do pescoço (LIPPERT, 2013).
3. Músculo esplênio da cabeça: 
origem: metade inferior do ligamento nucal e processos espinhosos de 
C7 a T3; inserção: parte lateral do osso occipital e processo mastoide; 
ação: bilateral: extensão da cabeça e do pescoço, unilateral: flexão lateral 
e rotação da cabeça para o mesmo lado (LIPPERT, 2013).
4. Músculo esplênio do pescoço: 
origem: processos espinhosos de T3 a T6; inserção: processos transversos 
de C1 e C2; ação: bilateral: extensão do pescoço, unilateral: flexão lateral 
e rotação para o mesmo lado (LIPPERT, 2013).
Os músculos do tronco são reto do abdome, oblíquo externo, oblíquo in-
terno e transverso do abdome. Conjuntamente, os músculos anteriores do 
tronco são responsáveis por comprimir a cavidade abdominal. Reto abdomi-
nal, oblíquo externo e oblíquo interno são músculos que aparecem dos dois 
lados do abdome.
O músculo transverso do abdome é profundo e tem fibras horizontais. Por essa 
disposição não participa dos movimentos do tronco, mas é importante para 
comprimir e sustentar a cavidade abdominal e em algumas atividades relacio-
nadas à respiração e a pressão intra-abdominal.
1. Músculo reto do abdome: 
origem: púbis; inserção: processo xifoide do esterno e cartilagens costais 
da quinta, sexta e sétima costelas; ação: flexão do tronco e compressão 
do abdome (LIPPERT, 2013).
102MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
2. Músculo oblíquo externo do abdome: 
origem: lateralmente, nas oito costelas inferiores; inserção: crista ilíaca 
e linha alba; ação: bilateral: flexão do tronco e compressão do abdome, 
unilateral: flexão lateral e rotação para o lado oposto (LIPPERT, 2013).
3. Músculo obliquo interno do abdome: 
origem: ligamento inguinal, crista ilíaca e aponeurose toracolombar; 
inserção: três costelas inferiores e linha alba; ação: bilateral: flexão do 
tronco e compressão do abdome, unilateral: flexão lateral e rotação para 
o mesmo lado (LIPPERT, 2013).
4. Músculo transverso do abdome: 
origem: ligamento inguinal, crista ilíaca, aponeurose toracolombar e seis 
costelas inferiores; inserção: linha alba; ação: compressão do abdome 
(LIPPERT, 2013).
Os músculos posteriores da coluna vertebral são responsáveis pela extensão 
do tronco. Há dois grupos de músculos extensores, divididos em profundos e 
superficiais. Os músculos superficiais são músculos longos com inserção nas 
diversas vértebras da coluna. Já os músculos profundos são músculos curtos, 
em geral ligando uma vértebra à outra adjacente.
1. Músculo eretor da espinha: 
origem: processos espinhosos, processos transversos e parte posterior 
das costelas; inserção: processos espinhosos, processos transversos e 
parte posterior das costelas; ação: bilateral: extensão da cabeça, do 
pescoço e do tronco, unilateral: flexão lateral do pescoço e do tronco 
(LIPPERT, 2013).
2. Músculos transversoespinais: 
origem: processos transversos; inserção: processos espinhosos da vértebra 
103
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
superior; ação: bilateral: extensão do pescoço e do tronco, unilateral: 
rotação do pescoço e do tronco para o lado oposto (LIPPERT, 2013).
3. Músculos interespinais: 
origem: processo espinhoso da vértebra inferior; inserção: processo 
espinhoso da vértebra superior; ação: extensão do pescoço e do tronco 
(LIPPERT, 2013).
4. Músculos intertransversários: 
origem: processo transverso da vértebra inferior; inserção: processo 
transverso da vértebra superior; ação: flexão lateral do pescoço e do 
tronco (LIPPERT, 2013).
5. Músculo quadrado lombar: 
origem: crista ilíaca; inserção: décima segunda costela e processos 
transversos das vértebras lombares; ação: flexão lateral do tronco 
(LIPPERT, 2013).
As variações do diâmetro do tórax alteram o volume da cavidade torácica, e 
por consequência a pressão intratorácica. É a variação de pressão que causa o 
movimento do ar. O movimento da caixa torácica é realizado principalmente 
pelo músculo diafragma e pelos músculos intercostais.
Você já segurou a respiração para levantar 
alguma coisa pesada do chão? Essa ação 
chama-se manobra de valsalva. A manobra 
de valsava consiste em prender a respiração e 
após forças a expiração. Ela aumenta a pressão 
intratorácica e eleva a pressão intra-abdominal, 
auxiliando na estabilização do tronco no 
levantamento de peso. É uma manobra 
arriscada e desencorajada, pois aumenta a 
frequência cardíaca e a pressão arterial.
104MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
Além disso, durante respiração, muitos músculos atuam como músculos auxi-
liares ou acessórios. O músculo esternocleidomastoideo auxilia na elevação da 
caixa torácica. Os músculos escalenos elevam a primeira e a segunda costelas. 
O músculo reto do abdome traciona o esterno em direção ao púbis. O músculo 
quadrado lombar traciona as costelas inferiores em direção à crista ilíaca.
1. Músculo diafragma: 
origem: interior das costelas, esterno e vértebras lombares; inserção: 
tendão central do diafragma; ação: inspiração (expansão da cavidade 
torácica) (VANPUTTE et al., 2016).
2. Músculos intercostais externos: 
origem: margem inferior de cada costela superior; inserção: margemsuperior da próxima costela abaixo; ação: elevação das costelas 
(VANPUTTE et al., 2016).
3. Músculos intercostais internos: 
origem: margem superior de cada costela inferior; inserção: margem 
inferior da próxima costela acima; ação: abaixamento das costelas 
(VANPUTTE et al., 2016).
4.6 PATOLOGIAS COMUNS
4.6.1 COLUNA VERTEBRAL
Uma das patologias mais comuns da região cervical é o torcicolo. Torcicolo é 
um espasmo muscular no pescoço que causa a inclinação lateral da cabeça 
para um lado e rotação para o lado oposto.
Alterações nas curvaturas da coluna podem envolver todos os planos de mo-
vimentos. No plano sagital as curvaturas podem ter lordose ou cifose aumen-
tada. No plano frontal, envolvendo também o plano horizontal, acontece a es-
coliose. A escoliose independe dos graus de desvio observado no plano frontal.
105
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Espondilose é um distúrbio degenerativo na estrutura e função vertebral (LI-
PPERT, 2013). Hérnias de disco acontece quando uma parte do núcleo pulpo-
so (do disco intervertebral) sai de seu lugar dentro do anel fibroso. Quando o 
núcleo deslocado comprime a medula espinal ou alguma raiz nervosa ela se 
torna sintomática.
FIGURA 12: HÉRNIA DISCAL 
Fonte: Adaptada de Wikipédia (2020).
4.6.2 SISTEMA RESPIRATÓRIO
Alguns dos distúrbios do sistema respiratório são relacionados às estruturas 
musculoesqueléticas. Ente elas estão a dor lateral e lesões nas costelas.
Dor lateral é uma dor temporária, aguda e localizada. Ela é causada por cãibra 
do diafragma. Os soluços também estão relacionados ao diafragma. Soluços 
acontecem devido à espasmos involuntários do diafragma.
Na caixa torácica as principais lesões são: separação da costela, que acontece 
devido à luxação entre uma costela e sua cartilagem costal; luxação da coste-
la, que é o deslocamento da cartilagem costal em relação ao externo; e tórax 
instável, que acontece quando quatro ou mais costelas sofrem fratura em pelo 
106MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
menos dois locais. Quando há tórax instável, a parede torácica inverte o seu 
movimento durante respiração, diminuindo na inspiração e expandido na ex-
piração (LIPPERT, 2013).
FIGURA 13: TÓRAX INSTÁVEL
Fonte: Adaptada de University of Utah Health (2016).
4.6.3 CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR
Os ossos do cíngulo do membro inferior estão sujeitos a sofrer fraturas. As prin-
cipais causas para fraturas no osso do quadril, no sacro ou no cóccix são quedas 
e impactos. Em indivíduos idosos o risco de fratura é aumentado devido à oste-
oporose. O osso do quadril é um dos locais de maior incidência de osteoporose.
Osteoporose: condição caracterizada pela 
perda de densidade ou massa óssea. É mais 
comum em mulheres pós menopausa..
107
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Seguem algumas sugestões de leitura de artigos que mostram implicações 
práticas dos conhecimentos da Anatomia e Cinesiologia das estruturas trata-
das nesta Unidade de Aprendizagem:
• Estudo de revisão sobre a cinesiologia dos 
complexos articulares (link)
• Propriedades anatômicas e funcionais da 
ATM com aplicabilidade no tratamento 
fisioterapêutico link
• Equilíbrio tóraco-abdominal: ação integrada à 
respiração e à postura link
• Estudo do equilíbrio postural estático da cintura 
pélvica em meninos de idade escolar link
• Anatomia, arte e esporte: aprendizado que vai 
além das salas de aula link
CONCLUSÃO
Essa unidade teve por objetivos identificar as estruturas ósseas, musculares e 
articulares do tronco e compreender os movimentos articulares e a correlação 
das estruturas envolvidas.
Você estudou as estruturas centrais do corpo humano: a articulação temporo-
mandibular, a coluna vertebral, o sistema respiratório e o cíngulo do membro 
inferior. De cada uma dessas regiões ou sistemas você aprendeu os ossos e 
acidentes anatômicos mais importantes, as articulações e os músculos respon-
sáveis pelo movimento. Também deve ter entendido os movimentos que são 
realizados em cada articulação.
Não esqueça também das patologias que foram citadas no final da unidade. 
Conhecendo as principais patologias é possível atuar na prevenção delas, ou 
na melhor forma de indicar atividades físicas que possam ser realizadas por 
indivíduos com patologia.
108MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
UNIDADE 5
> identificar as 
estruturas ósseas, 
musculares e 
articulares dos 
membros inferiores;
compreender 
os movimentos 
articulares e a 
correlação das 
estruturas envolvidas.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
você seja capaz 
de:
109 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
110MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
5 ANATOMIA E CINESIOLOGIA DOS 
MEMBROS INFERIORES: QUADRIL, 
JOELHO, TORNOZELO E PÉ
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade abordará em detalhes todas as estruturas que fazem parte 
dos membros inferiores e são as responsáveis pela execução de todos os 
movimentos.
Estas importantes estruturas são os ossos, articulações e os músculos e todas 
elas serão estudadas, em detalhes, a seguir.
Quanto aos ossos serão estudados todas as estruturas ou acidentes ósseos 
que fazem parte de cada osso do membro inferior entre eles: Ílio, ísquio, 
púbis, fêmur, patela, tíbia, fíbula, tarso, metatarso e falanges.
Posteriormente, serão estudados todos os ligamentos que vão constituir 
as articulações do membro inferior entre elas: pélvica e quadril, joelho e 
tornozelo.
Na sequência, serão abordados todos os movimentos articulares existentes 
em cada uma das articulações que estão presentes nos membros inferiores.
E por último, serão estudados todos os músculos que constituem os membros 
inferiores por meio das suas origens e inserções além de todas as suas ações 
musculares.
5.1 OSSOS E PONTOS DE REFERÊNCIA
Na tabela a seguir, você estudará todas as localizações e as principais caracte-
rísticas dos ossos do membro inferior.
111
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
TABELA 1: OSSOS DO MEMBRO INFERIOR
NOME E 
NÚMERO LOCALIZAÇÃO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Quadril (2)
Quadril, parte do cíngulo do 
membro inferior, formado 
pela fusão dos ossos ílio, 
ísquio e púbis
Crista ilíaca, acetábulo, espinha ilíaca 
ântero superior, incisura isquiática 
maior do ílio, túber isquiático, incisura 
isquiática menor do ísquio, forame 
obturado, tubérculo púbico
Fêmur (2) Ossos da coxa entre o quadril e o joelho
Cabeça, fóvea da cabeça do fêmur, 
trocanter maior e trocanter menor, 
linha áspera, côndilo lateral e medial, 
epicôndilos medial e lateral
Patela (2) Face anterior do fêmur distal Osso sesamoide triangular
Tíbia (2) Lado medial da perna, entre o joelho e o tornozelo
Côndilos medial e lateral, eminência 
intercondilar, tuberosidade da tíbia, 
margem anterior, maléolo medial, 
incisura fibular
Fíbula (2) Lado lateral da perna entre o joelho e o tornozelo Cabeça, maléolo lateral
Tarsais (14) Tornozelo
Tálus e calcâneo maiores para receber 
o peso da perna, cinco outros ossos em 
forma de cunha para ajudar a formar os 
arcos do pé
Metatarsais (10) Planta do pé Ossos longos, cada um em linha com um dedo
Falanges (28) Dedos Três em cada dedo exceto dois no hálux
Fonte: Adaptada de Graaff (2003, p. 251).
Os dois ossos do quadril estão agregados anteriormente através da sínfise pú-
bica e unidos posteriormente ao sacro na coluna vertebral, constituindoo cha-
mado cíngulo do membro inferior.
Os ossos do quadril simultaneamente com o sacro e o cóccix vão formar a pel-
ve (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Todos os ossos do membro inferior e os ligamentos se unem e têm o objetivo 
de manter e proteger as vísceras localizadas na região inferior, até a bexiga 
urinária, órgãos genitais internos e no caso das mulheres gestantes também o 
feto durante todo o seu desenvolvimento (BEHNKE, 2014).
A pelve é dividida em pelve maior e pelve menor (GRAAFF, 2003).
112MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
Estes dois componentes estão divididos por meio da linha terminal, que é uma 
margem óssea encurvada que se expande do promontório até a margem su-
perior da sínfise púbica.
A pelve maior está relacionada com a porção aumentada da pelve que está 
localizada acima da linha terminal, sendo que está linha não vai dividir apenas 
as duas porções, mas também vai marcar a abertura superior da pelve menor 
(TORTORA DERRICKSON, 2016).
A circunferência inferior da pelve menor marca a abertura inferior da pelve.
Cada osso do quadril é formado por três ossos que são:
FIGURA 1: OSSOS DO QUADRIL
Ílio Ísquio Púbis
Fonte: Elaborada pelo autor (2020).
Na face lateral do osso do quadril existe uma depressão circular grande, estes 
três ossos vão se ossificar, o acetábulo que acolher a cabeça do fêmur (MARIEB; 
WILHELM; MALLAT, 2016).
5.1.1 ÍLIO, ÍSQUIO E PÚBIS
O ílio é considerado como o osso mais superior dos três, apresenta uma crista 
e quatro ângulos ou espinhas, que são apontados como pontos muito impor-
tantes para as inserções musculares (BEHNKE, 2014).
A crista ilíaca é formada por uma proeminência do quadril e termina anterior-
mente adjacente a espinha ilíaca ântero posterior, imediatamente a espinha 
estando situada a espinha ilíaca ântero inferior (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
A finalização posterior da crista ilíaca é a espinha ilíaca póstero superior e logo 
abaixo está situado à espinha ilíaca póstero inferior.
Inferiormente, a espinha ilíaca póstero inferior está situado à incisura isquiática 
maior por onde o nervo isquiático passa (BEHNKE, 2014).
113
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Na face medial do ílio está situado à face auricular onde o osso sacro é articu-
lado. A fossa ilíaca é a superfície lisa, côncava na porção anterior do ílio, o mús-
culo ilíaco tem a sua origem nesta fossa (GRAAFF, 2003).
A tuberosidade ilíaca para a fixação do ligamento sacroilíaco está situada pos-
teriormente à fossa ilíaca.
As três cristas rugosas estão presentes na face glútea na parte posterior do ílio, 
tem a função de realizar a fixação dos músculos glúteos às linhas glúteas infe-
rior, anterior e posterior (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
O ísquio é um osso póstero inferior que faz parte do osso do quadril, possuindo 
várias características diferentes.
A espinha isquiática é uma saliência, está localizada posteriormente e infe-
riormente a incisura isquiática maior do ísquio, inferiormente a espinha está 
situado à incisura isquiática menor do ísquio (BEHNKE, 2014).
O túber isquiático é uma proeminência óssea, permite suportar o peso corpo-
ral na posição sentada (MARIEB; WILHELM; MALLAT, 2016).
No acetábulo, a incisura profunda está situada na porção inferior do acetábulo, 
o grande forame obturado é formado pelo ramo do ísquio, próximo do pú-
bis, envolvido pela membrana obturatória onde são presos os vários músculos 
(GRAAFF, 2003).
O púbis é um osso que está situado anteriormente ao osso do quadril, constitui 
o ramo superior e um ramo inferior que suporta o corpo do púbis, sendo que 
este ajuda na formação da sínfise púbica que é a articulação entre os dois ossos 
do quadril (BEHNKE, 2014).
Na extremidade lateral da margem anterior do corpo está localizado o tubér-
culo púbico, que é um ponto de fixação para o ligamento inguinal (GRAAFF, 
2003).
5.1.2 FÊMUR, PATELA, TÍBIA E FÍBULA
O fêmur é o osso mais resistente e mais longo do corpo humano, a cabeça do 
fêmur proximal é arredondada e se articula com o acetábulo do osso do qua-
dril (MOORE; ARTHUR; AGUR, 2011).
Existe uma escavação rasa rugosa denominada de fóvea da cabeça do fêmur, 
está situada inferiormente à cabeça do fêmur, permite que o ponto de fixação 
114MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
para o ligamento da cabeça do fêmur ajude na manutenção da cabeça do fê-
mur no acetábulo.
FIGURA 2: FÊMUR
Fonte: Adaptada de Thompson (2012, p. 386)
O colo do fêmur tem a função de susten-
tar a cabeça, é um local muito frequente 
para o aparecimento de fraturas princi-
palmente no caso dos idosos (TORTORA; 
DERRICKSON, 2016).
O corpo do fêmur apresenta uma curva 
que é moderadamente medial para pro-
porcionar que a articulação do joelho per-
maneça em uma linha com o plano de 
gravidade do corpo.
No caso das mulheres, apresenta uma 
maior curvatura devido à pelve ser mais 
larga (TORTORA, DERRICKSON, 2016).
Os ossos do corpo humano 
passam por processos de 
mudança a cada 10 anos, 
através de uma renovação 
de toda a estrutura óssea em 
função do processo contínuo 
de remodelamento dinâmico, 
onde são produzidos todos os 
novos ossos.
115
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
O corpo do fêmur apresenta vários acidentes que são específicos para a fixação 
dos músculos. Na parte proximal lateral do corpo existe o trocanter maior e no 
lado medial existe o trocanter menor.
No lado anterior entre os trocanteres está situado à linha intertrocantérica, no 
lado posterior entre os trocanteres encontra-se a crista intertrocantérica (MOO-
RE; ARTHUR; AGUR, 2011).
A linha áspera é uma crista vertical rugosa na face posterior do corpo do fêmur 
(MARIEB; WILHELM; MALLAT, 2016).
A extremidade distal do fêmur está elevada na articulação com a tíbia, os côn-
dilos medial e lateral são os processos articulares para esta articulação. 
A fossa intercondilar é uma depressão rasa entre os côndilos na face posterior, 
enquanto a face patelar está situada entre os côndilos na face anterior.
Sobre os côndilos nos lados lateral e medial estão situados os epicôndilos que 
vão ajudar na fixação dos tendões e dos ligamentos (GRAAFF, 2003).
A patela é um osso sesamoide grande, triangular, está situada na face anterior 
do fêmur distal, apresenta uma base larga e um ápice inferior em ponta, as 
facetas articulares na face articular da patela estão articuladas com os côndilos 
medial e lateral do fêmur (MOORE; ARTHUR; AGUR, 2011).
A patela possui várias funções, como por exemplo:
• auxiliar na proteção da articulação do joelho;
• atuar no fortalecimento do tendão do músculo quadríceps;
• realizar o aumento da força de alavanca do músculo quadríceps femoral 
quando este estende a articulação do joelho (TORTORA; DERRICKSON, 2016)
A tíbia articula-se proximalmente com o fêmur na articulação do joelho, distal-
mente com o tálus no tornozelo e com a fíbula proximalmente e distalmente.
Existem duas superfícies que são levemente côncavas na extremidade proxi-
mal da tíbia que são os côndilos medial e lateral, e estão articulados com os 
côndilos do fêmur (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Os côndilos são divididos por uma pequena proeminência chamada de emi-
nência intercondilar, que possibilita a fixação aos ligamentos cruzados do joelho.
116MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
FIGURA 3: TÍBIA E FÍBULA
Fonte: Adaptada de Thompson (2012, p. 443)
A tuberosidade da tíbia para a inserção do ligamento da patela está localizada 
na parte proximal e anterior do corpo da tíbia, onde a margem anterior é uma 
crista que estápresente ao longo da superfície anterior do corpo (MOORE; AR-
THUR; AGUR, 2011).
O maléolo medial é uma saliência óssea que está localizada tanto na extremi-
dade distal e medial da tíbia, existe uma incisura fibular para a articulação com 
a fíbula, que localizada na extremidade distal e lateral (GRAAFF, 2003).
A fíbula é um osso longo, fundamental para a fixação dos músculos do que 
para suportar o peso.
A cabeça da fíbula está articulada com a extremidade proximal lateral da tíbia, 
já a extremidade distal apresenta uma proeminência chamada de maléolo 
lateral (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
5.1.3 TARSO, METATARSO E FALANGES
O pé é constituído por 26 ossos situados no tarso, metatarso e falanges, mesmo 
é parecido com os ossos da mão, estes ossos têm algumas diferenças quanto 
117
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
à estrutura, visto que possuem um função muito importante que atuar para 
o suporte do peso corporal, o que possibilita a existência da força de alavanca 
além de garantir a mobilidade para a marcha (GRAAFF, 2003).
FIGURA 4: OSSOS DO PÉ
Fonte: Adaptada de Thompson (2012, p. 526)
O tarso tem sete ossos, o mais superior é o tálus, articula-se com a tíbia e a fí-
bula, e forma a articulação do tornozelo. 
O calcâneo é o maior dos ossos tarsais, permite que exista um suporte esque-
lético para o calcanhar, ao mesmo tempo em que ocorre um grande prolon-
gamento posterior que é chamado de tuberosidade do calcâneo, fixa os mús-
culos da panturrilha (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Na frente do tálus está o osso navicular que apresenta um formato parecido 
com o de um chapéu. Os outros quatro ossos tarsais formam uma série distal 
que se articula com os ossos metatarsais (SOBOTTA, 2006).
Do lado medial para o lado lateral, existe o cuneiforme medial, cuneiforme in-
termédio, cuneiforme lateral e o osso cuboide (GRAAFF, 2003).
118MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
1. Os ossos metatarsais e as falanges: 
são semelhantes quanto ao nome e número com relação aos 
metacarpais e falanges da mão, mas são diferentes no formato, em 
função da sua função que é o de suporte de peso corporal (TORTORA; 
DERRICKSON, 2016).
2. Osso metatarsais numerados: 
os ossos metatarsais são numerados de I a V, iniciando pelo lado medial 
(hálux) do pé, onde o primeiro osso metatarsal é o maior que os outros, 
em função da grande importância com relação ao suporte do peso 
corporal (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Cada osso do metatarso apresenta uma base, corpo e cabeça, onde as bases 
são proximais do primeiro, segundo, terceiro metatarsais estando articulados 
junto com os ossos cuneiformes (SOBOTTA, 2006).
As cabeças dos metatarsais articulam-se distalmente com as falanges proxi-
mais, enquanto as articulações proximais são chamadas de articulações tar-
sometatarsais, já as articulações distais são chamadas de metatarsofalângicas 
(GRAAFF, 2003).
As 14 falanges vão constituir o esqueleto dos 
dedos do pé, parecidos com os dedos da 
mão, as falanges estão situadas em uma fila 
proximal, média e uma distal, onde o hálux é 
formado por duas falanges a proximal e a distal 
(GRAAFF, 2003).
5.2 ARTICULAÇÕES E LIGAMENTOS 
Agora serão estudados os ligamentos que vão constituir todas as articulações 
do membro inferior: pélvica e quadril, joelho e tornozelo.
119
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 5: ARTICULAÇÕES
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
5.2.1 ARTICULAÇÃO PÉLVICA E DO QUADRIL
A função da articulação do quadril é suportar o peso corporal, é uma articula-
ção muito forte e a mais estável do que, por exemplo, a articulação do ombro 
(SOBOTTA, 2006).
Esta articulação está protegida por meio de uma cápsula articular fibrosa forte, 
existem vários ligamentos e músculos bastante resistentes nesta articulação 
(TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Os três principais ligamentos do quadril são Iliofemoral, pubofemoral e 
isquiofemoral.
O ligamento da cabeça do fêmur está localizado no interior da cápsula articu-
lar fixando a cabeça do fêmur ao acetábulo (SOBOTTA, 2006).
Este ligamento está frouxo moderadamente e não tem uma função significati-
va quanto à manutenção do fêmur no acetábulo, existe também uma peque-
na artéria que vai nutrir a cabeça do fêmur.
120MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
O ligamento transverso do acetábulo penetra a incisura e liga-se a cápsula ar-
ticular ao ligamento da cabeça do fêmur, o lábio do acetábulo é uma fibrocar-
tilagem que circunda a cabeça do fêmur quando está articulada com o acetá-
bulo, estando fixada na margem do acetábulo (GRAAFF, 2003).
Agora gostaria de aproveitar este momento para 
indicar esta importante leitura. Acesse o link, abra 
o texto completo no canto esquerdo da página 
e leia a dissertação “Incidência da diminuição 
de amplitude de movimento na articulação 
do quadril em jovens jogadores de futebol e a 
resposta a um programa de intervenção por 
alongamentos”, apresentada na Faculdade 
de Medicina da Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul. Esta dissertação complementa o 
conteúdo abordado neste tópico.
5.2.2 ARTICULAÇÃO DO JOELHO
A articulação do joelho também é chamada de tibiofemoral, está localizada 
entre o fêmur e a tíbia, é considerada como a mais complexa e vulnerável do 
corpo humano.
A articulação do joelho no lado anterior é estabilizada e protegida por meio 
da patela e do ligamento da patela formado a articulação plana patelofemoral 
(GRAAFF, 2003).
Na face anterior além da patela e do ligamento da patela, a inserção do tendão 
do músculo quadríceps femoral forma duas faixas que possibilitam o suporte 
para os retináculos da patela lateral e medial (SOBOTTA, 2006).
As bolsas presentes na face anterior do joelho são bolsa subcutânea pré-pate-
lar, bolsa suprapatelar, bolsa subfascial pré-patelar e bolsa infrapatelar profun-
da (MARIEB; WILHELM; MALLAT, 2016).
A face posterior do joelho é chamada de fossa poplítea, sendo que o ligamen-
to poplíteo oblíquo e o ligamento poplíteo arqueado são superficiais quanto 
à posição, o ligamento cruzado anterior e o posterior são intracapsulares (SO-
BOTTA, 2006).
121
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
A bolsa poplítea e a bolsa do músculo semimembranáceo são duas bolsas que 
estão presentes na face posterior do joelho (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Os ligamentos colaterais reforçam os dois lados do joelho (medial e lateral), 
existem dois discos de fibrocartilagens que são chamados de meniscos lateral 
e medial estão localizados no interior das articulações do joelho inseridos entre 
os côndilos do fêmur distais e os côndilos da tíbia proximais.
Os dois meniscos estão unidos por meio do ligamento transverso, existem sete 
bolsas no lado lateral e medial e quatro no lado anterior e duas no lado poste-
rior, formando no total 13 bolsas (GRAAFF, 2003).
Agora gostaria de aproveitar este momento 
para indicar esta importante leitura. Acesse o 
link desça até a parte inferior da página e clique 
em “Visualizar/Abrir” e leia a dissertação “Valgo 
dinâmico de joelho e sua relação com o quadril, 
tornozelo e pé em atletas de futebol profissional”, 
dissertação apresentada ao Programa de Pós-
graduação da Universidade Federal do Triângulo 
Mineiro. Esta dissertação complementa o 
conteúdo abordado nesta unidade.
5.2.3 ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO
Na articulação do tornozelo existe uma cápsula articular que compreende as 
articulações dos três ossos e quatro ligamentos que vão sustentar a articulação 
do tornozelo do lado externo da cápsula.
O ligamento deltoideo está unido com a tíbia, já o ligamentocolateral late-
ral, ligamento talofibular anterior, ligamento talofibular posterior e o ligamen-
to calcaneofibular estão relacionados com a fíbula (TORTORA; DERRICKSON, 
2016).
Os maléolos constituem um capuz em cima da face superior do tálus que não 
vai possibilitar os movimentos laterais da articulação do tornozelo. Diferente 
da articulação condilar do punho, os movimentos do tornozelo são limitados 
quanto à flexão e a extensão.
A dorsiflexão do tornozelo é responsável principalmente pelo tendão calcâneo, 
já a flexão plantar ou a extensão do tornozelo é responsável pela tensão dos 
122MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
tendões extensores na frente da articulação e na parte anterior da cápsula ar-
ticular (GRAAFF, 2003).
Agora gostaria de aproveitar este momento 
para indicar esta importante leitura. Acesse o 
link, clique em “Texto Completo” e leia o artigo 
“Confiabilidade das mensurações de testes 
isocinéticos para articulação do tornozelo”, 
publicado na revista Acta fisiátrica. Este artigo 
completa o conteúdo abordado neste tópico.
5.3 MOVIMENTOS ARTICULARES
O movimento da articulação do quadril é do tipo sinovial esferoidea, é formada 
pela cabeça do fêmur e do acetábulo do osso do quadril.
Já a articulação do joelho é sinovial do tipo gínglimo, é considerada como mui-
to complexa uma vez que permite que exista uma rotação limitada e os movi-
mentos de deslizamentos como também de flexão e de extensão.
Na articulação do tornozelo existem dois 
tipos sendo ambas sinoviais gínglimos, uma é 
formada quando a extremidade distal da tíbia 
e seu maléolo medial estão articulados com o 
tálus, e a outra é formada quando o maléolo 
lateral da fíbula se articula com o tálus.
5.4 MÚSCULOS
A seguir, serão abordados todos os músculos que fazem parte do membro in-
ferior, este estudo será realizado por regiões divididas em: quadril, glútea, coxa, 
perna e pé.
123
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
5.4.1 MÚSCULOS DO QUADRIL
Os músculos responsáveis pelos movimentos da coxa na articulação do quadril 
têm a sua origem no cíngulo do membro inferior (ossos do quadril e sacro) e 
na coluna vertebral estão inseridos em vários locais do fêmur (TORTORA; DER-
RICKSON, 2016).
Nesta região, estão localizados todos os 
músculos mais volumosos do corpo hu-
mano como também alguns músculos 
bem pequenos (GRAAFF, 2003).
Os músculos responsáveis pela movimen-
tação da coxa na articulação do quadril 
são divididos em grupo: anterior, posterior 
e medial.
Os músculos mediais que realizam os mo-
vimentos da articulação do quadril são o 
pectíneo, grácil, adutor longo, adutor cur-
to e adutor magno.
1. Músculo pectíneo: 
é mais superior de todos os músculos mediais que realizam a 
movimentação da articulação do quadril, sendo um músculo plano, 
quadrangular que realiza a flexão e adução do quadril (TORTORA; 
DERRICKSON, 2016).
2. Músculo grácil: 
é um músculo longo e delgado, sendo o mais superficial de todos 
os músculos mediais da coxa, cruzando duas articulações podendo 
aduzir a articulação do quadril ou flexionar o joelho (TORTORA; 
DERRICKSON, 2016).
3. Músculo adutor longo: 
está localizado imediatamente lateral ao músculo grácil no terço 
Os músculos da coxa 
estabilizam a articulação do 
quadril, fornecem um grande 
suporte para o corpo tanto 
na posição bípede como 
também para a locomoção.
124MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
superior da coxa, é o mais anterior de todos os músculos adutores, 
enquanto o músculo (GRAAFF, 2003).
4. Músculo adutor curto: 
é um músculo triangular que está situado de forma profunda aos 
músculos adutor longo e pectíneo que na maioria está oculto (GRAAFF, 
2003). 
5. Músculo adutor magno: 
é um músculo grande e grosso situado de forma profunda com os 
outros dois músculos adutores, o adutor longo, curto e o magno são 
sinergistas na adução, flexão e rotação lateral da articulação do quadril 
(GRAAFF, 2003).
Na tabela a seguir, estão todos os músculos mediais que são os responsáveis 
pelos movimentos da coxa na articulação do quadril.
TABELA 2: MÚSCULOS MEDIAIS RESPONSÁVEIS DA 
MOVIMENTAÇÃO DA COXA NA ARTICULAÇÃO DO QUADRIL
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO
Grácil Margem inferior da sínfise púbica
Parte proximal da 
face medial da tíbia
Adução da coxa na 
articulação do quadril, 
flexão e rotação da perna na 
articulação do joelho
Pectíneo Linha pectínea do púbis
Distal ao trocanter 
menor do fêmur
Adução e flexão da coxa na 
articulação do quadril
Adutor longo Púbis – abaixo da crista ilíaca
Linha áspera do 
fêmur
Adução, flexão e rotação 
lateral da coxa na articulação 
do quadril
Adutor curto Ramo inferior do púbis
Linha áspera do 
fêmur
Adução, flexão e rotação 
lateral da coxa na articulação 
do quadril
Adutor 
magno
Ramos inferiores do 
ísquio e do púbis
Linha áspera e 
epicôndilo medial do 
fêmur 
Adução, flexão e rotação 
lateral da coxa na articulação 
do quadril
Fonte: Adaptada de Graaff (2003, p. 2003).
125
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
5.4.2 MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA
Os músculos posteriores e laterais formam a região glútea. Os músculos pos-
teriores movimentam a coxa na articulação do quadril, estão inclusos o glú-
teo máximo, médio, mínimo e o tensor da fáscia lata (TORTORA; DERRICK-
SON, 2016).
A localização do músculo glúteo médio 
está em seguida profundamente ao glú-
teo máximo, com a origem na superfície 
lateral do ílio e inserido no trocanter maior 
do fêmur, o glúteo médio vai fazer a abdu-
ção e rodar medialmente (GRAAFF, 2003).
O músculo glúteo médio além de realizar 
os movimentos de abdução e rodar me-
dialmente a articulação do quadril, é con-
siderado como o local mais utilizado para 
se aplicar as injeções intramusculares.
O músculo glúteo mínimo é o menor e o 
mais profundo de todos, está originado na 
face lateral do ílio e inserido na superfície 
lateral do trocanter maior atua de forma 
sinérgica com os músculos glúteo médio 
e tensor da fáscia lata na abdução da arti-
culação do quadril (TORTORA; DERRICK-
SON, 2016).
O músculo tensor da fáscia lata está situado superficialmente na face lateral do 
quadril, com origem na crista ilíaca e inserção na fáscia lateral e grande da coxa 
chamado de trato iliotibial.
O músculo tensor da fáscia lata e o músculo glúteo médio são músculos abdu-
tores sinérgicos da articulação do quadril (GRAAFF, 2003).
5.4.3 MÚSCULOS DA COXA
Os músculos anteriores responsáveis pela movimentação da coxa na articula-
ção do quadril são o ilíaco e o psoas maior.
O glúteo máximo é um 
importante extensor da 
articulação do quadril. É 
essencial para a posição 
bípede e a locomoção, é 
originado no ílio, sacro, 
cóccix e aponeurose da 
região lombar, com inserção 
na tuberosidade glútea do 
fêmur e no trato iliotibial, 
sendo uma região tendínea 
espessada da fáscia lata 
estendendo-se inferiormente 
na coxa.
126MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
O músculo ilíaco é origenado na fossa ilíaca está inserido no trocanter menor 
do fêmur, já o músculo psoar maior tem a sua origem nos corpos e processos 
tranverssos das vértebras lombares, está inserido junto com o músculo ilíaco no 
trocanter menor (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
O músculo psoas maior e o ilíaco atuam sinergicamente, realizam a flexão e 
rodam a articulação do quadril, além de fazerem a flexão da coluna vertebral, 
este dois músculos são chamados em conjunto de músculo iliopsoas (GRAAFF, 
2003).
Na tabela a seguir, você pode observar os músculos anteriores e posteriores 
responsáveis pelos movimentos dacoxa.
TABELA 3: MÚSCULOS ANTERIORES E POSTERIORES RESPONSÁVEIS 
PELA MOVIMENTAÇÃO DA COXA NA ARTICULAÇÃO DO QUADRIL
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO
Ilíaco Fossa ilíaca
Trocanter menor do 
fêmur, junto com o 
psoas maior
Flexão e rotação da coxa 
lateralmente na articulação 
do quadril, flexão das 
articulações da coluna 
vertebral
Psoas maior
Processos costiformes 
de todas as vértebras 
lombares
Trocanter menor do 
fêmur, junto com o 
ilíaco
Flexão e rotação da coxa 
lateralmente na articulação 
do quadril, flexão das 
articulações da coluna 
vertebral
Glúteo 
máximo
Crista ilíaca, sacro, 
cóccix e aponeurose 
da região lombar
Tuberosidade glútea 
e trato iliotibial
Extensão e rotação lateral 
da coxa na articulação do 
quadril
Glúteo médio Face lateral do ílio Trocanter maior
Abdução e rotação lateral 
da coxa na articulação do 
quadril
Glúteo 
mínimo
Face lateral na 
metade inferior do 
ílio
Trocanter maior Abdução da coxa na articulação do quadril
Tensor da 
fáscia lata
Margem anterior do 
ílio e crista ilíaca Trato iliotibial
Abdução da coxa na 
articulação do quadril
Fonte: Adaptada de Graaff (2003, p. 278).
127
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
5.4.3 MÚSCULOS DA PERNA E PÉ
Os músculos responsáveis pela movimentação do joelho são originados no cín-
gulo do membro inferior ou na coxa, estão envolvidos por meio das lâminas 
fasciais muito resistentes, são considerados como uma continuação da fáscia 
lata e do trato iliotibial.
A divisão dos músculos é realizada por meio da função e da posição em dois 
grupos que são os músculos extensores anteriores e os músculos flexores pos-
teriores (GRAAFF, 2003).
1. Os músculos anteriores: 
são responsáveis pela movimentação da articulação do joelho são 
o sartório e o quadríceps femoral. O músculo sartório longo tem o 
formato de uma cinta e cruza de forma oblíqua a face anterior da coxa 
e atua nas articulações do quadril e do joelho para realizar a flexão e 
rodar lateralmente o quadril, como também para auxiliar na flexão da 
articulação do joelho e na rotação medial. Este é o músculo mais longo 
do corpo (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
2. O músculo quadríceps femoral: 
é uma combinação de quatro músculos diferentes, com origens 
separadas porém com uma única inserção na patela através do tendão 
da patela, o tendão é contínuo sobre a patela formando em seguida o 
ligamento da patela que é inserido na tuberosidade da tíbia (TORTORA; 
DERRICKSON, 2016).
3. Sinergia entre os músculos: 
estes músculos atuam de forma sinérgica para realizar a extensão do 
joelho, este quatro músculos são o reto femoral, vasto lateral, vasto 
medial e vasto intermédio (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
4. O músculo reto femoral: 
apresenta uma posição superficial, é o único dos quatro que atua tanto 
128MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
na articulação do quadril como do joelho (TORTORA; DERRICKSON, 
2016).
O músculo vasto lateral está posicionado lateralmente é o maior do músculo 
quadríceps femoral. É um local muito comum para serem aplicadas as injeções 
intramusculares nas crianças que têm pequenos músculos tanto nas nádegas 
como nos ombros. O músculo vasto medial apresenta uma posição medial ao 
longo de toda a coxa, já o músculo vasto intermédio está situado profunda-
mente ao reto femoral (GRAAFF, 2003).
Na tabela a seguir, você pode observar todos os músculos anteriores da coxa 
que movimentam as articulações do joelho e do quadril.
TABELA 4: MÚSCULOS ANTERIORES DA COXA RESPONSÁVEIS PELA 
MOVIMENTAÇÃO DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO E QUADRIL
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO
Sartório Espinha ilíaca antero superior Face medial da tíbia
Flexão das articulações do 
joelho e quadril, abdução 
da articulação do quadril, 
rotação lateral da coxa na 
articulação do quadril e 
rotação medial da perna na 
articulação do joelho.
Quadríceps 
femoral
Patela pelo tendão 
da patela que 
continua como 
ligamento da patela 
até a tuberosidade 
da tíbia
Extensão da perna na 
articulação do joelho
Reto femoral
Espinha ilíaca antero 
superior e lábio do 
acetábulo
Vasto medial
Trocanter maior 
e linha áspera do 
fêmur
Vasto lateral Face medial e linha áspera do fêmur
Vasto 
intermédio
Faces anterior e 
lateral do fêmur
Fonte: Adaptada de Graaff (2003, p. 282).
129
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Existem três músculos posteriores da coxa que são considerados como anta-
gonistas dos músculos do quadríceps femoral, visto que realizam a flexão da 
articulação do joelho.
O músculo bíceps femoral está na face posterolateral da coxa, apresentando 
uma cabeça longa superficial e uma cabeça pequena profunda, realizando a 
movimentação de ambas as articulações do quadril e do joelho (TORTORA; 
DERRICKSON, 2016).
Já o músculo semitendíneo superficial é fusiforme, está situado na face pós-
tero-superior na região medial da coxa e atua sobre duas articulações citadas 
anteriormente, do quadril e do joelho.
O músculo semimembranáceo está profundamente ao músculo semitendí-
neo, na face póstero medial da coxa (GRAAFF, 2003), os músculos posteriores 
da coxa vão movimentar a perna na articulação do joelho.
TABELA 5: MÚSCULOS POSTERIORES DA COXA RESPONSÁVEIS PELA 
MOVIMENTAÇÃO DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO
Bíceps 
femoral
Cabeça longa – túber 
isquiático, cabeça 
curta – linha áspera 
do fêmur
Cabeça da fíbula e 
côndilo lateral da 
tíbia
Flexão da articulação 
do joelho, extensão e 
rotação medial da coxa na 
articulação do quadril
Semitendíneo Túber isquiático
Porção proximal da 
face medial do corpo 
da tíbia
Flexão da articulação 
do joelho, extensão e 
rotação medial da coxa na 
articulação do quadril
Semimem-
branáceo Túber isquiático
Porção proximal da 
face medial da tíbia
Flexão da articulação 
do joelho, extensão e 
rotação medial da coxa na 
articulação do quadril
Fonte: Adaptada de Graaff (2003, p. 282).
Os músculos da perna denominados de músculos crurais são os responsáveis 
pelos movimentos do pé, existem três grupos de músculos crurais que são an-
terior, lateral e posterior (GRAAFF, 2003).
Os músculos crurais anteriores são: tibial anterior, extensor longo dos dedos, 
extensor longo do hálux e fibular terceiro, o músculo tibial anterior é um mús-
culo grande e superficial, podendo ser palpado por meio da porção ântero 
lateral da tíbia, estando paralelamente à crista anterior da tíbia.
130MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
O músculo extensor longo dos dedos está posicionado lateralmente ao tibial 
anterior na superfície ântero lateral da perna.
O músculo extensor longo do hálux está situado profundamente entre o mús-
culo tibial anterior e o músculo extensor longo dos dedos, já o músculo fibular 
terceiro é contínuo com a porção distal do músculo extensor dos dedos (TOR-
TORA; DERRICKSON, 2016).
Os músculos crurais laterais são o fibular longo e o fibular curto, o fibular longo 
é um músculo superficial lateral que está por cima da fíbula, já o músculo fibu-
lar curto está situado de forma profunda ao músculo fibular longo localizado 
próximo do pé.
Estes dois músculos são sinergistas quanto ao movimento de flexão na articu-
lação do tornozelo e na eversão do pé (GRAAFF, 2003).
Existem sete músculos crurais posteriores que são separados em superficiais 
e profundos, o grupo superficial é constituído pelos músculos gastrocnêmio, 
sóleo e plantar, enquanto os quatro músculos crurais posteriores profundos 
são o poplíteo, flexor longo do hálux, flexor longo dos dedos e tibial posterior.
O músculo gastrocnêmio é extenso e superficial, e compõe a maior parte da 
panturrilha da perna, é formado por duascabeças distintas, originadas da 
face posterior dos epicôndilos medial e lateral do fêmur (TORTORA; DERRI-
CKSON, 2016).
O músculo gastrocnêmio e o sóleo são músculos profundos inseridos no 
calcâneo por meio de um tendão comum, que é denominado de tendão 
de Aquiles, é considerado como o tendão mais resistente do corpo, mas que 
pode sofrer ruptura em função das pressões súbitas durante uma competição, 
por exemplo.
O músculo gastrocnêmio atua sobre duas articulações, realiza a flexão da arti-
culação do joelho e a flexão plantar do pé na articulação do tornozelo (GRAA-
FF, 2003).
O músculo sóleo está situado profundamente junto com o músculo gastroc-
nêmio. Estes dois músculos são considerados como um único músculo, o mús-
culo tríceps sural, possui uma inserção comum, porém o sóleo atua apenas na 
articulação do tornozelo na flexão plantar do pé.
O músculo plantar tem a sua origem acima da origem da cabeça lateral do 
músculo gastrocnêmio na linha superacondilar do fêmur, apresenta um ten-
131
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
dão muito longo e fino que está inserido sobre o calcâneo, este músculo é 
frágil e apresenta uma limitação para realizar a flexão do joelho e para a flexão 
plantar da articulação do tornozelo (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
O músculo poplíteo é delgado e triangular e está situado de forma profunda às 
cabeças do músculo gastrocnêmio, constitui parte do assoalho da fossa poplí-
tea, uma depressão que está situada no lado de trás da articulação do joelho, 
este músculo é um rotador medial da articulação do joelho durante a locomo-
ção (GRAAFF, 2003).
O músculo flexor longo do hálux está situado profundamente ao músculo só-
leo e no lado póstero lateral da perna, flexionando as articulações do hálux e 
auxilia na flexão plantar da articulação do tornozelo e inversão do pé.
O músculo flexor longo dos dedos também está situado profundamente ao 
sóleo, seguindo paralelamente ao músculo flexor longo do hálux no lado me-
dial da perna. O tendão distal passa posterior ao maléolo medial continua ao 
longo da face plantar do pé, ramifica-se em quatro tendões inseridos nas bases 
das falanges distais do II, III, IV e V dedos (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
O músculo flexor longo dos dedos atua sobre algumas articulações, executa a 
flexão dos quatro dedos e auxilia na flexão plantar do tornozelo e na inversão 
do pé.
O músculo tibial posterior está situado profundamente junto ao músculo só-
leo, entre os flexores posteriores, com o seu tendão distal passa atrás do malé-
olo medial e inseri-se na face plantar do navicular, cuneiforme e cubóide e nos 
ossos metatarsais do II e IV.
O músculo tibial posterior realiza a flexão plantar da articulação do tornozelo, 
faz a inversão do pé e dá suporte para os arcos do pé.
Com exceção de um músculo intrínseco adicional que é denominado de ex-
tensor curto dos dedos, todos os músculos do pé são semelhantes em nome 
como em número com os da mão, porém as funções são diferentes, visto que 
o pé está adaptado tanto para sustentar e suportar o peso corporal diferente-
mente da mão que tem a função de segurar os objetos (GRAAFF, 2003).
Os músculos do pé estão dispostos em quatro camadas, atuam na movimen-
tação dos dedos do pé, além de garantirem o suporte aos arcos do pé por meio 
das contrações (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
132MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
Na tabela a seguir, você pode observar os treze músculos responsáveis pela 
movimentação das articulações do tornozelo, pé e dedos.
TABELA 6: MÚSCULOS DA PERNA RESPONSÁVEIS PELA MOVIMENTAÇÃO 
DAS ARTICULAÇÕES DO TORNOZELO, PÉ E DEDOS
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO
Tibial anterior
Parte proximal da 
face lateral e corpo 
da tíbia
Primeiro osso 
metatarsal e 
cuneiforme medial
Dorsiflexão do tornozelo e 
inversão do pé no tornozelo
Extensor 
longo dos 
dedos
Extensor 
longo do 
hálux
Parte proximal da 
face lateral da tíbia 
e face anterior da 
fíbula
Face anterior da 
fíbula e membrana 
interóssea
Expansões extensoras 
dos dedos II – V
 Falange distal do 
dedo I
Extensão das articulações 
dos dedos II a V e dorsiflexão 
do pé no tornozelo
Extensão das articulações 
do hálux e da perna auxiliar 
da dorsiflexão do pé no 
tornozelo
Fibular 
terceiro
Face anterior da 
fíbula e membrana 
interóssea
Face dorsal do quinto 
osso metatarsal
Dorsiflexão e eversão do pé 
no tornozelo
Fibular longo
Côndilo lateral da 
tíbia e cabeça e 
corpo da fíbula
Cuneiforme medial 
e primeiro osso 
metatarsal
Flexão plantar e eversão do 
pé no tornozelo
Fibular curto Parte inferior da fíbula Osso metatarsal V
Flexão plantar e eversão do 
pé no tornozelo
Gastrocnêmio Epicôndilo lateral e 
média do fêmur
Face posterior do 
calcâneo
Flexão plantar e eversão do 
pé no tornozelo, flexão da 
articulação do joelho
Sóleo Faces posteriores da fíbula e tíbia Calcâneo
Flexão plantar do pé no 
tornozelo
Plantar Linha supracondilar lateral do fêmur Calcâneo
Flexão plantar do pé no 
tornozelo
Poplíteo Côndilo lateral do fêmur
Parte póstero 
superior da tíbia
Flexão e rotação medial 
da perna na articulação do 
tornozelo
Flexor longo 
do hálux
Face posterior da 
fíbula
Falange distal do 
hálux
Flexão da articulação da 
falange distal do hálux
Flexor longo 
dos dedos
Face posterior da 
tíbia
Falanges distais dos 
dedos II – V
Flexão das articulações das 
falanges distais dos dedos 
II – V
133
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Tibial 
posterior
Tíbia, fíbula 
e membrana 
interóssea
Navicular, 
cuneiforme, cuboide 
e ossos metatarsais 
II – IV
Flexão plantar e inversão do 
pé no tornozelo, sustenta os 
arcos. 
Fonte: Adaptada de Graaff (2003, p. 286).
Agora gostaria de aproveitar este momento 
para indicar esta importante leitura. Acesse o 
link e leia o artigo “Análise eletromiográfica de 
músculos do membro inferior em exercícios 
proprioceptivos realizados com os olhos abertos 
e fechados”, publicado na Revista Brasileira de 
Medicina do Esporte. Este artigo complementa 
o conteúdo que abordado nesta unidade.
5.5 PATOLOGIAS COMUNS
Existem várias patologias que estão presentes nos membros inferiores, dentre 
elas a artrose. A artrose é um processo degenerativo que ocorre sobre a cartila-
gem, além da neoformação óssea nas superfícies articulares, ocasiona dores e 
diminuição na mobilidade articular.
Já a bursite corresponde a um processo inflamatório que agride as bursas, 
pode ser de origem inflamatória ou infecciosa.
Outra patologia bastante frequente é encontrada na patela, é chamada de 
tendinite patelar, corresponde a uma lesão crônica e degenerativa que ocorre 
no ligamento patelar próximo à sua inserção no polo inferior da patela.
Já na lesão meniscal, os meniscos são lesados, e é observado um derrame arti-
cular e dor (MOORE; ARTHUR; AGUR, 2011).
Outra tendinite muito comum é a epicondilite lateral, também chamada de 
cotovelo de tenista, acometendo especificamente a articulação do cotovelo.
134MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
FIGURA 6: EPICONDILITE LATERAL
Fonte: Smart Servier (2020).
Agora gostaria de aproveitar este momento para 
indicar esta importante leitura. Acesse o link e leia o 
artigo “Lesões musculoesqueléticas em praticantes 
de crossfit.”, publicado na Revista Interdisciplinar 
Ciências Médicas. Este artigo complementa o 
conteúdo abordado nesta unidade.
CONCLUSÃO
Chegamos ao final desta quinta unidade, temos certeza de que você aprovei-
tou o máximo possível todo o conteúdo abordado.
Ao longo desta unidade, foram abordados vários assuntos muito importantes 
sobre os membros inferiores entre eles todos os ossos (quadril, joelho, tornoze-lo e pé), as articulações do quadril, do joelho, do tornozelo e do pé, os músculos 
do quadril, do joelho, do tornozelo e do pé e as patologias mais comuns.
UNIDADE 6
> compreender 
os movimentos 
envolvidos na 
marcha, as suas 
mudanças com a 
idade e as alterações 
da marcha.
> compreender as 
estruturas envolvidas 
nos diferentes tipos 
de postura da coluna 
vertebral e os desvios 
posturais comuns.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
você seja capaz 
de:
135 MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
136
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
6 ANATOMIA E CINESIOLOGIA DO 
CORPO: POSTURA E MARCHA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nessa unidade, você estudará mais a fundo a postura corporal. Ainda que 
representemos o corpo humano de forma simétrica e com curvaturas ideais, 
não existe corpo perfeito. Ao avaliar a postura de diversos indivíduos, você 
provavelmente perceberá diferentes desvios posturais e assimetrias.
Ainda assim, existe a postura ideal. Na posição ortostática, a postura ideal 
serve como referência para identificar desvios posturais. Na posição sentada 
e na posição deitada, a postura ideal é aquela que melhor mantem as 
curvaturas e relações observadas na postura em pé.
Nessa unidade, você também estudará a marcha. A marcha é o caminhar, a 
forma mais utilizada de deslocamento do corpo. A forma como caminhamos é 
padrão a todos os seres humanos, apesar de com particularidades indivíduos. 
Padrões anormais de marcha podem ser encontrados em crianças e idosos, 
e em indivíduos com lesões ou distúrbios. Ainda assim, os padrões de 
marcha alterado são variações da marcha normal e mantêm as principais 
características da marcha normal que você estudará.
6.1 POSTURA: ALINHAMENTO VERTEBRAL
Nós já falamos nessa disciplina sobre a coluna vertebral. A coluna vertebral é 
composta por diversas vértebras alinhadas verticalmente. A posição de cada 
vértebra em relação às vértebras adjacentes forma curvaturas na coluna. Es-
sas curvaturas têm como função aumentar a resistência da coluna vertebral, 
absorver choques e reduzir a severidade das lesões (LIPPERT, 2013).
As curvaturas da região cervical, e da região lombar apresentam convexi-
dade anterior e concavidade posterior e são conhecidas como lordose. As 
curvaturas da região torácica e da região sacral e do cóccix apresentam con-
cavidade anterior e convexidade posterior e são conhecidas como cifoses.
137
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 1: CÔNCAVO E CONVEXO
côncavo convexo
Fonte: Elaborada pela Autora (2020).
O alinhamento vertebral é frequentemente relacionado à boa postura. Um 
corpo que apresenta um alinhamento correto, com a pelve em posição neu-
tra (com as espinhal ilíacas anterossuperiores e anteroposteriores alinhadas) 
é um corpo que apresenta boa postura (GRAAFF, 2003; LIPPERT, 2013).
Acesse o artigo de Vieira e Souza (2011) para 
saber mais sobre verticalidade e postura.
O bom alinhamento vertebral é obtido, entre outros fatores, pelas curvaturas 
normais da coluna vertebral. Curvaturas maiores ou menores do que as am-
plitudes normais podem sinalizar problemas posturais. Além disso, a estabi-
lidade da coluna vertebral está relacionada à manutenção das amplitudes 
normais das suas curvaturas.
A coluna é estabilizada por três sistemas, incluindo o sistema musculoes-
quelético passivo, o sistema musculoesquelético ativo, e o sistema neural de 
retroalimentação. O sistema passivo inclui as vertebras, facetas articulares, 
capsulas articulares, disco intervertebrais, e ligamentos da coluna. O sistema 
ativo inclui músculos e tendões que estabilizam a coluna e o subsistema 
neural dá controle.
138
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
A estabilidade da coluna aumenta e diminui com as demandas colocadas 
nas estruturas. A estabilidade diminui durante períodos de diminuição da 
atividade muscular e aumenta quando as forças articulares compressivas 
aumentam. Os pequenos músculos profundos da coluna controlam a postu-
ra e a relação entre as vértebras, e os grandes músculos superficiais movem 
a coluna e dispersam cargas do tórax para a pelve. Para a estabilidade, a 
coluna necessita atividade muscular dos pequenos músculos posturais para 
estar estável (HAMILL; KNUTZEN; DERRICK, 2015).
FIGURA 2: DESAFIO À ESTABILIDADE
Fonte: Isacowitz e Clippinger (2011, p. 53).
O principal mecanismo de estabilização da coluna vertebral, e do esquele-
to axial como um todo, é a atividade muscular. A estabilidade muscular do 
tronco, que frequentemente é chamada como estabilidade do core, garante 
uma postura quase estática do tronco mesmo sob a ação de forças externas 
que desafiam a estabilidade (NEUMANN, 2010). 
Os estabilizadores profundos do tronco incluem os pequenos músculos pro-
fundos do tronco (músculos inter espinais e intertransversários) e os trans-
verso espinais (músculos semiespinhais, multífido e rotadores. A função de 
estabilização desses músculos está relacionada ao controle do alinhamento 
e da rigidez das articulações intervertebrais.
Os estabilizadores superficiais do tronco incluem os músculos abdominais 
- reto do abdome, oblíquo externo do abdome, oblíquo interno do abdome 
e transverso do abdome -, o eretor da espinha, o quadrado lombar, o psoas 
139
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
maior e os músculos do quadril. Esses músculos cruzam grandes áreas do 
corpo e, por isso, criam uma ligação forte e semirrígida entre crânio, coluna 
vertebral, pelve e os membros inferiores.
Músculos que possuem importante papel na estabilização da coluna in-
cluem o transverso abdominal, multífido, eretor da espinha, e oblíquo inter-
no. O transverso do abdome circula o tronco como um cinto e aumenta a 
pressão abdominal e a rigidez da coluna. É um dos primeiros músculos a ser 
ativado em condições inesperadas e em condições de carga auto provoca-
da. O multífido está organizado para atuar no nível de cada vértebra e estar 
ativo continuamente na posição em pé e pode realizar ajustes sutis para 
as vértebras em qualquer postura. O eretor da espinha é melhor adaptado 
para controlar a orientação da coluna pela natureza de sua habilidade em 
produzir extensão. Finalmente, o oblíquo interno trabalha com o transverso 
do abdome para aumentar a pressão intra-abdominal (HAMILL; KNUTZEN; 
DERRICK, 2015).
Os professores Luiz Mochizuki e Alberto Carlos 
Amadio, analisaram a postura ereta do ponto 
de vista biomecânico e considerando o controle 
postural nos seguintes artigos:
As funções do controle postural durante a 
postura ereta (link)
Aspectos biomecânicos da postura ereta: a 
relação entre o centro de massa e o centro de 
pressão (link)
6.2 POSTURA ORTOSTÁTICA, SENTADA E EM 
DECÚBITO DORSAL 
A postura ortostática refere-se à posição em pé estática. Existe uma postura 
considerada padrão. Avaliações posturais identificam desvios posturais a partir 
da postura padrão. O indivíduo é observado na postura ortostática nas vistas 
anterior, posterior e lateral, sendo que lateral geralmente são os observados os 
dois lados do corpo utilizando uma linha vertical.
140
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Uma das técnicas de avaliação de postura mais 
utilizadas e mais simples é o fio de prumo. 
O fio de prumo é uma linha, geralmente de 
cor escura, que é pendurada no teto ou em 
alguma estrutura alta, com um peso na ponta 
para manter a linha esticada. O fio de prumo 
vai representar a linha vertical utilizadacomo 
referência para avaliação da postura. Essa 
análise pode ser feita na hora, ou a partir de 
fotografias.
A postura padrão deve seguir algumas referências em relação a essa linha ver-
tical ou fio de prumo e, ao posicionamento dos segmentos.
1. VISTA LATERAL:
Na cabeça sobre o lóbulo da orelha. Nos 
ombros pela extremidade do acrômio. 
Na região torácica à frente dos corpos 
vertebrais e na região lombar sobre os corpos 
vertebrais. A pelve deve estar alinhada, 
com as espinhas ilíacas anterossuperiores 
e anteroposteriores na mesma altura. No 
quadril sobre o trocanter maior. No joelho 
posterior à patela. No tornozelo anterior ao 
maléolo lateral.
2. VISTA ANTERIOR:
A cabeça alinhada, a linha vertical passando 
pelo centro. Ombros nivelados. No esterno 
centralizado a linha vertical passando pela 
linha mediana. Pelve nivelada, as espinhas 
ilíacas anterossuperiores alinhadas. Os 
membros inferiores levemente afastados. 
Joelhos nivelados, sem desvios mediais ou 
laterais. .
141
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3. VISTA POSTERIOR:
A cabeça alinhada, a linha vertical passando 
pelo centro. Ombros nivelados. Na coluna 
sobre os processos espinhosos das 
vértebras. Pelve nivelada, as espinhas ilíacas 
anteroposteriores alinhadas. Os membros 
inferiores levemente afastados. Joelhos 
nivelados, sem desvios mediais ou laterais.
Fonte: Adaptada de Donatelli (2011, p. 93).
Umas das razões para a preocupação com boa postura é a minimização das 
cargas impostas ao corpo, em especial à coluna. Estudos mostraram que a 
carga imposta à coluna é menor na posição em pé do que na maior parte das 
posições que assumimos ao longo do dia, incluindo a posição sentada.
A maior carga importa à coluna na posição sentada está relacionada com a 
variação das curvaturas da coluna vertebra. Em geral, na posição sentada acon-
tece uma diminuição da lordose na região lombar, aumentando a pressão an-
teriormente entre as vértebras.
Idealmente, ao trabalhar sentado deve-se manter uma postura que preserve o 
máximo possível a harmonia entre os segmentos. As curvaturas da coluna de-
vem ser mantidas o mais próximo do padrão possível, tronco e pescoço devem 
estar eretos e a cabeça deve estar em posição neutra. Os braços próximos ao 
tronco e o antebraço paralelo ao solo. Pés apoiados no chão ou apoiados de 
forma apropriada. Coxas paralelas e pernas na posição vertical (LIPPERT, 2013).
Para sentar-se adequadamente, as dimensões 
da cadeira e da mesa devem ser apropriadas. 
Um estudo que avaliou o mobiliário escolar 
de estudantes de diversas idades em escolas 
pode ser conferido nesse link.
142
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 3: POSTURA SENTADA
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Diferente da posição sentada, a posição deitada apresenta menor carga à colu-
na em comparação com a posição em pé. Em uma situação ideal, as curvas da 
coluna e aposição entre os segmentos ao se deitar em decúbito dorsal (com as 
costas apoiadas) será semelhante aquelas apresentadas na posição ortostática. 
Na posição em decúbito lateral, virado para o lado recomenda-se posicionar 
um travesseiro ou almofada entre as pernas com o joelho de cima fletido. Nes-
sa posição o bom alinhamento do quadril será preservado. A posição em de-
cúbito ventral (apoiado sobre o abdome) aumenta a pressão na região cer-
vical, especialmente devido ao travesseiro. Essa posição não é recomendada 
(LIPPERT, 2013).
143
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 4: DORMIR EM DECÚBITO LATERAL
Fonte: Adaptada de Shanti ([2020]).
6.3 DESVIOS POSTURAIS COMUNS
A partir da posição ortostática e da avaliação do padrão ideal, é possível iden-
tificar os desvios posturais mais comuns encontrados na população (LIPPERT, 
2013).
1. Vista lateral: 
Cabeça anteriorizada; curvatura exagerada ou retificada da região 
cervical; ombros arredondados; curvatura exagerada da região torácica, 
curvatura exagerada ou retificada da região lombar; inclinação anterior 
ou posterior da pelve; joelho recurvado ou fletido; redução do ângulo 
entre o pé e a perna; arco longitudinal do pé retificado ou aumentado.
2. Vista posterior: 
Cabeça inclinada ou rodada; ombros elevados ou abaixados; escápulas 
abduzidas; aduzidas ou aladas; desvio lateral da região torácica; desvio 
lateral da região lombar; inclinação lateral ou rotação da pelve; joelho 
com desvio medial ou lateral; pé plano ou cavo.
144
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3. Vista anterior: 
Cabeça inclinada ou rodada; assimetria da mandíbula; ombros elevados 
ou abaixados; quadril com rotação medial ou lateral; torção tibial lateral 
ou medial; hálux valgo; dedo em garra, martelo ou taco de golfe.
Os desvios de postura podem ser por problemas estruturais ou adquiridos de-
vido à traumatismos. Podem também ser resultado de problemas funcionais, 
ou seja, obtidos devido a posturas realizadas ao longo da vida.
Desvios posturais no tronco são comuns na população em geral. Na região 
cervical, a curva é côncava para o lado anterior. Essa curva deve ser pequena 
e estar sobre a cintura escapular. A cabeça deve estar sobre a cintura escapu-
lar. Quando a curva cervical é acentuada para o lado anterior, diz-se que há 
lordose presente. Assim, lordose cervical é um aumento da curva na região 
cervical, frequentemente concomitante às curvas exageradas em outras regi-
ões da coluna.
Na região torácica, a curvatura é côncava para o lado posterior. Uma postura 
com ombros arredondados pode causar cifose torácica, uma desordem postu-
ral comum nessa região. A cifose na região torácica também é associada com 
osteoporose e diversas outras desordens.
A região lombar, com curvatura anterior, está sujeita a forças que podem ser 
criadas por uma curvatura exagerada na lombar, denominada lordose lombar 
ou hiperlordose. Essa posição de balanço posterior exagerado é frequentemen-
te criada pelo posicionamento anterior da pelve ou por fraqueza abdominal. 
Na região lombar, também não é incomum ter costas retificadas com curvatu-
ra lombar diminuída. Isso tem sido associado com uma pelve que é inclinada 
para cima anteriormente ou com músculos encurtados ou rigidez na coluna.
A mais séria das desordens posturais afetando a coluna é escoliose, um desvio 
lateral da coluna. A curva pode ter um formato em C ou em S, dependendo 
da direção e dos segmentos inicial e final. Escoliose com formato em C ocorre 
quando o desvio acontece em somente uma região. Por exemplo, uma curva 
convexa para o lado esquerdo na região cervical é uma curva cervical com for-
mato em C para a esquerda. Em uma curva com formato em S, o desvio lateral 
acontece em diferentes regiões e em direção opostas, como com ama convexi-
dade para esquerda na região torácica e para a direita na região lombar. Rota-
145
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ção pode acompanhar o desvio lateral, criando um mal alinhamento postural 
bastante complexo. A causa da escoliose é desconhecida, e é mais prevalente 
em mulheres do que em homens.
FIGURA 5: DESVIOS POSTURAIS
Fonte: Adaptada de Jones (2008, p. 166).
O Laboratório de Biomecânica e Controle Motor 
da Universidade Federal do ABC desenvolveu 
um programa para análise postural a partir de 
fotografias. Você pode conhecer o programa 
aqui.
6.4 DEFINIÇÃO DE MARCHA, ANÁLISE DE FASE 
DE APOIO E BALANÇO
Marcha é a ação de caminhar. Ela é a expressão mais simples de locomoção. 
Apesar de haver particularidades indivíduos na forma de caminhar, e mesmo 
alterações na própria pessoa dependendo do seu humor,o padrão da marcha 
entre todos os indivíduos é igual.
146
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 6: CAMINHAR
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Um ciclo completo da marcha é chamado passada. Ele envolve um período 
de contato de cada um dos pés, iniciando quando um pé toca no solo até esse 
mesmo pé tocar o solo novamente. A distância linear percorrida durante esse 
período é conhecida por comprimento de passada. Além disso, um passo é 
o período entre o toque de um pé no solo até o toque do pé contralateral no 
solo. Uma passada é composta por dois passos.
Observando cada pé separadamente, o período em contato é chamado de 
fase de apoio. O período de ausência de contato é chamado de fase de ba-
lanço. Vamos olhar para a perna direita de um indivíduo caminhando como 
exemplo. A fase de apoio inicia no primeiro contato do pé direito no solo e 
termina quando o pé direito sair do solo. A fase de balanço começa quando o 
contato do pé direto com o solo cessa e termina quando o pé volta a tocar no 
solo. O ciclo completo a partir do contato de um pé até esse mesmo pé iniciar 
o novo contato é chamado passada. Uma passada envolve um passo de cada 
pé. Passo é o período entre o contato de um pé até o contato do outro pé.
147
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
O gesto da marcha é envolve grande pare dos 
músculos do membro inferior. Durante a fase 
de balanço, os flexores de quadril, o músculo 
iliopsoas e o tensor da fáscia lata, entre outros, 
coordenam o movimento. Já na fase de apoio, 
os extensores de quadril, o glúteo máximo em 
especial, e extensores de joelho, formado pelo 
reto femoral, vastos lateral, vasto medial e vasto 
intermédio, e os flexores plantares, em especial 
o sóleo e os gastrocnêmicos coordenam o 
movimento (WEINECK, 2013).
A velocidade da marcha, ou cadência é mensurada em passos por minuto. 
Para aumentar a velocidade você pode aumentar o comprimento do passo e 
da passada ou aumentar a frequência do passo e da passada, realizando mais 
passos em um mesmo espaço de tempo.
Você pode aprender mais sobre a análise 
científica da marcha neste link. Aproveite para 
explorar o site, ele pode ser útil em vários outros 
aspectos.
A marcha é um gesto basicamente simétrico no que diz respeito ao movimen-
to das articulações, padrões de ativação muscular e forças atuando nos mem-
bros inferiores. Há duas fases na marcha: fase de apoio e fase de balanço. A fase 
de apoio dura cerca de 60% do ciclo de um passo e considera todo o tempo 
em que o pé está contato o solo (LIPPERT, 2013). Quando a perna está apoiada, 
ela vai impulsionar o corpo à frente (CALAIS-GERMAIN, 2010). A fase de balan-
ço acontece quando o pé não está em contato com o solo. Além disso, as fases 
de apoio e balanço são divididas em alguns momentos (WEINECK, 2013).
148
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 7: FASES DA MARCHA
Fonte: Adaptada de Leite (2018) e Lippert (2013, p. 302).
1. CONTATO INICIAL:
contato inicial ou batida do calcanhar
2. RESPOSTA À CARGA:
período no qual o calcanhar está se 
acomodando no solo e recebendo o peso 
do corpo.
149
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3. APOIO MÉDIO:
período de apoio unipodal, quando o peso 
do corpo está distribuído no pé.
4. APOIO FINAL:
período em que o peso está sendo 
transferido para a parte anterior do pé.
5. PRÉ-BALANÇO:
coincide com o final da fase de duplo apoio, 
quando o peso está sendo transferido para 
o outro pé para o início da fase de balanço.
150
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
6. BALANÇO INICIAL:
do instante que termina o contato com o 
solo até o pé em balanço alinhar-se com o 
pé que está em apoio.
7. BALANÇO MÉDIO:
período em que a tíbia do pé de balanço 
está na orientação vertical.
8. BALANÇO FINAL:
do momento em que a tíbia sai da orientação 
vertical até o contato inicial do pé com o 
solo.
151
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
6.5 OUTROS DETERMINANTES, PADRÃO DE 
MARCHA COM A IDADE E ALTERAÇÕES DA 
MARCHA
Durante a marcha, o deslocamento linear do centro de gravidade forma uma 
linha em formato de onda. A amplitude vertical dessa onda é de cerca de 5 
cm, com a parte mais alta acontecendo no apoio médio e a parte mais baixa 
durante o contato inicial, no toque do calcanhar. O alternar da perna de apoio, 
que faz o corpo oscilar de um lado para o outro, também causa um desloca-
mento horizontal do centro de gravidade. A posição mais lateral do centro de 
gravidade acontece durante o apoio médio, com apenas um pé em contato 
com o solo. Esse deslocamento horizontal também é de cerca de 5 cm. Além 
disso, a distância entre os pés durante a marcha varia entre 5 e 10 cm (LIPPERT, 
2013).
Outro movimento que acontece durante a marcha é a inclinação do quadril. 
Na fase de pré-balanço, quando o pé sai do chão, o quadril inclina levemente 
para o lado em balanço. Esse movimento é facilmente percebido caminhando 
com as mãos no quadril – você pode tentar.
A inclinação do quadril é uma combinação de 
abdução do quadril do lado em balanço, adução 
do quadril do lado apoiado e flexão lateral do 
tronco. Para contrapor a tendência e evitar uma 
inclinação maior os principais músculos ativados 
são os abdutores de quadril do lado apoiado e os 
eretores da espinha do lado em balanço.
Na parte superior do corpo, os braços oscilam contrários à perna – quando a 
perna direita está à frente, o braço esquerdo estará à frente. O tronco também 
realiza rotação acompanhando a progressão da perna.
O padrão de marcha muda ao longo do desenvolvimento. Quando uma crian-
ça aprende a caminhar, sua marcha apresenta uma base mais larga, uma ca-
dência mais rápida, com um alto número de passos por minuto, e um compri-
mento passada mais curto. Além disso, crianças inicialmente não flexionam os 
joelhos durante a marcha (LIPPERT, 2013).
152
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 8: APRENDENDO A CAMINHAR
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Quando a criança aprende a caminhar ela ainda 
não tem o seu equilíbrio bem desenvolvido. A 
base mais aberta que ela utiliza auxilia na sua 
estabilidade, uma vez que oferece uma área maior 
onde a projeção do centro de gravidade pode 
pousar. Isso auxilia na manutenção do equilíbrio.
O avanço da idade também traz alterações à marcha de adultos mais velhos. 
Eles geralmente caminham mais devagar, com períodos mais longos na fase 
com duplo apoio do que o adulto jovem. Adultos velhos também apresentam 
passos mais curtos e com menos deslocamento vertical. Assim como as crian-
ças, muitos adultos velhos aumentam a sua base entre os pés, aumentando o 
deslocamento horizontal. A redução da massa musculares, entre outros fatores, 
contribui para a maior ocorrência de quedar entre os adultos belhos. Isso tam-
bém é relacionado à redução do tempo de reação em movimentos automáticos 
e pode explicar a diminuição da velocidade da marcha (LIPPERT, 2013).
153
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
A marcha anormal pode acontecer por diversos motivos. Ela pode ser tem-
porária ou permanente. A alteração pode ser devido a uma torça de tornoze-
lo, por exemplo. Já a alteração permanente pode ser causada por problemas 
neurológicos, como um acidente vascular cerebral. As alterações observadassão bastante variáveis, dependendo da severidade do problema. Algumas das 
principais causas de anormalidades na marcha incluem fraqueza muscular ou 
paralisia, amplitude do movimento articular reduzido, complicações neuroló-
gicas, dor, e diferença no comprimento do membro inferior (LIPPERT, 2013).
1. Fraqueza muscular ou paralisia: 
um músculo ou grupo muscular pode apresentar diminuição da 
capacidade de produção de força ou, quando não é possível produzir 
nenhuma força, paralisia. Em casos de fraqueza muscular, o corpo 
tende a transferir o centro de gravidade sobre a região acometida. 
Dessa forma, o torque necessário para movimentar a articulação é 
reduzido, facilitando a atividade muscular. 
2. Amplitude do movimento articular reduzido: 
quando a articulação está impossibilidade de executar o movimento 
em sua amplitude completa, o corpo assume posturas compensatórias 
para a marcha que possibilitem o deslocamento necessitando menor 
amplitude daquela articulação.
3. Complicações neurológicas: 
a alteração da marcha causada por distúrbios neurológicos apresenta 
diferentes variações de acordo com o tipo de patologia neurológica 
apresentada. Cada grupo neurológico apresenta diferentes variações 
em relação a marcha normal, sendo pacientes com HD apresentando 
algumas das maiores variações e pacientes com PD, AD e MS 
apresentando variações menores entre algumas patologias (MOON et 
al., 2016).
154
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
4. Dor: 
quando há a ocorrência de dor em uma ou mais articulações do 
membro inferior, tende-se a diminuir o tempo da fase de apoio sobre o 
lado afetado. O encurtamento da fase de apoio causa alterações visíveis 
na marcha de acordo com a dor. Em geral a marcha volta ao normal 
com a redução da dor.
5. Diferença no comprimento do membro inferior: 
praticamente toda a população apresenta diferenças de comprimento 
entre os membros inferiores. Diferenças normais podem chegar 
até alguns milímetros. O corpo compensa essas diferenças com a 
inclinação da pelve, mas em graus maiores algum estresse à coluna, 
principalmente, pode ocorrer. Diferenças maiores requerem o uso 
de apoios para o membro mais curto ou, quando isso não resolver, 
alterações cirúrgicas.
CONCLUSÃO
Nessa unidade, você estudou a postura ideal da coluna vertebral e do cor-
po humano. Além da postura ideal aprendemos sobre os principais desvios 
posturais encontrados e como avaliar esses desvios a partir da postura ortos-
tática e utilizando uma linha vertical ou um fio de prumo. Também foram 
discutidas as posturas ideias na posição sentada, em especial sentado a uma 
mesa para trabalhar e as posturas deitadas, com destaque para a posição em 
decúbito lateral.
Essa unidade também tinha como objetivo o estudo da marcha. O gesto de 
caminhar é dividido em uma fase de apoio e uma fase de balanço de cada 
lado. Esse gesto é padrão para a caminhada e possui determinantes definidos 
que foram discutidos nessa unidade. Finalmente, as marcas alteradas, seja de-
vido ao desenvolvimento ou à distúrbios e lesões, foram discutidas.
155
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOSS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
REFERÊNCIAS 
ARISTOTLE. Physics: Dover thrift editions. New York: Dover Publications, 2017.
BEHNKE, R. S. Anatomia do movimento. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
BENATTI, A. T. Equilíbrio tóraco-abdominal: ação integrada à respiração e à postura. Arquivos de 
Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 5, n. 1, p. 87-92, 2001. Disponível em: https://revistas.unipar.br/
index.php/saude/article/view/1110. Acesso em: 9 maio 2020.
BICEPS torque. The biceps muscle exerts a vertical force on the lower arm, bent as shown in Figs. 
8–14a and b. For each case, calculate the torque about the axis of rotation through the elbow joint, 
assuming the muscle is attached 5.0 cm from the elbow as shown. Transtutors, New York, 17 out. 
2014. Disponível em: https://www.transtutors.com/questions/biceps-torque-the-biceps-muscle-
-exerts-a-vertical-force-on-the-lower-arm-bent-as-sho-715073.htm. Acesso em: 20 abr. 2020.
CALAIS-GERMAIN, B. Anatomia para o Movimento: introdução à análise das técnicas corporais. 4 
ed. São Paulo: Manole, 2010.
CANDOTTI, C. T.; MARTINI, L. R. B.; PINTO, R. S. Estudo do equilíbrio postural estático da cintura pél-
vica em meninos de idade escolar. Revista Perfil, n. 2, p. 75-80, 1998. Disponível em: https://seer.
ufrgs.br/perfil/article/view/77349. Acesso em: 9 maio 2020.
CASTELLANI, O. C. Discussão dos conceitos de massa inercial e massa gravitacional. Revista Brasi-
leira de Ensino de Física, v. 23, n. 3, p. 356-359, 2001.
CASTRO, J. V. Incidência da diminuição de amplitude de movimento na articulação do quadril 
em jovens jogadores de futebol e a resposta a um programa de intervenção por alongamen-
tos: um ensaio clínico randomizado. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Medici-
na: Ciências Cirúrgicas, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto 
Alegre, 2012. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/60753. Acesso em: 16 maio 
2020.
COHEN, M.; MOTTA FILHO, G. R. M. Epicondilite lateral do cotovelo. Revista Brasileira de Ortope-
dia, v. 47, n. 4, p. 414-20, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid
=S0102-36162012000400002. Acesso em: 27 abr. 2020.
CORRÊA, S. C.; FREIRE, E. dos S. Biomecânica e Educação Física escolar: possibilidades de aproxi-
mação. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, v. 3, n. 3, p. 107-123, 2004. Disponível 
em: http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/remef/article/view/1324. Acesso em: 20 abr. 2020.
DONATELLI, R. A. Physical therapy of the shoulder. 5. ed. St Louis: Elsevier Health Sciences, 2011.
DUARTE M. et al. Documentação sobre o SAPO: Software para avaliação postural. Laboratório de 
Biomecânica e Controle Motor, Universidade Federal do ABC, 2005.
EJNISMAN, B. et al. Lesões músculo esqueléticas no ombro do atleta: mecanismo de lesão, diag-
nóstico e retorno a prática esportiva. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 36, n. 10, p. 389-393, 2001. 
Disponível em: http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2011/02/ombro-lesoes-inci-
dencia-no-esporte-cohen-2001.pdf. Acesso em: 27 abr. 2020.
FERES, F. C., COELHO, D.; MARSON, R. Análise cinemática do chute no futsal com aproveitamen-
tos diferentes. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, v. 9, n. 32, p. 8-15, 2016. Disponível em: http://
www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/363. Acesso em: 20 abr. 2020.
156MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
FERRARIO, D. Effect of morphological and clinical parameters on damage accumulation in 
porcine trabecular bone. Master Thesis dissertation (Master of Science in Mechanical Engineering) 
– School of Industrial and Information Engineering, Politecnico Di Milano, Milano, 2017. Disponível 
em: https://pdfs.semanticscholar.org/0ec6/2273136b2902889af7818fab674ee6d47c66.pdf. Acesso 
em: 9 maio 2020.
FLOYD, R. T. Manual de cinesiologia estrutural. 19. ed. Barueri: Manole, 2016.
FRAGA, J. S. et al. Medidas de força do aperto de mão e espessura do músculo adutor do polegar 
em idosos institucionalizados. Geriatrics, Gerontology and Aging, v. 6, n. 1, p. 56-62, 2012. Disponí-
vel em: http://ggaging.com/details/214/pt-BR/hand-grip-strength-and-adductor-pollicis-thickness-
-muscle-in-the-institutionalized-elderly. Acesso em: 27 abr. 2020.
GRAAFF, K. M. van de. Anatomia humana. 6. ed. São Paulo: Manole, 2003.
HALL, S. J. Biomecânica Básica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M.; DERRICK, T. R. Biomechanical basis of human movement. 4. ed. Phila-
delphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2015.
HANSEN, J. T. Netter – Anatomia para colorir. Rio de Janeiro, EditoraElsevier, 2010. Disponível em: 
http://nace.esp.br/download/livro/anatomia_para_color.pdf. Acesso em: 27 abr. 2020.
HATZE, H. The meaning of the term "biomechanics". Journal of Biomechanics, v. 7, n. 2, p. 189-190, 
1974.
INTERVIEW transcript. University of Utah Health, Salt Lake City, 24 mar. 2016. Disponível em: ht-
tps://healthcare.utah.edu/the-scope/shows.php?shows=0_vtl3zc38. Acesso em: 9 maio 2020.
ISACOWITZ, R.; CLIPPINGER, K. Pilates anatomy. Champaign: Human Kinetics, 2011.
JONES, B. D. Comprehensive medical terminology. Thomson Delmar Learning, 2008.
KAPANDJI, A. I. O que é biomecânica. Barueri: Editora Manole, 2013.
KICKHÖFEL, E. H. P. A ciência visual de Leonardo da Vinci: Notas para interpretação de seus estu-
dos anatômicos. Scientiae Studia, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 319-335, 2011. Disponível em: http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-31662011000200005. Acesso em: 15 abr. 2020.
KNUDSON, D. Fundamentals of biomechanics. Nova Iorque: Springer Science & Business Media, 
2007.
LEITE, A. K. O. Desenvolvimento de um sistema de simulação de marcha em hipogravidade. Dis-
sertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, PUCRS, Porto Alegre, 
2018. Disponível em: https://www.researchgate.net/figure/Figura-3-Fases-de-apoio-e-balanco-da-
-marcha-juntamente-com-as-subdivisoes-da-fase-de_fig3_324149758. Acesso em: 15 maio 2020.
LIPPERT, L. Cinesiologia Clínica e Anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Grupo Gen-Guanabara Koogan, 
2013.
LUNA, N. M. S. Confiabilidade das mensurações de testes isocinéticos para articulação do tornoze-
lo. Acta fisiátrica, v. 25, n. 2, p. 94-101, jun. 2018. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/
resource/pt/biblio-999591. Acesso em: 16 maio 2020.
MAEDA, E. Y. et al. O ombro em uma linha de produção: estudo clínico e ultrassonográfico. Revis-
ta Brasileira de Reumatologia, v. 49, n. 4, p. 375-86, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/
rbr/v49n4/05.pdf. Acesso em: 27 abr. 2020.
157
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOSS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MARCOLIN, R. K.; PINHEIRO, G.; GODOY, W. de. Análise de Marcha, 2010. Disponível em: http://
analisedemarcha.com/. Acesso em: 5 abr. 2020.
MARIEB, E.; WILHELM, P.; MALLAT, J. Anatomia humana. São Paulo, Editora Pearson, 2016.
MARQUES, A. P. Manual de goniometria. 3. ed. Barueri: Editora Manole, 2014.
MCGINNIS, P. M. Biomechanics of sport and exercise. 3. ed. Champaign: Human Kinetics, 2013.
MIRANDA, P. J. et al. Estudo do centro de massa e estabilidade de quatro posturas básicas do 
Kung-fu Pak Hok. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 38, n. 4, e4304, 2016. Dis-
ponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-11172016000400404&script=sci_arttext. 
Acesso em: 20 abr. 2020.
MOCHIZUKI, L.; AMADIO, A. C. As funções do controle postural durante a postura ereta. Fisiote-
rapia e Pesquisa, v. 10, n. 1, p. 7-15, 2003. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/fpusp/article/
view/77416. Acesso em: 5 abr. 2020.
MOCHIZUKI, L.; AMADIO, A. C. Aspectos biomecânicos da postura ereta: a relação entre o centro 
de massa e o centro de pressão. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, v. 3, n. 3, p. 77-83, 
2003. Disponível em: https://rpcd.fade.up.pt/_arquivo/artigos_soltos/vol.3_nr.3/Mochizuki.pdf. Aces-
so em: 5 abr. 2020.
MOON, Y. et al. Gait variability in people with neurological disorders: a systematic review and me-
ta-analysis. Human movement science, v. 47, p. 197-208, 2016. Disponível em: https://www.science-
direct.com/science/article/abs/pii/S0167945716300306?via%3Dihub. Acesso em: 5 abr. 2020.
MOORE, K. L.; ARTHUR, F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2011.
MUSCOLINO, J. E. Kinesiology: the skeletal system and muscle function. 3. ed. St Louis: Elsevier, 
2017.
NEUMANN, D. A. Kinesiology of the musculoskeletal system: foundation for rehabilitation. 2. ed. 
Mosby, Elsevier, 2010.
NUNES JÚNIOR, P. C.; MACIEL, R. L. R.; BABINSKI, M. A. Propriedades anatômicas e funcionais da 
ATM com aplicabilidade no tratamento fisioterapêutico. Fisioterapia Brasil, v. 6, n. 5, p. 381-387, 
set./out. 2005. Disponível em: http://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/arti-
cle/view/2027/3156. Acesso em: 9 maio 2020.
OKUNO, E.; FRATIN, L. Desvendando a física do corpo humano: biomecânica. 2. ed. São Paulo: Ma-
nole, 2017.
OLIVEIRA, D. C. S. de et al. Análise eletromiográfica de músculos do membro inferior em exercícios 
proprioceptivos realizados com olhos abertos e fechados. Revista Brasileira de Medicina do Es-
porte, São Paulo, v. 18, n. 4, p. 261-266, jul./ago. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbme/
v18n4/v18n4a09.pdf. Acesso em: 16 maio 2020.
PACHECO, F. R. A origem da dor! Studio Oral Pacheco, Rio de Janeiro, [2020]. Disponível em: ht-
tps://www.studiooralpacheco.com.br/. Acesso em: 9 maio 2020.
PASSOS, R. P. et al. Analise Biomecânica da largada dos 100 metros no atletismo. Revista CPAQV 
– Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida, Campinas, v. 9, n. 1, 2017. Disponível em: 
http://www.cpaqv.org/revista/CPAQV/ojs-2.3.7/index.php?journal=CPAQV&page=article&op=view&p
ath%5B%5D=173. Acesso em: 20 abr. 2020.
158MULTIVIX EADCredenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOS
PELVE feminina e masculina – Anatomia dos ossos do quadril. Anatomia em foco, [s. l.], [2020]. 
Disponível em: https://www.anatomiaemfoco.com.br/esqueleto-humano-ossos-do-corpo-huma-
no/pelve-feminina-masculina-ossos-do-quadril/. Acesso em: 9 maio 2020.
PETERMANN, X. B.; FRIEDRICH, T. L.; MEEREIS, E. C. W. Estudo de revisão sobre a cinesiologia dos 
complexos articulares. Revista Perspectiva: Ciência e Saúde, v. 2, n. 2, p. 128-140, 2017. Disponível 
em: http://sys.facos.edu.br/ojs/index.php/perspectiva/article/view/139/112. Acesso em: 9 maio 2020.
QUADRIL - flexão e extensão vista anterior. [S. I.: s. n.], 2016. 1 vídeo (15s). Publicado pelo canal Cine-
siologia UFMG. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rDesYEymkDM. Acesso em: 28 
abr. 2020.
RABELO, R. B. et al. Mobilidade articular dos dedos não lesados pós-reparo em lesão dos tendões 
flexores da mão. Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 11, n. 5, p. 4-27, 2007. Disponível em: https://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552007000500008. Acesso em: 27 abr. 
2020.
REBELO, A. C. S. Anatomia, arte e esporte: aprendizado que vai além das salas de aula. Revista 
UFG, Goiânia, v. 17, n. 20, p. 29-43, jan./jul. 2017. Disponível em: http://200.137.217.156/bitstream/
ri/17907/5/Artigo%20-%20Ana%20Cristina%20Silva%20Rebelo%20-%202017.pdf. Acesso em: 9 
maio 2020.
REIS, P. F.; REIS, D. C.; MORO, A. R. P. Mobiliário escolar: antropometria e ergonomia da postura 
sentada. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA, 11., 2005, João Pessoa. Anais do XI 
Congresso Brasileiro de Biomecânica. João Pessoa: UFPB, 2005. Disponível em: http://www.edu-
cadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/EDUCACAO_FISICA/artigos/ergonomia-
domobiliario-IXcongbrasbiomec.pdf. Acesso em: 5 abr. 2020.
RIBEIRO, D. B. Valgo dinâmico de joelho e sua relação com quadril, tornozelo e pé em atletas 
de futebol profissional. Dissertação (Mestrado em Fisioterapia) - Programa de Pós-Graduação em 
Fisioterapia, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2018. Disponível em: http://bdtd.
uftm.edu.br/handle/tede/803. Acesso em: 16 maio 2020.
ROSS, W. D.; SMITH, J. A. The works of Aristotle: De partibus animalium, by W. Ogle. De motu and 
De incessu animalium, by AS Farquharson. De generatione animalium, by A. Platt. Oxford: Claren-
don Press, 1912.
SHANTI, N. The best sleep positions for back pain relief. Shanti Spine Surgery, [2020]. Disponível 
em: https://www.shantispinesurgery.com/best-sleep-positions-for-back-pain-relief/. Acesso em: 5 
abr. 2020.SILVAL, T. H.; SILVA, G. S. F. da; MANSOR, M. O uso do Inventário dos Conceitos de Força para análise 
das concepções de mecânica newtoniana de alunos de Licenciatura em Física. In: SIMPÓSIO NA-
CIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, 18., 2009, Vitória. Ciência a mão. Vitória: Campus de Goiabeiras da 
Universidade Federal do Espírito Santo, 2009. [10]p. Disponível em: http://www.cienciamao.usp.br/
dados/snef/_ousodoinventariodosconce.trabalho.pdf. Acesso em: 20 abr. 2020.
SILVEIRA, F. L. da. Centro de Gravidade do corpo humano. CREF. 23 nov. 2017. Disponível em: ht-
tps://www.if.ufrgs.br/novocref/?contact-pergunta=centro-de-gravidade-do-corpo-humano. Acesso 
em: 15 abr. 2020.
SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
SOUZA, A. A. A. O surgimento da ciência moderna e a história: As contribuições de Galileu 
Galilei e Francis Bacon. Revista Ágora, p. 1-7, 2005. Disponível em: https://www.academia.
edu/5601963/O_surgimento_da_ci%C3%AAncia_moderna_e_a_hist%C3%B3ria_-_as_
contribui%C3%A7%C3%B5es_de_Galileu_Gailei_e_Francis_Bacon. Acesso em: 27 mar. 2020.
EAD.MULTIVIX.EDU.BR
CONHEÇA TAMBÉM NOSSOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA NAS ÁREAS DE:
SAÚDE • EDUCAÇÃO • DIREITO • GESTÃO E NEGÓCIOS
159
ESTUDOS ANATÔMICOS E CINESIOLÓGICOSS
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
STULP, C. B.: MANSUR, S. S. O estudo de Cláudio Galeno como fonte de conhecimento da anato-
mia humana. Khronos, v. 7, n. 17, p. 153-169, 2019. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/khro-
nos/article/view/159295. Acesso em: 27 abr. 2020.
THOMPSON, J. C. Netter – Atlas de anatomia ortopédica. 2. ed., Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 
2012.
TORRES, P. Dia do Educador Físico: entenda a importância deste profissional. Blogueiros da Saú-
de, [2020]. Disponível em: https://www.blogueirosdasaude.org.br/dia-do-educador-fisico-entenda-
-a-importancia-deste-profissional/. Acesso em: 27 abr. 2020.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Gua-
nabara Koogan, 2016.
VANPUTTE, C. et al. Seeley’s anatomy & physiology. 11. ed. New York City: McGraw-Hill Education, 
2016.v
VIEIRA, A.; SOUZA, J. L. Verticalidade é sinônimo de boa postura? Movimento, ano V, n. 10, p. 2-8, 
1999. Disponível em: https://www.seer.ufrgs.br/Movimento/article/viewFile/2463/1126. Acesso em: 5 
abr. 2020.
WEINECK, J. Anatomia aplicada ao esporte. 18. ed. Barueri: Manole, 2013.
XAVIER, A. A.; LOPES, A. M. C. Lesões musculoesqueléticas em praticantes de crossfit. Revista 
Interdisciplinar Ciências Médicas, v. 1, n. 1, p. 11-27, 2017. Disponível em: http://revista.fcmmg.br/ojs/
index.php/ricm/article/view/4. Acesso em 6 maio 2020.
EAD.MULTIVIX.EDU.BR
CONHEÇA TAMBÉM NOSSOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA NAS ÁREAS DE:
SAÚDE • EDUCAÇÃO • DIREITO • GESTÃO E NEGÓCIOS

Mais conteúdos dessa disciplina