Resolução de questões

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KAROLINA SANTANA SAMPAIO
KANANDA MOREIRA ARAÚJO
TEORIA DA EMPRESA
MARABÁ
2023
KAROLINA SANTANA SAMPAIO
KANANDA MOREIRA ARAÚJO
TEORIA DA EMPRESA
Atividade Avaliativa
Trabalho da disciplina Teoria da Empresa, apresentado a Profª. Aula Cristina, para composição da nota bimestral, Turma B do curso de Direito.
MARABÁ
2023
	
	Sim, é possível a comercialização do prato que é uma especialidade da casa sob a marca "Veja", desde que a mesma não esteja registrada para produtos alimentícios. Caso não esteja, se faz necessário que Emanuelli faça o registro de sua marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), tomando medidas legais contra concorrentes que tentarem se aproveitar da fama e reputação de seu produto, impedindo que terceiros possam utilizá-la de forma indevida. Emanuelli deve se atentar para não cometer práticas comerciais que possam gerar confusão para o consumidor ou prejudicar a imagem das marcas Veja já registradas. Um exemplo é a utilização de elementos que possam gerar associação com a marca alheia, como cores, símbolos ou mesmo a forma de apresentação do produto. 		
	No entanto, se a marca “Veja” já estiver registrada para produtos alimentícios, poderá haver violação de direitos de terceiros e a empresa pode ser alvo de ações judiciais por uso indevido da marca, nesse caso, Emanuelli deverá escolher outro nome ou marca para identificar seu prato congelado, do contrário, ela pode ser acusada de confundir o público e de prejudicar os direitos dos titulares da marca já registrada. Além disso, é importante verificar se a marca já registrada Veja para outros produtos ou serviços não possui renome no mercado, o que poderia limitar o uso da marca por Emanuelli.	
	O caso de Emanuelli está baseado no princípio da especialidade ou especificidade, previsto no artigo 124, XIX, da Lei de Propriedade Industrial, o qual estabelece que uma marca registrada é apenas protegida para os produtos ou serviços especificamente mencionados no seu registro. Por exemplo, se uma empresa registra sua marca para uso em materiais de limpeza, não pode impedir outra empresa de usar a mesma marca em roupas, a menos que uma marca também tenha sido registrada para esse uso. Assim, o registro de uma marca deve ser feito com base em uma especificação clara e precisa dos produtos ou serviços aos quais se aplica, a fim de evitar conflitos com outras marcas já registradas ou em uso. O princípio da especialidade é fundamental para garantir a clareza e segurança jurídica no uso e registro de marcas.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL - APELAÇÃO CÍVEL - REGISTRO DE MARCA- POSSIBILIDADE - CONFUSÃO AO PÚBLICO CONSUMIDOR- NÃO OCORRÊNCIA - MARCA DOTADA DE SUFICIENTE DISTINTIVIDADE - PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE- APLICAÇÃO . 1- Recurso no qual se discute se o registro da empresa VÍNCULO URBANO IND. E COM. LTDA., apontado como anterioridade impeditiva, teria o condão de impedir o pedido de registro da empresa BEZ BATTI E POLLETI LTDA; 2- A semelhança deve ser analisada no conjunto, em particular os elementos mais expressivos, ou seja, similitude verbal ou figurativa; 3-Existência de semelhança gráfica e fonética entre o registro apontado como anterioridade impeditiva e o pedido de registro da empresa autora. No entanto, verifica-se que a marca mista da empresa autora (VÍNCULO BASIC) possui aspectos gráficos e visuais (forma e estilização particular) distinto da marca nominativa (VÍNCULO URBANNO), do registro apontado como anterioridade impeditiva, satisfazendo o requisito da distintividade essencial à concessão de uma marca; 4- Apesar dos elementos integrantes comuns, é possível a convivência entre os registros, pois em que pese a semelhança, as marcas em questão distinguem produtos variados, o rol de produtos ofertados pelas empresas litigantes é específico, não havendo possibilidade de se fazer confusão entre os mesmos; 5- Aplicação do princípio da especialidade que tem por finalidade delimitar o campo de abrangência da proteção de uma marca, de acordo com o segmento mercadológico no qual está inserido o produto ou serviço a ser por ela designado. Em decorrência, é possível que marcas semelhantes ou mesmo idênticas sejam registradas por diferentes titulares, em classes diferentes ou até mesmo dentro da mesma classe, desde que destinadas a mercados diferentes e inconfundíveis entre si; 6- Remessa necessária e recurso conhecidos e não providos.
(TRF-2 - APELREEX: XXXXX20114025101 RJ XXXXX-61.2011.4.02.5101, Relator: ABEL GOMES, Data de Julgamento: 25/05/2015, 1ª TURMA ESPECIALIZADA)
	
 Nesta situação problema a legitimada a requerer o registro junto ao INPI da marca seria a Mariana, baseando-se no princípio da anterioridade que está ligado ao direito de precedência, pois de acordo com a narração dos fatos é possível observar que mesmo o campeonato de surf PUMP tendo um grande reconhecimento do público e notório sucesso isso limitasse a esse ramo de atividade, sendo os sorvetes comercializados apenas no ano de 2015 e tendo o registro solicitado em outubro do mesmo ano. Já a Mariana comercializava seus sorvetes já a mais de 6 meses anteriores a solicitação do pedido de registro pelo campeonato de surf PUMP, tendo evidências de seu uso anterior terá legitimidade para requerer o INPI. 
 O artigo 129 da Lei nº 9.279 de 14 de Maio de 1996 em seu §1° reforça que toda pessoa de boa-fé que tenha marca igual ou semelhante por um período maior ou igual que 6 meses deterá o direito de precedência do registro. 
DIREITO EMPRESARIAL E PROCESSUAL CIVIL. MARCA. "BANHO DE VERNIZ". AUTORA QUE CRIOU E FAZ USO DA MARCA DESDE 2014, AO MENOS. RÉ QUE OBTEVE O REGISTRO DESSA MARCA E PRETENDE IMPEDIR A AUTORA DE UTILIZÁ-LA. DIREITO DE PRECEDEN- CIA. ART. 129, § 10 DA LPI. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO PROVIDO. 1. O C. Superior Tribunal de Justiça admite a possibilidade de anulação judicial de registro de marca com base no direito de precedência. Precedente; 2. O direito marcário visa tutelar as criações de elementos originais que identificam um determinado produto ou serviço, e não a esperteza de quem constata a existência de uma marca não registrada e procura obter o seu registro antes do seu verdadeiro criador; 3. Incontroverso nos autos (i) que a agravada criou e fazia uso da marca Banho de Verniz" desde, pelo menos, 2014, (ii) que a agravante, com plena ciência disso, requereu junto ao INPI o registro de marca mista Banho de Verniz" em data posterior, correta a decisão de deferimento da tutela provisória para suspender os efeitos da marca da agravante e determinar à agravante que se abstenha de constranger a agravada de fazer uso da marca discutida nos autos com cominação de multa para o caso de descumprimento da medida, em razão do direito de precedência da agravada ao registro da marca (art. 129. § 10 da Lei nº 9.279/96); 4. Agravo de instrumento não provido.
Acórdão
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas a Primeira Turma por unanimidade, negou provimento ao agravo de instrumento, nos termos do relatório e rato que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Tribunal Regional Federal da 3ª Região TRF-3 - AGRAVO DE INSTRUMENTO: AI XXXXX-74.2021.4.03.0000 SP
BIBLIOGRAFIA
· https://www.jusbrasil.com.br
· https://www.consolidesuamarca.com.br/blog/marca-igual-atividade-diferente
· https://modeloinicial.com.br/jurisprudencia/11070507/oposicao-pedido-registro-marca-inpi#marca-comum-mas-sem-relacao-o-produto-marca-comum
· https://www.stj.jus.br/websecstj/cgi/revista/REJ.cgi/ATC?seq=43872396&tipo=51&nreg=201201815525&SeqCgrmaSessao=&CodOrgaoJgdr=&dt=20150317&formato=PDF&salvar=false#:~:text=prevista%20no%20art,124%2C%20XIX%2C%20da%20Lei%20n.,ou%20associa%C3%A7%C3%A3o%20com%20marca%20alheia%22
· LIVRO TEORIA GERAL DA EMPRESA KLS- Raiane Ingrid Pereira Costa Vivian Azevedo Rodrigues
· https://www.direitocom.com/lei-da-propriedade-industrial-comentada/titulo-iii-das-marcas-art-122-a-173/capitulo-i-da-registrabilidade-art-122-a-126/artigo-124-6