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FACULDADE NO NORTE NOVO E APUCARANA 
CESA-centro de estudos superior de Apucarana 
	 	Recredenciada pela portaria N° 333/2012, publicado no D.O.U. em 10/04/2012. 
Ensino a Distância: Credenciada pela Portaria 659/16, publicado no D.O.U. de 19/07/2016 
Curso: Direito 	Semestre: 4º 	Turno: Noturno 
Disciplina: Direito Empresarial I 
Aluno(a): LUIZ HENRIQUE AGOSTINHO 	R.A.: 
 	
 
Docente: WILDEMAR ROBERTO ESTRALIOTO 
 
01) Ambrosildo da Silva figura como administrador da sociedade empresária que utiliza como nome empresarial o de “PAMONHARIA DELÍCIA LTDA”. No exercício de sua atividade, a sociedade informada atua no ramo de alimentos, produzindo produtos diversos derivados de milho. Para melhor identificação de seu produto, criou a marca “PAMONHARIA DELÍCIA”, a qual é muito conhecida na região onde trabalha, tanto que muitos se apresentam interessados em firmar com a citada sociedade um contrato de franquia. Em decorrência da possibilidade concreta de expansão do negócio empresarial para outros Estados, surgiu o interesse de obter maior segurança jurídica em especial no que tange à exploração da marca. Para tanto, o administrador da citada sociedade procurou-o para obter algumas informações, ou seja: 
 
a) como o nome empresarial já está registrado na Junta Comercial, haveria necessidade de também ser registrada no INPI a expressão “PAMONHARIA DELÍCIA” para ter proteção quanto a marca? Qual(is) a(s) diferença(s) entre o nome e a marca? Explique. 
Em primeiro lugar, você precisa determinar se usará o nome da sua empresa como marca. Em caso afirmativo, você deve registrar este nome como marca.
Você precisa fazer uma pesquisa detalhada de marca que pretende registrar para garantir que esteja disponível. Logo após, deve solicitar um registro de marca registrada junto ao INPI.
Desta forma, o nome está protegido e é possível explorá-lo de forma exclusiva. Da mesma forma, quando você começa a usar um nome de produto no mercado, é preciso protegê-lo. Neste caso, também deve-se realizar uma pesquisa de marca registrada para garantir que o nome esteja disponível para uso.
Resumindo, o nome empresarial se refere simplesmente ao nome registrado na Junta Comercial. Já a marca é aquele que você cria para distinguir seus produtos e serviços no mercado. Geralmente, marca e nome empresarial são vistos de forma equivocada pelos próprios empresários, mas do ponto de vista jurídico são diferentes.
Por isso, é preciso entender essas diferenças ou o seu negócio pode correr perigo futuramente. A propósito, você pode achar que tem uma marca e ela já pode ter sido registrada por outra pessoa. A marca é o nome utilizado para identificar uma categoria de produtos ou serviços que uma empresa oferece, também pode ser uma única linha de produtos ou serviços lançados por uma empresa.
b) Para obter o registro como marca, qual(is) condição(ões) (requisitos) deve(m) estar presente(s) na referência visual utilizada? Explique. 
No Brasil, o órgão responsável pelo registro de marcas é o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). Para que uma marca possa ser registrada legalmente, é necessário que se cumpram alguns requisitos estipulados na LPI (Lei da Propriedade Industrial), como explicaremos a seguir:
•	O símbolo a ser registrado não pode ser igual ou se assemelhar a outras marcas existentes;
•	Ele deve ser original e não genérico (como uma marca de sapatos chamada “sapatos”);
•	Letras, algarismos e datas devem ser estilizados, acompanhados de um logo ou de algo que os torne incomuns;
•	Nomes de cores também precisam de personalização, não sendo permitido dar apenas o nome de “rosa” ou “azul” a uma marca, por exemplo;
•	A marca não deve fazer referência a outras marcas ou pessoa
c) O que significa o princípio da especificidade aplicável às marcas? Explique. 
O princípio da especialidade assegura que proteção da marca recaia sobre os produtos ou serviços correspondentes à atividade do requerente, visando diferenciá-lo de outros idênticos ou similares, de origem diversa. O princípio da especialidade das marcas está discriminado no artigo 123, I, da Lei 9.279/96:
Art. 123. Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I – marca de produto ou serviço: aquela usada para distinguir produto ou serviço de outro idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa.
.
d) A marca tem prazo de vigência? Este prazo pode sofrer prorrogação? Explique. 
O registro de marca no Brasil é válido por 10 anos, a partir da data concessão do registro. Depois desse período, a renovação da marca deve ser realizada para restaurar a proteção e os direitos exclusivos do titular.
De acordo com o art. 129 da LPI, a “propriedade da marca adquire-se pelo registro validamente expedido, sendo assegurado ao titular a exclusividade do uso do sinal registrado em todo o território nacional.”
Esse registro pode ser renovado indefinidamente, mediante a apresentação do pedido de prorrogação e o pagamento de taxas e encargos correspondentes.
e) A marca pode ser extinta? Em que situações? 
Ao registrar uma marca junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), tudo o que um empresário mais quer é ter seus direitos garantidos perante a legislação. No entanto, a mesma lei que protege, também prevê a extinção do registro de marcas em determinadas situações.
Essa chamada extinção significa a perda de todos direitos até então assegurados, pois o certificado emitido pelo INPI passa a não valer mais. De acordo com o artigo 142 da Lei de Propriedade Industrial, existem 4 fatores que podem levar à extinção do registro. Saiba quais são eles e evite que o seu documento seja extinto. 
O registro da marca extingue-se: Pela expiração do prazo de vigência, renúncia total ou parcial, caducidade, ausência de procurador para titular estrangeiro.
f) É possível transferir o uso da marca para quem não figura como seu titular junto ao INPI? Explique. 
 A marca é um bem que pode ser transferido, voluntariamente ou por decisão judicial. A anotação da transferência de direitos de marca pode ocorrer tanto em pedidos de registro como em registros concedidos, desde que observadas as condições estabelecidas em lei, que variam de acordo com o tipo de transferência.
Os tipos de transferência são os seguintes: transferência por cessão, transferência por incorporação ou fusão, transferência por cisão, transferência por sucessão legítima e transferência por falência. A todos os tipos de transferência, incluindo a transferência por determinação judicial ou arbitral ou em razão de partilha por escritura pública, aplicam-se os dispositivos da LPI.
g) há alguma diferença entre a marca de um produto e a marca de certificação? Explique.
A marca de certificação possui finalidade distinta da marca de produto ou serviço. .... Obter uma marca de certificação não exime a responsabilidade de quem deve garantir a qualidade do produto ou serviço, que é o próprio fornecedor, assim definido no Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90).
Art. 123. Para os efeitos desta Lei, considera-se:
 II - Marca de certificação: aquela usada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada; e
h) O simples uso da marca “PAMONHARIA DELÍCIA” sem o registro no INPI é suficiente para proibir que outra pessoa pleiteie o registro desta marca junto ao INPI? Explique.
A propriedade de uma marca só é adquirida por meio do registro validamente expedido pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). É o que diz a Lei de Propriedade Industrial (art. 129). Além de ter a propriedade, ao titular de uma marca devidamente registrada é assegurado o seu uso exclusivo em todo o território nacional.
Isso quer dizer que, se você não possui o registro da marca que utiliza, você não pode ser considerado, de plano, proprietário dessa marca e nem tem, por consequência, direito ao seu uso exclusivo em todo o país.

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