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AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO - PRÁTICA SIMULADA DO TRABALHO

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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ – DIREITO
PRÁTICA SIMULADA DO TRABALHO
_______________________________________________________________________________________________
AO JUÍZO DA … VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE … / … 
CALOTE LTDA. Inscrita no CNPJ sob nº …, estabelecida na Rua …, na cidade …, estado …, CEP n° …, neste ato por representada legalmente por advogado(a) … OAB/…, com endereço profissional na Rua …, CEP n°…, na cidade …, estado …, onde recebe intimações, conforme instrumento de procuração anexo, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente:
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO E PAGAMENTO
Em face de José, …, inscrito no CPF nº…, com RG n° …, portador da CTPS nº …, endereço eletrônico …, residente e domiciliado na Rua …, CEP n° …, na cidade …, estado …, pelos fatos e fundamentos doravante expostos. 
I – DA LEGITIMIDADE 
A presente instituição é devedora da quantia que se busca consignar e sendo a principal interessada na extinção da obrigação, nos termos do art. 539 do CPC:
Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
(…)
II – DOS FATOS
O consignatário trabalhou na empresa no período de 06/05/2020 à 18/11/2021, na função de vendedor, recebendo o piso salarial de sua categoria, o consignado nunca gozou de férias, tão pouco recebeu o adiantamento da gratificação natalina do ano de 2021.
 Após a rescisão contratual, com a dispensa sem justa causa, mediante aviso prévio indenizado, o empregado deixou sua CTPS na empresa para a baixa do contrato, esta que seria entregue no mesmo dia acordado para o pagamento das verbas rescisórias, entretanto, o mesmo não compareceu no dia marcado, deixando no local de trabalho um laptop de sua propriedade.
Isto posto, o empregador comunicou aos órgãos competentes sobre a ruptura do pacto contratual.
III – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
A ação de consignação em pagamento se encontra disciplinada pelos arts. 539 a 549 do CPC e arts. 334 a 345 do CC, admitida na esfera trabalhista por força do art. 769 da CLT. 
Considerando a recusa do consignatário em receber as verbas devidas, em razão da ruptura contratual, além de recuperar o seu bem pessoal que ficou sob a custódia da empresa, não restou à consignante alternativa senão ajuizar a presente ação, no sentido que define Carlos Henrique Bezerra Leite:
A ação de consignação em pagamento constitui espécie de procedimento especial de jurisdição contenciosa previsto nos arts. 539 a 549 do CPC pelo qual o devedor objetiva, mediante o pagamento em consignação, nos termos do art. 334 do Código Civil, o reconhecimento judicial da extinção da sua obrigação em face do seu credor (BEZERRA LEITE, 2009, p. 1060).
Nesse sentido, o art. 335 do CC define as hipóteses de cabimento da ação consignatória, in verbis:
Art. 335. A consignação tem lugar:
I – se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II – se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III – se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV – se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V – se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
Nesse meandro, como narrado nos fatos, foi demostrada a resistência do consignado, diante de sua ausência no dia acordado para o recebimento do valor considerado devido pelo consignante, sendo cabível ação de consignação.
Faz-se mister observar que a ação de consignação em pagamento não tem por objeto discutir os motivos da rescisão, não podendo ser utilizada como instrumento de antecipação da defesa em eventual reclamação trabalhista. 
O objetivo buscado é o de ensejar, mediante interferência judicial, o recebimento de importância reconhecida pelo empregador de quantia devida ao empregado que recusou-se a recebê-la.
Destarte, percebemos que a ação é perfeitamente cabível diante a situação fática exposta. Nesse sentido eis o entendimento da Egrégia Corte:
TRT-PR-15-07-2016 VERBAS RESCISÓRIAS. DEPÓSITO INTEMPESTIVO NA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. MULTA DO ARTIGO 477, DA CLT. 
O ajuizamento de ação de consignação em pagamento, por si só, não exime o empregador/tomador de serviços da condenação na multa do art. 477, da CLT, se as verbas rescisórias não são depositadas nos prazos ali previstos ou se não ficar provada a culpa do empregado no atraso do pagamento. A propósito, o consignante já deve instruir a petição inicial da ação de consignação em pagamento com o comprovante do depósito da quantia devida, não havendo falar em se aguardar determinação do juiz fixando um prazo para que efetue o depósito ou que esse se faça após a audiência. Logo, tendo, a reclamada, efetuado o pagamento intempestivo das verbas rescisórias, correta a aplicação da multa do artigo 477, da CLT. Sentença mantida. 
(TRT-PR-02047-2015-094-09-00-4-ACO-25129-2016 – 6A. TURMA – Relator: SUELI GIL EL RAFIHI – Publicado no DEJT em 15-07-2016).
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. 
Demonstrando os autos a recusa do consignado em receber as parcelas rescisórias incontroversas, julga-se procedente a ação de consignação, com a liberação de mora da consignante quanto às parcelas por ela depositadas. 
(TRT12 – ROT – 0001010-04.2017.5.12.0009, Rel. HELIO HENRIQUE GARCIA ROMERO, 5a Câmara, Data de Assinatura: 07/08/2020).
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO.
O recebimento de valores por meio de ação de consignação em pagamento não traz qualquer prejuízo ao ex-empregado, que pode, em ação própria, discutir a causa do desligamento e todas as demais questões relativas à rescisão contratual. 
(TRT-4 – ROT: 00201421120195040523, Data de Julgamento: 07/05/2020, 4a Turma).
Portanto, o consignante pretende exonerar-se da mora e do ônus decorrente, entre elas a multa do art. 477 da CLT, conforme o entendimento jurisprudencial:
MULTA PREVISTA NO ART. 477 DA CLT. AJUIZAMENTO DE AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. 
Esta Corte vem firmando o entendimento de que, na hipótese de recusa do empregado em receber o pagamento das verbas rescisórias, o ajuizamento de ação de consignação dentro do prazo contido no art. 477, § 6º, da CLT exime o empregador do pagamento da multa prevista no § 8º do mesmo artigo. Recurso de Revista de que se conhece e a que se dá provimento.
(TST-RR 768-02.2011.5.03.0043, Rel. Min. João Batista Brito Pereira, 5ª T., DEJT 25-10-2013). 
Com relação as verbas rescisórias, decorrentes da extinção do contrato de trabalho sem justa causa, como disciplina o art. 477, caput, da CLT:
Art. 477 – É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa.
Logo, são devidas ao consignatário as seguintes verbas trabalhistas:
1 - Saldo de salário no valor de R$ ... (…);
2 - 13° salário proporcional no valor de R$ ... (…);
3 - Férias proporcionais referentes ao período de 2020/2021 + ⅓ proporcionais, no valor de R$ ... (...);
4 - Aviso prévio no valor de R$ ... (…);
5 - Saque do FGTS depositado no valor de R$ ... (…);
6 - Indenização de 40% sobre os depósitos de FGTS no valor de R$ ... (…);
7 - Seguro-desemprego, desde que atenda aos requisitos.
Outrossim, também devida a consignação do laptop, deixado no local de trabalho, cuja propriedade é do empregado.
IV – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Ante o exposto, pede a Vossa Excelência que se digne em julgar totalmente procedente a pretensão deduzida nesta inicial para o fim de:
a) autorizar o depósito do valor consignado de R$ … (…), no prazo de 5 dias, conforme art. 542, I, do CPC;
b) determinar a citação do requerido para levantar o depósito com efeito de quitação ou oferecer resposta no prazo legal, sob pena de revelia e declaração da extinção da obrigação, conforme prevê o art. 542, II,do CPC;
c) declarar a extinção das obrigações concernentes ao pagamento das verbas rescisórias, com a efetivação do depósito;
d) condenar o requerido ao pagamento das custas judiciais e honorários sucumbenciais.
V – DAS PROVAS
Protesta demonstrar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, com o fim de total comprovação da procedência dos pedidos pleiteados pela consignante.
VI – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ … (…), referente o saldo das verbas rescisórias que cabem ao requerido.
Nos termos do § 5º do art. 272, do CPC, requer que as comunicações dos atos processuais sejam feitas exclusivamente em nome do(a) representante legal, advogado(a) … OAB/ …, sob pena de nulidade.
Termos em que pede deferimento. 
(cidade) …/ (estado) …, (data) …
(nome) … OAB/…
_______________________________________________________________________________________________
DISCIPLINA CCJ0262/6815849 / 2022.1 – 3001

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