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AV1 - PRÁTICA SIMULADA DO TRABALHO

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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ – DIREITO
PRÁTICA SIMULADA DO TRABALHO
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DISCIPLINA CCJ0262/6815849 / 2022.1 – 3001 
AO JUÍZO DA … VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE … / … 
Calote Ltda. Inscrita no CNPJ sob nº …, com sede na cidade …/(estado)… , neste ato representada legalmente por (nome) …, (nacionalidade) …, (estado civil) …, (profissão) …, portador da carteira de identidade n° …, inscrito no CPF nº…, com endereço eletrônico …, residente e domiciliado à Rua …, n° …, (bairro) …, CEP n° …, na cidade …/(estado)… , vem por meio de seu(sua) advogado(a) … OAB/… que subscreve, conforme instrumento de procuração anexo, com endereço profissional na Rua …, n° …, CEP n°…, na cidade …/(estado)… , onde indica para os fins do art. 77, V, do CPC, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 539 e seguintes do CPC, propor a presente:
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Em face de José, (nacionalidade) …, (estado civil) …, (profissão) …, portador da carteira de identidade n° …, inscrito no CPF nº…, CTPS n° …, PIS n°…, com endereço eletrônico …, residente e domiciliado à Rua …, n° …, (bairro) …, CEP n° …, na cidade …/(estado)…, pelos fatos e fundamentos doravante expostos.
1 – DA LEGITIMIDADE 
A presente instituição é devedora da quantia que se busca consignar e sendo a principal interessada na extinção da obrigação, nos termos do art. 539 do CPC:
Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
(…)
2 – DOS FATOS
O consignatário trabalhou na empresa no período de 06/05/2020 à 18/11/2021, na função de vendedor, recebendo o piso salarial de sua categoria, o consignado nunca gozou de férias, tão pouco recebeu o adiantamento da gratificação natalina do ano de 2021.
 Após a rescisão contratual, com a dispensa sem justa causa, mediante aviso prévio indenizado, o empregado deixou sua CTPS na empresa para a baixa do contrato, esta que seria entregue no mesmo dia acordado para o pagamento das verbas rescisórias, entretanto, o mesmo não compareceu no dia marcado, deixando no local de trabalho um laptop de sua propriedade.
Isto posto, o empregador comunicou aos órgãos competentes sobre a ruptura do pacto contratual.
3 – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
A ação de consignação em pagamento se encontra disciplinada pelos arts. 539 a 549 do CPC e arts. 334 a 345 do CC, admitida na esfera trabalhista por força do art. 769 da CLT. 
Considerando a recusa do consignatário em receber as verbas devidas, em razão da ruptura contratual, além de recuperar o seu bem pessoal que ficou sob a custódia da empresa, não restou à consignante alternativa senão ajuizar a presente ação, no sentido que define Carlos Henrique Bezerra Leite:
A ação de consignação em pagamento constitui espécie de procedimento especial de jurisdição contenciosa previsto nos arts. 539 a 549 do CPC pelo qual o devedor objetiva, mediante o pagamento em consignação, nos termos do art. 334 do Código Civil, o reconhecimento judicial da extinção da sua obrigação em face do seu credor (BEZERRA LEITE, 2009, p. 1060).
Nesse sentido, o art. 335 do CC define as hipóteses de cabimento da ação consignatória, in verbis:
Art. 335. A consignação tem lugar:
I – se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II – se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III – se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV – se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V – se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
Nesse meandro, como narrado nos fatos, foi demostrada a resistência do consignado, diante de sua ausência no dia acordado para o recebimento do valor considerado devido pela consignante, sendo cabível ação de consignação.
Faz-se mister observar que a ação de consignação em pagamento não tem por objeto discutir os motivos da rescisão, não podendo ser utilizada como instrumento de antecipação da defesa em eventual reclamação trabalhista. 
O objetivo buscado é o de ensejar, mediante interferência judicial, o recebimento de importância reconhecida pelo empregador de quantia devida ao empregado que recusou-se a recebê-la.
Destarte, percebemos que a ação é perfeitamente cabível diante a situação fática exposta. Nesse sentido eis o entendimento da Egrégia Corte:
TRT-PR-15-07-2016 VERBAS RESCISÓRIAS. DEPÓSITO INTEMPESTIVO NA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. MULTA DO ARTIGO 477, DA CLT. 
O ajuizamento de ação de consignação em pagamento, por si só, não exime o empregador/tomador de serviços da condenação na multa do art. 477, da CLT, se as verbas rescisórias não são depositadas nos prazos ali previstos ou se não ficar provada a culpa do empregado no atraso do pagamento. A propósito, o consignante já deve instruir a petição inicial da ação de consignação em pagamento com o comprovante do depósito da quantia devida, não havendo falar em se aguardar determinação do juiz fixando um prazo para que efetue o depósito ou que esse se faça após a audiência. Logo, tendo, a reclamada, efetuado o pagamento intempestivo das verbas rescisórias, correta a aplicação da multa do artigo 477, da CLT. Sentença mantida. 
(TRT-PR-02047-2015-094-09-00-4-ACO-25129-2016 – 6A. TURMA – Relator: SUELI GIL EL RAFIHI – Publicado no DEJT em 15-07-2016).
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. 
Demonstrando os autos a recusa do consignado em receber as parcelas rescisórias incontroversas, julga-se procedente a ação de consignação, com a liberação de mora da consignante quanto às parcelas por ela depositadas. 
(TRT12 – ROT – 0001010-04.2017.5.12.0009, Rel. HELIO HENRIQUE GARCIA ROMERO, 5a Câmara, Data de Assinatura: 07/08/2020).
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO.
O recebimento de valores por meio de ação de consignação em pagamento não traz qualquer prejuízo ao ex-empregado, que pode, em ação própria, discutir a causa do desligamento e todas as demais questões relativas à rescisão contratual. 
(TRT-4 – ROT: 00201421120195040523, Data de Julgamento: 07/05/2020, 4a Turma).
4 – DAS VERBAS RESCISÓRIAS E DOS BENS DO CONSIGNADO
4.1 – DAS VERBAS RESCISÓRIAS
Com relação as verbas rescisórias, decorrentes da extinção do contrato de trabalho sem justa causa, como disciplina o art. 477, caput, da CLT:
Art. 477 – É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa.
Logo, são devidas ao consignatário as seguintes verbas trabalhistas:
1 - Saldo de salário no valor de R$ ... (…);
2- Aviso prévio indenizado no valor de de R$ ... (…);
3 - 13° salário proporcional no valor de R$ ... (…);
4 - Férias + ⅓ proporcionais, no valor de R$ ... (...);
5 - Férias vencidas, se houver + ⅓ proporcionais, no valor de R$ ... (...);
6 - Saque do FGTS depositado no valor de R$ ... (…);
7 - Indenização de 40% sobre os depósitos de FGTS no valor de R$ ... (…);
8 - Seguro-desemprego, desde que atenda aos requisitos.
Outrossim, a consignante pretende exonerar-se da mora e do ônus decorrente, entre elas a multa do art. 477 da CLT, conforme o entendimento jurisprudencial:
MULTA PREVISTA NO ART. 477 DA CLT. AJUIZAMENTO DE AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. 
Esta Corte vem firmando o entendimento de que, na hipótese de recusa do empregado em receber o pagamento das verbas rescisórias, o ajuizamento de ação de consignação dentro do prazo contido no art. 477, § 6º, da CLT exime o empregador do pagamento da multa prevista no § 8º do mesmo artigo. Recurso de Revista deque se conhece e a que se dá provimento.
(TST-RR 768-02.2011.5.03.0043, Rel. Min. João Batista Brito Pereira, 5ª T., DEJT 25-10-2013). 
Isto posto, requer o depósito judicial da quantia devida, a qual no momento alcança a importância de R$ … (…).
4.2 – DOS BENS DO CONSIGNADO
O consignado possuía um armário nas dependências da consignante, destinado a guarda dos seus objetos pessoais, com a extinção do contrato de trabalho, cabia ao mesmo a retirada dos seus pertences.
Entretanto, o mesmo não retornou na nova data, ficando os objetos sob custódia da consignante. Sendo cabível a presente ação para o depósito de objetos, eis o entendimento jurisprudencial acerca da temática: 
APELAÇÃO CÍVEL. CONSIGNAÇÃO DE CHAVES. PARCIAL PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. RECURSO DO AUTOR PRETENDENDO A CONDENAÇÃO DO RÉU AO PAGAMENTO DOS ÔNUS SUCUMBENCIAIS. CONSTITUI DIREITO POTESTATIVO DO LOCATÁRIO POR TERMO AO CONTRATO DE LOCAÇÃO. EVENTUAL DÉBITO LOCATÍCIO, COBRANÇA DE MULTA OU NECESSIDADE DE REPAROS NO IMÓVEL NÃO CONSTITUEM JUSTO MOTIVO PARA QUE O LOCADOR RECUSE RECEBER AS CHAVES. CONSIGNAÇÃO ACOLHIDA. JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA NO SENTIDO DE QUE A RELAÇÃO LOCATÍCIA SE FINDA NA DATA DO DEPÓSITO DAS CHAVES EM JUÍZO, OCASIÃO EM QUE O LOCADOR É IMITIDO NA POSSE DO BEM. EVENTUAIS QUESTÕES REFERENTES A INADIMPLEMENTO CONTRATUAL DEVEM SER OBJETO DE AÇÃO PRÓPRIA. AUTOR SUCUMBIU APENAS EM PARTE MÍNIMA DO PEDIDO, DATA DO TÉRMINO DAS OBRIGAÇÕES LOCATÍCIAS, DEVENDO O RÉU ARCAR COM A INTEGRALIDADE DOS ÔNUS SUCUMBENCIAIS, NA FORMA DO PARÁGRAFO ÚNICO, DO ART. 86, DO C.P.C. PROVIMENTO DO RECURSO.
(0250751-38.2019.8.19.0001 – APELAÇÃO. DES(A). NORMA SUELY FONSECA QUINTES – Julgamento: 08/02/2022 – OITAVA CÂMARA CÍVEL).
Com efeito, requer o depósito em juízo dos objetos pessoais do consignado, sendo o seu laptop.
5 – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Ante o exposto, pede a Vossa Excelência que se digne em julgar totalmente procedente a pretensão deduzida nesta inicial para o fim de:
a) a expedição de guia para o depósito judicial da quantia correspondente ao valor das verbas rescisórias de R$ … (…);
b) o depósito em juízo do bem pessoal do consignado, sendo o seu laptop, no prazo de 05 (cinco) dias, conforme art. 542, I, do CPC;
c) determinar a citação do requerido para levantar o depósito com efeito de quitação ou oferecer resposta no prazo legal, sob pena de revelia e declaração da extinção da obrigação, conforme prevê o art. 542, II, do CPC;
d) declarar a extinção das obrigações concernentes ao pagamento das verbas rescisórias, com a efetivação do depósito;
e) condenar o requerido ao pagamento das custas judiciais e honorários sucumbenciais.
6 – DAS PROVAS
Protesta demonstrar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, com o fim de total comprovação da procedência dos pedidos pleiteados pela consignante.
7 – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ … (…), referente o saldo das verbas rescisórias que cabem ao requerido.
Nos termos do § 5º do art. 272, do CPC, requer que as comunicações dos atos processuais sejam feitas exclusivamente em nome do(a) representante legal, advogado(a) … OAB/ …, sob pena de nulidade.
Termos em que pede deferimento. 
(cidade) …/ (estado) …, (data) …
(nome) … OAB/…

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