Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Diuréticos e doenças renais Diuréticos: Aumentam o débito urinário, aumentam a excreção de solutos principalmente sódio e cloreto. Reduzem a reabsorção tubular de Sódio, o que ocasiona maior débito de água pelo efeito osmótico. Uso de diuréticos é para reduzir o LEC, em casos de EDEMA e HAS. Aumentam o Débito urinário em 20x. Efeito sobre o débito de Sal e H20. Depois de ter ocorrido redução da P.A. e do volume do LEC, o débito de sal e água se iguala. Diuréticos Osmóticos: Agem por osmose. Produzem pressão osmótica, reduzindo muito a reabsorção de água e provocando grande diurese. MANITOL. Diuréticos De Alça: Agem da Alça de Henle, reduzindo a absorção de Na. Bloqueando o cotransportador de Na K+. Aumenta a diurese de Na, K, Cl e H2O. Urina mais diluída pois comprometem o mecanismo de contracorrente (capacidade de concentrar urina). Diuréticos Tiazídicos: Atuam na porção inicial do TCD, bloqueando o cotransportador SÓDIO-CLORETO. São menos potentes. HIDROCLOROTIAZIDA. Diuréticos Inibidores de Anidrase Carbônica: Inibem a anidrase carbônica, reduzindo a reabsorção de bicarbonato no TCP. Menor reabsorção de bicarbonato = Menor reabsorção de Sódio e mais perda de bicarbonato na urina. -› Urina Alcalina. ACETALOZAMIDA Diuréticos Antagonistas de Aldosterona: Competem com a aldosterona pelos sítios de ligação no Túbulo coletor. Reduzem a reabsorção de sódio e a secreção de potássio. Aumenta a perda de Na e diminui a perda de K+. Diuréticos Bloqueadores de Canais de Sódio: Inibem a reabsorção de sódio e a secreção de K+ nos túbulos coletores. Bloqueiam os canais de sódio, reduzindo a atividade da Bomba NAK+ATPASE. * * A Doenças Renais Lesão e Insuficiência Renal Aguda: Perda rápida de função renal em alguns dias. Pode ocorrer por mecanismo pré-renal, intrarrenal ou pós-renal. Lesão Renal Aguda Pré-Renal: Os rins recebem grande aporte sanguíneo (22% do DC), objetivo disso é o alto fluxo sanguíneo renal é ter plasma em boa quantidade para a filtração renal e controle hidroeletrolítico. Redução da FSR - Redução da FG - Redução do Débito Urinário. Situações que reduzam agudamente o FSR podem provocar Oligúria -› em redução grave pode ocorrer anúria. Caso a FSR não cair menos de 20-25% pode-se reverter o quadro sem lesão renal. Os rins costumam aguentar bastante tempo com fluxo reduzido sem que ocorra lesão das células renais. Caso a grave redução persistir por horas ocorre Dano Renal Agudo e evolução para insuficiência renal Intrarrenal. OBS: Qualquer causa que leve a redução do FSR pode levar a IRA pré-renal. Lesão Renal Aguda Intrarrenal: Anormalidades originadas no próprio rim e que agudamente reduzem o Débito urinário. Pode ser divido de acordo com o local primário de lesão. Vasculares-Glomerulares. Epiteliais Tubulares Intersticiais renais. Glomerulonefrites Injúria renal aguda que afeta os glomérulos geralmente é inflamatória - Mais frequentemente é pós-infecciosa, o dano renal se instala 1-3 semanas após o processo infeccioso. E uma relação antígeno-anticorpo, que forma complexos imunes que se depositam nos glomérulos (membrana basal), estimula a proliferação de células mesangiais/ acúmulo de leucócitos. Necrose Tubular Aguda: Morte celular das células epiteliais dos túbulos renais. Ocorre em casos de isquemia grave (insuficiência de 02). Por Isquemia Renal: Resultante de choque grave/prolongado ou outra causa que provoque de forma intensa o FSR. As células descamam e acabam entupindo os néfrons, de modo que não há débito urinário. *SÈï. A * A Por Medicamentos/Toxinas: Grande lista de medicamentos que levam a lesão renal -› mercúrio e chumbo, anticoagulantes. Lesão Renal Aguda Pós Renal: Ocorre por bloqueio do fluxo de urina em qualquer nível abaixo do rim, após essa ser formada nos rins, a função renal costuma ser reestabelecida após a correção do fator obstrutivo. Consequências da lesão renal aguda Retenção de água; Retenção de solutos e produtos do metabolismo celular; Modificações no equilíbrio hidroeletrolítico no sangue/LEC; Retenção de água e sal levando a HAS, edema, descompensação de cardiopatia e outras; Retenção de eletrólitos, especialmente potássio (alteração + frequentemente fatal agudamente); Acidose metabólica; Oligúria ou anúria; Morte em até 8-14 dias se terapia substitutiva renal ou melhora da IRA não ocorrer. Nefropatia Crônica: A doença renal crônica é caracterizada pela lesão ou perda da função renal com duração de pelo menos 3 meses. Relacionada com a perda crônica e irreversível de grandes quantidades de néfrons. Para a ocorrência de sintomas relevantes é necessário a perda de 70-75% dos néfrons. Pode levar a perda total da função renal necessitando de substituição renal. Os néfrons que sobram acabam sofrendo mudanças adaptativas ao longo dos anos e sofrendo danos adicionais. O uso de fármacos (IECA/BRA) que reduzam a pressão arterial e a pressão hidrostática glomerular podem reduzir a velocidade da perda de função rénal; Ciclo vicioso do Dano Renal: Doença renal primária —-> diminuição do número de néfrons —-> hipertrofia e vasodilatação dos néfrons sobreviventes —-> aumento da pressão arterial —-> aumento da pressão e filtração glomerular —-> esclerose glomerular —-> diminuição do número de néfrons. Lesão Vascular como Causa da IRC Lesões que levam a IRC -› Aterosclerose de artérias renais, hiperplasia fibromuscular de uma ou mais artérias renais, nefrosclerose. A nefro e glomerulosclerose ocorre após a 4ª década de vida, reduzindo cerca de 10% dos néfrons funcionantes a cada 10 anos. Lesões Glomerulares Glomerulonefrite Crônica: Inflamação e dano dos capilares glomerulares. Se inicia com o depósito de imunocomplexos na membrana basal glomerular. Esse acúmulo leva ao espessamento progressivo da MB glomerular e posteriormente invasão glomerular por tecido fibroso. Lesão Intersticial - Nefrite Intersticial Pode ser primária ou secundária, sendo resultado de lesão inicial vascular, glomerular ou tubular renal. Pode decorrer de medicamentos, toxinas e infecções. Quando é decorrente de infecção bacteriana ascendente denomina-se pielonefrite. Pielonefrite - Inicia na medula renal e depois se estende ao córtex renal. Indivíduos podem apresentar dificuldade em concentrar a urina. Em infecção crônica o dano se estende e pode acometer os túbulos, glomérulos... Síndrome Nefrótica -> Perda Renal de Protéina Envolve grande perda de proteínas na urina, decorrente do aumento da permeabilidade capilar glomerular. Doenças que aumentam a permeabilidade capilar renal podem levar a síndrome nefrótica. (Glomerulonefrite crônica, Amiloidose). Envolve perda da negatividade elétrica da MB glomerular. Edema periférico grave (manifestação), pode ocorrer hipoproteinemia grave. Néfron na IRC Quando alguns néfrons se perdem os demais se hipertrofiam e geralmente ocorre grave desequilíbrio hidroeletrolítico até que se perca mais de 75%-80% dos néfrons funcionantes. Menos de 10% dos néfrons funcionantes = Insuficiência renal muito grave, com alterações na homeostase e progressão para morte caso não ocorra Diálise. # * # * * Efeito da redução da FG sobre a concentração de diferentes solutos; Algumas substâncias mantém a excreção por redução da reabsorção e/ou secreção tubular;. Néfrons remanescentes devem compensar os perdidos - ocorre hiperfluxo nestes néfrons remanescentes e leva a redução da capacidade de concentrar e diluir urina. Perda da capacidade de concentração da urina conformeocorre perda de néfrons funcionantes; Consequências da IRC grave sobre a homeostase dos líquidos e solutos. As consequências dependem principalmente do grau de perda da função renal e do tipo e quantidade/volume de alimentos e líquidos ingeridos; Rins em fase terminal tem-se como consequências: Edema generalizado Acidose metabólica; Aumento de N não protéico (uréia, creatinina, ácido úrico) Acúmulo de outros catabólitos (sulfatos, fosfatos, fenóis, K, bases guanidina). A situação descrita acima é denominada uremia ou azotemia pela elevada concentração de uréia nos líquidos corporais; Efeito da queda de 50% da FG sobre a creatinina plasmática (duplica a creatinina sérica); * A A *
Compartilhar