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Ação de ressarcimento por danos causados em acidente de veículos

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© Copyright 2016, vLex. Todos los Derechos Reservados. Copia exclusivamente para uso personal. 
Se prohíbe su distribución o reproducción. 
Ação de ressarcimento por danos causados em acidente de veículos
José Gilmar Bertolo
Autor: José Gilmar Bertolo
Páginas: 758-762
Id. vLex: VLEX-642442101
Link: http://vlex.com/vid/acao-ressarcimento-danos-causados-642442101
Texto
Contenidos
Page 758
13. Ação de ressarcimento por danos causados em acidente de veículos
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ..ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ........... - ..........................., (nacionalidade, estado civil, profissão), RG. n......................, inscrito no CPF sob o n. ....................., residente e domiciliado ...... (endereço completo), por seu procurador infra-assinado (doc. 01), vem à ínclita presença de V. Exa., com fomento no art. 319 do NCPC e art. 186 do Novo Código Civil (art. 275, II, alínea "d", da Lei Adjetiva Civil de 1973) propor a presente
AÇÃO DE RESSARCIMENTO POR DANOS CAUSADOS EM ACIDENTE DE VEÍCULOS, contra ......................, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n. ....................., Inscrição Estadual n. ....................., sediada ....... (endereço completo), pelos motivos fáticos e jurídicos a seguir arguidos:
DOS FATOS
O Demandante estacionou seu veículo em frente à casa lotérica "................", onde pretendia efetuar o pagamento da conta de água de sua residência, quando, para sua surpresa, devido ao estrondo, observou que seu veículo acabara de ser abalroado pelo caminhão de placas..............., de propriedade da Ré, que estava sendo dirigido pelo Sr........................, motorista, portador da CNH n. .............., funcionário da Demandada.
O acidente ocorreu devido à imprudência do motorista do caminhão, eis que o dirigia em alta velocidade, no centro urbano desta cidade, resultando na colisão com o veículo de propriedade do Autor, o qual se encontrava estacionado em local permitido e dentro das regulamentações do Código de Trânsito, conforme se comprova pelo Boletim de Ocorrência anexo, documento de fls. ..;
Em vista disso, o Autor foi procurar o diretor da empresa da Ré, para compor o incidente de forma amigável, mas não logrou êxito quanto ao ressarcimento do prejuízo que sofreu.
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Desse modo, necessitando do veículo o mais breve possível, o Autor, autorizou a mecânica "............................" a realizar o serviço em seu veículo, tendo em vista que fora a que apresentara o menor orçamento entre os 03 (três) colhidos nas demais oficinas, conforme se verifica pelos orçamentos acostados à presente, orçando este em R$........ , .. (......................). A título de esclarecimento, R$ ........ , .. (......................) equivale a 30 salários-mínimos de R$ ........ , ..
DO DIREITO
O direito do Autor está consubstanciado na doutrina, legislação e jurisprudência dos nossos tribunais, conforme se vê:
Do Novo Código de Processo Civil:
Art. 318. Aplica-se todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei.
Do Código Civil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito ou causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Da Jurisprudência:
REPARAÇÃO DE DANOS. ACIDENTE DE TRÂNSITO. AGRAVO RETIDO. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. INSTRUMENTO PARTICULAR. CONTRATOS. EFEITOS. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ‘PATRÃO’. CULPA DO EMPREGADO. DANO MATERIAL. INDENIZAÇÃO. I - a não-reiteração do agravo retido nas razões ou contra-razões do apelo implica em conformação da parte com a solução dada à questão (desistência tácita) impondo seu não-conhecimento pelo tribunal. II - O instrumento particular prova obrigação convencional somente entre os signatários, não tem efeito perante terceiros antes de transcrito no Registro Público. III - O fundamento da responsabilidade civil não é o domínio do instrumento causador do ato ilícito, mas a conduta do agente. Estando o veículo a serviço da empresa e conduzido no momento da colisão, por empregado seu, responde esta pelo ato ilícito, pouco importando não seja a proprietária do veículo. O patrão responde pela reparação civil dos atos praticados por seus empregados no exercício do trabalho que lhes competir (CC, art. 1521). IV - Configura imprudência a convergência à esquerda em ‘rodovia’ de mão dupla, sem dispor de segura margem de antecipação
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da corrente de tráfego em sentido contrário. V - Comprovada a responsabilidade civil pelo evento danoso, impõe-se a reparação dos prejuízos decorrentes. Recurso conhecido e improvido". (Apelação Cível em Procedimento Sumário n. 50991-6/190, 1ª Câmara Cível do TJGO, Itapuranga, Rel. Des. Antônio Nery da Silva. j. 07.12.1999, publ. DJ 24.01.2000, p. 5).
Decisão: Conhecido e improvido, à unanimidade.
CIVIL - RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE EM RODOVIA, CAMINHÕES QUE TRAFEGAM NO MESMO SENTIDO - ABALROAMENTO NA TRASEIRA - PRESUNÇÃO DE CULPA - ALEGAÇÃO DE QUE O CAMINHÃO SINISTRADO ESTAVA PARADO NA PISTA - PROVA CONTRADIÇÃO - INVEROSSIMILHANÇA - AUSÊNCIA DE PODER DE CONVENCIMENTO - VERSÃO INSUBSISTENTE - DANOS, ORÇAMENTOS - INEXISTÊNCIA DE QUESTIONAMENTO OBJETIVO QUANTO AOS VALORES NEM A IDONEIDADE DAS EMPRESAS QUE OS ELABORARAM - SUFICIÊNCIA - AÇÃO PROCEDENTE - RECURSO DESPROVIDO. É presumida a culpa do condutor que abalroa a traseira o veículo que o precede; alegando, em defesa, que o veículo sinistrado encontrava-se estacionado sobre a pista de rolamento, incumbe-lhe o ônus da prova dessa circunstância, que constitui fato extintivo do direito do autor (CPC, art. 333, II). (Apelação Cível n. 149659300, AC: 9819, 6ª Câmara Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mendes Silva. j. 20.03.2000, publ. 31.03.2000)
APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZAÇÃO POR DANO CAUSADO EM ACIDENTE ENTRE VEÍCULOS. Indicando a prova documental e testemunhal a culpa pela imperícia do motorista causador do abalroamento na parte traseira de veículo, que se encontrava estacionado, mister indenize os danos causados, segundo o menor orçamento colacionado. Apelação improvida (6 fls.). (Apelação Cível n. 599463080, 2ª Câmara Especial Cível do TJRS, Marau, Relª. Desª. Matilde Chabar Maia, j. 09.03.2000).
DOS PEDIDOS
EM FACE DO EXPOSTO, requer se digne Vossa Excelência nos termos do art. 300 do NCPC, se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência;
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Requer outrossim, após o deferimento da tutela de urgência, se digne mandar citar o Réu para comparecer à audiência de conciliação ou mediação (art. 334 do NCPC), a ser designada com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência;
Requer, seja cientizado o Réu, de que poderá oferecer contestação em petição escrita, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da audiência de conciliação e mediação, nos termos do art. 335 do NCPC;
Requer, seja cientizado o Réu, de que se não contestar a ação, considerar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo Autor(art. 344/NCPC);
Requer, outrossim, seja a presente ação, ao final, julgada procedente, para, condenar o requerido a ressarcir o autor do valor dos danos sofridos,, acrescidos das cominações legais, além de custas processuais e honorários advocatícios, que devem ser fixados em 20% sobre o valor da condenação.
De resto, protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos e permitidos em direito.
Dá-se à presente o valor de R$ ........ , .. (......................).
Nestes Termos,
P. Deferimento.
(Local e data)
...........................
Advogado
OAB/... - n. .........
NOTA: A ação de ressarcimento por danos causados em acidente de veículos é uma ação frequente e de extrema importância pela sua complexidade e abrangência, e vai da área cível à área penal; e da reparação material à reparaçãomoral, podendo acarretar vários e infindáveis transtornos e prejuízos de toda ordem ao culpado, mormente se possuir bens materiais, devendo, por consequência, o Autor ter o máximo de cuidado para propor uma ação dessa natureza, pois deve demonstrar de forma irrefutável a real culpa da parte contrária, para que esta possa ser responsabilizada a indenizar os prejuízos suportados em decorrência do acidente, podendo, segundo a jurisprudência e em caso de morte do condutor, resultar numa pensão por danos materiais, fixada em 2/3 dos vencimentos à vítima até a data em que ela completaria 65 anos de idade.(Hoje a expectativa de vida do homem é de 73 anos). Se houver vítima menor de idade, a pensão deve subsistir até o implemento da idade de 25 anos, presumindo-se que a partir dessa
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faixa etária cessa a situação de dependência econômica, excetuando-se os casos de comprovada incapacidade física para o trabalho. Havendo filhos maiores e capazes, fazem jus à indenização por dano moral, uma vez que a dor pela perda abrupta do pai também os atinge. Cabe também indenização por dano moral, que tem caráter compensatório e visa amenizar o sofrimento, a dor e a tristeza causados pela perda do ente querido, devendo o seu valor ser arbitrado moderada e equitativamente pelo Juiz. A indenização deve ser a mais ampla possível, incluindo a verba referente ao 13º salário e férias, excluída apenas a parcela de 1/3 paga a mais que o salário, por ser ganho personalíssimo. Inexistindo prova das despesas com o sepultamento da vítima, inadmissível o pagamento de indenização relativa a gastos com funeral. Os gastos com funeral, mesmo não provados, integram a verba indenizatória, devendo ser apurados em liquidação de sentença. Não existindo prova de que houve desembolso para a construção de jazigo perpétuo e não demonstrada a necessidade de fazê-lo, uma vez que é comum o sepultamento em cemitério-parque, onde são vedadas edificações dessa natureza, não há que falar em indenização referente a tal verba. Sendo o jazigo perpétuo encargo da família da vítima, as despesas com sua aquisição e conservação devem integrar a indenização pleiteada, a ser apurada na fase de execução. Inexistindo prova do pagamento do seguro obrigatório aos dependentes da vítima, não se deve excluir da indenização de Direito Comum a parcela referente àquela espécie de seguro. Ocorrendo o pagamento de indenização de Direito Comum, deve ser deduzida a parcela referente ao seguro obrigatório.
Portanto, são assombrosos os valores em que podem redundar uma ação dessa natureza, sendo de bom alvitre um seguro total, o que seria suportado pela seguradora; no entanto, deve-se estar atento ao fato de que, havendo culpabilidade do agente, a segura-dora, em virtude do contrato de seguro, sub-roga-se no direito de regresso da vítima, para vir, comprovando a culpabilidade deste, pretender em juízo o ressarcimento dos seus prejuízos.
Oportuno registrar, também, que hoje existe uma nova modalidade de empresa de responsabilidade limitada, criada pela Lei nº 12.441/11, editada para permitir a constituição de empresa individual de responsabilidade limitada, e determinando que o nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI", conforme dispõem o inciso VI do art. 44, o art. 980-A, e o parágrafo único do art. 1.033, do Código Civil.

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