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Lei Penal em Relação às Pessoas

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Lei Penal em Relação às Pessoas
● Imunidade diplomática:
↳ As imunidades não estão vinculadas à pessoa autora de infrações penais,
mas às funções eventualmente por ela exercidas, não violando o preceito
constitucional da igualdade de todos perante a lei.
↳ Impõe limitação ao princípio da territorialidade.
⇘ Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e
regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
↳ “Privilégios outorgados aos representantes diplomáticos estrangeiros,
observando sempre o princípio da mais estrita reciprocidade”.
↳ A Convenção de Viena estabelece para o diplomata imunidade de jurisdição
penal, ficando sujeito à jurisdição do Estado a que representa.
⇘ Convenção de Viena
↳ Natureza jurídica: causa pessoal de exclusão de pena.
↳ Essa imunidade se estende a todos os agentes diplomáticos e funcionários
das organizações internacionais ,incluindo suas famílias, quando estiverem em
serviço.
● Imunidade parlamentar:
↳ Constituição assegura ao Poder Legislativo algumas prerrogativas,
destacando-se a imunidade.
↳ A imunidade, é um direito do próprio Parlamento e não do parlamentar.
⇘ irrenunciável.
↳ Privilégio ou prerrogativa de Direito Público interno e de cunho
personalíssimo.
⇘ tem início com a diplomação do parlamentar e término com o fim do
mandato.
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por
quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão
submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.
a) imunidade material:
↳ também é chamada de imunidade absoluta (penal, civil, disciplinar e
política).
↳ refere-se à inviolabilidade do parlamentar (senadores, deputados e
vereadores), no exercício do mandato, por suas opiniões, palavras e
votos.
⇘ a inviolabilidade pela manifestação do pensamento tem sido
considerada essencial nos regimes democráticos e inerente ao
exercício do mandato.
↳ Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente,
por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
↳ Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa
corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos
Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de
tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais,
aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral,
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d7030.htm
inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença,
impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
↳ Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos,
com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos
membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os
princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo Estado e os seguintes preceitos:
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos
no exercício do mandato e na circunscrição do Município;
b) imunidade formal:
↳ também é chamada de imunidade relativa ou processual.
↳ refere-se à prisão, ao processo, a prerrogativas de foto, ou seja,
refere-se ao processo e julgamento.
↳ foi estendida ao Deputado Estadual.
↳ vereadores também são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos,
mas somente no exercício do mandato e na circunscrição do Município.
⇘ não possuem imunidade processual nem gozam de foro privilegiado.
↳ EC 35/2001: nova disciplina da imunidade.
↳ Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente,
por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão
submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime
ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência
à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela
representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a
decisão final, sustar o andamento da ação.
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no
prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela
Mesa Diretora.
↳ Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a
guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o
Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios
Ministros e o Procurador-Geral da República;
↳ Art. 84. A competência pela prerrogativa de função é do Supremo
Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais
Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito
Federal, relativamente às pessoas que devam responder perante eles
por crimes comuns e de responsabilidade.
● Extradição:
↳ Obrigação resultante da solidariedade internacional na luta contra o crime.
↳ Um Estado entrega a outro alguém acusado ou condenado pela prática de
determinado crime, para que seja julgado ou para que a pena seja executada
↳ Art. 5º -
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime
comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de
opinião;
↳ Lei 13.445/17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13445.htm#:~:text=L13445&text=LEI%20N%C2%BA%2013.445%2C%20DE%2024%20DE%20MAIO%20DE%202017.&text=Institui%20a%20Lei%20de%20Migra%C3%A7%C3%A3o.&text=Art.%201%C2%BA%20Esta%20Lei%20disp%C3%B5e,pol%C3%ADticas%20p%C3%BAblicas%20para%20o%20emigrante.
● Espécies de extradição:
a) ativa: em relação ao Estado que reclama.
b) passiva: em relação ao Estado que a concede.
c) voluntária: quando há anuência do extraditando.
d) imposta: quando há oposição do extraditando.
e) reextradição: quando o Estado que obteve a extradição (requerente)
torna-se requerido por um terceiro Estado, que solicita a entrega da
pessoa extraditada.
↳ O princípio básico que orienta o instituto da extradição reside no fato de que
a punição do crime deve ser feita no local em que foi praticado, como resposta
da comunidade ao abalo ue a infração penal lhe causou.
● Princípios e condições da extradição:
1) Quanto ao delito:
a) princípio da legalidade:
↳ não haverá extradição se o crime imputado ao extraditando
não estiver especificado em tratado ou convenção internacional.
↳ Lei da Migração Art. 96. Não será efetivada a entrega do
extraditando sem que o Estado requerente assuma o
compromisso de:
I - não submeter o extraditando a prisão ou processo por fato
anterior ao pedido de extradição;
b) princípio da especialidade:
↳ extraditado não poderá ser julgado por fato diverso daquele
que motivou a extradição.
↳ compromisso político que o Estado que concede a extradição
tem dificuldade de controlar, já que não tem ingerência na
soberania interna do país requerente.
c) princípio da identidade da norma:
↳ fato que origina o pedido de extradição deve consistir em crime
também no país ao qual a extradição foi solicitada.
↳ pressuposto: se o fato imputado não for punido como crime em
qualquer um dos dois Estados, a extradição não será permitida.
↳ prescrição: não pode ter transcorrido o lapso prescricional do
fato objeto da extradição em qualquer um dos dois Estados.
↳ FATO PRECISA SER TÍPICO NOS DOIS PAÍSES E A PRESCRIÇÃO DE
SUA PUNIBILIDADE NÃO PODE TER ACONTECIDO.
↳ Lei de Migração - Art. 82. Não se concederá a extradição
quando:
Art. 96. Não será efetivada a entrega do extraditando sem que o
Estado requerente assuma o compromisso de:
III - comutar a pena corporal, perpétua ou de morte em pena
privativa de liberdade, respeitado o limite máximo de
cumprimento de 30 (trinta) anos;
II - o fato que motivar o pedido não for considerado crime no
Brasil ou no Estado requerente;
2)Quanto à pena e à ação penal:
a) princípio da comutação:
↳ é corolário do princípio de humanidade.
↳ extradição concedida pelo Brasil é condicionada à não
aplicação de pena de morte, prisão perpétua ou pena corporal.
↳ Lei de Migração - Art. 96. Não será efetivada a entrega do
extraditando sem que o Estado requerente assuma o
compromisso de:
III - comutar a pena corporal, perpétua ou de morte em pena
privativa de liberdade, respeitado o limite máximo de
cumprimento de 30 (trinta) anos;
b) princípio da jurisdicionalidade:
↳ pretende impedir que o extraditando seja julgado, no país
requerente, por Tribunal ou Juízo de exceção.
↳ procura garantir o princípio do juiz natural.
↳ Lei de Migração - Art. 82. Não se concederá a extradição
quando:
VIII - o extraditando tiver de responder, no Estado requerente,
perante tribunal ou juízo de exceção;
c) princípio “non bis in idem”:
↳ dois aspectos devem ser considerados.
➔ conflito positivo de competência, que impede a concessão
da extradição quando o Brasil for igualmente competente
para julgar o caso;
➔ necessidade de assumir a obrigação de computar o
tempo de prisão que foi imposta no Brasil, em decorrência
do pedido de extradição
↳ Lei de Migração - Art. 82. Não se concederá a extradição
quando:
III - o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o
crime imputado ao extraditando;
↳ Lei de Migração - Art. 96. Não será efetivada a entrega do
extraditando sem que o Estado requerente assuma o
compromisso de:
II - computar o tempo da prisão que, no Brasil, foi imposta por
força da extradição;
d) princípio da reciprocidade:
↳ extradição executória institui-se sobre o princípio da
reciprocidade, que convém a dois Estados soberanos,
especialmente por dois aspectos:
➔ delito deve ser punido na comunidade onde foi praticado;
➔ expulsa do território nacional um delinquente indesejável,
que um Estado estrangeiro deseja julgar e punir.
↳ Lei de Migração - Art. 100. Nas hipóteses em que couber
solicitação de extradição executória, a autoridade competente
poderá solicitar ou autorizar a transferência de execução da
pena, desde que observado o princípio do non bis in idem .
Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no Decreto-Lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) , a transferência
de execução da pena será possível quando preenchidos os
seguintes requisitos:
V - houver tratado ou promessa de reciprocidade.
● Requisitos para a concessão de extradição:
↳ Além dos princípios, é indispensável a satisfação dos seguintes requisito,
para a realização da extradição:
1) Exame prévio pelo STF:
↳ decisão jurídica sobre a concessão de extradição compete ao plenário
do STF.
↳ caso o STF negue o pedido de extradição, o Poder Executivo não
poderá extraditar o estrangeiro, por maior que seja o seu interesse ou
compromisso politicamente assumido com o país requerente.
↳ Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a
guarda da Constituição, cabendo-lhe:
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;
2) Existência da convenção ou tratado firmado com o Brasil ou, na sua
falta, o oferecimento de reciprocidade:
↳ tratados e convenções decorrem da manifestação de vontade do
Presidente da República.
↳ pelo princípio da reciprocidade, o Brasil compromete-se a, no futuro,
em situações semelhantes, conceder extradição para o mesmo país.
↳ caso exista conflito entre tratado internacional e lei interna, prevalece
a lei interna quando for mais recente.
↳ Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a
referendo do Congresso Nacional;
3) Existência de sentença final condenatória ou decreto de prisão
cautelar:
↳ é indispensável que a sentença condenatória imponha pena privativa
de liberdade, já que a condenação a penas alternativas não autoriza o
pedido de extradição.
↳ exige-se que exista decreto de prisão preventiva ou qualquer outra
modalidade de prisão cautelar.
4) Ser o extraditando estrangeiro:
↳ CF/88 não permite a extradição de brasileiros, independentemente de
serem natos ou naturalizados.
↳ brasileiros naturalizados possuem duas exceções:
➔ ter sido obtida a naturalização após o fato que motivou o pedido
de extradição;
➔ quando for comprovado o envolvimento com tráfico de
entorpecentes e drogas afins.
↳ Art. 5º -
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso
de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na
forma da lei;
5) O fato imputado deve constituir crime perante o Estado brasileiro e o
Estado requerente:
↳ está consagrado o princípio da dupla tipicidade ou dupla
incriminação.
↳ é necessário que a conduta seja tipificada como crime nos dois países.
↳ o Brasil, ao conceder a extradição, tem imposto cláusulas limitadoras,
de forma a vincular a atuação do Estado estrangeiro com relação ao
extraditando:
➔ não ser preso ou processado por fatos anteriores ao pedido;
➔ aplicar o princípio da detração;
➔ não aplicar pena de morte, salvo em caso de guerra, e prisão
perpétua;
➔ não entregar o extraditando a outro país, salvo se houver
concordância do Brasil;
➔ não agravar a pena do extraditando por motivo político;
↳ extraditando só pode ser processado no país requerente pelos fatos
autorizados no próprio processo de extradição.
● Limitações à extradição:
↳ não extradições de nacionais, natos ou naturalizados (salvo duas exceções
vistas acima).
↳ delitos religiosos, de impresa, fiscais e militares a lei brasileira nã é precisa.
↳ em caso de crime político, só será proibida a extradição quando se tratar de
crime político puro.
➔ crime político puro: quando os aspectos objetivos e subjetivos são de
ordem política.
↳ proibição de extradição não alcança o delito de terrorismo, já que é tratado
como crime comum para esse fim.
⇘ ato terrorista se caracteriza pela intenção do agente de criar, por mei
ode sua ação, um clima de insegurança, de medo na sociedade ou nos grupos
que busca atingir.
↳ delitos contra a humanidade não gozam do direito de asilo e permitem a
extradição.
⇘ bem como os crimes de guerra e o genocídio.
● Deportação e expulsão:
↳ São medidas administrativas de polícia coma finalidade de obrigar o
estrangeiro a deixar o território nacional.
a) deportação: retirada compulsória do estrangeiro para o país de sua
nacionalidade ou procedência ou par auto que consinta em recebê-lo.
↳ Lei de Migração - Art. 47. A repatriação, a deportação e a expulsão
serão feitas para o país de nacionalidade ou de procedência do
migrante ou do visitante, ou para outro que o aceite, em observância
aos tratados dos quais o Brasil seja parte.
↳ Lei de Migração - Art. 50. A deportação é medida decorrente de
procedimento administrativo que consiste na retirada compulsória de
pessoa que se encontre em situação migratória irregular em território
nacional.
b) expulsão: não é pena, mas medida preventiva de polícia.
↳ Lei de Migração - Art. 54. A expulsão consiste em medida
administrativa de retirada compulsória de migrante ou visitante do
território nacional, conjugada com o impedimento de reingresso por
prazo determinado.
§ 1º Poderá dar causa à expulsão a condenação com sentença
transitada em julgado relativa à prática de:
I - crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou
crime de agressão, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do
Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto nº 4.388,
de 25 de setembro de 2002 ; ou
II - crime comum doloso passível de pena privativa de liberdade,
consideradas a gravidade e as possibilidades de ressocialização em
território nacional.
● Sentença penal estrangeira:
↳ Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz
na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para:
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos
civis;
II - sujeitá-lo a medida de segurança.
Parágrafo único - A homologação depende:a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada;
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de
cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de
requisição do Ministro da Justiça.
↳ Efeitos no brasil:
a) obrigar à reparação do dano, restituição e outros efeitos civis;
b) medida de segurança;
↳ Execução do julgado: homologação pelo STJ.
↳ requisitos:
➔ revestida de formalidades externas;
➔ prolatada por juiz competente;
➔ transitada em julgado;
➔ autenticada pelo cônsul;
➔ acompanhada de tradução
↳ Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às
cartas rogatórias;
● Contagem de prazo:
↳ O dia do começo inclui-se no cômputo, que se realiza considerando o
calendário comum.
↳ Prazos processuais: não se computa o dia do começo, incluindo-se o dia do
vencimento.
↳ Art. 789. O procurador-geral da República, sempre que tiver conhecimento
da existência de sentença penal estrangeira, emanada de Estado que tenha
com o Brasil tratado de extradição e que haja imposto medida de segurança
pessoal ou pena acessória que deva ser cumprida no Brasil, pedirá ao
Ministro da Justiça providências para obtenção de elementos que o habilitem
a requerer a homologação da sentença.
§ 1o A homologação de sentença emanada de autoridade judiciária de
Estado, que não tiver tratado de extradição com o Brasil, dependerá de
requisição do Ministro da Justiça.
● Frações não computáveis da pena:
↳ Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de
direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.
↳ Penas privativas de liberdade: desprezam-se as frações de dia.
↳ Pena de multa: desprezo das frações do padrão monetário vigente.
● Legislação Especial:
↳ Aplicam-se as regras gerais do Código Penal, se a legislação especial não
dispuser de modo diverso.
↳ Art. 360 - Ressalvada a legislação especial sobre os crimes contra a
existência, a segurança e a integridade do Estado e contra a guarda e o
emprego da economia popular, os crimes de imprensa e os de falência, os de
responsabilidade do Presidente da República e dos Governadores ou
Interventores, e os crimes militares, revogam-se as disposições em contrário.
↳ Ilícito penal/civil: critério de distinção é político, cabendo ao legislador fazer
a seleção.
↳ Infração Penal:
a) crime;
b) contravenção;
↳ Estudo do Direito Penal:
a) aplicador do direito (impõe-se o cumprimento da lei).
b) reflexivo ou crítico.

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