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Mario Sergio da Rocha Gomes, M. Sc. 1 Engenharia do Petróleo - 90 Período A American Society for Testing and Materials (ASTM), defini o petróleo como “uma mistura de hidrocarbonetos de ocorrência natural, geralmente no estado líquido, contendo ainda compostos de enxofre, nitrogênio e oxigênio , metais e outros elementos”. 2 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO HIDROCARBONETOS PARAFÍNICOS E ISOPARAFÍNICOS NAFTÊNICOS AROMÁTICOS CONTAMINANTES ORGÂNICOS SULFURADOS NITROGENADOS OXIGENADOS METÁLICOS IMPUREZAS INORGÂNICAS ÁGUA, SAIS E SEDIMENTOS 6 ✓ De forma simplificada, podemos definir o petróleo como uma substância oleosa, inflamável, menos densa que a água, com a cor variando entre o negro e castanho-claro. Os óleos obtidos de diferentes reservatórios de petróleo possuem características diferentes, conforme cor, viscosidade, densidade, acidez, teor de enxofre etc. CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO LÍQUIDO - ÓLEO SÓLIDO - BETUME GASOSO – GÁS NATURAL P E T R Ó L E O 7 O petróleo bruto está acompanhado comumente por quantidades variáveis de outras substâncias, tais como água, matéria orgânica e sais dissolvidos. Os hidrocarbonetos e demais compostos presentes podem estar nos estados gasosos, líquido e sólido em proporções variáveis, formando uma dispersão coloidal. CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO COMPONENTES FLUIDO RESERVATÓRIO MARLIM PESCADA MARLIM PESCADA ÓLEO GÁS ÓLEO GÁS C1 – C3 6 12 0,3 5,7 0,8 11,2 C4 – C7 3 9 2,4 0,6 6,6 2,4 C8 – C20+ 91 79 91 - 79 - TOTAL 100 100 93,7 6,3 86,4 13,6 UNIDADE: % PERCENTUAL MÁSSICO DOS POÇOS 8 9 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO QUALIDADE DO PETRÓLEO % SAHARA HYDRA ÁRABE LEVE BAIANO SAFANIYA H MARLIM BOSCAN 0 (Argélia) (Argentina) (Arábia Saudita) (Brasil) (Arábia Saudita) (Brasil) (Venezuela) GLP NAFTA 20 40 QUERO- SENE + DIESEL 60 80 GASÓLEO 100 RV Densidade 0.806 0.826 0.854 0.847 0.893 0.937 0.995 API 44 39.8 34 35.5 27 19.4 10.7 Enxofre(% massa) 0.2 0.1 1.7 0.1 2.8 0.7 5.27 10 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO VALOR E QUALIDADE DO PETRÓLEO FUNÇÃO DE SUA CONSTITUIÇÃO PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS E FÍSICAS TRANSPORTE & ARMAZENAMENTO VALOR E QUALIDADE DO PETRÓLEO REQUISITOS DE QUALIDADE DOS DERIVADOS QUALIDADE QUANTIDADES RELATIVAS GRAU DE REFINOTIPOS QUALIDADE VALOR DE SEUS PRODUTOS 11 Produtos Preço (US$ FOB/m3) GLP 440,25 Gasolina 749,37 QAV 1025,91 Óleo Diesel 1030,13 Óleo Combustível 525,41 Produtos Preço (US$ FOB/m3) Nafta Petroquímica 667,84 Aromáticos pesados 668,65 Tolueno 931,21 Xilenos mistos 1009,39 Benzeno 1037,50 Produtos Preço (US$ FOB/m3) PVC 1405,27 PEAD 1531,72 PET 1567,83 PP 1593,56 PS 1638,24 PEBDL 1680,16 PEBD 1799,58 PS EXP 1867,27 VALOR AGREGADO CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 12 ELEMENTO % EM PESO Carbono 83,00 a 87,00 Hidrogênio 10,00 a 14,00 Enxofre 0,06 a 8,00 Nitrogênio 0,1 a 2,0 Oxigênio 0,1 a 1,5 Metais (Fe, Ni, V, etc.) <0,10 COMPOSIÇÃO ELEMENTAR MÉDIA DO PETRÓLEO HIDROCARBONETOS NÃO HIDROCARBONETOS (C, H) (C, H, S, N, O, METAIS) OLEFINAS (TRAÇOS) MONONUCLEARES ALIFÁTICOS CADEIAS CÍCLICAS CADEIAS RETAS (N-) CADEIAS RAMIFICADAS (ISO) AROMÁTICOS POLINUCLEARES RESINAS ASFALTENOS CONTAMINANTES ORGÂNICOS CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 13 Número de Isômeros Constitucionais Possíveis 14 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO Propriedades Físicas dos Alcanos e Ciclanos Ponto de Fusão dos alcanos 15 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO Propriedades Físicas dos Alcanos e Ciclanos Ponto de Ebulição dos alcanos e ciclanos 16 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO Propriedades Físicas dos Alcanos e Ciclanos Ponto de Fusão e Ponto de Ebulição 17 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO Propriedades Físicas dos Ciclanos 18 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO ✓ No petróleo cru, quase não há hidrocarbonetos insaturados. ✓ Os hidrocarbonetos insaturados, i. e. os alcenos (CnH2n), que possuem ligações duplas entre os átomos de carbono que conferem a estas substâncias alta instabilidade química sendo portanto, extremamente reativos: embora sejam metabolizados em grande quantidade na natureza, dificilmente se preservam. ✓ Entretanto os alcenos ou olefinas aparecem nos derivados durante o refino, e em alguns deles é comum se encontrarem duas duplas ligações, quando então são designadas de diolefinas ou dienos. 19 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO ✓ Todos os petróleos contem substancialmente os mesmos hidrocarbonetos, em diferentes quantidades, contudo, a quantidade relativa de cada grupo de hidrocarboneto varia muito de petróleo a petróleo, afetando as suas propriedades físico-químicas. ✓Quando ocorrem como óleos de baixa densidade, apresentam alto potencial de produção de derivados combustíveis leves, como a gasolina; quando muito escuros, viscosos e densos, possuem grandes proporções de derivados pesados, como asfalto. 20 ✓ Dependendo da proporção de compostos hidrocarbonetos na sua composição, o petróleo se mostra mais adequado para a produção de um ou de outro derivado (ou produto final de uma refinaria). ✓ Dessa forma, este é o ponto crucial para formação da carga de entrada de uma refinaria, conforme o seu mercado local. CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 21 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO C6 PM Pe ( o C) DENSIDADE Benzeno 78,11 80,3 0,8845 Ciclohexano 84,16 80,9 0,7834 Hexano normal 86,18 69,9 0,6640 2-Metil pentano 86,18 60,0 0,6579 C7 PM PE ( o C) DENSIDADE Tolueno 92,14 110,6 0,8719 Metilciclohexano 98,19 100,6 0,7740 Heptano normal 100,21 98,0 0,6883 2-Metil hexano 100,21 90,2 0,6830 22 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO Constantes Físicas de Parafínicos de até 20 Átomos de Carbono Nome Fórmula Ponto de fusão ( o c) Ponto de Ebulição Estado a 1 atm e 25 o C Metano CH4 -183 -162 Ètano C2H6 -172 -89 N-propano C3H8 -187 -42 Gasoso N - butano C4H10 -135 -0,5 N-pentano C5H12 -130 36 N-hexano C6H4 -94 69 N-heptano C7H6 -91 98 N-octano C8H18 -57 126 N-nonano C9H20 -54 151 N-decano C10H22 -30 174 Líquido N-undecano C11H24 -26 196 N-dodecano C12H26 -10 216 N-tridecano C13H28 -6 234 N-tetradecano C14H30 6 251 N-pentadecano C15H32 10 268 N-hexadecano C16H34 18 280 N heptadecano C17H36 22 303 N-octadecano C18H38 28 303 N-nonadecano C19H40 32 330 Sólido N-eicosano C20H42 36 - PARAFÍNICOS Em média 35% do cru Faixa normal: de 20 a 60% Majoritários na Nafta Isos do C6 - C8 1 a 3% do cru Hidrocarbonetos Normais 15 a 20% do cru ✓ Podem apresentar ramificações em um ou mais átomos de carbono e são também denominados iso-parafinas. 23 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO CH2H2C CH2H2 C H2 C Ciclopentano CH2H2C CH2H2 C CH2 CH2 Ciclohexano C H2 C H2C H2 CH2 CH2 H2C H C H CH2 C H C H H2C C H2 C H2 anéis isolados por uma cadeia parafínica C H2 C H2C H2 CH2 CH2 H2C H C H CH2 C H2C C H2 C H2 anéis conjugados - diciclohexil alcano C H2 C H2 CH2 CH2 H2C H C C H2C C H2 C H2 anéis condensados - decalina CH3 CH3 CH3 CH3 CH H2C HC H2C C H2C H2 C H2 C H2 C CH CH2 C H C H2 C CH2 CH2CH CHC H2C CH2C H2 C CH3 Colestano NAFTÊNICOS Média 33%do cru Faixa normal de 20 a 40% Mono e dicíclicos: Média 55% do total Tricíclicos - 20% Tetracíclicos e acima 25% metilC6H12 até2,5% do cru Importantes na Querosene e gasóleos 24 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO AROMÁTICOS CH CH HC CH HC CH Benzeno CHCH CH H CH HC C H CH HC C CH C Metilnaftaleno HC CH3 CH H3C H3C CH C C C CH C H C C C CC H H C Trimetilfenantreno CH2CH CH2 CH2 HC C CH2 HC C CH Tetrahidronaftaleno HC CH3 CH C H C H2C H2C CH3 CH3 C C C C CH C CH C H3C H2 C Dimetil, Propil, Tetrahidrofenantreno HC H3C CH CH3 C H C HC HC HC CH C C C C C H C C C C C H CH3 C CH CH H C Tetrahidrotrimetilpiceno Média 33% do cru Faixa normal de 40 a 80% Fração 210oC + Monociclico: 33% Dicíclicos:23% Tricíclicos:20% Tetracíclicos e acima 7% Tiofenos: 23% metilC6H6 até 1,8% do cru Importantes no Querosene e gasóleos 25 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO Ocorrem principalmente em petróleos jovens. Maioria com 4 a 5 anéis de um ou outro tipo Principais constituintes da frações mais pesadas. C H2 C H C CH2 H2 C H2 HC CH CHC C C H H H C H2 C H C CH2 H2 C C H2 HC C CH C C HC C C H C Indano, Tetralina, Tetrahidro-fenantreno NAFTENO- AROMÁTICOS 26 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO Hidrocarbonetos saturados sem dupla ligação Hidrocarbonetos insaturados com duplas ligações Cadeia Aberta Cadeia Fechada Cadeia Fechada Cadeia Aberta Normal Normais Parafinicos Ramificada Iso- parafínicos Naftênicos Anel benzênico Aromáticos Uma ou mais duplas ligações: Olefinas, diolefinas Propriedade C CC C CC C C C C C CC C C C C C C C C C C C C C Olefina cc=cc Diolefina c=cc=c Massa Específica Baixa Baixa Média Elevada Baixa Índice de Octano Mau Bom Médio Muito Bom Bom Ponto de Congela mento Elevado - Baixo Muito Baixo - Índice de Cetano Muito Bom Médio Médio Baixo Médio Craquea- mento Fácil Fácil Razoável Muito Difícil Fácil Variação da Viscosidade com a Tem- peratura Fraca Fraca Média Importante - Resistência a Oxidação Boa Boa Boa Má Má 27 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 100 % DESTILADA DO PETRÓLEO EM VOLUME DISTRIBUIÇÃO DOS HIDROCARBONETOS NO PETRÓLEO 28 29 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO PRODUTOS REQUISITO DE QUALIDADE FAMÍLIAS CARACTERÍSTICAS QAV Diesel Lubrificantes Parafinas Produzir chama clara, sem fuligem e resíduos Entrar em auto-ignição com menor retardo Garantir existência de película entre as partes metálicas em qualquer temperatura Produto sólido cristalino PARAFÍNICOS Menor quantidade de energia necessária para a reação Combustão limpa. Menor temperatura de auto- ignição Facilidade ignição. Constância da viscosidade com temperatura Facilidade e forma de cristalização 30 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO PRODUTOS REQUISITO DE QUALIDADE FAMÍLIAS CARACTERÍSTICAS Solventes e Nafta Petroquímica QAV Lubrificantes Solubilização de substâncias, baixa toxidez e carga de processos de transformação Combustão e facilidade de escoamento Lubrificação e facilidade de escoamento NAFTÊNICOS Caráter químico e Facilidade para a transformação em aromáticos Solução de compromisso entre quantidade e qualidade Solução de compromisso entre quantidade e qualidade 31 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO PRODUTOS REQUISITO DE QUALIDADE FAMÍLIAS CARACTERÍSTICAS Gasolina Solventes Asfaltos Coque Resistência à detonação Solubilização de substâncias Permeabilizantes e visco- elásticos AROMÁTICOS Alta temperatura de auto- ignição ou resistência à detonação Caráter químico Agregados moleculares Elevado teor de carbono CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO PETRÓLEO CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS CONTAMINANTES EFEITOS INDESEJÁVEIS HIDROCARBONETOS 32 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO IMPUREZAS DO PETRÓLEO ✓ Impurezas Oleofílicas: ▪ Compostos Sulfurados; ▪ Compostos Nitrogenados; ▪ Compostos Oxigenados; ▪ Resinas e Asfaltenos; ▪ Compostos Organometálicos; ✓ Impurezas Oleofóbicas. 33 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO COMPOSTOS SULFURADOS 34 •É o terceiro átomo em ocorrência no petróleo; •Apresenta-se em diferentes formas (orgânicas e inorgânicas); •Conferem geralmente uma natureza ácida; •Frações pesadas maior teor enxofre; •Óleos pesados maior teor enxofre; •Óleos com baixo teor: menor que (1% em peso) maioria dos crus (80%) e minoria em volume ; • •Óleos alto teor: maior que (1% em peso); •Valor mínimo: 0,01% valor máximo: 8% CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO MERCAPTANAS SULFETOS C C SH Alifáticos Primários C C S C C S C C S C C SH C Alifáticos Secundários DISSULFETOS C C S S C C SS C C SH C C Alifáticos Terciários POLISSULFETOS C C S S S C C SSS Naftil SH SH Aril ENXOFRE EM ANÉIS Tiofenos Benzotiofenos C S C C C S H2S = Ácido Sulfídrico CS2 = Dissulfeto de Carbono COS = Sulfeto de Carbonila COMPOSTOS SULFURADOS 35 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO COMPOSTOS SULFURADOS FORMA PRESENTES NO PETRÓLEO FORMADOS PELO PROCESSAMENTO EFEITOS H2S X X POLUIÇÃO E CORROSÃO So X CORROSÃO MERCAPTANS X X POLUIÇÃO E DISSOLUÇÃO DE ELASTOMEROS DISSULFETOS X X POLUIÇÃO TODAS X X POLUIÇÃO E CORROSÃO (G) 36 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 A LB A C O R A B A R R A C U D A B IC U D O C O R V IN A E S C R A V O S M A R IM B A M A R LI M M E S A T e o r d e E n x ô fr e COMPOSTOS SULFURADOS 37 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO Distribuição do teor de enxôfre em frações de petróleos 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 NAFTA QUEROSENE DIESEL GASÓLEO RESVAC Frações T e o r d e E n x ô fr e ( % m a ss a ) CORAL URUCU MARLIM CANDEIAS CABIÚNAS ÁRABE LEVE COMPOSTOS SULFURADOS 38 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO COMPOSTOS SULFURADOS A American Petroleum Institute (API) – classifica os óleos de alto teor de enxofre (ATE) como aqueles com teor acima de 1% em massa, e os de baixo teor de enxofre (BTE) como aqueles com teor abaixo de 1% em massa. Atualmente – costuma-se chamar petróleos azedos (sour) àqueles com teor acima de 2,5% (a propria legislação brasileira segue esta classificação); e petróleos doces (sweet) àqueles com teor inferior a 0,5%. A faixa intermediária compreende óleos “semidoces ou semi- ácidos. 39 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO COMPOSTOS NITROGENADOS 40 •Valor médio de ocorrência nos petróleos: 0,1% em peso; •Faixa: 0,01 a 1,2% peso; •Alto teor: maiores do que 0,25% peso, tendência do teor aumentar nas frações mais pesadas; •O Resíduo pode ter até 30 vezes o teor de nitrogênio apresentado no corte querosene e até 100 vezes o do corte diesel ; •Principal efeito: instabilidade química CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO COMPOSTOS NITROGENADOS Piridina N Pirrol N H Indol N H Quinolina N Tipo básico - Piridina, Quinolina: encontrados nas naftas, querosenes e diesel 41 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 A LB A C O R A B A R R A C U D A B IC U D O C O R V IN A E S C R A V O S M A R IM B A M A R LI M M E S A N it ro g ê n io B á si c o COMPOSTOS NITROGENADOS 42 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO DISTRIBUIÇÃO DO TEOR DE NITROGÊNIO EM FRAÇÕES DE PETRÓLEO 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 NAFTA QUEROSENE DIESEL GASÓLEO RESVAC FRAÇÕES T E O R D E N IT R O G ê N IO ( % m a ss a ) CORAL URUCU MARLIM CANDEIAS CABIÚNAS ÁRABE LEVE COMPOSTOS NITROGENADOS 43CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO ✓ São termicamente estáveis; ✓ Aumentam a capacidade de óleo reter água em emulsão e tornam instáveis os produtos do refino, formando gomas e alterando a sua coloração, além de envenenarem catalisadores. ✓ Tendem, assim como os compostos de enxofre, a se concentrar nas frações mais pesadas do petróleo (gasóleos de vácuo e resíduo). COMPOSTOS NITROGENADOS 44 COMPOSTOS OXIGENADOS R OH O C OH R C O OH CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 45 •Ácidos naftênicos: gerados por biodegradação do petróleo •Faixa: 0,06 a 0,4% peso •Principal efeito: corrosividade e acidez •Fenóis e ácidos predominam COMPOSTOS OXIGENADOS CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO ✓Estes compostos estão diretamente relacionados com a acidez, odor e a corrosividade destas frações; ✓ Óleos ácidos são caracterizados pelo seu teor de ácidos naftênicos e orgânicos leves, medido pelo TAN; ✓Óleos ácidos possuem TAN acima de 1,0, e óleos não ácidos possuem TAN abaixo de 1,0; ✓ Estes ácidos são particularmente importantes devido seus efeitos corrosivos nas refinarias, o que implica em investimentos em metalurgia. 46 COMPOSTOS OXIGENADOS CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 47 PETRÓLEO oAPI mg KOH/g Bachaquero 10 - 17 1,8 - 2,4 Boscan 10 - 11 0,9 Leona 23 - 24 0,9 BCF 23 - 24 0,4 Cherne - 1,35 Pampo - 2,30 Garoupa - 0,39 Badejo - 0,6 TESTE DE ACIDEZ NAFTÊNICA • Quantidade de KOH em miligramas necessária para neutralizar 1 (um) grama de amostra; • Provocada pela presença de ácidos oxigenados (petróleo biodegradados) • Índice de acidez superiores a 0,5 mg KOH/g: corrosão em equipamentos e tubulações • À temperatura entre 220 e 440oC. •Medidas Contra Corrosão: Mistura de Petróleos; Materiais especiais (aços) 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 A LB A C O R A B A R R A C U D A B IC U D O C O R V IN A E S C R A V O S M A R IM B A M A R LI M M E S A A c id e z EXEMPLOS DE TEOR DE ACIDEZ EM PETRÓLEOS CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 48 COMPOSTOS ORGANOMETÁLICOS ✓Duas formas: como sais inorgânicos dissolvidos na água emulsionada ao petróleo ou como compostos organo- metálicos. ✓O primeiro tipo não fazem parte do petróleo, e são facilmente removidos a partir do processo de dessalgação. ✓Os compostos organo-metálicos tendem a se concentrar nas frações mais pesadas e ocorrem de uma forma bem complexa, quelados em porfirina, por exemplo. ✓Presença maior nos petróleos que apresentam maior teor de enxofre e de asfaltenos, devido a sua maior ocorrência nas estruturas destes últimos. CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 49 COMPOSTOS ORGANOMETÁLICOS ✓Fe, Zn, Cu, Pb, As, Co, Mo, Mn, Cr, Na, Ni e V, dois últimos os de maior incidência; ✓ Ni e V possuem teores que variam entre 1 e 150 ppm e entre 1 e 1.200 ppm respectivamente, apresentando como valores médios 18 ppm para o Ni e 63 ppm para o Vanádio; ✓ Responsáveis pelo envenenamento de catalisadores; ✓Sódio em combustíveis para fornos, afeta os tijolos refratários, uma vez que reduz o ponto de fusão dos mesmos. ✓Óxido de vanádio nos gases de combustão pode atacar os tubos de um forno, formando uma mistura eutética de menor ponto de fusão, o vanádio também catalisa a formação de H2SO4 em meio aquoso. CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 50 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 51 RESINAS E ASFALTENOS CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO ✓ Estas impurezas incluem moléculas grandes, com alta relação carbono/hidrogênio, com presença de enxofre, oxigênio, e nitrogênio (6,9% a 7,3%); ✓ Suas estruturas básicas são semelhantes, mas enquanto as primeiras estão dissolvidas no cru, os segundos encontram-se dispersos em colóides. 52 RESINAS E ASFALTENOS ... Yen (1972), assume uma estrutura de condensação de anéis aromáticos num plano largo, são solúveis por causa dos anéis saturados e as cadeias laterais estão em torno da periferia da molécula. 53 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO RESINAS E ASFALTENOS Estas substâncias, na condição de pirólise não fornecem uma quantidade significativa de matéria volátil. As cadeias laterais craqueiam facilmente e anéis naftênicos são formados devido a combinação de desidrogenação e craqueamento. 54 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO RESINAS E ASFALTENOS Tal estrutura pode facilmente produzir uma ampla faixa de produtos, de metano a produtos insolúveis em tolueno, dependendo do craqueamento e do rearranjo molecular 55 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 56 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO RESINAS E ASFALTENOS RESINAS E ASFALTENOS • Asfaltenos = macromoléculas com um ou mais núcleos poliaromáticos, com peso molecular variando de 1000 a 20000 u.m.a. • Quando existem dois ou mais núcleos poliaromáticos planos, estes se empilham, com as cadeias alifáticas na periferia. •Resinas = macromoléculas com caráter fortemente aromático, com peso molecular variando de 500 a 1000 u.m.a. 57 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO Micelas de asfaltenos 58 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO ▪ Os agregados de asfaltenos são solvatados por resinas (poliaromáticos de peso molecular mais baixo), formando micelas de de 100 a 300 Ǻ. ▪ Asfaltenos e resinas são precursores diretos de coque. ▪ Nem sempre os insolúveis em NC7 (definição clássica dos asfaltenos) são asfaltenos própriamente ditos. 59 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO RESINAS E ASFALTENOS 60 MICELAS DE YEN CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 61 ASFALTO NATURAL DA ILHA DE TRINDADE CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO ... o estudo do modelo cinético para a formação de coque realizado por Wiehe (1993) 62 CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO RESINAS E ASFALTENOS IMPUREZAS OLEOFÓBICAS CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO ✓Estas impurezas incluem: água, sais (brometos, iodetos, sulfetos, cloretos...), argilas, areias e sedimentos (i.e., provenientes de corrosão de equipamentos). ✓ A principal fonte destas impurezas são as gotículas de fluídos aquosos, salinos, conhecidos como “água de formação”, que acompanham o cru nas jazidas. 63 ORIGEM DOS CONTAMINANTES NAS FRAÇÕES DO PETRÓLEO S o R(S)nR H2S RSH RSR COMPOSTOS SULFURADOS COMPOSTOS NITROGENADOS NH3 HCN NEUTROS BÁSICOS COMPOSTOS OXIGENADOS CO2 PERÓXIDOS ÁCIDOS NAFTÊNICOS FENÓIS CRESÓIS PETRÓLEO E FRAÇÕES DE DESTILAÇÃO FRAÇÕES DE PROCESSOS DE CONVERSÃO CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 64 OCORRÊNCIA DOS CONTAMINANTES NAS FRAÇÕES DO PETRÓLEO C Co 5 150 C 5 GLP DE DESTILAÇÃO METIL MERCAPTANS TiO CICLO PROPANO NH3 H2S COS ÁCIDO FÓRMICO HAc ÁCIDO ALIFÁTICOS 150oC + FCC CO2 GLP DE FCC HCN - 150oC DESTILAÇÃO MERCAPTANS FCC RS R(S)nR 150oC + DESTILAÇÃO OXIGENADOS NITROGENADOS So H2S CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 65 EFEITOS DOS CONTAMINANTES NAS FRAÇÕES DO PETRÓLEO ÁCIDOS NAFTÊNICOS CORROSÃO FORMAÇÃO DE DEPÓSITOS POR AQUECIMENTO CONTAMINAÇÃO DE CATALISADORES ÁCIDOS FENÓIS FORMAÇÃO DE GOMA FORMAÇÃO DE SAIS INSOLÚVEIS BÁSICOS NITROGENADOS TOXIDEZ ÁCIDOS ALIFÁTICOS ODOR DESAGRADÁVEL H2S CONTAMINAÇÃO DE CATALISADORES METÁLICOS DISSOLUÇÃO DE ELASTÔMEROS RSH S CORROSIVIDADE A LÂMINA DE COBRE E PRATA PERÓXIDOS REDUÇÃO PERÍODO DE INDUÇÃO ALTERAÇÃO DE COR CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 66 EFEITOS DOS CONTAMINANTES NAS FRAÇÕES DO PETRÓLEO CONTAMINANTE EFEITO SULFURADOS NITROGENADOS OXIGENADOS METÁLICOS TOXIDEZ xxx POLUIÇÃO xxx CORROSÃO xxx xx x ACIDEZ xxx xxx ODOR xxx x DEPÓSITOS xx xxx xxx INSTABILIDADE xxx xxx DANOS A FORNOS x xxx ENVENENAMENTO CATALISADORES xxx xxx xxx xxx xxx GRANDE INFLUÊNCIA xx MÉDIAINFLUÊNCIA x PEQUENA INFLUÊNCIA CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO 67 CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO Tipo de Óleo cru Exemplos Parafínicos Óleos leves, de alto ponto de fluidez, densidade inferior a 0,85, teor de resinas e asfaltenos menor que 10%, viscosidade baixa. Benzotiofenos raros. Teor de enxofre baixo à muito baixo. Petróleos Paleozóicos da África do Norte, Estados Unidos e América do Sul, da plataforma continental do Atlântico Sul e alguns óleos da Líbia, Indonésia e Europa Central. Nacionais: baianos e grande número de petróleos nordestinos. Parafínico- Naftênicos Teor de resinas e asfaltenos entre 5 e 15%. Baixo teor de enxofre. Teor de aromáticos: 25 e 40%. Moderado teor de diben- zotiofenos. Densidade e a viscosidade maiores do que parafínica, mas moderados. Óleos Cretáceos de Alberta, Paleozóico da África do Norte e Estados Unidos, Terciários da Indonésia e da África Ocidental. No Brasil, inclue a maioria dos óleos da bacia de Campos. 68 CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO Tipo de Óleo cru Exemplos Naftênicos Óleos biodegradados com menos do que 20% de parafinicos. Baixo teor de enxofre. Origem: alteração bioquímica de óleos parafínicos e parafínicos-naftênicos. Poucos óleos, óleos Cretáceos da América do Sul, alguns da Rússia e do Mar do Norte Aromáticos Intermediários Óleos pesados, com teor de asfaltenos e resinas entre 10 a 30%. Teor de enxofre maior que 1%. Densidade elevada (maior do que 0,85). Hidrocarbonetos monoaromáticos: baixo teor, teor de tiofeno e de dibenzotiofenos é elevado. Óleos Cretáceos do Médio Oriente (Arábia Saudita, Qatar, Kuwait, Iraque, Síria e Turquia), outros Cretáceo Superior da África Ocidental e alguns óleos da Venezuela, Califórnia e Mediterrâneo (Sicília, Espanha e Grécia). 69 CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO Tipo de Óleo cru Exemplos Aromático Asfáltico Óleos de biodegradação hidrocarbonetos parafínicos oxidados, formam ácidos. Alto teor dos compostos ciclícos . Derivados dos óleos parafínicos e parafínicos-naftênicos. Até mais de 25% de resinas e asfaltenos. Teor de enxofre de 0,4 e 1% em peso. Óleos do tipo Cretáceo Inferior da África Ocidental. Aromático- Naftênicos Óleos oriundos de biodegradação avançada: condensação e oxidação dos monocicloalcanos. Óleos pesados, viscosos. Teor de asfaltenos e resinas: elevado (de 30 a 60. Teor de enxofre: de 1 a 8% em peso. Óleos não-biodegradados da Venezuela, África Ocidental, Canadá Ocidental e do Sul da França. 70 QUALIFICAÇÃO DO PETRÓLEO 71 ✓ Como as refinarias de petróleo dispõe de vários tipos de petróleo, ela então necessita avaliar economicamente o seu processamento em um dado esquema de refino a fim de atender o seu mercado consumidor. ✓ Para efetuar a escolha do petróleo adequado, torna-se necessário avaliar a facilidade de movimentação e o processamento, bem como o potencial produtivo de cada petróleo disponível, qualificando-os. QUALIFICAÇÃO DO PETRÓLEO 72 ✓ Como as refinarias de petróleo dispõe de vários tipos de petróleo, ela então necessita avaliar economicamente o seu processamento em um dado esquema de refino a fim de atender o seu mercado consumidor. ✓ Para efetuar a escolha do petróleo adequado, torna-se necessário avaliar a facilidade de movimentação e o processamento, bem como o potencial produtivo de cada petróleo disponível, qualificando-os. CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO 73 ✓ PETRÓLEOS PARAFÍNICOS E PARAFÍNICOS-NAFTÊNICOS PRODUZEM DERIVADOS DE MELHOR QUALIDADE, NECESSITANDO DE UM MENOR GRAU DE REFINO. ✓ APRESENTAM NORMALMENTE ALTO TEOR DE LEVES E MÉDIOS; BAIXO TEOR DE ENXOFRE (MENOR QUE 1,0%); NAFTAS DE BAIXA OCTANAGEM; NÃO PRODUZEM ASFALTOS; NECESSITAM MAIORES CUIDADOS PARA O SEU ESCOAMENTO E ESTOCAGEM; NÃO SÃO ÁCIDOS. 74 FIM
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