RELATORIO^MFINAL - EPA

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Centro de Economia e Administração
Faculdade de Administração
Relatório Final 
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1 Problema Definido pela Equipe
2 Fundamentação Conceitual
A padronização é a aplicação de padrões em uma organização para se obter a uniformidade e a redução de custos. Aumentar a produção e organizar o que se é produzido é extremamente importante para lucratividade de uma empresa e para isso é necessário prestar assistência aos responsáveis por esta produção, ou seja, os operários, visando neutralizar possíveis atitudes contrárias aos valores da empresa e às especificações pré-estabelecidas. Para tanto, deve investir em métodos de incentivo extrínsecos e intrínsecos, associando o ganho material ao incentivo social caso os funcionários cumpram o que se é estabelecido assim como afirma Chiavenato “Para que os objetivos da gestão de pessoas possam ser alcançados, é necessário que as pessoas sejam tratadas como elemento básico para a eficácia organizacional.” (CHIAVENATO, 2008, p.11)
 Vemos que a racionalização do trabalho aliada a falta de departamentalização e definição de funções acaba gerando uma falta de padronização nas produções, o que também pode gerar gastos desnecessários nas produções. Por conta da falta de gerência de um responsável técnico. 
 
Teoria estruturalista
A Teoria estruturalista nos traz o conceito de homem organizacional, o qual detém dispõe de características pessoais que incluem a flexibilidade, a resistência à frustração, a capacidade de adiar as recompensas e o desejo permanente de realização. Essas características permitem ao homem uma participação em diferentes sistemas sociais. 
Os papéis sociais constituem o conjunto de comportamento de um determinado indivíduo designado por um grupo social que espera o cumprimento destes comportamentos agregando valores e normas que o grupo designa para cada indivíduo. Isso faz com que uma pessoa tenha diversos papeis sociais durante a vida, pois esta pertence a diversos grupos e organizações suportando diversas normas e regras. A motivação para o mantimento desses grupos parte dos próprios membros que cumprem executam seus papeis de maneira eficaz eficiente e eficaz. (CHIAVENATO, 2004). 
A Teoria Estruturalista surge da síntese entre a Teoria Clássica e a Teoria Humanística, com influencias da Teoria Burocrática. Neste sentido, “encontrar equilíbrio entre os elementos racionais e não racionais do comportamento humano constitui o ponto principal da vida, da sociedade e do pensamento moderno”. 
Assim, a fim de incluir todos os elementos de uma organização, valorizando as duas fontes de pensamento da organização formal e informal, a Teoria Estruturalista gera uma perspectiva mais ampla que as anteriores encorajando seu desenvolvimento. (CHIAVENATO,2004).
Por meio das abordagens anteriores, os estruturalistas buscam valorizar os dois principais tipos de recompensas: as extrínsecas e as intrínsecas. Portanto, torna-se importante tanto as recompensas salariais quanto as sociais e os status de posições dentro das organizações para afim de motivar as pessoas. 
A análise interorganizacional torna-se um elemento de estudo neste momento para os estruturalistas. Essa análise tem seu foco voltado para o ambiente de organização, não analisado anteriormente. A relação entre a organização e seu ambiente revela a dependência da mesma quanto a eventos externos à esta. Assim, esta análise parte do pressuposto que “a organização funciona na base das transações com outras organizações que promove a interação entre as organizações. E provoca uma forte interdependência entre elas.” (CHIAVENATO, 2004, p.297). Tais organizações são todas totalmente diferentes, contendo cada qual sua variedade, porém todas possuem algo em comum que as permitem classificá-las por classe ou tipo.
Para os estruturalistas, o melhor método a ser aplicado quanto à autoridade quando na qual a empresa se encontra em um momento estável é a descentralização. Com a descentralização, a autoridade deve tomar a decisão ou iniciar uma ação o mais próximo possível da cena a ser delegada, deste modo, torna-se mais eficiente a utilização dos recursos humanos da organização, não exigindo exagerada supervisão. Os estudos de comunicação demonstram a pouca eficiência da comunicação formal não-apoiada pelos líderes informais, e a importância das relações interpessoais positivas... Produção volumosa requer alguma iniciativa, interesse, cuidado, responsabilidade e atributos semelhantes do participantes de nível inferior, os operários. O desemprenho eficaz requer certo grau de cooperação voluntária, a qual é quase impossível sob coerção. Através desta abordagem, é possível garantir um certo nível de autonomia e independência quanto a tomada de decisão por parte dos níveis mais baixos da hierarquia organizacional. (CHIAVENATO,2004).
Teoria da Administração Clássica:
Trata a organização como máquina;
Enfatiza as tarefas ou a tecnologia;
Inspirada em sistemas de engenharia;
Autoridade centralizada;
Linhas claras de autoridade;
Especialização e competência técnica;
Acentuada divisão do trabalho;
Confiança nas regras e regulamentos;
Clara separação entre linha e staff.
Teoria das Relações humanas:
Trata a organização como grupo de pessoas;
Enfatiza as pessoas;
Inspirada em sistemas de psicologia;
Delegação de autoridade;
Autonomia do empregado;
Confiança e abertura;
Ênfase nas relações entre as pessoas;
Confiança nas pessoas;
Dinâmica grupal e interpessoal.
O conflito no estruturalismo é um ponto de convergência entre os autores Etzioni (1976; 1980), Blau e Scott (1970). Os estruturalistas discordam que tenha concordância de interesses entre administradores e operários (Teoria Clássica) ou que essa harmonia deve ser preservada pela administração por meio de uma atitude compreensiva (Teoria das Relações Humanas).
Modelo Racional
O modelo de organização racional utiliza a lógica de sistema fechado, tem como principais características a visão focalizada apenas nas partes internas do sistema, com ênfase no planejamento e no controle, além de expectativa de certeza e de imprevisibilidade. É abordado na Administração Científica de Taylor, na Teoria Clássica de Fayol e na Teoria da Burocracia de Weber. 
Modelo Natural
Já o modelo de organização natural utiliza a lógica do sistema aberto, as suas características são a visão focalizada sobre o sistema e sua interdependência com o ambiente e expectativa de incerteza e de imprevisibilidade. É abordado na Teoria de sistemas.
3 Solução Proposta pela Equipe e Implicações Éticas
Como solução para o problema encontrado na empresa e com base em nosso referencial teórico, optamos por incluir em nossa organização métodos mais alternativos como por exemplo, a centralização de decisões e delegação de responsabilidades com líderes formais e participativos, no qual demonstrem interesse em ouvir e ajudar os colaboradores, trazendo também os mesmos para perto, enquadrando-os nos padrões da empresa sem gerar nenhum desgaste para ambas as partes.
Será necessário uma atualização no setor de RH, O setor ficará responsável por trazer para dentro do ambiente de trabalho mais satisfação pessoal, participação nas decisões utilizando a descentralização do poder citada acima, delegação de responsabilidades, implementação de metas e auto avaliação de desempenho.
Ainda no setor de recursos humanos e utilizando o método apoio por parte da de liderança informal e descentralização do poder, vamos colocar como prioridade a relação empresa, funcionário e vida social, a fim de cuidar dos problemas causados pela racionalização como por exemplo, absenteísmo, alcoolismo, agressão e nervosismo perante a implementação do sistema entre os funcionários entre outros.
Nesse novo método vamos manter o 1º movimento de racionalização sustentando os métodos de produção e encaixando o 2º movimento das Relações Humanas, mostrando ao trabalhador asua importância, ajudando o mesmo em seus meios sociais, colocando em prática a teoria do estruturalismo e o sistema aberto.
Para lidar com o acumulo de peças no setor de montagem, a implementação do departamento logístico que será responsável pela administração e materiais e recursos utilizados pela empresa. Assim, a logística terá maior controle sobre o armazenamento de peças em estoque e sua movimentação interna. Controlando a quantia a ser produzida de acordo com a demanda exigida, sem sobrecarregar setores internos. Além disso, incluirá em determinados setores a quantia necessária de operários para cada operação de acordo com seu tempo de processo. 
Apenas o controle de pessoas não seria suficiente para não sobrecarregar o setor de estamparia, por exemplo. É possível identificar uma ‘’meia racionalização’’ na empresa, onde alguns setores passaram pelo processo de racionalização e outros não. Essa diferença gerou altos custos à empresa que precisou pagar horas extras aos funcionários. Para resolver isso, trataremos de padronizar todos os serviços da empresa, de acordo com normas de tempo de processo e quantias de produção pré-estabelecidas pela gerência, em tempos de estabilização comercial. 
Entretanto, pudemos notar uma má reputação da racionalização do trabalho por parte dos setores que ainda não passaram por tal processo. Resolver esse nervosismo será possível através das políticas de relações humanas aplicadas pela empresa, que trará informações sobre o novo processo a ser instaurado sem gerar alarde aos funcionários, mostrando as vantagens da mudança, que incluirá a rotatividade de trabalho. 
Referências 
MOTTA, Fernando C. Prestes. O estruturalismo na teoria das organizações. Rev. 
adm. empresa.  São Paulo ,  v. 10, n. 4, p. 23-41,  Dec.  1970 .   
THIRY-CHERQUES, Hermano Roberto. O primeiro estruturalismo: método de pesquisa para as ciências da gestão. Rev. adm. contemp., Curitiba, v. 10, n. 2, p. 137-156,  June  2006 . 
WEBER, Max.A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo, Livraria Pioneira Editora, 1967
BLAU, Peter M.; SCOTT, W. Richard. Organizações formais: uma abordagem comparativa. São Paulo: Atlas, 1970. 
ETZIONI, Amitai. Organizações Modernas. 5. ed. São Paulo: Pioneira, 1976.
ETZIONI, Amitai. Organizações Modernas. 6. ed. São Paulo: Pioneira, 1980.
FERREIRA, Ademir Antônio; REIS, Ana Carla Fonseca; PEREIRA, Maria Isabel. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias: evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: Pioneira, 1997.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 8 ed. São Paulo: Campus, 20