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Verifique se seu caderno está completo, sem repe-
tição de questões ou falhas. Caso contrário, noti-
fique imediatamente o Fiscal da Sala, para que 
sejam tomadas as devidas providências;
Confira seus dados pessoais, especialmente nome, 
número de inscrição e documento de identidade 
e leia atentamente as instruções para preencher 
o cartão-resposta;
Use somente caneta esferográfica, fabricada em 
material transparente, com tinta preta ou azul;
Assine seu nome apenas no(s) espaço(s) 
reservado(s);
Confira sua cor e tipo do caderno de questões. 
Caso tenha recebido caderno de cor ou tipo 
diferente do impresso em seu cartão-resposta, 
o fiscal deve ser obrigatoriamente informado 
para o devido registro na Ata da Sala;
Reserve tempo suficiente para o preenchimento 
do seu material. O preenchimento é de sua res-
ponsabilidade e não será permitida a troca do 
cartão-resposta ou folha de texto definitivo em 
caso de erro;
Para fins de avaliação, serão levadas em considera-
ção apenas as marcações realizadas no cartão-
-resposta e na folha de texto definitivo;
Os candidatos serão submetidos ao sistema de 
detecção de metais quando do ingresso e 
da saída de sanitários durante a realização 
das provas.
Boa sorte!
1ª F A S E D O 37º E X A M E D E O R D E M P Ó S-E D I T A L
FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA
LEIA AS ORIENTAÇÕES COM CALMA E ATENÇÃO!
INSTRUÇÕES GERAIS
● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas. 
● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente 
a antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe 
apenas UMA resposta válida e de acordo com o gabarito. 
● Faltando uma hora para o término do simulado, você receberá um e-mail para preencher 
o cartão-resposta, a fim de avaliar sua posição no ranking. Basta clicar no botão vermelho 
de PREENCHER GABARITO, que estará no e-mail, ou acessar a página de download da 
prova. Você deve fazer o cadastro em nossa plataforma para participar do ranking. Não se 
preocupe: o cadastro é grátis e muito simples de ser realizado.
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designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder 
a uma determinada questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste 
estilo de banca, uma resposta errada anula uma resposta certa. 
Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de 
ser no estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta 
em caso de respostas erradas.
– Se a sua prova for estilo Múltipla Escolha: 
marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É 
preciso responder a todas as questões, pois o sistema não permite o envio do cartão 
com respostas em branco.
● Uma hora após o encerramento do prazo para preencher o cartão-resposta, você receberá um 
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Ilimitada, você receberá, com o gabarito, a prova completa comentada – uma vantagem 
exclusiva para assinantes, com acesso apenas pelo e-mail e pelo ambiente do aluno.
● Não serão realizadas correções individuais das provas discursivas.
Em caso de solicitação de recurso para alguma questão, envie para o e-mail:
treinodificil_jogofacil@grancursosonline.com.br. 
Nossa ouvidoria terá até dois dias úteis para responder à solicitação.
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DIRETORIA DE PRODUÇÃO EDUCACIONAL
PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIVERSOS
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
grancursosonline.com.br
CÓDIGO:
922023149
TIPO DE MATERIAL:
Simulado Preparatório
NUMERAÇÃO:
4º Simulado
NOME DO ÓRGÃO:
Ordem dos Advogados do Brasil
OAB
CARGO:
1ª Fase do 37º Exame de Ordem
MODELO/BANCA:
OAB/FGV
EDITAL:
Pós-Edital
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
2/2023
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
Ética Profissional
Maria Christina
1 
Maurício, advogado, inconformado com o divórcio, pla-
nejou a morte de sua ex-mulher, chamando-a para ir até 
o seu antigo apartamento com o intuito de assassiná-la. 
Ocorre que o plano deu errado e Joana, ex-esposa de 
Maurício, acabou fugindo e o denunciando na Delegacia. 
Diante dos fatos, assinale a alternativa correta.
(A) O advogado deverá renunciar à causa, tendo em vis-
ta a gravidade dos atos imputados para que a defen-
soria pública possa assumi-la.
(B) É direito e dever do advogado assumir a defesa crimi-
nal, considerando sua própria opinião sobre a culpa 
do acusado.
(C) É direito e dever do advogado assumir a defesa crimi-
nal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa 
do acusado.
(D) Nem toda causa criminal é digna de defesa quando 
viola a moral particular do próprio advogado.
2 
Cecília outorgou procuração para sua advogada Maria 
Fernanda para que ela pudesse atuar em seu nome. 
Posteriormente, a advogada fez um substabelecimento 
sem reserva de poder para o advogado Marcus assumir 
o processo desta data para frente. Diante dos fatos, assi-
nale a opção correta.
(A) Marcus não poderá cobrar os honorários diretamen-
te da cliente de Maria Fernanda, mesmo que haja 
contrato diante da nulidade da cláusula.
(B) Marcus não poderia assumir a causa por substabele-
cimento, mas apenas se providenciassem a renúncia 
da causa.
(C) A cliente deverá ser necessariamente notificada do 
substabelecimento.
(D) O substabelecimento deveria ser feito sem reserva 
de poder para que haja a substituição do advogado.
3 
Carlos Magno resolveu divulgar em seu Instagram a rea-
lização de advocacia pro bono para determinada classe, 
convocando, inclusive, colegas para atuar em conjun-
to de forma gratuita. Diante dos fatos, assinale a op-
ção correta.
(A) É lícita a advocacia pro bono nos moldes indicados no 
comando da questão.
(B) A advocacia pro bono não pode ser divulgada no Ins-
tagram, sob pena de configurar autopromoção passí-
vel de censura.
(C) A advocacia pro bono deve ser prestada de forma 
gratuita, eventual e voluntária de serviços jurídicos, 
em favor apenas de pessoas físicas que não dispuse-
rem de recursos para a contratação de profissional.
(D) Considera-se advocacia pro bono a prestação gratui-
ta, eventual e voluntária de serviços jurídicos em fa-
vor de instituições sociais, sem fins econômicos e aos 
seus assistidos, mesmo que os beneficiários dispo-
nham de recursos para a contratação de profissional.
4 
Bastos, advogado militante na área de Direito Previ-
denciário, foi eleito Conselheiro pela Seccional do Mato 
Grosso, tendo tomado posse no ano de 2023. Em 2024, 
adquiriu um bem imóvel da sua própria seccional e pas-
sou a ministrar aulas remuneradas na Escola Superior 
de Advocacia. Diante dos fatos apresentados, assinale a 
alternativa correta.
(A) Não poderá o advogado, enquanto exercer cargos ou 
funções em órgãos da OAB ou representar a classe 
junto a quaisquer instituições, órgãos ou comissões, 
públicos ou privados, adquirir bens imóveis ou mó-
veis da OAB nem o exercício remunerado de ativida-
de de magistério na Escola Nacional de Advocacia.
(B) O advogado, enquanto exercer cargos ou funções de 
direção em órgãos da OAB, não poderá adquirir bens 
imóveis ou móveis da OAB nem o exercício remune-
rado de atividade de magistério na Escola Nacional 
de Advocacia.
(C) Não poderá o advogado, enquanto exercer cargos ou 
funções em órgãos da OAB ou representar a classe 
junto a quaisquer instituições, órgãos ou comissões, 
públicos ou privados, adquirir bens imóveis ou mó-
veis da OAB, mas não haverá impedimento para o 
exercício remunerado de atividade de magistério na 
Escola Nacional de Advocacia.
(D) Não poderá o advogado, enquanto exercer cargos ou 
funções em órgãos da OAB ou representar a classe 
junto a quaisquer instituições, órgãos ou comissões, 
públicos ou privados, adquirir bens imóveis ou mó-
veis da OAB nem o exercício remunerado nas Bancasdo Exame de Ordem.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
5 
Sobral, advogado e Presidente da Seccional do estado 
de São Paulo, acabou apresentando recurso em proces-
so disciplinar de um advogado. Diante dessa situação 
hipotética, assinale a alternativa correta.
(A) Os dirigentes das Seccionais são legitimados a inter-
por recursos nos processos em trâmite perante os 
órgãos da OAB.
(B) Salvo em causa própria, não poderá o advogado, en-
quanto exercer cargos ou funções em órgãos da OAB 
ou tiver assento, em qualquer condição, nos seus 
Conselhos, atuar em processos que tramitem peran-
te a entidade nem oferecer pareceres destinados a 
instruí-los.
(C) Não poderá o advogado, em hipótese alguma, en-
quanto exercer cargos ou funções em órgãos da OAB 
ou tiver assento, em qualquer condição, nos seus 
Conselhos, atuar em processos que tramitem peran-
te a entidade nem oferecer pareceres destinados a 
instruí-los.
(D) Não poderá o advogado, nem em causa própria, en-
quanto exercer cargos ou funções em órgãos da OAB 
ou tiver assento, em qualquer condição, nos seus 
Conselhos, atuar em processos que tramitem peran-
te a entidade nem oferecer pareceres destinados a 
instruí-los.
6 
Advogada Marta acabou sendo testemunha ocular de 
um crime em um Happy Hour ocorrido na última sexta-
-feira na casa de sua amiga, que também é advogada. 
Intimada a depor, ela se recusou, alegando o dever de 
guardar sigilo em face de sua profissão. Diante dos fatos, 
assinale a alternativa correta.
(A) Marta está correta, pois tem o dever de guardar si-
gilo dos fatos que tome conhecimento em razão do 
exercício da profissão.
(B) Marta deverá prestar depoimento, pois não se en-
contra amparada pelo sigilo profissional da ad-
vocacia.
(C) Marta não deverá depor, pois o sigilo profissional é 
de ordem pública, independendo de solicitação de 
reserva que lhe seja feita pelo cliente.
(D) Marta somente poderia quebrar o sigilo profissional 
no caso de circunstâncias excepcionais que configu-
rem justa causa, como nos casos de grave ameaça 
ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa 
própria.
7 
Berta é advogada recém inscrita na Ordem dos Advo-
gados do Brasil, com inscrição principal na seccional do 
Distrito Federal. Com dificuldades de se estabilizar na 
carreira, contratou a instalação de um outdoor em plena 
EPTG como forma de divulgação de seu trabalho, e criou 
uma página no Instagram, em que posta com frequência 
conteúdos informativos e educacionais sobre determi-
nada área jurídica. Diante dos fatos apresentados, assi-
nale a alternativa correta.
(A) Berta viola os meios utilizados para a publicidade 
profissional previstas no Código de Ética quando rea-
liza a instalação de outdoor e com a criação da pági-
na do Instagram.
(B) Berta viola os meios utilizados para a publicidade 
profissional previstos no Código de Ética apenas 
quando realiza a instalação de outdoor, mas não há 
proibição quanto à criação da página do Instagram 
nos termos postos.
(C) Berta não viola os meios utilizados para a publicida-
de profissional previstas no Código de Ética quando 
realiza a instalação de outdoor, mas infringe as re-
gras com a criação da página do Instagram nos ter-
mos postos.
(D) Berta não viola os meios utilizados para a publicida-
de profissional previstas no Código de Ética quando 
realiza a instalação de outdoor nem com a criação da 
página do Instagram nos termos postos.
8 
Sobre as penalidades aplicadas aos advogados, assinale 
a alternativa correta.
(A) As violações aos quesitos de publicidade no exercício 
da profissão geram a aplicação de uma penalidade 
sumária de censura.
(B) A inépcia profissional gera a aplicação de uma pena-
lidade de censura.
(C) A retenção abusiva dos autos gera a aplicação de 
uma penalidade exclusão dos quadros da OAB.
(D) A colaboração premiada do advogado contra o clien-
te gera a aplicação de uma penalidade exclusão dos 
quadros da OAB.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
Filosofia do Direito
Odair José
9 
“...quando se fala em uma sanção organizada como 
elemento constitutivo do direito, referimo-nos não às 
normas singulares, mas ao ordenamento normatizado 
tomado no seu conjunto, razão pela qual, dizer que a 
sanção organizada distingue o ordenamento jurídico de 
todo outro tipo de ordenamento não implica que todas 
as normas desse sistema sejam sancionadas, mas ape-
nas que o seja a maior parte”. BOBBIO, Norberto. Teoria 
da norma jurídica. São Paulo: Edipro, 2019, p. 164.
Bobbio defende que todo ordenamento jurídico é com-
posto por normas, do que se pode concluir que:
(A) Todas as normas de um ordenamento jurídico são 
necessariamente sancionadas para que sejam tidas 
como normas jurídicas.
(B) Ordenamento internacional não é jurídico, porque 
suas normas não dispõem de sanção.
(C) O critério de juridicidade de uma norma não é a 
sanção, mas a pertinência ao sistema, ou a validade 
quanto às fontes de produção normativa reconheci-
das como legítimas.
(D) A sanção tem relação com a validade da norma, já 
a eficácia corresponde à juridicidade, de modo que 
normas ineficazes não podem ser tidas como normas 
jurídicas.
10 
“Reconhecer-se mutuamente como pessoa de direito 
significa hoje, nesse aspecto, mais do que podia signi-
ficar no começo do desenvolvimento do direito moder-
no: entrementes, um sujeito é respeitado se encontra 
reconhecimento jurídico não só na capacidade abstrata 
de poder orientar-se por normas morais, mas também 
na propriedade concreta de merecer o nível de vida ne-
cessário para isso”. HONNETH, Axel. Luta por reconhe-
cimento: a gramática moral dos conflitos sociais. São 
Paulo: Editora 34, 2021, p. 193.
Para Axel Honneth, o direito, enquanto padrão de reco-
nhecimento, é relacional e normativo.
Assinale a alternativa que corresponda à concepção mo-
derna de Direito, defendida por Axel Honneth, nos ter-
mos da obra em referência.
(A) O sistema jurídico deve ser compreendido como ex-
pressão dos interesses universalizáveis de todos os 
membros da sociedade, ao mesmo tempo em que 
o Direito não deve admitir qualquer exceção ou pri-
vilégios.
(B) Os direitos e deveres individuais são definidos no 
âmbito da estrutura social de cooperação e nessa 
estrutura nem todos os indivíduos deverão ser consi-
derados sujeitos de direito.
(C) Os direitos são constituídos sob a perspectiva do 
indivíduo, de modo que o sistema jurídico deve ga-
rantir o exercício pleno dos direitos individuais, ainda 
que em detrimento dos interesses coletivos.
(D) O direito como reconhecimento se realiza na pólis 
moderna a partir da superação da dicotomia entre 
indivíduo e sociedade, de modo que os interesses 
coletivos sempre deverão se sobrepor aos interesses 
individuais.
Direito Constitucional
Ana Paula Blazute
11 
Os moradores da Rua “ALFA” pretendem criar uma as-
sociação para defesa dos interesses das pessoas que 
moram em tal rua. De acordo com a Constituição Fede-
ral, marque a alternativa correta sobre a criação dessa 
associação.
(A) Independe de autorização, sendo permitida a inter-
ferência estatal em seu funcionamento e terá, se 
expressamente autorizada, legitimidade para repre-
sentar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.
(B) Depende de autorização, sendo permitida a inter-
ferência estatal em seu funcionamento e terá, in-
dependentemente de autorização, legitimidade 
para representar seus filiados judicial ou extrajudi-
cialmente.
(C) Independe de autorização, sendo vedada a interfe-
rência estatal em seu funcionamento e terá, se ex-
pressamente autorizada, legitimidade para repre-
sentar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.
(D) Independe de autorização, sendo vedada a inter-
ferência estatal em seu funcionamento e terá, in-
dependentemente de autorização, legitimidade 
para representar seus filiados judicial ou extrajudi-
cialmente.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
12 
Larissa é Presidente da República; Marcos, Governadorde Estado; Eduardo, presidente do Supremo Tribunal 
Federal; Bráulio, Procurador-Geral da República; e Luís, 
Prefeito. Em conformidade com a Constituição Federal, 
podem propor ação declaratória de constitucionalidade 
perante o Supremo Tribunal Federal:
(A) Larissa, Marcos, Eduardo e Bráulio.
(B) Larissa, Marcos e Bráulio, apenas.
(C) Larissa, Eduardo e Bráulio, apenas.
(D) Eduardo e Bráulio, apenas.
13 
Fred é italiano, trabalha em uma multinacional no Brasil, 
e tem 20 anos de idade. Jade é brasileira, vendedora, 
tem 19 anos de idade, e é analfabeta. Alberto é brasilei-
ro, contador aposentado, e tem 74 anos de idade. Con-
siderando apenas as informações fornecidas, em confor-
midade com a Constituição Federal, o voto é
(A) facultativo para Fred, Jade e Alberto.
(B) obrigatório para Alberto, facultativo para Jade, e 
proibido para Fred.
(C) facultativo para Jade e Alberto e proibido para Fred.
(D) obrigatório para Alberto e Jade e proibido para Fred.
14 
Em conformidade com a Constituição Federal, a propos-
ta de Emenda Constitucional de iniciativa do Presidente 
da República será discutida e votada em
(A) cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 
maioria absoluta dos respectivos membros.
(B) sessão unicameral, em dois turnos, considerando-se 
aprovada se obtiver três quintos dos votos dos res-
pectivos membros do Congresso Nacional.
(C) cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 
três quintos dos votos dos respectivos membros.
(D) sessão unicameral, em turno único, considerando-se 
aprovada se obtiver dois terços dos votos dos mem-
bros do Congresso Nacional.
15 
João quer obter uma certidão negativa de antecedentes 
criminais para o processo seletivo de emprego que pre-
tende concorrer. No entanto, a repartição, sem qualquer 
esclarecimento, negou o pedido de emissão de certidão. 
João resolve te procurar como advogado e você diz ser 
cabível, nessa situação, o ajuizamento de
(A) mandado de segurança.
(B) ação popular.
(C) mandado de injunção.
(D) habeas data.
16 
Pedro, servidor público do TRT, já estável, perdeu seu 
cargo mediante processo administrativo. Logo em segui-
da, foi descoberto que o motivo da demissão de Pedro 
foi falso. Considerando apenas os dados fornecidos, a 
demissão de Pedro
(A) não poderá ser invalidada, pois apenas pode ser in-
validada a demissão decorrente de procedimento 
de avaliação periódica de desempenho, realizado na 
forma de lei complementar, sendo assegurada ampla 
defesa.
(B) não poderá ser invalidada, em nenhuma hipótese, 
por expressa vedação constitucional.
(C) poderá ser invalidada por sentença judicial, sendo 
ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, inde-
pendentemente de ser estável, reconduzido ao cargo 
de origem, com direito a indenização, aproveitado 
em outro cargo ou posto em disponibilidade com re-
muneração proporcional ao tempo de serviço.
(D) poderá ser invalidada por sentença judicial, sendo 
ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se 
estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito 
a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto 
em disponibilidade com remuneração proporcional 
ao tempo de serviço.
17 
Leandro, advogado e sócio de determinado escritório de 
advocacia, é proprietário de um imóvel na área urbana 
de Teresina. No caso de iminente perigo público, a auto-
ridade competente
(A) poderá usar da propriedade particular de Leandro, 
assegurando a ele indenização ulterior, independen-
temente de dano.
(B) poderá usar da propriedade particular de Leandro, 
assegurando a ele indenização ulterior, se hou-
ver dano.
(C) não poderá usar da propriedade de Leandro por ser 
ela particular, salvo em caso de desapropriação por 
necessidade pública, mediante justa e prévia indeni-
zação em dinheiro.
(D) poderá usar da propriedade particular de Leandro, 
sem direito à indenização, mesmo que haja dano.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
Direitos Humanos
Alice Rocha
18 
Ao longo da história, o Brasil tem assinado e ratificado 
uma série de tratados e convenções internacionais so-
bre direitos humanos. Todavia, o tratamento e o posi-
cionamento de tais tratados no ordenamento jurídico 
brasileiro foram sendo modificados, sobretudo com a EC 
n. 45/2004. A partir dessa emenda, e com base na Cons-
tituição Federal, atualmente, podemos afirmar que:
(A) Tratados em direitos humanos que venham a ser 
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em 
dois turnos, por maioria absoluta dos votos dos res-
pectivos membros, serão equivalentes às emendas 
constitucionais.
(B) Todos os tratados em Direitos Humanos que forem 
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em 
dois turnos, por três quintos dos votos dos respecti-
vos membros, serão equivalentes às leis ordinárias.
(C) Tratados em direitos humanos que venham a ser 
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, 
em dois turnos, por uma maioria qualificada de três 
quintos dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais.
(D) Todos os tratados em Direitos Humanos que forem 
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, 
em dois turnos, por três quintos dos votos dos res-
pectivos membros, serão equivalentes às normas su-
pralegais.
19 
No Brasil, o Comitê Nacional para os Refugiados – CO-
NARE – é o órgão de deliberação coletiva estabelecido 
no âmbito do Ministério da Justiça. Conforme a Lei n. 
9.474/1997, dentre os membros que constituem esse 
importante órgão, está
(A) um representante do Ministério das Relações Exte-
riores, que o presidirá.
(B) um representante do Ministério da Defesa.
(C) um representante do Departamento da Polícia 
Federal.
(D) um representante da sociedade civil.
Direito Internacional
Alice Rocha
20 
Ruanita é espanhola de 73 anos residente no Brasil há 
dois anos e acaba de ser presa, acusada de homicídio 
doloso contra seu ex-companheiro José, tendo utilizado 
de instrumentos de tortura para cometer o ato ilícito. 
Com receio de ser expulsa do Brasil, Ruanita procura 
apoio junto à ONG, em que você atua como advogado.
Com base nessa situação hipotética, e com base na Lei n. 
13.445/2017, você deve informar que:
(A) Sendo uma medida de cooperação internacional, 
deverá ser avaliado se o Brasil possui acordo de 
expulsão com a Espanha, país de nacionalidade de 
Ruanita.
(B) Ruanita poderá ser expulsa antes mesmo do trânsi-
to em julgado, tendo em vista a gravidade do crime 
cometido.
(C) Ruanita não poderá ser expulsa, visto que possui 
mais de 70 anos de idade.
(D) Ruanita pode sair voluntariamente do Brasil, inde-
pendentemente da existência de processo de expul-
são em curso.
21 
Jean-Pierre, francês, produtor de vinho e residente nos 
Estados Unidos, assinou um contrato com Lucas, brasi-
leiro, empresário no ramo de hotelaria e residente no 
Brasil. O contrato foi assinado na ocasião de uma feira 
de negócios nos Estados Unidos e ficou estabelecido que 
Jean-Pierre entregaria 20 caixas de vinhos Classe A na 
cidade de Paraty, Rio de Janeiro, onde funciona a pou-
sada de Lucas.
As partes optaram pelo foro do Rio de Janeiro, caso hou-
vesse alguma lide relacionada ao contrato. Com base 
nessa situação hipotética e na legislação brasileira sobre 
a matéria, podemos considerar que:
(A) Caso a entrega dos vinhos não se realize em confor-
midade com o contrato, a lei aplicável será a ameri-
cana, em razão do local da conclusão do contrato.
(B) Caso a entrega dos vinhos não se realize em confor-
midade com o contrato, Lucas deverá acionar a justi-
ça americana, local de nacionalidade de Jean-Pierre.
(C) Caso a entrega dos vinhos não se realize em confor-
midade com o contrato, Lucas deverá acionar a justi-
ça americana, local de conclusão do contrato.
(D) Caso a entrega dos vinhos não se realize em confor-
midade com o contrato, a lei aplicável será a brasilei-
ra, em razão da eleição do foro do Rio de Janeiro para 
lides relacionadas aocontrato.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
Direito Tributário
Maria Christina
22 
Um servidor federal foi impedido de ingressar num imó-
vel rural para exercer a fiscalização quanto ao ITR. Em 
virtude disso, requisita o auxílio da força pública estadu-
al, que se recusa a ir até o local. Diante desse cenário, é 
correto afirmar que:
(A) Sendo o ITR um tributo instituído pelo Estado, o 
auxílio deve ser prestado pela própria força pública 
estadual.
(B) Sendo servidor federal, o auxílio deve ser prestado 
pela força pública federal, e não pela estadual.
(C) Sendo o ITR fiscalizado e arrecadado pelo Município, 
por convênio com a União, o auxílio deve ser presta-
do pela força pública municipal, e não pela estadual.
(D) Ainda que o ITR não seja tributo estadual, o auxílio 
deve ser prestado pela força pública de qualquer 
ente federado.
23 
Mário, proprietário de imóvel localizado em área de 
expansão urbana, mas voltado a finalidades de produ-
ção agrícola de hortaliças orgânicas, celebra promessa 
de compra e venda por escritura pública com João, em 
2016, transmitindo imediatamente à posse do imóvel e 
mantida a mesma exploração, mas sem que a escritura 
tenha sido levada a registro. Em 2020, Mário é surpreen-
dido com cobrança pelo Fisco de imposto incidente so-
bre a propriedade do imóvel referente aos anos de 2017, 
2018 e 2019. Diante desse cenário, o imposto devido é o
(A) ITR, e o promitente vendedor pode ser responsabi-
lizado pelas dívidas posteriores à lavratura da escri-
tura pública de promessa de compra e venda com 
transmissão da posse.
(B) ITR, mas o promitente vendedor não pode ser res-
ponsabilizado pelas dívidas posteriores à lavratura 
da escritura pública de promessa de compra e venda 
com transmissão da posse.
(C) IPTU, e o promitente vendedor pode ser responsa-
bilizado pelas dívidas posteriores à lavratura da es-
critura pública de promessa de compra e venda com 
transmissão da posse.
(D) IPTU, mas o promitente vendedor não pode ser res-
ponsabilizado pelas dívidas posteriores à lavratura 
da escritura pública de promessa de compra e venda 
com transmissão da posse.
24 
Houve retenção indevida do imposto de renda do ser-
vidor do estado Y. Dessa forma, a ação de repetição de 
indébito deverá ser ajuíza contra quem e quem terá 
competência para julgar:
(A) à União, exclusivamente na justiça federal.
(B) ao Estado, exclusivamente na justiça estadual.
(C) à União ou ao estado na justiça federal.
(D) à União ou ao estado na justiça estadual.
25 
As CIDEs – Contribuições de Intervenção sobre o Domí-
nio Econômico – decorrem da necessidade de uma inter-
venção estatal em um setor econômico e têm finalidade 
específica. Sobre estes tributos, é correto afirmar que:
(A) Não incidirão sobre receitas de exportação e impor-
tação de produtos estrangeiros.
(B) Não poderão incidir uma única vez.
(C) Poderão ter alíquotas ad valorem com base no fatu-
ramento, na receita bruta ou no valor da operação.
(D) A pessoa natural destinatária das operações de 
importação não poderá ser equiparada a pessoa 
jurídica.
26 
Considerando-se as limitações do poder de tributar, con-
siste em exceção ao princípio da legalidade tributária
(A) a redução ou o restabelecimento de alíquotas de 
contribuição de intervenção no domínio econômico 
incidente sobre combustíveis (CIDE-combustíveis) 
por decreto.
(B) a redução de alíquotas do ICMS monofásico por 
decreto.
(C) a redução ou o restabelecimento de alíquotas de 
CIDE-combustíveis por convênio.
(D) o aumento de alíquotas de CIDE-combustíveis por 
decreto.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
Direito Administrativo
Gustavo Brígido
27 
Com o propósito de desenvolver e expandir o forneci-
mento de energia elétrica no município de Fortaleza, a 
Administração Pública verifica ser necessária a passa-
gem de fios de eletricidade por determinada proprieda-
de privada, impondo ao particular o dever de suportar a 
conduta de instalação e utilização de parte de seu bem 
imóvel. Como advogado(a) especialista em direito admi-
nistrativo, você foi consultado acerca da correta modali-
dade de intervenção do Estado na propriedade privada, 
tendo respondido corretamente que deve ser o (a)
(A) Desapropriação.
(B) Tombamento.
(C) Limitação administrativa.
(D) Servidão administrativa.
28 
O Município de Cachoeira Paulista, no Estado de São Pau-
lo, após regular procedimento licitatório, celebrou con-
trato de concessão com a sociedade empresária Gama, 
para prestação do serviço público de abastecimento de 
água potável. No curso do contrato, por motivo de in-
teresse público devidamente justificado, o prefeito mu-
nicipal deseja retomar o serviço e, consequentemente, 
extinguir o contrato de concessão. 
Como advogado(a) especialista em direito administrati-
vo, você foi consultado acerca da correta forma de extin-
ção do contrato de concessão do serviço público, tendo 
respondido corretamente que
(A) ocorre por encampação, mediante lei autorizativa 
específica e após prévio pagamento da indenização à 
concessionária;
(B) ocorre por caducidade, mediante decisão judicial e 
com prévio pagamento da indenização à concessionária;
(C) ocorre por anulação, mediante decisão administra-
tiva e com ulterior pagamento da indenização à con-
cessionária;
(D) não pode ocorrer até o término do prazo do contra-
to de concessão, exceto se o concessionário der causa 
pelo descumprimento de alguma obrigação legal ou 
contratual. 
29 Em fevereiro de 2023, o agente público João, do 
Estado do Ceará, de forma dolosa, a fim de obter 
proveito ou benefício indevido para outra pessoa, 
revelou fato de que tinha ciência em razão das 
suas atribuições e que devia permanecer em se-
gredo, propiciando beneficiamento a terceiro por 
informação privilegiada. Consoante dispõe a Lei de 
Improbidade Administrativa (com as alterações in-
troduzidas pela Lei n.14.230/21), João praticou ato 
de improbidade administrativa que atentou contra 
os princípios da Administração Pública (art. 11 da 
Lei n. 8.429/92) e, no bojo de ação civil pública por 
ato de improbidade administrativa, João
(A) não está sujeito a perda da função pública, por au-
sência de previsão legal.
(B) está sujeito a perda da função pública, que atinge 
qualquer vínculo existente entre o agente público e 
o poder público no momento do trânsito em julgado 
da sentença.
(C) está sujeito a perda da função pública, que atinge 
qualquer vínculo existente entre o agente público e 
o poder público no momento em que for prolatada 
a sentença.
(D) está sujeito a perda da função pública, que atinge 
apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza 
que o agente público detinha com o poder público 
na época do cometimento da infração.
30 João é servidor público ocupante do cargo efetivo 
de Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça do Esta-
do do Ceará e, no exercício da função, praticou ato 
ilícito que, com nexo causal, causou danos mate-
riais a José, usuário do serviço público, inexistindo 
qualquer causa de exclusão da responsabilidade.
José procurou você, na qualidade de advogado(a) 
especialista em direito administrativo, para orien-
tá-lo acerca de em face de quem deve ser ajuizada 
a ação indenizatória, tendo sido respondido corre-
tamente que deve ser em face 
(A) do Tribunal de Justiça do Estado de Ceará, com base 
em sua responsabilidade civil subjetiva, sendo neces-
sário se comprovar o elemento subjetivo na conduta 
do agente, que deverá responder em ação regres-
siva, caso haja condenação da referida Secretaria e 
João tenha agido com culpa ou dolo.
(B) do Tribunal de Justiça do Estado de Ceará, com base 
em sua responsabilidade civil objetiva, sendo desne-
cessário comprovar-se o elemento subjetivo na con-
duta de João, que não está sujeito à ação regressiva, 
pela teoria do risco administrativo.
(C) de João, diretamente, com base em sua responsabi-
lidade civil subjetiva, sendo necessário se comprovar 
o elemento subjetivo em sua conduta, e o Estadodo 
Ceará está sujeito à ação regressiva, pela teoria do 
risco administrativo, caso João seja condenado. 
(D) do Estado do Ceará, com base em sua responsabilida-
de civil objetiva, sendo desnecessário se comprovar o 
elemento subjetivo na conduta de João, que deverá res-
ponder em ação regressiva, caso haja condenação do re-
ferido Estado e o agente tenha agido com culpa ou dolo.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
31 
No princípio de 2023, a sociedade de economia mista 
Alfa, do Município de Aquiraz, no Estado do Ceará, rece-
beu formalmente, por meio de lei específica, delegação 
do poder de polícia do Município para prestar serviço 
de policiamento do trânsito na cidade, inclusive para 
aplicar multa aos infratores. Sabe-se que a entidade Alfa 
é uma empresa estatal municipal de capital majoritaria-
mente público, que presta exclusivamente serviço públi-
co de atuação própria do poder público e em regime não 
concorrencial. Você, na qualidade de advogado(a) espe-
cialista em direito administrativo, foi procurado(a) por 
um grupo de oposição ao governo local para saber da 
possibilidade de ajuizamento de ação judicial pertinente 
contra tal delegação, alegando ser ilegal. 
No caso em tela, de acordo com a atual jurisprudência 
do Supremo Tribunal Federal em tema de repercussão 
geral, a pretensão do grupo:
A não deve ser acolhida, pois é constitucional a delega-
ção do poder de polícia na forma realizada, inclusive no 
que concerne à sanção de polícia
(A) não deve ser acolhida, pois é constitucional a delega-
ção do poder de polícia na forma realizada, inclusive 
no que concerne à sanção de polícia.
(B) não deve ser acolhida, pois é constitucional a delega-
ção do poder de polícia a qualquer pessoa jurídica de 
direito privado, desde que cumprido o único requisi-
to que é a prévia autorização legal.
(C) deve ser acolhida, pois é inconstitucional a delega-
ção do poder de polícia, em qualquer das fases de 
seu ciclo, a pessoa jurídica de direito privado inte-
grante da administração indireta.
(D) deve ser acolhida parcialmente, pois é inconstitucio-
nal a delegação do poder de polícia, nas fases de seu 
ciclo de ordem de polícia e de sanção de polícia, a 
pessoa jurídica de direito privado integrante da ad-
ministração indireta.
32 
João, observadas as formalidades legais, firmou ato de 
permissão de uso de bem público com o Estado do Cea-
rá, para instalação e funcionamento de um restaurante 
em hospital estadual, pelo prazo de 48 meses. Passados 
seis meses, o Estado do Ceará alegou que iria instalar 
uma nova sala de UTI no local onde o restaurante está 
localizado, por conta de grande demanda em face de 
pandemia, razão pela qual revogou unilateralmente a 
permissão de uso. Três meses depois, João logrou obter 
provas irrefutáveis no sentido de que o Estado não ins-
talou nem irá instalar a UTI no local. Inconformado, João 
procurou você, na qualidade de advogado(a) especialis-
ta em direito administrativo, pretendendo reassumir o 
restaurante.
Ao elaborar a petição judicial, você informou a João que 
pleitear judicialmente a invalidação da revogação do ato 
de permissão é
(A) inviável, por se tratar de ato precário, mas cabe o 
ajuizamento de ação indenizatória diante da extin-
ção da permissão antes do prazo previsto.
(B) inviável, por se tratar de ato discricionário, mas cabe 
o ajuizamento de ação indenizatória diante da extin-
ção da permissão antes do prazo previsto.
(C) viável, eis que, com base no princípio da continuida-
de dos serviços públicos, João tem direito de explo-
rar o restaurante no prazo acordado, ainda que, de 
fato, o Estado Alfa fosse instalar a UTI no local.
(D) viável, eis que, apesar de ser um ato discricionário, 
aplica-se a teoria dos motivos determinantes, de ma-
neira que o Estado está vinculado à veracidade do 
motivo fático que utilizou para a revogação.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
Direito Ambiental
Nilton Coutinho
33 
Maria foi nomeada secretária municipal do meio am-
biente do município ALPHA.
Preocupada com a proteção de determinados espaços 
territoriais e os recursos ambientais neles existentes, 
consulta um advogado especialista na área para sa-
ber maiores informações sobre a instituição de unida-
des de conservação. Sobre o tema, o advogado lhe in-
formou que:
(A) A criação de uma unidade de conservação deve ser 
precedida de aprovação legislativa.
(B) A localização, a dimensão e os limites mais adequa-
dos para a unidade de conservação poderão ser livre-
mente escolhidas pelo poder público.
(C) A criação de qualquer tipo de unidade de conserva-
ção exige a realização de consulta popular.
(D) A ampliação dos limites de uma unidade de conser-
vação, sem modificação dos seus limites originais, 
exceto pelo acréscimo proposto, pode ser feita por 
instrumento normativo do mesmo nível hierárquico 
do que criou a unidade, desde que obedecidos os 
procedimentos de consulta estabelecidos no § 2º do 
art. 22 da Lei n. 9.985/2000.
34 
Roberta decidiu atuar na indústria, desenvolvendo ativi-
dade que utiliza recursos ambientais. Preocupada com o 
tema e querendo agir dentro da lei, procura um advoga-
do especialista na área, o qual lhe informa que:
(A) Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado 
a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo 
com solução técnica exigida pelo órgão público com-
petente, na forma da lei.
(B) As condutas e atividades consideradas lesivas ao 
meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físi-
cas ou jurídicas, a sanções alternativas de natureza 
penal, administrativa ou civil.
(C) O poder público pode requerer, na forma da lei, para 
instalação de obra ou atividade potencialmente cau-
sadora de significativa degradação do meio ambien-
te, estudo de impacto de vizinhança, a que se dará 
publicidade.
(D) A atividade pretendida por Roberta só pode ser ini-
ciada após a obtenção da licença de instalação.
Direito Civil
Roberta Queiroz
35 
Maria Amável Pinto Rego casou-se com Diógenes Cos-
ta Grande. No ato do casamento, resolveu adicionar o 
sobrenome do marido, passando a se chamar Maria 
Amável Pinto Rego Grande. O amor realmente tomou 
conta de seu coração desde quando conheceu Diógenes. 
Contudo, com o passar do tempo, passou a sofrer várias 
chacotas com o nome dela, sendo chamada de “rego 
grande”. Tal fato passou a incomodar demasiadamente, 
causando-lhe muito sofrimento. Considerando o caso 
narrado, como advogada ou advogado, como aconselha 
corretamente essa cliente? Marque a alternativa correta 
de acordo com a orientação do STJ.
(A) Maria somente poderá alterar o sobrenome em caso 
de divórcio.
(B) Maria somente poderá voltar a usar o nome de sol-
teira em caso de comprovação de estar sofrendo 
dano moral.
(C) Maria poderá voltar a usar o nome de solteira, mes-
mo sem divorciar.
(D) Uma vez definida a escolha do nome no casamento, 
pela regra da imutabilidade do nome, não será possí-
vel o retorno do nome de solteira.
36 
Universo Cândido manteve relacionamento amoroso 
com Rocambole Simionato. Os dois tinham o hábito de 
filmar e fotografar seus momentos íntimos. Rocambole 
decidiu terminar o relacionamento dizendo ao ex ama-
do: “Não pense que lhe quero mal, apenas não te quero 
mais.” Universo ficou com ódio da ex-namorada e resol-
veu se vingar, expondo nas redes sociais as fotos íntimas 
da ex, sem, contudo, expor o rosto da moça. Conside-
rando o caso e o posicionamento do STJ sobre o tema, 
marque a alternativa correta.
(A) Terá, Rocambole, direito a dano moral, ainda que 
não seja possível identificá-la nas imagens expostas 
na rede social.
(B) Rocambole não terá direito a dano moral caso não 
seja possível ver o seu rosto nas imagens.
(C) O caso narrado, como se trata de imagens sem iden-
tificação ou individualização da pessoa, se enquadra 
em dano hipotético, portanto sem indenização.
(D) Rocambole deverá comprovar o dano moral sofrido 
com a divulgação das imagens.
4º Simulado – OAB – 1ª Fasedo 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
37 
Lorena Pordeus Furtado tinha uma empresa de locação 
de espaço para trabalho, o famoso coworking. Contudo, 
logo no início das atividades empresariais de Lorena, 
houve medidas de isolamento em virtude do retorno 
das infecções da Covid-19. Com isso, a empresa teve 
uma diminuição severa do faturamento. Como o local de 
funcionamento da empresa de Lorena era alugado, ela 
ajuizou ação de revisão de aluguéis, contra a proprietá-
ria do imóvel, pedindo a redução do valor dos aluguéis 
pagos. Considerando a situação narrada, marque a alter-
nativa correta.
(A) Trata-se de incidência do duty to mitigate the loss, 
devendo o pedido ser julgado procedente.
(B) Trata-se da aplicação da teoria da imprevisão, deven-
do o pedido ser julgado procedente.
(C) Somente será possível revisão contratual no caso 
vertente, caso haja cláusula contratual permitindo 
tal ocorrência.
(D) Não há fundamento para revisão contratual, deven-
do Lorena responder por litigância de má-fé.
38 
Adonias tem dois filhos, Donizety e Doralety, ambos 
maiores. Adonias sempre deixou claro gostar mais de 
Donizety. Recentemente, Adonias decidiu vender o car-
ro que tem pelo valor de mercado de R$ 50.000,00. Os 
dois filhos manifestaram interesse na compra, mas, para 
variar, Adonias queria beneficiar Donizety. Assim, para 
evitar problemas, Adonias aliena o carro para Djones, 
seu amigo, para que este aliene posteriormente para 
Donizety. E assim foi feito. Considerando o caso narrado, 
marque a alternativa correta.
(A) A venda realizada a Djones e nula.
(B) Trata-se do caso de fraude contra credores.
(C) Trata-se de caso de anulação por vício de simulação.
(D) O prazo para anular a venda é de 2 anos.
39 
Hypotenusa Pereira sempre foi uma pessoa muito or-
ganizada com sua vida financeira. Passou a vida anga-
riando um vasto patrimônio e, recentemente, comprou 
o tão sonhado Porsche Taycan 4S pela bagatela de R$ 
900.000,00. Como sempre fora uma pessoa controlada 
e preocupada, mantém em dia seu seguro de vida e, cla-
ro, o seguro do carro. Contudo, um belo dia, desiludida 
por causa de um amor não correspondido por parte de 
Exupério, tomou 1 garrafa de Whisky Jubileu de Diaman-
te e uma de Gin Bombay Sapphire, que havia comprado 
para marcar a comemoração do noivado que idealizava. 
Contudo, bêbada ao extremo, entrou em seu Porsche e, 
em altíssima velocidade, perdeu o controle do carro e 
acabou falecendo em um acidente. Considerando a situ-
ação narrada, marque a alternativa correta.
(A) O ato praticado pela Hypotenusa é semelhante ao 
suicídio, caso em que não haverá pagamento do se-
guro de vida.
(B) Pode-se concluir que o seguro do carro e o seguro de 
vida serão pagos.
(C) O seguro de vida deve ser pago ao beneficiário indi-
cado e o seguro do carro não será pago.
(D) Tanto o seguro de vida quanto o seguro do carro de-
verão ser pagos.
40 
Maria Silva Silva de Silva e Silva estava passeando em-
baixo do Residencial Jambalaia quando, de repente, um 
pedaço da fachada do edifício caiu em seu ombro, fe-
rindo-a gravemente e causando a amputação completa 
do braço. Com isso, Maria ajuizou ação judicial contra o 
Condomínio, sendo que o magistrado julgou proceden-
te os pedidos de danos morais, materiais e estéticos em 
face do condomínio. Em momento de cumprimento de 
sentença, o condomínio informou que não tem dinheiro 
para pagar a dívida. Considerando o caso narrado, mar-
que a alternativa correta.
(A) O juiz do caso não poderá ordenar a penhora dos 
apartamentos para pagamento da dívida.
(B) Mesmo que um condômino tenha adquirido o imó-
vel após o fato, estará obrigado com sua unidade 
imobiliária para pagamento da dívida.
(C) A responsabilidade, neste caso, é subjetiva, devendo 
haver comprovação da negligência do condomínio na 
manutenção da estrutura, bem como culpa da ruína.
(D) Embora se trate de responsabilidade subjetiva do 
condomínio, apenas o síndico deve responder com 
seu patrimônio pessoal para pagamento da con-
denação.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
41 
Joao de Santo Cristo e proprietário de um apartamento 
na cidade do Recife, localizado em Boa Viagem, na beira 
mar. Cansado do marasmo da cidade, foi direto a Salva-
dor. E lá chegando, foi tomar um cafezinho, encontrou 
um boiadeiro, com quem foi falar; o boiadeiro tinha uma 
passagem e ia perder a viagem, mas João foi lhe salvar. 
Dizia ele: Estou indo pra Brasília e neste país lugar me-
lhor não há, tô precisando visitar a minha filha, eu fico 
aqui e você vai no meu lugar. E João aceitou sua propos-
ta, e num ônibus entrou no Planalto Central. Ele ficou 
bestificado com a cidade; Saindo da rodoviária, viu as 
luzes de Natal - Meu Deus, mas que cidade linda! No Ano 
Novo eu começo a trabalhar: Cortar madeira, aprendiz 
de carpinteiro; Ganhava cem mil por mês em Taguatinga 
(Legião Urbana). Com isso, Joao ficou em Brasília mesmo 
e decidiu colocar seu apartamento, no Recife, no Airb-
nb para uma renda extra. A locação foi um sucesso, mas 
os demais condôminos ficaram indignados e decidiram 
proibir as locações por conta da alta rotatividade de pes-
soas. Considerando o caso narrado, marque alternati-
va correta:
(A) O condomínio poderá deliberar em assembleia sobre 
uso das unidades imobiliárias mediante aprovação 
de metade dos condôminos.
(B) Em virtude do direito de propriedade, não pode o 
condomínio impedir o uso lícito das unidades inter-
nas imobiliárias.
(C) Há a possibilidade de o condomínio deliberar em as-
sembleia, por maioria qualificada de 2/3, para per-
mitir ou proibir a utilização das unidades condomi-
niais para fins de hospedagem atípica.
(D) A reunião em assembleia para tal finalidade não po-
derá ser de forma eletrônica.
Estatuto da Criança e do Adolescente
Patrícia Dreyer
42 
Robervaldo, engenheiro, 45 anos de idade, é pessoa 
muito simpática, bem-sucedida e respeitada em sua ci-
dade natal, Miracema do Norte, Tocantins, e mora em 
Palmas, capital do Estado. Numa de suas visitas à cidade 
natal, abriu as portas de sua casa para realizar um chur-
rasco e convidou alguns de seus amigos de infância. No 
dia, um de seus amigos, Evandro, delegado da cidade, 
ao ir ao banheiro, por equívoco, entra no escritório de 
Robervaldo e encontra mais de 200 fotografias e arqui-
vos digitais com imagens de crianças e adolescentes em 
cenas de nudez, sexo explícito ou pornográfica, e em po-
sições sexuais, ainda que vestidas. Assim, Evandro pren-
de Robervaldo em flagrante. Diante da hipótese acima, 
assinale a alternativa correta.
(A) Se Evandro requisitar ao Ministério Público e esse 
autorizar, será possível a um policial se infiltrar na in-
ternet com o fim de investigar os crimes praticados 
por Robervaldo, podendo, inclusive, ocultar a sua 
identidade para, por meio da internet, colher indí-
cios de autoria e materialidade dos crimes previstos.
(B) Ainda que a posse ou o armazenamento seja feito por 
agente público no exercício de suas funções, com a 
finalidade de comunicar às autoridades competentes 
a ocorrência daqueles episódios, se a comunicação 
não for feita em 30 dias, haverá crime igualmente.
(C) Se houver a investigação com policial infiltrado, uma 
vez concluída a investigação, todos os atos eletrô-
nicos praticados durante a operação deverão ser 
registrados, gravados, armazenados e encaminha-
dos ao Ministério Público, juntamente com relató-
rio circunstanciado, para eventual oferecimento de 
denúncia.
(D) Armazenar fotografia de criança ou adolescente em 
poses nitidamente sensuais, com enfoque em seus 
órgãos genitais, ainda que cobertos por peças de 
roupas, e incontroversa finalidade sexual e libidino-
sa, adequa-se ao crime de material pornográfico.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
43 
A menor Lorena, 17 anos, responde pelo ato infracio-
nal análogo ao crime de tráfico internacional de entor-
pecentes. Diante disso, o Juízo da Infância e Juventude 
condenou-a, por meio de sentença, a cumprir medidasocioeducativa de internação. Diante disso, sua advoga-
da Ana, advogada bastante diligente, pretende defendê-
-la, inclusive para alcançar medida socioeducativa mais 
branda. Com base na hipótese acima, assinale a alterna-
tiva correta.
(A) Se Ana conseguir modificar a sentença, a fim de que 
a medida seja de semiliberdade, serão obrigatórias a 
escolarização e a profissionalização, devendo, sem-
pre que possível, ser utilizados os recursos existentes 
na comunidade.
(B) Como a superveniência da maioridade penal não 
interfere na apuração de ato infracional nem na 
aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, 
se Lorena completar 18 anos poderá passar para a 
medida de liberdade assistida, pelo prazo máximo de 
6 meses.
(C) O juízo da infância e juventude também poderia 
aplicar a medida de prestação de serviços à comu-
nidade, com tarefas atribuídas conforme as aptidões 
de Lorena, devendo ser cumpridas durante jornada 
mínima de oito horas semanais, aos sábados, domin-
gos e feriados, exceto em dias úteis, de modo a não 
prejudicar a frequência à escola ou à jornada normal 
de trabalho.
(D) Se Ana permanecer internada, sabido que o período 
máximo de internação é de 3 anos, e cumprido esse 
prazo, haverá a desinternação compulsória, precedi-
da de autorização do Ministério Público.
Código de Defesa do Consumidor
Patrícia Dreyer
44 
Maria é uma pessoa bastante viajada que ama conhecer 
o mundo e, para isso, utiliza de várias estratégias para 
comprar passagens mais baratas, adquirir milhas, e se 
inscrever em programas de hotéis. Com isso, Maria se 
inscreveu em novo programa de milhas e, por ser muito 
diligente, leu o contrato atentamente. Nele havia várias 
cláusulas que ela considera abusiva. Assim, procura você 
como advogado que, acertadamente, responde que:
(A) Se Maria viajar de ônibus em estrada pedagiada, a 
concessionária de rodovia deve ser objetivamente 
responsabilizada por roubo com emprego de arma 
de fogo cometido contra seus usuários em posto de 
pedágio.
(B) A empresa aérea que disponibilizar a opção de resga-
te de passagens aéreas com “pontos” pela internet 
não é obrigada a assegurar que o cancelamento ou 
reembolso dessas seja solicitado pelo mesmo meio.
(C) É abusiva a prática comercial consistente no cance-
lamento unilateral e automático de um dos trechos 
da passagem aérea, sob a justificativa de não ter o 
passageiro se apresentado para embarque no voo 
antecedente.
(D) É abusiva a cláusula constante de programa de fide-
lidade que impede a transferência de pontos/bônus 
de milhagem aérea aos sucessores do cliente titular 
no caso de seu falecimento.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
45 
Roberta, consumidora desenfreada, fez vários emprés-
timos, e está com o nome negativado. Um deles, con-
signado, descontada a parcela diretamente em seu con-
tracheque, outro dividiu em 240 parcelas, outro para 
aquisição de um veículo, e assim por diante, na intenção 
de alcançar um padrão social que, em verdade, não lhe 
cabe. Agora, Roberta procura você como advogado(a) 
na intenção de resolver juridicamente a situação de su-
perendividamento. Diante do caso hipotético, assinale a 
alternativa correta.
(A) A requerimento de Roberta, o juiz poderá instaurar 
processo de repactuação de dívidas, com vistas à re-
alização de audiência conciliatória, presidida por ele 
ou por conciliador credenciado no juízo, com a pre-
sença de todos os credores, na qual ela apresentará 
proposta de plano de pagamento com prazo máximo 
de 3 (três) anos, preservados seu mínimo existencial 
e as garantias e as formas de pagamento original-
mente pactuadas.
(B) São ilícitos os descontos de parcelas de empréstimos 
bancários comuns em conta corrente, utilizada para 
recebimento de salários, mesmo previamente auto-
rizados pelo mutuário, sendo aplicável, por analogia, 
a legislação que disciplina os empréstimos consigna-
dos em folha de pagamento.
(C) O Banco deverá informar Roberta, prévia e adequa-
damente, no momento da oferta, sobre o montante 
das prestações e o prazo de validade da oferta, que 
deve ser, no mínimo, de 2 (dois) dias.
(D) Na intenção de ajudar Roberta, é permitido ao banco 
indicar que a operação de crédito poderá ser concluí-
da sem consulta a serviços de proteção ao crédito ou 
sem avaliação da situação financeira do consumidor.
Direito Empresarial
Renato Borelli
46 
Ana Paula possui uma empresa individual no ramo de 
alimentos. Ocorre que ela sofreu um AVC e está inca-
paz de exprimir sua vontade. Ana Paula é viúva e possui 
apenas um único filho, Ângelo, que é servidor público 
e exerce o cargo de Analista Tributário na Secretaria da 
Receita Federal do Brasil.
Com base nessas informações e nas disposições do Códi-
go Civil, é correto dizer que:
(A) Ângelo poderá ser administrador da empresa, posto 
que seu cargo público não recebe informações privi-
legiadas que beneficiariam sua empresa.
(B) Como Ângelo está impedido de exercer atividade 
de empresário, será nomeado um ou mais gerentes 
para a empresa, com a aprovação do juiz.
(C) Caso Ângelo exerça atos de empresário, ele não res-
ponderá pelas obrigações contraídas, pois sua perso-
nalidade não se confunde com a da empresa.
(D) Ana Paula, ainda que devidamente assistida e 
com autorização judicial, não poderá continuar a 
empresa.
47 
Os amigos Roberta, Gustavo, Patrícia e Nilton resolve-
ram constituir uma sociedade anônima. No estatuto so-
cial decidiram limitar o direito dos acionistas.
Nilton, contador com grandes conhecimentos no ramo 
do Direito Empresarial, advertiu que alguns direitos são 
essenciais e impostos por disposição da Lei das Socieda-
des Anônimas, de forma que nem o estatuto social nem 
a assembleia-geral poderão privar o acionista. Dentre 
eles NÃO está o direito de
(A) participar dos lucros sociais.
(B) votar nas assembleias.
(C) participar do acervo da companhia, em caso de li-
quidação.
(D) fiscalizar, na forma prevista nesta Lei, a gestão dos 
negócios sociais.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
48 
Roberta, empreendedora do ramo de modas, buscan-
do atuar em novos segmentos, firmou contrato com a 
sociedade empresarial Pés Descalços S.A., reconhecida 
fabricante de calçados. Nesse contrato, Roberta compro-
meteu-se a realizar a mediação para a realização de ne-
gócios mercantis, sem vínculo empregatício, agenciando 
propostas e pedidos, para, transmiti-los à sociedade Pés 
Descalços S.A., efetuando a venda de seus calçados, com 
exclusividade.
Com base nas disposições acima e na legislação empre-
sarial, é correto afirmar que se trata de contrato de
(A) representação.
(B) comissão.
(C) franquia.
(D) concessão.
49 
Maria Christina emitiu nota promissória em favor de Fe-
lipe e estabeleceu, verbalmente e sem aposição na nota, 
que o vencimento ocorreria 06 (seis) meses após o ven-
cimento do título. Felipe negociou a nota promissória, 
colocando-a em circulação. Nessa situação,
(A) caso Maria Christina tenha colocado a expressão 
“não à ordem”, ou outra equivalente, a nota promis-
sória será considerada intransferível.
(B) Felipe pode tirar cópia da nota promissória e trans-
feri-la por endosso, desde que a cópia indique que o 
original se encontra em sua posse.
(C) se, no curso da circulação da nota, for dado aval sem 
a indicação da pessoa por quem se dá, esse aval será 
considerado nulo.
(D) se a nota promissória for preenchida consignando 
data de vencimento contrária à originalmente esta-
belecida, Maria Christina poderá negar-se ao paga-
mento antecipado da nota, independentemente da 
boa-fé do portador.
50 
As sociedades empresariais Raquel Cosméticos e Eu-
gênio Perfumaria desejam requerer suas recuperações 
judiciais. Sabendo que, Raquel Cosméticos exerce re-
gularmente suas atividades há 13 (treze) anos, nunca 
faliu, porém já obteve há 8 (oito) anos a concessão de 
recuperação judicial com base no plano especial para 
empresas de pequeno porte, e que, Eugênio Perfumaria 
exerce regularmente suasatividades há mais de 7 (sete) 
anos, nunca faliu e nem obteve concessão de recupera-
ção judicial, porém tem como sócio controlador, pessoa 
condenada por crimes previstos na Lei n. 11.101/2005. 
O pedido das sociedades empresariais será:
(A) Deferido, pois ambas as empresas apresentam os 
requisitos necessários para a concessão da recupera-
ção judicial.
(B) Indeferido, pois ambas possuem condições que im-
possibilitam a concessão da recuperação judicial.
(C) Deferido para Raquel Cosméticos e indeferido para 
Eugênio Perfumaria.
(D) Indeferido para Raquel Cosméticos e deferido para 
Eugênio Perfumaria.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
Direito Processual Civil
Raquel Bueno
51 
Júlia, dez anos, devidamente representada por sua geni-
tora Joelma, ajuizou ação de alimentos em face de seu 
pai Malaquias, perante a 1ª Vara de Família de Tocantins. 
Os alimentos provisórios foram fixados em um salário 
mínimo, conforme requerido na petição inicial. Após o 
devido processo legal, foi proferida sentença condena-
tória, com a conversão dos alimentos provisórios em de-
finitivos. Inconformado com a sentença, Malaquias de-
seja reverter a situação e procura você, como advogado, 
para auxiliá-lo nesta missão. Com base nesta situação, 
marque a assertiva correta.
(A) O valor da causa foi de um salário-mínimo.
(B) Malaquias pode interpor recurso de apelação com 
duplo efeito.
(C) Malaquias pode interpor recurso de apelação dota-
do apenas de efeito devolutivo.
(D) Contra a decisão que fixou alimentos provisórios era 
cabível o agravo de instrumento, dotado de duplo 
efeito.
52 
Julieta, residente e domiciliada em Brasília – DF, ajuizou 
ação em face de Péricles, também residente e domicilia-
do em Brasília – DF, pleiteando indenização por danos 
materiais e morais. Após audiência frustrada de conci-
liação, o réu apresentou apenas reconvenção em face 
de Julieta. Ocorre que, durante a fase instrutória proba-
tória, Julieta se mudou definitivamente para os Estados 
Unidos, não deixando nenhum bem móvel ou imóvel no 
seu nome, no Brasil. Péricles também se mudou para o 
México, não deixando nenhum bem no Brasil. A partir 
desta realidade, assinale a opção correta.
(A) Julieta deverá prestar caução, a fim de garantir o pa-
gamento de eventuais ônus de sucumbência.
(B) Péricles deverá prestar caução, a fim de garantir o 
pagamento de eventuais ônus de sucumbência.
(C) Considerando que ambas as partes se mudaram do 
Brasil sem deixar bens, o processo deve ser automa-
ticamente extinto, sem resolução de mérito.
(D) A prestação de caução por Julieta é devida, indepen-
dentemente da existência de tratados internacionais 
ratificados pelo Brasil em sentido contrário, e mesmo 
que ela tivesse deixado bens imóveis no Brasil.
53 
Álvaro requereu, em face de sua ex-esposa Izaura, uma 
tutela cautelar antecedente de sequestro do álbum de 
casamento, que Izaura ameaçou atear fogo, assim que 
ele saiu de casa e pediu o divórcio. O objetivo principal 
de Álvaro é ajuizar ação de divórcio, com partilha de 
bens, inclusive do referido álbum, uma vez que seu valor 
econômico e sentimental é alto, tendo sido elaborado 
com detalhes em ouro, por um fotógrafo famoso e já 
falecido, com fotos inéditas de parentes já falecidos de 
Álvaro. Assim, a petição inicial foi distribuída e a limi-
nar concedida. A partir desta realidade, assinale a op-
ção correta:
(A) Izaura poderá contestar o pedido cautelar em quin-
ze dias.
(B) Caso Izaura não agrave da decisão interlocutória que 
concedeu a liminar, haverá a estabilização.
(C) Izaura poderá contestar o pedido cautelar em cinco 
dias, sob pena de revelia.
(D) Álvaro deverá apresentar o pedido principal nos 
mesmos autos, no prazo de quinze dias, a contar da 
efetivação da liminar.
54 
Iracema promove a execução de título executivo ex-
trajudicial em face de Mendes, perante a Vara Cível de 
Presidente Prudente – SP. Considerando a dificuldade 
de localização do executado, havendo indícios de que o 
mesmo estava se ocultando, Iracema pede o arresto on 
line de seus ativos financeiros, via SISBAJUD, tendo o juiz 
competente deferido o pedido. Uma vez ciente do ato 
de constrição patrimonial, Mendes deseja impugná-lo. A 
partir deste cenário, assinale a opção correta:
(A) A decisão do juiz foi incorreta, uma vez que não há 
previsão legal do arresto on line, mas apenas da pe-
nhora on line.
(B) A decisão do juiz foi correta e encontra previsão nor-
mativa no CPC vigente.
(C) A decisão do juiz foi incorreta, haja vista que o ar-
resto on line só poderia ser deferido após citação do 
executado, sob pena de violação do contraditório.
(D) A decisão do juiz foi incorreta, sendo impugnável por 
agravo de instrumento.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
55 
Emanuel ajuíza ação monitória em face de Cleuza, com 
base em provas escritas despidas de eficácia executiva, 
envolvendo obrigação de entregar coisa certa. Após ci-
tação, Cleuza apresenta embargos à monitória e recon-
venção, manifestamente protelatórios, que são rejeita-
dos mediante sentença de procedência dos pedidos do 
autor. Considerando esta situação, e as regras do proce-
dimento injuntivo, assinale a opção correta.
(A) A reconvenção não é admitida no procedimento in-
juntivo.
(B) Emanuel pode opor embargos de declaração contra 
a sentença, que nada mencionou acerca da multa de 
até 10% sobre o valor atribuído à causa, diante da 
má-fé do réu ao opor embargos à monitória prote-
latórios.
(C) Os embargos à monitória são apresentados em peti-
ção própria, distribuída por dependência à ação mo-
nitória.
(D) Para apresentação dos embargos, Cleuza precisou 
garantir o juízo.
56 
Antonieta promove ação de cobrança em face dos seus 
três devedores solidários. Ressalte-se que os autos são 
eletrônicos, e que após cada devedor ser citado pelo 
correio, ofereceram suas contestações, por meio de 
seus advogados, de escritórios diferentes. Após o devido 
processo legal, a sentença foi de total procedência dos 
pedidos autorais. Inconformado, apenas um dos deve-
dores solidários apela e obtém a reforma da decisão, por 
reconhecimento da prescrição. A partir deste cenário, 
aponte a assertiva certa.
(A) Nesse caso, o prazo processual para contestação e 
apelação foi contado em dobro.
(B) O prazo para a contestação é simples, mas contado 
somente a partir da juntada do último aviso de rece-
bimento da citação cumprida pelo correio.
(C) O recurso interposto por um dos devedores solidá-
rios não aproveita os demais.
(D) Considerando que somente um dos devedores so-
lidários recorreu, Antonieta poderia apresentar 
recurso adesivo no prazo de apresentação das con-
trarrazões.
57 
Luiz, por meio de seu advogado Natanael, promove 
uma ação de reparação de danos materiais contra Bar-
tolomeu, com a concessão do benefício da gratuidade 
de justiça. Após o devido processo legal, os pedidos do 
autor são julgados integralmente procedentes, tendo 
o juiz fixado 10% de honorários advocatícios. Inconfor-
mado, Natanael deseja recorrer da decisão, a fim de ob-
ter a majoração dos referidos honorários. Bartolomeu 
também recorre. No tribunal, a sentença é reformada, 
fixando-se inicialmente os honorários advocatícios em 
15%, com a majoração de mais 5% na esfera recursal, 
totalizando 20%. Ocorre que a decisão foi por maioria. A 
partir desta realidade, assinale a opção certa.
(A) Considerando a gratuidade de justiça do autor, não 
foi necessário recolher preparo para a interposição 
de apelação por Natanael.
(B) A gratuidade de justiça não deveria ter sido concedi-
da para Luiz, uma vez que patrocinado por advogado 
particular.
(C) Caso Luiz viesse a falecer no curso do processo, ocor-
rendo a sucessão processual por seus herdeiros, a 
gratuidade de justiça de Luiz seria estendida a seus 
sucessores automaticamente.
(D) No caso da questão, o tribunal deverá promover, de 
ofício, a ampliação do colegiado.
Direito Penal
Michelle Tonon
58 
Rafael foi demitido da empresaonde trabalhava. Moti-
vado por desejo de vingança, resolveu matar o ex-colega 
de trabalho Bruno, pois imaginava que Bruno fora o res-
ponsável pela sua demissão. Adquiriu, ilegalmente, uma 
arma de fogo de uso permitido, um revólver calibre 38, 
para executar o crime. Rafael, então, dirigiu-se ao pré-
dio em que Bruno residia e ficou escondido nas proxi-
midades, aguardando o melhor momento para efetuar 
os disparos. Passadas algumas horas, Rafael recebe uma 
ligação de sua mãe e reflete melhor, desistindo do inten-
to homicida. No dia seguinte, Bruno descobre o plano 
de Rafael ao ver as câmeras de segurança do prédio e 
comunicou a Polícia. Rafael, então, é preso quando se 
dirigia a uma entrevista de emprego. No momento da 
prisão, Rafael carregava uma mochila, onde foram en-
contradas munições e o revólver adquirido dias antes, 
ilegalmente.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
Como advogado (a), você é procurado (a) por familiares 
de Rafael. Sobre a situação jurídica do rapaz, deverá ex-
plicar que:
(A) A Polícia agiu corretamente ao prender Rafael, que 
deverá responder por tentativa de homicídio quali-
ficado pela motivação fútil (vingança) e pelo recurso 
que dificultou a defesa da vítima (esconderijo), além 
do crime de porte de arma de fogo de uso permitido.
(B) Ao adquirir a arma de fogo ilegalmente, com o pro-
pósito de matar Bruno, Rafael ingressou na fase 
executória do crime de homicídio, podendo assim 
ser responsabilizado penalmente. Como a arma se-
ria utilizada para os disparos, a defesa deverá argu-
mentar pela aplicação do princípio da consunção, de 
sorte que o crime mais grave, o homicídio tentado, 
absorve o delito menos grave, o porte de arma, que 
funciona como crime-meio.
(C) Não se revela possível a prisão de Rafael em razão 
da prática de homicídio tentado, pois o rapaz não in-
gressou na fase executória do crime. Poderá ser cri-
minalmente processado, tão somente, pelo porte de 
arma de fogo de uso permitido, crime este afiançável 
na esfera policial.
(D) A Polícia não agiu corretamente ao prender Rafael, 
pois o rapaz não praticou qualquer crime. O homicí-
dio não passou da fase de cogitação e a arma era de 
uso permitido, não havendo tipificação legal nessa 
hipótese.
59 
Cláudia, professora da autoescola Bom Motorista, via-
java de carro com sua família, conduzindo o veículo. 
Chovia, e Cláudia não conhecia a estrada muito bem. 
Apesar das condições desfavoráveis, Cláudia dirigia ra-
pidamente, para chegar mais rápido ao destino, pois 
acreditava ser excelente motorista, conhecendo todas 
as técnicas adequadas para lidar com situações adversas 
no trânsito. Algum tempo depois, numa curva, o veícu-
lo que Cláudia dirigia derrapou, colidiu numa árvore e, 
infelizmente, seu filho Marcos, que ia no banco trasei-
ro, faleceu. Cláudia sofreu apenas escoriações leves. A 
perícia feita no local do acidente constatou excesso de 
velocidade.
Considerando o fato narrado, na condição de 
advogado(a), sob o ponto de vista técnico, deverá ser 
esclarecido a Cláudia que:
(A) A hipótese é de homicídio culposo na direção de ve-
ículo automotor. Em razão de ausência de previsão 
expressa no Código de Trânsito Brasileiro, a agente 
não poderá ser beneficiada com o perdão judicial, 
ainda que o resultado do crime – a morte do filho – 
tenha afetado Cláudia de forma muito intensa.
(B) Cláudia agiu com dolo eventual, assumindo o risco 
de matar Marcos ao adotar velocidade excessiva em 
pista escorregadia, razão pela qual deverá responder 
pelo crime de homicídio doloso.
(C) Cláudia não praticou crime, pois era motorista habi-
lidosa e o fato de ter o veículo derrapado na pista 
molhada é circunstância imprevisível, que afasta a 
responsabilização penal.
(D) Pode ser identificada na conduta de Cláudia a culpa 
consciente, já que a agente conhece os riscos da pis-
ta escorregadia, prevê o resultado objetivamente, 
porém acredita sinceramente que o resultado não 
ocorrerá, em razão de sua habilidade como mo-
torista.
60 
No interior de uma loja de departamentos, André colo-
cou em sua mochila dois relógios e dois frascos de per-
fume importado, com a intenção de subtraí-los para si. 
Após conseguir sair do estabelecimento sem pagar pelos 
produtos, André foi detido, nas proximidades do local, 
por agentes de segurança que visualizaram sua ação 
pelo sistema de câmeras de vigilância. Os produtos apre-
endidos foram recuperados e avaliados em R$ 3.000,00 
(três mil reais). Preocupado com a situação, André o/a 
contrata como advogado/a para atuar no caso. A correta 
orientação jurídica é no sentido de que:
(A) André praticou crime de furto consumado, segundo 
entendimento do STJ.
(B) Não há crime, pela atipicidade da conduta, vez que 
a existência das câmeras de vigilância na loja tornou 
impossível a consumação do furto.
(C) A situação revela crime impossível por ineficácia ab-
soluta do meio.
(D) André praticou um crime de furto consumado e, caso 
seja primário e de bons antecedentes, poderá ser be-
neficiado com a figura do furto privilegiado, confor-
me art. 155, § 2º, do Código Penal.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
61 
José estava caminhando pela rua, a caminho do tra-
balho, quando notou que havia uma criança pequena, 
chorando, trancada no interior de um veículo, com os vi-
dros totalmente fechados. Desesperado com a situação, 
procurou o responsável nas imediações e, não tendo 
encontrado, decidiu quebrar o vidro do carro e resgatar 
a criança, que já apresentava sinais de desidratação e 
sufocamento.
Quanto ao enquadramento jurídico do caso apresenta-
do, assinale a alternativa correta.
(A) José agiu em exercício regular de direito, razão pela 
qual não há culpabilidade em sua conduta de danifi-
car o carro.
(B) José agiu em legítima defesa de terceiro, excludente 
de ilicitude, considerando que quebrou o vidro do 
veículo para resgatar a criança, que estava prestes a 
morrer sufocada.
(C) José agiu em estrito cumprimento do dever legal, vis-
to que, como cidadão comum, não poderia se omitir 
diante do risco que a criança corria se ficasse presa 
no interior do carro por mais tempo.
(D) José agiu em estado de necessidade, pois salvou de 
perigo atual, que não provocou por sua vontade, di-
reito alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não 
era razoável exigir-se. Nesse caso, não há crime de 
dano, pois o direito à vida da criança justifica plena-
mente seja o carro danificado.
62 
A pessoa jurídica no ramo da construção civil Construin-
do Sonhos e um dos seus diretores, José Roberto, foram 
denunciados pelo Ministério Público pela prática de 
crime ambiental. A denúncia foi recebida. No entanto, 
o acusado José Roberto, pessoa física, foi absolvido su-
mariamente, prosseguindo a ação penal apenas contra 
a pessoa jurídica. Nessa situação, você, advogado(a), é 
contratado para realizar a defesa em juízo da Construin-
do Sonhos. Nesse sentido, a correta orientação jurídica, 
segundo o entendimento dos Tribunais Superiores, acer-
ca da responsabilização penal das pessoas jurídicas, é:
(A) Como a pessoa física foi afastada da ação penal, a 
defesa da Construindo Sonhos, invocando a teoria da 
dupla imputação, deve sustentar que a pessoa jurídi-
ca deve ser também, obrigatoriamente, excluída do 
processo.
(B) Segundo o entendimento atual da jurisprudência, 
é possível a responsabilização penal da pessoa jurí-
dica por delitos ambientais independentemente da 
responsabilização concomitante da pessoa física que 
agia em seu nome.
(C) O ordenamento jurídico brasileiro não admite a res-
ponsabilização penal das pessoas jurídicas, afinal são 
ficções jurídicas, não sendo possível aplicar a elas 
pena privativa de liberdade.
(D) A Constituição Federal não previu a responsabilidade 
penal da pessoa jurídica, mas apenas sua responsa-
bilidade administrativa. Assim, a ação penal não po-
derá prosseguir contra a Construindo Sonhos, isola-
damentea.
63 
Igor adquiriu, em uma feira popular, um revólvercalibre 
38, já bastante antigo. Seu intuito era desmontar a arma 
e aprender sobre o funcionamento do artefato. Igor não 
tinha autorização para portar ou possuir arma de fogo, 
mas sempre foi um grande entusiasta de tais objetos. 
Em determinado dia, Igor estava levando a arma para 
mostrá-la a um conhecido, quando foi abordado pela 
polícia. A arma foi apreendida e levada à perícia no Ins-
tituto de Criminalística da Polícia Civil. A conclusão do 
laudo pericial foi no sentido de ser a arma absolutamen-
te ineficaz para efetuar disparos, pois havia um defeito 
irreparável no objeto. Igor procura você, advogado (a) 
para orientação jurídica. Nessa situação hipotética, você 
deverá dizer a Igor que:
(A) A conduta é típica, pois trazer consigo arma de fogo, 
sem autorização legal, é crime de perigo abstrato, 
previsto no Estatuto do Desarmamento, ainda que 
a arma esteja desmuniciada ou seja ineficaz para 
disparos.
(B) O crime de porte irregular de arma de fogo, acessó-
rio ou munição de uso permitido é de perigo concre-
to, exigindo a demonstração de efetiva situação de 
perigo à segurança pública e à paz social.
(C) Uma vez demonstrada, por laudo pericial, a inapti-
dão da arma de fogo para o disparo, é atípica a con-
duta de portar ou de possuir arma de fogo, tratando-
-se de crime impossível.
(D) A conduta de Igor somente seria típica caso efetuas-
se algum disparo com a arma de fogo, na via pública 
ou em direção a ela, sendo o porte irregular mera 
infração administrativa.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
Direito Processual Penal
Lorena Ocampos
64 
 Janaína e Alexandre foram condenados, em primeira ins-
tância, pela suposta prática de um crime de furto qualifi-
cado, à pena de 03 anos de reclusão e 12 dias-multa, por 
fatos que teriam ocorrido quando Janaína tinha 18 anos 
e Alexandre tinha 19 anos. Janaína, ainda, confessou 
os fatos no interrogatório. Alexandre permaneceu em 
silêncio. Na dosimetria da pena, a pena-base foi fixada 
acima do mínimo, não sendo reconhecidas atenuantes 
ou agravantes nem causas de aumento ou diminuição. 
Intimados da sentença, o promotor e o advogado de 
Alexandre não tiveram interesse em apresentar recurso, 
mas o advogado de Janaína interpôs recurso de apela-
ção. Por ocasião do julgamento do recurso, entenderam 
os desembargadores por reconhecer que o crime restou 
tentado, bem como que deveriam ser aplicadas as ate-
nuantes da menoridade relativa e confissão espontânea 
a Janaína. Com base nas informações expostas, os efei-
tos da decisão dos desembargadores do Tribunal
(A) poderão ser parcialmente estendidos a Alexandre, 
aplicando-se as atenuantes, mas não a causa de di-
minuição de pena.
(B) poderão ser parcialmente estendidos a Alexandre, 
aplicando-se a causa de diminuição de pena da ten-
tativa, a atenuante da menoridade relativa, mas não 
a atenuante da confissão.
(C) poderão ser integralmente estendidos a Alexandre, 
aplicando-se as atenuantes e a causa de diminuição 
de pena.
(D) nada poderá ser estendido a Alexandre, pois so-
mente beneficiará o réu que interpôs recurso de 
apelação.
65 
Ricardo foi denunciado pelo crime do art. 171, caput, do 
Código Penal (pena de reclusão, de um a cinco anos, e 
multa). Após o recebimento da denúncia, a regular ins-
trução probatória no procedimento comum ordinário e 
a apresentação de alegações finais pelas partes, o juiz 
competente, no momento de proferir a sentença, en-
tendeu que a conduta narrada na denúncia e provada 
nos autos melhor se adequaria à capitulação jurídica do 
furto mediante fraude, previsto no art. 155, § 4º, II, do 
Código Penal (reclusão de dois a oito anos, e multa), ca-
pitulação portanto diversa daquela que constava na ini-
cial acusatória. Com base nas informações expostas, é 
correto afirmar que o juiz
(A) não poderá condenar o réu por furto mediante frau-
de sem que haja correção da capitulação por parte 
do Ministério Público.
(B) não poderá condenar o réu por crime de furto me-
diante fraude em razão do princípio da correlação, 
bem como não poderá ocorrer aditamento da de-
núncia por parte do Ministério Público.
(C) não poderá condenar o réu pela prática do crime de 
furto mediante fraude, tendo em vista que o novo 
delito não é de menor ou igual gravidade.
(D) poderá condenar o réu como incurso nas sanções 
penais do crime de furto mediante fraude, ainda que 
mais grave, desde que considere os fatos descritos 
na denúncia.
66 
João foi condenado ao crime de roubo circunstanciado, 
tendo a pena transitada em julgado no ano de 2022. Na 
fase de execução penal, João utilizou celular dentro do 
estabelecimento prisional e foi reconhecida a falta gra-
ve de sua conduta. O juiz da Vara de Execuções Penais, 
em razão das consequências da prática da falta grave, 
proferiu decisão determinando a regressão de regime 
de cumprimento de pena para o fechado, a perda da in-
tegralidade dos dias remidos e a interrupção do prazo 
para a progressão de regime com o reinício da conta-
gem. João, discordando do que ocorreu, procura você, 
como advogado, pedindo para que tome as providências 
cabíveis junto à vara de execução penal. Da decisão do 
juiz, você poderá interpor
(A) recurso em sentido estrito, pois não cabe reinício da 
contagem do prazo para progressão de regime, ape-
sar de ser admitida perda da integralidade dos dias 
remidos e a regressão de regime.
(B) agravo, tendo em vista que não se admite a perda da 
integralidade dos dias remidos e nem o reinício da 
contagem do prazo para a progressão de regime.
(C) recurso em sentido estrito, tendo em vista que não 
se admite perda da integralidade dos dias remidos e 
nem o reinício da contagem do prazo para a progres-
são de regime.
(D) agravo, pois apesar de ser admitida a regressão de 
regime e o reinício do prazo de progressão de re-
gime, não cabe a perda da integralidade dos dias 
remidos.
4º Simulado – OAB – 1ª Fase do 37º Exame de Ordem (Pós-Edital)
67 
Pedro, de 21 anos, primário e de bons antecedentes, 
ameaçou seu amigo, Bruno. O crime de ameaça está 
previsto no art. 147 do Código Penal e possui uma pena 
de um a seis meses de detenção. A mãe de Pedro, pre-
ocupada com a situação de seu filho, procura você, na 
condição de advogado(a), para que esclareça as conse-
quências jurídicas que poderão advir do ocorrido. Na 
oportunidade, você, desde já afirma que o caso está 
tramitando no Juizado Especial Criminal e, além disso, 
sobre o procedimento comum sumaríssimo também es-
clarece que:
(A) a competência será determinada pelo lugar em que 
foi praticada a infração penal ou pelo domicílio da 
vítima, a critério desta.
(B) cabível a interposição de recurso em sentido estrito, 
no prazo de 05 (cinco) dias, contra a decisão de re-
jeição da denúncia ou queixa, com abertura de vista 
para apresentação das razões em 08 (oito) dias.
(C) não cabe recurso especial contra decisão proferida 
por turma recursal, competindo a esta, porém, pro-
cessar e julgar mandado de segurança contra ato de 
juizado especial.
(D) os atos processuais serão públicos e poderão realizar-
-se em horário noturno e em qualquer dia da sema-
na, incabível, porém, a prática em outras comarcas.
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Bruno, 28 anos, figura como indiciado em procedimen-
to onde se investiga a prática do crime de receptação 
(Pena: 1 a 4 anos de reclusão e multa). Durante as in-
vestigações, restou constatado que Bruno possuía sete 
condenações pela prática de crimes contra o patrimô-
nio, com trânsito em julgado, e que ele seria autor de 
diversos outros crimes patrimoniais, mas que estaria em 
local incerto. Considerando apenas as informações nar-
radas, no tocante ao tema prisão, durante o inquérito:
(A) não é possível a prisão temporária, mas é admissível 
a decretação de sua prisão preventiva, em razão da 
reincidência, independentemente de requerimento 
do Ministério Público ou de representação da autori-
dade policial.
(B) é cabível a decretação da prisão preventiva em ra-
zão da reincidência, bem como a prisão temporária,

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