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LABORATÓRIO DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA ENSAIO DO ANEL ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 1 ENSAIO DO ANEL Male & Cockroft desenvolveram a metodologia que determina o atrito por meio do ensaio do anel, em 1926. Os autores da técnica tinham como objetivo obter resultados que não fossem dependentes das propriedades mecânicas do material trabalhado, mas sim da deformação (geométrica) do corpo de prova em forma de anel, que mais tarde passou a ser testado em diferentes temperaturas, velocidades de avanço na deformação e lubrificantes. Para o resultado, é necessária a criação das chamadas curvas de calibração, onde o coeficiente de atrito representado pela letra grega µ se relacionado ao diâmetro interno e à altura, sendo ambas as medidas variáveis. FATORES QUE INFLUENCIAM NO COEFICIENTE DE ATRITO Male (1966) investigou a influência das diferentes condições superficiais no ensaio do anel; seu estudo foi realizado com base nos seguintes materiais: alumínio, latão com e sem lubrificação e titânio. Para realizar os testes, manteve-se a temperatura constante e variando apenas a velocidade de avança da prensa, no caso, utilizando 0,0025 pol/seg, 2 pol/seg e 300 pol/seg. Além disso, para o latão, foram utilizados três diferentes tipos de lubrificantes, um sólido, um sólido mole e um líquido, sendo eles: grafite, lanolina e parafina, respectivamente. Como resultado do trabalho, obteve-se: 1. As temperaturas ambientes; o fator de maior influência no ensaio do anel para a determinação do atrito foi a quantidade de impurezas presentes na superfície do material testado. Outro fator de influência relacionado à superfície é o filme de óxido presente nas amostras dos anéis. 2. Para os ensaios envolvendo lubrificantes, notou-se a ausência de influência da velocidade da prensa quando utilizados lubrificantes sólidos. Já nos casos mailto:contato@algetec.com.br LABORATÓRIO DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA ENSAIO DO ANEL ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 2 em que foram utilizados lubrificantes líquidos ou sólidos moles, observou- se maior eficácia da lubrificação ao aumentar a velocidade de avanço da máquina, causando camadas mais grossas de lubrificantes e ocasionando maior deformação do anel até o momento de sua ruptura. Os pesquisadores Wang & Lenard (1992) realizaram estudos utilizando anéis feitos de ligas de nióbio e vanádio; os anéis utilizados para a experimentação tinham proporções de 6:3:2 para o diâmetro externo, o diâmetro interno e a altura, sendo que todos os corpos passaram por um preaquecimento de mil graus antes de serem ensaiados. Para o ensaio, a temperatura utilizada foi de 900 °C a 975 °C, além disso, foi utilizado um lubrificante conhecido como deltaglaze. Com os resultados em mãos, foi plotado um gráfico (Figura 1) que representa a curva de calibração. Figura 1 – Curva de calibração para vários tipos de aços. Como resultado da experimentação descrita acima, constatou-se que a taxa de deformação, a temperatura e a formação de carepa foram os fatores que mais influenciariam para o forjamento do anel e têm consequências diretas no ensaio de mailto:contato@algetec.com.br LABORATÓRIO DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA ENSAIO DO ANEL ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 3 atrito do material. Além disso, dentre os fatores citados, a carepa é a variável de maior influência, de acordo o estudo. A ABORDAGEM ANALÍTICA DO ENSAIO DO ANEL Os autores Johnson & Hawkyard, em 1967, publicaram a primeira abordagem analítica para o teste do anel e para demonstrar a eficácia da abordagem analítica do ensaio do anel. Para tal, foi realizada uma comparação entre os resultados obtidos do método experimental, com base na metodologia proposta por Male & Cockroft (1964), e do método analítico desenvolvido pelos mesmos; a comparação está demonstrada na Figura 2, a seguir. Figura 2 – Gráfico de comparação de valores teóricos e valores obtidos por experimentação. Como já dito, a eficácia do método analítico proposto por Hawkyard & Johnson foi avaliada por meio da comparação entre métodos cujas curvas se aproximaram de forma significativa. mailto:contato@algetec.com.br LABORATÓRIO DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA ENSAIO DO ANEL ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 4 A região com resultados mais satisfatórios ocorre quando o coeficiente de atrito (µ) é maior que 0,15 ou quando ele está próximo da região de aderência de 0,577. Por outro lado, resultados não tão bons são encontrados na região de baixo atrito. mailto:contato@algetec.com.br LABORATÓRIO DE PROCESSOS DE NATUREZA MECÂNICA ENSAIO DO ANEL ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HAWKYARD, J.B.; JOHNSON, W. An Analysis of the changes in geometry of a short hollow cylinder during axial compression. Int.J.Mech.Sci. Pergamon Press V. 9, p. 163- 182, (1967). MALE, A.T.; COCKCROFT, M.G. A method for the determination of the coefficient of friction of metals under condition of bulk plastic deformation. J Inst Metals (1964– 1965); 93:38–46. RICARDO BÖESCH JÚNIOR, Paulo et al. Determinação do coeficiente de atrito pelo ensaio de compressão do anel: uma revisão. Revista Thema, [S. l.], p. 1-11, 8 jan. 2011. WANG, F.; LENARD, J.G. An experimental study of interfacial friction-hot ring compression. Journal of Engineering Materials and Technology, Vol. 114, p. 13- 18, (1992). mailto:contato@algetec.com.br
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