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LETRA DE CÂMBIO DIREITO EMPRESARIAL II PROFA: NOELMA SARAIVA 1. HISTÓRICO • Remonta ao contrato de câmbio • Título revestido de forma especial que continha uma delegação de pagamento de certa soma de dinheiro, em praça diversa, ao credor ou á pessoa por este autorizada, e que produzia efeitos peculiares, pelo menos o da responsabilidade do emitente pela garantia do futuro pagamento, facultado ao credor o exercício da ação regressiva. • Três fases: período italiano/ período francês/ período germânico 1.1. PERÍODO ITALIANO • Gênova, Veneza (...), realizavam entre si um grande intercâmbio comercial, mercadorias eram vendidas entre as cidades e estas possuíam moedas próprias, de modo que a moeda de uma cidade não tinha valor na outra. • A fase italiana surge no século XIII até o final do século XVII, envolve a troca de moedas distintas e o deslocamento do titular do crédito. Câmbio manual. • “o banqueiro, ao receber o dinheiro, entregava ao comerciante dois documentos: reconhecimento de dívida e a ordem de pagamento. Ou seja, o banqueiro reconhecia a sua dívida e fazia uma delegação de pagamento ao seu correspondente da outra cidade, originando a letra de câmbio. Com o passar do tempo, houve uma fusão entre os dois documentos, fazendo nascer a letra de câmbio, a partir da carta enviada pelo banqueiro que recebeu a moeda. OBS: • A princípio, havia quatro partes na letra: • O banqueiro que recebia o dinheiro e emitia a letra ( sacador). • A pessoa que dava o dinheiro e recebia a letra ( tomador). • A pessoa encarregada de pagar ( sacado) normalmente ligada ao sacador. • A pessoa encarregada de receber, normalmente mandatária do tomador. 1.2. PERÍODO FRANCÊS •O uso da letra de câmbio foi aumentando, estendendo-se inclusive para os não comerciantes. •A letra de câmbio passou de instrumento de transporte de dinheiro a um instrumento de pagamento. • Para dar maior segurança ás pessoas que usavam o título, criou-se uma forma de responsabilidade do sacado: ACEITE 1.3. PERÍODO ALEMÃO • As transformações ocorridas no período francês já demonstravam a evolução da letra de câmbio para atender aos anseios dos seus usuários. Ocorre que a intensidade da vida moderna aumentou as exigências de segurança na circulação da letra de câmbio, bem como se ampliou o seu uso. Em razão disso, havia necessidade de novas evoluções. Essa nova fase da evolução surgiu no direito alemão, a partir de meados do século XIX, tornando a letra um instrumento de crédito. • A fase alemã começou em 1848 e perdura até os dias atuais e foi a responsável pela uniformização da letra de câmbio. 2. CONCEITO •É um título de crédito formal, autônomo e completo, que contém a obrigação de fazer pagar determinada soma de dinheiro, no tempo e no lugar designados. •Ordem de pagamento •SUJEITOS: SACADOR/ SACADO/ BENEFICIÁRIO 3. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL • a primeira tentativa de unificar a legislação foi a Conferência de Haia de 1910 que contou com 89 países. • a segunda tentativa de unificar foi a Conferência de Haia de 1910 que contou com 32 países. • A terceira convenção foi realizada em Genebra, em 7 de julho de 1930, com a adoção de três convenções por parte de 27 países, inclusive o Brasil. • LEI UNIFORMA DE GENEBRA- LUG 4. A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL NO BRASIL •SÓ SE INCORPORARAM AO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO POR MEIO DO DECRETO Nº 57.663/66. •O CÓDIGO CIVIL SE APLICARÁ SUPLETIVAMENTE, OU SEJA, NA AUSÊNCIA DE REGRA DA LEGISLAÇÃO ESPECIAL 5. REQUISITOS INTRÍNSECOS •Capacidade do agente •Objeto lícito, possível, determinado ou determinável •Forma prescrita e não defesa em lei. 6. REQUISITOS LEGAIS DA LETRA DE CÂMBIO • CLÁUSULA CAMBIAL ( identificação do nome) • A ORDEM DE PAGAMENTO • NOME DO SACADO • NOME DO BENEFICIÁRIO • DATA DA EMISSÃO • ASSINATURA DO SACADOR • LOCAL DE EMISSÃO • LOCAL DE PAGAMENTO • VENCIMENTO
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