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COMBUSTÃO DO LICOR PRETO – PARTE II PROF. DANIEL SATURNINO FORMAÇÃO DE DEPÓSITOS ▪ O licor preto contém um teor considerável de químicos inorgânicos ▪ Durante as reações de combustão e redução quantidades significativas de compostos com álcali vaporizam ▪ Pequenos fragmentos de carbono e gotas de licor podem ser arrastadas pelos gases ▪ Este material sólido, dependendo das condições pode se depositar nas superfícies dos tubos ▪ À medida que os depósitos crescem a transferência de calor é reduzida CAUSA PARA FORMAÇÃO DE DEPÓSITOS ▪ Encontrar a causa para a formação de depósitos na caldeira pode ser feita inicialmente examinando o comportamento operacional do equipamento: ▪ Quão rápida é a formação dos depósitos ▪ Que medidas indicam seu progresso ▪ A formação é contínua ou há estágios de equilíbrio ▪ Há qualquer condição anormal ou descontrole operacional que correlacionam com eventos de rápida formação de depósitos ▪ A caldeira opera estável a maior parte do tempo MÉTODOS DE MONITORAMENTO OBSERVAÇÃO VISUAL PREDIÇÃO DOS PARÂMETROS OPERACIONAIS MUDANÇA DO PARÂMETRO MEDIDO MUDANÇA DO VALOR CALCULADO MEDIDAS DE QUEDA DE PRESSÃO MEDIDAS DE TEMPERATURA DOS GASES DE EXAUSTÃO MEDIDAS DA TEMPERATURA DA ÁGUA/VAPOR DEPÓSITOS NOS SUPERAQUECEDORES DEPÓSITOS NOS SUPERAQUECEDORES ▪ Depósitos nos superaquecedores são formados principalmente por dois mecanismos, impacto inercial e deposição por fumos ▪ A Composição pode ser explicada assumindo diferentes frações de mistura de partículas arrastadas (carryover) e vaporizadas (fume) ▪ As velocidades dos gases de exaustão na área dos superaquecedores são relativamente baixas (3 – 5 m/s) ▪ Isto cria boas condições para separação de grandes partículas, maiores que 10 μm DEPÓSITOS NA BANCADA DE BALÕES DEPÓSITOS NA BANCADA DE BALÕES ▪ O entupimento da bancada de balões é o mais problemático ponto de formação de depósitos nas caldeiras ▪ Há vários indicadores para a chance deste fenômeno ocorrer ▪ Baixa temperatura de fusão do depósito ▪ Aumento do teor de cloreto no licor preto ▪ Alta temperatura dos gases na bancada de balões ▪ Rápida sinterização dos depósitos DEPÓSITOS NOS ECONOMIZADORES ▪ A formação de depósitos nos Economizadores é favorecida por cinzas com baixo valor de pH ▪ Alto teor de sólidos secos aumenta a temperatura da fornalha ▪ Alta temperatura na fornalha inferior aumenta a liberação de sódio e potássio, e por conseguinte o teor de carbonato nas cinzas ▪ Cinzas com baixo pH são aderentes e difíceis de remover das superfícies ▪ Na prática, uma solução de 10% em massa de cinza na água deve resultar em um pH de no mínimo 10 PREDIÇÃO DA DEPOSIÇÃO Depósitos diminuem h h não muda linearmente com a vazão Medidas confiáveis dos gases de exaustão são difíceis Tg Tw gas Superfície de transferência de calor O/ A ( Tg - Tw ) =h Uso do coeficiente de transferência de calor: PREDIÇÃO DA DEPOSIÇÃO Depósitos bloqueiam a área de escoamento Aumento da velocidade leva a maior perda de carga pi po gas Superfície de troca de calor Uso da medida da perda de carga i p = p - po ~ v 2 QUEDAS DE PRESSÃO TÍPICAS superheaters boiler bank eco2 eco1 P re s s u re l o s s ,[ P a ] 800 600 400 200 60 1 3 5 7 9 11 13 Niemitalo and Vakkilainen, 1994 days after startup Mudanças de vazão alteram queda de pressão por área Quedas de pressão mostram comportamento estável Deposição nas bancadas de balões e economizadores estabilizam depois de alguns dias TEMPERATURA NOS SUPERAQUECEDORES T e m p e ra tu re r a is e ,[ o C ] superheater I superheater II superheater III Niemitalo and Vakkilainen, 1994 140. 130. 120. 110. 100. 90. 80. 70. 60. 50. 40. 30. 20. 10. 0. 1 3 5 7 days after startup 9 11 13 60 Aumentos de temperatura reduz inicialmente Variações de carga causam poucas mudanças nas deposições Deposição nos superaquecedores reduz depois de 10 a 20 dias QUEDA DE TEMPERATURA NOS DESSUPERAQUECEDORES T e m p e ra tu re d ro p , [o C ] 100. 90. 80. 70. 60. 50. 40. 30. 20. 10. 0. 1 3 5 7 9 days after startup 11 13 60 attemperating I attemperating II attemperating III Niemitalo and Vakkilainen, 1994 Mudanças de vazão escoamento nos dessuperaquecedores Dessuperaquecedores mostram estabilidade depois 10 a 20 dias Deposição nas várias superfícies aumentam as temperaturas na entrada de gases e dessuperaquecedores FORMAÇÃO DE CINZAS E DEPÓSITOS ▪ Metais alcalinos nas gotas de licor preto em combustão vaporizam ▪ Elas reagem com os gases na fornalha e condensam em pequenas partículas ▪ Este processo é chamado formação de fumos ▪ Parte do licor preto é levado com os gases exaustão ▪ Ele forma as partículas de arraste ▪ Também há material que é fisicamente ejetado das gotas de licor preto em combustão ▪ Durante a combustão do carbono partículas de tamanho intermediário são formadas no leito FORMAÇÃO DE FUMOS ▪ Quando os gases de exaustão são resfriados os vapores alcalinos tornam-se supersaturados ▪ Vapores supersaturados formam partículas por ▪ nucleação homogênea: duas moléculas de vapor se juntam para formar uma pequena partícula ▪ Vapores então começam a condensar nestas partículas ▪ Óxidos metálicos e outras impurezas servem como núcleo iniciador para os vapores ▪ este processo é a condensação heterogênea ▪ As partículas formadas crescem por aglomeração ▪ O tamanho médio das partículas de fumo varia de 0.5 a 1.3 μm TAMANHO MÉDIO DAS PARTÍCULAS ▪ O tamanho médio das partículas é constante na saída da fornalha ▪ Depois que a temperatura dos gases de exaustão diminuem para menos de 550oC as partículas de fumo que se encontram não aglomeram ▪ As partículas depositadas nas superfícies que se tocam podem crescer através de sinterização ▪ Estes aglomerados podem reentrar nos gases de exaustão ▪ Vão aparecer como partículas maiores de 20 a 30 μm na entrada do precipitador eletrostático ▪ A quantidade de particulado que reentra é cerca de 10 a 30% da vazão total de cinza DISTRIBUIÇÃO DE TAMANHO DA PARTÍCULA QUANTIDADE DE FUMO ▪ A temperatura da fornalha aumenta com o aumento do teor de sólidos no licor preto ▪ Isto aumenta a liberação de sódio e potássio ▪ A liberação do sódio e potássio do licor preto depende também da espécie de madeira cozida e das condições de polpação ▪ A condição de queima também afeta a temperatura da fornalha inferior ▪ Assim a taxa de formação de fumos pode variar extensamente PARTÍCULAS ARRASTADAS DE LICOR ▪ As partículas arrastadas são fragmentos queimados e não queimados de gotas de licor preto que vão para a área superior da caldeira com os gases de exaustão ▪ Em caldeiras de recuperação modernas operadas próximo à taxa nominal de queima a quantidade típica de material arrastado é 2 a 4 g/Nm3 ▪ A quantidade de partículas arrastadas depende das condições do Sistema de ar e do modelo de distribuição ▪ Normalmente o arraste diminui para menores cargas ▪ Caldeiras mais novas reduziram para 0,5 a 1,5 g/Nm3 ▪ Caldeiras mais velhas produzem cerca de 5 a 8 g/Nm3 PARTÍCULAS ARRASTADAS DE LICOR ▪ As partículas arrastadas podem ser geralmente classificadas em dois grupos: ▪ Gotas em combustão podem ser vistas como pontos claros contra um fundo mais escuro ▪ Partículas que queimaram totalmente têm alta taxa de redução e contêm sulfeto de sódio ▪ Elas podem ser vistas como partículas róseas nos sopradores de fuligem nos superaquecedores ▪ Nas caldeiras modernas operando em alto teor de sólidos o teor de carbono nas partículas arrastadas é baixo ▪ Partículas arrastadas têm pouco cloreto e potássio PARTÍCULAS DE TAMANHO INTERMEDIÁRIO ▪ Pequenas partículas podem ser fisicamente ejetadas durante a combustão da gota de licor preto ▪ Durante a combustão do carbono a liberação de fragmentos de 10 a 100 μm ocorre em experimentos laboratoriais e em plantas piloto▪ Em estudos de campo 1 a 2 g/Nm3 destas partículas estão presentes ▪ Em outro conjunto de experimentos de campo, 20 a 40% dos maiores materiais na entrada dos superaquecedores eram partículas de tamanho intermediário ▪ A quantidade medida foi de 1 a 3 g/sm2 PARTÍCULAS DE TAMANHO INTERMEDIÁRIO ▪ Grandes aglomerados de 0.3 a 0.7 µm de diâmetro de partículas primárias. ▪ Originadas de depósitos de fumos nas superfícies, sinterizados que se desprendem e reentram os gases ▪ Partículas extensamente sinterizadas e irregulares com 30 a 250 µm em diâmetro ▪ Foram formadas por sinterização ▪ Partículas esféricas muito porosas com 5 a 100 µm de diâmetro ▪ Resíduo de queima do licor preto ▪ Partículas esféricas densas de 5 a 250 µm ▪ Partículas irregulares, grosseiras com 3 a 40 µm de diâmetro ▪ Advindas de impurezas minerais no licor preto TAMANHO DAS PARTÍCULAS ARRASTADAS NOS GASES DE EXAUSTÃO DEPOSIÇÃO DE PARTÍCULAS E VAPORES ▪ A deposição de partículas e vapores nas superfícies pode ocorrer através de múltiplos caminhos ▪ Termoforese ou transferência por gradiente de temperatura levam pequenas partículas à superfície ▪ Partículas maiores são depositadas por impacto turbulento ou inercial ▪ Vapor ou espécies gasosas podem condensar nas superfícies e reagir com os depósitos existentes ▪ Para partículas muito pequenas (<0.1 μm), difusão molecular e movimento Browniano podem dominar TERMOFORESE ▪ Termoforese tem um papel importante na captura de pequenas partículas de fumo com 0.2 a 1 μm suspensas nos gases de exaustão ▪ A taxa de deposição termoforética é proporcional ao gradiente de temperatura, diâmetro da partícula e a sua concentração nos gases D = KB d (T − T )T T d p g s l IMPACTO INERCIAL ▪ Para tamanhos de partícula maiores que 20 µm o principal mecanismo de deposição é o impacto inercial ▪ A eficiência de captura de um coletor em um escoamento cruzado de gases de combustão é principalmente determinado por inércia, a qual pode ser caracterizada pelo número de Stokes R c Stk = l p l = U p p,0 m d = p = pb p 3dp 18 2 IMPACTO TURBULENTO NAS BORDAS ▪ Mecanismo de deposição importante para grandes partículas, quando a camada limite entre a superfície e corrente de escoamento é turbulenta ▪ Dentro da camada limite turbulenta, há componentes da velocidade em direção às bordas, as quais são normais ao fluxo principal ( )u = pb p 2 1 2 2 l 18 l d DEPOSIÇÃO DE VAPORES ▪ Vapores podem condensar por contato direto com as superfícies de troca térmica ou nas partículas dentro da camada limite ▪ O vapor que condensa pode ainda reagir nas superfícies ( ) ( ) p (T )D T D T d R p T T T g v v w ( ) c g v g g w − Iv = Sh(Tg) v ,s w 1/2 TEOR DE LÍQUIDO NOS DEPÓSITOS ▪ Quando a cinza da caldeira de recuperação é aquecida ela inicialmente comporta-se como sólido ▪ Na primeira temperatura de fusão líquido aparece ▪ Acima desta temperatura existe um estado onde o depósito está parcialmente fundido e parcialmente sólido ▪ Dependendo do tipo de sistema, depois de pequenas ou maiores diferenças de temperatura, o depósito se funde completamente DIAGRAMA DE FASE PARA SISTEMAS BINÁRIOS Eutética Fusão no Mínimo TEOR DE LÍQUIDOS NOS DEPÓSITOS ▪ As temperaturas onde 15% wt do depósito está no estado líquido e 85% wt está no estado sólido é chamado T15 ou temperatura de adesão ▪ As temperaturas onde 70% wt do depósito está no estado líquido e 30% wt está no estado sólido é chamado T70 ou temperatura de escoamento ▪ As partículas na caldeira de recuperação tendem a aderir nas superfícies de troca de calor e formar depósitos duros quando elas estão entre T15 e T70 PARTÍCULAS FORMADORAS DOS DEPÓSITOS ENRIQUECIMENTO DE POTÁSSIO ▪ Fatores de enriquecimento do potássio variam de 1 a 2.5 ▪ Fração mássica do potássio é 2.5±0.5 vezes o potássio no licor preto virgem ▪ Fração molar do potássio para a soma de sódio e potássio na cinza é 4.6±0.9 vezes a porcentagem em massa do potássio no licor preto virgem = (Naamostra + Kamostra) KLP (NaLP + KLP) Kamostra K E CONCENTRAÇÃO DE POTÁSSIO EM DIFERENTES DEPÓSITOS NA CALDEIRA Amostras de cinzas da área de troca térmica Alta concentração de K nas superfícies mais frias Enriquecimento sempre maior que a unidade ENRIQUECIMENTO DO CLORETO ▪ Enriquecimento do cloreto variam de 0.3 a 6 ▪ A média é 2.9 ▪ Fração molar do cloreto em relação à soma do sódio e potássio na cinza é 8±1 vezes a porcentagem em massa de cloreto no licor preto virgem ▪ Fração mássica do cloreto na cinza é cerca de 4±2 vezes o cloreto no licor preto virgem ) 2LP2LP(Na + K ) 2amostra2amostra ClLP (Na Clamostra Cl + K E = CONCENTRAÇÃO DE CLORETO EM DIFERENTES DEPÓSITOS NA CALDEIRA Amostra de cinza da caldeira Alta concentração de cloreto nas superfícies frias Enriquecimento negativo na bancada de balões COMO DECRESCER A TAXA DE DEPOSIÇÃO ▪ A taxa de deposição é uma combinação de três parâmetros; quantidade de partículas entrando na área de troca, sua habilidade de aderir às superfícies e a taxa de remoção pela sopra de fuligem ▪ Há várias medidas que podem ser usadas para decrescer a deposição na caldeira de recuperação ▪ alterar as propriedades do licor ▪ decrescer as temperaturas dos gases de exaustão ▪ decrescer a taxa de arraste ▪ melhorar limpeza das superfícies de troca SOPRADORES DE FULIGEM NA CALDEIRA SOPRADORES DE FULIGEM • Tubos de 9 cm de diâmetro com 4 a 6 metros de comprimento • Alimentados com vapor de alta pressão • Utiliza choque de pressão por impacto para remover o depósito da superfície do tubo • São instalados nos lados direito e esquerdo da caldeira na região dos superaquecedores, bancada de balões e dos economizadores TIPO DE DEPOSIÇÃO NAS CALDEIRAS ▪ Partículas arrastadas em combustão ▪ Pequenas gotas em combustão com fase líquida ▪ Partículas arrastadas com material inorgânico ▪ Resíduos das gotas de licor preto ▪ Partículas vindas do leito ▪ Baixo pH na cinza ▪ SO2 nos gases de exaustão ▪ Cinza aderente ▪ K, Cl, sulfeto ESTIMATIVA DA PROBABILIDADE DE DEPOSIÇÃO E CORROSÃO NA CALDEIRA CORROSÃO FORNALHA INFERIOR • PROVOCADA PRINCIPALMENTE PELOS GASES NO AMBIENTE INTERNO CORROSÃO FORNALHA INFERIOR CORROSÃO NOS SUPERAQUECEDORES COMBUSTÃO DO LICOR PRETO BALANÇOS GERAIS NA CALDEIRA BALANÇO DE MASSA ▪ O controle do processo de combustão requer uma vazão de ar que seja compatível com a vazão de combustível alimentada na caldeira ▪ A quantidade de ar necessária por unidade de combustível depende do teor de água e do poder calorífico do combustível ▪ Assim licores com maior poder calorífico requerem mais ar ▪ Uma caldeira deveria ser capaz de processar não somente um licor ideal, mas uma faixa de licores típicos QUEIMA DE BIOCOMBUSTÍVEIS ▪ Biocombustíveis consistem de carbono, hidrogênio, nitrogênio, enxofre e oxigênio ▪ O licor preto também contém uma grande quantidade de cinza; compostos de sódio, potássio e cloreto ▪ A demanda de ar estequiométrica pode ser calculada assumindo que o combustível pode ser dividido em três partes ▪ Fração orgânica, a qual queima completamente ▪ Fração inorgânica reativa, a qual reage para produtos finais definidos ▪ Fração inativa, a qual passa pela caldeira sem mudança BALANÇO DE MASSA ▪ A base para o cálculo é uma unidade mássica de licor preto ▪ A caldeira tem uma forma conveniente para a fronteira de cálculo ▪ O sistema inclui alguns, mas não todos os equipamentos na região da caldeira ▪ Todos os valores das correntes são considerados quando eles atravessam a fronteira do sistema BALANÇO DE MASSA Linha B C D E J K L 4 DADOS DE ENTRADA – PROPRIEDADES DO LICOR PRETO 5 Elemento Símbolo % Sólidos Unidade Elemento Símbolo % peso 6 Carbono C 35 % Sódio Na 32.4 7 Hidrogênio H 3.3 % Enxofre S 22.4 8Oxigênio O 35.7 % Oxigênio O 44.8 9 Sódio Na 19.7 % Cloreto Cl 0.3 10 Potássio K 1.6 % Inerte Si, Al,... 0.1 11 Enxofre S 4 % 12 Cloreto Cl 0.6 % 13 Inertes Si, Al,... 0.1 % 14 Sólidos Sol. 70 % 15 Poder Cal. HHV 13950 kJ/kg 16 Poder Cal. NHV 12093 kJ/kg 17 Ef. Red. 90 % BALANÇO DE MASSA Linha O P Q R 4 DADOS DE ENTRADA – PARÂMETROS DA CALDEIRA 5 Descrição Valor Unidades 6 Ar Ar em Excesso Induzido 6 % 7 Ar Infiltrado 9 % 8 Total de Excesso 15 % 9 Temperatura Ambiente 27 ºC 10 Umidade do Ar 0.013 Kg H2O/kg ar 11 Temperatura Ar Pré-Aquecido 150 ºC 12 Licor Preto Concentração de Sólidos 70 % 13 Temperatura 108 ºC 14 Reposição de Químicos 3 % dos Sólidos 15 Licor de Aquecimento Direto 1.7 % do Licor 16 Reciclo de Cinza 10 % massa Na 17 Fundidos Eficiência de Redução 90 % 18 Carbono Orgânico 1 % do Fundido 19 Temperatura 850 ºC 20 Entalpia 1350 kJ/kg 21 Gases de Temperatura de Saída 210 ºC 22 Chaminé TRS como H2S 15 ppmv ar seco 23 SO2 75 ppmv ar seco 24 CO 200 ppmv ar seco 25 H2 200 ppmv ar seco 26 Particulado 0.1 g/m3 ar seco 27 Na2SO4 no Particulado 80 % da massa 28 Na2CO3 no Particulado 8 % da massa 29 K2SO4 no Particulado 7.3 % da massa 30 K2CO3 no Particulado 0.7 % da massa 31 NaCl no Particulado 4 % da massa 32 Na (% no Particulado) 31 % 33 S (% no Particulado) 19.4 % 34 Circuito do Vazão dos Tubos Descendentes 11 % dos Sólidos 35 Vapor Vazão de Vapor em Sopradores 18 % dos Sólidos 36 Temperatura da Alimentação 110 ºC 37 Temperatura do Vapor 482 ºC 38 Pressão do Vapor 62.25 Bar 39 Entalpia do Vapor 3372 kJ/kg 40 Temperatura de Referência 25 ºC BALANÇO DE MASSA W X Y Z 4 BALANÇO DE MASSA – CÁLCULOS PARA OS FUNDIDOS 5 Descrição Cálculo kg/100 kg 6 Fundidos Na2S dos Sólidos 100*Q17*(78/32)*D11 8.78 7 (sem Na2S - Reposição 100*Q17*(78/32)*Q14*L7 1.47 8 perdas) Na2S Total Z6+Z7 10.25 9 Na2SO4 dos Sólidos 100*D11*(142/32)*(1-Q17) 1.78 10 Na2SO4 - Reposição 100*Q14*(142/32)*(1-Q17)* L7 0.30 11 Na2SO4 Total Z9+Z10 2.07 12 NaCl dos Sólidos 100*D12*(58.5/35.5) 0.99 13 NaCl - Reposição 100*Q14*(58.5/35.5)*L9 0.01 14 NaCl Total Z12 + Z13 1.00 15 Na2CO3 100*(106/46)*(D9-(46/32)*D11- (23/35.5)*D12) 31.25 16 K2CO3 100*D10*(138.2/78.2) 2.83 17 Inertes 100*D13 + 100*Q14*L10 0.10 18 Total Fundido Z8+Z11+Z14+Z15+Z16+Z17 47.50 19 Produtos de Combustão CO2 (44/12)*(100*D6-(12/106)*Z15- (12/138.2)*Z16) 114.46 20 H2O 100*D7*(18/2) 29.70 21 Requerimento O2 para Na2SO4 Z11*(64/142) 0.93 22 de Oxigênio O2 para Na2CO3 Z15*(48/106) 14.15 23 O2 para K2CO3 Z16*(48/138.2) 0.98 24 O2 para CO2 Z19*(32/44) 83.24 25 O2 para H2O Z20*(16/18) 26.40 26 O2 Total Z21+Z22+Z23+Z24+Z25 125.71 BALANÇO DE MASSA AC AD AE AF 4 BALANÇO DE MASSA – CÁLCULOS PARA GASES DE COMBUSTÃO 5 Descrição Cálculo kg/100 kg 6 Ar O2 nos Sol. e Rep. 100*(D8+Q14*L8) 37.04 7 O2 Total Necessário Z26 125.71 8 O2 Necessário do Ar AF7-AF6 88.67 9 Ar Estequiométrico AF8/0.232 382.19 10 N2 no Ar Esteq. AF9*0.768 293.52 11 Excesso de Ar Ind. AF9*Q6 22.93 12 Total Ar Induzido AF9+AF11 405.12 13 Ar Infiltrado AF9*Q7 34.40 14 Excesso de Ar Total AF11+AF13 57.33 15 Escoamento Total AF9+AF14 439.52 16 Vapor d’água Água do Licor 100*(1-Q12)/Q12 42.86 17 na chaminé Umidade do Ar AF15*Q10 5.71 18 Vapor de Sopradores 100*Q35 18.00 19 Total Água AF16+AF17+AF18 66.57 20 Gases de Combustão Z19+Z20+AF9+AF14+AF19 564.01 VISÃO GERAL DO BALANÇO DE MASSA • Observando os cálculos para cada 1kg de licor com teor de sólidos de 70% tem-se uma demanda de 4,5 kg de ar para queima na caldeira • Há uma produção de 5,6 kg de gases de combustão (incluindo água produzida e evaporada) e cerca de 0,47 kg de fundidos para cada 1kg de licor queimado BALANÇO DE ENERGIA AV AW AX AY AZ 4 CÁLCULO DO BALANÇO DE ENERGIA 5 Descrição Cálculo kJ/kg % 6 Entrada Poder Calorífico Licor D15 13950 93.76 7 de Energia Calor Sensível Licor (1/Q12)*2.65*(Q13-25) 314 2.11 8 Calor Sensível Ar (AF15/100)*1.006*(Q9-25) 9 0.06 9 Pré-Aquecimento Ar (AF12/100)*1.006*(Q11-Q9) 501 3.37 10 Calor dos Sopradores AF19/100*4.19*(Q36-25) 64 0.43 11 Calor Tubos Descend. Q34*4.19*(Q36-25) 39 0.26 12 Total Entrada AY6+AY7+AY8+AY9+AY10+AY11 14878 100 13 Saída Calor Sensível Gases (AK7/100)*1.02*(Q21-25) 878 5.90 14 de Energia Calor H2O Formado (Z20/100)*(2770+1.98*(Q21-200)) 829 5.57 15 Calor H2O no Licor (1/Q12-1)*(2770+1.98*(Q21-200)) 1196 8.04 16 Calor Sensível Fundid (Z18/100)*Q20 641 4.31 17 Calor Formar Sulfeto (Z8/100)*12900 1322 8.89 18 Perda por Sopradores (AF19/100)*(2770+1.98* (Q21-200)) 502 3.38 19 Perda Tubos Descend. Q34*1150 127 0.85 20 Perda por Radiação 0.3% da Entrada de Energia 45 0.30 21 Demais Perdas 2% da Entrada de Energia 298 2.00 22 Total de Perdas SOMA(AY13:AY21) 5837 39.23 23 Energia para o Vapor AY12-AY22 9041 60.77 24 Total Saída AY22+AY23 14878 100 BALANÇO DE ENERGIA ▪ Para calcular o balanço de energia para uma caldeira de recuperação deve-se estabelecer um limite ao redor da caldeira e calcular todas entradas e saídas de energia ▪ Este tipo de cálculo é chamado método da perda de calor ▪ Primeiro some todas as entradas de energia ▪ Então deste valor subtraia todas as perdas de energia ▪ O resultado é a energia líquida disponível para gerar vapor ▪ Neste balanço há cerca de 60% da energia disponível para a geração de vapor, o que representa cerca de 3kg de vapor para cada 1kg de licor preto queimado