Buscar

Doenças cardiovasculares resumo

Prévia do material em texto

Doenças
Cardiovas-
culares
Nayara Miranda
RA: 00713349
Hipertensão Arterial
Classificação da PA a partir de 18 anos de idade:
Classificação PAS (mm Hg) PAD (mm Hg)
Normal ≤120 ≤80
Pré-hipertensão 121-139 81-89
Hipertensão estágio 1 140-159 90-99
Hipertensão estágio 2 160-179 100-109
Hipertensão estágio 3 ≥180 ≥110
Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a
maior deve ser utilizada para classificação da PA. 
É considerado hipertensão sistólica isolada quando PAS≥140 mm
Hg e PAD<90 mm Hg. A mesma deve ser classificada nos
estágios 1,2 ou 3. .
Diretriz de Hipertensão-2016
Distribuição de
Macronutrientes
Calorias: manutenção ou 
adequação do peso ideal
Carboidratos: 50-60% do VET
Proteínas: 10-15% do VET
Lipídeos: <30% do VET
Fibras: 25-30g/dia
Distribuição de
Micronutrientes
Sódio: 2.000mg/dia
Potássio
Cálcio
Magnésio
Seguir DRI's
Dieta DASH: prioriza o consumo de frutas, hortaliças,
cereais integrais, laticínios desnatados, oleaginosas e
carnes brancas. A ingestão de alimentos ricos em
gordura, sódio e açúcar devem ser evitados. 
Dieta do mediterrâneo: alta ingestão de frutas,
legumes, verduras, cereais integrais, peixes,
oleaginosas e azeite de oliva. Ingestão de vinho com
moderação.
Dieta vegetariana: consumo predominante de
alimentos de origem vegetal, como frutas, hortaliças,
grãos e leguminosas. As carnes são excluídas da dieta
e em algumas laticínios e ovos são inclusos.
Adoção de padrões alimentares associados com a redução
da pressão arterial: 
Em resumo, o consumo de frutas, hortaliças, oleaginosas,
laticínios com baixo teor de gordura, alimentos fontes de
fibras, como aveia e cevada, e de ácidos graxos
monoinsaturados podem auxiliar na redução da PA. 
Além disso, a ingestão ≥ 2g/dia de ômega 3, proveniente
de óleo de peixe, alho (12,3-2400 mg/dia), chocolate
amargo (46-100 g/dia), café (não excedendo quantidades
baixas a moderadas) e de doses baixas de 
chá verde mostraram ter efeito na diminuição 
da PA. 
Recomendações
Dietéticas
Situações Específicas
Hipertensão na Gestação
Livro: "Nutrição da Gestação ao Envelhecimento"
Hipertensão crônica: PAS >140mmHg ou PAD >90mmHg pré-
gestacional ou após a 20° semana de gestação e persistência por
mais de 12 semanas após o parto. 
Hipertensão gestacional: HAS após a 20° semana gestacional
sem proteinúria. Diagnóstico temporário pode representar uma fase
prévia à pré-eclâmpsia ou hipertensão crônica.
Ocorre geralmente em gestantes primigestas, com peso elevado ou
obesas, com antecedentes familiares ou que sofrem de ansiedade,
depressão ou são expostas a situações de estresse (estudos
apontam que o estresse aumenta os níveis de cortisol provocando a
hipertensão).
Orientação Nutricional: reduzir a velocidade de ganho de peso na
gestação, melhorar a qualidade da dieta, identificar fatores de risco,
fazer uma avaliação nutricional detalhada (antropométrica, dietética,
clínica e laboratorial). Prestar atenção no consumo de sódio, ofertar
vitaminas antioxidantes como A,B,C,E e Caroteno. 
Calorias diárias são as mesmas para gestantes saudáveis, mas é
necessário um ajuste para gestantes acima do peso. 
Proteínas: dieta hiperproteica, com boa quantidade de proteina
AVB.
Sódio: se não houver hipertensão crônica: consumo igual o de
adultos saudáveis (5 a g de sal), se houver, preferir uma dieta
hipossódica (não ultrapassar 2g de sal) e em gestantes
hospitalizadas com PA descompensada, não deve-se ultrapassar 1g
de sal.
Cálcio: 1.500 a 2.000mg/dia (suplementar se a 
gestante apresentar baixa ingestão de cálcio na dieta, 
seguir DRI's para saber o valor de um adulto 
saudável).
Situações
Específicas
Hipertensão na infância e adolescência 
Classificação da PA em crianças e adolescentes:
Para crianças e adolescentes com hipertensão é recomendado
a adoção da dieta DASH, aumentando o consumo de frutas,
legumes e verduras, e reduzindo a ingestão de sal, sendo de
1,2 a 1,5 g/dia de sal para as crianças até a idade pré-escolar e
até 2 g/dia nos escolares e adolescentes.
 
 
Diretriz de Hipertensão-2016
O idoso geralmente já é encaminhado para o nutricionista
com o diagnóstico. Em um primeiro momento o nutricionista
aplica um QFA ou outro tipo de questionário para saber os
grupos e frequência de determinados alimentos na dieta,
identificar se o paciente ganha ou perde peso, se é fumante
ou ingere bebidas alcoólicas. 
É de extrema importância manter o idoso hidratado, já que o
mesmo perde a sensação de sede e tende a tomar menos
água durante os dias e evitar consumo de sal, açúcar e
gordura, que segundo a OMS a recomendação é
6g/dia/pessoa, 20g/dia/pessoa e 30g/dia/pessoa
respectivamente, evitando sempre a gordura de origem
animal (recomendação para idosos saudáveis).
É necessário também manter a saúde bucal em dia, para que
isso não afete a percepção dos sabores. 
Utilizar sal de ervas nas preparações para aumentar a 
palatabilidade. 
É recomendado manter o IMC < 27 kg/m² 
Situações
Específicas
Hipertensão no Idoso
Necessidades
Específicas 
Ingestão de Sal
Ingestão de Álcool
 5g de sal de cozinha (cloreto de sódio) por
dia, o que equivale a 2g de sódio por dia.
Mulheres e pessoas com baixo peso:
1 dose/dia (14g de etanol), equivalente a
350 ml de cerveja, 150 ml de vinho e 45 ml
de bebida destilada. 
Homens: 2 doses/dia (28g de etanol),
equivalente a 700 ml de cerveja, 300 ml de
vinho e 90 ml de bebida destilada. 
Orientações
ao Paciente
Aumentar consumo de frutas, legumes e verduras
pois são fontes dos micronutrientes essenciais;
Diminuir ou parar com a prática do tabagismo;
Praticar 30 minutos de atividade física moderada de
5 a 7 dias na semana (com o auxílio de um
profissional);
Evitar ou diminuir o consumo de álcool, pois o
mesmo eleva a pressão arterial;
Reduzir a adição de sal nas preparações e retira-lo
da mesa durante as refeições;
Evitar o consumo de ultraprocessados pelo alto teor
de sódio;
Ler o rótulo dos alimentos;
Utilizar limão e ervas aromáticas como tempero afim
de reduzir a adição de sal;
Adoção de dietas com efeito hipotensor; 
Perda de peso caso esteja acima ou manter IMC 
 < 25 kg/m² (até 65 anos) e CA < 80 cm nas mulheres
e < 94 cm nos homens;
Controlar o estresse com práticas de 
meditações, relaxamentos e psicoterapias.
Colesterol Total
HDL-c
Triglicérides
< 190
> 40
< 150
< 190
> 40
< 175‡
Jejum mg/dL
Sem Jejum
mg/dL
Categoria
Referencial
 
Lipídeos 
 
LDL-c 
 
< 130
< 100
< 70
 < 50 
< 160
< 130
< 100
 < 80 
< 160
< 130
< 100
 < 80 
< 130
< 100
< 70
 < 50 
Baixo
Intermediário
Alto
Muito alto
Baixo
Intermediário
Alto
Muito alto
 
Dislipidemia
Valores de Referência
Diretriz de Dislipidemias-2017
Lipídeos Jejum mg/dL Sem Jejummg/dL
Categoria de risco:
Não HDL-c
Valores referenciais e de alvo terapêutico do perfil lipídico (adultos > 20 anos) 
Distribuição de Macronutrientes
Diretriz de Dislipidemias-2017
Distribuição de Micronutrientes
Sódio: até 2300mg/dia
 Outros micronutrientes: seguir DRI's
Recomendações
Dietéticas
Seguir o aporte calórico adequado para cada paciente,
levando em consideração as alterações metabólicas que o
mesmo apresenta (uma perda de peso pode apresentar
melhora no quadro);
Retirar totalmente da dieta gordura trans e substituir ácidos
graxos saturados por ácidos graxos monoinsaturados,
como azeite de oliva e oleaginosas, e poli-insaturados, em
especial da série ômega 3, presente por exemplo, em
peixes de águas frias;
Oferecer <10% do VET em gordura saturada para
indivíduos saudáveis e <7% do VET para indivíduos com
alterações metabólicas;
Oferecer 2g ao dia de alimentos fontes de fitosteróis, como
óleos vegetais, grãos e cereais;
Limitar o consumo de alimentos com açúcares de adição,
como xarope de milho e sacarose, para no máximo 5% do
VET;
Consumirdiariamente de 15 a 30g de alimentos fontes de
proteína de soja;
Aumentar consumo de carnes magras, frutas, hortaliças e
grãos; 
Consumir alimentos fontes de fibras, em especial as
solúveis, como farelo de aveia. 
Situações
Específicas
Dislipidemia em crianças e adolescentes
Valores de referência:
A recomendação do consumo de lipídeos para crianças e
adolescentes com dislipidemia é de 25-30% do VET, sendo de <7
a 10% gorduras saturadas e 20% gorduras mono e poli-
insaturadas. É recomendado a ingestão de peixes fontes de
ômega-3 duas ou três vezes por semana e deve-se evitar
alimentos com açúcar de adição. Também é indicado a ingestão
de alimentos fontes de fitosteróis.
Fonte: Diretriz de Dislipidemia - 2017
Dislipidemia em gestantes
A ingestão de ácidos graxos saturados por gestantes com
dislipidemia deve ser limitado a <7%. É recomendado a adição de
peixes fonte de ômega 3 na dieta, como salmão, 
sardinha e atum, desde que contenham baixos níveis 
de mercúrio. 
Necessidades
Específicas
Tratamento Não Medicamentoso
Tratamento Medicamentoso
No tratamento não medicamentoso, entra a terapia nutricional,
que estabelece seguir as diretrizes para recomendações de
macro e micronutrientes, focar em não ofertar ácidos graxos
saturados, oferecer um aporte calórico adequado e se o
paciente apresentar riscos cardiovasculares, diminuir o GET.
É essencial fazer o resgate de uma alimentação adequada e
saudável, auxiliar na escolha dos alimentos e suas
substituições e se possível aplicar a dieta DASH ou a dieta do
mediterrâneo. 
Depende do tipo e da gravidade da dislipidemia. Por exemplo, em
paciente com alto risco cardiovascular, o medicamento entra em
associação a mudança de estilo de vida, já em pacientes com risco
moderado ou leve, entra primeiro a terapia nutricional e em segundo caso
a medicamentosa, caso não haja uma melhora nos níveis de LDL-c. O
período que o paciente toma o remédio é reavaliado entre 3 e 6 meses.
No segundo caso, temos os tipos de dislipidemias presentes, tendo
remédios que agem sobre o colesterol e outros que agem no triglicérides. 
Colesterolemia: Estatina (em associação com a ezetimiba e resinas:
colestiramina BR). 
Triglicérides: Ácidos nicotínico reduz lipase tecidual.
 Taxas >500mg/dL: Fibratos
 Taxas <500mg/dL: Estatina isolada
 Ômega 3: Usado isolado ou associado a algum fármaco. 
 Suplementação com EPA e DHA de 2 a 4g
 para hipertrigliceridemia grave e de 1 a 5g 
 para hipertrigliceridemia leve e moderada. 
(Novos fármacos com função de inibição de sínteses).
Orientações ao
Paciente
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
Praticar exercícios regularmente com
acompanhamento de um profissional da área;
Parar com o tabagismo;
Priorizar temperos naturais com utilização de
ervas aromáticas;
Priorizar o consumo de alimentos in natura, como
frutas e hortaliças e evitar ultraprocessados;
Ler os rótulos nutricionais principalmente de
alimentos processados e ultraprocessados com
atenção as gorduras que são compostos;
Retirar gorduras aparentes de carnes e pele de
aves;
Preferir consumir grelhados;
Consumir queijos com pouca gordura, de
preferência queijos brancos e em pouca
quantidade;
Não fazer o reuso da água de cocção dos
alimentos;
Preferir chocolates ricos em cacau.
Referências
MALACHIAS, M. V. B. et al. 7ª Diretriz Brasileira de
Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol., v. 107, n. 3, p.
1-83, 2016. Suplemento.
 
DE PREVENÇÃO CARDIOVASCULAR, Atualização da
Diretriz. da Sociedade Brasileira de Cardiologia
(SBC)-2019. Revista Arquivos Brasileiros de
Cardiologia, v. 113, n. 4, p. 787-891, 2019.
 
Vitolo, Márcia Regina. Nutrição: da gestação ao
envelhecimento / Márcia Regina Vitolo. - 2. ed. - Rio de
Janeiro: Rubio, 2015. 568 p.
 
Faludi, André Arpad, et al. "Atualização da diretriz
brasileira de dislipidemias e prevenção da
aterosclerose–2017." Arquivos brasileiros de
cardiologia 109.2 (2017): 1-76.

Continue navegando