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VERÔNICA DE ALMEIDA SILVA RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR EM ENFERMAGEM UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP BRASÍLIA 2022 VERÔNICA DE ALMEIDA SILVA RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR EM ENFERMAGEM Relatório de Estágio em Enfermagem apresentado como requisito parcial para a integralização curricular. Orientador: Prof. Aline Chagas Brasília 2022 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 6 2. DESENVOLVIMENTO: APROXIMAÇÃO TEÓRICO PRÁTICA ......................................................7 2.1 Apresentação e contextualização das ações gerenciais do enfermeiroda unidade ......................... 7 2.2 Apresentação e contextualização das ações assistenciais doenfermeiro da unidade ..................... 10 3. EXPERIÊNCIAS PESSOAIS ....................................................................................................... 13 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 13 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 14 1. INTRODUÇÃO Com o objetivo de proporcionar uma melhor vivência da prática clínica, a os alunos foram organizados em dois grupos e sob supervisão da preceptora, foram delegadas as atividades pertinentes à prática da enfermagem. Em um primeiro momento, optou-se por observar e acompanhar os procedimentos realizados. Com maior familiarização da rotina a preceptora enfim delegou atividades de maior complexidade e privativas do enfermeiro. O estágio obrigatório é a oportunidade do discente em desenvolver habilidades necessárias que são relevantes para as intervenções clínicas. Com ele, foi possível adquirir maior domínio do instrumento teórico-prático. Portanto, o estágio supervisionado se conforma como uma projeção da realidade profissional, preparando o discente para as rotinas hospitalares e para as dificuldades enfrentadas em ambiente de trabalho. 6 2. DESENVOLVIMENTO: APROXIMAÇÃO TEÓRICO PRÁTICA 2.1 Apresentação e contextualização das ações gerenciais do enfermeiro da unidade A partir da Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011, o Ministério da Saúde instituiu a Rede de Atenção às Urgências no SUS (RUE), por meio da qual considera que o atendimento aos usuários com quadros agudos deve ser prestado por todas as portas de entrada dos serviços de saúde do SUS, organizado em redes regionais de atenção às urgências enquanto elos de uma rede de manutenção da vida em níveis crescentes de complexidade e responsabilidade (BRASIL,2018). As unidades de urgência, constitui-se como componente da Rede de Urgência e Emergência intermediário entre a atenção básica e a atenção hospitalar, cujo objetivo é fornecer o suporte necessário à atenção básica para os casos agudos que ultrapassem sua capacidade de resolução e de reduzir o afluxo de usuários para as portas de entrada hospitalares (BRASIL, 2018). De modo geral, o enfermeiro é o protagonista no atendimento de urgência e emergência, realizando gerenciamento e cuidado ao paciente ao mesmo tempo. Em relação à execução das funções assistenciais, vê-se que o primeiro atendimento realizado ao paciente é a avaliação, que levam o enfermeiro a classificar o paciente do mais grave ao menos grave, sendo esta uma atribuição exclusiva dele (FILHO et al., 2016). A fim de otimizar o fluxo de atendimento, o enfermeiro dispõe de um fluxograma cujo objetivo é padronizar o atendimento e manter um instrumento visual de forma rápido no caso do esquecimento de alguma etapa do procedimento. Ele consiste basicamente em: Admissão do usuário por demanda espontânea Abertura da ficha de atendimento pelo GAE Acolhimento com classificação de risco Identificação com as pulseiras de classificação Referenciamento do usuário para especialidade de atendimento apropriado FONTE: imagem adaptada pelo autor A estruturação dos serviços de saúde depende de um planejamento minucioso, que tem por base as necessidades do usuário a ser atendido, de modo que a Enfermagem deve assegurar processos assistenciais emquantidade e qualidade capazes de satisfazer às necessidades da clientela. Para execução desses processos, devem utilizar um conjunto de instrumentos como o dimensionamento de pessoal, escala de pessoal, recrutamento e seleção, educação permanente, trabalho em equipe e avaliação de desempenho. É importante destacar que, nas unidades de emergência, os desafios relacionados ao planejamento, alocação e avaliação de recursos humanos de enfermagem, assumem maiores proporções devido, entre outros aspectos, à dinâmica de trabalho da unidade; à diversidade das ações desenvolvidas; à rotatividade de pacientes e à escassez de parâmetros que dificultam a operacionalização dos métodos convencionais de gerenciamento de recursos humanos (GARCIA, FUGULIN, 2010). Para isso, a enfermeira da unidade disponibilizou a escala de trabalho para maior familiarização da sua organização. Escala de enfermagem Em relação ao gerenciamento de materiais, vê-se que este é um ponto fundamental nas organizações de saúde, refere-se ao seu produto final ou atividade fim, que é a assistência aos usuários por meio de ações que não podem sofrer interrupções. Os avanços tecnológicos têm impulsionado o aumento constante da complexidade assistencial, exigindo um nível de atençãocada vez mais elevado por parte dos profissionais de saúde, criando uma demanda crescente por recursos materiais. Assim, impõem-se a necessidade dos serviços de saúde aprimorarem os sistemas de gerenciamento desses recursos, a fim de garantirem uma assistência contínua de qualidade a um menor custo e, ainda, assegurarem a quantidade e qualidade dos materiais necessários para que os profissionais realizem suas atividades sem riscos para si mesmos e para os pacientes (CASTILHO; GONÇALVES, 2010). Nesse sentido, vê-se que o enfermeiro rotineiro da UPA é responsável por essa gerência através da determinação do material necessário para assistência tanto no aspecto quantitativo como no qualitativo. E nesse ponto do gerenciamento dos recursos de materiais ele trabalha com a previsão, provisão, organização e controle. Quanto à gestão de pessoal, o enfermeiro diz considerar esse um dos pontos mais difíceis de ser gerido. Essa competência gerencial demanda do enfermeiro o exercício constante de relacionar-se e construir elos de integração/articulação com credibilidade e respeito, visando uma atuação em equipe que possibilite maior desempenho funcional e relacional. Por tratar-se de uma unidade de pronto atendimento, em relação àadesão do programa de educação continuada, vê-se que é um ponto de difícil manutenção. No entanto, é crucial, tendo em vista que a capacitação profissional e a integração entre as equipes são facilitadores para o alcance de uma assistência adequada aos pacientes que necessitam de intervenções imediatas. No geral, o processo de trabalho é o gerador das necessidades de conhecimento e das demandas educativas contínuas, que devem ter como referência, as necessidades de saúde dos usuários e da população (PEDUZZI et al., 2009; SILVA, PEDUZZI, 2009). 2.2 Apresentação e contextualização das ações assistenciais do enfermeiro da unidade Como mencionado anteriormente, o enfermeiro é o protagonista no atendimento de urgência e emergência. A equipe de enfermagem é a primeira a ter contato com o paciente nesses lugares. Ao atuar no cuidado em situações de urgência e emergência nos diferentes contextos da Rede de Atenção à Saúde, o enfermeirose depara com diversos desafios. A atenção às urgências é um tema complexo, que não deve ser tratado de forma pontual e por um único tipo de serviço, conforme ressaltado pelo Ministério da Saúde (2011). Desse modo, no âmbito do SUS,as urgências devem ser abordadas a partir da constituição de uma Rede de Atenção, que atravesse os diversos níveis de complexidade do sistema, alémde comportar serviços diferentes, organizados a partir das necessidades dos usuários (BRASIL, 2011). Ao adentrar na rede de saúde, o primeiro ponto a ser tratado é do acolhimento do indivíduo. Ele se configura como uma das intervenções decisivas na reorganização das portas de urgência e na implementação da produção de saúde em rede, pois extrapola o espaço de gestão local afirmando, no cotidiano das práticas em saúde, a coexistência das macro e micropolíticas (BRASIL, 2009). Logo, essa é uma atribuição exclusiva do enfermeiro. E, nessa instituição, é adotado o protocolo do Ministério da Saúde para realização do acolhimento com classificação de risco. Nesse protocolo, a organização dos atendimentos é organizado por meio de prioridades (0 -3) e cores. Sendo o vermelho indicando atendimento de emergência, o amarelo, urgência; o verde, não urgente e o azul, consultas de baixa complexidade Vê-se também que o novo paradigma da enfermagem construído na atualidade envolve o entrelaçamento e a aproximação entre os processos de cuidar e gerenciar, pois na medida em que ocorre a articulação entre os processos, as necessidades do paciente e da instituição serão atendidas integralmente, o que reflete a expressão mais clara da boa prática em enfermagem. Além da realização do processo de triagem, o enfermeiro é responsável pela sala de medicação, sala de procedimentos, procedimentos de eletrocardiograma, sala amarela, sala verde, etc. ESTUDO DE CASO Trata-se de um relato de caso da assistência prestada a um paciente com complicações da doença de chagas, realizado na UPA de Sobradinho. IDENTIFICAÇÃO C.A.C., 80 anos, sexo feminino, nascida em Luziânia- GO, mora em Sobradinho com sua filha e sobrinho, viúva, mãe de 8 filhos, aposentada, evangélica, sedentária, nega tabagismo e bebe socialmente. Morou um tempo no campo onde provavelmente adquiriu Chagas. Medicações em uso: óleo mineral, Furosemida, Carvedilol. Medicação prescritas para tratamento de chagas: Ceftriaxona 1g de 12h/12h. Admitida na UPA no dia 18/10/22 acompanhada de duas de suas filhas por bradicardia, hipotensão (60 x 50 mmHg), extravasamento de líquido pelas pernas e dor no corpo. Na admissão, a paciente encontra-se orientada, lúcida, sonolenta e irritada, respirando em ar ambiente, déficit motor aparente (dificuldade para deambular), acianótica. Apresenta pouca força motora nos membros e relata cansaço ao se locomover. Eliminações vesicais ausentes (SIC). À triagem, a paciente é classificada com a cor amarela. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Débito cardíaco diminuído relacionado à doença de Chagas evidenciado por alteração no eletrocardiograma, edema em membros inferiores, fadiga e oligúria; Eliminação urinária prejudicada relacionada a problemas renais e baixa ingestão de líquido evidenciado por disúria, oligúria, necessidade de SVD; Perfusão tissular periférica ineficaz relacionado à disfunção cardíaca evidenciado por edema, dor em membros inferiores e tempo de enchimento capilar > 3 segundos. Dor aguda relacionado a edema em membros inferiores, perfusão em membros inferiores ineficazes evidenciados por autorrelato, comportamento expressivo a palpação em membros inferiores. Deambulação prejudicada relacionado a dor e força muscular insuficiente evidenciado por capacidade prejudicada de andar uma distância necessária. INTERVENÇÕES Realizar acolhimento com classificação de risco Monitorar a ocorrência de dispneia, fadiga, taquipneia ( Realizar balanço hídrico a cada 6 horas Monitorar a eliminação urinária, atentando-se para frequência, consistência, odor, volume e coloração; Mensurar débito urinário sinalizando ao médico sinais de baixo débito.; Administrar analgésico em caso de dor, conforme prescrição médica. Orientar o indivíduo quanto ao uso de auxiliares da deambulação (p. ex., muletas, cadeira de rodas, andadores, barras de trapézio, bengala) Estabilizar o paciente e referencia-la para unidade hospitalar, se necessário. 3. EXPERIÊNCIAS PESSOAIS O estágio supervisionado se constitui em importante período da formação inicial por oportunizar a reflexão sobre a dicotomia entre teoria e prática. Por meio dele, pude aperfeiçoar minhas habilidades técnicas e também, ampliar o pensamento crítico e reflexivo que contribuem para o entendimento do processo saúde-doença. A autonomia conferida pelos profissionais da UPA e a imersão nas atividades foi um ponto crucial. Por meio dela, realizamos atividades como: triagem com classificação de risco, passagem de sonda vesical e gástrica, coleta de gasometria, ECG, curativos, preparo e administração de medicação, etc. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O ensino clínico da enfermagem, por meio dos estágios, tem o objetivo de fornecer aos acadêmicos conhecimentos inerentes à profissão que permitirão aperfeiçoar as habilidades, tendo em vista que o contato com o paciente contribui para uma atuação crítica e reflexiva. O estágio é um aquisição da prática profissional, pois é justamentedurante esse período que todo conhecimento teórico adquirido na graduação é colocado em prática. Logo, cumprir a carga horário de um estágio na UPA foi um desafio principalmente, por ser um ambiente complexo. Mas, por meio desses desafios, que foi possível concretizar o aprendizado sobre as urgências clínicas e melhorar o raciocínio crítico e clínico a cerca das demandas populacionais. REFERÊNCIAS BRASIL. Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011. Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde(SUS). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1600_07_07_2011.html. Acesso em: 20 out 2022. BRASIL. Portaria nº 342, de 4 de março de 2013. Redefine as diretrizes para implantação do Componente Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências, e dispõe sobre incentivo financeiro de investimento para novas UPA 24h (UPA Nova) e UPA 24h ampliadas (UPA Ampliada) e respectivo incentivo financeiro de custeio mensal. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0342_04_03_2013.html. Acesso em: 20 out 2022. BRASIL. Portaria nº 10/GM/MS, 03/01/2017 que redefine as diretrizes de modelo assistencial e financiamento de UPA 24h de Pronto Atendimento como Componente da Rede de Atenção às Urgências, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt0010_03_01_2017.html. Acesso em: 26 out 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 1.600, de 07 de julho de 2011. Re-formula a política nacional de atenção às urgências e institui a rede de atenção à urgências no sistema único de saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 2011. CASTILHO, V.; GONÇALVES, V. L. M. Gerenciamento de recursos materiais. In: KURCGANT, P. (Org.). Gerenciamento em enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan: 2010. p. 155-167. GARCIA, E. A. G.; FUGULIN, F. M. T.. Distribuição do tempo de trabalho das enfermeiras em Unidade de emergência. Rev. Esc. Enferm. USP, v. 44, n. 4, p. 1032-38, 2012. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/reeusp/ v44n4/25.pdf >. Acesso em 5 maio 2012. PEDUZZI, M. et al. Atividades educativas de trabalhadores na atenção primária: concepções de educação permanente e educação continuada em saúde presentes no cotidiano de unidades básicas de saúde em São Paulo. Interface, Botucatu, v. 13, n. 30, p.121-134, 2009. PEDUZZI, M. Trabalho em equipe de saúde da perspectiva de gerentes de serviços de saúde: possibilidades da prática comunicativa orientada pelas necessidades de saúde dos usuários e da população. 2007. Tese (Livre Docência) - Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1600_07_07_2011.html https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0342_04_03_2013.html https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt0010_03_01_2017.html http://www.scielo.br/pdf/reeusp/ UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP VERÔNICA DE ALMEIDA SILVA PLANO DE TRABALHO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I DO CURSO DE ENFERMAGEM TEMA: GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 1 Sumário GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE .............................................................. 4 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 5 2. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ............................................. 6 2.1.1 DEFINIÇÃO DO PGRSS ................................................................................................ 6 2.1.2 CLASSIFICAÇÃO DOS RSS .......................................................................................... 6 2.1.3 MANEJO DOS RSS .......................................................................................................7 REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE, REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA ................................................... 14 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 15 2. SITUAÇÃO PROBLEMA ........................................................................................................... 15 2.1 ATIVIDADE ............................................................................................................................. 16 REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................. 20 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ................................................................................................................21 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 22 2. SITUAÇÃO PROBLEMA ............................................................................................................................ 23 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................................. 26 DIMENSIONAMENTO DO PESSOAL DE ENFERMAGEM .............................................................. 27 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 28 2. SITUAÇÃO NORTEADORA DE APRENDIZAGEM ..................................................................... 29 2.1 APRESENTAÇÃO DO HOSPITAL GERAL DO CENTRO-OESTE ............................................ 29 3. ATIVIDADES ............................................................................................................................... 30 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 35 PLANO DE TRABALHO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I DO CURSO DE ENFERMAGEM – 1ª ATIVIDADE TEMA: GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Reformulação devido à Pandemia COVID-19 4 1. INTRODUÇÃO O gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (GRSS), anteriormente à criação da Anvisa, era regulamentado somente por resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Devido à competência legal estabelecida pela Lei 9.782/1999, que criou a Anvisa, coube a esta Agência a competência de regulamentar os procedimentos internos dos serviços de saúde, relativos ao GRSS. O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) atua de forma descentralizada, e a fiscalização do GRSS compete às Vigilâncias Sanitárias dos Estados, Municípios edo DF, com o auxílio dos órgãos ambientais locais, auxiliados pelos Serviços de Saneamento e dos Serviços de Limpeza Urbana. Considera-se que parte dos resíduos gerados apresenta risco similar aos domiciliares, podendo ter o mesmo destino, esgoto ou aterro sanitário (BRASIL, 2018a). Dessa forma, define-se como geradores de RSS todos os serviços cujas atividades estejam relacionadas com a atenção à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de piercing e tatuagem, salões de beleza e estética, dentre outros afins (BRASIL, 2018a). Todo serviço gerador deve dispor de um Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS), observando as regulamentações federais, estaduais, municipais ou do Distrito Federal. O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Saúde (PGRSS) é um documento, baseado nos princípios da não geração e da minimização da geração de resíduos, que aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, propondo medidas de adequação para que o empreendimento esteja em conformidade com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº. 12.305/2010) e demais legislações vigentes (BRASIL, 2018b). A aplicação e a sustentação de um programa de gerenciamento de resíduos são imprescindíveis, uma vez que o sucesso do programa está fortemente centrado na mudança de atitudes de todos os atores da unidade geradora. A divulgação do PGRSS é fundamental para a conscientização e difusão das ideias e atitudes que o sustentarão e, trabalhando com metas reais, deve-se sempre reavaliar os êxitos (ou insucessos) obtidos, redirecionando-os, se preciso, para que o programa seja factível (BRASIL, 2018b). 2. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 3.1.1 DEFINIÇÃO DO PGRSS Conforme Resolução CONAMA nº 358/05, o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) é “um documento integrante do processo de licenciamento ambiental, baseado nos princípios da não geração e na minimização da geração de resíduos, que aponta e descrevem as ações relativas ao seu manejo, no âmbito dos serviços hospitalares, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, reciclagem, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública e ao meio ambiente”. 3.1.2 CLASSIFICAÇÃO DOS RSS A classificação dos resíduos produzidos no Ambulatório de Ortopedia do Hospital das Clínicas está de acordo com as resoluções CONAMA nº 358/05 e ANVISA RDC 306/04, e com base na sua característica e riscos que podem acarretar ao meio ambiente e à saúde são divididos em cinco grupos: A, B, C, D e E. O grupo A engloba os componentes com possível presença de agentes biológicos que, por usas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. É subclassificado em A1, A2, A3, A4 e A5 que se referem, respectivamente, aos resíduos provenientes da manipulação de microorganismos;carcaças, peças anatômicas, vísceras animais; peças anatômicas (membros humanos); kits de linha arteriais, filtros de ar e de gases aspirados de áreas contaminadas; órgãos, tecidos, fluidos e todos os materiais envolvidos na atenção à saúde de indivíduos ou animais com suspeita ou certeza de contaminação por príons. O grupo B refere-se aquele caracterizado por conter substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente a depender das suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxidade. Tem- se como exemplo os medicamentos apreendidos, reagentes de laboratório, resíduos contendo metais pesados, etc. O grupo C refere-se a quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, como, por exemplo, serviços de medicina nuclear e radioterapia etc. O grupo D não apresenta risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares, como as sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resíduos das áreas administrativas etc. E, o grupo E refere-se aos materiais perfuro-cortantes ou escarificantes, tais como lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, espátulas e outros similares. 3.1.3 MANEJO DOS RSS Quanto ao manejo dos resíduos, a Resolução ANVISA RDC nº 306/04 define como sendo “a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos intra e extra- estabelecimento, desde a geração até a disposição final”. O manejo dos resíduos contempla as seguintes etapas: Identificação Segregação Acondicionamento Coleta interna I Armazenamento temporário Coleta interna II Armazenam ento externo Coleta externa (empresas terceirizadas, prefeitura) Tratamento Disposição final IDENTIFICAÇÃO O grupo A é identificado, no mínimo, pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da expressão RESÍDUO INFECTANTE. O grupo B é identificado por meio de símbolo e frase de risco associado à periculosidade do resíduo químico. O grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta ou púrpura) em rótulo de fundo amarelo, acrescido da expressão MATERIAL RADIOATIVO, REJEITO RADIOATIVO ou RADIOATIVO. O grupo D deve ser identificado conforme definido pelo órgão de limpeza urbana. O grupo E é identificado pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo branco, desenho e contorno preto, acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE. SEGREGAÇÃO Nesse ambulatório de ortopedia, a segregação é realizada separando os resíduos em infectantes, químicos, comum, reciclável, orgânico e perfuro cortante. Em razão dos resíduos infectantes apresentarem diversos riscos à saúde tanto do paciente quanto do profissional de saúde, foi acordado pelo hospital que as lixeiras infectantes seriam alocadas somente no expurgo ou em locais isolados de cada setor, como também, nos postos de enfermagem. A comissão também orientou quanto à utilização de bandejas pelos profissionais da enfermagem, considerando que o seu uso diminui o risco de acidentes com os materiais manuseados a serem transportados do paciente até sua segregação. Além disso, foi decidido elaborar uma listagem da segregação adequada dos principais resíduos produzidos nesse ambulatório (resíduos recicláveis, perfuro cortantes, infectantes e comuns). ACONDICIONAMENTO É o ato de dispor os resíduos em recipientes apropriados. Nesta operação é essencial acondicionar diferentemente os resíduos segregados na origem, em recipientes com características apropriadas a cada grupo específico, observando a padronização de cor e simbologia apresentadas. Os sacos de acondicionamento sempre devem ser fechados/lacrados sempre ao final de cada jornada ou quando estiver com 2/3 de seu volume preenchido. Os perfuro cortantes deve ser acondicionada em recipientes rígidos e resistentes a umidade (Ex. Coletor de Perfuro Cortante/Descarpack) e, conter internamente saco plástico de proteção, lacrados, quando estiver compreenchimento de 2/3 da capacidade. Os resíduos infectantes, como membros, fetos, órgãos, placenta e tecidos humanos devem ser acondicionados separadamente em sacos branco leitoso ou sacos vermelhos, antes de serem encaminhados para a coleta interna. Na coleta externa, estes são acondicionados em uma bombona separada para carcaças e peças anatômicas. O Hospital das Clínicas utiliza as seguintes regras para o acondicionamento dos resíduos: Materiais perfurantes ou cortantes serão embalados em recipiente de material resistente, coletor de perfuro cortante (tipo Descarpack); Líquidos deverão estar contidos em frascos ou galões preferencialmente inquebráveis, com tampa rosqueável; Sólidos ou semi-sólidos contaminados serão dispostos em sacos plásticos brancos. Todo resíduo infectante a ser transportado será acondicionado em sacos brancos e impermeáveis, em PVC, conforme NBR-9191 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Placenta e produtos quimioterápicos deverão ser acondicionados em sacos vermelhos de forma segura, e os mesmos devem estar em lixeiras da cor branca, devidamente identificadas com tampa e pedal; Os resíduos especiais têm de ser embalados de forma segura, compatíveis com suas características físicoquímicas; Os resíduos comuns serão embalados em sacos plásticos na cor preta indicado pela NBR- 9191, da ABNT; Os sacos deverão ser totalmente fechados, não permitindo o derramamento do conteúdo, sendo mantidos íntegros até ao destino final dos resíduos. Caso ocorram rompimentos frequentes dos sacos, dever-se-á verificar a qualidade do produto ou métodos de transporte utilizados. Não se admite abertura ou rompimento do saco contendo lixo infectante sem prévio tratamento. COLETA INTERNA I Consiste na remoção dos resíduos do local de geração, para o local de armazenamento temporário. O procedimento é realizado pelo pessoal da higienização durante o dia todo em horários pré-definidos de forma que não coincidam com horários de distribuição de refeições. ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO (INTERNO) Os abrigos temporários em geral, são locais com piso e azulejos, fechados e com pouco acesso das pessoas que não estão relacionadas com os resíduos/limpeza. Atualmente, o hospital possui alguns abrigos temporários que atendem alguns setores em comum. Para facilitar o trabalho, foram denominados por blocos. A sala de gesso, curativo, posto de enfermagem e sala de medicação usam o mesmo abrigo temporário que fica no bloco II. Já a farmácia satélite usa o abrigo temporário do bloco III. COLETA INTERNA II É a operação de transferência dos sacos e demais resíduos do armazenamento interno para o armazenamento externo (abrigo de RSS). No transporte dos RSS, dentro do hospital, deve-se observar e manter a segregação, evitando a mistura dos resíduos. A coleta interna II será realizada somente através de carrinhos fechados e identificados, devendo ser abertos somente no ato do abastecimento nos pontos de coleta e fechado em seguida, mantendo-o assim até o abrigo do RSS, seguindo rigorosamente as técnicas estabelecidas no Regimento Interno do serviço de higienização do Hospital das Clínicas. ARMAZENAMENTO EXTERNO O armazenamento externo é o ato de guardar os RSS até que se realize a coleta pelo serviço municipal para os comuns, orgânicos e reciclados, e empresas terceirizadas contratadas para os contaminados. O estabelecimento possui abrigo específico para armazenamento dos RSS, onde é armazenado todo o resíduo coletado no Hospital, separados em boxes distintos. Ao armazenarem os resíduos, osfuncionários deverão observar a existência de sacos abertos ou rompidos, neste caso deverão proceder a reembalagem do resíduo com o devido cuidado, para que não haja contaminações e acidentes de trabalho. Ao descarregar os carrinhos de coleta, no abrigo de RSS, os funcionários deverão estacionar os mesmos na área de higienização para lavagem e desinfecção, executando o procedimento adequado, usando água, hipoclorito a 1% de cloro ativo e sabão, enxaguar com água em abundância e depois friccionar álcool a 70%. COLETA EXTERNA Esta etapa é totalmente terceirizada. A coleta é realizada pelas próprias empresas diretamente no armazenamento externo da instituição utilizando-se de carros e/ou caminhões especiais. Os resíduos comuns e são coletados 03 (três) vezes na semana, toda terça, quinta-feira e sábado e sem horário pré-definido. Os contaminados são coletados todos de segunda a sexta-feira em dias úteis com a presença de um fiscal, e os recicláveis são coletados a cada uma vez por semana (sexta-feira) e conforme a capacidade de armazenamento do abrigo. Os medicamentos vencidos ou impróprios para uso são separados em cada setor que terá de preencher a “Ficha de descartes”, o qual é entregue ao Setor de Hotelaria Hospitalar que o repassará à empresa de coleta. E as as pilhas e baterias são depositados em caixas coletores tipo “descarpack“ e geralmente disposta no corredor próximo a Farmácia de dispensação, e após encaminhado ao armazenamento temporário externa e recolhida pela empresa que fará a destinação final. TRATAMENTO INTERNO/EXTERNO O Hospital das Clínicas não possui tratamento de resíduos em sua unidade, com exceção dos resíduos gerados pela microbiologia do laboratório de análises clínicas que passam por uma autoclave simples de médio porte antes de serem acondicionados nos sacos brancos identificados com o símbolo de infectante e os frascos vidros de hemocultura são auto clavados e dispostos em recipientes Bombonas de 50 litros devidamente identificados, após é encaminhado para o abrigo de resíduos infecto. Resíduos oriundos do laboratório, se necessário, serão tratados para posteriormente serem descartados via esgoto. Quanto à destinação final dos resíduos infectantes, ficou acordado que a incineração se torna requisito para o tratamento externo dos resíduos infectantes, visto que este é o processo relativamente de menor impacto ao meio ambiente em razão da grande diminuição do volume de resíduos gerados. TRANSPORTE EXTERNO Trata-se da transferência dos resíduos acumulados no abrigo externo para a destinação final destes, realizado por meio de veículo coletor próprio para os diferentes tipos de resíduos. Cada empresa coletora fica responsável por providenciar o transporte adequado ao seu resíduo. DESTINAÇÃO FINAL Segundo a Resolução ANVISA RDC nº 306/04, “destinação final é o processo decisório no manejo de resíduos que inclui as etapas de tratamento e disposição final”. No caso do hospital das clínicas, a disposição final dos resíduos é realizada noaterro sanitário. E em relação os resíduos infectantes, vê-se que após o de incineração, as cinzas geradas são encaminhadas para aterro sanitário específico para resíduos industriais, destinado a aterros de diferentes classes de acordo com análise realizada. PLANO DE TRABALHO DE ESTÁGIO I DO CURSO DE ENFERMAGEM – 2ª ATIVIDADE TEMA: REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE, REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA Reformulação devido à Pandemia COVID-19 1 INTRODUÇÃO O crescimento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), decorrentes das transições epidemiológica e demográfica, associadas ao processo de globalização, urbanização e hábitos de vidas não saudáveis, resultaram emdemandas cada vez maiores dos serviços de saúde. Nesse sentido, algumas políticas públicas efetivas e integradoras começaram a ser implementadas como estratégia de enfrentamento das DCNT no Brasil, sendo elaboradas e implementadas com foco na prevenção e controle das comorbidades e seus fatores de risco. Para tanto, os setores da Atenção Primária, Secundária e Terciária em Saúde devem atuar de forma conjunta no acompanhamento do usuário para o alcance da integralidade do cuidado. Os serviços de toda a Rede de Atenção à Saúde (RAS), por meio da vinculação dos diversos serviços, devem ofertar uma atenção contínua, integral e humanizada para determinada população. Assim, para o desenvolvimento dessa estratégia, todos os níveis de atenção à saúde serão considerados igualmente importantes para o alcance dos objetivos no atendimento ao usuário, não devendo haver nenhum tipo de organização hierárquica entre eles. Além disso, para a efetividade do trabalho na RAS, todos os trabalhadores devem se responsabilizar pela continuidade da assistência ao usuário e pela organização dos processos de trabalho. Para isso, torna-se necessária a interligação dos serviços dos diferentes níveis de atenção por meio da efetivação dos processos de referência e contrarreferência. 2. Situação Problema Pedro, sexo masculino, 83 anos, é tabagista, hipertenso, dislipidêmico, além disso, faz uso irregular das medicações. Como consequência dessa situação, sofreu um acidente vascular encefálico isquêmico há cerca de 10 dias, apresentando sequelas como hemiparesia à esquerda, disartria e disfagia. Após a estabilização do seu quadro clínico inicial, ainda em ambiente hospitalar, Pedro foi avaliado de forma multidisciplinar pelo médico, enfermeiro e nutricionista, os quais identificaram que Pedro apresentava dificuldade de deglutição até mesmo em relação aos alimentos pastosos. A partir dessa avaliação conjunta, a equipe optou por oferecer nutrição enteral exclusiva por meio de sonda nasoenteral. Após alguns dias de hospitalização, Pedro recebeu alta para casa e deverá seguir com a sonda para alimentação enteral de forma exclusiva até a sua próxima avaliação, que deverá ocorrer em ambiente ambulatorial. 2.1 REFERENCIAMENTO DO PACIENTE PARA A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (ATIVIDADE) IDENTIFICAÇÃO Pedro, sexo masculino, 83 anos, é natural da Bahia, mas atualmente, reside em Brasília-DF. É viúvo, tem 4 filhos e está aposentado. Mora com um de seus filhos. É hipertenso e dislipidêmico. Nega uso de álcool, mas refere tabagismo. Faz uso das medicações de uso contínuo de forma irregular e não adere ao tratamento terapêutico de forma adequada. HISTÓRIA ATUAL O paciente deu entrada ao pronto de socorro do hospital regional da Asa Norte, na manhã do dia 14/11/2022, apresentando rebaixamento súbito do nível de consciência, formigamento e fraqueza do lado esquerdo do corpo, desvio de rima e visão dupla. Foi prontamente atendido pela equipe e imediatamente encaminhado para realizar uma tomografia de crânio (TC) que confirmou um Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVEi). Em seguida, foi transferido para UTI onde iniciou a infusão de rtPA, que foi realizada sem intercorrências. Permaneceu internado na unidade intensiva sob cuidados da equipe multidisciplinar. Passado 24h do tratamento trombolítico, o paciente foi reavaliado e identificou-se como sequelas, hemiparesia à esquerda, disartria e disfagia. ENCAMINHAMENTO DO PACIENTE Encaminho paciente para continuidade do cuidado multiprofissional em âmbito ambulatorial. EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Pedro, sexo masculino, negro, 83 anos, comparece ao pronto socorro do Hospital Regional da Asa Norte no dia 14/11/2022, apresentando rebaixamento súbito donível de consciência, parestesia do lado esquerdo do corpo, desvio de rima e diplopia. Após ser atendido e realizado exames, foi confirmado diagnóstico de AVEi. Foi realizado a administração de rtPA. Após avaliação da equipe multiprofissional, identificou-se como sequelas, hemiparesia à esquerda, disartria e disfagia. O paciente permaneceu internado, sob cuidados intensivos, por 10 dias e recebealta no dia de hoje, 24/11/2022. Encontra-se acomodado em leito de UTI, acompanhado de seu filho. Consciente, orientado em tempo espaço, pouco ativo e reativo, colaborativo, verbaliza com dificuldade, eupneico, acianótico, anictérico, hipocorado (+/++++), afebril ao toque. Não deambula sem auxílio de dispositivo móvel. Mantém dieta por SNG.Eliminações vesicointestinais presentes em fralda (SIC do acompanhante). AVP em MSD. Sem queixas álgicas no momento. Ao exame físico: vígil, consciente, orientado, hipoativo e hiporeativo no leito. Cabeça com couro cabeludo íntegro e sem presença de sujidades, ausência de lesões, deformidades, alopecia e com implantação e distribuição dos cabelos normal. Olhos: pupilas isocóricas e fotorreagentes. Mucosa ocular hipocorada (++/++++) e hidratada (+++/4+). Pavilhão auditivo e canal auditivo: normais, ausência de lesões ou secreções. Implantação normal das orelhas. Nariz: SNG em narina direita; ausência de secreções, lesões ou alterações. Boca: boa condição higiênica, lábios e gengiva com mucosa hidratada, língua apresentando bom aspecto. Pescoço: sem linfonodos palpáveis, glândula tireóidea normotrófica. Tórax: expansibilidade e simetria torácica preservada. Ausculta pulmonar: murmúrio vesicular audível, sem sinais de desconforto respiratório. Ausculta cardíaca: bulhas normorrítmicas e normofonéticas em 2 tempos. Abdome: plano e simétrico, RHA presentes e hipoativos, maciço, indolor a palpação superficial e profunda, sem viceromegalias ou massas palpáveis. Eliminações fisiológicas: eliminações vesicointestinais presentes em fralda (SIC filho). MMSS: força motora diminuída em MSE (+++/++++); unhas aparadas, com bom aspecto higiênico. AVP (18/11) em MSD, salinizado, com ausência de sinais flogísticos. MMII: força motora diminuída em MIE (+++/++++); ausência de lesões; unhas aparadas com bom aspecto higiênico. À pesquisa de sinais de TVP, sinal de homans, bandeira e bancroftnegativos. 1) DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM - Deglutição prejudicada - Mobilidade física prejudicada - Comunicação verbal prejudicada - Risco de aspiração - Risco de queda - Risco de perfusão tissular cerebral ineficaz - Risco de pressão arterial instável 2) INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM - Solicitar avaliação do fonoaudiólogo para avaliação da disfagia; - Estabelecer o acesso enteral por via nasogástrica garantindo o aporte nutricional do paciente, 24h após realização da trombólise; - Solicitar avaliação da nutrição para adaptar à textura da dieta e consistência de líquidos conforme capacidade de deglutição do paciente; - Atentar-se para situações de engasgo; - Comunicar-se com o paciente de maneira clara e acessível, adaptando a linguagem de modo que seja compreensível para ele; - Solicitar avaliação da fisioterapia; - Realizar atividade de mobilidade no leito; - Manter o paciente monitorizado atentando-se para elevação dos níveis pressóricos de pressão; - Administrar anticoagulante e antiagregante plaquetário, conforme prescrição médica; 3) PLANO DE CUIDADOS DOMICILIAR O paciente recebe alta dessa unidade hospitalar necessitando de acompanhamento ambulatorial para garantir sua reabilitação. Aos cuidados domiciliares, oriento quanto: A) Cuidados gerais: oriento a família a adotar mudanças de hábitos alimentares e adesão à atividade física de baixa intensidade, como caminhada. Em relação à hemiparesia, oriento a família, no tratamento da paralisia de hemiface, a fazer compressa fria, realizar exercícios miofuncionais. E quanto ao tratamento da fraqueza muscular, deixo encaminhamento para fisioterapia realizar exercícios de fortalecimento muscular progressivo. Ao tratamento da diplopia, apesar do paciente relatar melhora, prescrevo uso de tampão para eliminar a visão dupla. B) Cuidados com a SNG: devido ao quadro grave de disfagia e tendo em vista o risco nutricional do paciente, foi acordada pela equipe multiprofissional, sua alta com uma via alternativa de alimentação; nesse caso, a SNG. Portanto, a família foi orientada quanto aos cuidados que deveriam ser adotados para garantir a efetividade do tratamento. - Quanto à dieta, a equipe de nutrição orientou quanto ao preparo, que poderia ser utilizado a alimentação habitual da família, mas em relação ao preparo, deveriam ser cozidos, liquificados e coados. - Caso a família não consiga cozinhar todos os dias, foi prescrito a fórmula nutricional para complementar a dieta. - Devido ao aumento do tempo do trânsito oral e diminuição do controle da mastigação apresentado pelo paciente, não é recomendado manter alimentação por via oral durante essa primeira semana pós-alta. Oriento quanto ao acompanhamento com a fonoaudióloga para realizar exercícios de reabilitação e liberar a alimentação VO. - Além disso, a família é orientada a manter higiene pessoal, como roupas limpas, unhas curtas, lavagem das mãos durante o preparo da dieta. - Não congelar a dieta e não aquecer em banho-maria ou em forno micro- ondas. - Caso sobrar dieta, deverá ser descartada. - Elevar a cabeceira ou manter o paciente sentado durante a administração da dieta. - Lavar a sonda com 50 ml de água antes e depois de infundir o medicamento para evitar o entupimento da sonda. Caso entupir, administrar, lentamente, água morna. E caso continue entupida, procurar uma UBS o mais rápido possível. - A família foi orientada a buscar pelo serviço hospitalar caso o paciente apresentar náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal que não cessem em 24 horas; febre persistente (temperatura acima de 38º); rompimento, deslocamento ou saída da sonda. Além disso, a família foi orientada quanto a necessidade de manter o acompanhamento ambulatorial do paciente tendo em vista que esse acolhimento está inserido na abordagem do projeto terapêutico singular que tem como meta, a inserção social e participação do indivíduo realizada por uma equipe de reabilitação. Que tem como objetivo principal,recuperar e/ou minimizar incapacidades e melhorar a qualidade de vida dessa pessoa. REFERÊNCIAS BRONDANI, J. E.; et. al. Desafios da referência e contrarreferência na atenção em saúde na perspectiva dos trabalhadores. Cogitare Enferm. Curitiba, v. 21, n. 1, p. 01-08, Jan/mar, 2016. Disponível em: https://bit.ly/3gTEc5k. Acesso em: 12 ago. 2020. FAUSTO, M. C. R; et. al. Itinerários terapêuticos de pacientes com acidente vascular encefálico: fragmentação do cuidado em uma rede regionalizada de saúde. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. Recife, v.17, supl. 1, p. S63-S72, 2017. Disponível em: https://bit.ly/3aoFrHh. Acesso em: 12 ago. 2020. https://bit.ly/3gTEc5k https://bit.ly/3aoFrHh PLANO DE TRABALHO DE ESTÁGIO I DO CURSO DE ENFERMAGEM – 3ª ATIVIDADE TEMA: TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Reformulação devido à Pandemia COVID-19 1. INTRODUÇÃO A terapia nutricional (TN) deve ser implementada com o objetivo de prevenir ou tratar quadros de desnutrição, contribuindo na redução das complicações infecciosas, da má cicatrização, do tempo de internação, dos custos hospitalares e da mortalidade. A nutrição do paciente hospitalizado pode ocorrer de forma oral ou por meio de nutrição enteral (NE - via sonda) ou nutrição parenteral (NP - via endovenosa). A nutrição oral deve ser considerada como o meio preferencial para a ingestão de alimentos, uma vez que se apresenta como a principal via de alimentação. Entretanto, quando o indivíduo não apresenta um bom nível de consciência, não é capaz de atingir suas necessidades nutricionais, ou quando não pode e não deve se alimentar pelo método convencional, as outras formas de TN devem ser consideradas. A alimentação por via oral é de eleição em pacientes dotados de bom nível de consciência e que tenham algum grau de permeabilidadedo tubo digestivo, caso contrário, há indicação do uso de sonda. Dentre as alternativasde acesso nutricional, a equipe de saúde deve optar primeiramente pela NE. Dessa forma, a NP será indicada diante da impossibilidade de NE, ou quando esta não é suficiente para suprir as necessidades nutricionais. Ainda, a NE e a NP podem ser empregadas de forma simultânea em casos específicos a fim de assegurar o aporte nutricional ao paciente, sendo caracterizada como TN mista. Os motivos pelos quais a NE é definida como a principal alternativa à nutrição oral consiste basicamente em suas vantagens, como: menor custo; mais segura; melhor tolerância pelo paciente; fácil operacionalização tanto em unidades de longa permanência, quanto no domicílio; menor incidência de complicações metabólicas; além da manutenção da funcionalidade do trato gastrointestinal (TGI), ao preservar o metabolismo intestinal e hepático. Entretanto, sua indicação deve ser realizada aos indivíduos com TGI funcionante e que apresentam ingestão oral insuficiente ou inadequada para atender às necessidades nutricionais. Para implementação da NE, as soluções de nutrição enteral são infundidas no estômago, no duodeno ou no jejuno proximal, por meio de uma sonda nasogástrica, a qual é inserida através do nariz. A administração da nutrição enteral consiste em uma importante etapa da TN, podendo ser realizada de forma intermitente ou contínua: Alimentação intermitente: deve ser realizada com uma frequência mínima de três a quatro vezes por dia, podendo ser administrada em bolus, com auxílio de uma seringa, ou de forma gravitacional, por meio do frasco de dieta com gotejamento lento, o qual deve ser realizado em um período aproximado de 30 minutos. A administração intermitente geralmente são opções práticas e não dispendiosas para o cliente no domicílio ou em uma unidade de longa permanência, mas eles podem não ser tolerados no cliente agudamente enfermo. Alimentação contínua: sua administração é realizada de forma contínua por gotejamento lento durante longos períodos. Para isso, devem ser infundidas com auxílio de bombas de alimentação enteral, que controlam a velocidade de administração da fórmula. Não são tão indicadas para o ambiente domiciliar, pois restringem a mobilidade do paciente e exigem que o cliente e o cuidador tenham conhecimento sobre seu manejo. 2. Situação-Problema Pedro, sexo masculino, 83 anos, é tabagista, hipertenso, dislipidêmico, além disso, faz uso irregular das medicações. Como consequência dessa situação, sofreu um acidente vascular encefálico isquêmico há cerca de 10 dias, apresentando sequelas como hemiparesia à esquerda, disartria e disfagia. Após a estabilização do seu quadro clínico inicial, ainda em ambiente hospitalar, Pedro foi avaliado de forma multidisciplinar pelo médico, enfermeiro e nutricionista, os quais identificaram que Pedro apresentava dificuldade de deglutição até mesmo em relação aos alimentos pastosos. A partir dessa avaliação conjunta, a equipe optou por oferecer nutrição enteral exclusiva por meio de sonda nasoentérica. Após mais alguns dias de hospitalização, Pedro recebeu alta para casa e deverá seguir com a sonda para alimentação enteral de forma exclusiva até a sua próxima avaliação, que deverá ocorrer de forma ambulatorial. ORIENTAÇÕES PARA A FAMÍLIA EM RELAÇÃO AOS CUIDADOS DOMICILIARES COM A SONDA NASOENTERAL REFERÊNCIAS NETTINA, S. M. Prática de enfermagem. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. Parte 2, Unidade 5, Capítulo 20. [Minha Biblioteca] SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico cirúrgica. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. [Minha Biblioteca] UENO, E.; KOFFKE, M.; VOIGT, V. R. Perfil de pacientes hospitalizados em uso de terapia enteral. BRASPEN J. São Paulo, v. 33, n. 2, p. 194-8, 2018. Disponível em: https://bit.ly/31MMBRW. Acesso em: 12 ago. 2020. https://bit.ly/31MMBRW PLANO DE TRABALHO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I DO CURSO DE ENFERMAGEM – 4ª ATIVIDADE TEMA: DIMENSIONAMENTO DO PESSOAL DE ENFERMAGEM Reformulação devido à Pandemia COVID-19 1. INTRODUÇÃO A gestão de pessoas e do cuidado em saúde é fundamental na área da Enfermagem, e uma das atribuições do profissional enfermeiro, uma vez que contribui com a manutenção da qualidade da assistência. A avaliação da demandade trabalho e dos fatores associados é indispensável para a gestão em saúde, visto que o superdimensionamento implica em custo elevado e uma equipe reduzida pode ocasionar queda da qualidade assistencial e gerar maior custo no tratamento dos pacientes ao prolongar o tempo de internação. A gerência dos serviços de Enfermagem deve prever o quantitativo adequado de profissionais, por meio do dimensionamento da equipe de Enfermagem, bem como calcular os principais indicadores de qualidade para que a segurança do paciente seja garantida e qualidade do cuidado seja cada vez maior. A metodologia do dimensionamento em enfermagem significa calcular o número de profissionais de enfermagem adequados e suficientes para atender uma determinada demanda e um tipo específico de serviços. Esta metodologia é vista como uma ferramenta importante no alcance de parâmetros mínimos, além de representar uma etapa fundamental no processo decisório relacionado à alocação de recursos humanos, qualidade da assistência, monitorização da produtividade e processo orçamentário. Os recursos humanos devem estar intimamente relacionados ao grau de complexidade dos cuidados ofertados, aos recursos técnicos e materiais disponíveis e às características dos trabalhadores que compõem o quadro funcional. O modelo oficial de dimensionamento do quadro de profissionais é estabelecido pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) que desenvolveu normas técnicas mínimas, por meio da Resolução COFEN nº. 543/2017. Esta resolução apresenta orientam os gestores, gerentes e enfermeiros dos serviços de saúde, no planejamento do quantitativo de profissionais das diferentes categorias de enfermagem necessários para execução das ações de enfermagem. A Resolução em questão estabelece, ainda, o Índice de Segurança Técnica (IST) e a proporção de enfermeiros, baseada no grau de complexidade da atenção dispensada à clientela, sobre o total de profissionais de Enfermagem. O dimensionamento de Enfermagem deve embasar-se em um Sistema de Classificação de Pacientes (SCP), agrupando-os de acordo com sua complexidade assistencial. Um SCP é uma ferramenta administrativa de Enfermagem indispensável ao processo de dimensionamento, podendo ser definido como a identificação e classificação de pacientes em categorias de cuidados, e a quantificação dessas categorias como uma medida dos esforços de Enfermagem requeridos. Esse instrumento torna-se valioso, pois disponibiliza dados das condições dos pacientes, os quais possibilitam projeções racionais e efetivas do pessoal de Enfermagem necessárias para o atendimento das necessidades dos pacientes. 2. SITUAÇÃO NORTEADORA DE APRENDIZAGEM Você acabou de assumir a gerência de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), conhecida por UTI-A, específica para adultos. O diretor de enfermagem do hospital em que trabalha colocou-o nesta função com o intuito de reestruturar o dimensionamento desta unidade. E a pergunta que você se faz é: o dimensionamento do pessoal de Enfermagem da UTI-A está adequado para atender às demandas assistenciais? A UTI-A possui 10 leitos destinados a terapia intensiva geral para internação de pacientes adultos. Em relação aos 10 leitos que compõe a UTI-A e a média diária de pacientes internados, de acordo com o tipo de assistência requerida, temos que: 3 de cuidados semi-intensivos e 7 de cuidados intensivos. Com taxa de ocupação de 100% e carga horária semanal de 40 horas semanais,com IST igual a 15%. A equipe de enfermagem é composta por um enfermeiro coordenador (você), oito enfermeiros assistenciais e22 técnicos de enfermagem queatuam em jornada de trabalho semanal de 36 horas e são alocados em quatro equipes: turno matutino, vespertino, noite 1 e noite 2. Os turnos diurnos (matutino e vespertino) são de seis horas cada, e os dois turnos noturnos são de 12 horas, com uma jornada semanal de 36 horas. 2.1 Apresentação do Hospital Geral do Centro-Oeste A UTI-A em que você é gestor é um dos serviços ofertados pelo Hospital Geral do Centro-Oeste, instituição credenciada ao Sistema Único de Saúde e referência regional em atendimento de média e alta complexidade. O Hospital dispõe de 123 leitos de internamento para atender à demanda proveniente do município e região. Dos 123 leitos, 10 são destinados à UTI-A, para internação de pacientes que necessitam de atenção das mais variadas especialidades. Sobre a estrutura física, a UTI-A é do tipo circular, dividida em box individual, separados por vidros na parte superior das paredes. A clientela atendida na UTI-A permanece internada por períodos variáveis, principalmente devido a doenças crônicas relacionadas ao aparelho cardiovascular e respiratório. A taxa de ocupação da UTI-A é de aproximadamente 100%. Isso se explica pelo fato de os leitos ficarem desocupados por curto período, entre a saída de um paciente e a admissão de outro, quase sempre destinados à limpeza e/ou manutenção da unidade. Neste último mês foram atendidos 5 pacientes em média por dia. Nesse mesmo período, 140 pacientes receberam alta para unidade de internação e 10 foram ao óbito. Desse modo, considerou-se a taxa de ocupação diária máxima (10 leitos) na distribuição percentual média do tipo de cuidados segundo o Sistema de Classificação de Pacientes (SCP) proposto por Fugulin, resultando em média diária de 3 pacientes decuidados semi-intensivos e 7 pacientes de cuidados intensivos. Vale ressaltar que a maioria dos pacientes da UTI-A demanda cuidados intensivos, devido risco iminente de morte, passível de instabilidade hemodinâmica, exigindo assistência de enfermagem e médica constante e especializada. Você enquanto enfermeiro gestor da UTI-A resolveu avaliar os últimos indicadores de qualidade da assistência em saúde disponível no setor, mas observou que havia apenas números absolutos e os dados que mais chamaram atenção foi incidência de flebite e incidência de lesão porpressão. 3. ATIVIDADES Após leitura da situação norteadora de aprendizagem, responda as atividades a seguir: A partir dos dados apresentados na situação hipotética, realize o cálculo de dimensionamento de enfermagem da UTI-A, ou seja, descubra qual o número de enfermeiros e técnicos de enfermagem é mais adequado para atender a demanda deste serviço. Tabela 1 - Descrição comparativa do quadro atual de profissionais da UTI-A e o quadro dimensionado: UTI-A Km(36 h) Total de Horas de Enfermag em (THE) Quadro de Pessoal Dimensionado( QP) Distribuição de QP Dimensionado por categoria Quadro de Pessoal atual Déficit de Profissionais Enf. Téc/ Aux. Enf. Téc/ Aux. Enf. Téc/ Aux. 30 0,2236 156 35 18 17 8 22 -10 5 Com base nos dados apresentados em relação aos indicadores da assistência hospitalar. Calcule os indicadores a seguir e elabore um material para apresentação em uma reunião com a Regional de Saúde. Tempo médio de permanência da UTI-A: Tempo médio de permanência = (pacientes-dias em determinado período / saídas nesse mesmo período) x 100 5 pacientes por dia 140 pacientes de alta 10 pacientes óbito 5/150 x 100 0,033 x 100 = 3,33 Logo, o tempo médio de internação dos pacientes (TMI) é de 3,33 dias. Índice de giro de rotatividade da UTI-A: Giro de rotatividade = número de saídas durante o período / número de leitos nesse mesmo período. Número de saídas 140 Número de óbitos 10 ----------------------------------- = 150 Leitos disponíveis 10 Índice de rotatividade 150 / 10 = 15 Taxa de mortalidade da UTI-A: Número total de óbitos de pacientes internados na UTI/ Número total de altas da UTI. Nº de óbitos 10 Nº de altas 140 ------ 140 + 10= 150 10/150 x 100 0,066 x 100 = 6,6 Os indicadores são ferramentas de avaliação que por meio deles, permite a identificação de indicadores que ajudam no controle, supervisão e avaliação dos desempenhos e progressos do hospital. São por meio dessas estatísticas que se planejam as atividades e planos de melhorias para o hospital. Os índices calculados acima se referem à movimentação do paciente; mais precisamente, representam a utilização do leito hospitalar em um determinado período considerado. O gerenciamento de leitos é um fator fundamental para a competitividade dos hospitais. É uma questão que está diretamente ligada a lucratividade. E nesseaspecto, quanto maior for o giro de leito, melhor é para o hospital. O que melhora a taxa de giro de leito é a redução do tempo médio de permanência do paciente. E para que esse índice seja estabelecido é preciso mapear o fluxo de entrada e alta do paciente. O índice de giro da UTI A não apresentou um desempenho ruim. Porém, é uma taxa que sempre poderá apresentar melhorias para diminuir o tempo médio de atendimento na instituição de saúde. Essa mudança se inicia com pequenas mudanças organizacionais. Trata-se de uma UTI circular que os leitos ficam desocupados por um curto período. Mas que nesse intervalo, está destinado à limpeza e/ou manutenção da unidade. Esse é um ponto que pode ser melhor gerenciado para diminuir o tempo ocioso dos leitos. - Após análise dos dados apresentados, elenque algumas necessidades de capacitação da equipe da UTI-A, a fim de elaborar um programa de educação continuada para toda a equipe. Para isso, construa um plano de ensino, destacando quais recursos auxiliares de ensino e a metodologia de avaliação escolhidas para o desenvolvimento da educação continuada. Realizado o levantamento de dados da UTI-A, viu-se maior incidência de flebite e lesão por pressão. Sabe-se que esses indicadores refletem diretamente a qualidade daassistência prestada por parte da equipe de enfermagem. Pensando nisso, é proposto o seguinte plano de capacitação para a equipe: Projeto de educação continuada UTI-A A flebite é uma das complicações mais frequentes no uso de cateteres venosos periféricos (CVP) e caracteriza-se por uma inflamação aguda da veia, que causa edema, dor, desconforto, eritema ao redor da punção e um “cordão” palpável ao longo do trajeto (TERTULIANO, 2014). Sua ocorrência está ligada a vários fatores; intrínsecos ou extrínsecos. Os fatores intrínsecos são aqueles relacionados às condições clínicas do pacientes, característica da veia, calibre. Os extrínsecos referem-se ao material utilizado na punção; realização do rodízio, se necessário, a cada 72h; higienização adequada das mãos; etc (CDC, 2010). Em relação à lesão por pressão (LPP), trata-se de um dano localizado na pele e/ou tecidos moles adjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivos médicos ou outro artefato. Essas lesões são consideradas eventos adversos que refletem de indireta a qualidade do cuidado prestado (TEIXEIRA, 2017) Tendo em vista a ocorrência com maior frequência desses dois eventos na UTI-A, fica evidente a necessidade da equipe de Enfermagem em identificar os fatores de risco para seu desenvolvimento e planejar ações de caráter preventivo, a fim de melhorar a qualidade da assistência que lhes é devida. Pensando nisso, é proposta a adesão ao projeto de educação continuada, cujo objetivo é melhorar a assistência da equipe. O QUE FAZER? Fica estabelecido que mensalmente, serão formadas duplas, tanto dos enfermeiros quanto dos técnicos, para apresentarem um estudo de caso. COMO FAZER? Em um primeiro momento, fica estabelecido que deverão escolher pacientes internados na unidade que apresentamflebite ou LPP. Feito isso, a dupla deverá montar um estudo de caso contendo: Identificação do paciente História atual Antecedentes familiares Evolução de Enfermagem Sistematização da assistência de enfermagem Estudo das medicações utilizadas Análise dos resultados de exames correlacionando as alterações encontradas com a clínica do paciente OBJETIVO A proposta da elaboração do estudo de caso faz com que o profissional tenha um olhar mais técnico e cuidadoso acerca do cuidado prestado ao paciente. Além disso, por meio dele, a visão do profissional é ampliada quanto ao atendimento que ele está ofertando, fazendo com que ele trace planos de melhorias e aplique na prática. APRESENTAÇÃO Os estudos serão apresentados ao final de cada mês para toda equipe de enfermagem. RECURSOS O profissional deverá elaborar seu estudo de caso no word e levar impresso no dia da apresentação. Finalizado a apresentação, o documento deverá ser entregue ao supervisor de enfermagem que o armazenará na pasta de documentos da equipe. CRONOGRAMA MENSAL Etapa 1: os profissionais serão divididos em duplas. Etapa 2: cada grupo faz uma breve apresentação do estudo de caso. Etapa 3: em seguida, o material utilizado deverá ser deixado com a supervisão de enfermagem. Etapa 4: será feita uma avaliação com os membros da equipe a fim de verificar o aprendizado diante a proposta da apresentação do estudo de caso. REFERÊNCIAS AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR. Disponível em: http://www.ans.gov.br/images/stories/prestadores/E-EFI-07.pdf. Acesso em: 12 ago. 2020. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução COFEN Nº 543/2017, de 18 de abril de 2017. Atualiza e estabelece parâmetros para o Dimensionamento do Quadro de Profissionais de Enfermagem nos serviços/locais em que são realizadas atividades de enfermagem. Brasília (DF): Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) [Internet]; 2017 TERTULIANO, A.C; et al. Flebite em acessos venosos periféricos de pacientes de um hospital do Vale do Paraíba. Revista Mineira de Enfermagem, v.18, n.2. Belho Horizonte, abril. 2014. Disponível em: https://www.reme.org.br/artigo/detalhes/931. Acesso em: 10 nov 2022. CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (Cd). Diretrizes para a prevenção de infecções relacionadas a cateteres intravasculares. 2016. Disponível em: https://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/rr5110a1.htm. Acesso em: 10 nov 2022. http://www.ans.gov.br/images/stories/prestadores/E-EFI-07.pdf https://www.reme.org.br/artigo/detalhes/931 https://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/rr5110a1.htm UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. DESENVOLVIMENTO: APROXIMAÇÃO TEÓRICO PRÁTICA 2.1 Apresentação e contextualização das ações gerenciais do enfermeiro da unidade 2.2 Apresentação e contextualização das ações assistenciais do enfermeiro da unidade ESTUDO DE CASO IDENTIFICAÇÃO DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM INTERVENÇÕES 3. EXPERIÊNCIAS PESSOAIS 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP (1) TEMA: GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE PLANO DE TRABALHO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I DO CURSO DE ENFERMAGEM – 1ª ATIVIDADE Reformulação devido à Pandemia COVID-19 1. INTRODUÇÃO 2. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 3.1.2 CLASSIFICAÇÃO DOS RSS 3.1.3 MANEJO DOS RSS SEGREGAÇÃO ACONDICIONAMENTO 1 INTRODUÇÃO 2. Situação Problema 2.1 REFERENCIAMENTO DO PACIENTE PARA A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (ATIVIDADE) HISTÓRIA ATUAL ENCAMINHAMENTO DO PACIENTE EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM 1) DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM 2) INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 3) PLANO DE CUIDADOS DOMICILIAR REFERÊNCIAS 1. INTRODUÇÃO (1) 2. Situação-Problema ORIENTAÇÕES PARA A FAMÍLIA EM RELAÇÃO AOS CUIDADOS DOMICILIARES COM A SONDA NASOENTERAL PLANO DE TRABALHO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I DO CURSO DE ENFERMAGEM – 4ª ATIVIDADE Reformulação devido à Pandemia COVID-19 (1) 1. INTRODUÇÃO 2. SITUAÇÃO NORTEADORA DE APRENDIZAGEM 2.1 Apresentação do Hospital Geral do Centro-Oeste 3. ATIVIDADES Tabela 1 - Descrição comparativa do quadro atual de profissionais da UTI-A e o quadro dimensionado: ----------------------------------- REFERÊNCIAS
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