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Músculos Abdominais

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MÚSCULOS ABDOMINAIS
➢ Os músculos abdominais, que constituem a
parede ventro lateral do abdome, têm
importante atividade respiratória.
➢ Apesar de a ação predominante desses
músculos ser expiratória, em
circunstâncias especiais eles têm ação
inspiratória, quando descolam o diafragma
dentro do tórax, tornando-o mais eficiente
como gerador de pressão.
➢ Os músculos abdominais são constituídos
pelo reto abdominal, ventralmente, e pelos
oblíquos e transverso do abdome,
lateralmente.
➢ O músculo reto abdominal origina-se na
crista ilíaca e sínfise púbica e insere-se
sobre as cartilagens costais da quinta, sexta
e sétima costelas e processo xifóide.
➢ O músculo oblíquo externo origina-se nas
superfícies externas das oito últimas
costelas e insere-se na linha alba, crista
ilíaca e ligamento inguinal.
➢ O músculo oblíquo interno origina-se na
crista ilíaca, ligamento inguinal e fáscia
toracolombar e insere-se na linha alba por
meio de aponeurose e bordas inferiores da
1 Oª à 12ª costelas.
➢ O músculo transverso do abdome forma a
camada mais profunda da parede
abdominal. Origina-se das superfícies
internas das cartilagens das seis costelas
inferiores, interdigita-se com o diafragma,
fáscia toracolombar, crista ilíaca e
ligamento inguinal. Insere-se na linha alba,
sínfise púbica e púbis.
➢ Os músculos abdominais são inervados
pelos nervos torácicos T7 a Tl2 e pelo
primeiro nervo lombar.
➢ A atuação unilateral dos oblíquos interno e
externo promove inclinação lateral para o
lado correspondente à contração, e a
atuação bilateral desses músculos promove
a flexão de tronco, juntamente com o reto
do abdome.
➢ Os oblíquos atuam em sinergia nos
movimentos de rotação de tronco. A
contração simultânea do oblíquo interno,
de um lado, e do oblíquo externo, do lado
oposto, promove rotação do tronco para o
lado do oblíquo interno.
➢ O músculo transverso do abdome
comprime as vísceras abdominais e
estabiliza a linha alba, possibilitando, desse
modo, melhor atuação dos músculos
ântero-laterais do tronco.
➢ CONTRAÇÃO
➢ Os músculos abdominais, como músculos
respiratórios, têm ação
predominantemente expiratória.
➢ Durante a contração desses músculos
ocorre aumento na pressão abdominal
causando deslocamento cranial do
diafragma.
➢ Esse deslocamento resulta em aumento na
pressão pleural e redução do volume
pulmonar.
➢ Devido à inserção desses músculos sobre
as costelas, eles têm ação também sobre a
caixa torácica.
➢ A estimulação isolada do reto abdominal
produz importante deslocamento caudal do
esterno e redução do diâmetro
ântero-posterior do tórax; e a estimulação
do oblíquo externo causa pequeno
deslocamento caudal do esterno e redução
importante do diâmetro transverso do
tórax.
➢ Apesar da ação predominante
expiratória dos músculos abdominais,
eles podem contribuir de forma
significativa na inspiração, em duas
situações.
➢ A primeira é a atividade tônica dos
músculos abdominais na posição
ortostática, principalmente nas regiões
dependentes do abdome. Essa
atividade tônica promove uma
facilitação direta na ação diafragmática
evitando o seu encurtamento excessivo
durante a inspiração.
➢ O segundo mecanismo pelo qual os
músculos abdominais podem facilitar
a inspiração é pela sua contração,
durante a expiração, deslocando o
diafragma cranialmente e reduzindo o
volume expiratório final. Isso resulta
em alongamento do diafragma,
colocando-o em uma posição mais
favorável na curva
comprimento-tensão.
➢ Nas posturas em que o efeito da
gravidade sobre o conteúdo abdominal
é expiratório (posição de
Trendelenburg) o nível ventilatório em
que os músculos abdominais são
recrutados é maior quando comparado
com as posturas em que o efeito da
gravidade sobre o conteúdo abdominal
é inspiratório (posição sentada).
➢ O recrutamento dos músculos
abdominais durante a expiração ocorre
também quando cargas inspiratórias
resistidas são aplicadas ao aparelho
respiratório.
➢ Essa observação sugere que o sistema
respiratório tende a limitar a força
inspiratória , transferindo qualquer
força adicional para os músculos
expiratórios, prevenindo a fadiga e
colocando o diafragma em melhor
vantagem mecânica para iniciar a
inspiração subseqüente.
➢ Quando os músculos abdominais
relaxam, ao final da expiração, eles
promovem a descida passiva do
diafragma, aumentando o volume
pulmonar antes do início da contração
dos músculos inspiratórios.
➢ Em contraste com as pessoas normais,
pacientes estáveis com DPOC grave
apresentam contração dos músculos
expiratórios durante respiração basal
tanto na posição supina como na
posição sentada.
➢ A contração expiratória é, usualmente,
confinada ao músculo transverso do
abdome e está relacionada com a
gravidade da obstrução ao fluxo aéreo.

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