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Aleitamento Materno
Tudo o que você precisava saber
SUMÁRIO
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03 A importância do Aleitamento Materno Exclusivo
08 As características do Leite Materno
17
Aspectos Históricos da Amamentação27
DPP - Depressão Pós-Parto
29 As mamas e produção do Leite
33
Alimentação da Lactante e Introdução
Alimentar36
Posições e Dificuldades durante a Lactação42
Leis e Políticas envolvendo a Lactação
65
Relactação 69
Casos Especiais na Lactação
02
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A IMPORTANCIA DO
ALEITAMENTO
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Quando falamos a respeito do aleitamento materno,
normalmente, acabamos dizendo de maneira copista que o
ato de amamentar é de importante relevância para saúde
da mamãe recente e seu bebê. E, em via de regra, isso é a
plena verdade visto que o aleitamento materno proporciona
inúmeras ações positivas. Mas, quais são elas?
Tais benefícios poderão ser observados não apenas em
aspectos da saúde física mas, também, nos aspectos
psicológicos da mãe e do filho, como a criação e o
fortalecimento do vínculo mãe e filho (o qual trataremos
mais tarde). Pense, também, em questões financeiras: o leite
materno, além de conter diversos benefícios, incluindo todos
os nutrientes que o bebê irá necessitar, é obtido de forma
gratuita.
Nos primeiro trinta dias após o parto, o organismo da
mamãe irá produzir um tipo de leito conhecido como
colostro. Esse primeiro leite possui todas as vitaminas,
minerais e proteínas necessárias para pleno
desenvolvimento do bebê. Além disso, ele é menos
gorduroso e rico em imunoglobulinas e leucócitos. Essas
células são responsáveis pelas defesas do bebê.
Esse primeiro leite, o colostro, também é responsável pela
eliminação de substâncias nocivas ao bebê que podem ter
sido ingeridas durante o parto, como o mecônio.,
funcionando como um laxante natural para o bebê.
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A IMPORTÂNCIA DO
ALEITAMENTO
MATERNO EXCLUSIVO
O mecônio é um líquido que compõe o
líquido amniótico e se torna mais escuro
com o avanço gestacional devido as fezes
do bebê.
04
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A IMPORTÂNCIA DO
ALEITAMENTO
MATERNO EXCLUSIVO
Trinta dias após o parto, o colostro vai se transformando em
leite maduro pouco a pouco. Esse leite maduro, por sua vez,
além de todos os benefícios citados anteriormente, ainda possui
propriedades que auxiliam o trabalho digestivo. É por isso que a
OMS, Organização Mundial da Saúde, recomenda que 
 Aleitamento Materno exclusiva seja ofertado até os primeiros
seis meses de vida da criança. ainda que devam continuar
sendo amamentados com o leite materno e outros alimentos
até os dois anos.
As crianças que são amamentadas com leite materno durante o
tempo recomendado, tem (1) o risco de desenvolver doenças
crônicas e mentais consideravelmente diminuído. (2) doenças
como diabetes, hipertensão, (3) problemas cardíacos,
digestórios, respiratórios, além evitar um doença que pode
perpassar até a vida adulta da criança: (4) a obesidade.
A criança que não mama durante o tempo recomendado,
geralmente, respira pela boca. A criança que tem a
respiração feita dessa forma é, geralmente, mais agitadas e,
por conta disso, não dormem bem se cansando mais
facilmente.
No entanto, o aleitamento materno exclusivo pelo tempo
recomendado beneficia tanto o bebê quanto a mãe. Durante a
amamentação, o organismo feminino libera uma importante
substância (hormônio) chamada oxitocina. Sua função é
proporcionar a contração das fibras uterinas. Mas porque isso
seria relevante?
Durante o período gestacional, a útero pode aumento o seu
tamanho original em mil vezes visando abrigar o feto e leva
dias para retornar ao seu tamanho normal. No entanto, com o
aumento da produção de oxitocina, esse processo é acelerado.
Isso evita anemias e o diminui o sangramento pós-parto.
05
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O processo de amamentação também interfere no gasto calórico por conta da grande
quantidade que o organismo utiliza para a produção do leite. Um amamentação
frequente pode fazer com que a perda de peso chegue a meio quilo mensal.
Os benefícios também envolvem a diminuição no risco desenvolver doenças como
câncer de mama, de ovário e osteoporose.
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Durante a lactação, as glândulas mamárias amadurecem fazendo com que as mamas
recebem grande carga do sistema imunológico. Quando maior o tempo de
amamentação, menores os ricos de desenvolver esse câncer.
O câncer de ovário, geralmente, acontece após um trauma ocasionado por ovulações
constantes causando a proliferação de células cancerígenas. Durante o processo de
amamentação não há ovulação.
Após o desmame, a menstruação é regularizada fazendo com que haja um reposição de
cálcio maior do que a que ocorre na mulher que não está amamentando. Em virtude
disso, a osteoporose tem menor recorrência em mulheres que amamentaram.
BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO RECOMENDADO
PARA O BEBÊ PARA O MÃE
Necessidade nutricionais completas.
Melhora a digestão.
Previne diversas doenças.
Desenvolve a respiração.
Acelera a redução do peso após o
parto.
Auxilia na saúde do útero, dos
ovários e das mamas.
Previne doenças
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MITOS SOBRE O ALEITAMENTO
MATERNO
"EU NÃO ESTOU MAIS PRODUZINDO
LEITE!"
"MEUS SEIOS SÃO PEQUENOS, VOU
PRODUZIR POUCO LEITE!"
"TODO BEBÊ TEM O MESMO TEMPO
DE MAMADA!"
"SE EU FIZER CESARIANA NÃO
PODEREI AMAMENTAR!"
"LEITE EM PÓ É MELHOR QUE O
LEITE MATERNO!"
"TOMAR CERVEJA PRETA AUMENTA
A PRODUÇÃO DE LEITE!"
A produção de leite é independente ao
tamanho das mamas. Durante a gravidez e
lactação, independente do tamanho dos seios,
o mesmo aumentará de tamanho para auxiliar
no armazenamento do leite.
Cada bebê possui o seu ritmo e, por isso, não
é recomendado que se tire o bebê do seio
antes que ele o solte sozinho ou acabe
dormindo.
Quando mais o bebê for amamentado, maior
será a produção de leite. Sendo assim, caso
haja percepção pelo organismo que a mama
está vazio, a produção de leite será
reforçada.
Pode acontecer que haja uma maior demora
na recuperação durante a cesárea fazendo
com haja um retardo maior na produção de
leite. 
Não há relatos clínicos que comprovem essa
ação. O que há de comprovado é que o álcool
pode, na verdade, atrapalhar a produção de
leite.
Apesar da evolução dos leites e fórmulas, a
leite materno continua sendo mais completo
do ponto de vista nutricional. Além disso, ele
possui anticorpos essenciais para evitar
doenças nos bebês.
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O LEITE MATERNO 
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O leite será o único e principal alimento do bebê em seus primeiros seis meses de
vida. Por esse motivo ele precisa ser composto de todos os nutrientes necessários ao
desenvolvimento da criança. Durante todo o processo de aleitamento, o leite vai
sofrendo transformações para se adequar às necessidades do bebê. O primeiro leite
a ser produzido é o colostro. Depois ele vai se transformando em leite de transição,
até se tornar leite maduro. As alterações do leite ocorrem até mesmo em uma única
mamada. O leite no início da mamada é diferente do leite que sai ao final da
mamada. 
O colostro é secretado algumas horas após o parto e vai se transformando com o
passar do tempo, até ser totalmente leite maduro, o que vai ocorrer após cerca de 30
dias. A cor amarelada do colostro é graças ao betacaroteno, um pigmento presente
em muitos elementos naturais, inclusive nos alimentos de cor amarela, laranja e
vermelha. Ao ser ingerido, esse pigmento é convertido em vitamina A, que auxilia o
desenvolvimento da visão. O colostro traz muitos anticorpos produzidos pelo sistema
imunológico da mãe, e é um leve laxante para que o bebê expulse de seu organismo
alguns restos de substâncias nocivas que possam ter sido ingeridas no parto.
Tudo o que o bebê precisa nessemomento é de proteção para se adaptar ao novo
mundo e, embora pareça pouca a quantidade, o colostro vai suprir todas as
necessidades do bebê. Entre o colostro e o leite maduro, há o leite de transição, que,
como o nome sugere, é um leite que está em transformação, deixando de ser colostro
para se tornar leite maduro. O leite de transição começará a surgir a partir do sétimo
dia do aleitamento e vai até, mais ou menos, o décimo quarto dia. Nesse período o
leite vai aumentando sua quantidade e sua coloração e, em contrapartida, os
anticorpos e as proteínas vão diminuindo. Aumentam também os níveis de gordura e
lactose, que é o açúcar do leite. O leite maduro é o que está para o bebê após 14 dias
do parto. Embora seja mais aquoso e menos branco que o leite de vaca ele possui a
medida certa de nutrientes que o bebê necessita. Por conta da maior necessidade do
bebê, o leite maduro é produzido em maior quantidade do que o colostro e o leite de
transição. O leite maduro se modifica até mesmo em uma única mamada, sendo
dividido em Leite Anterior e Posterior.
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O LEITE MATERNO
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Não há o tempo exato para que o leite anterior cesse, dando espaço ao leite
posterior. Mas recomenda-se que o bebê mame até a hora que ele sentir que deve
parar, e é, mais ou menos, depois de 15 minutos que o leite posterior começa a ser
secretado. Se a mãe interrompe a amamentação pensando que o bebê pegará com
mais facilidade a segunda mama por ainda ter fome, pode fazer com que o bebê
receba mais leite anterior do que o necessário. Deixe o bebê parar de mamar
espontaneamente, assim, ele receberá leite posterior também para que ganhe peso.
Também não há como afirmar precisamente em que dia há a mudança total de um
tipo de leite para outro. E pode haver resquícios de colostro no leite de transição,
assim como pode haver resquícios de leite de transição no leite maduro.
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O LEITE MATERNO
TABELA DOS VALORES NUTRICIONAIS EM SEUS TRÊS ESTÁGIOS
COMPONENTES COLOSTRO LEITE DETRANSIÇÃO
LEITE
MATERNO
ÁGUA (g/dL) 87,2 86,4 87,6
ENERGIA (Kcal) 58 74 71
SÓLIDOS TOTAIS 12,8 13,6 12,4
CASEÍNA 1,2 0,7 0,25
LACTOALBUMINA - 0,8 0,3
SÓDIO (mEq/L) 21 13 7
POTÁCIO (') 19 16 14
CLORETO (') 26 15 12
CÁLCIO (') 15,5-16 14-17 14-16,5
MAGNÉSIO (') 2,5-3,3 2,2-3,3 2,5-3,3
FÓSFORO (mg) 12-14 15-17 13-15
SULFATO (') 22 20 14
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O LEITE MATERNO
TABELA DOS VALORES NUTRICIONAIS EM SEUS TRÊS ESTÁGIOS
COMPONENTES COLOSTRO LEITE DETRANSIÇÃO
LEITE
MATERNO
FERRO (') 0,09 0,04 0,15
IODO (') 0,012 0,002 0,007
COBRE (') 0,05 0,05 0,04
ZINCO (') 0,05-0,96 0,32-0,46 0,25-0,37
ARGININA 75 63 51
CISTINA - - 29
HISTIDINA 41 38 23
ISOLEUCINA 101 97 86
LEUCINA 165 151 161
LISINA 117 112 79
METIONINA 25 24 23
FENILALANINA 22 20 14
TREONINA - - 62
TRIPTOFANO 32 28 22
VALINA 117 105 90
ÁC. GRAXOS (%) 47,7 - 48,2
VIT. (ug/dL) 161 88 53
TIROSINA 70 62 64
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12
O primeiro banco de leite humano foi implantado no Brasil em
1943. Inicialmente, o objetivo do banco de leite humano (BLH)
era coletar leite para suprir as necessidades de bebês
prematuros, desnutridos ou com alergia a outros alimentos.
Naquela época ainda era muito grande o número de mães que
não amamentavam ou praticavam um desmame precoce. Havia
altas taxas de mortalidade infantil e a maioria delas era
causada por conta disso. 
Por isso, foi necessário requisitar mais doadoras para aumentar
os estoques de leite. Como a doação não ocorria em larga
escala, os BLH precisavam recompensar as nutrizes de alguma
forma, ou pagando salários ou oferecendo benefícios.
O Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno é
que fez com que o número de BLH aumentasse
consideravelmente, especialmente a partir de 1985. 
As mulheres foram tomando conhecimento dos benefícios do
aleitamento materno e as doações começaram a ser mais
frequentes. Os BLH são vinculados a maternidades ou hospitais
infantis e precisam estar devidamente cadastrados e possuir
licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANVISA. 
Também é responsabilidade dos BLH ensinar as mães sobre a
pega correta, posições de amamentação, alimentação,
cuidados com a mama e técnicas de ordenha e armazenamento.
Existe a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, a Rede
BLHBR. Ela é uma iniciativa do Ministério da Saúde e da
Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, e tem como objetivo
promover a saúde das mães e dos bebês integrando a
sociedade aos órgãos públicos. 
A mulher que produz mais leite do que o seu bebê necessita
pode ser doadora de leite humano. 
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DOAÇÃO DE LEITE
MATERNO
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Estar amamentando ou ordenhando leite para o próprio filho;
Ser saudável;
Apresentar exames pré ou pós-natal compatíveis com a doação de leite ordenhado;
Não fumar mais que 10 cigarros por dia;
Não usar medicamentos incompatíveis com a amamentação;
Não usar álcool ou drogas ilícitas;
Realizar exames (hemograma completo, VDRL, anti-HIV e demais sorologias
usualmente realizadas durante o pré-natal) quando o cartão de pré-natal não estiver
disponível ou quando a nutriz não tiver feito o pré-natal;
Essa exigência está em acordo com a Resolução nº 171 da Anvisa que caracteriza a
doadora no item 4.13. Veja o texto:
“Doadora de leite humano: nutriz saudável que apresenta secreção lática superioràs
exigências de seu filho, que se dispõe a ordenhar e doar o excedente; ou aquela que
ordenha o próprio leite para manutenção da lactação e/ou alimentação de seu filho.”
Também podem doar leite as mulheres que têm produção lática, mas o filho não pode
mamar diretamente do peito por alguma doença ou outra impossibilidade. As doadoras
preenchem um formulário no BLH em que vão informar nome, endereço, data de
nascimento, informações sobre o pré-natal e parto, o peso que ganhou na gravidez e o
resultado dos exames realizados.
De acordo com a Fiocruz e o Ministério da saúde, é necessário que as doadoras preencham
uma série de pré-requisitos como:
Outros exames podem ser realizados conforme perfil epidemiológico local ou necessidade
individual da doadora.
13
DOAÇÃO DE LEITE MATERNO
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14
Como preparar o frasco para coletar
o Leite Materno?
Escolha um frasco de vidro com tampa plástica.
Retire o rótulo e o papelão que fica sob a tampa e
lave com água e sabão, enxaguando bem.
Em seguida coloque em uma panela o vidro e a
tampa e cubra com água, deixando ferver por 15
minutos (conte o tempo a partir do início da
fervura).
Escorra a água da panela e coloque o frasco e a
tampa para secar de boca para baixo em um
pano limpo.
Deixe escorrer a água do frasco e da tampa. Não
enxugue.
Você poderá usar quando estiver seco.
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O leite deve ser retirado depois que o bebê mamar ou quando as mamas estiverem muito
cheias. 
Ao retirar o leite é importante que você siga algumas recomendações que fazem parte da
garantia de qualidade do leite humano distribuído aos bebês hospitalizados: 
1. Escolha um lugar limpo, tranquilo e longe de animais; 
2. Prenda e cubra os cabelos com uma touca ou lenço; 
3. Evite conversar durante a retirada do leite ou utilize uma máscara ou fralda cobrindo o
nariz e a boca; 
4. Lave as mãos e antebraços com água e sabão e seque em uma toalha limpa. 
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21
Como se preparar para retirar oComo se preparar para retirar o
Leite Materno (ação de ordenha)Leite Materno (ação de ordenha)
Comece fazendo massagem suave e
circular nas mamas com as polpas
dos dedos começando na aréola.
Depois, coloque os polegar e o indicador no local
onde a aréola começa. Firme com os dedos e
empurre para trás em direção ao corpo. Comprima
suavemente um dedo conta o outro e repita esse
movimento até o leite começar a sair.
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A coloração normal do leite varia entre a amarelada e a branca, como foi dito
anteriormente. O leite que tiver coloração avermelhada pode conter sangue e, nesse
caso, só pode ser consumido pelo filho da doadora, caso ela não seja portadora de
doença que impeça a amamentação. 
Se o leite apresentar coloração verde-escura, deve ser descartado, pois isso indica a
presença de bactérias. Dependendo do que a doadora come, a coloração do leite pode
variar. Depois disso, os funcionários do BLH colocam o leite em frascos apropriados
para que eles possam passar pela pasteurização. A pasteurização é um processo
térmico em que o leite é submetido com o objetivo de tornar inativos micro-organismos
que possam prejudicar a saúde do bebê. 
A pasteurização do leite humano ordenhado é feita a 62,5 ºC por 30 minutos após o
tempo de pré-aquecimento. O leite depois é resfriado. 
Depois disso, o leite é novamente analisado para verificar se não há mais micro-
organismos nocivos ao bebê. Se os resultados forem negativos, o leite está pronto
para o consumo, caso dê algum resultado positivo, o leite deve ser descartado. 
Para que o bebê receba leite do BLH, é necessário fazer um cadastro. Têm prioridade
os recém-nascidos de baixo peso, prematuros ou os que tiverem a capacidade de
sucção comprometida, em resumo, bebês cuja mãe não pode amamentar, ou casos em
que o médico recomende expressamente. 
O leite que o bebê vai receber deve ser compatível com suas necessidades, ou seja, os
recém-nascidos precisam de colostro, os bebês mais velhos devem receber leite
maduro, por exemplo. Esses casos são analisados pelos funcionários do Banco de Leite
Humano. 
O leite do BLH pode ser oferecido aos bebês por meio de um copinho ou de mamadeira
para os mais velhos. Para os bebês recém-nascidos, com problemas cardíacos ou
problemas de sucção não é recomendado oferecer a mamadeira. Ela pode fazer com
que o bebê sugue incorretamente para se alimentar ou faça força demais. Nesses
casos, pode-se dar o leite em um copinho, encostando o líquido na boca do bebê e
deixando que ele tome.
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AS LEIS E POLÍTICAS NO
ALEITAMENTO
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Um dos principais estímulos para o sucesso do aleitamento
materno tem sido o número de informações divulgadas a
respeito. Em todos os meios de comunicação é possível
encontrar os efeitos positivos do aleitamento exclusivo nos seis
primeiros meses e de seu efeito como alimentação
complementar. O apoio à maternidade pode ser visto já na
Constituição Federal de 1988, em seu Capítulo II, artigo 6º “São
direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados na forma dessa
Constituição”.
A Constituição prevê acabar com as desigualdades no trabalho
entre homens e mulheres. Muitas mulheres ao se casarem ou
engravidarem eram desligadas de seus trabalhos sem justa
causa, antes de essas leis entrarem em vigor. Agora,
amparadas pela Constituição, as gestantes têm o direito a
estabilidade, ou seja, elas não podem ser desligadas da
empresa desde quando a gravidez é confirmada até cinco
meses depois do parto.
Se a empresa, mesmo sabendo da gravidez, decide demitir a
funcionária, deve lhe pagar uma indenização juntamente com o
salário correspondente a 16 semanas, período total da licença.
As mulheres que trabalham em empresas, com carteira
assinada, têm uma série de direitos assegurados pelas leis. A
Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, é um documento que
unifica todas as leis trabalhistas no Brasil.
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AS LEIS E POLÍTICAS
ENVOLVENDO A
LACTAÇÃO
18
O Capítulo III da CLT é dedicado à proteção do trabalho da mulher. A seção V trata
exclusivamente dos direitos que as mulheres têm por conta da maternidade. De acordo com o
artigo 392 da seção V, Capítulo III da CLT, a mulher que trabalha tem direito a uma licença de 120
(cento e vinte) dias sem que seu salário seja cortado e sem que perca o vínculo empregatício, ou
seja, ela não pode ser desligada da empresa nesse período. 
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Já a lei criada em 9 de setembro de 2008, Lei nº 11.770, dilata a licença maternidade para
180 (cento e oitenta dias) com a instituição do Programa Empresa Cidadã. As mães que
adotaram ou obtiveram guarda judicial também têm direito a essa licença. A licença
concedida pela CLT para esses casos também foi aumentada com a Lei nº 11.770. Se o bebê
tiver até um ano de idade, o período é de 180 (cento e oitenta) dias. Se a criança tiver
entre um e quatro anos de idade, a licença é de 120 (cento e vinte) dias, e entre quatro e
oito anos de idade, a licença é de 90 (noventa) dias. É necessário apresentar documento
que comprove a guarda da criança. O salário dessas mulheres é pago pela empresa
contratante. Já para as trabalhadoras rurais ou sem carteira assinada que contribuem
para a Previdência Social há, pelo menos, dez meses, quem paga o salário maternidade é
o Instituto Nacional do Seguro Social, o INSS, por 120 (cento e vinte) dias.
O INSS também oferece esse benefício às mães adotivas ou às mulheres que receberam a
guarda judicial de uma criança. O salário é pago durante 120 (cento e vinte) dias para as
crianças até um ano, 60 (sessenta) dias para crianças entre 1 e 4 anos e 30 (trinta) dias
para crianças entre 4 e 8 anos.É importante notificar a gestação ao empregador com a
cópia de um exame laboratorial. Peça que a empresa notifique por escrito o recebimento
de uma cópia do exame. A gestante também tem direito a se ausentar para consultas
médicas e a mudança de função se as condições de saúde exigirem. O artigo 396 desse
mesmo capítulo da CLT fala sobre o aleitamento materno. O texto é o seguinte: “Art. 396 -
Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher
terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora
cada um.
Outra lei que ampara as gestantes é a Lei Federal n.° 6.202, de 17 de abril de 1975. Essa lei
oferece à mulher estudante que engravidou alguns direitos. Veja o texto do artigo 1º dessa
lei: “Artigo 1º - A partir do oitavo mês de gestação e durante 3 meses após o parto a
estudante em estado de gravidez ficará assistida pelo regime de exercícios domiciliares
instituído pelo Decreto-Lei Nº 1.044 de 31 de outubro de 1969 (a gestante ou mãe pode
receber o conteúdo das matérias escolares em casa)”. Essa lei ainda prevê que o prazo de
licença pode ser aumentado pelo médico e que a mãe não precisa fazer as provas finais
na instituição e pode substituir essas notas por trabalhos feitos em casa. Até mesmo as
mulheres que se encontram em detenção têm direito a amamentar seus filhos. A Lei nº
7.210, de 11 de julho de 1984, prevê que as penitenciárias femininas tenham berçários para
os bebês serem amamentados. Essa lei mostra que não há exclusão de pessoas no
exercício de seus direitos. O aleitamento materno é um direito tanto da mãe, quanto da
criança.
www.institutoneuronutri.com.br19
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O direito da criança de ser amamentado é assegurado pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente, o ECA, Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990. Já em seu Capítulo I, artigo 9º, há
o seguinte texto: “Art. 9° O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão
condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas
à medida privativa de liberdade”. O Estatuto também confere a informação aos
benefícios do aleitamento materno, afirmando ser dever dos Estados assegurar que
todos os setores da sociedade tenham conhecimento sobre isso.
www.institutoneuronutri.com.br20
POLÍTICAS DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO
Os benefícios do aleitamento materno são inúmeros, ao mesmo tempo em que o
desmame precoce ou o não aleitamento podem ser bastante prejudiciais ao
desenvolvimento do bebê. A falta da amamentação é uma das principais causas de
mortes em bebês no mundo. Preocupados com os altos índices de mortalidade infantil, a
OMS e o UNICEF promoveram uma reunião com dirigentes de diversos países em 1979
para tratar desse assunto. Como reflexo dessa atitude, foi criado no Brasil em 1981 o
Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno, o PNIAM pelo Instituto
Nacional de Alimentação e Nutrição, o INAN, uma autarquia do Ministério da Saúde. O
Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno foi anunciado 
 internacionalmente e envolvia campanhas feitas através dos meios de comunicação,
treinamento e capacitação dos profissionais das maternidades, produção e distribuição
de folhetos sobre amamentação, criação de grupos de apoio à lactante, promulgação
de leis de proteção à maternidade, entre outras medidas.
Atualmente, o INAM não existe mais e o PNIAM está ligado à Área Técnica de Saúde da
Criança e Aleitamento Materno do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas
da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde. Essa área é responsável por
elaborar programas que tratam da saúde de crianças de zero a nove anos, além de
incentivar os estados e municípios a aderirem essas políticas por meio de coordenadores
estaduais e municipais.
No Brasil, o aleitamento materno tem sido praticado em larga escala, cerca de 95% dos
bebês iniciam o aleitamento adequadamente. O que ocorre, porém, é que poucos desses
bebês continuam a ser amamentados pelo tempo recomendado. Por esse motivo o
PNIAM conta com algumas ações para promoção do aleitamento materno: 
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OA Iniciativa Hospital Amigos da Criança, a IHAC, foi criada em 1990 pela Organização
Mundial de Saúde em parceria com a UNICEF para cumprir o que se pede na Declaração
de Innocenti. Declaração de Innocenti é um documento elaborado também em 1990 e
atualizado em 2005 que fala sobre a promoção, proteção e apoio ao aleitamento
materno.
Nesse documento constam os benefícios do aleitamento materno e a importância do
incentivo que as mães devem ter para amamentar seus filhos. A Declaração também
pretendeu fazer com que todos os países do mundo, até 1995, atingissem metas de
instituição de programas de apoio à amamentação. Por esse motivo, o Brasil implantou
em 1992 a Iniciativa Hospital Amigo da Criança – IHAC, como parte do Programa Nacional
de Incentivo ao Aleitamento Materno, a fim de que pudesse alcançar as metas previstas
na Declaração de Inoccenti, que eram ter:
 “nomeado uma autoridade competente como coordenador nacional de aleitamento
materno e estabelecido um comitê nacional de aleitamento materno composto por
membros do governo e organizações não governamentais;
 Assegurado que todas a maternidades coloquem em prática os “Dez Passos Para o
Sucesso do Aleitamento Materno;
 Implementar totalmente o Código Internacional de Comercialização de Substitutos
do Leite Materno e as subsequentes resoluções da Assembleia da Organização Mundial
da Saúde;
 Elaborar uma legislação criativa de proteção ao direito ao aleitamento da mulher
trabalhadora e estabelecido meios para sua implementação.”
Com o tempo, a IHAC foi crescendo, sendo adotada por diversos países e hospitais. Em
janeiro de 2011, 156 países e mais de 20.000 hospitais estavam apoiando a Iniciativa,
inclusive o Brasil. Em nosso país, a IHAC teve início em março de 1992 e desde essa data
até dezembro de 2010, o número de hospitais credenciados foi de 359. Por algumas
mudanças nos critérios feitas pelo Ministério da Saúde, 26 hospitais foram
descredenciados, restando apenas 333. Pode-se atribuir essa queda à exigência da
diminuição do número de cesarianas realizadas. Muitos hospitais consideram inviável
diminuir muito o número desse tipo de parto. Entre os anos de 1999 e 2002, foram
ministrados muitos cursos de sensibilização de gestores, o que contribuiu para um maior
número de credenciamento de hospitais. Entretanto, esse é ainda um número muito
pequeno em relação ao total de hospitais existentes no Brasil, que é cerca de 5.340.
Desses, apenas 6,2% estão credenciados no IHAC.
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INICIATIVA HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA
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Dez Passos para o Sucesso do
Aleitamento Materno
1 - Ter uma política de aleitamento materno escrita, que seja
rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde.
2 - Capacitar toda a equipe de cuidados da saúde nas práticas
necessárias para implementar esta política.
3 - Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo
do aleitamento materno.
4 - Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na
primeira meia hora após o nascimento do bebê.
5 - Mostrar às mães como amamentar e como manter a
lactação, mesmo se vierem a ser separadas dos filhos.
6 - Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimento que não
seja o leite materno, a não ser que haja indicação médica.
7 - Praticar o alojamento conjunto, permitindo que mães e
bebês permaneçam juntos 24 horas.
8 - Incentivar o aleitamento materno sob livre demanda.
9 - Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a crianças
amamentadas.
10 - Promover grupos de apoio à amamentação e encaminhar
as mães a esses grupos na alta da maternidade.
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Ficou comprovado por meio da Pesquisa Nacional de Prevalência de Aleitamento Materno
emMunicípios Brasileiros, feita em 2010 pelo Ministério da Saúde, que é maior o número de
crianças que são amamentadas em Hospitais Amigos da Criança (HAC). Essa pesquisa
mostrou que a duração média do aleitamento exclusivo materno em crianças que
nasceram em HAC foi de 60,2 dias. Em contrapartida, esse número reduz para 48,1 dias
para as crianças que não nasceram em HAC. A taxa de bebês que são amamentados na
primeira hora de vida também é maior nos HAC, chegando a ser 9% maior dos que nos
hospitais comuns. Lembrando que amamentar na primeira hora é uma recomendação
da OMS e da UNICEF. 
Para se manter de acordo com a HAC, a equipe da maternidade precisa passar por um
curso de 20 horas de treinamentos sobre aleitamento materno chamado Manejo em
Aleitamento Materno. Há também um curso de 12 horas para sensibilizar os gerentes e
diretores de hospitais, informando-os do impacto positivo da IHAC para o hospital e para
as mães e bebês. Esse treinamento também é oferecido para os governantes dos
municípios e estados brasileiros. Já as pessoas que avaliam se os hospitais e a equipe
médica estão cumprindo com os Dez Passos passam por um treinamento de 40 horas. Eles
verificam se estão sendo obedecidos os Critérios Globais que são fundamentais para a
continuidade da IHAC. Esses Critérios se aplicam a todos os hospitais de todos os países na
promoção do aleitamento materno. Além de cumprir com os Dez Passos, o hospital precisa
preencher uma série de requisitos para se cadastrar como HAC. Os avaliadores verificam
se está tudo em conformidade com as exigências e solicitam ao Ministério da Saúde o
credenciamento do Hospital. 
O credenciamento ocorre por meio de uma publicação no Diário Oficial da União, o DOU.
Após três anos, é necessária uma nova avaliação. O Hospital Amigo da Criança no Brasil
também precisa seguir a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para
Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras, a NBCAL, Lei
nº 11.265/2006. O objetivo dessa lei é contribuir para a adequada nutrição das mulheres
que amamentam e também das crianças mais novas. Os profissionais dos hospitais que
desejam se credenciar como HAC também passam por um curso com 8 horas de duração.
O alojamento conjunto é quando, o bebê que nasceu sadio,
permanece no quarto com a mãe até ter a alta. Assim, a mãe pode
cuidar do bebê, receber auxílio e orientações médicas e promover o
aleitamento.
ALOJAMENTO CONJUNTO
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Esse método é mais indicado para os bebês que têm baixo peso, além de promover o
aleitamento, promove o contato físico e, consequentemente, o vínculo entre mãe e filho.
Os pais também podem ter esse contato físico com o bebê no método canguru.
Desde que foi implementado em 2000, esse método já possui mais de 7.000 profissionais
treinados. Quando o recém-nascido é prematuro ou nasceu com baixo peso, ele necessita
ir para a incubadora e ser tratado. Os pais podem, em alguns hospitais, ter livre acesso a
essa área e manter um contato físico com o filho. Assim que o bebê tiver condições mais
estáveis de saúde, e o médico permitir, o bebê pode ficar apenas de fralda, “amarrado”
ao peito nu da mãe, ou até mesmo do pai. Com o tempo, o bebê já poderá ir para o
alojamento conjunto, onde a mãe fará seus cuidados e poderá permanecer na posição
canguru por 24 horas se quiser. A adoção desse método auxilia o bebê a ter menos
refluxos, o bebê respira melhor e tem menor risco de apneia, que é a parada respiratória
enquanto dorme. Mesmo depois da alta, a mãe ou o pai podem fazer uso desse método
em casa durante as 24 horas do dia. As visitas ao hospital continuam para verificar a
saúde do bebê. É importante lembrar que esse método é só um complemento aos
tratamentos que o bebê necessita fazer e não substitui nenhum outro.
O bebê pode permanecer no método canguru até atingir mais ou menos dois quilos ou
quando começar a ficar muito agitado. É como se esse contato fosse uma continuação da
gestação em que o bebê ficou no útero, mas precisou sair antes do tempo. Quando ele fica
agitado é um sinal que chegou o momento de “nascer”.
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MÉTODO CANGURU
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Esse programa, que inicialmente ocorria somente na Região Nordeste do Brasil, teve início
em 1999 a partir de uma ideia da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Correios,
juntamente com o UNICEF e a Secretaria Estadual de Saúde do Ceará. A campanha foi
responsável pela duplicação do número de mães que passaram a amamentar seus filhos
no Ceará. Durante todo o mês de agosto, mês que se comemora a Semana Mundial de
Amamentação, que ocorre todos os anos entre os dias 1 e 7, os carteiros vestem uma
camiseta especial e distribuem folhetos que contêm informações sobre os benefícios da
amamentação. 
Quem recebe os folhetos são, especialmente, as mães de bebês menores de um ano. Uma
das principais causas que impedem a amamentação é a falta de informação. Muitas mães
não puderam ter acesso a informações sobre amamentação durante o pré-natal. A
inovação na ação dos carteiros tem trazido a essas mães muito do que elas precisam
saber sobre o aleitamento.
Esse projeto promovido pelo Corpo de Bombeiros em 2002 tem o objetivo de ampliar os
estoques de leite materno dos bancos de leite humano. Os bombeiros realizam diversas
funções, como transporte de leite e até informações sobre ordenha e armazenamento. O
Ministério da Saúde buscou levar essa iniciativa para todos os Corpos de Bombeiros do
país. Para isso, os bombeiros receberiam treinamentos sobre o aleitamento materno para
que pudessem auxiliar as doadoras.
Todos os projetos que buscam apoiar o aleitamento materno têm resultados bastante
satisfatórios. Quanto mais segmentos sociais puderem transmitir informações, mais mães
amamentarão seus filhos e assim, os níveis de saúde no país se tornarão melhores.
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PROGRAMA CARTEIRO AMIGO
PROJETO BOMBEIROS DA VIDA
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MITOS SOBRE O ALEITAMENTO
MATERNO
"O MEU LEITE NÃO ESTÁ MAIS
SENDO PRODUZIDO"
"EM DIAS MUITO ENSOLARADOS É
PRECISO DAR ÁGUA AO BEBÊ"
Mito. Existe uma crença de que é necessário
dar água, ou até mesmo água com açúcar nos
primeiros dias de vida do bebê, ou em dias de
calor. 
Ao nascer, é comum alguns bebês terem os
níveis de açúcar no sangue ainda muito baixos,
mas essa é uma condição que vai mudando e
algumas horas depois o bebê já tem os níveis
de açúcar normalizados. 
Por isso, não é necessário dar água com
açúcar aos bebês, isso, além de elevar os
níveis de açúcar no organismo dele, pode
fazer com que ele mame menos.
Eles também nascem com uma quantidade
extra de água no corpo, e isso é natural,
ocorre porque o leite que vem após o colostro
demora uns dias para estar disponível. Mesmo
em dias de calor, o bebê não corre o risco de
se desidratar, pois o leite é composto por mais
ou menos 86% de água. 
Até os seis meses, o único alimento do bebê
deve ser o leite materno, e isso inclui não
oferecer nem mesmo água a eles. Essa
condição só muda se o médico receitar algum
complemento alimentar.
Mito. O que acontece é justamente o
contrário, quanto mais o bebê mamar, mais
leite será produzido. Se o organismo percebe
que a mama está vazia, logo trabalhará para
produzir mais leite.
Por isso, se a mãe fica esperando o seio
receber mais leite para só depois
amamentar, o corpo vai entender que a
quantidade tem sido suficiente e não
produzirá leite extra. O que levará o leite a
secar, é a mãe não amamentar. 
A quantidade de leite produzida vai ser
determinada de acordo com a procura,
portanto, a alegação de que a produção não
é suficiente, também é mentira.
Também pode acontecer de o leite
“empedrar”. O nome desse fenômeno é
ingurgitamento e ocorre porque o leite fica
preso na mama quando o bebê não suga
direito ou mama pouco leite. 
Ele pode causar muita dor e evoluir para
uma inflamação chamada mastite. Para
evitar que isso ocorra, a mãe podedeixar
que o bebê mame bastante e, se ele não
mamar ,ela pode retirar leite com as mãos
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ASPECTOS HISTÓRICOS
DO ALEITAMENTO
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O ato de alimentar os filhos faz parte do instinto materno. É possível observar esse
fenômeno também no mundo animal. Assim que seus filhotes nascem, alguns pássaros, por
exemplo, saem em busca de alimentos que serão depositados diretamente nos bicos dos
recém-nascidos. Já com os mamíferos, incluindo os humanos, a primeira alimentação dos
filhos é feita por meio das mamas, onde eles sugam o leite materno. Entretanto, a
amamentação sofreu grandes influências sociais e culturais ao longo do tempo. Séculos
antes de Cristo, as mulheres alimentavam seus bebês usando outros artifícios como
xícaras com bicos e pequenos potes feitos de barro. Esses objetos foram encontrados por
arqueólogos em túmulos de crianças. Isso indica que as mulheres buscavam uma forma de
substituir a amamentação feita pela mãe. Outra prática, também bastante antiga, para a
substituição da amamentação materna é a das amas de leite.
As amas de leite amamentavam os filhos de mulheres ricas e, muitas vezes amamentavam
também seus próprios filhos. As senhoras ricas obrigavam as amas a alimentarem
primeiro os herdeiros acreditando que ficariam com um leite mais saudável. Depois é que
os filhos das amas eram alimentados. Há menção de amas de leite na Bíblia e nas
mitologias de diversos povos. Por volta de 1.700 a.C. a prática da ama de leite foi
regulamentada em um código de leis chamado Hamurabi, elaborado pelo Rei Hamurabi.
No Brasil, essa prática foi uma influência do que ocorria na Europa, trazida para cá pelas
mães portuguesas que deixavam a amamentação de seus filhos a cargo de escravas. A
maternidade era vista como algo que atrapalhava o bom andamento da vida social da
mulher. 
Entretanto, fazer uso de uma ama de leite não era muito saudável para o bebê. De acordo
com a filósofa francesa Elisabeth Badinter, em Paris entre os anos de 1780 a 1789, 26,5%
das crianças amamentadas por ama de leite, faleciam antes de completar um ano. Isso
porque o leite oferecido pelas amas, muitas vezes já não era mais o colostro, o leite
produzido no primeiro mês de amamentação, que será detalhado mais adiante. Esse leite
possui todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento saudável do bebê. Foi
então que na Europa, devidas às altas taxas de mortalidade infantil, muitos estudos
começaram a ser desenvolvidos nessa época. Os resultados dos estudos apontavam que a
causa de tantas mortes era justamente a prática das amas de leite. Assim, foram sendo
publicados textos que recomendavam que as mães amamentassem seus filhos, pelo fato
de ser mais saudável aos bebês. Com o tempo a amamentação se tornou um hábito entre
as mães e a taxa de mortalidade infantil reduziu. Nos dias de hoje, ainda existem mães que
interrompem a amamentação antes do tempo recomendado, por diversas razões. Mas em
contrapartida, há uma grande conscientização por parte das mães e dos familiares de que
a amamentação só traz benefícios tanto para a mãe quanto para os bebês.
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ASPECTOS HISTÓRICOS DA
AMAMENTAÇÃO
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AS MAMAS E A
PRODUÇÃO DE LEITE
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O leite materno, alimento para o bebê nos seus primeiros meses de vida, começa a ser
produzido logo após o parto, mas durante toda a gestação, os seios são preparados para
a amamentação. Os hormônios sexuais femininos, estrógeno e progesterona, são os
responsáveis por preparar as mamas fazendo-as aumentar de tamanho e com que os
alvéolos, também chamados de ácinos, e dutos (ou ductos) para a lactação aumentem
em número.
Depois do parto, os hormônios que vão entrar em ação são a prolactina e a oxitocina. A
prolactina só consegue atuar após o parto, pois sua ação é inibida pelo estrógeno e pela
progesterona. Esses últimos têm os níveis bem reduzidos após o parto. A prolactina é
responsável pela produção do leite e esse hormônio é estimulado quando o bebê está
mamando. O ato de sugar faz com que o hipotálamo, estrutura localizada no cérebro,
entenda que é hora de liberar prolactina e, assim, produzir mais leite. É por isso que,
quanto mais o bebê mama, mais leite a mãe terá. Já a oxitocina, hormônio que também
age na amamentação, faz com que o leite migre dos alvéolos mamários para os mamilos,
também conhecidos como bico do seio. Esse hormônio contrai a musculatura ao redor dos
alvéolos para que o leite vá para os mamilos.
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AS MAMAS E AAS MAMAS E A
PRODUÇÃO DE LEITEPRODUÇÃO DE LEITE
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As células musculares, com a ação da oxitocina, contraem os alvéolos que revestem, para
que o leite vá para os dutos e chegue até os mamilos. Nos alvéolos estão as células
secretoras de leite. Esse hormônio também faz com que as mães tenham algumas
sensações como formigamento, ou picadas nos seios no momento da amamentação,
cólicas por conta da contração do útero e a produção de leite quando a mãe pensa no
bebê ou escuta ele chorar. Se a mãe está deprimida, preocupada ou cansada, a ação da
oxitocina é inibida.
Durante a gravidez, o número de alvéolos e dutos se multiplica para a produção e saída
de leite. O conjunto de alvéolos é chamado de lóbulo mamário e o conjunto dos lóbulos
mamários é chamado de lobo mamário. Eles são semelhantes a cachos de uvas. As
glândulas de Montgomery são responsáveis por manter os mamilos limpos e hidratados
por meio da excreção de um óleo. Durante a gravidez, essas glândulas também estão em
maior quantidade. Os dutos, chamados de dutos lactíferos ou galactóforos, medem entre
2 e 4,5 centímetros. Nas proximidades dos mamilos, os dutos se dilatam para que o leite
possa passar.
O leite sai dos mamilos por meio de microaberturas de mais ou menos 15 milímetros de
diâmetro. Existem entre 15 e 25 aberturas como essas em cada mamilo. Na gravidez, há
uma concentração maior de melanina nos mamilos, por isso eles ficam mais escurecidos
nesse período. Os hormônios da gestação estimulam a produção desse pigmento que
ajuda a deixar o mamilo mais resistente para a amamentação e não rachar com
facilidade. Quando acaba o período de amamentação, os alvéolos que surgiram na
gestação vão murchando até morrerem. Seus restos são levados pelo organismo.
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AS MAMAS E A PRODUÇÃO DE LEITEAS MAMAS E A PRODUÇÃO DE LEITE
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MITOS SOBRE O ALEITAMENTO
MATERNO
"O LEITE MATERNO É FRACO E
AGUADO!"
"A MÃE QUE NÃO AMAMENTOU O
PRIMEIRO FILHO NÃO PODERÁ
AMAMENTAR O SEGUNDO!"
"OS SEIOS VÃO FICAR CAÍDOS SE
EU AMAMENTAR!"
"FIZ REDUÇÃO DE SEIOS. NÃO
PODEREI AMAMENTAR!"
"NÃO POSSO AMAMENTAR POR
CONTA DAS PRÓTESES DE
SILICONE!"
"AMAMENTAR É SEMPRE
DOLOROSO!"
Se a mãe não pôde amamentar o primeiro
filho, nada impede que ela amamente os que
vierem em seguida, pois haverá leite para
todos. Mas, é necessário que a mãe estimule o
bebê a mamar.
Mito. Pode ser que a pele fique flácida por
conta do estiramento que ela sofre para
acompanhar o aumento dos seios.
isso não é verdade. Por mais líquido que
possa parecer, o leite materno possui todos
os nutrientes necessários para a alimentação
saudável do bebê. 
Diminuir a mama pode fazer com que a
produção de leite diminua, mas o organismo
feminino sempre produz mais leite do que o
necessário. Mas é sempre bom ter um
acompanhamento médico para verificar a
quantidade de leite produzido
Talvez haja algum desconforto nos primeiros 3
ou 4 dias. Se a dor persistir, procure seu
médico, pois pode ser sinal de inflamação. O
sol ajudará na produção de melanina para que
o mamilo fique mais resistente. 
Não existe relato de mulheres que não
produziram leite por usarem prótese de
silicone. Entretanto, se a prótese foi
introduzida pela auréola do seio, é possível
que hajadificuldades no aleitamento.
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DEPRESSÃO PÓS-PARTO
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A depressão pós-parto é muito semelhante à depressão comum e chega a atingir
até 40% das mulheres brasileiras. Durante a gestação, o bebê está na companhia
da mãe 24 horas por dia, em um local aconchegante e sendo bem alimentado. A
sensação é a de que o bebê é uma parte que constitui a mulher. Nesse período
também, há muita atividade hormonal para preparar o corpo para receber o bebê,
dar a luz e amamentá-lo. Após o parto, ocorrem muitas mudanças de diversas
naturezas. Os hormônios progesterona e estrógeno que, durante a gravidez
estavam em quantidade muito aumentada, começam a se reduzir e chegam a níveis
até menores do que antes da gravidez.
O nível de hormônio da tireoide também se reduz após o parto. Essa alteração
hormonal, tanto da progesterona e estrógeno, quanto do hormônio da tireoide
podem ocasionar mudança de humor e tristeza na mulher. 
Há também mais questões envolvidas como não ter mais o bebê dentro de si agora,
causando uma perda de identidade; o fato de se sentir fora de forma por conta da
gravidez; ter que mudar radicalmente a sua rotina, especialmente para as mães
que trabalham fora; o medo de não serem boas mães e de não conseguir conciliar
as outras atividades com os cuidados do bebê também frustra e angustia muitas
mulheres. 
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O ALEITAMENTO MATERNO E
A DEPRESSÃO PÓS-PARTO
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Uma tristeza comum, que pode acontecer nos primeiros
dias após o parto e durar algumas horas ou dias. A mãe
acometida por essa tristeza tem um humor oscilante, ou
seja, uma hora está feliz, no minuto seguinte está triste,
pode chorar muito, sentir-se irritada e solitária. Nesses
casos, apenas a participação em algum grupo de mães
com problema semelhante, ou conversa com outras
mães ou especialistas, pode resolver esse problema. 
A depressão, que pode durar mais tempo do que a
tristeza comum. Os sintomas são semelhantes aos da
tristeza, porém são mais intensos e duram mais tempo.
Não ocorre necessariamente na primeira gravidez, pode
acontecer em qualquer uma. A mulher não sente
vontade de fazer suas atividades diárias e, nesses
casos, deve-se procurar ajuda médica o quanto antes. 
Psicose pós-parto: a mulher acometida por essa doença
séria tende a ouvir vozes e, em casos menos comuns,
pode ter alucinações visuais. A pessoa não consegue
mais distinguir o que é real do que não é, e passa a
sofrer de insônia, irritabilidade, raiva e outros
comportamentos estranhos. 
Dentre os casos citados, a psicose pós-parto é o mais
grave, pois a mãe corre o risco de ferir e até matar o
bebê ou outras pessoas, podendo também cometer
suicídio. Para evitar alguma fatalidade, a mãe pode ser
internada e medicada.
Quando não conseguem dormir e descansar
adequadamente, também se sentem tristes e incapazes de
cuidar do bebê. O parto, especialmente a cesariana,
consome muita energia da mãe. 
A depressão pós-parto pode acometer mulheres de todas
as idades e classes sociais. Se uma mulher tem depressão
antes de ter um filho, as chances de ela ter depressão pós-
parto são maiores. Pode haver três formas de
manifestação da depressão pós-parto: 
É melhor estar bem para passar sentimentos bons ao bebê,
mesmo que seja alimentando por mamadeira, do que
transmitir sensações negativas à criança amamentando no
peito.
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A ALIMENTAÇÃO
DURANTE A LACTAÇÃO
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A amamentação é um período em que o leite da mãe é a única fonte de alimento do bebê.
Tudo o que mãe ingere terá reflexos no leite, por isso, é necessário um maior cuidado com
a alimentação durante o aleitamento, até mesmo para que a mãe não fique fraca.
Amamentar um bebê é um processo que gasta muita energia. A própria produção do leite
faz com que a mãe gaste calorias. Por esse motivo, as lactantes precisam ingerir mais
calorias. Se uma mulher, para manter seu peso normal, ingere por dia cerca de 2.000
calorias, a mulher que está amamentando precisa ingerir entre 2.300 a 2.500 calorias.
Para conseguir um maior número de calorias, é preferível optar por carboidratos a
frituras e alimentos gordurosos. O ideal, segundo a nutricionista Roberta Stella, é que 50
ou 60% da alimentação diária sejam compostos por carboidratos, de 25 a 30% sejam
compostos por gorduras boas e de 15 a 20% compostos por proteínas. 
Os carboidratos podem ser encontrados em alimentos como a batata, o arroz, a
mandioca, a aveia, o milho, os pães, a farinha de trigo e outros.
As gorduras da alimentação da lactante podem ser encontradas nos alimentos como o
azeite de oliva, óleo de girassol, abacate, castanhas e outros. Deve ser dada preferência
às gorduras saudáveis, ou seja, aquelas que não aumentam o colesterol ruim. Os
alimentos que possuem gorduras ruins como as gorduras saturadas e gorduras trans
devem ser evitados, assim como frituras, salsichas, comidas prontas, salgadinhos e outros. 
Dê preferência a alimentos integrais e livres dessas gorduras. As proteínas estão
presentes em alimentos como carnes vermelhas e brancas, ovos, queijos, amêndoas,
fígado, lentilha, e outros. As calorias ingeridas no dia podem ir diminuindo quando forem
sendo introduzidos outros alimentos na dieta do bebê, pois o leite materno não será mais
a única fonte de alimentação.
A mãe que está amamentando precisa de uma maior fonte de cálcio, pois boa parte dele
vai para o leite do bebê. Por isso, é importante ingerir leite, iogurte, queijos, sucos de soja,
entre outros. O número de refeições ideal para a lactante é de 5 refeições, sendo o café
da manhã, o almoço, o jantar e dois lanches intercalados. Não é necessário comer muito,
mas sim, comer bem e não passar muito tempo sem se alimentar. É importante não deixar
de fazer nenhuma das refeições para que a dieta seja sempre rica. Frutas, verduras e
legumes devem fazer parte dessas refeições.
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Café, chá mate ou chá verde, chocolate e alguns
refrigerantes. Esses alimentos, por conterem cafeína,
podem fazer com que o bebê fique muito agitado e não
durma bem.
Feijão, repolho, rabanete, couve flor, brócolis, espinafre e
outros alimentos que tenham enxofre. O enxofre causa
alguns gases o que pode gerar algum desconforto ou
dores nas mães.
Cigarro e álcool devem ser evitados nesse período. Eles
atrapalham a produção, além de contaminarem o leite.
Alguns alimentos podem alterar o odor e o sabor do
leite, mas eles só devem ser evitados se o bebê não
reagir bem a eles. Esses alimentos são a cebola, a
alcachofra, a pimenta, alho e outros temperos.
Para que o bebê não sofra as consequências de alguns
alimentos por ter um organismo ainda muito sensível, ou
mesmo que a própria mãe não tenha problemas, é
importante que ela evite alguns alimentos, tais como:
Existem também alimentos que podem causar alergias no
bebê como frutos do mar e carne de porco, pois são muito
fortes. A quantidade de água que a mãe toma não vai fazer
com que ela produza mais leite, entretanto, cerca de 86% da
composição do leite é água e, por isso, ela precisa repor o
líquido que vai na amamentação.
Os medicamentos só devem ser tomados se o médico
permitir. A mãe nunca deve se esquecer de avisar o médico
que está amamentando para que ele saiba quais
substâncias podem ou não estar no seu organismo. Assim, o
bebê mamará mais e melhor, terá o sono mais tranquilo e a
mãe terá uma amamentação muito mais tranquila e
satisfatória.
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ATENÇÃO AOS
ALIMENTOS QUE
DEVEM SER EVITADOS!
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INTRODUÇÃO
ALIMENTAR
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É sabido que o aleitamento exclusivo, ou seja, sem a inserção de nenhum outro tipo de
alimento, é recomendadopela OMS por seis meses. Após esse período o bebê já está
pronto para receber outros tipos de alimentos, mas a amamentação deve continuar como
complemento.
Se o bebê não mama satisfatoriamente no peito e se o médico indicar, alguns alimentos
podem ser dados ao bebê antes dos seis meses, mas nunca antes dos quatro meses. A
OMS, que tem o apoio do Ministério da Saúde, afirma que o tempo médio ideal para que a
amamentação sirva de complementação à alimentação da criança é de dois anos. 
O leite materno pode ser ainda uma grande fonte de nutrientes, energia e vitaminas para
as crianças após seu primeiro ano de vida. Os primeiros alimentos dados à criança logo
após os seis meses são chamados alimentos de transição. 
Eles ainda não são os alimentos consumidos pelo restante da família e servem como
complemento para o leite materno. É possível oferecer algumas frutas, sucos naturais, e
sopas. Prefira as feitas em casa às industrializadas. Evite ao máximo o uso de
liquidificador, pois ele elimina grande parte dos nutrientes dos alimentos. Amasse com
garfos ou passe pela peneira. 
Observe se os alimentos estão bem limpos e lave bem as mãos antes de cozinhar para o
bebê. É muito importante que os alimentos possuam a quantidade necessária de
nutrientes.
Embora a recomendação da OMS seja que o aleitamento materno dure cerca de dois anos,
o desmame pode ainda acontecer antes desse período por diversos fatores. Até mesmo o
bebê, depois que passa a ter contato com outros alimentos começa a rejeitar o peito. A
vida da mãe que trabalha fora de casa também acaba por promover o desmame
naturalmente. Mas é importante que o desmame seja feito de forma gradativa, para que o
bebê não sofra um impacto.
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INTRODUÇÃO DE OUTROS ALIMENTOS E DESMAME
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Quando se sentir segura sobre o desmame, consulte o pediatra do bebê e diga a ele sua
intenção, ele passará orientações de como proceder. A mãe pode ir diminuindo aos poucos
o número de mamadas diárias até que o bebê pare de mamar totalmente. Desmamar
gradativamente também evita que haja ingurgitamento das mamas.
Se o bebê não der sinais de falta de interesse pelo peito e ainda quiser mamar a todo o
momento, talvez ele ainda não esteja pronto para desmamar. Mas se não houver
alternativa e o desmame precisar ocorrer, e se o médico tiver liberado, a mãe pode dizer
ao filho, quando ele pedir para mamar, que ainda não é hora de mamar e buscar chamar
sua atenção para outras atividades.
Também é importante só dar o peito ao bebê se ele pedir. Se quiser desmamar, evite ficar
oferecendo. Nem sempre substituir o peito com a mamadeira é o mais indicado, pois a
mamadeira vai exigir um segundo desmame. Se quiser continuar a dar leite ao bebê,
prefira os copinhos. É importante que o bebê continue tomando leite, pois ele é uma fonte
de cálcio.
Se a mãe optar por dar chupeta ou mamadeira, verifique se elas estão em conformidade
com a NBCAL. Existem mães que têm receio de desmamar seus bebês com medo de perder
o vínculo criado com o momento da amamentação. As mães podem ficar tranquilas, o
bebê não vai deixar de amá-las. A mãe pode procurar novas maneiras de contato e
interação com o bebê. É bem possível que alguns bebês, percebendo que as mamadas
estão diminuindo, fiquem mais manhosos e chatinhos. A mãe precisa ter paciência e
procurar inovar o cardápio do bebê, pois eles podem recusar uma série de alimentos.
Conversar com o bebê sobre isso pode ajudar bastante, especialmente se ele já tiver idade
para entender o que está acontecendo.
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INTRODUÇÃO DE OUTROS ALIMENTOS E DESMAME
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POSIÇÕES NA
AMAMENTAÇÃO
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O momento de amamentar é único e especial para criar um vínculo entre mãe e filho, além
de ser a fonte de alimentação do bebê. Por isso, é preciso dar grande atenção a ele. É
importante que tanto a mãe quanto o bebê se sintam confortáveis para que a
amamentação não seja cansativa nem desagradável. Ela deve ser um momento de prazer.
Deixar o bebê na posição correta na hora de amamentar vai garantir que ele sugue o leite
corretamente, saciando sua fome e evitando que a mãe sinta dores nos seios. 
As informações sobre a amamentação devem ser feitas por todos os profissionais de
saúde, e no acompanhamento pré-natal também pelo médico. As mães de primeira viagem
ou as que não amamentaram os filhos que tiveram anteriormente são as que precisam de
mais atenção dos profissionais de saúde. A primeira mamada, que é aquela que ocorre
na primeira hora depois do parto é muito importante para estabelecer o vínculo entre mãe
e filho, logo aprenderá a alimentar o bebê de forma correta, já que haverá o
acompanhamento de profissionais capacitados no hospital. 
A Organização Mundial de Saúde recomenda que a primeira mamada seja feita na primeira
hora de vida do bebê para garantir o sucesso do aleitamento materno e reduzir o número
de mortes entre os bebês. 
Ocorre que alguns fatores impedem que essa recomendação seja seguida. Uma delas é
quando a mãe precisa fazer cesariana. O tempo de recuperação após essa cirurgia é
maior, por isso a mãe precisa de mais de uma hora para poder amamentar pela primeira
vez. 
Outro motivo de não amamentar na primeira hora após a cesariana é que pode ainda
haver ação dos hormônios estrógeno e progesterona, produzidos na placenta durante a
gestação. Eles impedem a ação da prolactina, hormônio que produz o leite. Quando é
necessário realizar a cesariana, é possível que a placenta ainda não esteja pronta para a
saída do bebê, e continue ainda a produzir esses hormônios. 
Um estudo realizado por pesquisadores da Secretaria da Saúde de Queimados, da
Universidade Federal Fluminense e da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, apontou
que a mamada na primeira hora de vida foi realizada por 22,4% das mães que tiveram
parto normal contra 5,8% das mães que realizaram cesariana. 
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POSIÇÃO NO ALEITAMENTO
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Já no primeiro dia de vida dos bebês, das mães que tiveram parto normal, 86%
amamentaram e, das mães que realizaram cesariana, 76% amamentaram. Entre todas as
mães envolvidas na pesquisa, 81% conseguiu realizar o aleitamento no primeiro dia de vida
dos filhos. Pode ocorrer também alguma complicação que necessite internação imediata
do bebê, o que vai atrasar a primeira mamada. A primeira mamada vai ocorrer no
hospital, sempre que possível. Se puder, deixe o bebê e a mãe sem roupa para que eles
possam sentir a pele um do outro e o contato físico ser mais intenso.
Manter a mãe e o bebê no mesmo recinto hospitalar é saudável para a amamentação. O
nome dessa prática é alojamento conjunto e facilita o trabalho da equipe do hospital e
também auxilia o processo de amamentação. 
Para amamentar, a mãe pode optar pela posição que mais lhe for confortável. Ela pode
estar sentada, deitada e até em pé. O bebê também pode estar sentado ou deitado,
conforme seja melhor pra ele e para a mãe. 
 A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, a FEBRASGO, oferece
algumas orientações sobre as corretas formas de amamentar. 
Em relação à posição da criança, existem quatro indicativos de que a mamada está sendo
feita corretamente: 
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POSIÇÃO NO ALEITAMENTO
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O corpo do bebê deve estar colado ao da mãe, barriga com barriga; 
O queixo do bebê deve estar encostado no seio da mãe; 
A cabeça do bebê deve estar alinhada a seu corpo para que ele não
precise virá-la para poder mamar; 
A criança deve estar apoiada no braço da mãe de modo que a cabeça, o
pescoço e as costas estejam envolvidos. Se o bebê for muito pequeno, o
braço da mãe deve chegar até as nádegas do bebê. 
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Observe essas três posições:
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Essas posições estão corretas, pois há o encontro da barriga do bebê com a barriga
da mãe, o queixo da criança encosta no seio e a mãe a envolve nos braços. 
Na figura do meio, chamada posição invertida ou jogador de futebol americano,
não há o encontro da barriga do bebê com a mãe, entretanto, o queixo do bebê
encosta no seio, e ele está apoiado em travesseiros e no braço da mãe. Essa
posição também pode ser usada na amamentação. 
Ainda de acordo com a FEBRASGO, a posição da mãe pode variar desde que seja
confortável pra ela e para o bebê. 
Se a mãe estiver deitada, ela pode escolher ficar de lado e o bebê também ficará
de lado, encostando sua barriga na barriga da mãe. Se for necessário, deixe que o
bebê apoie a cabeça em seu braço ou em um travesseiro.
Outra forma de amamentar deitada é quando a mãe se deita com a barriga pra
cima e o bebê fica sobre ela, de barriga para baixo. Para as mães que se recuperam
de uma cesariana, essa posição é a mais confortável. 
Veja:
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Se a mãe opta por amamentar sentada ela pode apoiar as costas na cabeceira da
cama ou em uma poltrona/cadeira confortável. Ela pode cruzar as pernas para que
o bebê fique deitado sobre elas, ou usar travesseiros sobre as coxas. Se quiser,
também pode apoiar os pés em um banquinho que estiver a sua frente. 
Assim, a criança pode estar deitada, em posição invertida, ou mesmo sentada.
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Um bebê sadio que nasceu no tempo certo, ou seja, não nasceu prematuramente, vai ter
reflexos para mamar. Um deles é o reflexo da rotação, quando a criança está com fome e
alguma coisa se aproxima de sua boca, ela vai virar o rosto e abrir a boca para mamar. 
Já o reflexo da sucção, que é muito forte na primeira hora após o parto, ocorre quando
entra alguma coisa na boca do bebê que alcance sua garganta. Ele terá o reflexo de sugar
o que quer que seja. 
O reflexo da deglutição consiste em engolir o leite assim que sentir que sua boca encheu.
Dessa forma ele estará se alimentando. 
A criança já nasce dotada desses reflexos, faz parte da natureza humana. Mas a mãe
precisa auxiliar alguns movimentos que a criança precisa se habituar a fazer
corretamente. 
Se a mãe oferece para o bebê apenas o mamilo, ele vai se habituar a pegar apenas o
mamilo quando for mamar, o que não é correto. Por isso, não segure com os dedos
apenas o mamilo para oferecê-lo ao bebê, ofereça a mama toda para que a criança
pegue a quantidade suficiente. Também não se deve apertar a mama para que a saída
de leite não seja obstruída, por isso, apenas segure.
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PEGA CORRETA
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Assim, ela fará a pega corretamente. A pega é a forma como o bebê posiciona sua boca no seio
da mãe. Ela deve ser feita corretamente para que o bebê consiga sugar efetivamente o leite. 
A pega feita incorretamente pode acarretar problemas como rachaduras no mamilo por ficar
raspando na boca do bebê. Como não haverá a saída satisfatória de leite, o bebê pode ficar
irritado, com fome e se recusar a mamar. Quanto mais o bebê mama, mais leite é produzido, e se
a pega não for feita corretamente, a produção de leite diminuirá e haverá o desmame precoce.
Observe que o bebê abre bem a boca para que consiga envolver a aréola do seio da mãe. Caso o
bebê pegue apenas o mamilo, coloque seu dedo no canto da boca dele para que ele abra de novo
e faça a pega corretamente. 
Dentro da boca do bebê deve se formar um bico maior do que o mamilo, pois ele precisa
pressionar o tecido da mama onde estão as saídas de leite. Se não fizer isso, o leite não sairá.
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PEGA CORRETA
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De acordo com a FEBRASGO, a mãe deve observar os seguintes pontos para saber se a
sucção do leite está ocorrendo: 
A boca do bebê deve abrir bem para que ele consiga abocanhar toda ou quase toda a
aréola; 
Veja se o lábio inferior está voltado para fora. Ele deve cobrir boa parte da aréola na
parte de baixo enquanto a parte superior da aréola pode estar visível; 
A língua deve estar encostada no seio. É ela que fará com que o leite saia por meio de
movimentos naturais da deglutição. 
As bochechas devem ter aparência arredondada; 
O bebê deve parecer tranquilo, a sucção lenta com algumas pausas durante a
amamentação. 
É a criança quem decide que hora deve mamar e em que momento quer largar a mama.
Toda vez que sentir vontade de mamar, o bebê deve mamar, mesmo se for à noite. Não se
devem estabelecer horários para as mamadas. 
O fim da mamada também é decido pelo bebê. Se for necessário tirá-lo do peito, coloque o
dedo no canto da boca dele para romper o vácuo e não machucar o seio. 
No final da mamada observe se o mamilo está alongado e redondo. Ele não deve estar
achatado nem com estrias vermelhas, pois pode significar que o bebê não está mamando
corretamente. 
Também é possível oferecer as duas mamas ao bebê, mas se tirá-lo antes que ele decida
parar, ele pode não aceitar a outra mama. Espere ele soltar o seio espontaneamente,
para, então, oferecer a outra mama. 
Na mamada seguinte, ofereça primeiro a mama que o bebê mamou por último. Se o bebê
só quiser mamar em um seio, é necessário fazer a ordenha manual para não ocorrer
ingurgitamento. Se, antes de amamentar, a aréola estiver inchada por conta do excesso
de leite, ordenhe um pouco para facilitar a saída do líquido para o bebê.
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PEGA CORRETA NO ALEITAMENTO
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FONTE: UNA-SUS
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ORDENHA
MANUAL
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Lavar bem as mãos e os antebraços, não esqueça de usar
sabonete e secá-los com toalha seca e limpa. Não é necessário
lavar sempre os seios, só quando estiverem com pomadas,
cremes ou óleos; 
Prender os cabelos para que não caia nenhum fio sobre o leite.
Se quiser, pode usar uma touca; 
Se puder usar máscara no rosto, será mais higiênico. Caso não
possa, evite falar, espirrar ou tossir enquanto estiver
ordenhando; 
Usar um recipiente esterilizado ou fervido por mais ou menos
20 minutos. Posicione-o abaixo do seio. 
Massagear o seio delicadamente com movimentos circulares
que vão da base até a aréola;
Escolher um lugar tranquilo e uma posição confortável para
ordenhar. Se pensar no bebê, a tarefa será facilitada, pois
esse pensamento ajuda a oxitocina a agir. Se for possível,
segure o bebê por alguns instantes; 
Curvar o tórax para frente, sobre a barriga, para facilitar a
saída de leite; 
Posicionar os dedos em forma de “C”, sendo que o polegar
ficará acima do mamilo (não em cima) e o dedo indicador
abaixo do mamilo. Esses dedos devem ficar onde a aréola
acaba para começar a mama. Os outros dedos devem
sustentar a mama. 
Usar, de preferência, a mão esquerda para ordenhar a mama
direita e a mão direita para ordenhar a mama esquerda.
Também pode usar as duas mãos para ordenhar uma mama; 
Pressionar sem muita força o seio, com um movimento de
“pinça” e levemente para dentro. Se usar muita força, pode
tampar as saídas de leite; 
Saber fazer a ordenha manualmente é importante para evitar o
ingurgitamento das mamas, para reservar leite quando a mãe
estiver ausente ou mesmo para doá-lo.
A ordenha deve ser um processo indolor e não ultrapassar mais
do que 20 ou 30 minutos. Se doer é sinal de que a ordenha está
sendo feita de forma incorreta. 
É necessário ter alguns cuidados de higiene para que o leite não
seja contaminado. Veja os passos da ordenha manual:
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ORDENHAMANUAL
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Temperatura ambiente: 6 horas 
Geladeira (4 a 5ºC): 24 horas 
Congelador (zero a -5ºC): 7 dias 
Freezer (-15 a -18ºC): 15 dias 
De acordo com a FEBRASGO, para conservar o leite ordenhado, deve-se respeitar os seguintes
prazos: 
Para descongelar o leite armazenado, pode ser usado o banho-maria ou o forno de micro-ondas,
mas é importante observar para que a temperatura do leite não passe de 5 ºC. No caso do
banho-maria, a temperatura da água deve ser de 40 ºC, por isso é importante ter um
termômetro. A altura da água deve cobrir a do leite. Os frascos devem ser agitados a cada 5
minutos. Assim que saírem do banho-maria, os frascos de leite devem ser mergulhados em água
a 5 ºC. 
No descongelamento em forno de micro-ondas, é necessário que se conheça a potência do
aparelho. As tampas das embalagens de leite devem estar semiabertas, ou com ¼ de folga.
Deixe a potência mais baixa e vá observando até o leite ser descongelado. Assim que sair do
forno de microondas, os frascos de leite devem ser mergulhados em água a 5 ºC. 
É importante não deixar o leite ferver, não descongelar o leite diretamente no forno, não
congelar o leite novamente, não manter o leite em banho-maria depois de descongelado e não
manter o leite em temperatura ambiente. Essas são recomendações da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária, a ANVISA. 
Além da ordenha manual, existem as ordenhas feitas com bombas de sucção, que podem ser
mecânicas ou elétricas. Quando as mamas estão ingurgitadas, talvez seja preciso retirar o leite
com uma bomba. O trabalho delas se torna mais fácil quando as mamas estão cheias, mas é
mais difícil quando as mamas estão vazia.
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ORDENHA MANUAL
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DIFICULDADES NO
ALEITAMENTO
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Não deixar a mãe desanimar do aleitamento e acalmá-la dizendo que esses são
problemas facilmente solucionados, ela só precisa de calma e paciência. Deixar
que os bebês tenham contato com as mamas para estimular a produção de leite. 
Auxiliá-las e ensiná-las como deve ser a pega correta e falar da importância da
aréola estar macia. 
Mostrar as diferentes posições de amamentação para que ela e o bebê se sintam
confortáveis. 
Ensinar para as mães algumas técnicas para projetar os mamilos planos ou
invertidos como compressas com água fria, bomba de sucção, ou uma seringa
adaptada, cortada a parte onde se encaixa a agulha.
Existem algumas complicações ou casos particulares na amamentação que podem
fazer com que as mães antecipem o desmame, ou por não conseguir amamentar, ou
por não saber como agir em alguns casos. 
O bebê não suga direito ou não quer mamar. Isso pode ocorrer quando o bebê tem
contato com chupetas ou mamadeiras, ou se ele estiver mal posicionado, o que
causará dor ou desconforto. Alguns bebês não mamam por razões desconhecidas.
Quando isso acontece, a mãe precisa fazer a ordenha manual, pelo menos 5 vezes
por dia para que não pare de produzir leite. Se o caso for a introdução de
mamadeiras ou chupetas, será necessário suspender o uso desses objetos para que
o bebê volte a mamar no peito. Quando o bebê não está bem posicionado, ele
pode não fazer a pega corretamente, ou sentir alguma dor. Nesse caso, ele
começará a mamar e logo soltará o peito e chorará. Outro motivo que impede a
pega correta é a mama estar com muito leite, fazendo os mamilos ficarem duros. 
Pode ocorrer também de o bebê só aceitar mamar em uma das mamas porque o
outro mamilo é diferente, ou pode estar ingurgitado e/ou a posição não agrada.
Uma tentativa de fazer o bebê aceitar a outra mama é segurá-lo na posição
invertida. Dessa forma, ele não sentirá muita diferença na posição entre uma mama
e outra. Se, mesmo assim, ele não aceitar a outra mama, amamente apenas com
uma. 
Mamilos planos ou invertidos. Esses casos não podem impedir o aleitamento
materno, mas podem dificultar. Mamilos planos são aqueles que não se projetam
muito, ficam retos ou pouco salientes. Já os mamilos invertidos são aqueles que,
quando a aréola é pressionada com os dedos, o mamilo se retrai, entrando no seio.
A mãe que possui um desses tipos de mamilo deve ter orientação médica e não deve
deixar de amamentar. Com o passar do tempo, os mamilos vão se tornando mais
adequados à amamentação. Nesses casos, os profissionais de saúde ajudarão as
mães das seguintes formas: 
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Fazer ordenha manual para que a aréola fique macia para o bebê mamar; 
Deixar o bebê mamar sem restrições de tempo nem de horários; 
Massagear delicadamente as mamas com movimentos circulares para deixar o
leite menos viscoso. Esses estímulos também fazem com que a oxitocina tenha
ação; 
Existem alguns anti-inflamatórios ou analgésicos que a mãe pode tomar, mas
sempre com a receita médica. Eles podem aliviar as dores e a inflamação; 
Essa técnica da seringa pode ser usada antes das mamadas ou até nos intervalos. O
mamilo é sugado por 30 a 60 segundos, se não houver dor ou desconforto. Não se
deve puxar com força o êmbolo da seringa, o mamilo é uma região muito sensível. 
Mas é importante não estimular as mamas na gravidez sem o consentimento
médico. O estímulo faz com que o hormônio oxitocina aja e ele contrai a
musculatura do útero. Existem também modeladores de bicos que fazem certa
pressão no mamilo para que ele se projete. É importante lembrar as mães que,
enquanto o bebê ainda não consegue mamar, ela deve fazer a ordenha manual e
preparar a mama para quando ele conseguir fazer a pega e mamar.
ingurgitamento das mamas. É o chamado popularmente de “leite empedrado”. No
ingurgitamento, o leite fica preso nos alvéolos causando dor e vermelhidão. O leite
que fica nas mamas vai se tornando viscoso, por isso parece duro e “empedrado”.
Se o leite não sair, ele vai ser reabsorvido pelo organismo e a produção de leite
pode ser interrompida. 
Há duas formas de ingurgitamento: o fisiológico e o patológico. O primeiro caso é
bastante normal e é um sinal de que o leite está “descendo”, ou seja, sendo
produzido para o consumo do bebê. Aqui não é necessário fazer nenhum
procedimento. Já no ingurgitamento patológico, a mama estica muito, fica
avermelhada, dolorida e desconfortável e pode causar febre e mal estar. Os
mamilos ficam achatados o que vai dificultar a amamentação. Esse ingurgitamento
patológico é mais comum nas mães que tiveram seu primeiro filho e ocorre de 3 a 5
dias após o parto. Pode ser causado por muito leite sendo produzido, início tardio da
amamentação, poucas ou curtas mamadas ou pega incorreta.
Para evitar o ingurgitamento patológico, deve-se começar o aleitamento o quanto
antes, de preferência na primeira hora após o parto e deixar o bebê mamar sempre
que quiser, pelo tempo que quiser. 
Quando houver caso de ingurgitamento, a mãe pode: 
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Fazer compressas frias ou passar gelo envolvido em tecido em intervalos
regulares. Para os casos mais graves as compressas podem ser feitas de 2 em 2
horas. Mas é importante que o tempo de permanência das compressas não
ultrapasse 20 minutos. Se ficar mais tempo, o sangue vai circular mais no local
para poder esquentálo, e os efeitos serão contrários; 
Ordenhar manualmente se o bebê não quiser mamar. Com o leite saindo há o
alívio da dor e do desconforto. Resolvendo o ingurgitamento patológico, evita-
se que ele evolua para uma mastite, que é a inflamação na glândula mamária. 
Deixar os mamilos expostos ao sol ou passar bucha para engrossar a pele. Se
vazar leite, não deixe o mamilo molhado por muito tempo; 
Ter atenção para que a pega seja feita corretamente; 
Evitar usar nos mamilos produtos que retirem sua proteção, como álcool, sabões
ou produtos secantes; 
Deixar a criança mamar sempre que quiser, pois se houver um intervalo muitogrande entre uma mamada e outra, o bebê sugará com mais força o mamilo, por
estar com fome; 
Fazer ordenha manual para deixar a aréola macia e a pega ser feita
corretamente; Protetores de mamilo podem causar algumas rachaduras. O que
se pode fazer é usar os protetores em forma de concha, que evitam o contato da
mama com a roupa, minimizando a dor. 
Mamilos machucados. No início do aleitamento materno, é comum sentir alguma dor
nos mamilos por causa da sucção. Essa dor dura mais ou menos uma semana.
Quando a dor persistir por mais tempo ou quando os mamilos estiverem muito
doloridos ou machucados, é necessário pedir ajuda médica. 
Há muitos fatores que machucam os mamilos: a pega incorreta em que há a sucção
só do mamilo; mamilos curtos, planos ou invertidos; quando o bebê tem má
formação da boca ou o freio da língua muito curto, forçando mais o mamilo; uso
errado de bombas de sucção; quando o bebê suga o mamilo sem beber leite por
muito tempo; cremes ou pomadas que causem alergia ou afinem a pele dos
mamilos, entre outros.
Observe o que pode ser feito para prevenir que os mamilos fiquem machucados: 
Tome cuidado com receitas populares para tratar essas lesões, como uso de casca
de banana ou de mamão, chá e outras. Não existem pesquisas clínicas que
comprovem seus resultados, por isso, consulte sempre um médico. 
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Candidíase (monilíase). Essa infecção pode atingir somente o mamilo e a aréola, ou
até mesmo o seio todo. Ela é caracterizada por coceira, ardor como o de queimadura
e sensação de agulhada. O que causa a candidíase é um fungo, e o bebê é o
responsável por transmitir a infecção de uma mama à outra. 
Se o seio permanecer muito tempo úmido, se estiver machucado e a estiver usando
antibióticos, anticoncepcionais em pílula ou medicamentos com esteroides, corre um
maior risco de desenvolver a candidíase. 
Observe se o bebê tem algumas manchinhas brancas na boca, diferentes das que são
causadas pelo leite que secou. Para evitar que esse fungo se prolifere, mantenha o
mamilo sempre seco e, se possível, exponha o seio ao sol por alguns momentos. O
tratamento da candidíase é feito ao mesmo tempo na mãe e no bebê, para que um
não contamine o outro. Mesmo se o bebê não apresentar sinais de candidíase, ele
deve ser tratado. O médico receitará alguns medicamentos para a mãe e outros para
o bebê.
As chupetas e mamadeiras também podem conter os fungos, por isso, não deixe que
seu bebê tenha contato com elas. Se isso não for possível, ferva-os todos os dias por
20 minutos. 
Fenômeno de Raynaud. Ocorre quando falta irrigação sanguínea no mamilo e ele fica
com aparência esbranquiçada em alguns momentos, especialmente se for exposto ao
frio, se o bebê o apertar com muita força ou se houver forte pancada no seio. Os
mamilos também sofrem alguns espasmos nesse caso. 
Pode ocorrer essa palidez nos mamilos seguida de forte dor, antes, durante ou depois
das mamadas. Entretanto, é mais comum ocorrer depois, pois a boca do bebê é
quente, e, após a mamada, o mamilo entra em contato com o ar mais frio do
ambiente. Há mulheres que relataram sentir algumas agulhadas ou ardor no seio e
isso pode confundir o Fenômedo de Raynaud com candidíase. O anticoncepcional oral
e alguns medicamentos contra fungos, podem agravar o problema. 
A causa do Fenômeno de Raynaud não é precisa, mas pode estar associada a uma
pega incorreta da mama. Compressas mornas podem ajudar a aliviar a dor. Se isso
não ocorrer, procure seu médico, pois será necessário fazer tratamento com
medicamentos. 
Bloqueio dos dutos lactíferos. Ocorre quando a saída de leite pelos mamilos fica
tampada por alguma razão, impedindo que ele saia. Algumas das possíveis causas
são: o uso de sutiã muito apertado, o uso de alguns cremes nos mamilos que
obstruem as saídas de leite, e quando o bebê não mama o suficiente para esvaziar a
mama. 
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O bloqueio dos dutos comumente causa nos seios alguns pequenos nódulos sensíveis
e dolorosos e a região fica quente e avermelhada. Pode também surgir um pontinho
branco na ponta do mamilo que dói durante as mamadas e causa febre na mãe.
Esse pontinho deve ser removido, de preferência com auxílio médico. Para prevenir
esse quadro é necessário que, quando o bebê não mama frequentemente, as
mamas sejam esvaziadas com ordenha manual. Compressas mornas e algumas
massagens antes, durante e depois da amamentação ajudam a prevenir. 
Deixe que o bebê mame em várias posições para que o leite saia de todos os lados
das mamas. Se o queixo do bebê puder estar na direção da área afetada, será
melhor para drenar o leite preso ali. Deixe o bebê mamar quando quiser e inicie a
mamada pelo seio afetado. O quadro de bloqueio dos dutos lactíferos, assim como o
ingurgitamento, se não tratado, pode evoluir para uma mastite. 
Mastite. É uma inflamação de uma ou mais partes da mama que pode, ou não,
progredir para uma infecção bacteriana. É mais comum inflamar a área superior
esquerda da mama. A mastite, geralmente, ocorre entre a segunda e a terceira
semana após o parto. É menos comum ocorrer após a 12ª semana. Se houver alguma
ferida na mama, pode ser que bactérias se instalem por essas aberturas. Quando
houver a presença de bactéria, a mastite é infecciosa e pode causar mal estar e
febre alta. O sabor do leite materno fica mais salgado, pois há um aumento de sódio
e diminuição de lactose no leite. Por conta disso, o bebê pode rejeitar o leite. 
Se não tratada a tempo, a mastite pode evoluir para um abscesso mamário, um
problema mais sério. Para prevenir a mastite ou impedir que ela evolua, deixe o
bebê mamar, mesmo se a mama estiver com bactérias, pois, de acordo com o
Ministério da Saúde, não há riscos para os bebês sadios que nasceram no tempo
certo, ou seja, não são prematuros. 
O tratamento da mastite é feito com antibióticos receitados apenas por médicos. A
mãe deve repousar e ser encorajada a não parar de amamentar. Os sutiãs usados
devem ser bem firmes. 
Abscesso mamário. Quando a mastite não é tratada, ou o tratamento ocorreu muito
tarde, ou não funcionou, ela pode evoluir para um abscesso mamário. Ele causa dor
intensa, febre, mal estar e algumas áreas da mama podem ficar protuberantes. 
 Esse caso é bastante sério, pois ele pode impedir que a mãe amamente novamente
em 10% dos casos. Prevenindo a mastite ou tratando o quanto antes, há a
prevenção do abscesso.
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O tratamento do abscesso mamário envolve um procedimento cirúrgico para retirar
o pus da inflamação, além do uso de antibióticos. A Organização Mundial de Saúde
recomenda que a amamentação na mama afetada seja interrompida até que o
abscesso tenha sido drenado e o tratamento com antibióticos iniciado. A
amamentação deve continuar na mama sadia. Se o abscesso não for tratado a
tempo, ele pode estourar e vazar pus, e o tecido mamário pode necrosar. Se o
abscesso for muito grande, será necessária uma cirurgia para retirar um pedaço da
mama, o que pode deixá-la deformada e com perda da capacidade de
amamentação. 
Galactocele. É quando há a formação de um cisto nos dutos lactíferos que bloqueia
a passagem do leite. O leite que fica parado pelo cisto vai adquirindo aspecto
viscoso. Para tirar o cisto é necessário fazer uma aspiração e ele é diagnosticado
por meio de um ultrassom. O cisto, muitas vezes, pode formar uma barreira, por
isso, para acabar com o problema é necessário extrair o cisto por meio de cirurgia,
pois ele volta a encher depois da aspiração. 
Grande saída de leite. Os médicos chamam esse quadro de reflexo anormal de
ejeção do leite. Nesses casos, o bebê pode engasgar com o grande fluxo que sai da
mama. Para que isso não ocorra, a mãe pode fazer uma pequena ordenha antes da
mamada até que o fluxo de leite diminua.
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CASOS ESPECIAIS NO
ALEITAMENTO
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AMAMENTAÇÃO GEMELAR
Em casos assim, o organismo da mulher vai produzir a quantidade de leite necessária
para suprir as necessidades de todos os bebês. O que fica difícil em gravidez de
gêmeos é a atenção da mãe e o tempo que ela terá que disponibilizar para cuidar dos
bebês. Por isso, é importante que as mães de gêmeos recebam ajuda e orientações
sobre esses casos. 
Por mais trabalhoso que seja, é importante que a mãe amamente sempre que os
bebês quiserem. Dessa forma, o organismo vai entender que precisa produzir mais
leite e não faltará alimento para nenhum dos bebês. Se for necessário ordenhar, a
mãe deve fazer isso na mesma quantidade de mamadas dos bebês para que a
produção de leite não diminua. 
A preparação dos mamilos para amamentar deve ser evitada em caso de gravidez
gemelar para que não ocorra parto prematuro. Como dito, a estimulação dos mamilos
ativa o hormônio oxitocina. A indicação de amamentar na primeira hora também é
válida para filhos gêmeos. Se algum dos bebês não puder ser amamentado na
primeira hora, a mãe deve ordenhar leite o quanto antes e dar ao filho. 
Para amamentar gêmeos um de cada vez, pode-se alternar os seios em cada
mamada. Por exemplo, se o bebê “João” mamou na mama esquerda, na próxima
mamada, ele deverá começar pela mama direita. 
Outra forma de alternar as mamas é em um dia dar somente uma mama para um
bebê e no outro dia dar a outra mama para esse mesmo bebê.
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NOVA GESTAÇÃO
Se a nova gravidez não for de risco, é possível amamentar normalmente e manter a
gravidez. Ocorre que, com o tempo, o próprio bebê começa a recusar a mama, pois o
fluxo de leite diminui, ele começa a ficar mais salgado e, com o crescimento da
barriga, o colo da mãe fica desconfortável.
Em casos de gravidez de risco, a amamentação faz com que o hormônio oxitocina aja,
contraindo a musculatura do útero, o que pode ser fatal para o novo bebê. Se houver
a ameaça de parto prematuro, a amamentação deve ser interrompida, pois o recém-
nascido precisará de muitos nutrientes. 
Se depois do parto a mãe ainda quiser amamentar o filho mais velho, deve dar
preferência ao recém-nascido, pois é ele que necessita de mais nutrientes. 
Há mulheres que acreditam que a relação sexual pode interferir na qualidade do leite,
o que não é verdade. Não há riscos para o aleitamento materno mantendo as relações
sexuais. 
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BEBÊS COM MÁ FORMAÇÃO OROFACIAL
Alguns bebês nascem com alguma má formação que atinge a boca e/ou os lábios, a
mandíbula e o nariz. Esses casos podem atrapalhar a amamentação e devem ser
orientados por especialistas. Mas a amamentação não deve ser interrompida nesses
casos, pois essas crianças necessitam do leite materno para que seu organismo
funcione adequadamente e para que criem um vínculo afetivo com a mãe. Quando há
má formação na boca da criança, o aleitamento materno deve ser feito. Nesses casos,
ele pode diminuir as chances de infecções no ouvido ou na mucosa do nariz causadas
por refluxo do leite, o que é comum em crianças com essa má formação. 
A amamentação também vai auxiliar a criança a desenvolver a musculatura da boca
no ato de mamar. É importante que a mãe seja orientada na hora de amamentar o
bebê com má formação facial, pois muitas delas podem achar que não serão capazes
de cuidar de um bebê que precisa de atenção especial e acabar antecipando o
desmame. Há algumas fissuras ou má formação, como por exemplo, na mandíbula ou
no nariz, que vão dificultar mais a amamentação do que algumas fissuras menores
como nos lábios ou no céu da boca, que, quando pequenas, não atrapalham tanto a
amamentação. Em alguns casos, o bebê deverá receber o leite materno por meio de
sonda. 
Os bebês que possuem algum tipo de má formação facial que atrapalhe a
amamentação sugam o leite com menos força, têm dificuldades na pega e refluxo de
leite pelo nariz, podendo engasgar com mais facilidade e demorar mais tempo para
ganhar peso. Já para as mães desses bebês, se não for feita ordenha manual, corre-
se o risco de haver ingurgitamento das mamas. Para facilitar o aleitamento, as mães
podem fazer uma pequena ordenha antes de o bebê mamar para que a aréola fique
mais macia, além de tampar com o dedo a abertura no lábio do bebê, para que ele
consiga fazer a pega. Sugerem-se também compressas mornas para ajudar a descida
do leite, posicionar o mamilo do lado oposto ao da fissura e deixar a criança semi
sentada para evitar o refluxo pelo nariz. Com as devidas orientações a amamentação
de crianças com esses problemas pode durar o mesmo tempo que duraria a
amamentação de crianças com a formação normal.
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RELACTAÇÃO
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A relactação ou translactação é um procedimento indicado
para bebês que necessitam de alguma complementação
alimentar ou para mães que querem continuar, ou voltar, a
amamentar no peito. O objetivo da relactação é fazer com
que a mulher produza mais leite e para que o bebê continue
tendo todos os benefícios do aleitamento materno,
inclusive o do vínculo entre mãe e filho conseguidos nesse
momento único. O contato entre o bebê e o seio da mãe,
vai ativar os hormônios oxitocina e prolactina fazendo com
que a produção de leite aumente. Essa é uma solução para
as mães que não querem deixar de amamentar. 
Existem bebês que nascem com problemas de saúde, como
os cardíacos ou outros que os impedem de fazer grandes
esforços. Há aqueles que rejeitaram o peito, ou a mãe
acabou introduzindo a mamadeira fazendo com que os
bebês perdessem o interesse pelo aleitamento materno. 
 Há as mães que tomaram remédio para cessar a produção
de leite e gostariam de voltar atrás nessa decisão. Há mães
que adotaram bebês e gostariam de amamentá-los no
peito. 
Há bebês prematuros que precisam ganhar peso
rapidamente. Para esses casos, a relactação pode
funcionar muito bem. Quem indica esse procedimento é
sempre o médico, pois ele é quem vai avaliar se é
necessário entrar com esse recurso. Na relactação o bebê
vai continuar sugando pelo peito, entretanto haverá
nutrientes a mais do que os encontrados no leite materno.
Eles são oferecidos ao bebê por meio de uma sonda que
fica junto do mamilo.
O recipiente pode estar pendurado no pescoço, ou a mãe
pode segurá-lo, ou a sonda pode estar conectada a uma
mamadeira. Dentro do recipiente pode estar leite
ordenhado ou o complemento receitado pelo médico. 
 Para usar o método da relactação, é importante não dar
ao bebê nada além do que seu médico recomendar. Isso
poderia causar alguns danos à saúde do bebê. 
O médico recomendará uma sonda bem fina e a
extremidade mais larga deve estar acoplada ao copinho,
seringa, ou mamadeira. A parte mais fina é presa ao seio
por meio de um esparadrapo ou fita adesiva. 
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Mãe e filho devem estar calmos e em uma posição confortável. O recipiente do leite deve
ficar abaixo da boca do bebê para que a quantidade de leite que sairá pela sonda seja
adequada. Também é possível controlar a saída de leite apertando o cano da sonda. Se o
bebê não pegar o seio, a mãe poderá pingar algumas gotas de leite no mamilo e na boca do
bebê para despertar seu interesse. 
No período em que se estiver usando esse método, é importante não deixar o bebê mamar
na mamadeira nem dar outro líquido a ele, nem mesmo água. Isso poderia fazer todos os
esforços serem em vão. Como já foi dito, quanto mais o bebê suga, mais leite será
produzido, pois os seios serão estimulados a fazer isso. No caso de mães adotivas, se a
mulher já amamentou uma vez, o leite já pode alimentar o bebê em sete dias. 
Se a mãe nunca amamentou antes, será necessário um poucomais de tempo e a produção
de leite vai depender da estimulação dos seios. Nesse caso, a relactação estimula, e a
ordenha manual ou com bombas também pode ajudar. Os mamilos também podem ser
preparados para a amamentação com banhos de sol para estimular a produção de
melanina e massagens com bucha para engrossar a pele. 
Como os seios das mães adotivas não passaram pelas transformações que os seios passam
em uma gravidez, é possível que se machuquem com mais facilidade, entretanto, se houver
uma boa preparação, essas chances diminuem muito. 
É importante procurar seu médico e informar que pretende amamentar o filho adotivo no
seio. Se for o caso, ele pode receitar algum remédio que estimule a prolactina, hormônio
responsável pela produção do leite materno.
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FONTES REFERENCIAIS
BADINTER, E. Um amor conquistado: o mito do amor materno. 3ªed. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1985. 
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Banco de Leite
Humano:Funcionamento, Prevenção e Controle de Riscos. Brasília – DF. 2008. 
 BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução ANVISA RDC nº 171, de 4
de setembro de 2006. Disponível em 
BRASIL. Ministério da Saúde. Iniciativa Hospital Amigo da Criança. BRASIL. Ministério
da Saúde. Saúde da Criança: nutrição infantil. Aleitamento materno e alimentação
complementar. Brasília – DF. 2009. 
BRASIL. Ministério da Justiça. Estatuto da Criança e do Adolescente. Edição Especial
12 anos. Brasília – DF. 2002.
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