Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
APOSTILA 2 – PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Princípios Explícitos na CF 88: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...] LIMPE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, LIMPE O BRASIL L EGALIDADE I MPESSOALIDADE M ORALIDADE P UBLICIDADE E FICIÊNCIA PESSOAL É IMPORTANTE ESCLARECER QUE OS DEMAIS PRINCÍPIOS SE ENCONTRAM, TANTO NA LEI 9.784/99, QUANTO NAS DEMAIS NORMAS. AO LONGO DO NOSSO ESTUDO, EM TODO TEMPO IREMOS ENCONTRAR PRINCÍPIOS NAS MAIS DIVERSAS NORMAS DO SISTEMA JURÍDICO PÁTRIO. DESSA FORMA, A INTENÇÃO DESSA APOSTILA NÃO É ESGOTAR O ASSUNTO, MAS INCENTIVÁ-LOS A VÔOS MAIS ALTOS. LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999. Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1 o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. § 1 o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. § 2 o Para os fins desta Lei, consideram-se: I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta; II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. Art. 2 o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.784-1999?OpenDocument 1) Princípio da supremacia do interesse público - princípio fundamental do regime jurídico administrativo EM FUNÇÃO DO REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO O ESTADO TEM PRERROGATIVAS ADMINISTRATIVAS – EX. Alteração unilateral de um contrato EXEMPLOS DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO PREVALECENDO:: (a) nos atributos dos atos administrativos, como a presunção de veracidade, auto executoriedade e imperatividade; (PAI, PORQUE EXISTE DIREITO ADMINISTRATIVO?) (b) na existência das chamadas cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos, que permitem, por exemplo, a alteração ou rescisão unilateral do contrato; (c) no exercício do poder de polícia administrativa, que impõe condicionamentos e limitações ao exercício da atividade privada, buscando preservar o interesse geral; (d) nas diversas formas de intervenção do Estado na propriedade privada, como a desapropriação, etc. 2)Princípio da indisponibilidade do interesse público Impossibilidade da alienação de direitos relacionados aos interesses públicos reflete o princípio da indisponibilidade do interesse público, que possibilita apenas que a administração, em determinados casos, transfira aos particulares o exercício da atividade relativa a esses direitos. 3)Princípios da razoabilidade e da proporcionalidade A razoabilidade impõe que, ao atuar dentro da discrição administrativa, o agente público deve obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com o senso normal. A proporcionalidade, exige o equilíbrio entre os meios que a Administração utiliza e os fins que ela deseja alcançar Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade não invadem o mérito administrativo, pois analisam a legalidade e legitimidade. LEI 9.784/99: Artigo 2º, Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados; Art. 29. [....] § 2 o Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-se do modo menos oneroso para estes. AUTOTUTELA 4)Princípio da autotutela ATENÇÃO: Súmula 473 STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. A LEI 9.784/99 É POSTERIOR À SÚMULA: Lei 9.784/1999, art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. EFEITOS: LEGALIDADE - EX TUNC MÉRITO - EX NUNC ATENÇÃO AOS ESQUEMAS RELATIVO AO PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA - IMPORTANTÍSSIMO Lei 9.784/1999, art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou Oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. STF: Ao Estado é facultada a revogação de atos que repute ilegalmente praticados; porém, se de tais atos já decorreram efeitos concretos, seu desfazimento deve ser precedido de regular processo administrativo. (STF RE 594296/MG) Súmula 473 STF 5)Princípio da motivação: Lei 9.784/1999 Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: (..) VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. ATENÇÃO PARA: PRAZO DECADÊNCIA Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. JULGADO ACERCA DE DECADÊNCIA: ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. SERVIDORA PÚBLICA. ANULAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO DA INVESTIDURA NO CARGO PÚBLICO PELA ADMINISTRAÇÃO. SANATÓRIA. CONVALIDAÇÃO. Ação anulatória do ato administrativo que cassou a investidura da Autora aprovada em concurso público para Analista - Área Processual do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. O decurso de oito anos desde a nomeação e posse da Autora no cargo público até o ato administrativo de desconstituição do vínculo funcional impede a anulação da investidura da servidora por alegada fraude ao concurso público. Apesar de a Administração poder rever seus próprios atos especialmente quando viciados, somente cabe fazê- lo no prazo de cinco anos. Somente a comprovada má-fé da Autora seria obstáculo para reconhecer a sanatória, e a prova, toda produzida em sede administrativa, é insuficiente a caracterizar o comportamento ilícito da Autora. Recurso provido. A C Ó R D ÃO CONVALIDAÇÃO DOS ATOS: Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. Não existe limite temporal ao poder de revogar da administração pública. A administração poderá a qualquer tempo revogar, o ato inoportuno ou inconveniente 5)Princípio da continuidade dos serviços públicos: LEI Nº 8987/95 - Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências. Art. 6 o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei,nas normas pertinentes e no respectivo contrato. EXCEÇÃO À REGRA: ARTIGO 6º , º3º § 3 o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. 6)Princípio da SEGURANÇA JURÍDICA: DIMENSÃO OBJETIVA ▪ PROTEÇÃO QUE O ESTADO DEVE ESTABELECER AOS CIDADÃOS, PRINCIPALMENTE EM RELAÇÃO ÀS POLÍTICAS ESTATAIS. DIMENSÃO SUBJETIVA ▪ PROTEÇÃO DA CONFIANÇA DEPOSITADA NOS NEGÓCIOS JURÍDICOS. EX: CONTRATOS, QUE NÃO PODEM SER ALTERADOS DE MODO A AFETAR O PATRIMÔNIO JURÍDICO DE UMA DAS PARTES. ▪ RELACIONA-SE, DENTRE OUTROS À GARANTIA CONTIDA NO ARTIGO 5º, inciso XXXVI XXXVI- a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; BOM LEMBRAR AQUI DA ATUAÇÃO DO STF: (QUANDO FALEI DE MODULAÇÃO DOS EFEITOS DAS DECISÕES) Constituição federal: Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide Lei nº 11.417, de 2006). § 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art2 § 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art2
Compartilhar