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LETÍCIA MIERNITSKI T9 No plantão de uma Unidade de Pequeno Porte de uma cidade do interior do Estado, dá entrada uma vítima de ferimento por arma branca (faca) nos dois hemitórax, que apresenta sinal evidente de perfuração à exploração digital (detectado ar e sangue na cavidade, bilateralmente). O paciente chega vivo à unidade, com queda rápida da pressão arterial, taquipneia e cianose. Disponível na unidade apenas material para ressuscitação cardiopulmonar. Não existe na unidade kit específico para drenagem torácica sob selo d'água. O que sugere nesta situação? Qual seria sua opinião? Situação sugestiva de pneumotórax, existe ar no espaço pleural. Para reverter o caso, faz-se descompressão, seguida de curativo de 3 pontas, no qual apenas 3 de seus lados ficam fixados com esparadrapo, mas cobrindo todas as bordas da lesão. O principal objetivo é ter o efeito de uma válvula, quando o paciente inspirar vai ocorrer uma colabarão do curativo, impedindo a entrada de mais ar. Já quando o paciente expirar, o lado não fixado vai permitir o escape de ar. Se fechar todos os lados, acumulará ar no espaço pleural resultando em um pneumotórax hipertensivo. Referências: PORTH, C. M.; GROSSMAN, S. Fisiopatologia. 9a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. CARVALHO, M. V. Curativo de três pontos. Universidade Federal Fluminense. Disponível em: http://www.ph.uff.br/artigos/curativo3p.pdf. Acesso em: 13 abril de 2023 American College of Surgeons. Advanced Trauma Life Support. ATLS. The Committee on Trauma. 10a ed. Chicago, 2018
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