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SIMULADO1 Língua Portuguesa para Analista Judiciário (TJ BA) 2023

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Prévia do material em texto

Língua Portuguesa para Analista Judiciário (TJ BA) 2023 (
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2enFK )
Ordenação: Por Matéria
Português
Questão 201: FCC - AJ TRF3/TRF 3/Administrativa/2016
Assunto: Pronomes possessivos
O museu é considerado um instrumento de neutralização – e talvez o seja de fato. Os objetos que nele
se encontram reunidos trazem o testemunho de disputas sociais, de conflitos políticos e religiosos. Muitas
obras antigas celebram vitórias militares e conquistas: a maior parte presta homenagem às potências
dominantes, suas financiadoras. As obras modernas são, mais genericamente, animadas pelo espírito
crítico: elas protestam contra os fatos da realidade, os poderes, o estado das coisas. O museu reúne
todas essas manifestações de sentido oposto. Expõe tudo junto em nome de um valor que se presume
partilhado por elas: a qualidade artística. Suas diferenças funcionais, suas divergências políticas são
apagadas. A violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida. O museu parece assim
desempenhar um papel de pacificação social. A guerra das imagens extingue-se na pacificação dos
museus.
Todos os objetos reunidos ali têm como princípio o fato de terem sido retirados de seu contexto. Desde
então, dois pontos de vista concorrentes são possíveis. De acordo com o primeiro, o museu é por
excelência o lugar de advento da Arte enquanto tal, separada de seus pretextos, libertada de suas
sujeições. Para o segundo, e pela mesma razão, é um "depósito de despojos". Por um lado, o museu
facilita o acesso das obras a um status estético que as exalta. Por outro, as reduz a um destino
igualmente estético, mas, desta vez, concebido como um estado letárgico.
A colocação em museu foi descrita e denunciada frequentemente como uma desvitalização do simbólico,
e a musealização progressiva dos objetos de uso como outros tantos escândalos sucessivos. Ainda seria
preciso perguntar sobre a razão do "escândalo". Para que haja escândalo, é necessário que tenha havido
atentado ao sagrado. Diante de cada crítica escandalizada dirigida ao museu, seria interessante
desvendar que valor foi previamente sacralizado. A Religião? A Arte? A singularidade absoluta da obra? A
Revolta? A Vida autêntica? A integridade do Contexto original? Estranha inversão de perspectiva. Porque,
simultaneamente, a crítica mais comum contra o museu apresenta-o como sendo, ele próprio, um órgão
de sacralização. O museu, por retirar as obras de sua origem, é realmente "o lugar simbólico onde o
trabalho de abstração assume seu caráter mais violento e mais ultrajante". Porém, esse trabalho de
abstração e esse efeito de alienação operam em toda parte. É a ação do tempo, conjugada com nossa
ilusão da presença mantida e da arte conservada.
(Adaptado de: GALARD, Jean. Beleza Exorbitante. São Paulo, Fap.-Unifesp, 2012, p. 68-71)
 
... suas financiadoras
Suas diferenças funcionais...
... seu caráter mais violento...
Os pronomes dos trechos acima referem-se, respectivamente, a:
 a) vitórias militares − manifestações − museu
 b) vitórias militares − obras modernas − museu
 c) potências dominantes − obras modernas − trabalho de abstração
 d) potências dominantes − manifestações − trabalho de abstração
 e) potências dominantes − obras modernas − museu
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/358379
Questão 202: Instituto ACCESS - ALeg (CM Rio Acima)/CM Rio Acima/2022
Assunto: Pronomes indefinidos
Texto
 
Chimpanzés usam insetos para tratar feridas, mostra novo estudo
 
Os chimpanzés criam e usam ferramentas, como já sabemos. Mas é possível que eles também usem
medicamentos para tratar seus ferimentos? Um novo estudo sugere que sim.
 
Desde 2005, pesquisadores vêm estudando uma comunidade de aproximadamente 45 chimpanzés no
Parque Nacional Loango, no Gabão, na costa oeste da África. Em um período de 15 meses, de novembro
de 2019 a fevereiro de 2021, os pesquisadores notaram 76 feridas abertas em 22 chimpanzés. Em 19
casos eles viram um deles realizar o que parecia um autotratamento da ferida, usando um inseto como
remédio. Em alguns casos, um chimpanzé parecia tratar outro. Os cientistas publicaram suas
observações na revista Current Biology na segunda-feira (7).
 
O procedimento era semelhante em todas as ocasiões. Primeiro, os chimpanzés pegavam um inseto
voador; depois o imobilizavam, apertando-o entre os lábios. Aí colocavam o inseto sobre a ferida,
movendo-o em círculo com as pontas dos dedos. Finalmente, retiravam o inseto, usando a boca ou os
dedos. Com frequência eles colocavam o inseto na ferida e o retiravam diversas vezes.
 
Os pesquisadores não sabem que inseto os chimpanzés usavam, ou exatamente como ele pode ajudar a
curar um ferimento. Sabem que eram pequenos insetos voadores de cor escura. Não há evidência de
que os chimpanzés comam os insetos – eles com certeza os espremem entre os lábios e os aplicam
sobre os ferimentos.
 
Há outros relatos de automedicação em animais, incluindo cães e gatos que comem capim ou plantas,
provavelmente para fazê-los vomitar, e ursos e veados que consomem plantas medicinais,
aparentemente para se automedicar. Orangotangos foram vistos aplicando material para aliviar lesões
musculares. Mas os pesquisadores não sabem de relatos anteriores de mamíferos não humanos usarem
insetos para fins medicinais.
 
Em três casos, os pesquisadores viram os chimpanzés usarem a técnica em outro chimpanzé. Em um
deles, uma fêmea adulta chamada Carol cuidou de um ferimento na perna de um macho adulto,
Littlegrey. Ela pegou um inseto e o deu a Littlegrey, que o colocou entre os lábios e o aplicou na ferida.
Mais tarde, Carol e outro macho adulto foram vistos esfregando o inseto em torno da ferida de
Littlegrey. Outro macho adulto se aproximou, retirou o inseto da ferida, colocou-o entre seus lábios e
depois o reaplicou na perna de Littlegrey.
 
Um chimpanzé macho adulto chamado Freddy era um grande entusiasta da medicina com insetos,
tratando-se diversas vezes de ferimentos na cabeça, nos braços, região dorsal, o pulso esquerdo e o
pênis. Um dia, os pesquisadores o viram tratar-se duas vezes do mesmo ferimento no braço. Os
pesquisadores não sabem como Freddy se feriu, mas alguns casos provavelmente envolviam brigas com
outros machos.
 
Alguns animais cooperam com outros de maneiras semelhantes, segundo Simone Pika, diretora do
laboratório de cognição animal na Universidade de Osnabruck, na Alemanha, que é um dos autores do
estudo. “Mas não sabemos de qualquer outro caso em mamíferos”, disse ela. “Pode ser um
comportamento adquirido que só existe nesse grupo. Não sabemos se nossos chimpanzés são especiais
nesse sentido.”
 
Aaron Sandel, antropólogo na Universidade do Texas em Austin, achou o trabalho valioso, mas ao
mesmo tempo manifestou certas dúvidas. “Eles não oferecem uma explicação alternativa para o
comportamento, nem fazem conexão com que inseto poderia ser", disse. "O salto para uma potencial
função médica é um exagero, nesta altura.”
 
Mas, disse ele, “cuidar de seus próprios ferimentos ou de outros usando um instrumento, outro objeto, é
muito raro”. A documentação dos chimpanzés cuidando de outros é “uma importante contribuição para o
estudo do comportamento social dos macacos”, acrescentou Sandel. “E é interessante também
perguntar se há empatia envolvida nisso, como nos humanos.”
 
Em algumas formas de comportamento social de macacos, fica claro que há uma troca valiosa. Por
exemplo, pentear outro chimpanzé oferece alívio dos parasitas para o animal penteado, mas também um
lanche de insetos para o que penteia. Mas em casos que Pika observou, segundo disse, o chimpanzé
não recebe nada em troca. Para ela, isso mostra que os macacos estão envolvidos num ato que
aumenta “o bem-estar de outro ser” e nos ensina mais sobre os relacionamentos sociais dos primatas.
 
“Em cada observação em campo aprendemos mais sobre os chimpanzés”, disse ela. “Eles realmente nos
surpreendem.”
 
(Nicholas Bakalar. The New York Times. Traduçãode Luiz Roberto M. Gonçalves. Fevereiro de 2022.)
 
“Os pesquisadores não sabem que inseto os chimpanzés usavam, ou exatamente como ele pode ajudar a
curar um ferimento.” (4º parágrafo)
 
No período acima, o QUE se classifica como
 a) conjunção integrante.
 b) pronome relativo.
 c) preposição.
 d) pronome indefinido.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/2146769
Questão 203: Unifil - Ag (Pref Paranacity)/Pref Paranacity/Combates as Endemias/2022
Assunto: Pronomes indefinidos
Leia o texto para responder a questão.
 
Saudade do que não vivemos
 
Fomos enganados, acredite em mim.
 
Esses mal-intencionados donos das grandes redes sociais e de impérios tecnológicos nos convenceram
que nossas vidas seriam muito melhores se nós todos nos conectássemos.
 
Todos nós, amigos, parentes, até você e eu, querido leitor, conectados para sempre.
 
Nos convenceram de que deveríamos empacotar os nossos relacionamentos profissionais e pessoais,
nosso lazer, nossos planos, projetos e sonhos dentro de seus conglomerados.
 
Disseram que, pela primeira vez na história, o ser humano comum como você e eu, teríamos voz e
poderíamos expor nossas opiniões para o mundo inteiro ouvir.
 
E com isso, seríamos muito mais felizes.
 
Tá. Vai nessa.
 
Depois de uns dez ou quinze anos dessa mudança sociocultural, não me sinto muito mais feliz do que no
passado.
 
Primeiro porque, sempre que eu decido falar nas redes sociais, ninguém me escuta.
 
Depois, “estar conectado” com o mundo não tem se mostrado ser uma grande vantagem já que, a cada
dia que passa me convenço que o mundo precisa muito mais de mim, do meu tempo e do meu dinheiro,
do que eu dele.
 
Não está nada equilibrada essa brincadeira.
 
Antigamente, meu jovem, éramos desconectados, mas a vida era simples.
 
Você acordava pela manhã e ia trabalhar.
 
No Metrô, lia o jornal do dia, com as notícias de ontem.
 
Uma vez no escritório, encontrava o chefe em sua sala, os clientes na sala de reunião, os colegas de
trabalho no café.
 
Voltava para casa olhando a paisagem.
 
Beijava a mulher e os filhos, jantavam todos juntos e depois assistiam o jornal e a novela, que eram –
pasmem – de graça.
 
Hoje tudo mudou.
 
Acordo e, ainda na cama, repasso todas as notícias do dia, da noite, da véspera e o que vai acontecer
pelo mundo nas próximas horas. Nem tiro a cabeça do travesseiro e já levo, garganta abaixo, um direto
de direita de informações.
 
A caminho do trabalho, sem jornal para ler, eu poderia, quem sabe, conversar com o cidadão sentado ao
meu lado no ônibus.
 
Isso, claro, se ele levanta os olhos da tela, num jogo que aparentemente tem como objetivo organizar
guloseimas coloridas.
 
Ao chegar ao escritório, o chefe, os clientes e os colegas de trabalhos estão nos mesmos lugares que
estão sempre: no WhatsApp.
 
Curiosamente, nenhum deles parece utilizar o mesmo sistema de horas que eu.
 
Mensagens apitam num fluxo interminável, que não respeita qualquer pausa que eu tente dar ao meu
analógico cérebro.
 
No caminho de volta para casa, a paisagem é, de novo, as guloseimas na tela do sujeito ao lado.
 
Num momento de fraqueza, baixo o jogo e me junto ao exército de zumbis que ocupam a mesma
condução.
 
Em casa, mulher e filhos estão cada um no seu canto.
 
Um deles pergunta no grupo da família, se alguém pediu comida.
 
É bem provável que quando a pizza chegar, cada um coma no momento e local que melhor lhe convier.
 
Quem sabe, no próximo sábado, nos encontraremos na sala.
 
Cansado, ligo a TV para assistir a um filme.
 
A TV não é mais de graça.
 
Numa conta assim, por cima, descubro que com o que gasto em assinaturas de serviços de streaming,
poderia ter comprado um cinema pequeno no interior.
 
Não me levem a mal.
 
Nem imaginem que não admiro os avanços tecnológicos que vivemos hoje.
Mas tenho saudade, ora.
 
Saudade de um tempo em que você e eu não estávamos conectados.
 
Mas já que estamos, se tiver umas vidas aí do joguinho das guloseimas, por favor, me mande, ok?
 
Disponível em: https://istoe.com.br/saudade-do-que-nao-vivemos/
 
Observe as sentenças a seguir e assinale a alternativa que apresenta o pronome indefinido.
 
I. Alguém pediu comida.
 
II. Você acordava pela manhã e ia trabalhar.
 
III. Ninguém me escuta.
 
IV. Hoje tudo mudou.
 a) Apenas I.
 b) I e III.
 c) II e IV.
 d) Apenas III.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/2113909
Questão 204: Unifil - Adv (Paranacity)/Pref Paranacity/2022
Assunto: Pronomes indefinidos
Leia o texto para responder a questão.
 
O próximo presidente
 Geraldo, casado, dois filhos, aos 48 anos está desempregado.
Desemprego é dureza. Geraldo já passou pelas três fases as quais passam todos
os desempregados.
A primeira começa por acordar cedo, refazer o currículo
e enviar o arquivo para todos os amigos e sites.
Sofia, a mulher de Geraldo, do lar, não concorda com a
estratégia do marido.
— Amore, você precisa sair de casa. Precisa ir atrás.
Emprego não cai do céu.
Demorou, mas Geraldo concordou.
Passou para a segunda fase: bater perna.
Pegou tudo que foi endereço das firmas que conhecia e
foi à luta.
Na maioria das vezes, não passou pela recepcionista, que
ficava com seu currículo para enviar para o RH.
Não adiantou nada. Nenhum email. Nenhum WhatsApp.
Nenhum telefonema.
A terceira fase é quando o sujeito desiste e, descrente,
joga para o céu.
Geraldo, depois de oito meses sem dar sorte, passou por
essa fase também.
— Ah, Sofia, do jeito que vai esse País eu tô encrencado.
Ninguém vai dar emprego para mim, ainda mais nessa idade.
Sofia nem respondeu.
Na verdade, concordava com Geraldo.
O País estava desse jeito mesmo e ele, coitado, não era
mais um garoto.
Mesmo assim, até por falta de opção, Sofia tentava
motivar o marido:
— Amore, você nunca foi assim! Não pode desistir. Se não está arrumando nada, vamos ser
criativos. Vamos inventar
alguma coisa!
Mas Geraldo estava desanimado.
E ver as notícias o deixava ainda pior:
— Olha aí Sofia – falava vendo o Jornal Nacional – com
esses candidatos fico até com menos esperança. Não tem jeito
mesmo…
Foi assim por mais três meses. Desanimo total.
Um dia, Geraldo, que andava até acordando depois do
almoço de tanto desânimo, acordou às sete e meia.
Sofia, que já estava de pé arrumando o café da manhã
dos meninos, se surpreendeu quando viu o marido entrar na
cozinha com seu melhor terno.
— Que é isso amore? Tem entrevista de emprego hoje?
 — Não.
 — Então porque tá nessa estica?
 — Você não disse que eu tinha que ser criativo? Então…
 — Então o que, amore?
 — Decidi virar a mesa. Vou lançar minha candidatura
para presidente.
Os meninos vibraram.
Sofia nem respondeu.
Estava convencida que o marido tinha ficado maluco.
[...]
 
Disponível em https://istoe.com.br/o-proximo-presidente/
 
Assinale a alternativa que apresenta um pronome indefinido.
 a) “quando viu o marido entrar na cozinha com seu melhor terno.”
 b) “Não pode desistir.”
 c) “Nenhum email”
 d) “Geraldo, depois de oito meses sem dar sorte, passou por essa fase também.”
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/2112511
Questão 205: CETREDE - Ana Amb (Paraipaba)/Pref Paraipaba/2021
Assunto: Pronomes indefinidos
Roda Viva
 
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu.
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino pra lá.
 
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir.
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira pra lá.
 
A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou.
A gente toma a iniciativa
Viola na rua,a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola pra lá.
 
O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou.
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade pra lá
 
Roda mundo, roda-gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração.
 
Chico Buarque.
 
Com base no texto e em seus conhecimentos adquiridos responda a questão.
 
A locução “A gente” que aparece na 1ª. estrofe, morfologicamente, é
 a) substantivo concreto.
 b) pronome relativo.
 c) adjetivo restritivo.
 d) pronome indefinido.
 e) substantivo coletivo.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/2141721
Questão 206: ADVISE - Adv (Pref Coremas)/Pref Coremas/2021
Assunto: Pronomes indefinidos
A questão diz respeito ao texto abaixo. Leia-o atentamente antes de respondê-la.
 
(Texto)
 
Idoso comove ao fazer sinfonia para mulher em janela de hospital na Itália
 
Um italiano de 81 anos comoveu muita gente ao fazer uma serenata na janela do hospital onde sua
mulher está internada, em Castel San-Giovanni, na região de Emilia-Romagna. Juntos há 47 anos, eles
não podem se encontrar pessoalmente porque visitas estão proibidas. Um vídeo registrou Stefano
Bozzini tocando acordeão, sentado em um banquinho no meio da rua, enquanto Carla Sacchi ouve,
emocionada, suas músicas preferidas, acompanhada por mais duas pessoas (assista acima). Todos usam
máscaras de proteção. O hospital onde ela está internada não recebe pacientes com Covid-19, segundo
a agência italiana de noticias Ansa, mas proíbe visitas no momento devido à pandemia. Bozzini, que é
membro da reserva da infantaria montanhesa Alpina, usa ainda o chapéu que fazia parte de seu
uniforme, com uma longa pena.
 
(Fonte adaptada:https://g1.globo.com>Acesso em 11 de novembro de 2020)
 
“Todos usam máscaras de proteção.” Com base nas classes de palavras, assinale a alternativa que
representa CORRETAMENTE a palavra destacada.
 a) Pronome relativo.
 b) Pronome demonstrativo.
 c) Pronome indefinido.
 d) Adjetivo.
 e) Advérbio.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/2134823
Questão 207: EDUCA PB - ASG (Pref Várzea)/Pref Várzea/2019
Assunto: Pronomes interrogativos
Analise o texto abaixo:
Verbo Ser
Carlos Drummond de Andrade
Que vai ser quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um
nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a
gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom?
É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser
quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Não vou ser. Não quero ser vou
crescer assim mesmo. Sem ser. Esquecer.
Fonte:www.poemasdedrumond.com.br
 
As partículas que em destaque no texto, pertencem a que classe gramatical?
 a) Pronome relativo.
 b) Pronome adjetivo interrogativo.
 c) Pronome possessivo.
 d) Preposição.
 e) Pronome adjetivo exclamativo.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1106763
Questão 208: FUNDEP - Ass (IFNMG)/IFNMG/Administração/2014
Assunto: Pronomes interrogativos
Leia o texto para responder a questão.
 
 
Um Apólogo
 
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
 
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa
neste mundo?
 
— Deixe-me, senhora.
 
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que
sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
 
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o
meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
 
— Mas você é orgulhosa.
 
— Decerto que sou.
 
— Mas por quê?
 
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
 
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
 
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
 
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás
obedecendo ao que eu faço e mando...
 
— Também os batedores vão adiante do imperador.
 
— Você é imperador?
 
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o
caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
 
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em
casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira,
pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e
outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da
costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
 
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se
importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
 
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa,
como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava
resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais
que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia
seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
 
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha
espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama,
e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para
mofar da agulha, perguntou-lhe:
 
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da
elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da
costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
 
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência,
murmurou à pobre agulha:
 
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí
ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam,
fico.
 
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
 
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
 
 
ASSIS, Machado. Um apólogo.
Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/contos/macn005.pdf>
Acesso em 8 fev. 2014.
 
 
São pronomes interrogativos, EXCETO:
 a) Que lhe importa o meu ar?
 b) Você é que os cose?
 c) — Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile.
 d) Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas?
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1002245
Questão 209: IBFC - Per Crim (PC RJ)/PC RJ/Biologia/2013
Assunto: Pronomes interrogativos
Texto I
O silêncio é um grande tagarela
 
Acredite se quiser. O silêncio tem voz. O silêncio fala. O que é perfeitamente normal no universo
humano. Ou você pensa que só ou nosso falar, comunica? O silêncio também comunica. E muito. O
silêncio pode dizer muita coisa sobre um líder, uma organização, uma crise, uma relação.
 
Mesmo que a nudez seja uma ação estratégica, não adianta. Logo mais, alguém vai criar uma versão
sobre aquele silêncio. Interpretá-lo e formar umaopinião. As percepções serão múltiplas. As
interpretações vão correr soltas. As opiniões formarão novas opiniões e multiplicarão comentários. O
silêncio, coitado, que só queria se preservar acabou alimentando uma rede de conversas a seu respeito.
Porque não adianta fingir que ninguém viu, que passou despercebido. Não passou. Nada passa
despercebido - nem o silêncio.
 
A rádio corredor então, é imediata. Na roda do café, no almoço, no happy-hour. Todos os empregados
vão comentar o que perceberam com aquele silêncio oficial, com o que ficou sem uma resposta. Com o
que ficou no ar. Com a falta da comunicação interna.
 
E as redes sociais, com suas vastidões de blogs, chats, comunidades e demais canais vão falar, vão
comentar e construir uma imagem a respeito do silêncio. Porque o silêncio, que não se defende porque
não emite sua versão oficial - perde uma grande oportunidade de esclarecer, de dar volta por cima e
mudar percepções, influenciar. Porque se a palavra liberta, conecta, use; o silêncio perde, esconde,
confunde, sonega.
 
Afinal, não existem relações humanas sem comunicação. Sem conversa. São as pessoas que dão vida e
voz às empresas, aos governos e às organizações. Mesmo dois mudos se comunicam por sinais e gestos.
Portanto, o silêncio também fala. Mesmo que não queira dizer nada.
 
Por isso, é preciso conversar. Sabe o quê, quando, como falar. Sabe ouvir. Saber responder. Interagir. Este
é um mundo que clama por diálogo. Que demanda transparência. Assim como os mercados, os clientes e
os consumidores. Assim como os cidadãos e os eleitores, mais do que nunca! E o silêncio é uma voz
ruidosa. nunca foi bom conselheiro. Desde a briga de namorados. Até as suspeitas de escândalos
financeiros, fraudes, desastres ambientais, acidentes de trabalho.
 
O silêncio é um canto de sereia. Só parece uma boa solução, por que a voz do silêncio é um grito com
enorme poder de eco. E se você não gosta do que está ouvindo, preste atenção no que está emitindo.
Pois de qualquer maneira, sempre vai comunicar alguma coisa. Quer queira, quer não. De maneira
planejada, sendo previdente. Ou apagando incêndios, com enormes custos para a organização, o valor
da marca, a motivação dos empregados e o próprio futuro do negócio.
 
Enfim, o silêncio nem parece, mas é um grande tagarela.
 
(Luiz Antônio Gaulia) Disponível em http://www.aberje.com.br/acervo_colunas_veasp?
ID_COLUNA=96&ID_COLUNISTA=27 Acesso em 19/07/2013
 
Texto II
Para Ver as Meninas
 
Silêncio por favor
Enquanto esqueço um pouco
a dor no peito
Não diga nada
sobre meus defeitos
Eu não me lembro mais
Quem me deixou assim
Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
Para ver as meninas
E anda mais nos braços
Só este amor
Assim descontraído
Quem sabe de tudo não fale
Quem sabe nada se cale
Se for preciso eu repito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito
 
(Marisa Monte) Disponível em http://letras.mus.br/marisa-monte/47291/Acesso em 19/07/2013
 
No texto I, a frase “Ou você pensa que só o nosso falar, comunica?” apresenta o pronome você que não
faz referência a uma interlocutor específico. O mesmo procedimento é adotado, pelo vocábulo em
destaque, no seguinte verso do texto II:
 a) “Enquanto esqueço um pouco!”
 b) “ Eu não me lembro mais”
 c) “ quem me deixou assim”
 d) “ Quem não sabe nada se cale”
 e) “Ao meu jeito eu vou fazer”
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Questão 210: DIRENS Aeronáutica - CFS (EEAR)/EEAR/Controle de Tráfego Aéreo/2011
Assunto: Pronomes interrogativos
Em qual das alternativas abaixo o pronome em negrito é classificado como interrogativo?
 a) Eu tenho de gostar de quem não gosta de mim?
 b) É mentiroso quem quer suavizar a verdade?
 c) O desconto é só para quem tem carteirinha?
 d) De meu coração ilhado quem terá piedade?
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Questão 211: FCC - AJ TRT15/TRT 15/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/2018
Assunto: Pronomes demonstrativos
Sabedoria de Sêneca
Entre as tantas reflexões sábias que o filósofo estoico Sêneca nos deixou encontra-se esta: “Deve-se
misturar e alternar a solidão e a comunicação. Aquela nos incutirá o desejo do convívio social, esta, o
desejo de nós mesmos; e uma será o remédio da outra: a solidão curará nossa aversão à multidão, a
multidão, nosso tédio à solidão”. É uma proposta admirável de equilíbrio, válida tanto para o século I, na
pujança do Império Romano em que Sêneca viveu, como para o nosso, em que precisamos viver. É
próprio, aliás, dos grandes pensadores, formular verdades que não envelhecem.
Nesse seu preciso aconselhamento, Sêneca encontra a possibilidade de harmonização entre duas
necessidades opostas e aparentemente inconciliáveis. O decidido amor à solidão ou a necessidade
ingente de convívio com os outros excluem-se, a princípio, e marcariam personalidades radicalmente
distintas. Mas Sêneca sabe que ambas podem ser insatisfatórias em si mesmas: a natureza humana
comporta impulsos contraditórios. Por isso está no sistema filosófico dos estoicos a noção de equilíbrio
como princípio inescapável para o que consideram, como o melhor dos nossos destinos, a “tranquilidade
da alma”.
Esse equilíbrio supõe aceitarmos as tensões polarizadas de nossa natureza dividida e aproveitar de cada
polaridade o que ela tenha de melhor: a solidão nos impulsiona para o reconhecimento de nós mesmos,
para a nossa identidade íntima, para a diferença que nos identifica entre todos; a companhia nos faz
reconhecer a identidade do outro, movida pela mesma força que constitui a nossa. Sêneca, ao
reconhecer que somos unos em nós mesmos, lembra que essa mesma instância de unidade está em
todos nós, e tem um nome: humanidade.
(Altino Sampaio, inédito)
 
Tratando do estado de solidão ou da necessidade de convívio, Sêneca vê no estado de solidão uma
contrapartida da necessidade de convívio, assim como vê na necessidade de convívio uma abertura para
encontrar satisfação no estado de solidão.
Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos grifados, na ordem dada,
por:
 a) naquele − desta − nesta − naquele
 b) nisso − daquilo − naquela − deste
 c) este − do outro − na primeira − no último
 d) nisto − disso − naquela − desse
 e) na primeira − do segundo − numa − noutra
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Questão 212: FCC - AJ TRT9/TRT 9/Judiciária/"Sem Especialidade"/2022
Assunto: Pronomes relativos
O animal que se tornou um deus
 
Há 70 mil anos, o Homo sapiens ainda era um animal insignificante cuidando da sua própria vida em
algum canto da África.
 
Nos milênios seguintes, ele se transformou no senhor de todo o planeta e no terror do ecossistema.
Hoje, ele está prestes a se tornar um deus, pronto para adquirir não só a juventude eterna como
também as capacidades divinas de criação e destruição.
 
Infelizmente, até agora o regime dos sapiens sobre a Terra produziu poucas coisas das quais podemos
nos orgulhar. Nós dominamos o meio à nossa volta, aumentamos a produção de alimentos, construímos
cidades, fundamos impérios e criamos grandes redes de comércio. Mas diminuímos a quantidade de
sofrimento no mundo? Repetidas vezes, os aumentos gigantescos na capacidade humana não
necessariamente melhoraram o bem-estar dos sapiens como indivíduos e geralmente causaram enorme
sofrimento a outros animais.
 
Apesar das coisas impressionantes de que os humanos são capazes de fazer, nós continuamos sem
saber ao certo quais são nossos objetivos e, ao que parece, estamos insatisfeitos como sempre.
Avançamos de canoas e galés a navios a vapor e naves espaciais – mas ninguém sabe para onde
estamos indo. Somos mais poderosos do que nunca, mas temos pouca ideia do que fazer com todo esse
poder. O que é aindapior, os humanos parecem mais irresponsáveis do que nunca. Deuses por mérito
próprio, contando apenas com as leis da física para nos fazer companhia, estamos destruindo os outros
animais e o ecossistema à nossa volta, visando a não muito mais do que nosso próprio conforto e
divertimento, mas jamais encontrando satisfação.
 
Existe algo mais perigoso do que deuses insatisfeitos e irresponsáveis que não sabem o que querem?
 
(Adaptado de: HARARI, Yuval Noah. Sapiens – Uma breve história da humanidade.
Trad. Janaína Marcoantonio. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 427-428)
 
O regime dos sapiens produziu poucas coisas das quais podem se orgulhar.
 
A frase acima permanecerá gramaticalmente correta caso se substitua o segmento sublinhado por
 a) em cujas podem se exaltar
 b) porque têm de se envaidecer
 c) donde podem se gabar
 d) em cujo valor confiem
 e) pelas quais creditem algum mérito
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Questão 213: FCC - AJ TRT4/TRT 4/Judiciária/"Sem Especialidade"/2022
Assunto: Pronomes relativos
Para responder a questão, baseie-se no texto abaixo.
 
[Ritmos da civilização]
 
Se um camponês espanhol tivesse adormecido no ano 1.000 e despertado quinhentos anos depois, ao
som dos marinheiros de Colombo a bordo das caravelas Nina, Pinta e Santa Maria, o mundo lhe
pareceria bastante familiar. Esse viajante da Idade Média ainda teria se sentido em casa. Mas se um dos
marinheiros de Colombo tivesse caído em letargia similar e despertado ao toque de um iPhone do século
XXI, se encontraria num mundo estranho, para além de sua compreensão. “Estou no Céu?”, ele poderia
muito bem se perguntar, “Ou, talvez, no Inferno?”
 
Os últimos quinhentos anos testemunharam um crescimento fenomenal e sem precedentes no poderio
humano. Suponha que um navio de batalha moderno fosse transportado de volta à época de Colombo.
Em questão de segundos, poderia destruir as três caravelas e em seguida afundar as esquadras de cada
uma das grandes potências mundiais. Cinco navios de carga modernos poderiam levar a bordo o
carregamento das frotas mercantes do mundo inteiro. Um computador moderno poderia facilmente
armazenar cada palavra e número de todos os documentos de todas as bibliotecas medievais, com
espaço de sobra. Qualquer grande banco de hoje tem mais dinheiro do que todos os reinos do mundo
pré-moderno reunidos.
 
Durante a maior parte da sua história, os humanos não sabiam nada sobre 99,99% dos organismos do
planeta – em especial, os micro-organismos. Foi só em 1674 que um olho humano viu um micro-
organismo pela primeira vez, quando Anton van Leeuwenhock deu uma espiada através de seu
microscópio caseiro e ficou impressionado ao ver um mundo inteiro de criaturas minúsculas dando volta
em uma gota d’água. Hoje, projetamos bactérias para produzir medicamentos, fabricar biocombustível e
matar parasitas.
 
Mas o momento mais notável e definidor dos últimos 500 anos ocorreu às 5h29m45s da manhã de 16
de julho de 1945. Naquele segundo exato, cientistas norte-americanos detonaram a primeira bomba
atômica em Alamogordo, Novo México. Daquele ponto em diante, a humanidade teve a capacidade não
só de mudar o curso da história como também de colocar um fim nela. O processo histórico que levou a
Alamogordo e à Lua é conhecido como Revolução Científica. Ao longo dos últimos cinco séculos, os
humanos passaram a acreditar que poderiam aumentar suas capacidades se investissem em pesquisa
científica. O que ninguém poderia imaginar era em que aceleração frenética tudo se daria.
 
(Adaptado de: HARARI, Yuval Noah. Uma breve história da humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio. Porto Alegre:
L&PM, 2018, p. 257-259, passim)
 
Está inteiramente adequado o emprego do elemento sublinhado na frase:
 a) Seria enorme o espanto ao qual um camponês do ano 1.000 se sentiria invadido caso viesse a cair
na era da Revolução Científica.
 b) Tomou proporções gigantescas o crescimento econômico porque foi marcado o período dos
últimos quinhentos anos.
 c) É altíssima a capacidade de armazenamento de dados aonde se capacitam os computadores das
grandes corporações.
 d) Um microscópio doméstico, de cuja capacidade riríamos hoje, foi fundamental para a revelação
visual dos micro-organismos.
 e) A energia atômica, que seu uso pode se dar em várias direções, marcou o início de uma nova era
na história da Humanidade.
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Questão 214: FCC - Prof B (SEDU ES)/SEDU ES/Ensino Fundamental e Médio/Língua
Portuguesa/2022
Assunto: Pronomes relativos
Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.
O colégio de Tia Gracinha
 
Tia Gracinha, cujo nome ficou no grupo escolar Graça Guardia, de Cachoeiro do Itapemirim, era irmã de
minha avó paterna, mas tão mais moça que a tratava de mãe. Tenho do colégio de Tia Gracinha uma
recordação em que não sei o que é lembrança mesmo e lembrança de conversa que ouvi menino.
 
Lembro-me, sobretudo, do pomar e do jardim do colégio, e imagino ver moças de roupas antigas,
cuidando das plantas. O colégio era um internato de moças. Elas não aprendiam datilografia nem
taquigrafia, pois o tempo era de pouca máquina e nenhuma pressa. Moças não trabalhavam fora. As
famílias de Cachoeiro e de muitas outras cidades do Espírito Santo mandavam suas adolescentes para
ali; muitas eram filhas de fazendeiros. Recebiam instrução geral, uma espécie de curso primário
reforçado, o mais eram prendas domésticas. Trabalhos caseiros e graças especiais: bordados,
jardinagem, francês, piano...
 
A carreira de toda moça era casar, e no colégio de Tia Gracinha elas aprendiam boas maneiras. Levavam
depois, para as casas de seus pais e seus maridos, uma porção de noções úteis de higiene e de
trabalhos domésticos, e muitas finuras que lhes davam certa superioridade sobre os homens de seu
tempo. Pequenas etiquetas que elas iam impondo suavemente, e transmitiam às filhas.
 
Tudo isto será risível aos olhos das moças de hoje; mas a verdade é que o colégio de Tia Gracinha dava
às moças de então a educação de que elas precisavam para viver sua vida. Não apenas o essencial, mas
muito mais do que, sendo supérfluo e superior ao ambiente, era por isto mesmo, de certo modo,
funcional – pois a função do colégio era uma certa elevação espiritual do meio a que servia. Tia Gracinha
era o que bem se podia chamar uma educadora.
 
(Abril, 1979)
 
(Adaptado de: BRAGA, Rubem. Recado de primavera. Rio de Janeiro: Record, 1984, p. 52-53)
 
Está adequado o emprego do elemento sublinhado na frase:
 a) O estabelecimento de ensino era conhecido como colégio da Tia Gracinha, nome próprio do qual
se recorreu para depois batizar um grupo escolar.
 b) Os valores a que tinham acesso as alunas daquele colégio eram tradicionais, de acordo com as
expectativas daquela época.
 c) As esperanças de cujas se nutriam aquelas alunas repousavam sobretudo num bom casamento e
numa vida doméstica bem administrada.
 d) A desenvoltura em práticas de atenta higiene era uma das qualidades de que as moças deviam se
aplicar naquele colégio.
 e) Um paralelo entre a educação de hoje e a daquele internato de moças soará risível, pois a
liberdade é hoje uma condição à qual ninguém abre mão.
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Questão 215: FCC - AJ TRT14/TRT 14/Administrativa/2022
Assunto: Pronomes relativos
Leia o texto para responder à questão.
 
Um novo estudo estima que a área de manguezais no entorno da foz do rio Amazonas é pelo menos 180
km2 maior do que se conhece. De acordo com artigo publicado na revista científica Current Biology, a
extensão total desse tipo de vegetação de transição entre o ambiente terrestre e o marinho chega a
1.713 km2 na grande desembocadura do curso de água. As plantas presentes na região apresentam
uma particularidade: são uma mistura de espécies adaptadas a ambientes de água doce,como várzeas,
com as de manguezais típicos, onde a salinidade é alta.
 
No solo enlameado do chamado delta do Amazonas, um tipo de foz formado por vários canais e
pequenas ilhas, foram encontradas florestas com espécies herbáceas como as aningas, acompanhadas
de árvores típicas de várzeas que parecem fora do hábitat padrão, como alguns tipos de palmeiras,
inclusive pés de açaí e de buriti. Normalmente, os manguezais são dominados por árvores adaptadas a
ambientes de água salgada ou salobra. “Mas o Amazonas despeja tanta água doce no Atlântico que a
salinidade é próxima a zero em seu delta e por dezenas de quilômetros ao longo da costa na direção
norte”, afirma o oceanógrafo Angelo Bernardino.
 
(Adaptado de: ELER, Guilherme. Revista Pesquisa FAPESP. Ed. 321, nov. 22)
 
As plantas presentes na região apresentam uma particularidade: são uma mistura de espécies adaptadas
a ambientes de água doce, como várzeas, com as de manguezais típicos, onde a salinidade é alta. (1º
parágrafo)
 
O elemento sublinhado acima pode ser corretamente substituído por:
 a) as quais
 b) nas quais
 c) o qual
 d) do qual
 e) nos quais
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Questão 216: FCC - Ana JD (DPE AM)/DPE AM/Ciências Jurídicas/2022
Assunto: Pronomes relativos
Considere o texto abaixo, do pensador francês Voltaire (1694-1778), para responder à questão.
 
O preço da justiça
 
Vós, que trabalhais na reforma das leis, pensai, assim como grande jurisconsulto Beccaria, se é racional
que, para ensinar os homens a detestar o homicídio, os magistrados sejam homicidas e matem um
homem em grande aparato.
 
Vede se é necessário matá-lo quando é possível puni-lo de outra maneira, e se cabe empregar um de
vossos compatriotas para massacrar habilmente outro compatriota. [...] Em qualquer circunstância,
condenai o criminoso a viver para ser útil: que ele trabalhe continuamente para seu país, porque ele
prejudicou o seu país. É preciso reparar o prejuízo; a morte não repara nada.
 
Talvez alguém vos diga: “O senhor Beccaria está enganado: a preferência que ele dá a trabalhos
penosos e úteis, que durem toda a vida, baseia-se apenas na opinião de que essa longa e ignominiosa
pena é mais terrível que a morte, pois esta só é sentida por um momento”.
 
Não se trata de discutir qual é a punição mais suave, porém a mais útil. O grande objetivo, como já
dissemos em outra passagem, é servir o público; e, sem dúvida, um homem votado todos os dias de sua
vida a preservar uma região da inundação por meio de diques, ou a abrir canais que facilitem o
comércio, ou a drenar pântanos infestados, presta mais serviços ao Estado que um esqueleto a pendular
de uma forca numa corrente de ferro, ou desfeito em pedaços sobre uma roda de carroça.
 
(VOLTAIRE. O preço da justiça. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 18-20)
 
Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:
 a) A racionalidade de que devemos nos basear evita decisões incompreensíveis, como legitimar uma
sentença de morte aonde a reparação é nula.
 b) Uma punição de cuja utilidade se estenda à sociedade é preferível do que aquela que nenhuma
reparação traz em sua aplicação.
 c) Ao contrário de uma sentença na qual decorrem benefícios sociais, a condenação à morte não lhes
propicia a ninguém.
 d) A legislação à quem cabe estipular as punições deve atentar nas consequências finais da aplicação
das sanções.
 e) Não faltam exemplos com os quais Voltaire lembra certas medidas punitivas cujos efeitos
propiciam algo de bom para a sociedade.
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Questão 217: FCC - AJ (TJ CE)/TJ CE/Ciência da Computação/Infraestrutura de TI/2022
Assunto: Pronomes relativos
Para responder à questão, leia o início do conto “Missa do Galo”, de Machado de Assis.
 
Nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete,
ela, trinta. Era noite de Natal. Havendo ajustado com um vizinho irmos à missa do galo, preferi não
dormir; combinei que eu iria acordá-lo à meia-noite.
 
A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Meneses, que fora casado, em primeiras núpcias,
com uma de minhas primas. A segunda mulher, Conceição, e a mãe desta acolheram-me bem quando
vim de Mangaratiba para o Rio de Janeiro, meses antes, a estudar preparatórios. Vivia tranquilo, naquela
casa assobradada da Rua do Senado, com os meus livros, poucas relações, alguns passeios. A família
era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra e duas escravas. Costumes velhos. Às dez horas da noite
toda a gente estava nos quartos; às dez e meia a casa dormia. Nunca tinha ido ao teatro, e mais de
uma vez, ouvindo dizer ao Meneses que ia ao teatro, pedi-lhe que me levasse consigo. Nessas ocasiões,
a sogra fazia uma careta, e as escravas riam à socapa; ele não respondia, vestia-se, saía e só tornava na
manhã seguinte. Mais tarde é que eu soube que o teatro era um eufemismo em ação. Meneses trazia
amores com uma senhora, separada do marido, e dormia fora de casa uma vez por semana. Conceição
padecera, a princípio, com a existência da comborça*; mas afinal, resignara-se, acostumara-se, e
acabou achando que era muito direito.
 
Boa Conceição! Chamavam-lhe “a santa”, e fazia jus ao título, tão facilmente suportava os
esquecimentos do marido. Em verdade, era um temperamento moderado, sem extremos, nem grandes
lágrimas, nem grandes risos. Tudo nela era atenuado e passivo. O próprio rosto era mediano, nem
bonito nem feio. Era o que chamamos uma pessoa simpática. Não dizia mal de ninguém, perdoava tudo.
Não sabia odiar; pode ser até que não soubesse amar.
 
Naquela noite de Natal foi o escrivão ao teatro. Era pelos anos de 1861 ou 1862. Eu já devia estar em
Mangaratiba, em férias; mas fiquei até o Natal para ver “a missa do galo na Corte”. A família recolheu-se
à hora do costume; eu meti-me na sala da frente, vestido e pronto. Dali passaria ao corredor da entrada
e sairia sem acordar ninguém. Tinha três chaves a porta; uma estava com o escrivão, eu levaria outra, a
terceira ficava em casa.
 
− Mas, Sr. Nogueira, que fará você todo esse tempo? perguntou-me a mãe de Conceição.
 
− Leio, D. Inácia.
 
Tinha comigo um romance, os Três Mosqueteiros, velha tradução creio do Jornal do Comércio. Sentei-
me à mesa que havia no centro da sala, e à luz de um candeeiro de querosene, enquanto a casa
dormia, trepei ainda uma vez ao cavalo magro de D'Artagnan e fui-me às aventuras. Os minutos
voavam, ao contrário do que costumam fazer, quando são de espera; ouvi bater onze horas, mas quase
sem dar por elas, um acaso. Entretanto, um pequeno rumor que ouvi dentro veio acordar-me da leitura.
 
(Adaptado de: Machado de Assis. Contos: uma antologia. São Paulo: Companhia das Letras, 1988)
 
*comborça: qualificação humilhante da amante de homem casado
 
A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Meneses, que fora casado, em primeiras
núpcias, com uma de minhas primas. (2o parágrafo)
 
Os pronomes relativos sublinhados referem-se, respectivamente, a
 a) “escrivão Meneses” e “uma de minhas primas”.
 b) “eu” e “uma de minhas primas”.
 c) “A casa” e “escrivão Meneses”.
 d) “eu” e “escrivão Meneses”.
 e) “A casa” e “uma de minhas primas”.
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Questão 218: FCC - PJ (MPE MT)/MPE MT/2019
Assunto: Pronomes relativos
Linguagens
Há muitas linguagens em nossa linguagem. Disse isso a um amigo, a propósito da diversidade de níveis
de comunicação, e ele logo redarguiu:
− Mas certamente você concordará em que haverá linguagens boas e linguagens ruins, melhores e
piores.
− Não é tão simples assim, respondi. Essa, como se sabe, é uma discussão acesa, um pomo da
discórdia, que envolve argumentos linguísticos, sociológicos e políticos. A própria noção de erro ou acerto
está mais do que relativizada. Tanto possodizer “e aí, mano, tudo nos conformes?” como posso dizer
“olá, como está o senhor?”: tudo depende dos sujeitos e dos contextos envolvidos.
As linguagens de uma notícia de jornal, de uma bula de remédio, de um discurso de formatura, de uma
discussão no trânsito, de um poema e de um romance diferenciam-se enormemente, cada uma envolvida
com uma determinada função. Considerar a pluralidade de discursos e tudo o que se determina e se
envolve nessa pluralidade é uma das obrigações a que todos deveríamos atender, sobretudo os que
defendem a liberdade de expressão e de pensamento.
(Norton Camargo Pais, inédito)
 
Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:
 a) Os chamados vícios de linguagem, aos quais recai a condenação dos gramáticos, são por vezes
expressões aonde não falta alguma virtude.
 b) As linguagens de que se servem os usuários de uma língua encerram valores de uso aos quais
ninguém pode se furtar.
 c) As restrições ao uso informal a cujas tantos abraçam não têm justificativas de que mereçam uma
atenção mais séria.
 d) A linguagem dos surfistas, da qual os preconceituosos investem, atendem vivências às quais eles
desfrutam.
 e) O tratamento de “mano”, em que o texto faz referência, é típico à bem determinadas parcelas da
população.
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Questão 219: FCC - Estag (SABESP)/SABESP/Ensino Superior/2019
Assunto: Pronomes relativos
A World Wide Web, ou www, completou três décadas de existência. Sua invenção mudou a cara da
internet. A ideia foi do físico britânico Tim Berners-Lee, quando tinha 33 anos. Naquela época, a internet
já operava havia duas décadas, mas de forma bem diferente. Com recursos restritos, era usada
principalmente para troca de informações entre pesquisadores da área acadêmica.
“A www transformou-se em um componente fundamental da internet moderna”, afirma Fabio Kon,
professor do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo. “A rede trouxe muitas
coisas boas e já não conseguimos mais viver sem as comodidades que ela proporciona. Mas, por outro
lado, ela amplifica alguns fenômenos negativos e indesejados que já existiam na sociedade.”
Nas comemorações dos 30 anos da web, Berners-Lee expressou preocupação com o rumo que vem
tomando a internet. Em carta aberta, listou três áreas que, para ele, prejudicam a web: intenções
maliciosas; projetos duvidosos, entre eles modelos de negócios que recompensam cliques; e
consequências negativas não intencionais da rede, com destaque para discussões agressivas e
polarizadas.
“Precisamos de um novo contrato para a web”, declarou Berners-Lee em uma conferência sobre
tecnologia da internet. “Algumas questões de regulamentação têm que envolver governos. Outras
claramente incluem as empresas. Se você for provedor de acesso, precisa se comprometer a entregar
neutralidade de rede. Se for uma companhia de rede social, precisa garantir que as pessoas tenham
controle sobre seus dados.”
“Desde sua origem, a internet se propôs a ser plural e de acesso amplo”, ressalta a advogada Cíntia Rosa
Pereira de Lima, líder do grupo de pesquisa Observatório do Marco Civil da Internet no Brasil.
A pesquisadora assinala também alguns problemas decorrentes das mudanças geradas pela internet.
“Percebo que, com a proliferação das redes sociais, as pessoas passaram a se preocupar mais com a
quantidade de relacionamentos, desconsiderando a qualidade deles”.
Um dos pioneiros da internet no país, o engenheiro Demi Getschko admite que a rede enfrenta
problemas, mas defende que o que vemos nela, conforme já expresso pelo matemático Vint Cerf, um de
seus fundadores, é a representação daquilo que existe no mundo real. “A maioria das pessoas envolvidas
com ela é bem-intencionada, mas existe uma ânsia de participar, de falar sem pensar, que com o tempo,
esperamos, vai assentar. Tenho dúvidas sobre a eficiência de normatizações para corrigir os excessos na
rede. Como ela não tem fronteiras, qualquer legislação local tende a falhar.”
(Adaptado de: VASCONCELOS, Yuri. Disponível em: revistapesquisa.fapesp.br)
 
 
Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:
 a) A rede de dados provocou transformações profundas na maneira à qual negócios se realizam.
 b) Na internet, os dados pessoais tornaram-se informações valiosas nos quais empresas de marketing
recorrem.
 c) Para fazer com que a internet seja um ambiente competitivo, é preciso adotar medidas de
segurança dos dados.
 d) Um conjunto de tecnologias cuja a internet e a “www” fazem parte proporcionam o encontro do
mundo físico com o digital.
 e) A neutralidade da rede é o princípio porque uma operadora não pode cobrar por serviços
específicos na internet.
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Questão 220: FCC - AJ (TJ MA)/TJ MA/Analista de Sistemas/Desenvolvimento/2019
Assunto: Pronomes relativos
[Os nomes e os lugares]
É sempre perigoso usar termos geográficos no discurso histórico. É preciso ter muita cautela, pois a
cartografia dá um ar de espúria objetividade a termos que, com frequência, talvez geralmente,
pertencem à política, ao reino dos programas, mais que à realidade. Historiadores e diplomatas sabem
com que frequência a ideologia e a política se fazem passar por fatos. Rios, representados nos mapas por
linhas claras, são transformados não apenas em fronteiras entre países, mas fronteiras “naturais”.
Demarcações linguísticas justificam fronteiras estatais.
A própria escolha dos nomes nos mapas costuma criar para os cartógrafos a necessidade de tomar
decisões políticas. Como devem chamar lugares ou características geográficas que já têm vários nomes,
ou aqueles cujos nomes foram mudados oficialmente? Se for oferecida uma lista alternativa, que nomes
são indicados como principais? Se os nomes mudaram, por quanto tempo devem os nomes antigos ser
lembrados?
(HOBSBAWM, Eric. Tempos fraturados. Trad. Berilo Vargas. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 109)
 
É inteiramente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:
 a) O acesso a que se tem aos elementos de um mapa leva-nos a estranhar os nomes que os
atribuem os cartógrafos.
 b) A cautela de que se reveste um historiador, diante das denominações de um mapa, justifica-se
pelos critérios políticos que as influenciaram.
 c) A estranheza de cuja somos possuídos quando comparamos as denominações de um mapa está na
multiplicidade de critérios que à elas se impõem.
 d) Há nos mapas limites geográficos dados enquanto naturais, quando de fato o que lhes determina
é uma posição política.
 e) É nos tempos remotos em cujos se estabeleceram as denominações de um mapa que se pode
encontrar uma justificativa para os mesmos.
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Questão 221: FCC - TRE (SEFAZ MA)/SEFAZ MA/Tecnologia da Informação/2016
Assunto: Pronomes relativos
Não raro, o homem moderno considera construções antigas como bens ultrapassados, ...I... deveriam
ceder lugar a edificações mais arrojadas.
 
Preenche corretamente a lacuna I da frase o que se encontra em:
 a) dos quais
 b) nos quais
 c) onde
 d) os quais
 e) aonde
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Questão 222: FCC - AJ TRT23/TRT 23/Judiciária/"Sem Especialidade"/2016
Assunto: Pronomes relativos
Atenção: Para responder à questão, leia o texto abaixo.
 
Nasci na Rua Faro, a poucos metros do Bar Joia, e, muito antes de ir morar no Leblon, o Jardim Botânico
foi meu quintal. Era ali, por suas aleias de areia cor de creme, que eu caminhava todas as manhãs de
mãos dadas com minha avó. Entrávamos pelo portão principal e seguíamos primeiro pela aleia
imponente que vai dar no chafariz. Depois, íamos passear à beira do lago, ver as vitórias-régias, subir as
escadarias de pedra, observar o relógio de sol. Mas íamos, sobretudo, catar mulungu.
 
Mulungué uma semente vermelha com a pontinha preta, bem pequena, menor do que um grão de
ervilha. Tem a casca lisa, encerada, e em contraste com a pontinha preta seu vermelho é um vermelho
vivo, tão vivo que parece quase estranho à natureza. É bonita. Era um verdadeiro prêmio conseguir
encontrar um mulungu em meio à vegetação, descobrir de repente a casca vermelha e viva cintilando
por entre as lâminas de grama ou no seio úmido de uma bromélia. Lembro bem com que alegria eu me
abaixava e estendia a mão para tocar o pequeno grão, que por causa da ponta preta tinha uma
aparência que a mim lembrava vagamente um olho.
 
Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre prestava atenção nos
detalhes das coisas. Acho que já nessa época eu olhava em torno com olhos mínimos. Mas a grandeza
das manhãs se media pela quantidade de mulungus que me restava na palma da mão na hora de ir para
casa. Conseguia às vezes juntar um punhado, outras vezes apenas dois ou três. E é curioso que nunca
tenha sabido ao certo de onde eles vinham, de que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes
vermelhas. Apenas sabíamos que surgiam no chão ou por entre as folhas e sempre numa determinada
região do Jardim Botânico.
 
Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de mulungu. Um dia, procurei no dicionário e
descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que também é conhecido pelo nome de flor-de-coral.
''Árvore regular, ornamental, da família das leguminosas, originária da Amazônia e de Mato Grosso, de
flores vermelhas, dispostas em racimos multifloros, sendo as sementes do fruto do tamanho de um feijão
(mentira!), e vermelhas com mácula preta (isto, sim)'', dizia.
 
Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me lembro de jamais ter visto uma dessas
sementes lá em casa. De algum modo, depois de catadas elas desapareciam e hoje me pergunto se não
era minha avó que as guardava e tornava a despejá-las nas folhagens todas as manhãs, sempre que não
estávamos olhando, só para que tivéssemos o prazer de encontrá- las. O fato é que não me sobrou
nenhuma e elas ganharam, talvez por isso, uma aura de magia, uma natureza impalpável. Dos
mulungus, só me ficou a memória − essa memória mínima.
 
(Adaptado de: SEIXAS, Heloísa. Semente da Memória. Disponível em: http://heloisaseixas.com.br)
 
No segmento de que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas (3 o parágrafo), o termo
sublinhado pode ser substituído corretamente por:
 a) de cuja
 b) dos quais
 c) de qual
 d) de quanta
 e) de cujos
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Questão 223: FCC - Med Fisc (CREMESP)/CREMESP/2016
Assunto: Pronomes relativos
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
 
O código de ética médica
 
Sabe-se, segundo informa o site da entidade, que “o último trabalho de revisão do Código de Ética da
Associação Médica Americana aconteceu em 2007 sobre um documento que vigorava há quase 20 anos”.
Sabe-se ainda que, “após quase dois anos de estudos preparatórios, com comissões estaduais e
nacionais multidisciplinares, consulta pública pela internet e cerca de três mil propostas de modificação,
quase quatro centenas de médicos, delegados de toda a Federação, revisaram e atualizaram o Código”.
 
São, de fato, assuntos importantes – e por vezes melindrosos – os revistos pela Federação. Entre eles, o
da terminalidade da vida será talvez o mais polêmico, por envolver operações como a eutanásia, ou
morte assistida, consideradas atos humanitários, por uns, e, por outros, intervenções inaceitáveis da
medicina. Tem-se a impressão de que, com o tempo, a posição mais objetiva e piedosa poderá
prevalecer. A medicina não existe para prolongar a dor do paciente terminal.
 
(https:/academiamedica.com.br/revisao-do-codigo-de-etica-medica-mudancas-em-favor-da-
medicina-e-da-sociedade)
 
Está correto o emprego do elemento sublinhado na seguinte frase:
 a) Entre os assuntos revistos a que se deve dar importância está o da terminalidade da vida.
 b) As operações a que se atribuem um caráter polêmico dizem respeito à terminalidade da vida.
 c) A terminalidade da vida, tema de cujos aspectos derivam tanta polêmica, foi considerada na
revisão do Código.
 d) Quanto à terminalidade da vida, onde a polêmica se acrescenta muita paixão, ainda há muito o
que debater.
 e) Qualquer das posições da polêmica a que se queiram defender levantará uma série de objeções.
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Questão 224: FCC - ACE (TCE-CE)/TCE CE/Controle Externo/Auditoria
Governamental/2015
Assunto: Pronomes relativos
Atenção: A questão refere-se ao texto que segue.
Eduardo Coutinho, artista generoso
Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo Coutinho, mestre dos
documentários, morto em 2014, está em sua recusa aos paradigmas que atropelam nossa visão de
mundo. Em vez de contemplar a distância grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por
pessoa, surpreendendo- a, surpreendendo-se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada expressões
coletivistas como “os moradores do Edifício”, os “peões de fábrica”, “os sertanejos nordestinos”: os
famigerados “tipos sociais”, usualmente enquadrados por chavões, dão lugar ao desafio de tomar o
depoimento vivo de quem ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operário que está
falando, de repercutir as palavras e os silêncios do morador de um povoado da Paraíba.
Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro deveria ser o primeiro
passo de toda política. Nem paternalismo, nem admiração prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e
ouve, sabendo ver e ouvir, para conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado,
não para ajustar ou comprovar conceitos. Sua obsessão pela cena da vida é similar à que tem pela arte,
o que torna quase impossível, para ele, distinguir uma da outra, opor personagem a pessoa, contrapor
fato a perspectiva do fato. Fazendo dessa obsessão um eixo de sua trajetória, Coutinho viveu como um
homem/artista crítico para quem já existe arte encarnada no corpo e suspensa no espírito do outro: fixa
a câmera, abre os olhos e os ouvidos, apresenta-se, mostra-se, mostra-o, mostra-nos.
(Armindo Post, inédito)
 
Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na seguinte frase:
 a) A perspectiva ética aonde Coutinho manifesta todo o respeito pela pessoa que retrata é uma das
características nas quais seus filmes se distinguem.
 b) O paternalismo e o sentimentalismo, posições das quais muitos se agarram para tratar o outro,
não são atitudes por onde Coutinho tenha mostrado qualquer inclinação.
 c) As expressões coletivistas, com cujas Coutinho jamais se entusiasmou, são chavões em que se
deixam impressionar as pessoas de julgamento mais apressado.
 d) As pessoas por quem Coutinho se interessasse eram retratadas de modo a ter destacados os
atributos pelos quais ele se deixara atrair.
 e) Os paradigmas já mecanizados, nos quais muitos se deixam nortear, não mereciam de Coutinho
nenhum crédito, pois só lhe importava a singularidade de cuja as pessoas são portadoras.
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Questão 225: FCC - Ana Min (MPE CE)/MPE CE/Direito/2013
Assunto: Pronomes relativos
A questão abaixo referem-se ao texto seguinte. 
 
Visões totalizantes 
 
Volta e meia algum pensador propõe uma teoria em que o sentido completo da história humana se daria
a conhecer. Entre esses pensadores ambiciosos, Auguste Comte (1798-1875) propôs sua famosa teoria
dos três estados, segundo a qual se teria passado, num primeiro momento, pelo estado religioso, no qual
predominam explicações de caráter transcendente, apoiado na ideia da existência de deuses e
culminando na concepção de um deus único. No segundo estado, denominado filosófico, as explicações
para os fenômenos apoiam-se numaconcepção abrangente e metafísica de Natureza. Por fim, o terceiro
estado, chamado por ele de científico ou positivo, fundamenta-se em observações e experimentações
científicas aplicadas aos próprios fenômenos, a partir das quais se buscaria a síntese da condição
humana. Ninguém ainda a conseguiu.
(Adaptado de: Ivanor Luiz Guarnieri e Fábio Lopes Alves. Ver e entrever a Comunicação. São Paulo: Arte e ciência,
2008, p. 55) 
 
Na teoria dos três estados, ...... Comte sintetizava sua visão da história humana, há muitas teses
controversas, ...... contestação muita gente já se aplicou. 
 
Preenchem de modo correto e coerente as lacunas da frase acima, respectivamente: 
 a) pela qual - de cuja 
 b) em cuja - na qual a 
 c) por onde - da qual a 
 d) à qual - cuja 
 e) com a qual - em cuja 
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Questão 226: FCC - Ag Tec (MPE AM)/MPE AM/Psicólogo/2013
Assunto: Pronomes relativos
Considere o texto abaixo para responder a questão.
 
Comunicação
 
O público ledor (existe mesmo!) é sensorial: quer ter um autor ao vivo, em carne e osso. Quando este
morre, há uma queda de popularidade em termos de venda. Ou, quando teatrólogo, em termos de
espetáculo. Um exemplo: G. B. Shaw. E, entre nós, o suave fantasma de Cecília Meireles recém está se
materializando, tantos anos depois.
 
Isto apenas vem provar que a leitura é um remédio para a solidão em que vive cada um de nós neste
formigueiro. Claro que não me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva e efervescente.
 
Porque o autor escreve, antes de tudo, para expressar-se. Sua comunicação com o leitor decorre
unicamente daí. Por afinidades. É como, na vida, se faz um amigo.
 
E o sonho do escritor, do poeta, é individualizar cada formiga num formigueiro, cada ovelha num rebanho
− para que sejamos humanos e não uma infinidade de xerox infinitamente reproduzidos uns dos outros.
 
Mas acontece que há também autores xerox, que nos invadem com aqueles seus best-sellers...
 
Será tudo isto uma causa ou um efeito?
 
Tristes interrogações para se fazerem num mundo que já foi civilizado.
 
(Mário Quintana. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1. ed., 2005. p. 654)
 
 
. .. para a solidão em que vive cada um de nós...
 
O segmento grifado acima preencherá corretamente a lacuna da frase:
 a) Muitas obras, ...... se regozijam os leitores mais exigentes, nem sempre se transformam em
sucesso de vendas.
 b) A leitura aguça o espírito crítico do leitor, e também ensina e distrai, levando-o a um mundo de
fantasias ...... não se esgotam.
 c) Alguns temas ...... os leitores se reportam são encontrados frequentemente em obras direcionadas
para uma leitura rápida e superficial.
 d) O gosto da leitura é completo quando os leitores se identificam com as ideias do autor em boa
parte daquilo ...... eles também creem.
 e) Os autores ...... estamos falando são aqueles que se preocupam em estabelecer uma real
comunicação com seu leitor.
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Questão 227: FCC - Ana (MPE SE)/MPE SE/Informática II/Gestão e Análise de Projeto de
Sistema/2013
Assunto: Pronomes relativos
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Em 2010, pela primeira vez na história dos Estados Unidos, o índice de pobreza foi maior nos subúrbios
do que nas grandes cidades em torno das quais eles gravitam.
Demógrafos, como William Frey, e urbanistas, como Vishaan Chakrabarti e outros, hoje chegam a
decretar a morte dos subúrbios, que consideram insustentáveis do ponto de vista econômico e pouco
eficientes como modelos de planejamento urbano. Em entrevista ao jornal Financial Times, Frey fala em
"puxar o freio" de um sistema que pautou os EUA até hoje. É uma metáfora que faz ainda mais sentido
quando se considera a enorme dependência dos subúrbios do uso do automóvel.
Detroit é o caso mais tangível. A cidade que dependia da indústria automobilística faliu porque os
moradores mais abastados migraram para os subúrbios a bordo de seus carros, deixando no centro as
classes mais pobres, que pouco contribuem com impostos.
Mas é das cinzas de centros combalidos como esse que novas cidades estão surgindo. Em Detroit, os
únicos sinais de vida estão no miolo da cidade, em ruas que podem ser frequentadas por pedestres e
que aos poucos prescindirão dos carros, já que está em estudo a ressurreição de um sistema de bondes.
O número de jovens que dirigem carros também está em queda livre no país. Isso ajuda a explicar por
que o bonde urbano e grandes projetos de transporte público estão com toda a força. Enquanto o metrô
de superfície ou linhas de ônibus não chegam a cidades desacostumadas ao transporte coletivo, as
bicicletas de aluguel ganham fôlego impressionante.
Nessa troca das quatro rodas por duas, ou mesmo pelos pés, volta a entrar em cena o poder de atração
das grandes metrópoles, a reboque da revitalização de grandes centros urbanos antes degradados. Há
dois anos, pela primeira vez, a população das metrópoles americanas superou o número de residentes
em seus subúrbios.
"Hoje mais pessoas vivem nas cidades do que nos subúrbios. Estamos vendo surgir uma nova geração
urbana nos Estados Unidos", diz Vishaan Chakrabarti. "Essas pessoas dirigem menos, moram em
apartamentos mais econômicos, têm mais mobilidade social e mais oportunidades." Nessa mesma linha,
arquitetos e urbanistas vêm escrevendo livro atrás de livro no afã de explicar o ressurgimento da
metrópole como panaceia urbanística global.
(Adaptado de: Silas Marti. Folha de S. Paulo, Ilustríssima. Acessado em: 28/07/2013)
 
A frase em que o elemento sublinhado NÃO é um pronome está em:
 a) ... chegam a decretar a morte dos subúrbios, que consideram insustentáveis...
 b) ... em ruas que podem ser frequentadas por pedestres...
 c) ... já que está em estudo a ressurreição de um sistema de bondes.
 d) ... nas grandes cidades em torno das quais eles gravitam.
 e) É uma metáfora que faz ainda mais sentido quando...
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Questão 228: FCC - Ana Proc (PGE BA)/PGE BA/Calculista/2013
Assunto: Pronomes relativos
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
Entre culturas
Na ocasião de sua morte, alguns anos atrás, o antropólogo Claude Lévi-Strauss foi exaltado como um
campeão do relativismo cultural. Ele decerto dedicou a vida à demonstração de que nenhuma cultura é
superior a outra, já que nenhuma pode ser considerada sob critérios que não os seus próprios. Se uma
dada cultura nos parece “rudimentar” ou “primitiva”, é porque somos ignorantes para atinar com sua
complexidade, discernir o que é valioso para os que estão imersos nela e perceber que o “pensamento
selvagem” não apenas funciona de maneira análoga ao pensamento científico como chega, por vezes, às
mesmas conclusões.
Lévi-Strauss expandiu como ninguém a simpatia compreensiva para com as sociedades “primitivas”, que
desde então incorporaram as aspas para sempre. Essas sociedades simplesmente escolheram, na
concepção do antropólogo, recusar a revolução neolítica que deu origem ao impulso tecnológico que nos
arrasta de modo desenfreado até hoje. Devido a uma sabedoria particular, elas teriam impedido a
história de irromper em seu seio e decidido, há muito tempo, perseverar em seu ser, afirmar-se nos
valores que lhes eram próprios.
(Adaptado de: Otavio Frias Filho. “Crepúsculo estruturalista”. Revista Piauí, n. 50, nov. 2010, p. 58)
 
Está adequadamente empregado o elemento grifado na seguinte frase:
 a) O respeito de que se cercou a posição do antropólogo Lévi-Strauss permanece vivo até hoje.
 b) Não se deve julgar primitivos aqueles a quem não concordamos por defenderem diferentes pontos
de vista.
 c) O pensamento de Lévi-Straus, de cujo é tributária a antropologia moderna, segue desafiando
muitos paradigmas.
 d) Impressiona a perseverança à qual antigas culturas se agarraram aos valores quelhes eram
próprios.
 e) Hoje é notória a impropriedade de certos conceitos, em cuja denúncia Lévi-Strauss foi o
responsável.
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Questão 229: FCC - Ag Ap (MPE AM)/MPE AM/Programador/2013
Assunto: Pronomes relativos
O termo entre parênteses preenche corretamente a lacuna da frase:
 a) As primeiras viagens exploratórias da Coroa portuguesa ......(com que) se tem notícia foram
registradas somente em 1796.
 b) Uma das maiores manifestações culturais ...... (por que) é conhecida a cidade de Parintins é o
Festival Folclórico.
 c) Parintins localiza-se na margem direita do rio Amazonas ...... (cuja as) águas oferecem excelentes
condições de navegação.
 d) A toada é um velho estilo musical ...... (em que) se executa principalmente na época do Festival
Folclórico.
 e) Materiais de exportação, como a juta ...... (de que) foi trazida pelos japoneses, são usados na
fabricação de acessórios dos dançarinos do Festival Folclórico.
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Questão 230: FCC - Ag Tec (MPE AM)/MPE AM/Jurídico/2013
Assunto: Pronomes relativos
Alguns artistas plásticos, como Modigliani, podiam, na época em que passavam fome, trocar uma tela
por um prato de comida.
 
O segmento grifado acima deverá preencher corretamente a lacuna da frase:
 a) A matéria ...... conta o poeta é a vida, com tudo o que ela apresenta de belo e de sublime, mas
também com o que traz de sórdido.
 b) A fonte inesgotável ...... busca o poeta sua inspiração encontra-se no decorrer cotidiano de
situações e nas emoções daí advindas.
 c) A beleza da arte de poetar reside na sensibilidade ...... o poeta se vale, na escolha das palavras
mais adequadas, para criar sua obra.
 d) Não há temas ...... sejam considerados verdadeiramente poéticos, mas sim o trabalho do poeta ao
demonstrar, com sua arte, os fatos da vida.
 e) A verdadeira poesia, ...... o poeta alude, se caracteriza por aparente inutilidade, ainda que seu
comprometimento seja, exclusivamente, com a vida.
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Questão 231: FCC - AJ TRT5/TRT 5/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/2013
Assunto: Pronomes relativos
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo:
Explicar não é justificar
Os gregos e os romanos aceitavam a escravidão porque não imaginavam que uma sociedade pudesse
funcionar sem escravos. Como o filósofo Sêneca, insistiam apenas em que se reconhecessem alguns
direitos aos escravos: que fosse, por exemplo, proibido utilizá-los com finalidades sexuais. Estamos na
mesma posição quando se trata da pobreza. Estamos convencidos de que uma sociedade justa deve
procurar erradicá-la. Mas, como não conseguimos conceber os meios que permitem atingir esse objetivo,
aceitamos que uma sociedade comporte grandes bolsões de pobreza. Em contrapartida, não hesitamos
em condenar a prática da escravidão.
(Raymond Boudon, O relativismo. Trad. de Edson Bini. São Paulo: Loyola, 2010. p. 41)
 
Está plenamente adequado o emprego de ambos os segmentos sublinhados na frase:
 a) Os antigos gregos e romanos consideravam que a escravidão não representava uma exceção na
regra dos direitos democráticos, a cujos só tinham acesso os homens livres.
 b) Uma das práticas que vão ao encontro dos valores democráticos é a discriminação dos pobres, que
seus direitos tantas vezes são desrespeitados.
 c) Volta e meia deparamo-nos, em pleno século XXI, diante de casos de trabalho forçado, uma
abominação desumana, de cuja violência nada fica a dever à da escravidão.
 d) As leis em cujas os legisladores primam pela equidade e justiça são as mesmas a que invocam os
advogados espertos para contornar esses mesmos princípios.
 e) O texto não deixa dúvida quanto à naturalidade com que encaramos injustiças presentes e quanto
à indignação de que somos tomados diante de injustiças passadas.
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Questão 232: FCC - Sold (CBM BA)/CBM BA/2023
Assunto: Questões mescladas sobre pronomes
Leia o texto abaixo para responder a questão.
 
Medo da eternidade
 
Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. Quando eu era muito pequena
ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que
espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o
mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.
 
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:
 
– Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.
 
– Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.
 
– Não acaba nunca, e pronto.
 
Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a
pequena pastilha cor- -de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia
acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para
chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão
inocente, tornando possível o mundo impossível do qual já começara a me dar conta.
 
Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.
 
– E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.
 
– Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a
mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.
 
Perder a eternidade? Nunca.
 
O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-
nos para a escola.
 
– Acabou-se o docinho. E agora?
 
– Agora mastigue para sempre.
 
Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa
cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na
verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie
de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.
 
Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava aflição. Enquanto isso, eu
mastigava obedientemente, sem parar.
 
Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair
no chão de areia.
 
– Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. – Agora não posso mastigar
mais! A bala acabou!
 
– Já lhe disse – repetiu minha irmã – que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de
noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não
fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.
 
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara
dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.
 
Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.
 
(LISPECTOR, Clarice. Jornal do Brasil, 06 de jun. de 1970)
 
Considere os pronomes grifados e o que se afirma sobre eles.
 
I. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. (6º parágrafo). O
pronome que recupera a expressão a pequena pastilha cor-de-rosa, evitando sua repetição.
 
II. A menos que você perca, eu já perdi vários. (9º parágrafo). O pronome vários substitui a palavra
chicles, que está subentendida.
 
III. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola. (11º parágrafo). O pronome nos retoma
os colegas, que está subentendido.
 
É correto o que se afirma APENAS em:
 a) I e III.
 b) I.
 c) II.
 d) II e III.
 e) I e II.
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Questão 233: FCC - AJ TRT24/TRT

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